Buscar

Apostila-Ergonomia-Aplicada

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ergonomia 
Aplicada
 
 02 
 
 
 
1. Fundamentos da Ergonomia – Origem e Evolução 7 
Definições de Ergonomia 8 
Conceitos que são Atribuídos à Ergonomia 8 
A Ergonomia Surgiu com a Própria 
Evolução da História do Trabalho 9 
Riscos Ergonômicos 10 
Tipos de Riscos Ergonômicos 10 
 
2. Administração Cientifica - Frederick W. Taylor (1900) 12 
Considerações da Administração 
Científica de Taylor 13 
Seguidores de Taylor 13 
Henry Ford 14 
Reação dos Trabalhadores 14 
O Desenvolvimento Atual da Ergonomia 15 
Abordagens 15 
Fatores Considerados para Projeto 
de um Sistema de Trabalho. 16 
Aplicações 17 
Os Investimentos em Ergonomia, Proporcionam 
Harmonia entre o Homem e o seu Trabalho 18 
O Processo de Ergonomia 18 
Meta Final do Processo de Ergonomia 18 
 
3. Embasamento Legal 20 
Norma Regulamentadora – Nr 17 (Ergonomia) 20 
Norma Regulamentadora - Nr 11 25 
Homem X Máquina 26 
Normas de Segurança do Trabalho 
em Atividades de Transporte de Sacas. 26 
Nr 15 – Atividades e Operações Insalubres 27 
As Condições Ambientais de Trabalho 
X Características Psicofisiológicas dos Trabalhadores 27 
 
 
 
 3 
 
 
 
 
Ruído 27 
Calor/Frio 27 
Radiação Visível – Iluminação. 28 
A Cor no Ambiente de Local de Trabalho 29 
Vibrações 30 
Antropometria 30 
Uso de Tabelas Antropométricas Adequadas 32 
Antropometria Estática e Dinâmica 33 
 
4. Biomecânica do Corpo – Posturas 37 
Levantamento de Peso 38 
Técnica Correta de Levantamento de Peso 38 
A Predominância das Alavancas 38 
Alavanca de 1° grau 39 
Alavanca de 2° grau 39 
Alavanca de 3° grau 40 
Maquina Humana 40 
Principais Situações de Sobrecarga 
Biomecânica no Trabalho 41 
Bases Biomecânicas, Fisiológicas 
e Antropométricas 42 
As Articulações Devem Ocupar 
uma Posição Neutra 43 
Conserve Pesos Próximos ao Corpo 43 
Evite Curvar-se para Frente 43 
Evite Inclinar a Cabeça 44 
Evite Torções do Tronco 44 
Evite Movimentos Bruscos 
que Produzam Picos de Tensão 44 
Alterne Posturas e Movimentos 44 
Restrinja a Duração do Esforço 
Muscular Contínuo 44 
 
 
 
 4 
 
 
 
 
Previna a Exaustão Muscular 45 
Pausas Curtas e Frequentes são Melhores 45 
Sentar-se no Trabalho 46 
Boa Situação Mesa Cadeira 46 
Modelos de Suportes, Apoios para Escritórios 47 
Ficar em Pé 48 
Posição Semi-Sentada 48 
Medidas de Organização Ergonômica 
no Posto de Trabalho Visando 
à Prevenção de Lombalgias 49 
Princípio 1 - Posição Vertical 49 
Princípio 2 – Esforço Dinâmico: sim; 
Esforço Estático: não 49 
Princípio 3 – Os Instrumentos de Controle 
Devem Estar na Área de Alcance das Mãos 50 
Princípio 4 – Organizar o Sistema de Trabalho 
para Que as Peças Somente Sejam Manuseadas 
pelo Princípio PEPLOSP: 50 
Princípio 5 – Redução da Repetitividade 
dos Movimentos 50 
Princípio 6 - Medidas para Reduzir 
o Grau de Repetição 50 
Levantamento Antropométrico 51 
Aplicação 51 
Geralmente Trabalha-se 
com os Seguintes Percentís 53 
Coluna Vertebral 53 
Disco Intervertebrais 54 
Ergonomia no Lar 54 
Ler/Dort 55 
Incidência 55 
Sintomas 56 
 
 
 
 5 
 
 
 
 
Tenossinovites e Tendinites:
Os Tendões 
são Lesionados Devido à Falta de Irrigação 
Sanguínea Capilar. 56 
Algumas Lesões Oriundas 
de Movimentos Repetitivos
 57 
Nexo Causal 57 
Qualidade de Vida no Trabalho 57 
Tensão Emocional X Prevenção De Acidentes 58 
Estresse 60 
Estresse Negativo e Positivo 60 
O Estresse Acarreta Problemas Como: 61 
O Estresse Faz Parte da Vida. Devemos 
Saber Administrar Essa Tensão Emocional: 62 
Organização do Trabalho 62 
Aspectos Abrangentes 
da Organização do Trabalho 62 
Aspectos Mais Específicos 
da Organização do Trabalho 63 
Ciclo 63 
Ritmo 63 
Carga 63 
Duração 64 
Autonomia 64 
Pausas 64 
Soluções Utilizadas na Organização do Trabalho 65 
 
5. Referências Bibliográficas 67 
 
 
 06 
 
 
 
 
 
 7 
ERGONOMIA APLICADA 
1. Fundamentos da Ergonomia – Origem e Evolução 
 
 
Fonte: Blog.Safesst 1 
 
primeira definição conhecida 
de trabalho está escrita nas 
Sagradas Escrituras em Gênesis 3: 
17b , 19 " Disse, pois, o Senhor Deus 
ao ser humano: maldita é a terra por 
tua causa; em fadiga comerás dela 
todos os dias da tua vida. Do suor do 
teu rosto comerás o teu pão, até que 
tornes a terra, porque dela foste 
tomado; pois és pó, e ao pó tor-
narás". Podemos deduzir, então, que 
o trabalho está relacionado à noção 
geral de sofrimento e pena (BI-
BLIA,1995). 
As fábricas do início da Revo-
lução Industrial não apresentavam o 
melhor dos ambientes de trabalho. 
As condições das fábricas eram pre-
 
1 Retirado em https://blog.safesst.com.br/ 
cárias. Eram ambientes com pés-
sima iluminação, abafados e sujos. 
Os salários recebidos pelos trabalha-
dores eram muito baixos e chegava-
se a empregar o trabalho infantil e 
feminino. Os empregados chegavam 
a trabalhar até 18 horas por dia e 
estavam sujeitos a castigos físicos 
dos patrões. Não havia direitos tra-
balhistas como, por exemplo, férias, 
décimo terceiro salário, auxílio 
doença, descanso semanal remune-
rado ou qualquer outro benefício. 
Quando desempregados, ficavam 
sem nenhum tipo de auxílio e passa-
vam por situações de precariedade. 
 
 
 
A 
 
 
8 
ERGONOMIA APLICADA 
Definições de Ergonomia 
 
O termo ergonomia é derivado 
das palavras gregas ergon (trabalho) 
e nomos (regras), então na raiz a 
palavra ergonomia significa regras 
para o trabalho. De fato, na Grécia 
antiga o trabalho tinha um duplo 
sentido: ponos que designava o tra-
balho escravo de sofrimento e sem 
nenhuma criatividade e, ergon que 
designava o trabalho arte de criação, 
satisfação e motivação. Tal é o obje-
tivo da ergonomia, transformar o 
trabalho ponos em trabalho ergon. 
Os primeiros estudos sobre o 
homem em atividade profissional 
foram realizados por engenheiros, 
médicos do trabalho e pesquisado-
res de diversas áreas de conheci-
mento. 
O termo ergonomia foi utiliza-
do pela primeira vez, em 1857, pelo 
polonês W. Jastrzebowski, que pu-
blicou um artigo intitulado “Ensaio 
de ergonomia ou ciência do trabalho 
baseada nas leis objetivas da ciência 
da natureza”. O que é ergonomia? (E 
não ergonometria e muito menos 
ergologia). No sentido etimológico 
do termo:
Ergonomia significa es-
tudo das leis do trabalho.
 
 
Conceitos que são Atribuídos à 
Ergonomia 
 
Murrel (1949) - época que iniciou 
a concepção sobre a Ergonomia: é o 
conjunto de conhecimentos cientí-
ficos relativos ao homem e necessá-
rio para os engenheiros conceberem 
ferramentas, máquinas e conjuntos 
de trabalhos que possam ser utili-
zados com máximo conforto, segu-
rança e eficiência. 
Singleton (1972) - É a tecnologia 
do projeto de trabalho. 
Laville (1977) - É o conjunto de 
conhecimentos relativos ao compor-
tamento do homem em atividade, a 
fim de aplicá-los a concepção das 
tarefas, dos instrumentos, das má-
quinas e dos sistemas de produção. 
Aurélio - Estudo científico dos pro-
blemas relativo ao trabalho humano 
e que devem ser levados em conta na 
projeção de máquinas e equipamen-
tos e ambiente de trabalho. 
Conceito da Research Society 
(U.K.): Sociedade Nacional de 
Ergonomia 
É o estudo do relacionamento 
entre o homem e o seu trabalho, 
equipamento e ambiente e, particu-
larmente, a aplicação dos conheci-
mentos de anatomia, fisiologia e 
psicologia na solução dos problemas 
surgidos desse relacionamento. 
Conceito da International Er-
gonomics Association (IEA): 
É o estudo científico da relação 
entre o homem e seus meios, méto-
dos e espaços de trabalho. Seu obje-
tivo é elaborar, mediante a contri-
buição de diversas disciplinas cien-
 
 
9 
ERGONOMIA APLICADA 
tíficas que a compõem, um corpo de 
conhecimentos que, dentro de uma 
perspectiva de aplicação, deve resul-
tar em uma melhor adaptação ao 
homem dos meios tecnológicos e dos 
ambientes de trabalho e de vida”. 
Conceito da Associação Brasi-
leira de Ergonomia (ABERGO): 
 
“A ergonomia é o estudo da 
adaptaçãodo trabalho às carac-
terísticas fisiológicas e psico-
lógicas do ser humano”. 
 
Definição da OIT: É a aplicação 
das ciências bio-lógicas humanas e o 
ajustamento mútuo ideal entre o 
homem e seu trabalho, cujos 
resultados se medem em termos de 
eficiência humana e bem estar no 
trabalho. É um conjun-to de ciências 
e tecnologias que pro-cura o ajuste 
confortável e produtivo entre o ser 
humano e o seu trabalho. 
 
A Ergonomia Surgiu com a 
Própria Evolução da História 
do Trabalho 
 
O trabalho antes de 1750: era 
obtido pelo uso da energia física do 
homem ou da tração animal. Não 
existia outra forma de energia, nas 
cidades vivia-se do comércio e o 
padrão econômico era o agropastoril 
de subsistência e de troca. 
Revolução industrial: com a in-
venção da máquina a vapor, passou-
se a usar a energia do vapor dando 
origem às fábricas. 
Houve então uma migração 
dos trabalhadores rurais para as ci-
dades industrializadas resultando 
no aparecimento de favelas com 
condições subumanas. As condições 
para o trabalho eram péssimas e as 
horas de trabalho eram excessivas, 
resultando em acidentes, doenças 
ocupacionais, além de salários 
baixos. 
A segunda revolução indus-
trial: originou-se na administração 
científica de Taylor e Ford que esta-
beleceram a produção em massa au-
mentando com isso a produtividade 
das empresas. 
Reestruturação produtiva: a 
partir da década de 70, outra um-
dança significativa ocorreu com a 
utilização de novas tecnologias, um-
danças nas relações de trabalho, 
mudanças na organização do traba--
lho e novas formas de gerencia-
mento. 
A Ergonomia apareceu em 
1950, nos paises socialmente indus-
trializados e desenvolvidos e para 
entender o porquê do seu desenvol-
vimento vamos verificar alguns de-
talhes dentro da evolução do tra-
balho. 
Colocando a pessoa mais hábil 
na primeira posição da linha de 
 
 
 
10 
ERGONOMIA APLICADA 
montagem (correria e sobrecarga 
para os demais); 
 
Neste contexto apareceu a Er-
gonomia como uma proposta apro-
veitando o que havia de positivo e a 
necessidade de preservação do tra-
balhador. 
 
O conceito mais mudado pela 
Ergonomia é o da adaptação do ho-
mem ao trabalho. Ela propõe justa-
mente o contrário, a adequação do 
trabalho ao homem. 
 
É importante destacar que até 
1960 as fábricas e postos de traba-
lhos eram construídos sem qualquer 
consideração sobre o ser humano 
que ali iria trabalhar, apesar de ain-
da hoje muitos fabricantes de equi-
pamentos os constroem completa-
mente inadequados aos traba-
lhadores. 
 
O grande desencadeador da 
Ergonomia foi o projeto da cápsula 
espacial norte-americana. (Os astro-
nautas exigiram melhores condições 
principalmente dentro da cápsula 
espacial). 
Outro grande motivo do 
rápido desenvolvimento da ergono-
mia foram as lesões do sistema 
osteomuscular (geram absenteísmo 
e quando o trabalhador sai da em-
presa originam processos de indeni-
zação. Então um dos motivos da di-
fusão da Ergonomia foi o custo da 
“Não Ergonomia”. 
 
Riscos Ergonômicos 
 
São os fatores psico-fisiológi-
cos relacionados ao trabalho que o 
ser humano fica exposto durante 
o
desenvolvimento de suas ativi-
dades. 
 
Tipos de Riscos Ergonômicos 
 
Trabalho físico pesado, postu-
ras incorretas, treinamento inade-
quado/inesistente, trabalhos em 
turno, Trabalho noturno, monoto-
nia, repetitividade, ritmo excessivo, 
pressão explícita ou implícita para 
manter este ritmo, metas estabele-
cidas sem a participação dos empre-
gados e colaboradores, patamares 
de metas de produção crescentes 
sem a adequação das condiçõespara 
atingi-las, incentivo a maior produ-
tividade por meio de diferenciação 
salarial e prêmios, induzindo as 
pessoas a ultrapassar seus limites, 
jornada de trabalho prolongada, fal-
ta de possibilidade de realizar pe-
quenas pausas espontâneas, quando 
necessário, manutenção de postura 
fixa por tempo prolongado, mobiliá-
rio mal projetado, ambiente de tra-
balho desconfortável(muito seco, 
muito frio, muito quente, pouco ilu-
minado, barulhento, apertado). 
 
 
 
 
 
 
 12 
ERGONOMIA APLICADA 
2. Administração Cientifica - Frederick W. Taylor 
(1900) 
 
 
Fonte: NoticiasR7 2 
 
rederick W. Taylor desen-
volveu estudos a respeito de 
técnicas de racionalizac ̧a ̃o do traba-
lho dos operários. Suas idéias preco-
nizavam a prática da divisa ̃o do tra-
balho. A característica mais marcan-
te do estudo de Taylor é à busca de 
uma organização científica do tra-
balho, enfatizando tempos e méto-
dos e por isso é visto como o precur-
sor da Teoria da Administrac ̧a ̃o 
Científica. Taylor via necessidade de 
aplicar métodos científicos à admi-
nistração para assegurar seus objeti-
vos de máxima produc ̧a ̃o a mínimo 
 
2 Retirado em https://noticias.r7.com/ 
custo, para tanto seguia os seguintes 
princípios: 
Seleça ̃o científica do trabalha-
dor - O funcionário desempenha a 
tarefa mais compatível com suas 
aptidões. É importante para o fun-
cionário que é valorizado e para 
empresa, que aumenta sua produti-
vidade e aumenta seus lucros. 
Tempo padrão - O funcionário de-
ve atingir a produça ̃o mínima deter-
minada pela gerência. Esse controle 
torna-se importante pelo fato do ser 
humano ser naturalmente pregui-
çoso. 
F 
 
 13 
ERGONOMIA APLICADA 
Plano de incentivo salarial - O 
funcionário ganha pelo que produz. 
Trabalho em conjunto - Os inte-
resses da empresa e dos funciona-
rios quando aliados, resultam numa 
maior produtividade. 
Gerentes planejam, funciona-
rios executam - Cabe aos gerentes 
planejarem e aos funcionários agi-
rem. 
Divisão do trabalho - A tarefa 
subdivide-se ao máximo, dessa for-
ma se ganha velocidade, produtivi-
dade e o funcionário garante lucro 
de acordo com seu esforço. 
Supervisão - É especializada por 
áreas. Controla o trabalho dos fun-
cionários verificando o número de 
peças feitas,assegurando o valor mí-
nimo da produção. 
Ênfase na eficiência - Há uma 
única maneira certa de se fazer o tra-
balho. Para descobri-la, a adminis-
tração empreende um estudo de 
tempo e métodos, decompondo os 
movimentos das tarefas exercidas. 
 
Considerações da Adminis-
tração Científica de Taylor 
 
Enfoque mecanicista - A organi-
zação é comparada com uma máqui-
na, que segue um projeto pré-defi-
nido. Recebe críticas dos estudiosos 
em administração. A partir desta vi-
são, cada funcionário é visto como 
uma engrenagem na empresa, des-
respeitando sua condição de ser 
humano. 
Homo economicus - O salário é 
importante, mas não é fundamental 
para a satisfação dos funcionários. O 
Reconhecimento do trabalho, incen-
tivos morais e a auto- realização são 
aspectos importantes que a Admi-
nistração Científica desconsidera. 
Abordagem fechada - A Adminis-
tração Científica não faz referência 
ao ambiente da empresa. A orga-
nização é vista de forma fechada, 
desvinculada de seu mercado, negli-
genciando as influências que rece-
bem e impõe ao que a cerca. 
Superespecialização do funcio-
nário - Com a divisão de tarefas, a 
qualificação do funcionário passa a 
ser supérfula. Dessa forma, o fun-
cionário executa tarefas repetidas, 
monótonas e gera uma desarticu-
lação do funcionário no processo co-
mo um todo. 
Exploração dos empregados - A 
Administração Científica faz uso da 
exploração dos funcionários em prol 
de seus interesses particulares, uma 
vez que o estímulo à alienação dos 
funcionários, falta de consideração 
do aspecto humano e deficiência das 
condições sociais da época. 
 
 
Seguidores de Taylor 
 
Henry Ford - Henry Ford é visto 
como um dos responsáveis pelo 
 
 14 
ERGONOMIA APLICADA 
grande salto qualitativo no desen-
volvimento organizacional atual. 
Ciente da importância do consumo 
em massa, lançoualguns princípios 
para agilizar a produção, reduzir os 
custos e o tempo de produção. 
Integração vertical e horizon-
tal - Produção integrada, da maté-
ria-prima ao produto final acabado 
(Integração vertical) e instalação de 
uma rede de distribuição imensa 
(Integração horizontal). 
Padronização - Instaurando a li-
nha de montagem e a padronização 
do equipamento utilizado, obtinha-
se agilidade e redução nos custos. 
Em contrapartida, prejudicava a fle-
xibilização do produto. 
Economicidade - Redução dos es-
toques e agilização da produção. 
 
Henry Ford 
 
O mais expressivo aumento de 
produtividade dessa época surgiu 
em conseqüência da aplicação dos 
princípios de Henry Ford: 
 Organização do trabalho em 
linha de montagem; 
 Ritmo de trabalho determina-
do pela velocidade da esteira; 
 Trabalhador fixo em determi-
nada posição; 
 Produção de grandes quan-
tidades. 
 
 
Problemas causados pelos 
princípios de Taylor e Ford: 
 Impossibilidade de se conse-
guir um método correto para a 
execução do trabalho (o ser 
humano é diferente e com-
plexo); 
 Alienação do trabalhador (nos 
engenheiros concentravam o 
método e a decisão sobre o 
trabalho); 
 Seleção física e psicológica 
rigorosa (com a exclusão social 
daí decorrente, seja porque o 
indivíduo não tinha a condição 
física exigida na seleção - por 
incapacidade, por desgaste - 
seja por gradativa deteriora-
ção da capacidade física e ex-
clusão social após determi-
nada idade); 
 Trabalho exaustivo até a fadi-
ga (aumento da produtivi-
dade); 
 Isolamento do trabalhador nu-
ma mesma posição ao longo 
do tempo 
(Tornando o ser 
humano autômato); 
 Desencadeamento de distúr-
bios osteomusculares por so-
bre carga 
funcional (trabalho 
em uma mesma posição por 
um longo tempo); 
 Aumento da velocidade da 
esteira diante da necessidade 
de produzir 
mais (gerando fa-
diga, lesões e distúrbios dolo-
rosos); 
 
Reação dos Trabalhadores 
 
Em muitas regiões da Europa, 
os trabalhadores se organizaram 
para lutar por melhores condições 
 
 15 
ERGONOMIA APLICADA 
de trabalho. Os empregados das fá-
bricas formaram as trade unions 
(espécie de sindicatos) com o objeti-
vo de melhorar as condições de tra-
balho dos empregados. Houve tam-
bém movimentos mais violentos co-
mo, por exemplo, o ludismo. Tam-
bém conhecidos como "quebradores 
de máquinas", os ludistas invadiam 
fábricas e destruíam seus equipa-
mentos numa forma de protesto e 
revolta com relação à vida dos em-
pregados. O cartismo foi mais bran-
do na forma de atuação, pois optou 
pela via política, conquistando di-
versos direitos políticos para os tra-
balhadores. Nessa mesma época 
surgiram estudos encabeçados pôr 
Frank e Lilian Gilbreth e Morris 
Cooke, os primeiros preocupados 
com os estudos dos movimentos de 
mão e corpo para a otimização dos 
esforços, eliminando-se movimen-
tos inúteis e projetando o uso de 
ferramentas e equipamentos mais 
adequados para os trabalhadores, e 
Cooke adaptando os princípios da 
administração científica em organi-
zações nas não industriais. 

Quase cem anos mais tarde, 
em 1949, um engenheiro inglês cha-
mado Murrel criou na Inglaterra a 
primeira sociedade nacional de er-
gonomia, a “Ergonomic Research 
Society”. Nesta época que iniciou a 
concepção sobre Ergonomia. Poste-
riormente, a ergonomia desenvol-
veu-se em numerosos países indus-
trializados, como a França, Estados 
Unidos, Alemanha, Japão e países 
escandinavos. 
 
O Desenvolvimento Atual da 
Ergonomia 
 
 
O desenvolvimento atual da 
ergonomia pode ser caracterizado, 
então, segundo quatro níveis de 
exigências: 
 As exigências tecnológicas: 
técnicas de produção;
 
 As exigências econômicas: 
qualidade e custo de 
produção; 
 As exigências sociais: melho-
ria das condições de trabalho; 
 As exigências organizacionais: 
gestão participativa. 
 
Abordagens 
 
Quanto à Abrangência: 
 Ergonomia do posto de tra-
balho: abordagem micro ergo-
nômica
 
 Ergonomia de sistemas de 
produção: abordagem macro 
ergonômica 
 
5 - Sistema 
6 – Concepção Atual da ergonomia
4 - Métodos de trabalho
3 - Ambiente de trabalho
2 - Posto de trabalho 
1 - Posto de tortura 
 
 
 Professor: Edgar Martins Neto 
 
9 
 desenvolvimento atual da ergonomia pode ser caracterizado, então, segundo quatro níveis 
As exigências sociais: melhoria das condições de trabalho; 
s 
 
as de produção: abordagem macroergonômica 
Ergonomia de concepção: normas e especificações de projeto 
oria de seqüências e fluxos de produção 
Ergonomia de conscientização: capacitação em ergonomia 
iplinaridade: 
 nas empresas, buscando a adequação do ambiente de trabalho: 
O
de exigências: 
- As exigências tecnológicas: técnicas de produção; 
- As exigências econômicas: qualidade e custo de produção; 
- 
- As exigências organizacionais: gestão participativa; 
 
5. Abordagen
 
5.1. Quanto à abrangência: 
- Ergonomia do posto de trabalho: abordagem microergonômica 
- Ergonomia de sistem
 
5.2. Quanto à contribuição: 
 
- 
- Ergonomia de correção: modificações de situações existentes 
- Ergonomia de arranjo físico: melh
- 
 
5.3. Quanto à interdisc
 
A ergonomia caracteriza-se por reunir diversos campos do conhecimento humano; portanto, 
diferentes profissionais atuarão
 
 
 
 16 
ERGONOMIA APLICADA 
Quanto à contribuição: 
 Ergonomia de concepção: nor-
mas e especificações de pro-
jeto
 
 Ergonomia de correção: modi-
ficações de situações exis-
tentes
 
 Ergonomia de arranjo físico: 
melhoria de seqüências e 
fluxos de produção 
 Ergonomia de conscientiza-
ção: capacitação em ergo-
nomia 
 
Quanto à interdisciplinaridade: 
A ergonomia caracteriza-se 
por reunir diversos campos do 
conhecimento humano; portanto, 
diferentes profissionais atuarão nas 
empresas, buscando a adequação do 
ambiente de trabalho: 
 
 Médico de trabalho: ajuda na 
identificação dos locais que 
provocam acidentes ou doen-
ças ocupacionais, e realiza 
acompanhamento de saúde; 
 Psicólogo: envolvido no recur-
tamento, seleção e treinamen-
to de pessoal; auxilia na impla-
ntação de novos métodos de 
trabalho; 
 Engenheiro: contribui nos as-
pectos técnicos e tecnológico, 
modificando máquinas, am-
bientes e processo; 
 Desenhista industrial: auxilia 
na concepção e adaptação de 
máquinas, equipamentos, fer-
ramentas, postos de trabalho e 
sistemas de comunicação; 
 Enfermeiro do trabalho: con-
tribui nas recuperações de tra-
balhadores acidentados, e na 
prevenção de doenças ocupa-
cionais; 
 Engenheiro/Técnico de Segu-
rança: ajuda na identificação e 
correção de condições insa-
lubres e perigosas; 
 Programador de produção: 
contribui para criar um fluxo 
de trabalho mais uniforme, 
evitando fadiga e sobrecarga; 
 Administrador: ajuda a esta-
belecer planos de cargos e as-
lários mais justos, para moti-
var os trabalhadores; 
 Comprador: auxilia na aqui-
sição de máquinas e materiais 
mais seguros e menos tóxicos. 
 
Fatores Considerados para 
Projeto de um Sistema de Tra-
balho. 
 
Trabalhador: levam-se em conta 
as características físicas, fisiológi-
cas, sociais e psicológicas, a influên-
cia da idade, treinamento e moti-
vação; 
Máquinas: são todas as ajudas ma-
teriais que o homem utiliza no seu 
trabalho, englobando os equipa-
mentos, ferramentas, mobiliários e 
instalações; 
Ambiente: todas as características 
do ambiente físico que envolve o tra-
balhador durante a realização de sua 
atividade, como temperatura, ruí-
 
 17 
ERGONOMIA APLICADA 
dos, vibração, iluminação, presença 
de poeiras, gases, radiação; 
Informação: formas de comunica-
ção existentes entre os elementos de 
um sistema, a transmissão de
infor-mações, alimentação e tomada de 
decisão; 
Organização: conjunto dos fatores 
anteriores no sistema produtivo, 
envolvendo processos e pessoas, e a 
administração dos mesmos, além da 
cultura da empresa; 
Consequências do trabalho: 
questões de controle como tarefas de 
inspeção, estudos de erros e aciden-
tes, gasto energético, fadiga e es-
tresse. 
 
Aplicações 
 
Intervenção ergonômica: 
 Trabalho fisicamente pesado;
 
 Trabalho em ambientes de 
altas/baixas temperaturas, ba-
rulhento e iluminação inade-
quada; 
 Biomecânicas: postura, cadei-
ras, uso da coluna, uso dos 
membros inferiores e 
superiores, e 
 Organização ergonômica dos 
postos de trabalho – uso do 
computador; 
 Prevenção da fadiga. 
 
Prejuízos para as organizações 
pela falta da ergonomia: 
 Absenteísmo e perda de 
produtividade;
 
 Gastos com afastados;
 
 Indenização pelo dano físico;
 
 Contingente de trabalhador 
com restrição; 
 Deterioração nas relações 
humanas; 
 A pressão do fenômeno LER e 
DORT sobre a empresa. 
 
Soluções ergonômicas: 
 Eliminação do movimento/ 
postura críticos; 
 Pequenas melhorias; 
 Projetos ergonômicos;
 
 Revezamento; 
 Melhoria de método;
 
 Melhoria da organização do 
sistema de trabalho;
 
 Preparação para o trabalho 
(exercício de aquecimento, 
distencionamento e ginástica 
compensatória);
 
 Orientação ao trabalhador e 
cobrar de atitudes corretas; 
 Seleção mínima;
 
 Pausas de recuperação;
 
 Ingerir líquido(água,soro). 
 
Os 05 pré requisitos para a boa 
solução ergonômica; 
1. Biomecânico;
 
2. Epidemiológico; 
3. Fisiológico;
 
4. Psicofísico;
 
5. Produtividade. 
 
Os 04 motivos do alto investi-
mento em ergonomia na atualidade: 
 
 
 18 
ERGONOMIA APLICADA 
1. Porque é o certo de se fazer;
 
2. Quando o custo de não se fazer 
supera o custo de se fazer; 
3. Quando a empresa está muito 
pressionada; - Retorno do in-
vestimento;
 
4. Conforto físico e mental = Efi-
ciência 
 
Os Investimentos em Ergono-
mia, Proporcionam Harmonia 
entre o Homem e o seu Tra-
balho 
 
A ergonomia é uma ciência 
que busca uma integração harmo-
niosa entre o homem e o seu tra-
balho, propiciando benefícios como 
conforto físico e mental. Decorrente 
desta harmonia, obtém-se preven-
ção de patologias ocupacionais e au-
mento da produtividade. Portanto, o 
principal objetivo da Ergonomia é 
que o funcionário trabalhe com Se-
gurança e Conforto para que tenha 
uma melhor eficiência. “Ganham: o 
homem e a empresa.” 
 
Obstáculos para a ergonomia: 
 Anarquia gerencial;
 
 Falta de conhecimento de 
engenharia e método de 
trabalho; 
 Assessoria inadequada;
 
 Valores da empresa: trabalho 
= sofrimento; 
 
 
O Processo de Ergonomia 
 
Processo (em administração), 
é uma seqüência de eventos ou 
atividades de eventos que descreve 
como as coisas mudam no tempo. 
 
Meta Final do Processo de 
Ergonomia 
 
Conseguir reduções significa-
tivas das lesões e doenças relacio-
nadas ao trabalho através da aplica-
ção de princípios ergonômicos cor-
retos. 
 
Os 06 pilares para a eficiência 
do processo de ergonomia 
1. Apoio da alta gerência;
 
2. Participação dos trabalha-
dores;
 
3. Treinamento de ergonomia 
para todas as chefias e em-
pregados;
 
4. Eficácia do serviço médico;
 
5. Estruturação administrativa 
para acompanhar os proble-
mas e as medidas corretivas e 
preventivas (comitê de ergo-
nomia);
 
6. Acompanhamento dos resul-
tados e melhoria contínua. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
ERGONOMIA APLICADA 
3. Embasamento Legal 
 
Fonte: Acquisition International3 
 
Norma Regulamentadora – 
Nr 17 (Ergonomia) 
 
egue texto integral da norma: 
17.1. Esta Norma Regulamen-
tadora visa a estabelecer parâmetros 
que permitam a adaptação das con-
dições de trabalho às características 
psicofisiológicas dos trabalhadores, 
de modo a proporcionar um máximo 
de conforto, segurança e desempe-
nho eficiente. 
17.1.1. As condições de trabalho in-
cluem aspectos relacionados ao le-
vantamento, transporte e descarga 
de materiais, ao mobiliário, aos 
 
3 Retirado em: https://www.acq-intl.com/ 
equipamentos e às condições am-
bientais do posto de trabalho, e à 
própria organização do trabalho. 
17.1.2. Para avaliar a adaptação das 
condições de trabalho às caracterís-
ticas psicofisiológicas dos trabalha-
dores, cabe ao empregador realizar a 
análise ergonômica do trabalho, de-
vendo a mesma abordar, no mínimo, 
as condições de trabalho, conforme 
estabelecido nesta Norma Regula-
mentadora. 
17.2. Levantamento, transporte e 
descarga individual de materiais. 
17.2.1. Para efeito desta Norma Re-
gulamentadora: 
S 
 
 21 
ERGONOMIA APLICADA 
17.2.1.1. Transporte manual de car-
gas designa todo transporte no qual 
o peso da carga é suportado inteira-
mente por um só trabalhador, com-
preendendo o levantamento e a de-
posição da carga. 
17.2.1.2. Transporte manual regu-
lar de cargas designa toda atividade 
realizada de maneira contínua ou 
que inclua, mesmo de forma des-
contínua, o transporte manual de 
cargas. 
17.2.1.3. Trabalhador jovem desig-
na todo trabalhador com idade infe-
rior a 18 (dezoito) anos e maior de 14 
(quatorze) anos. 
17.2.2. Não deverá ser exigido nem 
admitido o transporte manual de 
cargas, por um trabalhador cujo 
peso seja suscetível de comprometer 
sua saúde ou sua segurança. 
17.2.3. Todo trabalhador designado 
para o transporte manual regular de 
cargas, que não as leves, deve 
receber treinamento ou instruções 
satisfatórias quanto aos métodos de 
trabalho que deverá utilizar, com 
vistas a salvaguardar sua saúde e 
prevenir acidentes. 
17.2.4. Com vistas a limitar ou faci-
litar o transporte manual de cargas, 
deverão ser usados meios técnicos 
apropriados. 
17.2.5. Quando mulheres e traba-
lhadores jovens forem designados 
para o transporte manual de cargas, 
o peso máximo destas cargas deverá 
ser nitidamente inferior àquele ad-
mitido para os homens, para não 
comprometer a sua saúde ou a sua 
segurança. 
17.2.6. O transporte e a descarga de 
materiais feitos por impulsão ou 
tração de vagonetes sobre trilhos, 
carros de mão ou qualquer outro 
aparelho mecânico deverão ser exe-
cutados de forma que o esforço físico 
realizado pelo trabalhador seja com-
patível com sua capacidade de força 
e não comprometa a sua saúde ou a 
sua segurança. 
17.2.7. O trabalho de levantamento 
de material feito com equipamento 
mecânico de ação manual deverá ser 
executado de forma que o esforço 
físico realizado pelo trabalhador seja 
compatível com sua capacidade de 
força e não comprometa a sua saúde 
ou a sua segurança. 
17.3. Mobiliário dos postos de 
trabalho. 
17.3.1. Sempre que o trabalho puder 
ser executado na posição sentada, o 
posto de trabalho deve ser planejado 
ou adaptado para esta posição. 
17.3.2. Para trabalho manual sen-
tado ou que tenha de ser feito em pé, 
as bancadas, mesas, escrivaninhas e 
os painéis devem proporcionar ao 
trabalhador condições de boa pos-
tura, visualização e operação e de-
vem atender aos seguintes requisi-
tos mínimos: 
 
 22 
ERGONOMIA APLICADA 
a. Ter altura e características da 
superfície de trabalho compa-
tíveis com o tipo de atividade, 
com a distância requerida dos 
olhos ao campo de trabalho e 
com a altura do assento; 
b. Ter área de trabalho de fácil 
alcance e visualização pelo 
trabalhador; 
c. Ter características dimensio-
nais que possibilitem posicio-
namento e movimentação ade-
quados dos segmentos cor-
porais. 
 
17.3.2.1. Para trabalho que neces-
site também da utilização dos pés, 
além dos requisitos estabelecidos no 
subitem 17.3.2, os pedais e demais 
comandos para acionamento pelos 
pés devem ter posicionamento e 
dimensões que possibilitem fácil 
alcance, bem como ângulos adequa-
dos entreas diversas partes do corpo 
do trabalhador, em função das ca-
racterísticas e peculiaridades do 
trabalho a ser executado. 
17.3.3. Os assentos utilizados nos 
postos de trabalho devem atender 
aos seguintes requisitos mínimos de 
conforto: 
a. Altura ajustável à estatura do 
trabalhador e à natureza da 
função exercida;
 
b. Características de pouca ou 
nenhuma conformação na ba-
se do assento;
 
c. Borda frontal arredondada;
 
d. Encosto com forma levemente 
adaptada ao corpo para pro-
teção da região lombar. 
 
17.3.4. Para as atividades em que os 
trabalhos devam ser realizados sen-
tados, a partir da análise ergonô-
mica do trabalho, poderá ser exigido 
suporte para os pés, que se adapte ao 
comprimento da perna do tra-
balhador. 
17.3.5. Para as atividades em que os 
trabalhos devam ser realizados de 
pé, devem ser colocados assentos 
para descanso em locais em que 
possam ser utilizados por todos os 
trabalhadores durante as pausas. 
17.4. Equipamentos dos postos de 
trabalho. 
17.4.1. Todos os equipamentos que 
compõem um posto de trabalho de-
vem estar adequados às caracterís-
ticas psicofisiológicas dos trabalha-
dores e à natureza do trabalho a ser 
executado. 
17.4.2. Nas atividades que envol-
vam leitura de documentos para di-
gitação, datilografia ou mecano-
grafia deve: 
a. Ser fornecido suporte ade-
quado para documentos que 
possa ser ajustado propor-
cionando boa postura, visua-
lização e operação, evitando 
movimentação freqüente do 
pescoço e fadiga visual; 
 
 23 
ERGONOMIA APLICADA 
b. Ser utilizado documento de 
fácil legibilidade sempre que 
possível, sendo vedada à uti-
lização do papel brilhante, ou 
de qualquer outro tipo que 
provoque ofuscamento. 
 
17.4.3. Os equipamentos utilizados 
no processamento eletrônico de 
dados com terminais de vídeo 
devem observar o seguinte: 
a. Condições de mobilidade su-
ficientes para permitir o ajus-
te da tela do equipamento à 
iluminação do ambiente, pro-
tegendo-a contra reflexos, e 
proporcionar corretos angu-
los de visibilidade ao traba-
lhador; 
b. O teclado deve ser indepen-
dente e ter mobilidade, per-
mitindo ao trabalhador ajus-
tá-lo de acordo com as tarefas 
a serem executadas; 
c. A tela, o teclado e o suporte 
para documentos devem ser 
colocados de maneira que as 
distâncias olho tela, olho 
teclado e olho-documento 
sejam aproximadamente 
iguais; 
d. Serem posicionados em su-
perfícies de trabalho com al-
tura ajustável. 
17.4.3.1. Quando os equipamentos 
de processamento eletrônico de 
dados com terminais de vídeo forem 
utilizados eventualmente poderão 
ser dispensadas as exigências pre-
vistas no subitem 17.4.3, observada 
a natureza das tarefas executadas e 
levando-se em conta a análise 
ergonômica do trabalho. 
17.5. Condições ambientais de 
trabalho. 
17.5.1. As condições ambientais de 
trabalho devem estar adequadas às 
características psicofisiológicas dos 
trabalhadores e à natureza do tra-
balho a ser executado. 
17.5.2. Nos locais de trabalho onde 
são executadas atividades que exi-
jam solicitação intelectual e atenção 
constante, tais como: salas de con-
trole, laboratórios, escritórios, salas 
de desenvolvimento ou análise de 
projetos, dentre outros, são reco-
mendadas as seguintes condições de 
conforto: 
a. Níveis de ruído de acordo 
com o estabelecido na NBR 
10152, norma brasileira re-
gistrada no INMETRO; 
b. Índice de temperatura efetiva 
entre 20oC (vinte) e 23oC 
(vinte e três graus centí-
grados); 
c. Velocidade do ar não supe-
rior a 0,75m/s; 
d. Umidade relativa do ar não 
inferior a 40 (quarenta) por 
cento. 
 
 
 24 
ERGONOMIA APLICADA 
17.5.2.1. Para as atividades que 
possuam as características definidas 
no subitem 17.5.2, mas não apre-
sentam equivalência ou correlação 
com aquelas relacionadas na NBR 
10152, o nível de ruído aceitável para 
efeito de conforto será de até 65 dB 
(A) e a curva de avaliação de ruído 
(NC) de valor não superior a 60 dB. 
17.5.2.2. Os parâmetros previstos 
no subitem 17.5.2 devem ser me-
didos nos postos de trabalho, sendo 
os níveis de ruído determinados pró-
ximos à zona auditiva e as demais 
variáveis na altura do tórax do 
trabalhador. 
17.5.3. Em todos os locais de tra-
balho deve haver iluminação ade-
quada, natural ou artificial, geral ou 
suplementar, apropriada à natureza 
da atividade. 
17.5.3.1. A iluminação geral deve 
ser uniformemente distribuída e 
difusa. 
17.5.3.2. A iluminação geral ou su-
plementar deve ser projetada e ins-
talada de forma a evitar ofusca-
mento, reflexos incômodos, som-
bras e contrastes excessivos. 
17.5.3.3. Os níveis mínimos de ilu-
minamento a serem observados nos 
locais de trabalho são os valores de 
iluminâncias estabelecidos na NBR 
5413, norma brasileira registrada no 
INMETRO. 
17.5.3.4. A medição dos níveis de 
iluminamento previstos no subitem 
17.5.3.3 deve ser feita no campo de 
trabalho onde se realiza a tarefa 
visual, utilizando-se de luxímetro 
com fotocélula corrigida para a 
sensibilidade do olho humano e em 
função do ângulo de incidência. 
17.5.3.5. Quando não puder ser 
definido o campo de trabalho pre-
visto no subitem 17.5.3.4, este será 
um plano horizontal a 0,75m (se-
tenta e cinco centímetros) do piso. 
17.6. Organização do trabalho. 
17.6.1. A organização do trabalho 
deve ser adequada às características 
psicofisiológicas dos trabalhadores e 
à natureza do trabalho a ser 
executado. 
17.6.2. A organização do trabalho, 
para efeito desta NR, deve levar em 
consideração, no mínimo: 
a. As normas de produção;
 
b. O modo operatório;
 
c. A exigência de tempo;
 
d. A determinação do conteúdo 
de tempo; 
e. O ritmo de trabalho; 
f. O conteúdo das tarefas. 
 
17.6.3. Nas atividades que exijam 
sobrecarga muscular estática ou 
dinâmica do pescoço, ombros, dorso 
e membros superiores e inferiores, e 
a partir da análise ergonômica do 
trabalho, deve ser observado o 
seguinte: 
a. Para efeito de remuneração e 
vantagens de qualquer espécie 
 
 25 
ERGONOMIA APLICADA 
devem levar em consideração 
as repercussões sobre a saúde 
dos trabalhadores; 
b. Devem ser incluídas pausas 
para descanso; 
c. Quando do retorno do tra-
balho, após qualquer tipo de 
afastamento igual ou superior 
a 15 (quinze) dias, a exigência 
de produção deverá permitir 
um retorno gradativo aos ní-
veis de produção vigentes na 
época anterior ao afasta-
mento. 
 
17.6.4. Nas atividades de proces-
samento eletrônico de dados, deve-
se, salvo o disposto em convenções e 
acordos coletivos de trabalho, ob-
servar o seguinte: 
a. O empregador não deve pro-
mover qualquer sistema de 
avaliação dos trabalhadores 
envolvidos nas atividades de 
digitação, baseado no número 
individual de toques sobre o 
teclado, inclusive o automa-
tizado, para efeito de remune-
ração e vantagens de qualquer 
espécie; 
b. O número máximo de toques 
reais exigidos pelo emprega-
dor não deve ser superior a 8 
(oito) mil por hora trabalhada, 
sendo considerado toque real, 
para efeito desta NR, cada 
movimento de pressão sobre o 
teclado; 
c. O tempo efetivo de trabalho de 
entrada de dados não deve 
exceder o limite máximo de 5 
(cinco) horas, sendo que, no 
período de tempo restante da 
jornada, o trabalhador poderá 
exercer outras atividades, ob-
servado o disposto no art. 468 
da Consolidação das Leis do 
Trabalho, desde que não exi-
jam movimentos repetitivos, 
nem esforço visual; 
d. Nas atividades de entrada de 
dados deve haver, no mínimo, 
uma pausa de 10 (dez) mi-
nutos para cada 50 (cinquen-
ta) minutos trabalhados, não 
deduzidos da jornada normal 
de trabalho; 
e. Quando do retorno ao traba-
lho, após qualquer tipo de 
afastamento igual ou superior 
a 15 (quinze) dias, a exigência 
de produção em relação ao 
número de toques deverá ser 
iniciado em níveis inferioresdo máximo estabelecido na 
alínea "b" e ser ampliada pro-
gressivamente. 
 
Norma Regulamentadora - Nr 
11 
Normas de segurança para 
operação de elevadores, guindastes, 
transportadores industriais e má-
 
 26 
ERGONOMIA APLICADA 
quinas transportadoras. Os equipa-
mentos utilizados na movimentação 
de materiais, tais como ascensores, 
elevadores de carga, guindastes, 
monta-carga, pontes-rolantes, ta-
lhas, empilhadeiras, guinchos, estei-
ras-rolantes, transportadores de 
diferentes tipos, serão calculados e 
construídos de maneira que ofere-
çam as necessárias garantias de 
resistência e segurança e conser-
vados em perfeitas condições de 
trabalho. 
 
Homem X Máquina 
 
O uso de máquinas em subs-
tituição ao homem ocorre cada vez 
mais, devido à força, rapidez, pre-
cisão, confiabilidade e “inteligên-
cia”. Para um projeto de sistema de 
trabalho envolvendo máquinas e ho-
mens, deve-se decidir quais funções 
serão realizadas por um e por outro, 
considerando o aspecto econômico; 
para casos de operações perigosas 
em ambientes hostis, o aspecto de 
segurança faz optar pela máquina. 
 
 
Fonte: Automotive Business 
Quando o homem e a máquina 
se equivalem, deve ser observado 
que o homem tem desempenho fle-
xível mas inconsistente, e a máquina 
tem desempenho consistente mas 
inflexível. 
 
Normas de Segurança do 
Trabalho em Atividades de 
Transporte de Sacas. 
 
Denomina-se para fins de 
aplicação da presente regulamen-
tação a expressão "Transporte ma-
nual de sacos" toda atividade reali-
zada de maneira contínua ou des-
contínua, essencial ao transporte 
manual de sacos, na qual o peso da 
carga é suportado, integralmente, 
por um só trabalhador, compre-
endendo também o levantamento e 
sua deposição. 
Fica estabelecida a distância 
máxima de 60,00m (sessenta me-
tros) para o transporte manual de 
um saco. 
Além do limite previsto nesta 
norma, o transporte de carga deverá 
ser realizado mediante impulsão de 
vagonetes, carros, carretas, carros-
de-mão apropriados, ou qualquer 
tipo de tração mecanizada. 
Na operação manual de carga 
e descarga de sacos, em caminhão 
ou vagão, o trabalhador terá o auxí-
lio de ajudante. 
 
 
 27 
ERGONOMIA APLICADA 
Nr 15 – Atividades e Operações 
Insalubres 
 
Dispõe sobre as condições am-
bientais no trabalho, que devem es-
tar adequadas ao trabalhador e á na-
tureza da atividade desenvolvida. 
As condições desfavoráveis, 
como excesso de ruído, calor/frio, 
vibração e iluminação podem causar 
desconforto, aumentando o risco de 
acidentes e causando doenças ocu-
pacionais. 
Esta norma estabelece limites 
de exposição para estes fatores que 
se encontram nas atividades profis-
sionais, além de regulamentar as 
atividades insalubres. 
 
As Condições Ambientais de 
Trabalho X Características Psi-
cofisiológicas dos Trabalha-
dores 
 
Nos locais de trabalho onde 
são executadas atividades que exi-
jam solicitação intelectual e atenção 
constante, tais como: salas de con-
trole, laboratórios, escritórios, salas 
de desenvolvimento ou análise de 
projetos, dentre outros, são reco-
mendadas condições de conforto. 
 
Ruído 
 
Som: é uma vibração que se pro-
paga pelo ar em forma de ondas e 
que é percebida pelo ouvido. É uma 
sensação agradável, em nível supor-
tável e que não irrita. Ex. ouvir uma 
música em nível agradável, o cantar 
de um pássaro, etc. 
Barulho: é um SOM prejudicial à 
saúde humana. Causa sensação de-
sagradável e irritante. Ex. barulho 
de motores, máquinas, martelete, 
etc. 
O ruído industrial está presen-
te em quase todas as atividades in-
dustriais e é um indicativo de manu-
tenção deficiente das máquinas, 
acarretando folgas, vazamentos, 
vibrações, comprometendo a saúde 
de uma parcela significativa dos tra-
balhadores. 
O nível de ruído aceitável para 
efeito de conforto será de até 65 dB 
(A) e a curva de avaliação de ruído 
(NC) de valor não superior a 60 dB. 
 
Calor/Frio 
 
Calor: o calor é um risco físico fre-
quentemente presente em uma série 
de atividades profissionais desen-
volvidas nas indústrias com proces-
sos de liberações de grandes quan-
tidades de energia térmica. 
É sabido que o homem que 
trabalha em ambientes de alta tem-
peratura sofre de fadiga, seu ren-
dimento diminui, ocorrem erros de 
percepção e raciocínio e aparecem 
sérias perturbações psicológicas que 
podem conduzir a esgotamento. 
 
 28 
ERGONOMIA APLICADA 
Em algumas pessoas não acos-
tumadas a trabalhar em ambientes 
quentes, podem aparecer sintomas 
de redução da sua capacidade senso- 
motora. Outras mudanças compor-
tacionais podem ser verificadas, 
como a redução do esforço de tra-
balho, retirada de roupa ou trans-
piração em ambientes frios. Em al-
guns casos, um processo de aclima-
tação pode reduzir os problemas 
aventados. 
Frio: A exposição ocupacional ao 
frio intenso pode constituir pro-
blema sério a saúde, o conforto e a 
eficiência do trabalhador. Trabalhos 
ao ar livre em clima frio são em-
contrados em regiões de grandes 
altitudes, bem como em algumas 
zonas temperadas no período do 
inverno. 
Fora das atividades realizadas 
ao ar livre, o frio intenso ainda é 
encontrado em ambientes artificiais, 
como as câmaras frigoríficas de con-
servação, que implicam em expo-
sição a temperaturas bastante re-
duzidas. 
Estudos realizados na indús-
tria norte-americana, no início do 
século XX, evidenciaram que a inci-
dência de lesões por acidentes era 
menos a uma temperatura de 18o C 
que em outras inferiores ou supe-
riores á está. O Aumento da fre-
quência de acidentes em baixas tem-
peraturas foi atribuído à perda da 
destreza manual. O frio pode causar 
danos locais nos tecidos, como a 
redução da temperatura interna do 
corpo (hipotermia). 
O índice de temperatura efe-
tiva para efeito de conforto é entre 
20oC (vinte) e 23oC (vinte e três 
graus centígrados); 
 
Radiação Visível – Iluminação. 
 
A utilização de uma ilumina-
ção adequada proporciona um am-
biente de trabalho agradável, me-
lhorando as condições de supervisão 
e diminuindo a possibilidade de 
acidentes. 
Entende-se por radiação visí-
vel, a faixa do espectro eletromag-
nético capaz de ser detectada pelo 
olho humano. A sensibilidade do a 
esta região visível varia, depen-
dendo do comprimento da onda das 
radiações que estão incidindo sobre 
a retina. 
Determinar a iluminação ne-
cessária a um ambiente significa 
estabelecer a intensidade e distri-
buição da radiação visível, adequada 
ao tipo de atividade e ás carac-
terísticas do local, bem como sugerir 
alterações para este, a fim de pro-
porcionar melhores condições de 
trabalho e, consequentemente, ma-
ior eficiência e conforto. 
Os níveis mínimos de ilumina-
mento a serem observados nos lo-
 
 29 
ERGONOMIA APLICADA 
cais de trabalho são os valores de 
iluminâncias estabelecidos na NBR 
5413, norma brasileira registrada no 
INMETRO. 
 
A Cor no Ambiente de Local de 
Trabalho 
 
Segundo Pilotto (1980) xii, o 
uso da cor no ambiente de local de 
trabalho é um fator muito impor-
tante, por representar um auxiliar 
eficiente na promoção da saúde, se-
gurança e bem estar dos traba-
lhadores. 
Para Kwallek (1990) xiii, a cor 
no local de trabalho pode aumentar 
o humor e a produtividade do indi-
víduo ao gerar sensações de confor-
to, dinamismo e bem estar. 
Assim, a cor pode melhorar e 
transformar os aspectos funcionais 
(físicos) e os aspectos formais (este-
ticos) do ambiente de trabalho. Por 
tal capacidade Birren (in Déribéré, 
1968) xiv afirma que a cor tem sido 
reconhecida como um significativo 
componente de adaptação ao tra-
balho, ao proporcionar uma melhor 
interação entre o homem, a tarefa 
realizada e o espaço no qual está 
inserido. 
Estudos de diversos autores 
sugerem que a cor pode ser usada 
para auxiliar os indivíduos a se sen-tirem fisicamente e emocionalmente 
mais confortáveis nos ambientes de 
trabalho (Cassell, 1993) xv. Tais es-
tudos sustentam a noção de que a 
cor é capaz de propiciar, ao induzir 
sentimentos de conforto, bem estar, 
dinamismo e contentamento: 
 Reações psicológicas positi-
vas, reações estas relacionadas 
ao humor, satisfação e mo-
tivação; 
 Aumento no desempenho do 
trabalhador, resultando em 
maior produtividade; 
 Melhoria no padrão de qua-
lidade do trabalho desem-
penhado; 
 Menor fadiga visual, através 
da adaptação dos contrastes; 
 Redução do índice de 
acidentes; 
 Melhoria no clima social de 
trabalho; 
 Facilidade de conservação e 
limpeza do ambiente.
 
 
Em relação aos estudos sobre 
as reações psicológicas das cores, ou 
seja, a ação das cores 
sobre o hu-
mor, a satisfação e a motivação, co-
mo em todo o campo de conheci-
mento há idéias que se contradizem. 
Todavia, o desenvolvimento de estu-
dos sobre o tema é altamente rele-
vante, pois de acordo com Stone 
(2001) xvi, determinar o impacto do 
arranjo físico e das cores do ambien-
te sobre o humor, a satisfação, a mo-
tivação e o desempenho do indiví-
duo pode ser útil para o projeto de 
ambientes de local de trabalho. 
 
 30 
ERGONOMIA APLICADA 
Vibrações 
 
É o movimento, oscilação, ba-
lanço de objetos, de coisas. Quando, 
através do tato, sentimos a oscilação 
de uma corda de violão, sabemos 
intuitivamente o que é uma vibra-
ção. Podemos dizer que ela está vi-
brando e, inclusive, ver-lhe o movi-
mento. 
De fato todos os objetos 
materiais podem vibrar. Contudo, 
nem sempre podemos perceber o 
movimento através do tato. Por 
exemplo, o ar ao redor da corda 
também se movimenta, e o tato nada 
nos indica, apesar de as duas 
oscilações serem semelhantes. 
Por costume, se a oscilação for 
facilmente detectada pelo tato, ela é 
chamada simplesmente de vibração. 
Se for detectável pelo sistema 
auditivo, é chamada de som ou 
vibração sonora. 
Do ponto de vista da higiene 
do trabalho, interessa determinar as 
características das vibrações ou dos 
sons que podem causar efeito noci-
vo, com objetivo de especificar me-
didas de controle tais que eliminem 
ou reduzam os riscos a níveis supor-
táveis e compatíveis com a preser-
vação da saúde. 
 
“Em trabalhos com equipamen-
tos do tipo martelete, o ser 
humano pode adquirir proble-
mas do tipo ósteo-articular e 
muscular.” 
No começo, encontram-se a 
artrose do cotovelo, necrose dos os-
sos e dedos, deslocamentos anatô-
micos, posteriormente podem ocor-
rer à doença de Raynaud(dedos 
brandos), e problemas nervosos, 
alterando a sensibilidade táctil. 
 
Antropometria 
 
A antropometria estuda as di-
mensões físicas e proporções do cor-
po humano. 
O conhecimento dessas medi-
das e como saber usá-las é muito im-
portante na determinação dos diver-
sos aspectos relacionados ao posto 
de trabalho, no sentido de se manter 
uma boa postura, e também de pro-
dutos e equipamentos destinados ao 
uso humano, etc. 
Por falta de consideração na-
tropométrica, uma série de proble-
mas pode ocorrer para o traba-
lhador: 
 Pode haver esforço excessivo 
para alcançar controles ou 
peças. 
 Pode haver dor lombar pelo 
fato de as costas terem que se 
encurvar para buscar peças 
distantes; nessa situação, tam-
bém pode haver dor um pouco 
mais acima (denominada dor-
salgia). 
 Pessoas altas podem bater a 
cabeça ou, o que é mais 
comum, terão que se encurvar 
e sentirão dor nas costas. 
 
 31 
ERGONOMIA APLICADA 
 Pessoas de compleição física 
maior em geral terão dificul-
dade em executar alguns tra-
balhos em locais apertados. 
 Se as mãos do trabalhador fo-
rem muito pequenas, ele po-
derá ter dificuldade para con-
seguir segurar com firmeza 
cabos de ferramentas grandes 
ou mesmo recipientes gran-
des; se forem muito grandes 
pode haver dificuldade de 
firmar objetos. 
 Se a pessoa for baixa, pode ter 
dificuldade para ver acima da 
carga que está carregando em 
uma empilhadeira ou carrinho 
de mão; ou pode ter dificul-
dade de fazer leitura em mos-
tradores ou operar painéis de 
controle. 
 Ainda, pessoas baixas terão 
dificuldade para manusear 
ferramentas nos postos de 
trabalho, pois muitas vezes 
terão que elevar os ombros em 
posição desconfortável. 
 
 
 
Fonte: 
https://www.bbc.com/portuguese/ge
ral-50208301 
 
O problema mais prático com 
o qual a Antropometria se defronta 
está relacionado às diferentes di-
mensões das pessoas, de tal forma 
que uma altura boa para uma pessoa 
não é necessariamente boa para 
outra. 
 
A solução comumente encon-
trada está na flexibilidade, mas co-
mo essa, muitas vezes custa muito 
caro se depender de mecanismos de 
ajustes. A solução mais prática e me-
nos dispendiosa está no estabele-
cimento de padrões, de porcen-
tagens e de saber usá-los adequada-
mente no planejamento do trabalho. 

Quando e como usar as tabelas 
antropométricas no planejamento 
da ergonomia do posto de trabalho: 
 Em diversas situações é des-
necessário qualquer ajuste no 
posto de trabalho, pois o mês-
mo, embora desprovido de re-
gulagens, atende à grande 
maioria dos trabalhadores. 
 Em algumas situações, a regu-
lagem deve estar no posto de 
trabalho, sendo desnecessário 
o uso de tabelas antropomé-
tricas. 
 Caso os princípios acima não 
se apliquem, calcular a altura 
do posto de trabalho baseado 
em dados antropométricos da 
população. Não projetar pela 
média, projetar pelas porcen-
tagens mais adequadas. 
 Caso a situação seja de alcan-
ce, considerar a porcentagem 
 
 32 
ERGONOMIA APLICADA 
menor da população feminina. 
 Caso a situação seja de espaço, 
considerar a porcentagem ma-
ior da população masculina. 
 Os comandos de máquinas de-
vem estar entre a altura do 
púbis e a altura do ombro. 
 
Existem situações em que o 
projeto é dimensionado deliberada-
mente para um dos extremos da 
população como, por exemplo, um 
painel de controle que deve ser 
alcançado com os braços, deve ser 
dimensionado a sua altura pelo 
usuário mais baixo, ou ainda uma 
porta deve ser dimensionada para as 
pessoas mais altas (se fosse dimen-
sionada para as pessoas de estatura 
média, uma boa parte das pessoas 
bateria a cabeça, pois tem estatura 
acima da média). 
A figura acima mostra que 
mesmo quando se faz um projeto 
abrangente, levando-se em conside-
ração um maior número de pessoas 
atendidas, por exemplo, em relação 
à altura, sempre haverá os extremos 
que não serão atendidos. 
 
Uso de Tabelas Antropomé-
tricas Adequadas 
 
As tabelas antropométricas 
apresentam as dimensões do corpo, 
pesos e alcances dos movimentos e 
referem-se sempre a uma determi-
nada população e nem sempre po-
dem servir de referência para outras 
populações. 
A tabela abaixo apresenta as 
dimensões de ingleses adultos. As 
dimensões referem-se a homens e 
mulheres nus e descalços. 
As três colunas da tabela têm o 
seguinte significado:
 
Baixos: significa que existem 5% da 
população adulta abaixo disso; 
Médios: média de todos os homens 
e mulheres adultos;
 
Altos: significa que existem 5% da 
população acima destes valores ou 
que95% dessa população está 
abaixo. 
 
 
 
 
 
 33 
ERGONOMIA APLICADA 
Item Medidas em cm 
Baixos Médios Altos 
Em pé 
1. Estatura 150,5 167,5 185,5 
2. Alcance horizontal para agarrar 65,0 74,5 83,5 
3. Profundidade do tórax 21,0 25,0 28,5 
4. Alcance vertical para agarrar 179,0 198,3 219,0 
5. Altura dos olhos 140,5 156,8 174,5 
6. Altura dos ombros 121,5 136,8 153,5 
7. Altura do cotovelo 93,0 104,4 118,0 
8. Altura do punho 86,0 73,8 82,5 
Sentado 
11. Altura (a partir do assento) 79,5 88,0 96,5 
12. Altura olhos-assento 68,5 76,5 84,5 
13. Altura do cotovelo-assento 18,5 24,0 29,5 
14. Altura poplítea 35,5 42,0 49,0 
15. Comprimento do antebraço 30,4 34,3 38,7 
16. Comprimento nádegas-poplítea 43,5 48,8 55,0 
17. Comprimentonádegas-joelho 52,0 58,3 64,5 
Peso (kg) 44,1 68,5 93,7 
 
 
No Brasil ainda não existem 
medidas antropométricas normali-
zadas da população. Hoje há estu-
dos, levantamento de dados para 
que se possa definir um padrão na-
tropométrico que atenda a popu-
lação brasileira. 
 
A própria composição étnica, 
bastante heterogênea, da população 
brasileira e o processo de miscigena-
ção, além dos desníveis socioeconô-
micos que tem profunda influência 
sobre as medidas corporais, a partir 
de variantes nutricionais, dificultam 
o estabelecimento de padrões antro-
pométricos. 
 
Antropometria Estática e Di-
nâmica 
 
A antropometria estática está se 
referindo as medidas do corpo para-
do - utilizada para projetos de pro-
dutos sem partes móveis ou com 
pouco movimento. 
 
 34 
ERGONOMIA APLICADA 
A antropometria dinâmica estu-
da os limites de movimentos de cada 
parte do corpo, cuidando para que 
cada pessoa possa mover-se sem 
haver solicitação de esforço físico 
além do necessário, com segurança e 
preservando a saúde através da pos-
tura e dos movimentos adequados 
ao trabalhar. 
 
 
1. Estatura; 
2. Altura dos olhos; 
3. Altura dos ombros; 
4. Altura dos cotovelos; 
5. Altura dos quadris; 
6. Altura do punho; 
7. Altura da ponta dos dedos; 
8. Altura do alto da cabeça (pes-
soa sentada); 
9. Altura dos olhos (pessoa 
sentada); 
10. Alturadosombros(pessoa 
sentada); 
11. Altura dos cotovelos (pessoa 
sentada); 
12. Espessura das coxas dedos;
 
13. Comprimento nádegas-joelho; 
14. Comprimento nádegas-dobra 
interna do joelho; 
15. Altura dos joelhos; 
16. Altura da dobra interna do 
joelho; 
17. Largura dos ombros (del-
tóide); 
18. Largura dos ombros (crista da 
escápula); 
19. Largura dos quadris;
 
20. Profundidade do tórax;
 
21. Profundidade do abdômen; 
22. Comprimento ombro - coto-
velo; 
23. Comprimento cotovelo-ponta 
dos; 
24. Comprimento do braço;
 
25. Comprimento do ombro-pega; 
26. Profundidade da cabeça; 
27. Largura da cabeça;
 
28. Comprimento da mão; 
29. Largura da mão;
 
30. Comprimento do pé; 
31. Largura do pé; 
32. Envergadura; 
33. Envergadura dos cotovelos; 
34. Altura de pega (em pé);
 
35. Altura de pega (sentado); 
36. Alcance frontal de pega. 
 
A utilidade de algumas dessas 
medidas está exemplificada a seguir: 
 Altura do alto da cabeça (pes-
soa sentada): determinar as 
distâncias entre o topo da ca-
beça e qualquer estrutura aci-
ma dela (apoio de cabeça em 
banco de veículos, espaços in-
teriores etc.). 
 Altura dos olhos (pessoa sen-
tada): determinar a linha de 
visão em relação a qualquer 
ponto desejado (estabelecer a 
 
 35 
ERGONOMIA APLICADA 
altura de terminais, painéis, 
visores, altura de cadeira de 
auditórios etc.). 
 Altura dos joelhos: determinar 
a distância do chão até a parte 
inferior do tampo da mesa. 
 Altura dos cotovelos (pessoa 
sentada): determinar a altura 
de apoio para os braços de 
cadeiras, poltronas, superfí-
cies de mesas de trabalho etc. 
 Altura da dobra interna do 
joelho: determinar a altura do 
assento para trabalhos realiza-
dos na posição sentada. 
 Comprimento nádegas-dobra 
interna do joelho: determinar 
a profundidade de assentos. 
 Comprimento nádegas-joelho: 
determinar a distância entre a 
parte posterior do assento e 
qualquer obstáculo físico ou 
objeto em frente aos joelhos. 
 Largura dos quadris: determi-
nar a largura dos assentos.
9. 
Largura entre os cotovelos: de-
terminar a distância entre os 
apoios de braços das cadeiras e 
os espaços entre os assentos ao 
redorde mesas.
 
 Comprimento do pé: determi-
nar o comprimento do apoio 
para os pés e de pedais.
 
 Largura do pé: determinar a 
largura de apoio para os pés. 
 Comprimento da mão: dimen-
sionar tamanho de pegas de 
ferramentas, tamanho de 
luvas.
 
 Perímetro da mão: dimensio-
nar a largura de luvas e de pe-
gas deferramentas.
 
 Espessura da coxa: determinar 
a distância entre o plano doa-
ssento e a altura sob a mesa.
 
 Estatura: determinar a altura 
mínima para portas e vãos.
 
 Altura dos olhos: determinar a 
linha de visão em relação a 
qualquer ponto desejado (em 
teatros, auditórios etc.) e para 
estabelecer a altura de diviso-
rias, sinalizadores, quadros de 
avisos etc. 
 Altura dos ombros: determi-
nar a altura de alcance do bra-
ço na posição em pé. 
 Altura dos cotovelos: determi-
nar a altura de bancadas para 
trabalhos moderados. 
 Altura de pega: determinar a 
altura máxima de alcance do 
braço em relação ao solo, 
como interruptores, alavan-
cas, estantes, cabides, contro-
les etc. 
 Alcance do braço: distância 
horizontal da parte posterior 
até a extremidade do dedo 
indicador, estando o indivíduo 
com as costas apoiadas na 
parede. Utilidade: determinar 
a distância de alcance máximo 
no posto de trabalho (painéis, 
mostradores etc.). 
 Altura dos quadris: determi-
nar a altura da bancada para 
trabalhos pesados. 
 
36 
 
 
 
 37 
ERGONOMIA APLICADA 
4. Biomecânica do Corpo – Posturas 
 
 
Fonte: BlogAlmanza 4 
 
na postura inadequada que as 
lesões são acentuadas. 
Por isso tratamos aqui de três 
pontos fundamentais para a preven-
ção de problemas relacionados à Er-
gonomia: 
 O levantar peso; 
 O sentar-se; 
 E o estar em pé. 
 
A postura em que a atividade é 
realizada, define o grau de conforto 
do trabalhador. A distribuição do 
peso do corpo é desigual entre suas 
 
4 Retirado em https://blog.almanza.com.br/ 
partes, desde a cabeça, tronco e 
membros; conforme a postura, este 
peso pode ser fator de cansaço. 
O Ser humano, em diversos 
aspectos, pode ser comparado a uma 
máquina. Muito do conhecimento 
da ergonomia aplicada ao trabalho 
advém do estudo da mecânica da 
máquina humana. Os engenheiros 
mecânicos têm desenvolvido estu-
dos analisando as características 
mecânicas desta máquina, e com 
isso deduzindo uma série de concei-
E 
 
 38 
ERGONOMIA APLICADA 
tos importantes na adaptação do ser 
humano ao trabalho. 
A máquina humana tem pouca 
capacidade de desenvolver força 
física no trabalho. O sistema osteo-
muscular do ser humano o habilita a 
desenvolver movimentos de grande 
velocidade e de grande amplitude, 
porém contra pequenas resistências. 
 
Levantamento de Peso 
 
Não há qualquer problema em 
levantar cargas do chão agachando e 
levantando com as pernas (posição 
agachada), como também não há 
problema em levantar fletindo o 
tronco com as pernas estendidas 
(posição fletida), desde que sejam 
observados os cuidados comple-
mentares. Para cargas volumosas, 
deve ser utilizada a posição semi-
fletida: dobra-se as pernas um certo 
tanto, e encurva-se o tronco um 
certo tanto. 
Para peças que possam ser 
pegas apenas com uma mão no inte-
rior de caixas ou caçamba: apoiar 
um dos braços na borda da caçamba 
e levantar com a outra; isto alivia a 
força de compressão nos discos 
intervertebrais. 
Naturalmente a posição incor-
reta e/ou peso excessivo tem alguns 
inconvenientes, como: dores Lom-
bares, entorses e deslocamento de 
discos. Para tornar seu trabalho 
mais fácil, siga estas avaliar as se-
guintes situações:
 
 Tamanho, a forma e o volume 
da carga; 
 A existência de pontas ou 
rebarbas;
 
 Comunicação eficaz, quando 
levantar em duas pessoas; 
 A necessidade de utilizar EPI;
 
 Aplicar a técnica correta de 
levantamento de peso avalian-
do sempre o peso da carga; na 
posição agachada, a carga a ser 
pega do chão é 15Kg, na 
posição fletida a carga a ser 
pega do chão é 18Kg, Nas me-
lhores condições: 23 Kg(carga 
elevada, próxima do corpo). 
 
Técnica Correta de Levanta-
mento de Peso 
 
 
A Predominância das Ala-
vancas 
 
Todas as vezes que colocamos 
interagindo um segmento rígido, 
girando sobre um ponto de apoio ou 
fulcro, submetido à ação de uma 
 
 39 
ERGONOMIA APLICADA 
força ou potência que age contra 
umaresistência, temos uma ala-
vanca. 
Pode se fazer raciocínio seme-
lhante para interpretar as funções 
do sistema osteomuscular do ser hu-
mano: o segmento rígido é o osso, o 
ponto de apoio ou fulcro é a arti-
culação, a potência é exercida pelos 
músculos e a resistência é o peso do 
segmento corpóreo, ou mesmo um 
peso que esteja sendo levantado. 
Na mecânica são descritos 03 
tipos de alavancas, dependendo da 
posição relativa dos diversos com-
ponentes: 
 
Alavanca de 1° grau 
 
Neste tipo, o ponto de apoio se 
encontra entre a potência e a resis-
tência. É fácil compreender que 
quanto maior for à distância da 
potência ao ponto de apoio, tanto 
menor terá que ser a potência neces-
sária para vencer uma determinada 
resistência. Surge assim, um concei-
to extremamente importante em 
biomecânica, qual seja, o braço de 
potência e de braço de resistência. 
Braço de potência é à distância da 
potência ao ponto de apoio, e braço 
de resistência, é à distância da resis-
tência ao ponto de apoio. Assim, 
quanto maior o braço de potência, 
tanto menor terá que ser a força para 
equilibrar ou vencer uma determi-
nada resistência. 
 
 
 
Alavanca de 2° grau 
 
Aqui, como o braço de potên-
cia é sempre maior que o braço de 
resistência, a intensidade da força 
necessária para vencer uma deter-
minada resistência é sempre menor 
que o valor nominal da resistência. 
Este tipo de alavanca não é prati-
camente encontrado nos segmentos 
do nosso corpo. Quando o ser hu-
mano tiver que fazer força ao 
executar uma tarefa, deve-se propi-
ciar-lhe a existência de uma boa 
alavanca de 2o grau, aumentando-se 
ao máximo o braço de potência. 
 
 
 
 
 
 
 Professor: Edgar Martins Neto 
 
23 
 elhante para interpretar as funções do sistema 
scular do ser humano: o segmento rígido é o osso, o ponto de apoio ou fulcro é a 
rticulação, a potência é exercida pelos músculos e a resistência é o peso do segmento 
orpóreo, ou mesmo um peso que esteja sendo levantado. 
 Na mec 03 tipos de alavancas, d lativa dos 
iversos compon
 neste tipo, o ponto de apoio se encontra entre a potência e a 
erá que ser a força para equilibrar ou vencer 
ma determinada resistência. 
Alavanca de 3º grau: sua característica básica, é que o braço de potência é sempre menor 
ue o braço de resistência. Em outras palavras, para vencer uma determinada resistência, há 
mpre necessidade de se desenvolver um esforço físico bem maior do que o valor nominal da 
a 
osteomuscular. Se por um lado este tipo de alavanca apresenta grande desvantagem mecânica 
 Pode se fazer raciocínio sem
osteomu
a
c
 ânica são descritos ependendo da posição re
d
 - Alavanca de 1º grau:
entes: 
resistência. É fácil compreender que quanto maior for à distância da potência ao ponto de 
apoio, tanto menor terá que ser a potência necessária para vencer uma determinada 
resistência. Surge assim, um conceito extremamente importante em biomecânica, qual seja, o 
braço de potência e de braço de resistência . Braço de potência é à distância da potência ao 
ponto de apoio, e braço de resistência, é à distância da resistência ao ponto de apoio. Assim, 
quanto maior o braço de potência, tanto menor t
u
 
 APOIO(articulação) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Alavanca de 2º grau: aqui, como o braço de potência é sempre maior que o braço de 
resistência, a intensidade da força necessária para vencer uma determinada resistência é 
sempre menor que o valor nominal da resistência. Este tipo de alavanca não é praticamente 
encontrado nos segmentos do nosso corpo. Quando o ser humano tiver que fazer força ao 
executar uma tarefa, deve-se propiciar-lhe a existência de uma boa alavanca de 2º grau, 
aumentando-se ao máximo o braço de potência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 
q
se
resistência a ser vencida. Este é o tipo de alavanca predominante no nosso sistem
 RESISTÊNCIA 
 (peso levantado)
 POTÊNCIA(músculos) 
 RESISTÊNCIA
 (peso levantado)
 POTÊNCIA(músculos) 
 APOIO(articulação) 
 
Apoio (articulação) 
Resistencia 
(Peso levantado) 
Potencia (músculo) 
 
 
 Professor: Edgar Martins Neto 
 
23 
 elhante para interpretar as funções do sistema 
scular do ser humano: o segmento rígido é o osso, o ponto de apoio ou fulcro é a 
rticulação, a potência é exercida pelos músculos e a resistência é o peso do segmento 
orpóreo, ou mesmo um peso que esteja sendo levantado. 
 Na mec 03 tipos de alavancas, d lativa dos 
iversos compon
 neste tipo, o ponto de apoio se encontra entre a potência e a 
erá que ser a força para equilibrar ou vencer 
ma determinada resistência. 
Alavanca de 3º grau: sua característica básica, é que o braço de potência é sempre menor 
ue o braço de resistência. Em outras palavras, para vencer uma determinada resistência, há 
mpre necessidade de se desenvolver um esforço físico bem maior do que o valor nominal da 
a 
osteomuscular. Se por um lado este tipo de alavanca apresenta grande desvantagem mecânica 
 Pode se fazer raciocínio sem
osteomu
a
c
 ânica são descritos ependendo da posição re
d
 - Alavanca de 1º grau:
entes: 
resistência. É fácil compreender que quanto maior for à distância da potência ao ponto de 
apoio, tanto menor terá que ser a potência necessária para vencer uma determinada 
resistência. Surge assim, um conceito extremamente importante em biomecânica, qual seja, o 
braço de potência e de braço de resistência . Braço de potência é à distância da potência ao 
ponto de apoio, e braço de resistência, é à distância da resistência ao ponto de apoio. Assim, 
quanto maior o braço de potência, tanto menor t
u
 
 APOIO(articulação) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Alavanca de 2º grau: aqui, como o braço de potência é sempre maior que o braço de 
resistência, a intensidade da força necessária para vencer uma determinada resistência é 
sempre menor que o valor nominal da resistência. Este tipo de alavanca não é praticamente 
encontrado nos segmentos do nosso corpo. Quando o ser humano tiver que fazer força ao 
executar uma tarefa, deve-se propiciar-lhe a existência de uma boa alavanca de 2º grau, 
aumentando-se ao máximo o braço de potência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 
q
se
resistência a ser vencida. Este é o tipo de alavanca predominante no nosso sistem
 RESISTÊNCIA 
 (peso levantado)
 POTÊNCIA(músculos) 
 RESISTÊNCIA
 (peso levantado)
 POTÊNCIA(músculos) 
 APOIO(articulação) 
 
Apoio 
(articulação
) 
Resistência (Peso 
levantado) 
Potência 
(músculos) 
 
 40 
ERGONOMIA APLICADA 
Alavanca de 3° grau 
 
Sua característica básica, é que 
o braço de potência é sempre menor 
que o braço de resistência. Em 
outras palavras, para vencer uma 
determinada resistência, há sempre 
necessidade de se desenvolver um 
esforço físico bem maior do que o 
valor nominal da resistência a ser 
vencida. Este é o tipo de alavanca 
predominante no nosso sistema 
osteomuscular. Se por um lado este 
tipo de alavanca apresenta grande 
desvantagem mecânica quando se 
trata de vencer resistências, ele 
apresenta uma vantagem acentuada 
no que se refere à velocidade e 
amplitude dos movimentos, pois é 
fácil entender que (como no exem-
plo da figura abaixo), uma contração 
de 1cm do músculo bíceps equivale a 
um deslocamento de aproximada-
mente 15cm da ponta dos dedos. 
 
 
Maquina Humana 
 
O ser humano é adaptado a 
fazer contrações musculares dinâ-
micas, mas tem pouca adaptação 
para fazer contrações musculares 
estáticasnas quais ocorre dor mus-
cular intensa e fadiga precoce, devi-
do ao acúmulo do ácido lático e ou-
tros metabólitos. 
As situações de fadiga por es-
forço muscular estático são aliviadas 
pelo relaxamento do músculo, du-
rante o qual ocorre o fluxo do sangue 
e remoção das substâncias tóxicas 
produzidas durante o esforço. 
Os músculos têm força, resis-
tência, flexibilidade, velocidade, po-
tência, agilidade, equilíbrio e coor-
denação. 
Definições: 
 Força: potência máxima que 
pode ser exercida numa única 
contração voluntária; 
 Resistência: capacidade de re-
petição de contrações ou o 
tempo de sustentação do es-
forço; 
 Flexibilidade: amplitude de 
movimento através da qual os 
membros são capazes de 
mover-se; 
 Velocidade: tempo de reação e 
o tempo de movimento; muito 
útil em atividades esportivas; 
 Potência: combinação de força 
e velocidade (distância percor-
rida pelo músculo em deter-
minada carga em determinado 
tempo); 
 
 Agilidade: capacidade de mu-
dar de direção e posição rapi-
damente, com precisão e sem 
perda do equilíbrio; 
 Equilíbrio: capacidade de 
manter o posicionamento cor-
Potencia (músculos) 
Apoio 
(articulação) 
Resistência 
(peso 
levantado) 
 
 41 
ERGONOMIA APLICADA 
reto do corpo durante movi-
mentos vigorosos. 
 Coordenação: relação harmo-
niosa entre os movimentos 
repetidos e de alta velocidade. 
 
Compatível com essas carac-
terísticas, no aproveitamento racio-
nal do ser humano no trabalho, as 
regras abaixo devem ser aplicadas: 
 Nunca usar esforço excessivo 
sobre o trabalhador de uma só 
vez;
 
 Praticar ginástica de aque-
cimento e alongamento no iní-
cio dasjornadas de trabalho;
 
 Garantir a adaptação grada-
tiva do automatismo dos mo-
vimentos; 
 
O limite de segurança para 
algum esforço físico isolado é de 
50% da força máxima (acima desse 
valor aumenta a incidência de 
distúrbios e lesões). 
Quanto mais freqüente é o 
esforço, menor é a porcentagem da 
força máxima que pode ser usada. 
A melhor postura para traba-
lhar é aquela em que o corpo alterna 
as diversas posições: sentado, de pé, 
andando. 
A Máquina humana é adapta-
da para movimentos de grande velo-
cidade, de grande amplitude, porém 
somente contra pequenas resistên-
cias, desta forma temos que seguir 
as regras abaixo: 
 Diminuição do peso dos 
objetos;
 
 Carrinhos com elevação ma-
nual lenta;
 
 Equipamento de elevação (ta-
lhas, monovias). 
 Evite torcer e fletir o tronco ao 
mesmo tempo 
 Eliminar obstáculos ás cargas 
que tenham que ser manu-
seadas;
 
 Reposicionar locais de arma-
zenamento;
 
 Adotar: peças pesadas devem 
ser colocadas sobre caixas 
rasas, e estas sobre bancadas; 
 
Principais Situações de Sobre-
carga Biomecânica no Tra-
balho 
 
Situações em que o traba-
lhador tenha que exercer grande 
força física - mesmo entre aqueles 
indivíduos dotados de maior capa-
cidade de força muscular, contar 
com a máquina humana fazendo for-
ça física é inadequado e anti-ergo-
nômico. 
Situaçõesde esforçoestático no 
trabalho: 
 Sustentação de cargas com os 
membros superiores; 
 Postura de pé, parada durante 
grande parte da jornada de 
trabalho; 
 Postura de pé apoiada sobre 
um dos pés; 
 Trabalho feito com os braços 
acima do nível dos ombros; 
 
 42 
ERGONOMIA APLICADA 
 Movimentação, manuseio e 
levantamento de cargas 
pesadas; 
 Pequenas contrações muscu-
lares estáticas (como no tra-
balho em computadores); 
 Braços suspensos; 
 Antebraços suspensos; 
 Uso da mão como morsa. 
 
Situações de alavanca bio-
mecanicamente desfavoráveis em 
que a distância da potência ao ponto 
de apoio seja muito pequena e a dis-
tância entre a resistência e o ponto 
de apoio seja grande. 
 
 
Situações de desagregação do 
esforço muscular, quando o indiví-
duo tem que fazer esforço lento, sob 
controle, no sentido contrário ao 
que seria a ação motora natural ex. 
colocar uma caixa pesada no chão de 
forma lenta. 
Postura e movimento têm uma 
grande importância na ergonomia. 
Tanto no trabalho como na vida coti-
diana, eles são determinados pela 
tarefa e pelo posto de trabalho. 
Para realizar uma postura ou 
um movimento, são acionados di-
versos músculos, ligamentos e arti-
culações do corpo. Os músculos for-
necem a força necessária para o cor-
po adotar uma postura ou realizar 
um movimento. 
Os ligamentos desempenham 
uma função auxiliar, enquanto as 
articulações permitem um desloca-
mento de partes do corpo em relação 
às outras. 
Posturas ou movimentos ina-
dequados produzem tensões mecâ-
nicas nos músculos, ligamentos e 
articulações, resultando em dores no 
pescoço, costas, ombros, punhos e 
outras partes do sistema musculo 
esquelético. 
Alguns movimentos, além de 
produzirem tensões mecânicas nos 
músculos e articulações, apresen-
tam um gasto energético que exige 
muito dos músculos, coração e 
pulmões. 
Abaixo, serão apresentadas 
recomendações para melhorar as 
tarefas e os postos de trabalho, en-
volvendo posturas e movimentos 
usuais, na posição sentada, em pé, 
levantando pesos, puxando e em-
purrando cargas. 
 
Bases Biomecânicas, Fisioló-
gicas e Antropométricas 
 
Diversos princípios importan-
tes da ergonomia derivam-se de ou-
tras áreas do conhecimento como a 
 
 43 
ERGONOMIA APLICADA 
biomecânica, fisiologia e antropo-
metria. Esses conhecimentos são 
importantes para formular as reco-
mendações sobre a postura e o 
movimento, como se verá a seguir. 
 
As Articulações Devem Ocu-
par uma Posição Neutra 
 
Para manter uma postura ou 
realizar um movimento, as articula-
ções devem ser conservadas, tanto 
quanto possível, na sua posição neu-
tra. Nesta posição, os músculos e 
ligamentos que se estendem entre as 
articulações são esticados o menos 
possível, ou seja, são tensionados ao 
mínimo. 
Além disso, os músculos são 
capazes de liberar a força máxima, 
quando as articulações estão na po-
sição neutra. 
Exemplos de más posturas, 
onde as articulações não estão em 
posição neutra: braços erguidos, 
perna levantada, tronco inclinado e 
cabeça abaixada. 
 
Conserve Pesos Próximos ao 
Corpo 
 
Os pesos devem ser mantidos 
o mais próximo possível do corpo. 
Quanto mais o peso estiver afastado 
do corpo, mais os braços serão 
tensionados e o corpo penderá para 
frente. 
As articulações (cotovelo, om-
bro e costas) serão mais exigidas, 
aumentando as tensões sobre elas e 
os respectivos músculos. A figura 
abaixo mostra o aumento da tensão 
nas costas, quando o braço se afasta 
do corpo, segurando um peso de 20 
kg. 
 
 
Ao aumentar a distância entre 
as mãos e o corpo há um aumento da 
tensão nas costas. 
 
Evite Curvar-se para Frente 
 
Os períodos prolongados com 
o corpo inclinado devem ser evi-
tados sempre que possível. A parte 
superior do corpo de um adulto, 
acima da cintura, pesa 40 kg, em 
média. 
Quando o tronco pende para 
frente, há contração dos músculos e 
dos ligamentos das costas para man-
ter essa posição. A tensão é maior na 
 
 
 44 
ERGONOMIA APLICADA 
parte inferior do tronco, onde 
surgem dores. 
 
Evite Inclinar a Cabeça 
 
A cabeça de um adulto pesa de 
4 a 5 kg. Quando a cabeça se inclina 
mais de 30 graus para frente, os 
músculos do pescoço são tensiona-
dos para manter essa postura e 
começam a aparecer dores na nuca e 
nos ombros. Portanto, a cabeça deve 
ser mantida o mais próximo possível 
da postura vertical. 
 
Evite Torções do Tronco 
 
Posturas torcidas do tronco 
causam tensões indesejáveis nas 
vértebras. Os discos elásticos que 
existem entre as vértebras são ten-
sionados, e as articulações e mús-
culos que existem nos dois lados da 
coluna vertebral são submetidos a 
cargas assimétricas, que são pre-
judiciais. 
 
Evite Movimentos Bruscos que 
Produzam Picos de Tensão 
 
Movimentos bruscos podem 
produzir alta tensão, de curta dura-

Outros materiais