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Disciplina: Saúde Coletiva
Docente: Jaciara Reis Nogueira Garcia
 "Sistema de Saúde“ na prática no Brasil,
"Sistema de Serviços de Saúde", ou "Sistema de
Doença"
A preocupação com a saúde é mínima e pouco
privilegiada em relação à doença, à incapacidade
e à morte.
O Sistema de Saúde Brasileiro vem
apresentando vários problemas, todos
relacionados de alguma forma à política
vigente em cada momento histórico de nosso
país.
A tentativa de solucioná-Ios vem sendo feita a
partir da década de 70, por um movimento
denominado "Reforma Sanitária".
” é a designação que se dá à plataforma política defendida pelo
“Movimento Sanitário Brasileiro”, que representou uma ampla
articulação de atores sociais, incluindo membros dos
departamentos de medicina preventiva de várias universidades,
entidades como o Centro Brasileiro de Estudos (CEBES),
movimentos sociais de luta por melhores condições de saúde,
autores e pesquisadores, militantes do movimento pela
redemocratização do país nos anos 1970 e 1980 e parlamentares
que faziam a crítica às políticas de saúde existentes no Brasil.
A “Reforma Sanitária” incluía em sua pauta uma nova
organização do sistema de saúde no país – com várias
características que o SUS afinal adotou –, em particular uma
concepção ampliada dos determinantes sociais do processo
saúde-doença e a criação de um sistema público de
assistência à saúde, gratuito com garantia de acesso
universal do cuidado para todos os brasileiros.
1- DESIGUALDADE NO ACESSO AOS 
SERVIÇOS DE SAÚDE
Os brasileiros eram classificados como:
1. Os que podiam pagar
2. Os que tinham direitos a assistência do 
INAMPS (trabalhadores com carteira 
assinada) 
3. Os que não tinham nenhum direito 
assistencial
2 -CUSTOS
Esta característica tem sido responsável - junto à
tecnificação crescente da Medicina e aos interesses
privados com fortes lobbies - por um crescimento
desordenado dos gastos, sem que isto reflita em melhor
assistência ou melhores condições de saúde para a
população assistida.
Associado a isso somam-se:
a) a diversificação excessiva das formas de remuneração
dos serviços
b) a multiplicidade e a descoordenação das instituições
Junto aos custos há também o problema das fontes
de financiamento para o funcionamento do
Nas CAPs, na década de 20, a assistência médica
curativa era financiada pelas empresas e seus
empregados.
Com a criação dos IAPs inicia-se a parceria do Estado
nesse financiamento, participação essa, crescente
com a criação do INPS e posteriormente do INAMPS. É
importante ressaltar novamente que o direito à
assistência estava condicionado à contribuição do
trabalhador.
3 -FINANCIAMENTO
As ações médicas preventivas, ao contrário,
eram totalmente financiadas pelo Estado. Com a
falta de uma política que privilegiasse estas ações, a
partir do final da década de 60, durante o regime
os recursos foram paulatinamente escasseando,
ao ressurgimento de doenças já controladas, como
a febre amarela e a leishmaniose.
A medida principal proposta pela Reforma Sanitária
é a criação de um fundo único de saúde, público,
capaz de financiar as ações tanto preventivas quanto
curativas.
4 -GESTÃO
 Início do século XX - modelo centralizado (todo tipo de
conhecimento estava nas mãos de poucos) e pouco participativo
(a população não tinha permissão para participar das discussões,
não era esclarecida quanto às ações campanhistas e deveria se
submeter às ordens).
A assistência médica curativa - com as CAPs, IAPs, INPS e INAPMS -
objetivo principal de controlar e disciplinar a força de trabalho,
era a empresa (no caso das CAPs) ou a parceria Estado-empresa
(no caso das instituições restantes) o órgão centralizador das
decisões tomadas no âmbito da prestação de serviços de saúde
aos filiados.
Partindo de um pressuposto de democratização do
país, o SUS propõe que haja um definição de
atribuições por nível de governo (com
descentralização) e a participação popular tanto
na formulação das políticas quanto no controle de
sua execução
HISTÓRICO DA SAÚDE NO BRASIL
 Vinda da família Real para o Brasil
 Necessidade de mão de obra saudável para os negócios da realeza
 Criação da Diretoria Geral de Saúde Pública - 1897
 Necessidade de mão de obra saudável para lavoura e produção para 
exportação. Epidemias prejudicam a economia.
Ações de combate a endemias – peste bubônica, 
varíola e febre amarela
Osvaldo Cruz propõe um novo código sanitário e 
implementa uma campanha de vacina obrigatória
MOVIMENTO POLÍTICO E POPULAR – REVOLTA DA 
VACINA - 1904
Até o início do século XX:
a assistência médica (cura de doenças) era realizada ou por
médicos que atendiam somente aqueles capazes de pagar por seus
por seus serviços, ou por instituições de caridade sustentadas pela
sustentadas pela Igreja e por doações. Não havia participação do
participação do Estado nessa assistência.
A partir da década de 20:
algumas empresas passaram a oferecer a seus empregados
assistência médica, além de aposentadoria e pensões, com as
as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs).

Mudança do modelo agrário exportador para o início 
da industrialização
Absorção da mão de obra do campo
Crescimento econômico
Criação do Ministério do Trabalho
As CAPs foram substituídas pelos Institutos de
Aposentadorias e Pensões (IAPs), que atendiam a uma
determinada categoria profissional, já com alguma
participação do Estado nesta gestão.
Por volta de 1966 os IAPs
foram unificados e criado o
Instituto Nacional de
Previdência Social (INPS) -
com ainda maior participação
participação do Estado - e em
1977 o INAMPS
É importante considerar que, até então, quem precisasse de
assistência médica ou deveria pagar diretamente pela
mesma, ou ser atendido em instituições filantrópicas, ou
ser um trabalhador vinculado formalmente ao mercado de
trabalho.
 Este último condicionante pode ser denominado "cidadania
regulada", já que os direitos do cidadão estavam
condicionados não só à sua profissão, mas ao modo como a
exercia.
Quanto às ações de saúde pública ou preventivas
(vacinação, controle de endemias, saneamento, etc.), estas
eram de acesso universal, ainda que funcionassem em
paralelo às ações ditas curativas. Isto resultava em um
modelo de atenção à saúde:
a) inadequado às necessidades da população como um
todo
b) sem integralidade, já que havia uma nítida separação
entre a prevenção e a cura.
O que era o Movimento da 
Reforma Sanitária?
O movimento da Reforma Sanitária, em finais da década
de 70, e que culminou com a VIII Conferência Nacional
de Saúde em 1986, propõe que a saúde seja:
•um direito do cidadão,
•um dever do estado
Disto resultaram duas das principais diretrizes do Sistema
Único de Saúde(SUS): a universalidade e a integralidade -
conceitos que serão melhor explicitados mais adiante.
•acesso a todos os bens e serviços que a promovam e
recuperem seja universal.
A) Buscava reverter a lógica da assistência à saúde, 
com os seguintes princípios:
 Universalizar o direito à saúde. (UNIVERSALIDADE)
 Integralizar as ações de cunho preventivo e curativo, 
desenvolvidas pelos Ministérios da Saúde e da Previdência 
separadamente. (INTEGRALIDADE)
 Inverter a entrada do paciente no sistema de atenção - ao invés 
de buscar o hospital quando já estiver doente, buscar a 
prevenção do preventivo para o curativo- promover saúde. 
(HIERARQUIZAÇÃO)
 Descentralizar a gestão administrativa e financeira. 
(DESCENTRALIZAÇÃO)
 Promover a participação e o controle social. (PARTICIPAÇÃO)
B) Denunciava a formade organização do sistema:
crise, gastos, privilegiamento, concentração de renda.
Quem era o “Movimento
Sanitário”?
Técnicos do setor saúde,
acadêmicos, secretários de saúde,
simpatizantes da discussão de
saúde, etc.
Um marco importante desta 
a Oitava Conferência Nacional de 
(VIII CNS)
 Debate realizado em 1986 com a participação de mais
de 4 mil pessoas, entre profissionais do setor saúde,
governo e usuários dos serviços.
 Nessa conferência firmaram-se as propostas de:
1. universalização
2. unificação do sistema (MS-INAMPS)
3. integralidade das ações e da atenção
4. descentralização
5. participação popular
OITAVA CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE
VIII CNS
Três foram as principais estratégias utilizadas para
viabilizar as intervenções propostas pela VIII CNS:
1. Criação das bases jurídicas para a sua implantação
(Constituição federal, Constituições estaduais, leis
orgânicas Municipais e complementares).
2. Mobilização da opinião pública e setores
organizados
3. Criação do Sistema Unificado e Descentralizado de
Saúde (SUDS) (1987), enquanto momento de
transição para o SUS.
O SUDS avançou na política de descentralização da saúde e,
principalmente na descentralização do orçamento, permitindo uma
maior autonomia dos estados na programação das atividades no
setor
Deu prosseguimento às estratégias de hierarquização,
regionalização e universalização da rede de saúde e retirou do
INAMPS uma parcela de poder que ele centralizava (com a
realização de convênios entre INAMPS e estados).
No ano de 1987, teve início a Assembléia Nacional Constituinte.
Uma nova Carta Constitucional viria legitimar todas as propostas
reformistas que estavam em andamento.
NO QUE TANGE À SAÚDE, A CONSTITUIÇÃO 
DE 1988 APROVOU A POLÍTICA DE ATENÇÃO 
UNIVERSAL À SAÚDE.
Antes disso existia um "duplo comando" na área da
saúde, pois o Ministério da Saúde cuidava das ações
preventivas e o Ministério da Previdência Social
incumbia-se pela prestação dos serviços médicos
curativos.
 O acesso a esses serviços médicos curativos, até
então não era um direito de todos, universal, mas
somente dos que contribuíam para o sistema de
então, que era ligado ao Ministério da Previdência
Social. Somente os trabalhadores com carteira
registrada, pois, faziam jus aos serviços públicos de
saúde
Sob outro aspecto, ações como as campanhas de
vacinação eram de competência do Ministério da
Saúde, revelando a duplicidade e a fragmentação das
ações e dos serviços de saúde.
A mudança foi grande. Ocorreu a unificação de
comando, representada pela transferência ao
da Saúde de toda a responsabilidade pela saúde no
federal.
Da mesma forma nos estados e municípios, onde a
responsabilidade ficara a cargo das respectivas
estaduais e municipais de saúde
Na verdade, o SUS representa a materialização de uma
nova concepção acerca da saúde em nosso país.
Antes a saúde era entendida como "o Estado de não-
doença“ - cura de agravos à saúde.
 Significava apenas remediar os efeitos com menor
ênfase nas causas, deu lugar a uma nova noção centrada
na prevenção dos agravos e na promoção da saúde.
A saúde passa ser relacionada com a qualidade de vida
da população, a qual é composta pelo conjunto de bens
que englobam a alimentação, o trabalho, o nível de
renda, a educação, o meio ambiente, o saneamento
básico, a vigilância sanitária e farmacológica, a moradia,
o lazer, etc.
Constituição Cidadã
Em 1988 foi aprovada a “Constituição Cidadã”, que estabelece a saúde
saúde como “Direito de todos e dever do Estado” e apresenta, na sua
sua Seção II, como pontos básicos: “as necessidades individuais e
coletivas são consideradas de interesse público e o atendimento um
um dever do Estado; a assistência médico-sanitária integral passa a ter
a ter caráter universal e destina-se a assegurar a todos o acesso aos
aos serviços; esses serviços devem ser hierarquizados segundo
parâmetros técnicos e a sua gestão deve ser descentralizada”.
Estabelece, ainda, que o custeio do Sistema deverá ser essencialmente
essencialmente de recursos governamentais da União, estados e
municípios, e as ações governamentais submetidas a órgãos colegiados
colegiados oficiais, os Conselhos de Saúde, com representação paritária
paritária entre usuários e prestadores de serviços (BRASIL, 1988).
"A saúde é um direito de todos e um dever
do Estado assegurado mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução
do risco de doença e de outros agravos e
ao acesso universal e igualitário às ações
e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação." (CF-88 Art. 196)
De acordo com essa nova concepção de saúde,
compreende-se que "os níveis de saúde da população
expressam a organização social e econômica do país".
há o acertado reconhecimento de que os indicadores de
saúde da população devem ser tomados para medir o
nível de desenvolvimento do país e o de bem estar social
da população.
Sob outro aspecto, o princípio da universalidade,
inscrito no artigo 196 da Constituição, representou a
inclusão de todos no aparo prestado pelo SUS.
Qualquer pessoa passa a ter o direito de ser atendida
nas unidades públicas de saúde.
Esse fato faz com que atualmente toda população
brasileira, sem exceção, seja beneficiária dos
ações prestadas pelo SUS o que concretiza em
princípio da universalização.
Ministério da Saúde assumiu, desde agosto de
1999, por intermédio da Fundação Nacional de
Saúde, a responsabilidade de estrutura e
operacionalizar o Subsistema de Atenção à
Saúde Indígena, articulado com o Sistema
Único de Saúde (SUS), passando assim, a
responder pela totalidade das ações de saúde
para os povos indígenas, tanto preventivas
quanto assistenciais e de promoção à saúde.
É bem verdade que o SUS, como não poderia deixar
de ser, está em constante processo de
aperfeiçoamento.
Da mesma forma, é constante o surgimento de
novos agravos de saúde que carecem de novas
de novos cuidados.

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