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Ergonomia Aplicada 02 1. Fundamentos da Ergonomia – Origem e Evolução 7 Definições de Ergonomia 8 Conceitos que são Atribuídos à Ergonomia 8 A Ergonomia Surgiu com a Própria Evolução da História do Trabalho 9 Riscos Ergonômicos 10 Tipos de Riscos Ergonômicos 10 2. Administração Cientifica - Frederick W. Taylor (1900) 12 Considerações da Administração Científica de Taylor 13 Seguidores de Taylor 13 Henry Ford 14 Reação dos Trabalhadores 14 O Desenvolvimento Atual da Ergonomia 15 Abordagens 15 Fatores Considerados para Projeto de um Sistema de Trabalho. 16 Aplicações 17 Os Investimentos em Ergonomia, Proporcionam Harmonia entre o Homem e o seu Trabalho 18 O Processo de Ergonomia 18 Meta Final do Processo de Ergonomia 18 3. Embasamento Legal 20 Norma Regulamentadora – Nr 17 (Ergonomia) 20 Norma Regulamentadora - Nr 11 25 Homem X Máquina 26 Normas de Segurança do Trabalho em Atividades de Transporte de Sacas. 26 Nr 15 – Atividades e Operações Insalubres 27 As Condições Ambientais de Trabalho X Características Psicofisiológicas dos Trabalhadores 27 3 Ruído 27 Calor/Frio 27 Radiação Visível – Iluminação. 28 A Cor no Ambiente de Local de Trabalho 29 Vibrações 30 Antropometria 30 Uso de Tabelas Antropométricas Adequadas 32 Antropometria Estática e Dinâmica 33 4. Biomecânica do Corpo – Posturas 37 Levantamento de Peso 38 Técnica Correta de Levantamento de Peso 38 A Predominância das Alavancas 38 Alavanca de 1° grau 39 Alavanca de 2° grau 39 Alavanca de 3° grau 40 Maquina Humana 40 Principais Situações de Sobrecarga Biomecânica no Trabalho 41 Bases Biomecânicas, Fisiológicas e Antropométricas 42 As Articulações Devem Ocupar uma Posição Neutra 43 Conserve Pesos Próximos ao Corpo 43 Evite Curvar-se para Frente 43 Evite Inclinar a Cabeça 44 Evite Torções do Tronco 44 Evite Movimentos Bruscos que Produzam Picos de Tensão 44 Alterne Posturas e Movimentos 44 Restrinja a Duração do Esforço Muscular Contínuo 44 4 Previna a Exaustão Muscular 45 Pausas Curtas e Frequentes são Melhores 45 Sentar-se no Trabalho 46 Boa Situação Mesa Cadeira 46 Modelos de Suportes, Apoios para Escritórios 47 Ficar em Pé 48 Posição Semi-Sentada 48 Medidas de Organização Ergonômica no Posto de Trabalho Visando à Prevenção de Lombalgias 49 Princípio 1 - Posição Vertical 49 Princípio 2 – Esforço Dinâmico: sim; Esforço Estático: não 49 Princípio 3 – Os Instrumentos de Controle Devem Estar na Área de Alcance das Mãos 50 Princípio 4 – Organizar o Sistema de Trabalho para Que as Peças Somente Sejam Manuseadas pelo Princípio PEPLOSP: 50 Princípio 5 – Redução da Repetitividade dos Movimentos 50 Princípio 6 - Medidas para Reduzir o Grau de Repetição 50 Levantamento Antropométrico 51 Aplicação 51 Geralmente Trabalha-se com os Seguintes Percentís 53 Coluna Vertebral 53 Disco Intervertebrais 54 Ergonomia no Lar 54 Ler/Dort 55 Incidência 55 Sintomas 56 5 Tenossinovites e Tendinites: Os Tendões são Lesionados Devido à Falta de Irrigação Sanguínea Capilar. 56 Algumas Lesões Oriundas de Movimentos Repetitivos 57 Nexo Causal 57 Qualidade de Vida no Trabalho 57 Tensão Emocional X Prevenção De Acidentes 58 Estresse 60 Estresse Negativo e Positivo 60 O Estresse Acarreta Problemas Como: 61 O Estresse Faz Parte da Vida. Devemos Saber Administrar Essa Tensão Emocional: 62 Organização do Trabalho 62 Aspectos Abrangentes da Organização do Trabalho 62 Aspectos Mais Específicos da Organização do Trabalho 63 Ciclo 63 Ritmo 63 Carga 63 Duração 64 Autonomia 64 Pausas 64 Soluções Utilizadas na Organização do Trabalho 65 5. Referências Bibliográficas 67 06 7 ERGONOMIA APLICADA 1. Fundamentos da Ergonomia – Origem e Evolução Fonte: Blog.Safesst 1 primeira definição conhecida de trabalho está escrita nas Sagradas Escrituras em Gênesis 3: 17b , 19 " Disse, pois, o Senhor Deus ao ser humano: maldita é a terra por tua causa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida. Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes a terra, porque dela foste tomado; pois és pó, e ao pó tor- narás". Podemos deduzir, então, que o trabalho está relacionado à noção geral de sofrimento e pena (BI- BLIA,1995). As fábricas do início da Revo- lução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram pre- 1 Retirado em https://blog.safesst.com.br/ cárias. Eram ambientes com pés- sima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalha- dores eram muito baixos e chegava- se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos tra- balhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remune- rado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passa- vam por situações de precariedade. A 8 ERGONOMIA APLICADA Definições de Ergonomia O termo ergonomia é derivado das palavras gregas ergon (trabalho) e nomos (regras), então na raiz a palavra ergonomia significa regras para o trabalho. De fato, na Grécia antiga o trabalho tinha um duplo sentido: ponos que designava o tra- balho escravo de sofrimento e sem nenhuma criatividade e, ergon que designava o trabalho arte de criação, satisfação e motivação. Tal é o obje- tivo da ergonomia, transformar o trabalho ponos em trabalho ergon. Os primeiros estudos sobre o homem em atividade profissional foram realizados por engenheiros, médicos do trabalho e pesquisado- res de diversas áreas de conheci- mento. O termo ergonomia foi utiliza- do pela primeira vez, em 1857, pelo polonês W. Jastrzebowski, que pu- blicou um artigo intitulado “Ensaio de ergonomia ou ciência do trabalho baseada nas leis objetivas da ciência da natureza”. O que é ergonomia? (E não ergonometria e muito menos ergologia). No sentido etimológico do termo: Ergonomia significa es- tudo das leis do trabalho. Conceitos que são Atribuídos à Ergonomia Murrel (1949) - época que iniciou a concepção sobre a Ergonomia: é o conjunto de conhecimentos cientí- ficos relativos ao homem e necessá- rio para os engenheiros conceberem ferramentas, máquinas e conjuntos de trabalhos que possam ser utili- zados com máximo conforto, segu- rança e eficiência. Singleton (1972) - É a tecnologia do projeto de trabalho. Laville (1977) - É o conjunto de conhecimentos relativos ao compor- tamento do homem em atividade, a fim de aplicá-los a concepção das tarefas, dos instrumentos, das má- quinas e dos sistemas de produção. Aurélio - Estudo científico dos pro- blemas relativo ao trabalho humano e que devem ser levados em conta na projeção de máquinas e equipamen- tos e ambiente de trabalho. Conceito da Research Society (U.K.): Sociedade Nacional de Ergonomia É o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente e, particu- larmente, a aplicação dos conheci- mentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento. Conceito da International Er- gonomics Association (IEA): É o estudo científico da relação entre o homem e seus meios, méto- dos e espaços de trabalho. Seu obje- tivo é elaborar, mediante a contri- buição de diversas disciplinas cien- 9 ERGONOMIA APLICADA tíficas que a compõem, um corpo de conhecimentos que, dentro de uma perspectiva de aplicação, deve resul- tar em uma melhor adaptação ao homem dos meios tecnológicos e dos ambientes de trabalho e de vida”. Conceito da Associação Brasi- leira de Ergonomia (ABERGO): “A ergonomia é o estudo da adaptaçãodo trabalho às carac- terísticas fisiológicas e psico- lógicas do ser humano”. Definição da OIT: É a aplicação das ciências bio-lógicas humanas e o ajustamento mútuo ideal entre o homem e seu trabalho, cujos resultados se medem em termos de eficiência humana e bem estar no trabalho. É um conjun-to de ciências e tecnologias que pro-cura o ajuste confortável e produtivo entre o ser humano e o seu trabalho. A Ergonomia Surgiu com a Própria Evolução da História do Trabalho O trabalho antes de 1750: era obtido pelo uso da energia física do homem ou da tração animal. Não existia outra forma de energia, nas cidades vivia-se do comércio e o padrão econômico era o agropastoril de subsistência e de troca. Revolução industrial: com a in- venção da máquina a vapor, passou- se a usar a energia do vapor dando origem às fábricas. Houve então uma migração dos trabalhadores rurais para as ci- dades industrializadas resultando no aparecimento de favelas com condições subumanas. As condições para o trabalho eram péssimas e as horas de trabalho eram excessivas, resultando em acidentes, doenças ocupacionais, além de salários baixos. A segunda revolução indus- trial: originou-se na administração científica de Taylor e Ford que esta- beleceram a produção em massa au- mentando com isso a produtividade das empresas. Reestruturação produtiva: a partir da década de 70, outra um- dança significativa ocorreu com a utilização de novas tecnologias, um- danças nas relações de trabalho, mudanças na organização do traba-- lho e novas formas de gerencia- mento. A Ergonomia apareceu em 1950, nos paises socialmente indus- trializados e desenvolvidos e para entender o porquê do seu desenvol- vimento vamos verificar alguns de- talhes dentro da evolução do tra- balho. Colocando a pessoa mais hábil na primeira posição da linha de 10 ERGONOMIA APLICADA montagem (correria e sobrecarga para os demais); Neste contexto apareceu a Er- gonomia como uma proposta apro- veitando o que havia de positivo e a necessidade de preservação do tra- balhador. O conceito mais mudado pela Ergonomia é o da adaptação do ho- mem ao trabalho. Ela propõe justa- mente o contrário, a adequação do trabalho ao homem. É importante destacar que até 1960 as fábricas e postos de traba- lhos eram construídos sem qualquer consideração sobre o ser humano que ali iria trabalhar, apesar de ain- da hoje muitos fabricantes de equi- pamentos os constroem completa- mente inadequados aos traba- lhadores. O grande desencadeador da Ergonomia foi o projeto da cápsula espacial norte-americana. (Os astro- nautas exigiram melhores condições principalmente dentro da cápsula espacial). Outro grande motivo do rápido desenvolvimento da ergono- mia foram as lesões do sistema osteomuscular (geram absenteísmo e quando o trabalhador sai da em- presa originam processos de indeni- zação. Então um dos motivos da di- fusão da Ergonomia foi o custo da “Não Ergonomia”. Riscos Ergonômicos São os fatores psico-fisiológi- cos relacionados ao trabalho que o ser humano fica exposto durante o desenvolvimento de suas ativi- dades. Tipos de Riscos Ergonômicos Trabalho físico pesado, postu- ras incorretas, treinamento inade- quado/inesistente, trabalhos em turno, Trabalho noturno, monoto- nia, repetitividade, ritmo excessivo, pressão explícita ou implícita para manter este ritmo, metas estabele- cidas sem a participação dos empre- gados e colaboradores, patamares de metas de produção crescentes sem a adequação das condiçõespara atingi-las, incentivo a maior produ- tividade por meio de diferenciação salarial e prêmios, induzindo as pessoas a ultrapassar seus limites, jornada de trabalho prolongada, fal- ta de possibilidade de realizar pe- quenas pausas espontâneas, quando necessário, manutenção de postura fixa por tempo prolongado, mobiliá- rio mal projetado, ambiente de tra- balho desconfortável(muito seco, muito frio, muito quente, pouco ilu- minado, barulhento, apertado). 12 ERGONOMIA APLICADA 2. Administração Cientifica - Frederick W. Taylor (1900) Fonte: NoticiasR7 2 rederick W. Taylor desen- volveu estudos a respeito de técnicas de racionalizac ̧a ̃o do traba- lho dos operários. Suas idéias preco- nizavam a prática da divisa ̃o do tra- balho. A característica mais marcan- te do estudo de Taylor é à busca de uma organização científica do tra- balho, enfatizando tempos e méto- dos e por isso é visto como o precur- sor da Teoria da Administrac ̧a ̃o Científica. Taylor via necessidade de aplicar métodos científicos à admi- nistração para assegurar seus objeti- vos de máxima produc ̧a ̃o a mínimo 2 Retirado em https://noticias.r7.com/ custo, para tanto seguia os seguintes princípios: Seleça ̃o científica do trabalha- dor - O funcionário desempenha a tarefa mais compatível com suas aptidões. É importante para o fun- cionário que é valorizado e para empresa, que aumenta sua produti- vidade e aumenta seus lucros. Tempo padrão - O funcionário de- ve atingir a produça ̃o mínima deter- minada pela gerência. Esse controle torna-se importante pelo fato do ser humano ser naturalmente pregui- çoso. F 13 ERGONOMIA APLICADA Plano de incentivo salarial - O funcionário ganha pelo que produz. Trabalho em conjunto - Os inte- resses da empresa e dos funciona- rios quando aliados, resultam numa maior produtividade. Gerentes planejam, funciona- rios executam - Cabe aos gerentes planejarem e aos funcionários agi- rem. Divisão do trabalho - A tarefa subdivide-se ao máximo, dessa for- ma se ganha velocidade, produtivi- dade e o funcionário garante lucro de acordo com seu esforço. Supervisão - É especializada por áreas. Controla o trabalho dos fun- cionários verificando o número de peças feitas,assegurando o valor mí- nimo da produção. Ênfase na eficiência - Há uma única maneira certa de se fazer o tra- balho. Para descobri-la, a adminis- tração empreende um estudo de tempo e métodos, decompondo os movimentos das tarefas exercidas. Considerações da Adminis- tração Científica de Taylor Enfoque mecanicista - A organi- zação é comparada com uma máqui- na, que segue um projeto pré-defi- nido. Recebe críticas dos estudiosos em administração. A partir desta vi- são, cada funcionário é visto como uma engrenagem na empresa, des- respeitando sua condição de ser humano. Homo economicus - O salário é importante, mas não é fundamental para a satisfação dos funcionários. O Reconhecimento do trabalho, incen- tivos morais e a auto- realização são aspectos importantes que a Admi- nistração Científica desconsidera. Abordagem fechada - A Adminis- tração Científica não faz referência ao ambiente da empresa. A orga- nização é vista de forma fechada, desvinculada de seu mercado, negli- genciando as influências que rece- bem e impõe ao que a cerca. Superespecialização do funcio- nário - Com a divisão de tarefas, a qualificação do funcionário passa a ser supérfula. Dessa forma, o fun- cionário executa tarefas repetidas, monótonas e gera uma desarticu- lação do funcionário no processo co- mo um todo. Exploração dos empregados - A Administração Científica faz uso da exploração dos funcionários em prol de seus interesses particulares, uma vez que o estímulo à alienação dos funcionários, falta de consideração do aspecto humano e deficiência das condições sociais da época. Seguidores de Taylor Henry Ford - Henry Ford é visto como um dos responsáveis pelo 14 ERGONOMIA APLICADA grande salto qualitativo no desen- volvimento organizacional atual. Ciente da importância do consumo em massa, lançoualguns princípios para agilizar a produção, reduzir os custos e o tempo de produção. Integração vertical e horizon- tal - Produção integrada, da maté- ria-prima ao produto final acabado (Integração vertical) e instalação de uma rede de distribuição imensa (Integração horizontal). Padronização - Instaurando a li- nha de montagem e a padronização do equipamento utilizado, obtinha- se agilidade e redução nos custos. Em contrapartida, prejudicava a fle- xibilização do produto. Economicidade - Redução dos es- toques e agilização da produção. Henry Ford O mais expressivo aumento de produtividade dessa época surgiu em conseqüência da aplicação dos princípios de Henry Ford: Organização do trabalho em linha de montagem; Ritmo de trabalho determina- do pela velocidade da esteira; Trabalhador fixo em determi- nada posição; Produção de grandes quan- tidades. Problemas causados pelos princípios de Taylor e Ford: Impossibilidade de se conse- guir um método correto para a execução do trabalho (o ser humano é diferente e com- plexo); Alienação do trabalhador (nos engenheiros concentravam o método e a decisão sobre o trabalho); Seleção física e psicológica rigorosa (com a exclusão social daí decorrente, seja porque o indivíduo não tinha a condição física exigida na seleção - por incapacidade, por desgaste - seja por gradativa deteriora- ção da capacidade física e ex- clusão social após determi- nada idade); Trabalho exaustivo até a fadi- ga (aumento da produtivi- dade); Isolamento do trabalhador nu- ma mesma posição ao longo do tempo (Tornando o ser humano autômato); Desencadeamento de distúr- bios osteomusculares por so- bre carga funcional (trabalho em uma mesma posição por um longo tempo); Aumento da velocidade da esteira diante da necessidade de produzir mais (gerando fa- diga, lesões e distúrbios dolo- rosos); Reação dos Trabalhadores Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições 15 ERGONOMIA APLICADA de trabalho. Os empregados das fá- bricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objeti- vo de melhorar as condições de tra- balho dos empregados. Houve tam- bém movimentos mais violentos co- mo, por exemplo, o ludismo. Tam- bém conhecidos como "quebradores de máquinas", os ludistas invadiam fábricas e destruíam seus equipa- mentos numa forma de protesto e revolta com relação à vida dos em- pregados. O cartismo foi mais bran- do na forma de atuação, pois optou pela via política, conquistando di- versos direitos políticos para os tra- balhadores. Nessa mesma época surgiram estudos encabeçados pôr Frank e Lilian Gilbreth e Morris Cooke, os primeiros preocupados com os estudos dos movimentos de mão e corpo para a otimização dos esforços, eliminando-se movimen- tos inúteis e projetando o uso de ferramentas e equipamentos mais adequados para os trabalhadores, e Cooke adaptando os princípios da administração científica em organi- zações nas não industriais. Quase cem anos mais tarde, em 1949, um engenheiro inglês cha- mado Murrel criou na Inglaterra a primeira sociedade nacional de er- gonomia, a “Ergonomic Research Society”. Nesta época que iniciou a concepção sobre Ergonomia. Poste- riormente, a ergonomia desenvol- veu-se em numerosos países indus- trializados, como a França, Estados Unidos, Alemanha, Japão e países escandinavos. O Desenvolvimento Atual da Ergonomia O desenvolvimento atual da ergonomia pode ser caracterizado, então, segundo quatro níveis de exigências: As exigências tecnológicas: técnicas de produção; As exigências econômicas: qualidade e custo de produção; As exigências sociais: melho- ria das condições de trabalho; As exigências organizacionais: gestão participativa. Abordagens Quanto à Abrangência: Ergonomia do posto de tra- balho: abordagem micro ergo- nômica Ergonomia de sistemas de produção: abordagem macro ergonômica 5 - Sistema 6 – Concepção Atual da ergonomia 4 - Métodos de trabalho 3 - Ambiente de trabalho 2 - Posto de trabalho 1 - Posto de tortura Professor: Edgar Martins Neto 9 desenvolvimento atual da ergonomia pode ser caracterizado, então, segundo quatro níveis As exigências sociais: melhoria das condições de trabalho; s as de produção: abordagem macroergonômica Ergonomia de concepção: normas e especificações de projeto oria de seqüências e fluxos de produção Ergonomia de conscientização: capacitação em ergonomia iplinaridade: nas empresas, buscando a adequação do ambiente de trabalho: O de exigências: - As exigências tecnológicas: técnicas de produção; - As exigências econômicas: qualidade e custo de produção; - - As exigências organizacionais: gestão participativa; 5. Abordagen 5.1. Quanto à abrangência: - Ergonomia do posto de trabalho: abordagem microergonômica - Ergonomia de sistem 5.2. Quanto à contribuição: - - Ergonomia de correção: modificações de situações existentes - Ergonomia de arranjo físico: melh - 5.3. Quanto à interdisc A ergonomia caracteriza-se por reunir diversos campos do conhecimento humano; portanto, diferentes profissionais atuarão 16 ERGONOMIA APLICADA Quanto à contribuição: Ergonomia de concepção: nor- mas e especificações de pro- jeto Ergonomia de correção: modi- ficações de situações exis- tentes Ergonomia de arranjo físico: melhoria de seqüências e fluxos de produção Ergonomia de conscientiza- ção: capacitação em ergo- nomia Quanto à interdisciplinaridade: A ergonomia caracteriza-se por reunir diversos campos do conhecimento humano; portanto, diferentes profissionais atuarão nas empresas, buscando a adequação do ambiente de trabalho: Médico de trabalho: ajuda na identificação dos locais que provocam acidentes ou doen- ças ocupacionais, e realiza acompanhamento de saúde; Psicólogo: envolvido no recur- tamento, seleção e treinamen- to de pessoal; auxilia na impla- ntação de novos métodos de trabalho; Engenheiro: contribui nos as- pectos técnicos e tecnológico, modificando máquinas, am- bientes e processo; Desenhista industrial: auxilia na concepção e adaptação de máquinas, equipamentos, fer- ramentas, postos de trabalho e sistemas de comunicação; Enfermeiro do trabalho: con- tribui nas recuperações de tra- balhadores acidentados, e na prevenção de doenças ocupa- cionais; Engenheiro/Técnico de Segu- rança: ajuda na identificação e correção de condições insa- lubres e perigosas; Programador de produção: contribui para criar um fluxo de trabalho mais uniforme, evitando fadiga e sobrecarga; Administrador: ajuda a esta- belecer planos de cargos e as- lários mais justos, para moti- var os trabalhadores; Comprador: auxilia na aqui- sição de máquinas e materiais mais seguros e menos tóxicos. Fatores Considerados para Projeto de um Sistema de Tra- balho. Trabalhador: levam-se em conta as características físicas, fisiológi- cas, sociais e psicológicas, a influên- cia da idade, treinamento e moti- vação; Máquinas: são todas as ajudas ma- teriais que o homem utiliza no seu trabalho, englobando os equipa- mentos, ferramentas, mobiliários e instalações; Ambiente: todas as características do ambiente físico que envolve o tra- balhador durante a realização de sua atividade, como temperatura, ruí- 17 ERGONOMIA APLICADA dos, vibração, iluminação, presença de poeiras, gases, radiação; Informação: formas de comunica- ção existentes entre os elementos de um sistema, a transmissão de infor-mações, alimentação e tomada de decisão; Organização: conjunto dos fatores anteriores no sistema produtivo, envolvendo processos e pessoas, e a administração dos mesmos, além da cultura da empresa; Consequências do trabalho: questões de controle como tarefas de inspeção, estudos de erros e aciden- tes, gasto energético, fadiga e es- tresse. Aplicações Intervenção ergonômica: Trabalho fisicamente pesado; Trabalho em ambientes de altas/baixas temperaturas, ba- rulhento e iluminação inade- quada; Biomecânicas: postura, cadei- ras, uso da coluna, uso dos membros inferiores e superiores, e Organização ergonômica dos postos de trabalho – uso do computador; Prevenção da fadiga. Prejuízos para as organizações pela falta da ergonomia: Absenteísmo e perda de produtividade; Gastos com afastados; Indenização pelo dano físico; Contingente de trabalhador com restrição; Deterioração nas relações humanas; A pressão do fenômeno LER e DORT sobre a empresa. Soluções ergonômicas: Eliminação do movimento/ postura críticos; Pequenas melhorias; Projetos ergonômicos; Revezamento; Melhoria de método; Melhoria da organização do sistema de trabalho; Preparação para o trabalho (exercício de aquecimento, distencionamento e ginástica compensatória); Orientação ao trabalhador e cobrar de atitudes corretas; Seleção mínima; Pausas de recuperação; Ingerir líquido(água,soro). Os 05 pré requisitos para a boa solução ergonômica; 1. Biomecânico; 2. Epidemiológico; 3. Fisiológico; 4. Psicofísico; 5. Produtividade. Os 04 motivos do alto investi- mento em ergonomia na atualidade: 18 ERGONOMIA APLICADA 1. Porque é o certo de se fazer; 2. Quando o custo de não se fazer supera o custo de se fazer; 3. Quando a empresa está muito pressionada; - Retorno do in- vestimento; 4. Conforto físico e mental = Efi- ciência Os Investimentos em Ergono- mia, Proporcionam Harmonia entre o Homem e o seu Tra- balho A ergonomia é uma ciência que busca uma integração harmo- niosa entre o homem e o seu tra- balho, propiciando benefícios como conforto físico e mental. Decorrente desta harmonia, obtém-se preven- ção de patologias ocupacionais e au- mento da produtividade. Portanto, o principal objetivo da Ergonomia é que o funcionário trabalhe com Se- gurança e Conforto para que tenha uma melhor eficiência. “Ganham: o homem e a empresa.” Obstáculos para a ergonomia: Anarquia gerencial; Falta de conhecimento de engenharia e método de trabalho; Assessoria inadequada; Valores da empresa: trabalho = sofrimento; O Processo de Ergonomia Processo (em administração), é uma seqüência de eventos ou atividades de eventos que descreve como as coisas mudam no tempo. Meta Final do Processo de Ergonomia Conseguir reduções significa- tivas das lesões e doenças relacio- nadas ao trabalho através da aplica- ção de princípios ergonômicos cor- retos. Os 06 pilares para a eficiência do processo de ergonomia 1. Apoio da alta gerência; 2. Participação dos trabalha- dores; 3. Treinamento de ergonomia para todas as chefias e em- pregados; 4. Eficácia do serviço médico; 5. Estruturação administrativa para acompanhar os proble- mas e as medidas corretivas e preventivas (comitê de ergo- nomia); 6. Acompanhamento dos resul- tados e melhoria contínua. 20 ERGONOMIA APLICADA 3. Embasamento Legal Fonte: Acquisition International3 Norma Regulamentadora – Nr 17 (Ergonomia) egue texto integral da norma: 17.1. Esta Norma Regulamen- tadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das con- dições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempe- nho eficiente. 17.1.1. As condições de trabalho in- cluem aspectos relacionados ao le- vantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos 3 Retirado em: https://www.acq-intl.com/ equipamentos e às condições am- bientais do posto de trabalho, e à própria organização do trabalho. 17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às caracterís- ticas psicofisiológicas dos trabalha- dores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, de- vendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma Regula- mentadora. 17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais. 17.2.1. Para efeito desta Norma Re- gulamentadora: S 21 ERGONOMIA APLICADA 17.2.1.1. Transporte manual de car- gas designa todo transporte no qual o peso da carga é suportado inteira- mente por um só trabalhador, com- preendendo o levantamento e a de- posição da carga. 17.2.1.2. Transporte manual regu- lar de cargas designa toda atividade realizada de maneira contínua ou que inclua, mesmo de forma des- contínua, o transporte manual de cargas. 17.2.1.3. Trabalhador jovem desig- na todo trabalhador com idade infe- rior a 18 (dezoito) anos e maior de 14 (quatorze) anos. 17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança. 17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes. 17.2.4. Com vistas a limitar ou faci- litar o transporte manual de cargas, deverão ser usados meios técnicos apropriados. 17.2.5. Quando mulheres e traba- lhadores jovens forem designados para o transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele ad- mitido para os homens, para não comprometer a sua saúde ou a sua segurança. 17.2.6. O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser exe- cutados de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja com- patível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança. 17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de ação manual deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança. 17.3. Mobiliário dos postos de trabalho. 17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição. 17.3.2. Para trabalho manual sen- tado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa pos- tura, visualização e operação e de- vem atender aos seguintes requisi- tos mínimos: 22 ERGONOMIA APLICADA a. Ter altura e características da superfície de trabalho compa- tíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento; b. Ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador; c. Ter características dimensio- nais que possibilitem posicio- namento e movimentação ade- quados dos segmentos cor- porais. 17.3.2.1. Para trabalho que neces- site também da utilização dos pés, além dos requisitos estabelecidos no subitem 17.3.2, os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequa- dos entreas diversas partes do corpo do trabalhador, em função das ca- racterísticas e peculiaridades do trabalho a ser executado. 17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto: a. Altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida; b. Características de pouca ou nenhuma conformação na ba- se do assento; c. Borda frontal arredondada; d. Encosto com forma levemente adaptada ao corpo para pro- teção da região lombar. 17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sen- tados, a partir da análise ergonô- mica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte ao comprimento da perna do tra- balhador. 17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas. 17.4. Equipamentos dos postos de trabalho. 17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho de- vem estar adequados às caracterís- ticas psicofisiológicas dos trabalha- dores e à natureza do trabalho a ser executado. 17.4.2. Nas atividades que envol- vam leitura de documentos para di- gitação, datilografia ou mecano- grafia deve: a. Ser fornecido suporte ade- quado para documentos que possa ser ajustado propor- cionando boa postura, visua- lização e operação, evitando movimentação freqüente do pescoço e fadiga visual; 23 ERGONOMIA APLICADA b. Ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo vedada à uti- lização do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento. 17.4.3. Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo devem observar o seguinte: a. Condições de mobilidade su- ficientes para permitir o ajus- te da tela do equipamento à iluminação do ambiente, pro- tegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos angu- los de visibilidade ao traba- lhador; b. O teclado deve ser indepen- dente e ter mobilidade, per- mitindo ao trabalhador ajus- tá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas; c. A tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias olho tela, olho teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais; d. Serem posicionados em su- perfícies de trabalho com al- tura ajustável. 17.4.3.1. Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo forem utilizados eventualmente poderão ser dispensadas as exigências pre- vistas no subitem 17.4.3, observada a natureza das tarefas executadas e levando-se em conta a análise ergonômica do trabalho. 17.5. Condições ambientais de trabalho. 17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do tra- balho a ser executado. 17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exi- jam solicitação intelectual e atenção constante, tais como: salas de con- trole, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são reco- mendadas as seguintes condições de conforto: a. Níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira re- gistrada no INMETRO; b. Índice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e três graus centí- grados); c. Velocidade do ar não supe- rior a 0,75m/s; d. Umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento. 24 ERGONOMIA APLICADA 17.5.2.1. Para as atividades que possuam as características definidas no subitem 17.5.2, mas não apre- sentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB. 17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser me- didos nos postos de trabalho, sendo os níveis de ruído determinados pró- ximos à zona auditiva e as demais variáveis na altura do tórax do trabalhador. 17.5.3. Em todos os locais de tra- balho deve haver iluminação ade- quada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade. 17.5.3.1. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa. 17.5.3.2. A iluminação geral ou su- plementar deve ser projetada e ins- talada de forma a evitar ofusca- mento, reflexos incômodos, som- bras e contrastes excessivos. 17.5.3.3. Os níveis mínimos de ilu- minamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO. 17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência. 17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho pre- visto no subitem 17.5.3.4, este será um plano horizontal a 0,75m (se- tenta e cinco centímetros) do piso. 17.6. Organização do trabalho. 17.6.1. A organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. 17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no mínimo: a. As normas de produção; b. O modo operatório; c. A exigência de tempo; d. A determinação do conteúdo de tempo; e. O ritmo de trabalho; f. O conteúdo das tarefas. 17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte: a. Para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie 25 ERGONOMIA APLICADA devem levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores; b. Devem ser incluídas pausas para descanso; c. Quando do retorno do tra- balho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos ní- veis de produção vigentes na época anterior ao afasta- mento. 17.6.4. Nas atividades de proces- samento eletrônico de dados, deve- se, salvo o disposto em convenções e acordos coletivos de trabalho, ob- servar o seguinte: a. O empregador não deve pro- mover qualquer sistema de avaliação dos trabalhadores envolvidos nas atividades de digitação, baseado no número individual de toques sobre o teclado, inclusive o automa- tizado, para efeito de remune- ração e vantagens de qualquer espécie; b. O número máximo de toques reais exigidos pelo emprega- dor não deve ser superior a 8 (oito) mil por hora trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado; c. O tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de 5 (cinco) horas, sendo que, no período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá exercer outras atividades, ob- servado o disposto no art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exi- jam movimentos repetitivos, nem esforço visual; d. Nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 (dez) mi- nutos para cada 50 (cinquen- ta) minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho; e. Quando do retorno ao traba- lho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção em relação ao número de toques deverá ser iniciado em níveis inferioresdo máximo estabelecido na alínea "b" e ser ampliada pro- gressivamente. Norma Regulamentadora - Nr 11 Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e má- 26 ERGONOMIA APLICADA quinas transportadoras. Os equipa- mentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, ta- lhas, empilhadeiras, guinchos, estei- ras-rolantes, transportadores de diferentes tipos, serão calculados e construídos de maneira que ofere- çam as necessárias garantias de resistência e segurança e conser- vados em perfeitas condições de trabalho. Homem X Máquina O uso de máquinas em subs- tituição ao homem ocorre cada vez mais, devido à força, rapidez, pre- cisão, confiabilidade e “inteligên- cia”. Para um projeto de sistema de trabalho envolvendo máquinas e ho- mens, deve-se decidir quais funções serão realizadas por um e por outro, considerando o aspecto econômico; para casos de operações perigosas em ambientes hostis, o aspecto de segurança faz optar pela máquina. Fonte: Automotive Business Quando o homem e a máquina se equivalem, deve ser observado que o homem tem desempenho fle- xível mas inconsistente, e a máquina tem desempenho consistente mas inflexível. Normas de Segurança do Trabalho em Atividades de Transporte de Sacas. Denomina-se para fins de aplicação da presente regulamen- tação a expressão "Transporte ma- nual de sacos" toda atividade reali- zada de maneira contínua ou des- contínua, essencial ao transporte manual de sacos, na qual o peso da carga é suportado, integralmente, por um só trabalhador, compre- endendo também o levantamento e sua deposição. Fica estabelecida a distância máxima de 60,00m (sessenta me- tros) para o transporte manual de um saco. Além do limite previsto nesta norma, o transporte de carga deverá ser realizado mediante impulsão de vagonetes, carros, carretas, carros- de-mão apropriados, ou qualquer tipo de tração mecanizada. Na operação manual de carga e descarga de sacos, em caminhão ou vagão, o trabalhador terá o auxí- lio de ajudante. 27 ERGONOMIA APLICADA Nr 15 – Atividades e Operações Insalubres Dispõe sobre as condições am- bientais no trabalho, que devem es- tar adequadas ao trabalhador e á na- tureza da atividade desenvolvida. As condições desfavoráveis, como excesso de ruído, calor/frio, vibração e iluminação podem causar desconforto, aumentando o risco de acidentes e causando doenças ocu- pacionais. Esta norma estabelece limites de exposição para estes fatores que se encontram nas atividades profis- sionais, além de regulamentar as atividades insalubres. As Condições Ambientais de Trabalho X Características Psi- cofisiológicas dos Trabalha- dores Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exi- jam solicitação intelectual e atenção constante, tais como: salas de con- trole, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são reco- mendadas condições de conforto. Ruído Som: é uma vibração que se pro- paga pelo ar em forma de ondas e que é percebida pelo ouvido. É uma sensação agradável, em nível supor- tável e que não irrita. Ex. ouvir uma música em nível agradável, o cantar de um pássaro, etc. Barulho: é um SOM prejudicial à saúde humana. Causa sensação de- sagradável e irritante. Ex. barulho de motores, máquinas, martelete, etc. O ruído industrial está presen- te em quase todas as atividades in- dustriais e é um indicativo de manu- tenção deficiente das máquinas, acarretando folgas, vazamentos, vibrações, comprometendo a saúde de uma parcela significativa dos tra- balhadores. O nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB. Calor/Frio Calor: o calor é um risco físico fre- quentemente presente em uma série de atividades profissionais desen- volvidas nas indústrias com proces- sos de liberações de grandes quan- tidades de energia térmica. É sabido que o homem que trabalha em ambientes de alta tem- peratura sofre de fadiga, seu ren- dimento diminui, ocorrem erros de percepção e raciocínio e aparecem sérias perturbações psicológicas que podem conduzir a esgotamento. 28 ERGONOMIA APLICADA Em algumas pessoas não acos- tumadas a trabalhar em ambientes quentes, podem aparecer sintomas de redução da sua capacidade senso- motora. Outras mudanças compor- tacionais podem ser verificadas, como a redução do esforço de tra- balho, retirada de roupa ou trans- piração em ambientes frios. Em al- guns casos, um processo de aclima- tação pode reduzir os problemas aventados. Frio: A exposição ocupacional ao frio intenso pode constituir pro- blema sério a saúde, o conforto e a eficiência do trabalhador. Trabalhos ao ar livre em clima frio são em- contrados em regiões de grandes altitudes, bem como em algumas zonas temperadas no período do inverno. Fora das atividades realizadas ao ar livre, o frio intenso ainda é encontrado em ambientes artificiais, como as câmaras frigoríficas de con- servação, que implicam em expo- sição a temperaturas bastante re- duzidas. Estudos realizados na indús- tria norte-americana, no início do século XX, evidenciaram que a inci- dência de lesões por acidentes era menos a uma temperatura de 18o C que em outras inferiores ou supe- riores á está. O Aumento da fre- quência de acidentes em baixas tem- peraturas foi atribuído à perda da destreza manual. O frio pode causar danos locais nos tecidos, como a redução da temperatura interna do corpo (hipotermia). O índice de temperatura efe- tiva para efeito de conforto é entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e três graus centígrados); Radiação Visível – Iluminação. A utilização de uma ilumina- ção adequada proporciona um am- biente de trabalho agradável, me- lhorando as condições de supervisão e diminuindo a possibilidade de acidentes. Entende-se por radiação visí- vel, a faixa do espectro eletromag- nético capaz de ser detectada pelo olho humano. A sensibilidade do a esta região visível varia, depen- dendo do comprimento da onda das radiações que estão incidindo sobre a retina. Determinar a iluminação ne- cessária a um ambiente significa estabelecer a intensidade e distri- buição da radiação visível, adequada ao tipo de atividade e ás carac- terísticas do local, bem como sugerir alterações para este, a fim de pro- porcionar melhores condições de trabalho e, consequentemente, ma- ior eficiência e conforto. Os níveis mínimos de ilumina- mento a serem observados nos lo- 29 ERGONOMIA APLICADA cais de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO. A Cor no Ambiente de Local de Trabalho Segundo Pilotto (1980) xii, o uso da cor no ambiente de local de trabalho é um fator muito impor- tante, por representar um auxiliar eficiente na promoção da saúde, se- gurança e bem estar dos traba- lhadores. Para Kwallek (1990) xiii, a cor no local de trabalho pode aumentar o humor e a produtividade do indi- víduo ao gerar sensações de confor- to, dinamismo e bem estar. Assim, a cor pode melhorar e transformar os aspectos funcionais (físicos) e os aspectos formais (este- ticos) do ambiente de trabalho. Por tal capacidade Birren (in Déribéré, 1968) xiv afirma que a cor tem sido reconhecida como um significativo componente de adaptação ao tra- balho, ao proporcionar uma melhor interação entre o homem, a tarefa realizada e o espaço no qual está inserido. Estudos de diversos autores sugerem que a cor pode ser usada para auxiliar os indivíduos a se sen-tirem fisicamente e emocionalmente mais confortáveis nos ambientes de trabalho (Cassell, 1993) xv. Tais es- tudos sustentam a noção de que a cor é capaz de propiciar, ao induzir sentimentos de conforto, bem estar, dinamismo e contentamento: Reações psicológicas positi- vas, reações estas relacionadas ao humor, satisfação e mo- tivação; Aumento no desempenho do trabalhador, resultando em maior produtividade; Melhoria no padrão de qua- lidade do trabalho desem- penhado; Menor fadiga visual, através da adaptação dos contrastes; Redução do índice de acidentes; Melhoria no clima social de trabalho; Facilidade de conservação e limpeza do ambiente. Em relação aos estudos sobre as reações psicológicas das cores, ou seja, a ação das cores sobre o hu- mor, a satisfação e a motivação, co- mo em todo o campo de conheci- mento há idéias que se contradizem. Todavia, o desenvolvimento de estu- dos sobre o tema é altamente rele- vante, pois de acordo com Stone (2001) xvi, determinar o impacto do arranjo físico e das cores do ambien- te sobre o humor, a satisfação, a mo- tivação e o desempenho do indiví- duo pode ser útil para o projeto de ambientes de local de trabalho. 30 ERGONOMIA APLICADA Vibrações É o movimento, oscilação, ba- lanço de objetos, de coisas. Quando, através do tato, sentimos a oscilação de uma corda de violão, sabemos intuitivamente o que é uma vibra- ção. Podemos dizer que ela está vi- brando e, inclusive, ver-lhe o movi- mento. De fato todos os objetos materiais podem vibrar. Contudo, nem sempre podemos perceber o movimento através do tato. Por exemplo, o ar ao redor da corda também se movimenta, e o tato nada nos indica, apesar de as duas oscilações serem semelhantes. Por costume, se a oscilação for facilmente detectada pelo tato, ela é chamada simplesmente de vibração. Se for detectável pelo sistema auditivo, é chamada de som ou vibração sonora. Do ponto de vista da higiene do trabalho, interessa determinar as características das vibrações ou dos sons que podem causar efeito noci- vo, com objetivo de especificar me- didas de controle tais que eliminem ou reduzam os riscos a níveis supor- táveis e compatíveis com a preser- vação da saúde. “Em trabalhos com equipamen- tos do tipo martelete, o ser humano pode adquirir proble- mas do tipo ósteo-articular e muscular.” No começo, encontram-se a artrose do cotovelo, necrose dos os- sos e dedos, deslocamentos anatô- micos, posteriormente podem ocor- rer à doença de Raynaud(dedos brandos), e problemas nervosos, alterando a sensibilidade táctil. Antropometria A antropometria estuda as di- mensões físicas e proporções do cor- po humano. O conhecimento dessas medi- das e como saber usá-las é muito im- portante na determinação dos diver- sos aspectos relacionados ao posto de trabalho, no sentido de se manter uma boa postura, e também de pro- dutos e equipamentos destinados ao uso humano, etc. Por falta de consideração na- tropométrica, uma série de proble- mas pode ocorrer para o traba- lhador: Pode haver esforço excessivo para alcançar controles ou peças. Pode haver dor lombar pelo fato de as costas terem que se encurvar para buscar peças distantes; nessa situação, tam- bém pode haver dor um pouco mais acima (denominada dor- salgia). Pessoas altas podem bater a cabeça ou, o que é mais comum, terão que se encurvar e sentirão dor nas costas. 31 ERGONOMIA APLICADA Pessoas de compleição física maior em geral terão dificul- dade em executar alguns tra- balhos em locais apertados. Se as mãos do trabalhador fo- rem muito pequenas, ele po- derá ter dificuldade para con- seguir segurar com firmeza cabos de ferramentas grandes ou mesmo recipientes gran- des; se forem muito grandes pode haver dificuldade de firmar objetos. Se a pessoa for baixa, pode ter dificuldade para ver acima da carga que está carregando em uma empilhadeira ou carrinho de mão; ou pode ter dificul- dade de fazer leitura em mos- tradores ou operar painéis de controle. Ainda, pessoas baixas terão dificuldade para manusear ferramentas nos postos de trabalho, pois muitas vezes terão que elevar os ombros em posição desconfortável. Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/ge ral-50208301 O problema mais prático com o qual a Antropometria se defronta está relacionado às diferentes di- mensões das pessoas, de tal forma que uma altura boa para uma pessoa não é necessariamente boa para outra. A solução comumente encon- trada está na flexibilidade, mas co- mo essa, muitas vezes custa muito caro se depender de mecanismos de ajustes. A solução mais prática e me- nos dispendiosa está no estabele- cimento de padrões, de porcen- tagens e de saber usá-los adequada- mente no planejamento do trabalho. Quando e como usar as tabelas antropométricas no planejamento da ergonomia do posto de trabalho: Em diversas situações é des- necessário qualquer ajuste no posto de trabalho, pois o mês- mo, embora desprovido de re- gulagens, atende à grande maioria dos trabalhadores. Em algumas situações, a regu- lagem deve estar no posto de trabalho, sendo desnecessário o uso de tabelas antropomé- tricas. Caso os princípios acima não se apliquem, calcular a altura do posto de trabalho baseado em dados antropométricos da população. Não projetar pela média, projetar pelas porcen- tagens mais adequadas. Caso a situação seja de alcan- ce, considerar a porcentagem 32 ERGONOMIA APLICADA menor da população feminina. Caso a situação seja de espaço, considerar a porcentagem ma- ior da população masculina. Os comandos de máquinas de- vem estar entre a altura do púbis e a altura do ombro. Existem situações em que o projeto é dimensionado deliberada- mente para um dos extremos da população como, por exemplo, um painel de controle que deve ser alcançado com os braços, deve ser dimensionado a sua altura pelo usuário mais baixo, ou ainda uma porta deve ser dimensionada para as pessoas mais altas (se fosse dimen- sionada para as pessoas de estatura média, uma boa parte das pessoas bateria a cabeça, pois tem estatura acima da média). A figura acima mostra que mesmo quando se faz um projeto abrangente, levando-se em conside- ração um maior número de pessoas atendidas, por exemplo, em relação à altura, sempre haverá os extremos que não serão atendidos. Uso de Tabelas Antropomé- tricas Adequadas As tabelas antropométricas apresentam as dimensões do corpo, pesos e alcances dos movimentos e referem-se sempre a uma determi- nada população e nem sempre po- dem servir de referência para outras populações. A tabela abaixo apresenta as dimensões de ingleses adultos. As dimensões referem-se a homens e mulheres nus e descalços. As três colunas da tabela têm o seguinte significado: Baixos: significa que existem 5% da população adulta abaixo disso; Médios: média de todos os homens e mulheres adultos; Altos: significa que existem 5% da população acima destes valores ou que95% dessa população está abaixo. 33 ERGONOMIA APLICADA Item Medidas em cm Baixos Médios Altos Em pé 1. Estatura 150,5 167,5 185,5 2. Alcance horizontal para agarrar 65,0 74,5 83,5 3. Profundidade do tórax 21,0 25,0 28,5 4. Alcance vertical para agarrar 179,0 198,3 219,0 5. Altura dos olhos 140,5 156,8 174,5 6. Altura dos ombros 121,5 136,8 153,5 7. Altura do cotovelo 93,0 104,4 118,0 8. Altura do punho 86,0 73,8 82,5 Sentado 11. Altura (a partir do assento) 79,5 88,0 96,5 12. Altura olhos-assento 68,5 76,5 84,5 13. Altura do cotovelo-assento 18,5 24,0 29,5 14. Altura poplítea 35,5 42,0 49,0 15. Comprimento do antebraço 30,4 34,3 38,7 16. Comprimento nádegas-poplítea 43,5 48,8 55,0 17. Comprimentonádegas-joelho 52,0 58,3 64,5 Peso (kg) 44,1 68,5 93,7 No Brasil ainda não existem medidas antropométricas normali- zadas da população. Hoje há estu- dos, levantamento de dados para que se possa definir um padrão na- tropométrico que atenda a popu- lação brasileira. A própria composição étnica, bastante heterogênea, da população brasileira e o processo de miscigena- ção, além dos desníveis socioeconô- micos que tem profunda influência sobre as medidas corporais, a partir de variantes nutricionais, dificultam o estabelecimento de padrões antro- pométricos. Antropometria Estática e Di- nâmica A antropometria estática está se referindo as medidas do corpo para- do - utilizada para projetos de pro- dutos sem partes móveis ou com pouco movimento. 34 ERGONOMIA APLICADA A antropometria dinâmica estu- da os limites de movimentos de cada parte do corpo, cuidando para que cada pessoa possa mover-se sem haver solicitação de esforço físico além do necessário, com segurança e preservando a saúde através da pos- tura e dos movimentos adequados ao trabalhar. 1. Estatura; 2. Altura dos olhos; 3. Altura dos ombros; 4. Altura dos cotovelos; 5. Altura dos quadris; 6. Altura do punho; 7. Altura da ponta dos dedos; 8. Altura do alto da cabeça (pes- soa sentada); 9. Altura dos olhos (pessoa sentada); 10. Alturadosombros(pessoa sentada); 11. Altura dos cotovelos (pessoa sentada); 12. Espessura das coxas dedos; 13. Comprimento nádegas-joelho; 14. Comprimento nádegas-dobra interna do joelho; 15. Altura dos joelhos; 16. Altura da dobra interna do joelho; 17. Largura dos ombros (del- tóide); 18. Largura dos ombros (crista da escápula); 19. Largura dos quadris; 20. Profundidade do tórax; 21. Profundidade do abdômen; 22. Comprimento ombro - coto- velo; 23. Comprimento cotovelo-ponta dos; 24. Comprimento do braço; 25. Comprimento do ombro-pega; 26. Profundidade da cabeça; 27. Largura da cabeça; 28. Comprimento da mão; 29. Largura da mão; 30. Comprimento do pé; 31. Largura do pé; 32. Envergadura; 33. Envergadura dos cotovelos; 34. Altura de pega (em pé); 35. Altura de pega (sentado); 36. Alcance frontal de pega. A utilidade de algumas dessas medidas está exemplificada a seguir: Altura do alto da cabeça (pes- soa sentada): determinar as distâncias entre o topo da ca- beça e qualquer estrutura aci- ma dela (apoio de cabeça em banco de veículos, espaços in- teriores etc.). Altura dos olhos (pessoa sen- tada): determinar a linha de visão em relação a qualquer ponto desejado (estabelecer a 35 ERGONOMIA APLICADA altura de terminais, painéis, visores, altura de cadeira de auditórios etc.). Altura dos joelhos: determinar a distância do chão até a parte inferior do tampo da mesa. Altura dos cotovelos (pessoa sentada): determinar a altura de apoio para os braços de cadeiras, poltronas, superfí- cies de mesas de trabalho etc. Altura da dobra interna do joelho: determinar a altura do assento para trabalhos realiza- dos na posição sentada. Comprimento nádegas-dobra interna do joelho: determinar a profundidade de assentos. Comprimento nádegas-joelho: determinar a distância entre a parte posterior do assento e qualquer obstáculo físico ou objeto em frente aos joelhos. Largura dos quadris: determi- nar a largura dos assentos. 9. Largura entre os cotovelos: de- terminar a distância entre os apoios de braços das cadeiras e os espaços entre os assentos ao redorde mesas. Comprimento do pé: determi- nar o comprimento do apoio para os pés e de pedais. Largura do pé: determinar a largura de apoio para os pés. Comprimento da mão: dimen- sionar tamanho de pegas de ferramentas, tamanho de luvas. Perímetro da mão: dimensio- nar a largura de luvas e de pe- gas deferramentas. Espessura da coxa: determinar a distância entre o plano doa- ssento e a altura sob a mesa. Estatura: determinar a altura mínima para portas e vãos. Altura dos olhos: determinar a linha de visão em relação a qualquer ponto desejado (em teatros, auditórios etc.) e para estabelecer a altura de diviso- rias, sinalizadores, quadros de avisos etc. Altura dos ombros: determi- nar a altura de alcance do bra- ço na posição em pé. Altura dos cotovelos: determi- nar a altura de bancadas para trabalhos moderados. Altura de pega: determinar a altura máxima de alcance do braço em relação ao solo, como interruptores, alavan- cas, estantes, cabides, contro- les etc. Alcance do braço: distância horizontal da parte posterior até a extremidade do dedo indicador, estando o indivíduo com as costas apoiadas na parede. Utilidade: determinar a distância de alcance máximo no posto de trabalho (painéis, mostradores etc.). Altura dos quadris: determi- nar a altura da bancada para trabalhos pesados. 36 37 ERGONOMIA APLICADA 4. Biomecânica do Corpo – Posturas Fonte: BlogAlmanza 4 na postura inadequada que as lesões são acentuadas. Por isso tratamos aqui de três pontos fundamentais para a preven- ção de problemas relacionados à Er- gonomia: O levantar peso; O sentar-se; E o estar em pé. A postura em que a atividade é realizada, define o grau de conforto do trabalhador. A distribuição do peso do corpo é desigual entre suas 4 Retirado em https://blog.almanza.com.br/ partes, desde a cabeça, tronco e membros; conforme a postura, este peso pode ser fator de cansaço. O Ser humano, em diversos aspectos, pode ser comparado a uma máquina. Muito do conhecimento da ergonomia aplicada ao trabalho advém do estudo da mecânica da máquina humana. Os engenheiros mecânicos têm desenvolvido estu- dos analisando as características mecânicas desta máquina, e com isso deduzindo uma série de concei- E 38 ERGONOMIA APLICADA tos importantes na adaptação do ser humano ao trabalho. A máquina humana tem pouca capacidade de desenvolver força física no trabalho. O sistema osteo- muscular do ser humano o habilita a desenvolver movimentos de grande velocidade e de grande amplitude, porém contra pequenas resistências. Levantamento de Peso Não há qualquer problema em levantar cargas do chão agachando e levantando com as pernas (posição agachada), como também não há problema em levantar fletindo o tronco com as pernas estendidas (posição fletida), desde que sejam observados os cuidados comple- mentares. Para cargas volumosas, deve ser utilizada a posição semi- fletida: dobra-se as pernas um certo tanto, e encurva-se o tronco um certo tanto. Para peças que possam ser pegas apenas com uma mão no inte- rior de caixas ou caçamba: apoiar um dos braços na borda da caçamba e levantar com a outra; isto alivia a força de compressão nos discos intervertebrais. Naturalmente a posição incor- reta e/ou peso excessivo tem alguns inconvenientes, como: dores Lom- bares, entorses e deslocamento de discos. Para tornar seu trabalho mais fácil, siga estas avaliar as se- guintes situações: Tamanho, a forma e o volume da carga; A existência de pontas ou rebarbas; Comunicação eficaz, quando levantar em duas pessoas; A necessidade de utilizar EPI; Aplicar a técnica correta de levantamento de peso avalian- do sempre o peso da carga; na posição agachada, a carga a ser pega do chão é 15Kg, na posição fletida a carga a ser pega do chão é 18Kg, Nas me- lhores condições: 23 Kg(carga elevada, próxima do corpo). Técnica Correta de Levanta- mento de Peso A Predominância das Ala- vancas Todas as vezes que colocamos interagindo um segmento rígido, girando sobre um ponto de apoio ou fulcro, submetido à ação de uma 39 ERGONOMIA APLICADA força ou potência que age contra umaresistência, temos uma ala- vanca. Pode se fazer raciocínio seme- lhante para interpretar as funções do sistema osteomuscular do ser hu- mano: o segmento rígido é o osso, o ponto de apoio ou fulcro é a arti- culação, a potência é exercida pelos músculos e a resistência é o peso do segmento corpóreo, ou mesmo um peso que esteja sendo levantado. Na mecânica são descritos 03 tipos de alavancas, dependendo da posição relativa dos diversos com- ponentes: Alavanca de 1° grau Neste tipo, o ponto de apoio se encontra entre a potência e a resis- tência. É fácil compreender que quanto maior for à distância da potência ao ponto de apoio, tanto menor terá que ser a potência neces- sária para vencer uma determinada resistência. Surge assim, um concei- to extremamente importante em biomecânica, qual seja, o braço de potência e de braço de resistência. Braço de potência é à distância da potência ao ponto de apoio, e braço de resistência, é à distância da resis- tência ao ponto de apoio. Assim, quanto maior o braço de potência, tanto menor terá que ser a força para equilibrar ou vencer uma determi- nada resistência. Alavanca de 2° grau Aqui, como o braço de potên- cia é sempre maior que o braço de resistência, a intensidade da força necessária para vencer uma deter- minada resistência é sempre menor que o valor nominal da resistência. Este tipo de alavanca não é prati- camente encontrado nos segmentos do nosso corpo. Quando o ser hu- mano tiver que fazer força ao executar uma tarefa, deve-se propi- ciar-lhe a existência de uma boa alavanca de 2o grau, aumentando-se ao máximo o braço de potência. Professor: Edgar Martins Neto 23 elhante para interpretar as funções do sistema scular do ser humano: o segmento rígido é o osso, o ponto de apoio ou fulcro é a rticulação, a potência é exercida pelos músculos e a resistência é o peso do segmento orpóreo, ou mesmo um peso que esteja sendo levantado. Na mec 03 tipos de alavancas, d lativa dos iversos compon neste tipo, o ponto de apoio se encontra entre a potência e a erá que ser a força para equilibrar ou vencer ma determinada resistência. Alavanca de 3º grau: sua característica básica, é que o braço de potência é sempre menor ue o braço de resistência. Em outras palavras, para vencer uma determinada resistência, há mpre necessidade de se desenvolver um esforço físico bem maior do que o valor nominal da a osteomuscular. Se por um lado este tipo de alavanca apresenta grande desvantagem mecânica Pode se fazer raciocínio sem osteomu a c ânica são descritos ependendo da posição re d - Alavanca de 1º grau: entes: resistência. É fácil compreender que quanto maior for à distância da potência ao ponto de apoio, tanto menor terá que ser a potência necessária para vencer uma determinada resistência. Surge assim, um conceito extremamente importante em biomecânica, qual seja, o braço de potência e de braço de resistência . Braço de potência é à distância da potência ao ponto de apoio, e braço de resistência, é à distância da resistência ao ponto de apoio. Assim, quanto maior o braço de potência, tanto menor t u APOIO(articulação) - Alavanca de 2º grau: aqui, como o braço de potência é sempre maior que o braço de resistência, a intensidade da força necessária para vencer uma determinada resistência é sempre menor que o valor nominal da resistência. Este tipo de alavanca não é praticamente encontrado nos segmentos do nosso corpo. Quando o ser humano tiver que fazer força ao executar uma tarefa, deve-se propiciar-lhe a existência de uma boa alavanca de 2º grau, aumentando-se ao máximo o braço de potência. - q se resistência a ser vencida. Este é o tipo de alavanca predominante no nosso sistem RESISTÊNCIA (peso levantado) POTÊNCIA(músculos) RESISTÊNCIA (peso levantado) POTÊNCIA(músculos) APOIO(articulação) Apoio (articulação) Resistencia (Peso levantado) Potencia (músculo) Professor: Edgar Martins Neto 23 elhante para interpretar as funções do sistema scular do ser humano: o segmento rígido é o osso, o ponto de apoio ou fulcro é a rticulação, a potência é exercida pelos músculos e a resistência é o peso do segmento orpóreo, ou mesmo um peso que esteja sendo levantado. Na mec 03 tipos de alavancas, d lativa dos iversos compon neste tipo, o ponto de apoio se encontra entre a potência e a erá que ser a força para equilibrar ou vencer ma determinada resistência. Alavanca de 3º grau: sua característica básica, é que o braço de potência é sempre menor ue o braço de resistência. Em outras palavras, para vencer uma determinada resistência, há mpre necessidade de se desenvolver um esforço físico bem maior do que o valor nominal da a osteomuscular. Se por um lado este tipo de alavanca apresenta grande desvantagem mecânica Pode se fazer raciocínio sem osteomu a c ânica são descritos ependendo da posição re d - Alavanca de 1º grau: entes: resistência. É fácil compreender que quanto maior for à distância da potência ao ponto de apoio, tanto menor terá que ser a potência necessária para vencer uma determinada resistência. Surge assim, um conceito extremamente importante em biomecânica, qual seja, o braço de potência e de braço de resistência . Braço de potência é à distância da potência ao ponto de apoio, e braço de resistência, é à distância da resistência ao ponto de apoio. Assim, quanto maior o braço de potência, tanto menor t u APOIO(articulação) - Alavanca de 2º grau: aqui, como o braço de potência é sempre maior que o braço de resistência, a intensidade da força necessária para vencer uma determinada resistência é sempre menor que o valor nominal da resistência. Este tipo de alavanca não é praticamente encontrado nos segmentos do nosso corpo. Quando o ser humano tiver que fazer força ao executar uma tarefa, deve-se propiciar-lhe a existência de uma boa alavanca de 2º grau, aumentando-se ao máximo o braço de potência. - q se resistência a ser vencida. Este é o tipo de alavanca predominante no nosso sistem RESISTÊNCIA (peso levantado) POTÊNCIA(músculos) RESISTÊNCIA (peso levantado) POTÊNCIA(músculos) APOIO(articulação) Apoio (articulação ) Resistência (Peso levantado) Potência (músculos) 40 ERGONOMIA APLICADA Alavanca de 3° grau Sua característica básica, é que o braço de potência é sempre menor que o braço de resistência. Em outras palavras, para vencer uma determinada resistência, há sempre necessidade de se desenvolver um esforço físico bem maior do que o valor nominal da resistência a ser vencida. Este é o tipo de alavanca predominante no nosso sistema osteomuscular. Se por um lado este tipo de alavanca apresenta grande desvantagem mecânica quando se trata de vencer resistências, ele apresenta uma vantagem acentuada no que se refere à velocidade e amplitude dos movimentos, pois é fácil entender que (como no exem- plo da figura abaixo), uma contração de 1cm do músculo bíceps equivale a um deslocamento de aproximada- mente 15cm da ponta dos dedos. Maquina Humana O ser humano é adaptado a fazer contrações musculares dinâ- micas, mas tem pouca adaptação para fazer contrações musculares estáticasnas quais ocorre dor mus- cular intensa e fadiga precoce, devi- do ao acúmulo do ácido lático e ou- tros metabólitos. As situações de fadiga por es- forço muscular estático são aliviadas pelo relaxamento do músculo, du- rante o qual ocorre o fluxo do sangue e remoção das substâncias tóxicas produzidas durante o esforço. Os músculos têm força, resis- tência, flexibilidade, velocidade, po- tência, agilidade, equilíbrio e coor- denação. Definições: Força: potência máxima que pode ser exercida numa única contração voluntária; Resistência: capacidade de re- petição de contrações ou o tempo de sustentação do es- forço; Flexibilidade: amplitude de movimento através da qual os membros são capazes de mover-se; Velocidade: tempo de reação e o tempo de movimento; muito útil em atividades esportivas; Potência: combinação de força e velocidade (distância percor- rida pelo músculo em deter- minada carga em determinado tempo); Agilidade: capacidade de mu- dar de direção e posição rapi- damente, com precisão e sem perda do equilíbrio; Equilíbrio: capacidade de manter o posicionamento cor- Potencia (músculos) Apoio (articulação) Resistência (peso levantado) 41 ERGONOMIA APLICADA reto do corpo durante movi- mentos vigorosos. Coordenação: relação harmo- niosa entre os movimentos repetidos e de alta velocidade. Compatível com essas carac- terísticas, no aproveitamento racio- nal do ser humano no trabalho, as regras abaixo devem ser aplicadas: Nunca usar esforço excessivo sobre o trabalhador de uma só vez; Praticar ginástica de aque- cimento e alongamento no iní- cio dasjornadas de trabalho; Garantir a adaptação grada- tiva do automatismo dos mo- vimentos; O limite de segurança para algum esforço físico isolado é de 50% da força máxima (acima desse valor aumenta a incidência de distúrbios e lesões). Quanto mais freqüente é o esforço, menor é a porcentagem da força máxima que pode ser usada. A melhor postura para traba- lhar é aquela em que o corpo alterna as diversas posições: sentado, de pé, andando. A Máquina humana é adapta- da para movimentos de grande velo- cidade, de grande amplitude, porém somente contra pequenas resistên- cias, desta forma temos que seguir as regras abaixo: Diminuição do peso dos objetos; Carrinhos com elevação ma- nual lenta; Equipamento de elevação (ta- lhas, monovias). Evite torcer e fletir o tronco ao mesmo tempo Eliminar obstáculos ás cargas que tenham que ser manu- seadas; Reposicionar locais de arma- zenamento; Adotar: peças pesadas devem ser colocadas sobre caixas rasas, e estas sobre bancadas; Principais Situações de Sobre- carga Biomecânica no Tra- balho Situações em que o traba- lhador tenha que exercer grande força física - mesmo entre aqueles indivíduos dotados de maior capa- cidade de força muscular, contar com a máquina humana fazendo for- ça física é inadequado e anti-ergo- nômico. Situaçõesde esforçoestático no trabalho: Sustentação de cargas com os membros superiores; Postura de pé, parada durante grande parte da jornada de trabalho; Postura de pé apoiada sobre um dos pés; Trabalho feito com os braços acima do nível dos ombros; 42 ERGONOMIA APLICADA Movimentação, manuseio e levantamento de cargas pesadas; Pequenas contrações muscu- lares estáticas (como no tra- balho em computadores); Braços suspensos; Antebraços suspensos; Uso da mão como morsa. Situações de alavanca bio- mecanicamente desfavoráveis em que a distância da potência ao ponto de apoio seja muito pequena e a dis- tância entre a resistência e o ponto de apoio seja grande. Situações de desagregação do esforço muscular, quando o indiví- duo tem que fazer esforço lento, sob controle, no sentido contrário ao que seria a ação motora natural ex. colocar uma caixa pesada no chão de forma lenta. Postura e movimento têm uma grande importância na ergonomia. Tanto no trabalho como na vida coti- diana, eles são determinados pela tarefa e pelo posto de trabalho. Para realizar uma postura ou um movimento, são acionados di- versos músculos, ligamentos e arti- culações do corpo. Os músculos for- necem a força necessária para o cor- po adotar uma postura ou realizar um movimento. Os ligamentos desempenham uma função auxiliar, enquanto as articulações permitem um desloca- mento de partes do corpo em relação às outras. Posturas ou movimentos ina- dequados produzem tensões mecâ- nicas nos músculos, ligamentos e articulações, resultando em dores no pescoço, costas, ombros, punhos e outras partes do sistema musculo esquelético. Alguns movimentos, além de produzirem tensões mecânicas nos músculos e articulações, apresen- tam um gasto energético que exige muito dos músculos, coração e pulmões. Abaixo, serão apresentadas recomendações para melhorar as tarefas e os postos de trabalho, en- volvendo posturas e movimentos usuais, na posição sentada, em pé, levantando pesos, puxando e em- purrando cargas. Bases Biomecânicas, Fisioló- gicas e Antropométricas Diversos princípios importan- tes da ergonomia derivam-se de ou- tras áreas do conhecimento como a 43 ERGONOMIA APLICADA biomecânica, fisiologia e antropo- metria. Esses conhecimentos são importantes para formular as reco- mendações sobre a postura e o movimento, como se verá a seguir. As Articulações Devem Ocu- par uma Posição Neutra Para manter uma postura ou realizar um movimento, as articula- ções devem ser conservadas, tanto quanto possível, na sua posição neu- tra. Nesta posição, os músculos e ligamentos que se estendem entre as articulações são esticados o menos possível, ou seja, são tensionados ao mínimo. Além disso, os músculos são capazes de liberar a força máxima, quando as articulações estão na po- sição neutra. Exemplos de más posturas, onde as articulações não estão em posição neutra: braços erguidos, perna levantada, tronco inclinado e cabeça abaixada. Conserve Pesos Próximos ao Corpo Os pesos devem ser mantidos o mais próximo possível do corpo. Quanto mais o peso estiver afastado do corpo, mais os braços serão tensionados e o corpo penderá para frente. As articulações (cotovelo, om- bro e costas) serão mais exigidas, aumentando as tensões sobre elas e os respectivos músculos. A figura abaixo mostra o aumento da tensão nas costas, quando o braço se afasta do corpo, segurando um peso de 20 kg. Ao aumentar a distância entre as mãos e o corpo há um aumento da tensão nas costas. Evite Curvar-se para Frente Os períodos prolongados com o corpo inclinado devem ser evi- tados sempre que possível. A parte superior do corpo de um adulto, acima da cintura, pesa 40 kg, em média. Quando o tronco pende para frente, há contração dos músculos e dos ligamentos das costas para man- ter essa posição. A tensão é maior na 44 ERGONOMIA APLICADA parte inferior do tronco, onde surgem dores. Evite Inclinar a Cabeça A cabeça de um adulto pesa de 4 a 5 kg. Quando a cabeça se inclina mais de 30 graus para frente, os músculos do pescoço são tensiona- dos para manter essa postura e começam a aparecer dores na nuca e nos ombros. Portanto, a cabeça deve ser mantida o mais próximo possível da postura vertical. Evite Torções do Tronco Posturas torcidas do tronco causam tensões indesejáveis nas vértebras. Os discos elásticos que existem entre as vértebras são ten- sionados, e as articulações e mús- culos que existem nos dois lados da coluna vertebral são submetidos a cargas assimétricas, que são pre- judiciais. Evite Movimentos Bruscos que Produzam Picos de Tensão Movimentos bruscos podem produzir alta tensão, de curta dura-
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