Buscar

Resumo fisiologia da mastigação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fisiologia da Mastigação
No homem, o processamento vital da alimentação pode ser dividido em 3 etapas: ingestão, mastigação e deglutição. Sem dúvida, a mastigação é a função mais importante do sistema estomatognático, sendo a fase inicial do processo digestivo, que se inicia na boca.
 Entende-se por mastigação o conjunto de fenômenos estomatognáticos que visam a degradação mecânica dos alimentos.
O papel fundamental da mastigação é degradar o alimento sólido em partículas pequenas, formando um bolo alimentar insalivado, de maneira a permitir uma deglutição fácil e indolor.
Durante a mastigação, contraem-se coordenadamente vários grupos musculares, sendo obviamente os mandibulares os mais destacados, embora também sejam fundamentais os músculos da língua e os faciais, especialmente o bucinador e o orbicular dos lábios.
Os principais músculos do sistema estomatognático, que se contraem para promover a elevação da mandíbula (fechamento bucal) são: os masseteres, os temporais e os pterigoideos mediais.
Já os músculos que se contraem para promover a depressão da mandíbula (abertura da boca), são, principalmente, o digástrico e os pterigoideos laterais.
O ciclo mastigatório se refere à sequência de fenômenos mecânicos que culminam na desintegração do alimento. 
Fixação: Esta etapa concerne especificamente a alimentos muito duros, como carne crua ou mal passada, que devem ser esmiuçados por movimento de lateralidade da mandíbula quando dito alimento for fixado, como um prego, pela ação do canino.
Incisão: a mandíbula retropropulsa-se, deslizando-se as bordas incisais dos incisivos inferiores contra a face pala tina dos incisivos superiores. Exagera-se a intensidade da contração muscular elevadora da mandíbula, determinando-se movimentos rítmicos, até que o alimento é finalmente cortado, caindo, logo após, a mandíbula. Esta fase dura aproximadamente 5-10% do tempo total do ciclo mastigatório.
Trituração: Ocorre principalmente nos prémolares, uma vez que sua pressão intercuspideana é maior que a dos molares, podendo assim moer mais facilmente partículas maiores, que oferecem maior resistência. Essa fase dura 65 a 70%.
Pulverização: Dura por volta de 25-30% de tempo total do ciclo mastigatório. Estas duas últimas etapas não podem ser separadas abruptamente, já que, muito freqüentemente, o alimento que está sendo triturado nos pré-molares passa aos molares, onde ocorre a pulverização; mas, logo após, pode retornar aos pré-molares, reiniciando-se a moagem nesse nível. 
O ato mastigatório representa estágios seqüentes integrantes do ciclo da mastigação. É constituído por três fases fundamentais.
Fase de abertura da boca: mandíbula cai;
Fase de fechamento da boca: mandíbula
 ascende;
Fase oclusal: pressão interoclusal. Fase oclusal = Golpe mastigatório
Abertura da boca: a mandíbula cai por movimento combinado, em que há relaxamento reflexo simultâneo dos músculos levantadores, e contração isotônica simultânea dos músculos abaixadores mandibulares
Fechamento da boca: a mandíbula eleva-se pela contração isotônica dos músculos levantadores e, ao mesmo tempo, relaxamento reflexo dos músculos abaixadores mandibulares
Fase oclusal: Há contato e intercuspidação dos dentes. Gera-se forças interoclusais, devido contração isométrica mm. levantadores da mandíbula). esta constitui a fase crucial da mastigação,já que gera a pressão interoclusal, quebrando o alimento interposto entre os dentes. A fase oclusal pode ser reconhecida também como golpe mastigatório.
Figura A: Considerando o plano coronal da face, o movimento de abertura bucal ocorre associado a um leve afastamento da mandíbula para o lado não envolvido na mastigação, retornando para o lado envolvido antes de se completar a abertura bucal.
Figura B: o conjunto de todos os ciclos descritos pela mandíbula após o alimento ter sido colocado na boca até sua deglutição corresponde a uma sequência de mastigação.
A força mastigatória é determinada pela força de contração dos músculos levantadores da mandíbula (masseter, temporal, pterigoideo medial e esfenomandibular)
Se adapta de acordo com as características físicas do alimento ( pastoso, solido).
O estudo feito por Howell e Brudevold usando transdutores de pressão em dentes artificiais e examinou alimentos de diferentes características físicas:
- Amendoim = 3,7 Kg
- coco= 4,1 Kg.
- uva-passas = 4,9 Kg.
Esses valores representam o somatório de forças nos pre-molares e 1° molar.
Além disso, foi concluído que durante uma refeição normal a força mastigatória média é de 10 Kg. A duração total do ciclo mastigatório é variável, segundo a consistência do alimento.
Durante as três etapas do ciclo mastigatório, em especial na incisão e trituração, ocorre reflexamente secreção salivar, que ajuda eficientemente na mastigação e ulteriormente na formação do bolo alimentar. Também nestas fases, a atividade muscular é intensa, especialmente a dos movimentos verticais da mandíbula: abertura e fechamento da boca.
A salivação aumenta de acordo com o volume do bolo alimentar. Durante a mastigação, a presença da saliva inicia uma etapa inicial da digestão graças a enzimas salivares, principalmente as amilases.
A saliva é um fator importante, como amolecedor do alimento, porque, quando se inicia a mastigação de pão duro, são necessários 80 kg de força, mas após a salivação, a força que deve ser aplicada é só de 20 kg, diminuindo depois para 2 kg. Isto não acontece quando há baixa secreção salivar ou psialoquese 
A saliva também é importante na percepção dos sabores e aromas, uma vez que vários compostos aromatizantes estimulam receptores apenas quando dissolvidos em saliva.
Receptores Sensoriais associados à mastigação
Os vários receptores do sistema estomatognático como um todo e os da cavidade oral em particular fornecem continuamente ao SNC informações precisas e completas sobre os eventos relacionados à mastigação e à degradação dos alimentos. 
A pressão dentro da boca se comporta como um sinal/estímulo para excitação de receptores mucosos, capazes de diferenciar, com alto grau de precisão, tanto o tamanho, textura, e forma de qualquer objeto presente na boca. É a chamada estereognosia bucal, que vai decaindo com a idade, talvez pelo decréscimo de receptores de tato. 
Os receptores de tato e pressão são excitados pela pressão ou deformação do tecido onde se localizam; os impulsos gerados se transmitem pelas vias aferentes do trigêmeo, via núcleo mesencefálico, quando determinar resposta reflexa; ou ainda via núcleo sensitivo principal e unidade rostral do núcleo espinhal, quando relativas à sensibilidade (tato, pressão), permitindo que ocorra permanentemente um ajuste dos movimentos e das forças mastigatórias em resposta às modificações que ocorrem no ambiente da cavidade oral decorrentes do próprio ato de mastigação e da degradação dos alimentos.
Os fusos musculares localizados nos músculos esqueléticos do sistema estomatognático são sensíveis ao estiramento muscular, e, quando estimulados, promovem a contração dos músculos mastigatórios. Já os órgãos tendinosos de Golgi estão localizados nas junções musculotendíneas e desempenham um papel na avaliação e no controle da força de contração dos músculos esqueléticos envolvidos na mastigação, inibindo a contração muscular quando estimulados. Em conjunto, esses receptores participam das respostas reflexas da mastigação e têm um papel fundamental na execução e detecção da amplitude dos movimentos.
O período é ricamente inervado, desta maneira, o homem é capaz de detectar partículas muito pequenas localizadas entre as superfícies oclusais dentárias, discriminando perfeitamente as diferenças de dureza e espessura. Os valores limiares de excitação são mais baixos para os incisivos e vão aumentando gradualmente em direção aos molares. Os mecanorreceptores e terminaçõesnervosas livres que são ativadas durante a mastigação permitem a detecção e discriminação das forças aplicadas nos dentes e são importantes para o controle da posição da mandíbula em contatocom o bolo alimentar. A articulação temporomandibular (ATM) também é rica em mecanorreceptores, os quais são estimulados por deformação mecânica durante os movimentos da mandíbula do mesmo modo como em outras articulações do corpo.
A fragmentação mecânica dos alimentos aumenta a superfície de contato destes com a saliva e não raramente provoca a liberação de moléculas aromáticas e sápidas (que possuem gosto). Assim os quimiorreceptores localizados na língua e no nariz são importantes para a sensação do paladar e do aroma dos alimentos, os quais são determinantes para a percepção do sabor dos alimentos durante a mastigação. 
OBS: RESFRIADO: Os quimiorreceptores localizados na língua e no nariz são importantes para a sensação do paladar e do olfato, que determinam a percepção do sabor. Por isso quando estamos resfriados, a comida fica sem sabor, uma vez que a percepção do olfato é alterada, embora o paladar continue intacto.
INERVAÇÃO E CONTROLE NEURAL DA MASTIGAÇÃO
O centro mastigatório INTEGRA AS INFORMAÇÕES provenientes tanto do sistema estomatognático como um todo, incluindo a cavidade oral, quanto as
provenientes de áreas superiores do SNC, como o córtex, PRINCIPALMENTE os córtex somatossensorial, gustativo e olfatório.
As informações somáticas sobre o estado do bolo alimentar são transmitidas pelos nervos glossofaríngeo (IX), lingual e facial (VII) e pelos ramos maxilar e mandibular do nervo trigeminal (V). O centro da mastigação está por trás da gênese do ritmo característico da mastigação e também é responsável pelos ajustes das atividades dos diferentes músculos do sistema estomatognático, mantendo assim a sua eficiência durante todo o processo de mastigação.
CENTRO MASTIGATÓRIO
Consiste em uma rede formada por neurônios oriundos dos núcleos sensoriais e motores, conectados entre si por sinapses excitatórias e inibitórias de modo a induzir um movimento ritmado e coordenado dos músculos mastigatórios.
Integração sensório-motora: necessária para uma atividade rítmica e coordenada dos músculos da mastigação. 
Adapta a atividade motora da mastigação de acordo com as informações sobre o alimento/bolo alimentar: Vários experimentos em humanos (envolvendo a realização de bloqueios dos nervos sensoriais com anestésicos) e em animais de laboratório (envolvendo o seccionamento de nervos sensoriais) demonstraram que as informações periféricas são essenciais para a manutenção da regularidade dos ciclos mastigatórios.
AS INFORMAÇÕES provenientes de núcleos sensoriais relativos à INERVAÇÃO AFERENTE DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO, principalmente dos núcleos sensorial principal e espinal do trigêmeo, do núcleo mesencefálico, do núcleo facial e do núcleo solitário SÃO INTEGRADAS no centro mastigatório, o qual envia informações para os núcleos motores, sobretudo o núcleo motor do trigêmeo.
MEDIÇÃO DA FORÇA MASTIGATÓRIA
A Força mastigatória ela é medida através de um gnatodinamômetro, que são placas que são colocadas nas superfícies oclusais dos dentes e quando ocorre a mastigação, através de um polígrafo, conseguimos medir essa Força Mastigatória.
Existem dois tipos de forças:
Força Mastigatória máxima TEÓRICA (anatômica)
Força máxima EFETIVA (fisiológica)
Força mastigatória máxima teórica corresponde à potência contrátil máxima dos músc. Levantadores da mandíbula, ou seja, é a força dos músc, levantadores da mandíbula no ato da mastigação.
A força mastigatória efetiva ou fisiológica corresponde à força medida entre ambos os arcos dentários durante a contração máxima voluntária dos músculos levantadores. Geralmente essa força está entre 60 a 70 kg. É importante lembrar que a força mastigatória efetiva, ou fisiológica depende não apenas da força desses músculos levantadores, ou seja, há outros fatores que influenciam nessa força, conforme veremos mais afrente.
A VARIABILIDADE INDIVIDUAL DA MASTIGAÇÃO
Nenhum indivíduo tem uma mastigação igual à de outro indivíduo, pois existem vários fatores que influenciam para que ocorra essa grande variabilidade que existe na mastigação, ou seja, essa variabilidade é observada nos ciclos mastigatórios, na frequência, na velocidade de abertura e fechamento bucal, na amplitude do deslocamento lateral e da contração muscular e até mesmo no envolvimento dos músculos mastigatórios.
Por isso que a gente tem alguns fatores gerais que são condicionantes da força mastigatória. Esses fatores são: O esqueleto crânio-facial; O tipo de alimentação; Sexo e idade; Grupos dentários. O Estado dentário influencia na mastigação. Se há uma doença periodontal, se portador de prótese, ou se se tem alguma condição patológica dentária, tudo isso vai influenciar/ são fatores que condicionam a força da mastigação.
Esqueleto crânio facial. Por causa de variações anatômicas alguns indivíduos apresentam diferenças na formação na mandíbula, fazendo com que alguns apresentem maior força mastigatória e outros menor força mastigatória devido a essas variações anatômicas mesmo. Encontram-se valores altos de força mastigatória máxima funcional quando há prognatismo inferior, base mandibular arqueada ou ângulo goníaco reduzido. Mas observou que indivíduos com rotação mandibular para a frente e menor ângulo goníaco apresentavam uma dimensão vertical ótima de maior desenvolvimento de força mastigatória com distâncias interoclusais próximas à oclusão dentária (13 a 16 mm). Enquanto isso, em indivíduos com rotação da mandibula para trás e maior ângulo goníaco, a dimensão vertical ótima se apresenta a distâncias interoclusais mais afastadas da oclusão dentária (18 a 21 mm).
Tipo de Alimentação: Os grupos humanos que mastigam alimentos mais duros, fibrosos ou que até mesmo utilizam os dentes como ferramentas de trabalho, apresentam valores maiores de força mastigatória
Sexo e Idade: Indivíduos do sexo masculino possuem uma força mastigatória um pouco maior que indivíduos do sexo feminino, A força mastigatória é levemente maior no sexo masculino; porém, a diferença com o sexo feminino é bem menor na musculatura mastigatória em relação ao que acontece com outros grupos musculares esqueléticos, pelo que a diferença pode-se considerar insignificante.
Os grupos dentários: Os grupos dentários que possuem a maior força mastigatória são os primeiros pré molares e os que possuem menor força mastigatória são os incisivos. Os pré molares possuem a maior força mastigatória devido possuírem uma superfície oclusal maior, uma área maior de oclusão e também por estarem bem próximos do local de inserção dos músculos levantadores., o que faz com que tenham uma maior força mastigatória e à característica de maior área de suporte dentário (ou superfície radicular periodontal).
Estado Dentário: é, sem dúvida, muito importante quando falamos em força mastigatória. Este fator parece muito importante na força mastigatória máxima funcional. Por exemplo:
a) Em condições patológicas dentárias: cáries, pulpite, periodontite ou lesões periapicais alteram definidamente a função mastigatória, limitando a força mastigatória exercida, aparentemente visando reduzir a dor ou objetivando a imobilização frente à dor.
b) Doença periodontal: na periodontite diminui tanto o elemento ósseo como o fibroso do periodonto, aumentando mobilidade do dente, e diminuindo força
mastigatória. Quanto maior for a reabsorção óssea alveolar, menor será a eficiência ao aplicar força sobre o dente. 
c) Portadores de próteses: nestes pacientes, frequentemente se observa redução da força mastigatória, mesmo em casos de próteses removíveis parciais. Nestes casos, não há limites determinados pelos RECEPTORES periodontais, ficando somente, como elementos de controle, os receptores de tato e pressão da mucosa gengival e palato duro, de menor eficiência que os receptores periodontais. 
Cabe insistir no propósito de que os mecanorreceptores periodontais devem ser considerados como moduladores da força mastigatória e não somente como fatores de freio da força de mastigação 
PARTICIPAÇÃO DO CENTRO MASTIGATÓRIO NO CONTROLE DA MASTIGAÇÃO
Esseslide apresenta duas imagens. Uma imagem que mostra uma mastigação adaptada e uma mastigação não adaptada. Quando se tem uma mastigação adaptada, ou seja, quando se tem os dentes naturais, o centro mastigatório vai receber informações sobre a textura do alimento, dureza por meio de receptores encontrados no periodonto, como se pode observar na imagem. Então, esses receptores, enviam para o Centro Mastigatório essas informações e assim a força mastigatória pode ser ajustada de acordo com o tipo alimentar que está ali na cavidade oral. Quando o indivíduo apresenta uma mastigação não adaptada, ou seja, uso de prótese, implantes, esses receptores do periodonto não produzem tantas aferências e não tem essas informações da dureza do alimento, da textura do alimento, chegando ao Centro mastigatório, sendo assim, não tem esse ajuste da força mastigatória e tem, sim, uma eficiência mastigatória reduzida quando comparada à uma mastigação adaptada. Apesar que existem outros receptores que existem na língua e na atm para fazer essas aferências e que transmitem essas informações ao centro mastigatório.
EFEITO DA IDADE NA MASTIGAÇÃO
Esse gráfico é um registro eletromiográfico (ler) 
Com a idade, ocorrem mudanças na mastigação devido a alterações no músculo mastigatório, modificações dos tecidos orais, alterações funcionais no SNC que são normais ocorrerem com a idade. Com isso, automaticamente pode sim ocorrer uma força mastigatória menor. 
Essas alterações elas devem ser diferenciadas daquelas causadas pela perda parcial ou total dos dentes, que muitas vezes percebemos em pessoas idosas. 
Na ausência de perdas dentárias significantes o envelhecimento normal provoca um aumento no numero de ciclos mastigatórios que é uma necessidade para formar o bolo alimentar. pacientes com próteses totais possuem atividade eletromigráfica desse músculo mastigatório reduzida, além da capacidade de adaptação desses músculos ao aumento da dureza do alimento ser drasticamente reduzida.
Mais ciclos mastigatórios, vai mastigar mais para formar o bolo alimentar já que ele tem uma força mastigatória diminuída devido aos fatores já falados, ele vai ter uma força dos músculos reduzida devido a própria idade mesmo.
Rendimento Mastigatório
Entende-se por rendimento ou eficiência mastigatória o grau obtido de trituração ou moagem a que é submetido o alimento, após um número determinado de golpes mastigatórios.
Em termos fisiológicos, rendimento ou eficiência inclui a relação existente entre trabalho mecânico útil realizado em consideração à energia consumida, avaliada, esta última pelo consumo de 02 (Gás oxigênio).
Mobilidade dentária
O ligamento periodontal, permite ao dente certo grau de deslocamento, proporcionando resistência as pressões durante a mastigação (absorvendo-as), evitando assim lesões. 
 Explicação do gráfico:
1°- rápida, linear, com estiramento paulatino das fibras periodontais.
2°- fase lenta, onde há deformidade elástica das paredes da cavidade alveolar (o osso alveolar tem certa elasticidade)
3°- há o aumento de tensão das fibras periodontais, em que com pressões acima de 500g o dente não se desloca mais. 
 - mobilidade maior em crianças e levemente maior em mulheres.
- o aumento de hormonios como progesterona, durante o ciclo menstrual ou na gravidez, influenciam permitindo maior mobilidade dentaria. 
- maior mobilidade nos incisivos inferiores. 
- maior após acordar e menor durante a tarde.
Mesmo com a mínima movimentação que ocorre devido as fibras do ligamento periodontal durante a mastigaçao, os dentes permanecem estáveis (fixos) no alvéolo.
Mastigação bilateral: Apresenta distribuição uniforme do alimento nos dentes do lado direito e esquerdo (m arcada direita e esquerda) e também das forças mastigatórias nos tecidos de suporte dentários, assim a oclusão se torna mais harmônica e a contração muscular sincronizada. 
A musculatura tanto do lado direito quanto do esquerdo são estimuladas quase da mesma forma.
Se adapta melhor a alimentos com durezas diferentes. 
Em pessoas com mastigação unilateral, a musculatura do lado de trabalho é mais estimulada, além disso os dentes sofrem maiores desgastes, assim pode acarretar em interferências oclusais (desde que um lado estará mais conservado e o outro mais desgastado) e favorecimento de placas dentarias.
A causa mais frequente são disfunções na ATM, que podem diminuir a mobilidade da articulação, como dores. Doenças periodontais ou ausência de dentes também influenciam. 
Glossectomia Parcial: cirurgia em que há retirada parcial da língua ( menor que 1/3) em casos por exemplo de câncer na língua.
Objetivo: Identificar as alterações de mastigação e deglutição decorrentes da cirurgia curativa do câncer de língua, com extensão inferior a 50% da dimensão da língua e sem comprometimento do soalho da boca e da base da língua.
Métodos: Foram realizadas avaliações das funções de mastigação e deglutição em nove pacientes, seis homens e três mulheres, no período pré-operatório. No pós-operatório mediato, três semanas após a cirurgia, cinco pacientes foram reavaliados, quatro homens e uma mulher. 
Houve mudança na via de alimentação: oral para enteral (por exemplo sonda, alem de alimentação especial).
Mudança na eficiência mastigatória que passou a ser ineficiente.
Foi encontrado também dificuldade do paciente em manipular o bolo alimentar.

Continue navegando