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INTERCORRÊNCIAS Profª Drª Adriana Ap. Delloiagono de Paula CRISES CONVULSIVAS CRISES CONVULSIVAS Convulsões são contrações e relaxamentos repentinos e violentos dos músculos, geralmente causadas por atividade elétrica cerebral incontrolada. É uma contração violenta, ou série de contrações dos músculos voluntários, com ou sem perda de consciência. CRISES CONVULSIVAS A crise convulsiva é dividida em duas fases distintas: 1 - Fase tônico-clônica - duração de 40” a 1’, onde a principal preocupação é evitarmos outras lesões, principalmente T.C.E., realizando a contenção da cabeça e assim evitando choques com o solo. A vítima de uma crise convulsiva sempre cai e seu corpo fica tenso e retraído. Em seguida ela começa a se debater violentamente e pode apresentar os olhos virados para cima e os lábios e dedos arroxeados. Em certos casos, a vítima baba e urina. 2 - Fase de relaxamento - não tem duração pré-determinada. É onde a vítima corre risco, pois estando geralmente em decúbito dorsal, sofre a ação da gravidade, ocasionando queda da língua e provocando asfixia. Tomamos cuidados com a permeabilidade das vias aéreas, e a colocamos lateralizada, para escoamento das secreções da boca. Nesta fase os movimentos vão enfraquecendo e a vítima recupera-se lentamente. CRISES CONVULSIVAS Não há nada que possa ser feito para interromper a convulsão depois de seu início. Tudo o que pode ser feito é ajudar a proteger a vítima de se machucar e solicitar assistência médica se necessário. CRISES CONVULSIVAS epilepsia uso de álcool barbitúricos, intoxicação ou supressão lesões ou doenças cerebrais tumor cerebral (raro) Asfixia abuso de drogas choque elétrico febre (especialmente em crianças pequenas) CAUSAS doenças cardíacas lesões na cabeça pressão sangüínea alta meningite envenenamento derrame cerebral toxemia de gestação uremia associada a insuficiência renal mordidas ou picadas venenosas (ver mordida de cobra) supressão de benzodiazepínicos (tais como Valium) CRISES CONVULSIVAS breves períodos de inconsciência ou comportamento confuso; baba ou espuma na boca; grunhidos ou roncos; perda de controle da bexiga ou intestino; queda repentina; perda da consciência; ausência temporária da respiração; espasmos musculares vigorosos com contrações e reflexos dos membros SINAIS E SINTOMAS Atendimento em caso de convulsão A convulsão, normalmente é muito estressante, a principal dica é manter a calma para que se possa, efetivamente, ajudar. É importante saber que a maioria das convulsões dura menos que 5 minutos e que a mortalidade durante a crise é baixa. Atendimento em caso de convulsão Deite a pessoa no chão, em um local sem objetos que possam causar lesões. Crie espaço em volta da vítima afastando curiosos; Afastar todos os objectos onde a pessoa possa se machucar; afastá-la de locais e ambientes potencialmente perigosos, como por exemplo: escadas, portas de vidro, janelas, fogo, eletricidade, máquinas em funcionamento; Anotar a duração da convulsão; Utilize a mão, roupa, travesseiro, ou outra forma para proteger a cabeça da vítima; Sem restringir os movimentos da vítima durante a convulsão, afrouxe qualquer vestimenta apertada, principalmente ao redor do pescoço. Deixe livres braços e pernas, de forma alguma os imobilize. · Não interferir nos movimentos convulsivos, mas assegurar-se que a vítima não está se machucando; Afrouxe roupas, no pescoço e cintura, para facilitar a ventilação. Após, verifique se não há nada obstruindo as vias aéreas e se a respiração está normal.; Atendimento em caso de convulsão Não tente segurar a língua com os dedos, nem tente colocar objetos rígidos entre os dentes da vítima, como colher, caneta, na boca para segurá-la. Pode-se tentar introduzir um pano ou lenço enrolado entre os dentes para evitar mordedura da língua Ter o devido cuidado para não colocar os dedos na boca da vítima durante a crise.; Acabada fase de movimentos bruscos colocar a pessoa na Posição Lateral de Segurança . Vire a cabeça de Lado. Isto virará também a língua, e dessa forma será liberada a passagem do ar. Virar o rosto da vítima para o lado, evitando assim a asfixia por vômitos ou secreções; Retirar da boca próteses dentárias móveis (pontes, dentaduras) e eventuais detritos; . Quando passar a convulsão, manter a vítima deitada até que ela tenha plena consciência e autocontrole. Enquanto isso, monitore seus sinais vitais (pulso, freqüência respiratória, pressão sangüínea); Depois de uma convulsão, a maioria das vítimas cai em um sono profundo. Não impeça o sono. A vítima provavelmente ficará desorientada por um período após despertar. Não jogar água fria no rosto da vítima. Devemos conversar com a vítima, demonstrando atenção e cuidado com o caso, e informá-la onde está e com quem está, para dar-lhe segurança e tranqüilidade NÃO SE DEVE conter a vítima mover a vítima, a não ser que esteja em perigo ou perto de algo perigoso. tentar fazer a vítima parar a convulsão - elas não conseguem se controlar durante uma convulsão. fazer respiração artificial em uma vítima convulsiva, mesmo que esteja ficando azul. A maioria das convulsões acaba antes que possa haver dano cerebral. dar nada à vítima por via oral até que as convulsões tenham parado e a vítima esteja completamente acordada e alerta. ASMA ASMA A asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada pela obstrução do fluxo de ar nas vias respiratórias, cuja causa não é totalmente conhecida. Asma é o estreitamento dos tubos bronquiais no pulmão. ASMA Causas Cerca da metade das crises são desencadeadas por alergias a substâncias como poeira, fumaça, pólen, penas, pêlos, insetos, esporos de mofo, comidas e remédios. Ataques não relacionados a alergias podem ser desencadeados por exercícios vigorosos, por respirar ar frio, por estresse emocional e por inflamação ou infecção do trato respiratório. A hereditariedade desempenha um papel importante na tendência de desenvolver asma. Se um dos pais ou ambos tiverem asma, a criança tem até 50% de chances de desenvolver a doença. ASMA SINAIS E SINTOMAS Falta de ar; Aumento da frequência respiratória; Respiração ruídosa; Chiado no peito; Cianose; Ansiedade; Veias do pescoço distendidas; Tosse; Incapacidade da pessoa proferir uma frase sem interrupção. Atendimento em caso de crise asmática Tranquilizar a situação. É importante ser capaz de conter a angústia e a ansiedade da pessoa, falando-lhe calmamente, e assegurando-lhe rápida ajuda médica; Manter a pessoa em local arejado onde não haja pó, odores ou fumaça; Colocá-lo numa posição que lhe facilite a respiração, preferencialmente sentada; Se tiver conhecimento do tratamento aconselhado pelo médico para as crises pode administrá-lo. HIPERVENTILAÇÃO HIPERVENTILAÇÃO É como chamamos quando uma pessoa está com a respiração mais rápida e mais profunda do que o normal. A hiperventilação pode ser uma sensação assustadora, tanto para as crianças como para adultos. HIPERVENTILAÇÃO Causas Ansiedade (causa mais comum); Dor de estômago intensa; Doença cardiológica ou pulmonar; Síndrome do Pânico; Problemas no sistema nervoso central (cérebro); Exercícios físicos; Febre. HIPERVENTILAÇÃO SINAIS E SINTOMAS Batimento cardíaco acelerado; Falta de ar; Dormência ou formigamento dos braços, pernas e rosto (principalmente a boca); Sensação de morte eminente; Perda de consciência (desmaio). Os sintomas geralmente duram de 20 a 30 minutos, mas para a pessoa a sensação é de horas. Apesar de assustar, a hiperventilação não costuma ser perigosa. HIPERVENTILAÇÃO A hiperventilação produz diminuição dos níveis de gás carbônico no sangue. Atendimento em caso de Hiperventilação Respirar em um saco de papel (não de plástico) pode ajudar a aumentar a concentração de dióxido de carbono no sangue, pois o indivíduo inala novamente o dióxido de carbono após tê-lo exalado. Com a elevação da concentração de dióxido de carbono, os sintomas da hiperventilação melhoram e, conseqüentemente, a ansiedade diminui e a crise cessa. Atendimento em caso de Hiperventilação Siga os seguintes passos: 1. Cubra o nariz e a boca com um pequeno saco de papel. 2. Respire lentamente dentro do saco 10 vezes 3. Retire o saco do rosto e respire normalmente por alguns minutos. 4. Repita os itens 2 e 3 até o desaparecimento dos sintomas. 5. Tente respirar devagar. 6. Procure manter uma respiração a cada 5 segundos. DESMAIO DESMAIO É a perda súbita, temporária e repentina da consciência, devido à diminuição de sangue e oxigênio no cérebro. DESMAIO Causas Excesso de calor Fadiga Falta de alimentos (fome) Permanência de pé durante muito tempo Cansaço excessivo Nervosismo intenso Emoções súbitas Susto Acidentes, principalmente os que envolvem perda sangüínea Dor intensa Mudança súbita de posição (de deitado para em pé) Ambientes fechados e quentes 28 DESMAIO SINAIS E SINTOMAS Palidez intensa Pulso fraco Fraqueza Suor frio Extremidades frias Náusea ou ânsia de vômito Pressão arterial baixa Respiração lenta Tontura Escurecimento da visão Devido à perda da consciência, a pessoa cai. Atendimento em caso de Desmaio Se a pessoa está prestes a desmaiar: Sentá-la em uma cadeira, ou outro local semelhante. Curvá-la para frente. Baixar a cabeça da pessoa, colocando-a entre as pernas e pressionar a cabeça para baixo. Manter a cabeça mais baixa que os joelhos. Fazê-la respirar profundamente, até que passe o mal-estar. Atendimento em caso de Desmaio Se a pessoa já estiver desmaiada: Manter a pessoa deitada, colocando sua cabeça e ombros em posição mais baixa em relação ao resto do corpo; Afrouxar a sua roupa. Manter o ambiente arejado. Se houver vômito, lateralizar-lhe a cabeça, para evitar sufocamento. NÃO SE DEVE Não se deve dar jamais bebida alcoólica. AFOGAMENTO AFOGAMENTO É a asfixia gerada por aspiração de líquido de qualquer natureza que venha a inundar o aparelho respiratório. Haverá suspensão da troca ideal de oxigênio e gás carbônico pelo organismo. AFOGAMENTO Afogar-se não é risco exclusivo dos que não sabem nadar. Muitas vezes até um bom nadador se vê em apuros por algum problema imprevisto: uma cãibra, um mau jeito, uma onda mais forte. Outras vezes a causa é mesmo a imprudência de quem se lança na água sem saber nadar. Pode ocorrer, ainda, uma inundação ou enchente, daí surgindo vítimas de afogamento. Atendimento em caso de Afogamento Deve promover o resgate imediato e apropriado, nunca gerando situação em que ambos (vítima e socorrista ) possam se afogar, sabendo que a prioridade no resgate não é retirar a pessoa da água, mas fornecer-lhe um meio de apoio que poderá ser qualquer material que flutue, ou ainda, o seu transporte até um local em que esta possa ficar em pé. Atendimento em caso de Afogamento O resgate deve ser feito por fases consecutivas: Fase de observação Fase de entrada na água Fase de abordagem da vítima Fase de reboque da vítima Fase de atendimento da vítima Atendimento em caso de Afogamento Fase de observação Implica na observação do acidente, o socorrista deve verificar a profundidade do local, o número de vítimas envolvidas, o material disponível para o resgate. O socorrista deve tentar o socorro sem a sua entrada na água, estendendo qualquer material a sua disposição que tenha a propriedade de boiar na água, não se deve atirar nada que possa vir a ferir a vítima. Em casos de dispor de um barco para o resgate, sendo este com estabilidade duvidosa a vítima não deve ser colocada dentro do mesmo, pois estará muito agitada. Atendimento em caso de Afogamento Fase de entrada na água O socorrista deve saber nadar; Deve certificar-se que a vítima está visualizando-o. Ao ocorrer em uma piscina a entrada deve ser diagonal à vítima e deve ser feita da parte rasa para a parte funda. Sendo no mar ou rio a entrada deve ser diagonal à vítima e também diagonal à corrente ou à correnteza respectivamente. Atendimento em caso de Afogamento Fase de abordagem da vítima Esta fase ocorre em duas etapas distintas: Abordagem verbal = Ocorre a uma distância média de 03 metros da vítima. O socorrista vai identificar-se e tentar acalmar a vítima. Caso consiga, dar-lhe-á instruções para que se posicione de costas habilitando uma aproximação sem riscos. Abordagem física = O socorrista deve fornecer algo em que a vítima possa se apoiar, só então deverá se aproximará fisicamente e segurar a vítima fazendo do seguinte modo: O braço de dominância do socorrista deve ficar livre para ajudar no nado , já o outro braço será utilizado para segurar a vítima , sendo passado abaixo da axila da vítima e apoiando o peito da mesma, essa mão será usada para segurar o queixo do afogado de forma que este fique fora da água. "O SOCORRISTA NÃO PODE PERMITIR QUE A VÍTIMA O AGARRE" Atendimento em caso de Afogamento Fase de reboque da vítima Quando em piscinas e lagos o objetivo sempre será conduzir a vítima para a porção mais rasa. No mar, será admitido o transporte até a praia, quando a vítima estiver consciente e quando o mar oferecer condições para tanto; será admitido o transporte para o alto mar (local profundo e de extrema calmaria), quando a vítima apresentar-se inconsciente e o mar estiver extremamente revolto (essa atitude dará condições ao socorrista de repensar o salvamento). Caso exista surfistas na área o socorrista, deve-se pedir ajuda . Quando o socorrista puder caminhar, deve fazê-lo, pois é mais seguro do que nadar. Atendimento em caso de Afogamento Fase de atendimento da vítima Acalmar a vítima, fazê-la repousar e aquecê-la através da substituição das roupas molhadas e fornecimento de roupas secas, casacos e cobertores; Manter a vítima deitada em decúbito dorsal procedendo com a lateralização da cabeça ou até da própria vítima afim de que não ocorra aspiração de líquidos. Vale frisar que o líquido que costuma ser expelido após a retirada da água provêm do estômago e não dos pulmões por isso, sua saída deve ser natural , não se deve forçar provocando vômito, pois pode gerar novas complicações. Caso o afogado esteja inconsciente não deixe-o sozinho, e procure manter seu corpo apoiado em posição segura e confortável, com a cabeça lateralizada para facilitar a saída de líquidos.
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