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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CURSO DE QUÍMICA DOSAGEM DO TEOR DE ASPARTAME Alunos: Ana Carolina da Silva Drumond TIA: 3140344-1 Kelly Cristina do Nascimento 3144770-8 Sophia Rodrigues Parisi 3140143-0 São Paulo 2015 2 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE DOSAGEM DO TEOR DE ASPARTAME Relatório da sétima prática da disciplina de Bioquímica ministrada pelo Prof. Dr. Marcos A. Fazio acerca do teor de aspartame que será medido através da espectrofotometria. . São Paulo 2015 3 Sumário OBJETIVO ................................................................................................................................... 4 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 4 2. 2.1 Síntese, propriedades e características ..................................................................................... 4 2.2 Metabolismo do aspartame ...................................................................................................... 5 2.3 Métodos de determinação ....................................................................................................... 6 2.4 Ácido aspártico e Ácido glutâmico ............................................................................................ 9 2.5 Fenilalanina .............................................................................................................................10 2.6 Metanol ..................................................................................................................................11 2.6 Dicetopiperazina (DKP) ............................................................................................................12 PROCEDIMENTOS ......................................................................................................................13 3. 3.1 Materiais .................................................................................................................................13 3.2 Reagentes ...............................................................................................................................13 3.3 Método ...................................................................................................................................13 RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................................................................................................14 4. CONCLUSÃO ..............................................................................................................................16 5. QUESTIONÁRIO .........................................................................................................................16 6. TOXICIDADE ..............................................................................................................................18 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................................19 8. 4 OBJETIVO 1. Este relatório tem como objetivo determinar experimentalmente o teor de aspartame em alimentos dietéticos utilizando ninhidrina como agente de detecção colorimétrica. INTRODUÇÃO 2. 2.1 Síntese, propriedades e características Aspartame (C14H18N2O5) ou Ester metílico do N-L-alfa-beta-aspartil-L- finilalanina, foi descoberto acidentalmente nos Estados Unidos em 1965 por J. M. Schlatter, quando este tentava desenvolver um sedativo para úlceras. É um dipeptídeo formado a partir do ácido aspártico, fenilalanina e metanol. É um pó branco, cristalino, inodoro, de baixa caloria e com uma doçura de 180 – 200 vezes a da sacarose. Possui ponto de fusão 246 – 247oC, solúvel em água, sendo insolúvel em óleos e gorduras. A solubilidade em água a 25oC é mínima em pH 5,2 (ponto isométrico) e máxima em pH 2,2. Introduzido sob o nome comercial de Nutrasweet é atualmente um dos adoçantes mais comercializados no mundo e, no Brasil, vem sendo muito empregado em diversos produtos dietéticos, como refrigerantes, iogurtes, refrescos em pó, gelatinas, pudins, chás e sorvetes. (QUIMICA NOVA, 1996) O aspartame pode ser ainda encontrado em: misturas instantâneas para café da manhã; cereais; goma de mascar sem açúcar; achocolatados; bebidas à base de café; sobremesas congeladas;sobremesas à base de gelatina; bebidas à base de suco; laxantes; complexos multivitamínicos; bebidas à base de leite; produtos farmacêuticos e suplementos; misturas do tipo "shake"; bebidas à base de chá́; chás e cafés instantâneos; coberturas; refrigerantes. (LEHNINGER, 2006) 5 Introduzido sob o nome comercial de NutraSweet, o aspartame, é atualmente o adoçante artificial de maior comercialização no mundo, sendo sintetizado por métodos químicos, enzimáticos e de tecnologia do DNA recombinado. Entretanto, a síntese química é a mais utilizada industrialmente. (QUIMICA NOVA,1996). O método clássico consiste na condensação da N-benzilo-xicarbonil-(B- benzil)ácido L-aspártico com o éster metílico da L-fenilalanina na presença de N,N'- diciclohexilcarbodiimida para formar o éster metílico da N-benziloxicarbonil-(B- benzil)- L-aspartil-L-fenilalanina. Esse composto é reduzido a aspartame pela hidrogenação catalítica usando paládio metálico como catalisador. Entretanto, este método não é adequado para uso industrial porque o reagente de condensação é caro e a esterificação seletiva do grupo B-carbonila não é viável economicamente. (QUIMICA NOVA,1996). O método mais empregado industrialmente é o da reação de acoplamento do ácido L-aspártico anidro com éster metílico da L- fenilalanina, formando uma mistura de Alfa e beta isômeros (ocorrendo frequentemente uma predominância do (Alfa- isômero).(QUIMICA NOVA,1996). A estabilidade do aspartame foi bastante estudada e sob certas condições de umidade, temperatura e pH, o aspartame pode ser hidrolisado formando aspartilfenilalanina ou dicetopi-perazina com eliminação de metanol. Observa-se uma queda acentuada de sua estabilidade no intervalo de pH 6-8 e em temperaturas elevadas (70-80oC). Assim, a estabilidade deste edulcorante diminui com o aumento do pH e da temperatura, não sendo portanto recomendado seu uso em produtos alimentícios que possuam pH alcalino, e nos que necessitam de aquecimento acima de 100oC durante muito tempo, tais como bolos, pães, biscoitos e bolachas. (QUIMICA NOVA,1996). O aspartame na forma sólida possui boa estabilidade, sendo estável durante um ano em temperaturas menores ou igual a 40oC. Em solução aquosa é estável no intervalo de pH de 3 a 5, tendo a melhor estabilidade em temperaturas de 20-25oC e pH igual a 4,3. Em pH 4, a 20oC, perde 20% de sua doçura em um período de quatro a cinco meses. 2.2 Metabolismo do aspartame O metabolismo do aspartame é motivo de discussão e foi bastante estudado em seres humanos, macacos, ratos e coelhos. Realizaram-se estudos em seres humanos por via oral, utilizando o aspartame, marcado com 14C.Neste estudo, comprovou-se que a esterase 6 intestinal, hidrolisa o estér metílico, produzindo metanol e o dipeptídeo aspartilfenilalanina. Em seguida, aspartilfenilalanina é hidrolisada pela dipeptidase da mucosa em ácido aspárticoe fenilalanina. (QUIMICA NOVA,1996). O risco da ingestão de aspartame estaria na toxicidade dos produtos de seu metabolismo: fenilalanina, metanol e ácido aspártico. Como um dos seus metabólitos é a fenilalanina, seu uso não é recomendado para pessoas portadoras de fenilcetonúria, indivíduos com carência de fenilalanina hidroxilase, enzima responsável pela transformação deste aminoácido em tirosina. (QUIMICA NOVA,1996). O efeito da ingestão de aspartame por pessoas adultas normais nas concentrações de 34, 50, 100, 150 e 200 mg/kg de peso corpóreo. O acompanhamento das concentrações de fenilalanina no plasma sangüíneo, mostrou que estas não ultrapassaram os níveis de concentração encontrados quando ingeridas por alimentação normal, sendo que as concentrações máximas de fenilalanina encontradas, após 45-60 minutos foram de 2,0; 3,0; 3,5; 5,8 e 8,5 mgldL, respectivamente. Estes níveis de fenilalanina no plasma retomam aos níveis normais (0,8 -1,0 mg/dL) após 4 horas da ingestão. Por outro lado, a concentração de aspartato manteve-se muito próxima dos níveis normais, indicando assim seu rápido metabolismo. Finalmente, uma produção elevada de metanol e/ou formiato pode causar acidose até mesmo cegueira. No entanto, se o consumidor ingerir quantidades inferiores a ingestão diária aceitável (IDA) de 34 mg de aspartame por quilograma de peso corporal, este adoçante não é tóxico, uma vez que produzirá concentrações de metanol e/ou formiato menores que 0,4 mg/dL no soro sangüíneo, concentração considerada não prejudicial ao organismo. (QUIMICA NOVA,1996). 2.3 Métodos de determinação 7 Foi desenvolvido um biossensor amperométrico para este adoçante imobilizando células de Bacillus subtilis sob uma membrana de um eletrodo de oxigênio. Este eletrodo apresentou boa estabilidade e sensibilidade, com trocas de correntes lineares no intervalo de concentração de aspartame entre 7x 10.5 - 6x 10- 4 M. No entanto, glicose, L- fenilalanina e L-aspartato causaram interferências significativas, comprometendo assim a seletividade do método. (QUIMICA NOVA,1996). Em um segundo método desenvolvido, a reação foi monitorada pelo consumo de oxigênio durante a oxidação enzimática por glutamato oxidase. O procedimento foi aplica- do para a determinação de aspartame em vários produtos dietéticos até a concentração de 2x10-5 M. (QUIMICA NOVA,1996). Em outro método desenvolveram um biossensor amperométrico para este adoçante, imobilizando aspartame-hidrolase, aspartato-aminotransferase e glutamato-oxidase sobre um eletrodo de Pt polarizado à +650m V vs eletrodo Ag/AgCl. (QUIMICA NOVA,1996). Em outro método desenvolveram um eletrodo enzimático para aspartame utilizando L-aspartase imobilizada diretamente na membrana de um eletrodo de amônia. A resposta foi linear na faixa de concentração de 1x10-3 a 1x10-2 M com uma inclinação de -30 mV/década e um tempo de vida de apenas 8 dias. Em continuidade a este trabalho, um novo eletrodo bienzimático foi construído pela co- imobilização da carboxipeptidase A e L-aspartase com glutaraldeído e soro de albumina bovino, diretamente na membrana de teflon de um eletrodo sensível a amônia. A resposta do eletrodo foi linear no intervalo de concentração de 4,2x10 -4 a 8,1x10-3 M com uma inclinação de -45 mV/década. Este biossensor foi estável por mais de 25 dias e empregado na determinação de aspartame em diversos produtos dietéticos comercializados no mercado americano. (QUIMICA NOVA,1996). Outro método potenciométrico para a determinação de aminoácidos, dopamina e aspartame baseado na detecção de suas reações com o 2,4- dinitrofluorbenzeno usando um eletrodo seletivo a fluoreto foi desenvolvido. A curva analítica foi linear na faixa de concentração de 1,0x10-4 a 5,0x10-3 M, e o método segundo os autores é simples, prático e rápido. (QUIMICA NOVA,1996). Em mais um método, foi desenvolveu-se um procedimento fluorimétrico para a determinação de aspartame. O edulcorante foi excitado em 436 nm e sua fluorescência foi medida em 523 nm. No entanto, o método se mostrou demorado (30 min por determinação) e trabalhoso, exigindo aquecimento das amostras à 70°C, antes das determinações quantitativas. A recuperação média do aspartame adicionado para seis determinações foi de 98,95 %, com um desvio padrão relativo de 1,02%. (QUIMICA NOVA,1996). A determinação quantitativa do aspartame pode ser feita também pelo método volumétrico. Onde Prasad desenvolveu uma técnica alternativa para determinação 8 desse edulcorante usando como titulante a N-bromosuccinimida (NBS), ácido perclórico e metóxido de sódio. Foram utilizados vários indicadores como azul sudan GN, azul de o-toluidina, violeta catecol e vermelho de bromo-pirogalol (BPR). O método foi comparado com o espectrofotométrico e, apesar de trabalhoso, mostrou- se sensível para aplicação em análises de rotina. (QUIMICA NOVA,1996). Tyler determinou aspartame em refrigerantes por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) de fase reversa, onde a amostra foi diluída em água e injetada em uma coluna Bondapak 18C da Waters Associates. A fase móvel utilizada foi acetonitrila 15% v/vem tampão de fosfato de trietilamônio (pH 4,3). O tempo de eluição foi de 10 min e a absorbância foi medida em comprimento de onda igual a 214 nm. Aspartame em diversos refrigerantes foi determinado por CLAE de fase reversa. (QUIMICA NOVA,1996). Tsang utilizou este método analítico para a determinação da degradação de aspartame em refrigerantes estocados a 22 1: 1°C. Este edulcorante foi também determinado por CLAE em outras amostras com detecção no ultravioleta, por fluorimetria. Há poucos métodos espectrofotométricos na região do visível para a determinação de aspartame relatados na literatura. (QUIMICA NOVA,1996). Lau determinou o aspartame em diversos produtos dietéticos num Intervalo de concentração de 2,5x10-5 a 1,2 x10-4 M. Após sua extração com carbonato de propileno, o aspartame foi colocado para reagir com ninidrina durante 20 min a 100°C, e a absorbância da espécie formada foi medida em 585 nm. Nesse comprimento de onda, tanto os corantes como os aminoácidos presentes nestas amostras não causaram nenhuma interferência no método. No entanto, o aspartame é pouco solúvel nesse solvente e o tempo requerido para a análise de uma amostra é demasiadamente longo. (QUIMICA NOVA,1996). Outros pesquisadores determinaram aspartame em refrigerantes utilizando um analisador de aminoácidos, onde os aminoácidos livres não interferem. Tuncel & Araman também usaram ninidrina como reagente colorimétrico para aspartame nos estudos de sua estabilidade em muitos produtos dietéticos comercializados no mercado turco.Além dos métodos espectrofotométricos usando ninidrina, existem outros usando 4-dimetilaminobenzaldeído (407 nm), dietilditiocarbamato de sódio (436 nm) e p-benzoquinona (480 nm). Enquanto nos dois primeiros leucina e alguns corantes sintéticos causam fortes interferências, aquele usando p-benzoquinona é afetado pela presença de corantes orgânicos (amaranto, tartrazina, amarelo crepúsculo, bordeaux-s e indigotina). (QUIMICA NOVA,1996). Hamano desenvolveu um método espectrofotométrico sensível para a determinação de aspartame em refrigerantes. O método envolve a conversão enzimática do aspartame em formaldeído pelas enzimas alfa-quimotripsina e álcool oxidase, seguido da formação de um cromóforo com 4-aminopenta-3-en-2-ona. A 9curva analítica foi linear no intervalo de concentração de 6,8x10-6 – 1,0x10-4 M de aspartame. (QUIMICA NOVA,1996). 2.4 Ácido aspártico e Ácido glutâmico Dr. Russell L. Blaylock, professor de neurocirurgia da Universidade de Medicina do Mississippi, publicou recentemente um livro detalhando completamente o dano causado pela ingestão de ácido aspártico do aspartame. Blaylock faz uso de quase 500 referências científicas para mostrar como o excesso aminoácidos excitatórios livres, tais como o ácido aspártico e ácido glutâmico (cerca de 99 por cento do glutamato monossódico é ácido glutâmico), na nossa alimentação causam graves perturbações neurológicas crônicas e uma miríade de outros sintomas agudos. Aspartato e glutamato agem como neurotransmissores no cérebro, facilitando a transmissão de informações de um neurônio para outro. O excesso de aspartato ou glutamato no cérebro mata certos neurônios, permitindo o fluxo em excesso de cálcio para dentro das células. Este influxo desencadeia quantidades excessivas de radicais livres, que matam as células. Por isso que são chamadas de como “excitotoxinas”, estimulam as células neuronais até a morte. Ácido aspártico é um aminoácido. Na sua forma livre (não ligada a proteínas), aumenta significativamente o nível do plasma sanguíneo de aspartato e glutamato. O excesso de aspartato e glutamato no plasma sanguíneo pouco depois da ingestão de produtos com aspartame ou ácido glutâmico livre leva a um elevado nível desses neurotransmissores em certas áreas do cérebro. A barreira hemato-encefálica (BHE), que normalmente protege o cérebro contra excesso de glutamato e aspartato, bem como toxinas, não está totalmente desenvolvida durante a infância, não protege completamente todas as áreas do cérebro, está danificada por numerosas doenças agudas e crônicas, e permite a passagem do excesso de glutamato e aspartato no cérebro mesmo quando intacta. O excesso de glutamato e aspartato lentamente começa a destruir neurônios. A grande maioria (75 por cento ou mais) de células neurais em uma área particular do cérebro são mortas antes que os sintomas clínicos de uma doença crônica sejam notados. (SAÚDE AFIADA,2015). 10 2.5 Fenilalanina Fenilalanina é um aminoácido normalmente encontrado no cérebro. As pessoas com a doença genética fenilcetonúria (PKU) não podem metabolizar a fenilalanina. Isto conduz a níveis perigosamente elevados de fenilalanina no cérebro (por vezes letal). Tem sido demonstrado que a ingestão de aspartame, especialmente, juntamente com carboidratos, pode levar a níveis excessivos de fenilalanina no cérebro, mesmo em pessoas que não têm PKU. Isto não é apenas uma teoria, muitas pessoas comeram grandes quantidades de aspartamo durante um longo período de tempo e sem ter PKU apresentaram níveis excessivos de fenilalanina no sangue. Níveis excessivos de fenilalanina no cérebro pode fazer com que os níveis de serotonina no cérebro diminuam, levando a distúrbios emocionais, tais como a depressão. Foi demonstrado em testes com seres humanos que os níveis de fenilalanina do sangue estavam significativamente aumentados em pacientes humanos que utilizaram cronicamente o aspartame. Mesmo um único uso do aspartame elevou os níveis de fenilalanina no sangue. Em seu depoimento perante o Congresso dos EUA, Dr. Louis J. Elsas mostrou que a alta fenilalanina no sangue pode ser concentrada em partes do cérebro e é especialmente perigosa para crianças e fetos. Ele também mostrou que a fenilalanina é melhor metabolizada por roedores que por seres humanos, o que invalida muitas pesquisas atestando qualquer nível de segurança equiparando outros animais à nós. Uma observação de um caso de níveis extremamente elevados de fenilalanina causados por aspartame foi publicado recentemente pelo Wednesday Journal em um artigo intitulado “O Pesadelo Aspartame”. John Cook começou a beber de seis a oito bebidas diet todos os dias. Seus sintomas começaram como perda de memória e dores de cabeça freqüentes. Ele começou a desejar mais bebidas adoçadas com aspartame. Sua condição se deteriorou tanto que ele experimentou intensas mudanças de humor e raivas violentas. Mesmo não sofrendo de fenilcetonúria, um exame de sangue revelou um nível de fenilalanina de 80 mg/dl. Ele também mostrou função cerebral anormal e danos cerebrais. Depois que ele se livrou do hábito de aspartame, seus sintomas melhoraram dramaticamente. Como Blaylock aponta em seu livro, os primeiros estudos que medem o acúmulo de fenilalanina no cérebro eram falhos. Os pesquisadores que mediram regiões específicas do cérebro e não a média no cérebro notaram aumento significativo nos níveis de fenilalanina. Especificamente o hipotálamo, bulbo, e áreas corpo estriado do cérebro tiveram os maiores aumentos em fenilalanina. Blaylock continua a salientar que o acúmulo excessivo de fenilalanina no cérebro pode causar esquizofrenia ou o fazer mais suscetível a derrames. 11 Portanto, a longo prazo, o uso excessivo de aspartame pode fomentar as vendas de drogas para depressão, controlar a esquizofrenia e convulsões. (SAÚDE AFIADA,2015). 2.6 Metanol Metanol / álcool de madeira é um veneno mortal. Algumas pessoas podem lembrar do metanol como o veneno que tem levado alguns alcoólatras a acabar cegos ou mortos. O metanol é gradualmente libertado no intestino delgado quando o grupo metil do aspartame encontra a enzima quimotripsina. A absorção de metanol no corpo é acelerada consideravelmente quando metanol livre é ingerido. Metanol é criado a partir de aspartame quando é aquecido acima de 30 graus centígrados. Isto ocorreria quando o produto contendo o aspartame é armazenado de forma inadequada ou quando é aquecido (por exemplo, como parte de uma “comida”, tais como gelatina). O metanol quebra-se em formaldeído no corpo. O formaldeído é uma neurotoxina mortal. Uma avaliação da EPA dos estados do metanol é que “considera um veneno cumulativo devido à baixa taxa de excreção, uma vez que é absorvido. No corpo, o metanol é oxidado ao formaldeído”. Eles recomendam um limite de consumo de 7,8 mg / dia. Um litro de bebida adoçada com aspartame contém cerca de 56 mg de metanol. Os usuários habituais de produtos que contenham aspartame consumem até 250 mg de metanol diariamente ou 32 vezes o limite do EPA. Os sintomas de envenenamento por metanol incluem dores de cabeça, zumbido nos ouvidos, tonturas, náuseas, distúrbios gastrointestinais, fraqueza, vertigem, calafrios, lapsos de memória, dormência e dores nas extremidades, distúrbios comportamentais e neurite. Os problemas mais conhecidos de envenenamento por metanol são problemas de visão, incluindo visão enevoada, contração progressiva do campo visual, visão turva, escurecimento da visão, danos na retina e cegueira. O formaldeído é um conhecido agente cancerígeno, provoca danos na retina, interfere com a replicação do DNA e causa defeitos congênitos. Devido à falta de um par de enzimas-chave, os seres humanos são muitas vezes mais sensíveis aos efeitos tóxicos do que os animais ao metanol. Portanto, os testes de aspartame ou metanol em animais não refletem com precisão o perigo para os seres humanos. Como apontado pelo Dr. Woodrow C. Monte, diretor do laboratório da ciência dos alimentos e nutrição na Universidade do Estado do Arizona: “Não existem estudos em seres humanos ou mamíferos para avaliar os possíveis efeitos mutagênicos, teratogênicos ou carcinogênicos da administração crônica de álcool metílico.” 12 Foi assinalado que alguns sucos de frutas e bebidas alcoólicas contêm pequenasquantidades de metanol. É importante lembrar, no entanto, que o metanol nunca aparece sozinho. Em todos os casos, o etanol está presente, geralmente, em quantidades muito mais elevadas. O etanol é um antídoto para a toxicidade do metanol em seres humanos. As tropas no deserto recebiam grandes quantidades de bebidas adoçadas com aspartame, que anteriormente haviam sido aquecidas a mais de 30º no sol da Arábia Saudita. Muitos deles voltaram para casa com numerosos distúrbios semelhantes ao que tem sido visto em pessoas que tenham sido quimicamente envenenadas por formaldeído. O metanol livre nas bebidas pode ter sido um fator que contribuiu para essas doenças. Outros produtos de degradação do aspartame como DKP (discutido abaixo) também pode ter sido outro fator. Em 1993, um ato que só pode ser descrito no mínimo como “inconcebível”, a FDA aprovou o aspartame como ingrediente em numerosos artigos alimentares que sempre são aquecidos acima de 30º C. (SAÚDE AFIADA,2015). 2.6 Dicetopiperazina (DKP) DKP é um subproduto do metabolismo do aspartame. DKP tem sido associado à ocorrência de tumores cerebrais. Olney notou que a DKP, quando nitrosada no intestino, produz um composto que foi semelhante ao N-nitrosoureia, um poderoso químico causador de tumor cerebral. Alguns autores têm dito que DKP é produzido após a ingestão de aspartame.Eu não tenho certeza se isso é correto. É certamente verdade que DKP é formado em produtos que contenham aspartame líquidos durante o armazenamento prolongado. GD Searle conduziu experimentos com animais sobre a segurança do DKP. A FDA encontrou numerosos erros experimentais, incluindo “erros materiais, animais confusos, animais não recebendo medicamentos que deveriam, espécimes patológicos perdidos por causa de manuseio incorreto”, e muitos outros erros. Estes procedimentos laboratoriais desleixados podem explicar por que ambos, animais de teste e de controle, tiveram 16 vezes mais tumores cerebrais do que seria esperado em experimentos deste comprimento. DKP também tem sido implicado como causa de pólipos uterinos e alterações nos níveis de colesterol no sangue, segundo o toxicólogo da FDA, Dr. Jacqueline Verrett em seu depoimento perante o Senado dos Estados Unidos. (SAÚDE AFIADA,2015). 13 PROCEDIMENTOS 3. 3.1 Materiais - Tubos de ensaio - Pipetas - Béquer - Estante para tubos de ensaio 3.2 Reagentes Soluções de aspartame em meio metanol/propan-1-ol 1:1 V/V em diversas concentrações: Soluções Concentrações 1 0,0076 % 2 0,0152 % 3 0,0304 % 4 0,0456 % 5 0,0608 % 6 Concentração desconhecida 3.3 Método Para determinação da concentração de aspartame em uma solução foi utilizado tubos de ensaio que foram numerados de 1 a 7, no tubo número 7 foi preparado o branco, onde foram colocados 4 mL de metanol/propan-1-ol 1:1 V/V e acrescentado 1mL de solução de ninhidrina a 0,10 mol L-1 . Nos demais tubos foram acrescentados 4mL das soluções de aspartame em meio reacional de metanol/propan-1-ol 1:1 V/V de concentrações distintas preparadas previamente, em todos os tubos também foi acrescentado 1mL de solução de ninhidrina 0,10 mol L-1 . Após preparo das soluções a serem analisadas aguardou-se 20 minutos para que a reação esperada acontecesse e surgisse a coloração azul característica do complexo de Ruhemann, e com o surgimento desta coloração foi possível realizar a leitura das soluções em espectrofotômetro de absorção na região de 603nm. 14 Os 14 resultados obtidos nas leituras foram utilizados para realização do gráfico absorbância em função da concentração para realização da curva padrão para determinação da concentração da solução do tubo de número 6. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4. Para determinação espectrofotométrica do aspartame, foi utilizado uma solução do mesmo em meio reacional de metanol/propan-1-ol 1:1 V/V, mais adição de ninhidrina que primeiramente reagiu com os aminoácidos do aspartame causando a oxidação descarboxilativa do aspartame formando a hidridantina, aldeído, dióxido de carbono e amônia. Em seguida a amônia e a hidridantina reagem com uma outra molécula de ninhidrina formando o complexo de Ruhemann de coloração azul. As soluções de aspartame em meio de metanol/propan-1-ol 1:1 V/V foram preparadas previamente e destas soluções foram colocadas 4mL em tubos de ensaio numerados de 1 a 6 e acrescentando-se posteriormente 1mL de ninhidrina, o branco foi preparado com 4mL de metanol/propan-1-ol 1:1 V/V mais 1mL de ninhidrina. Todos os tubos com exceção do tubo 6 tinha suas concentrações expressas em %, o tubo 6 continha a solução de concentração a ser determinada pela espectrofotometria. Aguardou-se 20 minutos para que ocorresse a reação esperada e formação do complexo de Ruhemann, após esse tempo as soluções foram lidas em espectrofotômetro em comprimento de onda de 603nm. 15 As soluções de 1 a 5 apresentavam as seguintes concentrações: Fazendo-se uso dessas informações fez-se a leitura da absorbância das sete soluções para determinação da concentração da solução contida no tubo 6. Através da construção do gráfico obteve-se o R2 de 0,9991 que foi muito satisfatório e também se obteve a equação y = 0,6435x - 0,0009 e através dela pode-se fazer o cálculo da concentração da solução do tubo 6 que obteve absorbância 0,138 nm e assim sua concentração foi de 0,2103 g L-1 ou 7,24 mol L-1, ficando sua concentração exatamente entre as concentrações dos tubos 2 e 3 assim com demonstrava sua absorbância. y = 0,6435x + 0,0009 R² = 0,9991 0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,0000 0,2000 0,4000 0,6000 Absorbância Absorbância Linear (Absorbância) Soluções (tubos) Concentração em % Concentração em g L-1 Absorbância em 603nm 1 0,0076 0,0608 0,037 2 0,0152 0,1216 0,084 3 0,0304 0,2432 0,155 4 0,0456 0,3648 0,240 5 0,0608 0,4864 0,311 6 ---- ---- 0,138 7 0,00 0,00 0,00 16 CONCLUSÃO 5. O experimento foi realizado de forma satisfatória, o que podemos concluir de acordo com R² do gráfico que obteve valor 0,9993, e sabe-se que quanto mais próximo de 1,0, melhor. O aspartame é um adoçante que é prejudicial à saúde se consumido mais do que 34 mg por dia, e o uso excessivo pode trazer vários males à saúde como sonolência grave, tontura, comprometimento da audição, tremores, irritabilidade extrema, depressão, taquicardia, náusea, diarreia, e o sintoma mais estudado até hoje, a cegueira, pois na composição do aspartame, tem-se o metanol, que é resultado da conversão do aspartame no intestino delgado. O metanol é tóxico, e em determinadas quantidades chega a ser mortal, sendo assim, é necessário que a dosagem correta do produto seja levada em consideração, pois se uma pessoa consome em grande quantidade, pode chegar a absorver até 250 mg de metanol por dia. O experimento é importante para mostrar os malefícios de produtos que são vendidos em prateleiras e não se sabe os malefícios que podem trazer a saúde. A ninhidrina é utilizada como o agente para dar a coloração, pois o complexo de Ruhemann reage com dipeptídeos e aminoácidos, diferentemente do Biureto que só reagia com mais de duas ligações peptídicas. A equação da reta obtida pelo gráfico foi y = 0,6435x + 0,0009, assim y é a absorbância, e quando realizamos o calculo para determinar a concentração, x, da solução com concentração desconhecida, o valor obtido foi 0,2130 g/L.QUESTIONÁRIO 6. 1) Quais são os efeitos colaterais provocados pela ingestão de aspartame? Os efeitos colaterais nos olhos são: redução de visão, dor, redução na quantidade de lágrimas e cegueira; Os efeitos colaterais no ouvido são: ruído, grave intolerância a ruídos, comprometimento notável da audição; Os efeitos colaterais no cérebro são: dor de cabeça, tontura, perda de memória, sonolência grave, dificuldade de movimentar os membros, dificuldade em falar, tremores, convulsões, distúrbio de consciência, hiperatividade e dor facial; 17 Os efeitos colaterais psicológicos são: depressão, irritabilidade extrema, crise de ansiedade, alterações de personalidade, agravamento de fobias; Os efeitos colaterais no tórax são: taquicardia, falta de ar, dor torácica atípica e hipertensão recente; Os efeitos colaterais gastrointestinais são: náusea, diarreia, dor abdominal e dor ao engolir; Os efeitos colaterais na pele são: coceira intensa, reações nos lábios e boca, urticária, agravamento de alergias respiratórias; Os efeitos colaterais endócrinos e metabólicos são: problemas com a diabetes, alterações menstruais, ganho ou perda de peso, queda de cabelo e hipoglicemia grave; Outros efeitos são: frequência de exceção, queimação ao urinar, sede em excesso, dor nas articulações, inchaço, retenção de liquido, maior susceptibilidade a infecções. 2) Qual a quantidade de ingestão máxima diária aceitável (IDA) deste edulcorante? É necessário que o consumidor consuma somente 34 mg de aspartame por kg de sua massa corpórea. O aspartame em si não é toxico, mas os produtos quando este é convertido no corpo humano trazem malefícios. 3) Cite 3 métodos de determinação do teor de aspartame em soluções de concentração desconhecida. Método de espectrofotometria, que é possível obter a concentração a partir da absorbância de soluções de concentração conhecidas. Método da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE), que é cara e trabalhosa, mas bastante utilizada para determinar aspartame em refrigerantes. Método volumétrico também pode determinar a quantidade de aspartame numa solução. 4) Explique porque a ninhidrina é o reagente que indiretamente dosa o teor de aspartame em uma determinada amostra. A coloração do complexo de Ruhemann, que é formado pela ninhidrina e um grupo amina, é mais forte quando a concentração de aminoácidos é maior. Logo, se a 18 coloração de ninhidrina vai se alterando de acordo com a concentração, a absorbância lida no espectrofotômetro será maior. 5) Escreva a reação química de união do ácido aspártico com a fenilalanina, mostrando a ligação peptídica formada entre esses aminoácidos. TOXICIDADE 7. Aspartame: Os níveis de aspartame ingeridos permanecem muito abaixo das doses diárias estabelecidas pela Food and Drug Administration e European Food Safety Authority, sendo admissíveis os níveis de 50 e 40 mg / kg de peso corporal / dia, respectivamente. No entanto, o consumo de grandes doses de aspartame tem um efeito sobre alguns parâmetros bioquímicos, incluindo os níveis de aminoácidos no plasma e níveis de neurotransmissores no cérebro. Ninhidrina: Nociva por ingestão. Irritante a pele aos olhos e as vias respiratórias. Após inalação : irritação das mucosas - Depois do contato com a pele : Irritação - Depois do contato com os olhos : Irritação - Após deglutição : irritação das mucosas, boca, faringe, esôfago e aparelho gastrointestinal. 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 8. LEHNINGER, A. L.; NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de bioquímica. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. Marzzoco, A.; Torres, B. B. Bioquímica Básica. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. SOQ, Portal da química. Disponível em: <http://www.soq.com.br/conteudos/em/solucoes/p9.php>. Acesso em: 26 outubro 2015.
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