Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
7. Condutividade eléctrica e teoria de bandas 7.1 Teoria elementar da condutividade Descreveremos a extensão que tem que ser feita à teoria do electrão livre para compreender a condutividade eléctrica de metais e não metais. Condutor num campo eléctrico E=0: os electrões distribuídos entre todos os estados até Emax (ou EF). Tantos estados ocupados com k positivo como com k negativo (electrões viajando numa como noutra direcção): a velocidade média é zero ! não há corrente eléctrica neta. kF 0 Superfície de Fermi E=0 Força=-eE Distribuição isotrópica de k (estados ocupados) até um valor máximo kF na superfície da esfera (superfície de Fermi). Esta é a superfície de energia constante correspondente a EF no espaço-k. Campo eléctrico aplicado E no condutor: cada electrão experimenta uma força F=-eE A distribuição de estados ocupados já não está balanceada: há mais electrões viajando a direita que a esquerda. Há um fluxo neto de corrente. Se o campo é mantido os electrões continuam a ser acelerados e a esfera ficara ainda mais fora do centro ! a corrente aumentará até o infinito. A experiência indica que após dum curto intervalo de tempo uma corrente constante (dependente de E) é estabelecida. A estabilização acontece porque os electrões em estados perto da superfície e Fermi são dispersados por vários mecanismos a estados vazios com valores de k e energia menores. Os estados vazios mais acessíveis serão dos da face esquerda da superfície de Fermi. Se estabelece um equilíbrio dinâmico entre os electrões que são continuamente acelerados à face direita e aqueles que são dispersados a face esquerda da figura. 7.2 O caminho livre médio electrónico Assumimos que os electrões viajam uma distância l (caminho livre médio) entre cada dispersão. A velocidade na superfície de Fermi é muito elevada: vF~106 ms-1 comparada com a variação da v produzida pelo E aplicado ! o tempo entre colisões é mais o menos constante: l/vF Isto significa que o deslocamento do centro da figura anterior aumentará com o aumento do campo E , porque uma maior variação de v pode ser produzida no mesmo tempo l/vF. A corrente pode ser maior: ista é a base da lei de Ohm. A condutividade eléctrica σ é frequentemente definida em termos da densidade de corrente j e o campo E: j= σE=E/ρ, onde ρ = 1/σ é a resistividade. Segundo a teoria cinética ρ=mvF/Ne2l , onde N: número de electrões de condução por unidade de volume. Ex.: Cu a T ambiente: ρ~2x10-8 Ωm; vF~106 ms-1; N~7x1028 m-3. Substituindo na eq. anterior temos l~2.5x10-8 m ! os electrões viajam ~100 espaçamentos atómicos (ou iónicos) entre colisões (dispersão por iões não é um factor importante na determinação da ρ). A incapacidade dos iões para dispersar electrões não pode ser explicada pela teoria do electrão livre: assumimos electrões numa caixa vazia. Temos que desenvolver um modelo que tome em conta o facto dos electrões se movimentarem numa rede de iões positivos regularmente arranjados! estes iões produzem um padrão de campos eléctricos (ou potenciais) que variam periodicamente: os electrões que viajam no metal sofrem a influencia deste potencial periódico V(r) . Problema análogo ao da difracção de raios-X num cristal. Os resultados básicos são similares. Agora temos ondas electrónicas que interagem com uma rede periódica. As ondas não são dispersadas pela rede se a rede é perfeita excepto para valores especiais de k (quando k satisfaz a lei de Bragg). Se a rede é regular um electrão fica ligado aos iões tanto numa direcção como na oposta. Se a rede tem imperfeições a lei de Bragg ainda se cumpre, mais ainda existirá uma dispersão difusa de fundo da radiação. Esta dispersão de fundo dará lugar ao l finito. Para discutir a resistência eléctrica temos que estudar os diferentes modos em que a periodicidade da rede pode ser perturbada. 7.3 Mecanismos de dispersão de electrões Dois tipos principais de imperfeições contribuem a ρ eléctrica: a) vibrações térmicas da rede: não permitem a todos os átomos estar nos lugares correctos ao mesmo tempo; b) presença de átomos de impurezas e outros defeitos pontuais: disturbam a periodicidade. Vibrações da rede: decrescem quando T diminuí! a sua contribuição à ρ, ρi, diminuí a baixas T, chegando a ser zero a 0 K: a baixa T, ρi varia como uma potencia elevada de T, ~T5 (não é habitualmente observado). A maior temperatura, ρi é linear com T. A maior amplitude das vibrações, maior ρi. A amplitude depende das forças interatómicas (~ ao inverso de θ) ! ρi será menor para metais (elevada θ) O arranjo de defeitos pontuais não varia com T ! a dispersão e a ρo que produzem é cte: ρ0 aumenta com a concentração de defeitos e é independente de T. A resistividade total é: ρ = ρ0 + ρi (1) ρ0 é chamada resistência residual: muito pequena para uma amostra muito pura; valor elevado para uma amostra com impurezas. 7.4 A razão da resistência residual (Residual resistance ratio) A temperatura ambiente ρi é dominante e ρRT (RT: temperatura ambiente) é quase igual para todas as amostras ! a razão da resistência residual (ρRT/ρ0) pode ser usada para medir a pureza das amostras. Sem indicação da natureza das impurezas ou defeitos ρ0 pode ser medida com a amostra num banho de He líquido. Os valores de ρRT/ρ0 dependem do metal: Cu e Al de elevada pureza ρRT/ρ0 ~ 200 Para materiais preparados muito cuidadosamente ρRT/ρ0 ~104-105 A adição de ρ0 e ρi: ρ = ρ0 + ρi é chamada a regra de Mattheissen Válida se ρ0 e ρi tem magnitudes diferentes; pode dar lugar a pequenos erros (uns poucos %) se tem valores similares. 7.5 Transporte de calor em metais Em metais o calor é transportado quase completamente pelos electrões: os fonões estão são fortemente dispersados pelos muitos electrões presentes! o transporte directo da energia térmica pelos fonões é muito pequena. A resistência térmica é controlada pelos mecanismos de dispersão de electrões! podemos esperar uma relação próxima entre as condutividades térmica e eléctrica. Esta relação é dada pela lei de Wiedemann-Fraz 7.6 A lei de Wiedemann-Franz Inserimos na formula dada pela teoria cinética para κ a expressão do ce => κ = 1/3 γTvl´ (do subcapítulo 6.7) γ =π2Nk2/2EF ! κ = π2Nk2Tvl´/ 2EF Com a expressão do subcapítulo 7.2 para a condutividade eléctrica σ, calculamos a razão: κ/ σT = π2Nk2Tvl´mvF/ 6N2EFe2l Se v ≈ vF! mvvF ≈ 2EF, e se l=l´ a expressão anterior fica reduzida à κ/ σT = π2k2/3e2 = 2.45x10-8 WΩK-2 ≡ L, a constante de Lorenz Esta relação entre a κ e a σ dum metal se verifica surpreendentemente bem. Não é satisfatória em amostras muito puras a T intermédias, onde dispersão de fonões a baixo ângulo é importante. A cada interacção electrão/fonão a carga é conservada, mais a energia térmica do electrão não é conservada ! o efeito é fazer l maior que l´. 7.7 A condutividade térmica O calor e a corrente eléctrica são transportadas pelos electrões, que normalmente tem o mesmo valor de l para os dois mecanismos. A dependência da temperatura da resistividade térmica W e eléctrica não são iguais Corrente eléctrica: a carga transportada pelos electrões é constante (carga electrónica). Condutividade térmica: a energia térmica transportada depende da energia térmica que um electrão pode transferir a uma da dada T! depende do calor específico, que varia com T (γT) Por isto a lei de Wiedemann-Franz contem T no denominador e não é κ/ σ = cte. Do conhecimento da ρ podemos deduzir o comportamento de W: Elevadas T: dispersão pela vibração da rede é dominante ! ρ (principalmente ρi) varia como T Baixas T: dispersão por impurezas ! ρ (principalmente ρ0) é constante Da lei de W-F: W a altas T devido a dispersão vibracional, Wi, é cte (zero a baixas T). Otermo de dispersão por impurezas W0, dominante a baixas T (proporcional a T-1). Na região intermédia, onde a lei de W-F no funciona muito bem, Wi varia como T2 A resistência térmica total W tem um mínimo na região intermédia a baixas T. A maior pureza da amostra, maior será o mínimo. No diagrama da condutividade térmica κ este mínimo será um máximo que é maior e mais agudo para amostras com maior pureza. Abaixo deste máximo κ ~ T (observada experimental). 7.8 Teoria de bandas Um potencial regular periódico devido a iões positivos na rede não da lugar a dispersão electrónica. Este potencial V(r) cambia a distribuição de estados energéticos electrónicos. O desenvolvimento desta teoria permite um conhecimento profundo da natureza dos condutores eléctricos. Em principio, a equação de Schrödinger (cap. 6.2) com um termo extra V(r), tem que ser resolvida: ψψψψψψψψψψψψ ErV dr d m =− − )(2 22 2 ! V(r) é uma função periódica com a mesma periodicidade que a rede cristalina: V(r)=V(na+r); onde a: constante da rede; n: inteiro. Esta equação, tratada inicialmente por Bloch, é difícil de ser resolvida até por métodos aproximados. Descrição das propriedades mais importantes da solução e consequências mais importantes. Ao fim se dará uma justificação à forma da solução. Diferencia mais importante entre a teoria do potencial periódico e a teoria do electrão livre: a relação entre E e k já não é uma função parabólica simples. A função é multi-valor é há bandas de energia proibidas: não existem valores de k permitidos para elas. As curvas repetem-se num intervalo em k de 2π/a (vector básico da rede recíproca) Similitude os fonões: um fonão com λ grande é fisicamente equivalente a um outro com uma diferencia de 2π/a. Os estados electrónicos A, A´ e A´´ são estados idênticos. Para cada k há várias E permitidas: uma em cada banda de energias (e.g. B, B´, B´´). Para evitar a confusão, em lugar de utilizar o conjunto de completo de curvas multi-valor, é convencional usar certas secções das curvas elegidas tal que quando k aumenta, também aumente E. Os valores menores, começando em k=0, são reservados para a banda de menor E (curva inferior); o seguinte conjunto de k= π/a à 2π/a e -π/a à -2π/a é reservado à segunda banda de energia (uma curva acima); etc... Este é o chamado esquema de zona estendida. O esquema de zona estendida é só uma convenção útil. Qualquer conjunto de k que cobre uma região 2π/a pode ser utilizado para expandir os estados energéticos disponíveis. Outro esquema é o esquema de zona reduzida, onde a mesmo intervalo de k, de -π/a à π/a é utilizado para para cobrir todas as bandas de energia. Importante notar a comparação entre a relação E ~ k para o modelo de electrão livre e para o esquema de zona estendida. 7.9 Metais, isolantes e semicondutores O número de valores k permitidos em cada zona é igual ao número de iões Ni no cristal (realmente é igual ao número de células primitivas). Como na teoria do electrão livre, cada estado k pode estar associado com um de dois estados de spin ! o número de total de estados em cada zona é 2Ni. Se o metal tem só um electrão de condução por átomo ! eles ocuparão justo todos os estados na metade inferior da zona. Para um metal monovalente a distribuição de E é virtualmente a mesma na base de qualquer dos modelos (e-livre ou V-per.) As diferencias importantes aparecem quando há um número par de electrões por átomo, pois ocuparão um número inteiro de zonas. Se um campo eléctrico externo é aplicado para produzir corrente no cristal, uma variação na distribuição electrónica só pode ocorrer se as regiões estão tão juntas que os electrões no topo da zona superior ocupada pode obter energia extra suficiente (e.g. térmica) para saltar o hiato de energia (energy gap) proibida e ocupar os estados permitidos na parte baixa da zona superior. Como o hiato de energia pode ser uns poucos eV (grande comparado com a energia térmica), a excitação à banda superior não pode ocorrer e a corrente não pode fluir. O material á um isolador. Se o hiato de energia não é demasiado grande, 1 eV ou menor, uns poucos electrões podem ser excitados a T ambiente através do hiato de energia, e dará lugar a uma corrente pequena. A excitação aumentará quando T aumenta ! más electrões podem ser excitados à próxima banda. A condutividade aumenta com a T: comportamento típico dos semicondutores. Nas figs. Se pode compreender que se a distribuição electrónica e tal que o máximo estado ocupado esta perto do centro da banda a distribuição de energia e muito similar a distribuição do modelo de electrão livre e a teoria simples funciona bem. Quando os estados estão cheios ate ou perto de o limite da banda o modelo do electrão livre e geralmente pouco satisfatório e tem que ser usada a teoria de bandas. … mais são bons condutores: isto e explicado pela superposição (só acontece em 2D ou 3D) das bandas nesses metais ! os electrões podem passar duma banda a outra sem excitação térmica O modelo de bandas oferece uma explicação para os tres tipos de comportamento eléctrico. Materiais tetravalentes como o Ge e o Si são semicondutores; C pode ser isolador (diamante) ou semicondutor (grafito). Os elementos com um numero impar de electrões por átomo são, normalmente, condutores eléctricos. Contradição aparente: elementos divalentes – Mg, Zn, Hg-cada átomo contribui um numero Par de electrões ! deveriam ter bandas completas ! deveriam ser isoladores….. 7.10 A relação entre energia e vector de onda Na mecânica quântica a velocidade duma partícula e dada pela velocidade de grupo dω/dk. Como E = !ω ! a velocidade e proporcional ao coeficiente angular da curva E ~ k. Começando em k=0, v aumenta inicialmente com E Perto do topo da banda o coeficiente angular diminui e v diminui embora E aumente. Nas bordas da banda dE/dk=0 ! v=0 Razão: a interacção do electrão com o potencial iónico periódico aumenta. Classicamente pode-se pensar como um aumento da energia potencial com a perda de energia cinética. não implica que o electrão fique estacionário: significa que o movimento nas direcções + e – são igualmente prováveis ! <v>=0 mais <v2>≠0 e por tanto a energia cinética e diferente de zero. 7.11 Teoria de bandas em três dimensões: zonas de Brillouin Temos discutido os resultados da teoria de bandas para uma k 1D. k e um vector ! os limites das bandas tem que ser descritos pelas bordas duma superfície 3D nos espaço k: a zona de Brillouin A sua forma e determinada pela estrutura geométrica da rede de traslação, e a sua dimensão depende da constante da rede a. As ZB são construídas tomando qualquer ponto na rede recíproca como centro e desenhando bissectores perpendiculares entre esse ponto e todos os pontos da rede recíproca que o rodeiam. Qualquer k que que acaba na ZB e um k que pode ser difractado (cap. 2) Uma rede cúbica simples tem uma ZB cúbica simples com lado 2π/a. For a da primeira ZB esta a segunda ZB ligada pelos k no segundo hiato de energia, etc. Primeira ZB duma rede f.c.c. Dentro dessas zonas desenhamos as superfícies de energia constante. Para valores pequenos de k serão esferas e os electrões ocuparão estados numa esfera centrada no médio da zona, como no caso do electrão livre. Perto do limite da zona as superfícies de energia constante estão distorcidas: E depende da direcção e da magnitude de k 7.12 A superfície de Fermi A superfície que envolve todos os estados ocupados e chamada superfície de Fermi. Não tem que ser confundida com a ZB, que e uma construção que depende so da geometria da rede. Comportamento de electrão livre: quando a superfície de Fermi esta bem dentro da ZB. Efeitosmais complicados acontecem quando as superfícies estão perto ou se tocam. Estudo experimental da forma da superfície de Fermi e da sua proximidade à ZB é fundamental para um estudo detalhado da física dos electrões nos metais. e.g., estudo do comportamento magnético ou eléctrico em função dum campo magnético aplicado. Primeira ZB duma rede f.c.c. e superfície de Fermi do Cu: há contacto entre ambas nas faces hexagonais da zona. 7.13 O problema dos muitos corpos (the many-body problem) Até agora, para o electrão livre e a teoria de bandas temos apresentados os resultados dos cálculos da relação E ~ k para um sistema com um único electrão. Depois temos assumido que se estão presentes mais dum electrão, o primeiro ocupará o estado energético inferior, o segundo o seguinte estado, etc. Temos assumido implicitamente que os estados energéticos mesmos não são afectados pelo facto de ter ~ 1029 electrões num metro cúbico em lugar de só um electrão. Um estudo avançado tem que ter em conta a influencia de todos os electrões nos estados electrónicos individuais, embora exceptuando a cortas distâncias as nuvens electrónicas actuam como se protegessem uns electrões das influencias dos outros. 7.14 Como aparecem os band-gaps (hiatos de energia)? Quando uma função de ondas apropriada é substituída na equação de Schrödinger com um potencial periódico ! aparecem bandas de energias e hiatos de energia. Um tratamento satisfatório não é simples. A ideia de hiato de energia é fundamental na compreensão dos sólidos. A explicação qualitativa mais simples para a existência de hiatos de energia (band gaps) é dada pela teoria “tight binding” (ligação forte) 7.15 Interferência Ondas através de e interactuando com una estrutura periódica: fenómenos de interferência que serão destrutivos para qualquer k arbitrário, pelo que a onda não é desviada. Só para vectores de onda que tem alguma relação especial com a periodicidade da rede há interferência construtiva que da lugar a difracção (estritamente para um cristal infinito). (Analogia com raios-X; filtros de radiofrequência; filtros ópticos; montagens anti vibração mecânicos). Electron θ k k1 k2 Diffracted electron (11) Planes (01) Planes (10) Planes a/¦ 2 θ k3 [01] [10] y x [11] 45°45° 45° a a 7.16 Representação de Fourier e vectores de onda 7.17 Cálculo de perturbações (perturbation calculation) 7.18 A aproximação tight-binding (ligação forte) Na teoria de bandas assumimos que o cristal está composto por iões positivos e electrões quase-livres ! consequências do modelo. Um outro modo completamente diferente de tratar o problema que ajuda a compreende a formação de bandas: assumimos que o cristal é formado aproximando átomos individuais. Quando os átomos estão bem separados cada um é um sistema isolado ! os níveis equivalentes de energia de cada átomo são exactamente iguais. Quando os átomos são aproximados ! há interacção entre um átomo e o seu vizinho ! eles são considerados um sistema. Os estados energéticos equivalentes tem que se deslocar uns relativamente ao outros para não violar o principio de exclusão de Pauli. Quanto mais próximos estão os átomos, maior será o deslocamento relativo, que será maior para electrões nas orbitas exteriores. Se temos Ni átomos, cada estado electrónico para um átomo se converterá em Ni níveis. E.g., o nível exterior 3s do Na que pode ter dois electrões (só há um no Na) parará a ser uma banda com 2Ni níveis discretos. Acima dela, os estados 3p (não ocupados no Na) também passam a formar uma banda. A dimensão das bandas e dos hiatos de energia entre elas depende dos estados electrónicos particulares dos átomos envolvidos e da separação entre os átomos. Aproximação “tight binding” (ligação forte)! assumimos que inicialmente os electrões exteriores estão associados aos seus átomos. Esta aproximação mostra 1) que a presença de hiatos de energia e superposição de bandas depende fortemente do cristal particular e 2) como as bandas são formadas a partir da expansão de níveis electrónicos diferentes, a forma e o número de estados permitidos não será necessariamente igual para uma banda superior e uma banda inferior. A consequência 2) é particularmente importante no cálculo de bandas em semicondutores. Nem 1) nem 2) podem ser deduzidas directamente da teoria de bandas do electrão quase-livre.
Compartilhar