Ergonomia Resumo capítulo 1 e 2 do livro Ergonomia Prática Autores: Jan Dul e Bernard Weerdmeester

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CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA - BURITIS
CURSO ENGENHARIA
ANÁLISE ERGONOMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
Avaliação diagnóstica 
Ihanka Heloiza Pereira Cordeiro RA 11615414
Marcus Henrique de Souza Barbosa RA 11613806
Professora: Roberta Martins Couto
BELO HORIZONTE
2018
Capítulo 1
A ergonomia desenvolveu-se devido os problemas causados pela operação de equipamentos militares complexos no período da II Guerra Mundial.
O termo ergonomia significa ciência aplicada ao projeto de máquinas, equipamentos, sistemas e tarefas com o objetivo de melhorar a integridade física, mental, social e produtiva.
A ergonomia estuda vários fatores como ambientais, corporais, informações obtidas. Criando métodos e técnicas de melhoria e condição de vida.
Em alguns países, já é possível fazer um curso de graduação em ergonomia. Tendo que alguns profissionais exercem funções de tal área através de especialização.
 Ergonomia
Fundamental no meio social evitando acidentes quando se consideram adequadamente as capacidades e limitações humanas e as características do ambiente, durante o projeto do trabalho.
O conhecimento em ergonomia vem estimular aplicações e prevenções dos problemas de saúde. 
Finalmente, a ergonomia pode contribuir para a prevenção de erros, melhorando o desempenho. No nível social pode contribuir para redução de custos, prevenindo problemas de saúde.
Nas empresas o desempenho do trabalho poderá melhorar, aumentando-se a qualidade e produtividade, em consequência, os custos podem ser reduzidos.
Procurar atender às necessidades coletivas em primeiro lugar, para beneficiar a maioria da população.
Capítulo 2 
Postura e movimento
A postura e o movimento são estabelecidos pela tarefa e posto de trabalho.
Os músculos proporcionam uma forca no corpo capaz de realizar um movimento. Os ligamentos servem para auxiliar, enquanto as articulações deslocam as partes do corpo.
Alguns movimentos gastam muita energia exigindo muito dos músculos, coração e pulmões.
BASES BIOMECANICAS, FISIOLOGICAS E ANTROPOMETRICAS
Biomecânicas
No estudo da biomecânica, aplicam-se as leis físicas da mecânica ao coro humano. Alguns dos princípios mais importantes da biomecânica para a ergonomia são:
Manter as articulações em posição neutra: Nesta posição os músculos e as articulações são forçados o mínimo possível;
Conservar os pesos próximos ao corpo: Quando os pesos estão afastados do corpo, o braço fica tencionado e o corpo tende a curvar para frente;
Evitar curvar-se para frente: Quando o tronco curva para frente os músculos das costas se contraem para conseguir manter essa posição, com isso surgem as dores;
Alterne posturas e movimentos: Posturas e movimentos repetitivos podem causar lesões nos músculos, por isso é importante alternar posturas e tarefas;
Previna a exaustão muscular: Pois um músculo exausto demora para recuperar 
Fisiologia
A Fisiologia avalia a demanda de energia do coração e dos pulmões necessitada para um esforço muscular.
Alguns princípios fisiológicos ligados à economia são:
Limite o gasto energético no trabalho: A maioria da população pode fazer tarefas sem sentir falta de energia, desde que esta não passe de 250 Watts, sabendo que 80W é consumido pelo chamado metabolismo basal, que significa que mesmo o organismo em repouso consome energia;
Conceda pausas para recuperação em trabalhos pesados: Esta pausa pode ser a parada de uma tarefa ou a substituição por uma tarefa mais suave. O mais importante é que não seja gasto mais que 250W de energia;
Antropometria 
Ocupa-se das dimensões e proporções do corpo humano. Alguns princípios antropométricos em relação à ergonomia são:
Considere as diferenças individuais do corpo: Os projetistas dos postos de trabalho, máquinas e móveis, devem fazer análises estatísticas média em relação a população usuária. Para que ninguém sofra consequências com mau dimensionamento de objetos e outros;
Use tabelas antropométricas adequadas: São tabelas que apresentam as dimensões do corpo, pesos e alcances dos movimentos. Referem-se sempre a uma determinada população e nem sempre podem ser aplicadas para outras populações. 
Nestas tabelas contém medidas do corpo em geral (Estatura, altura da cabeça, Largura dos quadris, Comprimento da mão, Envergadura, Peso, etc)
 As dimensões lineares poderão ser adicionadas ou subtraídas entre si desde que se refiram a segmentos corporais alinhados. Podendo assim ser adaptados objetos para pessoas de diferentes dimensões, mas dentro de uma mesma população.
Postura
A postura é determinada pela natureza da tarefa ou do posto de trabalho. Manter uma postura por muito tempo causa danos as articulações e aos músculos.
Alguns dos fundamentos de Postura relacionada à ergonomia:
Selecione uma postura básica adequada ao cargo: Uma melhor postura básica vai depender bastante das características do cargo exercido (Sentada, em pé, ou combinações sentada/em pé);
Trabalho Sentado: A posição sentada apresenta vantagens sobre ficar em pé. O corpo fica melhor apoiado em várias superfícies, por isso é bem menos cansativo. Entretanto, as atividades que exigem maiores forças ou grandes movimentos do corpo são feitas melhores em pé.
Alterne a posição sentada/em pé/ andando: Deve-se evitar longo período sentado em tarefas manuais, porque o tronco e a cabeça ficam submetidos a longas tensões, que provocam dores. O dorso e o braço também são tensionados provocando dores.
As tarefas que exigem um longo período sentado devem ser alternadas com outras que possa trabalhar em pé.
Ajuste a altura do assento e a posição do encosto
Cadeiras que tem regulagem devem ter algumas importantes características:
A altura da cadeira tem que ser alinhada pela altura poplítea, e a coxa tem que ficar bem apoiada no assento, e os pés no chão;
A altura deve ser regulada em movimentos contínuos e suaves, e não por “degraus”. O ajuste deve ser feito de acordo com as variações da altura poplítea;
O encosto da cadeira deve ter um apoio para a região lombar. Deve-se deixar um vão livre de 10 a 20cm entre assento e encosto. O encosto deve ter altura de 30cm;
A parte inferior do encosto deve ter uma curva para acomodar as nádegas, ou ser vazada.
A cadeira pode ser giratória. Isso reduz a necessidade de torcer o tronco e varia a postura, evitando a fadiga.
Use cadeiras especiais para tarefas específicas:
Os braços de uma cadeira devem ser curtos, para que a cadeira possa ficar próxima da mesa. Eles podem ajudar a suportar os pesos do tronco e dos braços. Para tarefas que exigem inclinação do corpo para a frente, é indicado inclinar no máximo 20 graus, evitando a necessidade de curvar o corpo para a frente;
Ajuste a altura da superfície de trabalho de acordo com a tarefa:
A altura da superfície de trabalho deve ser determinada relacionado entre a melhor altura para as mãos e a melhor posição para os olhos.
É necessário considerar a altura ou espessura das peças, ferramentas ou acessórios em uso;
Evite manipulações fora do alcance:
Para evitar, as ferramentas, controles e peças devem situar-se dentro de um envoltório tridimensional de alcance dos braços;
Incline a superfície para leitura:
A superfície inclinada é vantajosa, pois aproxima o trabalho dos olhos. A superfície inclinada pode ser terminada com uma parte horizontal para evitar escorregamento de peças.
Deixe espaço suficiente para as pernas:
Esse espaço é importante para permitir uma postura adequada, sem inclinar o corpo. Deve ter uma largura de no mínimo 60cm, a profundidade deve ter no mínimo 40cm na parte superior e 100cm na parte inferior, junto aos pés.
Trabalho em pé
É recomendada para frequentes deslocamentos do local de trabalho, ou quando tem que fazer grandes forças.
Alterne a posição em pé com aquela sentada e andando:
Tem que deixar os trabalhadores sentar durante as pausas naturais do trabalho.
Ajuste a altura da bancada:
Quando várias pessoas usam a mesma bancada, sua altura deve ser regulável.
Reserve espaço suficientepara pernas e pés:
Para que o trabalhador possa chegar perto do trabalho, sem curvar o tronco. E também para mudanças de postura, evitando a fadiga.
Mudanças de postura
Este tópico descreve maneiras de aliviar os problemas causados por posturas prolongadas.
Proporcione variações das tarefas e atividades: Pode-se aplicar o princípio do enriquecimento do trabalho;
Alterne as posições sentadas: Há cadeiras operacionais com rodinhas e assento giratório para facilitar os movimentos;
Use um selim para apoiar o corpo na posição em pé.
Posturas das mãos e braços
O trabalho por longos períodos, usando as mãos e os braços em posturas inadequadas, pode produzir dores nos punhos, cotovelos e ombros. Esses problemas ocorrem principalmente com o uso de ferramentas manuais.
Selecione a ferramenta correta: Modelo que melhor se adapte à tarefa e à postura;
Use ferramentas com empunhaduras curvas para não torcer o punho: Permitindo conservar o punho reto;
Alivie o peso das ferramentas manuais: Não devem exceder 2kg;
Faça manutenção periódica das ferramentas.
Evite ações acima do nível dos ombros: Se for inevitável, esta ação deve ter duração limitada;
Evite trabalhar com as mãos para trás.
Movimentos
Tarefas exigem movimentos do corpo todo, exercendo força, o que pode causar tensões.
Apesar da automatização, o levantamento de cargas ainda é necessário, sendo um dos maiores causadores de dores nas costas.
Visando evitar estas lesões os sistemas de produção devem ser projetados para uso de equipamentos mecânicos.
Se não for possível evitar os levantamentos manuais de cargas, frequentes, estes devem ser intercalados com outras atividades leves. 
Limite o levantamento de cargas para 23kg e crie condições favoráveis para o levantamento. Utilize a equação de NIOSH em condições desfavoráveis.
Carga máxima = 23kg*CM*CH*CV*CF*CD*CA
Os postos de trabalho para levantamentos de carga devem ser projetados com algumas recomendações; 
Deve ser possível aproximar a carga do corpo; 
Os espações disponíveis para os pés e pernas devem permitir postura e dobramento;
Evitar torção do corpo;
As mãos devem situar-se a cerca de 75 cm de altura;
Os objetos a serem carregados devem ter duas alças ou furos laterais, o tamanho da carga deve ser pequeno o suficiente para que possa ser mantida junto ao corpo.
Cargas Especiais
É necessário planejar a operação e tomar cuidados com a segurança.
Técnicas para o levantamento deve ser adotada, como:
Analisar a carga e o local para onde deve ser removida;
Colocar-se em frente à carga, com os pés em posição estável;
Segurar a carga firmemente;
Manter a coluna na vertical;
Usar a musculatura das pernas.
Use uma equipe para manipular cargas mais pesadas, acima de 23 kg devem ser manipulados por duas ou mais pessoas, existem equipamentos para auxiliar e facilitar o levantamento e transporte das cargas.
Os transportes de cargas devem ter pegas bem desenhadas, evite carregar volumes desajeitados, evite carregar cargas com uma só mão, use equipamentos de transporte.
Os movimentos de puxar ou empurrar provoca tensões nos braços, ombros e costas. Ao puxar ou empurrar um carrinho as forças não devem ultrapassar 200N, para movimentos com durações superiores a um minuto a força permita é de 100N.
Use o peso do corpo a favor do movimento, ao puxar o corpo deve-se pender para trás e para empurrar inclinar para frente. O atrito entre o calçado e o piso deve ser suficiente para permitir esses movimentos. 
Condições dos carrinhos devem ter pegas em formas de barras de modo que as duas mãos possam ser utilizadas para transmitir forças. As pegas devem ser cilíndricas com diâmetro de cm e comprimento de 30 cm ou mais. As pegas verticais devem situar-se entre 30 a 120 cm do piso.
Para trafegar em pisos irregulares, devem ter rodas grandes e largas. Duas rodas devem ser giratórias, para se garantir uma boa manobra. A Colocação de quatro rodas giratórias não é aconselhável, pois torna a trajetória do carrinho muito instável.
O piso deve ser duro e nivelado, sem depressões ou desníveis, como degraus e meio-fio, caso seja inevitável improvise uma rampa.
Através da lista de verificação sobre postura e movimento na qual são listadas bases biomecânicas, fisiológicas e antropométricas, podemos atribuir a ergonomia.