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BOMBAS VOLUMÉTRICAS As bombas volumétricas são aquelas em que a energia é fornecida ao líquido já sob forma direta de pressão por variação de volume, não havendo portanto a necessidade de transformação como no caso das bombas centrífugas. Nas bombas volumétricas a movimentação do líquido é diretamente causada pela movimentação de um órgão mecânico da bomba, que obriga o líquido a executar o mesmo movimento de que ele está animado. O líquido, sucessivamente, enche e depois é expulso de espaços com volume determinado no interior da bomba, daí resultando o nome de bombas volumétricas. Uma das características mais importantes destas bombas é o fato de manterem a vazão média praticamente constante, independentemente do sistema em que elas atuam, desde que mantida a velocidade constante. Na realidade, o rendimento volumétrico e consequentemente a vazão, sofrem pequena variação em função da pressão de trabalho e da viscosidade do fluido bombeado, mesmo mantendo a rotação constante. 6.1 Bombas de Deslocamento Positivo Estas bombas são empregadas para trabalhar com altas pressões. A descarga do fluido é pulsante. No seu movimento o êmbolo se afasta do cabeçote provocando a aspiração do fluido através de uma válvula de admissão. Na etapa de retorno o fluido é comprimido obrigando o fluido a sair pela válvula de descarga. Seu funcionamento é pulsante já que o fluido fica confinado no cilindro durante a aspiração. Estas bombas podem ter um ou vários cilindros. A pulsação diminui conforme aumenta o número de cilindros. 6.2 Bombas Rotativas Operam pela ação um rotor. Diferentemente das bombas de descolamento positivo estas não apresentam válvulas que permitam controlar o fluido na aspiração e na descarga. Podem trabalhar com líquidos muito viscosos e com sólidos em suspensão. Conseguem atingir pressões muito elevadas até de 3.500 mca. Podem transportar fluidos tais como graxas, óleos vegetais e minerais, melaço, tintas e vernizes, argamassas e outros. ( a ) Bomba de Engrenagem A Fig. 6.2.1 mostra o funcionamento típico de uma bomba de engrenagem. As rodas dentadas trabalham no interior da carcaça com mínima folga. O fluido confinado é deslocado pelos dentes e forçado a sair pela tubulação de descarga. Para uma determinada rotação a descarga e a pressão são praticamente constantes. Figura 6.2.1 Bomba de Engrenagem ( b ) Bombas de Lóbulos As bombas de lóbulos (Fig. 6.2.2) são mais apropriadas para mover e comprimir gases, sendo utilizadas para movimentar líquidos viscosos. Existe um lóbulo motor e outro livre montados ortogonalmente. A bolsa de líquido aprisionada na sução é conduzida até o recalque. Figura 6.2.2 Bombas de Lóbulos ( c ) Bombas de Palhetas As bombas de palhetas (Fig.6.2.3) deslizantes tem palhetas radiais (4 a 8) que pela ação centrífuga deslocam-se em direção a carcaça, sobre a qual deslizam. O rotor é montado excentricamente e sua velocidade é limitada a 300 rpm para mover gases sendo utilizada também para bombeamento de líquidos. Figura 6.2.3 Bombas de Palhetas COMPARAÇÃO ENTRE BOMBAS VOLUMÉTRICAS ROTATIVAS E CENTRÍFUGAS ROTAÇÃO x VAZÃO Nas bombas volumétricas há uma proporcionalidade, uma relação constante entre a descarga e a velocidade da bomba. Esta proporcionalidade é evidente, porque a descarga é proporcional à velocidade do órgão mecânico que impulsiona o líquido, que por sua vez é proporcional à velocidade da bomba. Além disto, a vazão bombeada praticamente independente da altura e/ou pressões a serem vencidas. Nas bombas centrífugas a vazão bombeada depende das características de projeto da bomba, rotação e das características do sistema em que a bomba está operando. PRESSÃO Nas bombas volumétricas, o órgão mecânico transmite energia ao líquido sob forma exclusivamente de pressão, não necessário aumentar a velocidade. Nas bombas centrífugas, a energia é transmitida pelo órgão mecânico impelidor sob a forma cinética e de pressão, isto é aumentando tanto a pressão como a velocidade. ESCORVA Nas bombas volumétricas podem iniciar o seu funcionamento com a presença de ar no seu interior. Nas bombas centrífugas, o inicio do funcionamento deve ser feito sem a presença de ar na bomba e sistema de sucção, isto é, a bomba deve estar cheia de líquido. 4 – Dimensionar o diâmetro da tubulação de aço carbono, que vai do bocal de recalque de uma bomba até um bico queimador de caldeira que necessita 16,5 bar(g) na entrada para perfeito funcionamento, como também especificar a pressão de saída da bomba, onde são conhecidos: Vazão mínima/nominal/máxima: Q = 10,4 / 15,0 / 18,8 m³/h Temperatura: 27oC Comprimentos dos trechos retos: L = 74 m Acessórios de tubulação no recalque: � 1 te reto � 1 válvula de retenção � 2 válvulas de gaveta � 6 curvas de 90º Pressão na entrada do bico queimador da caldeira, ponto 2: P2 = 16,5 bar(g) Cotas de elevação: Bocal da bomba (ponto 1): H1 = 0,85 m = 85 cm Bocal do bico (ponto 2): H2 = 16,07 m = 1607 cm Pressão de saída da bomba: P1 = ? Líquido: Etanol peso especifico = 0,801 kgf/dm³ = 0,000801 kgf/cm³ Viscosidade cinemática: v = 1,5 cks Aceleração da gravidade: g = 9,81 m/s² = 981 cm/s² Pressão atmosférica: Pa = 1,033 kgf/cm² Área classificada: Zona 2, IIA, T2 Solução: 3.1 - Cálculo do diâmetro com a velocidade econômica: Redes de instalações industriais de 2,0 a 3,0 m/s Q = 18,8 m³/h = 5.222,2 cm³/s v = 2,5 m/s = 250 cm/s Q = A.v A = Q/v = 5.222,2/250 = 20,9 cm² Arbitrando o tubo com área de seção livre de 21,7 cm² temos o tubo DN 2”, Std ou sch 40 escolhido com velocidade real de v = Q/A = 5.222,2/21,7 = 240,65 cm/s. 3.2 - Cálculo do comprimento equivalente: Soma dos trechos retos: L = 74 m Soma dos comprimentos equivalentes dos acessórios existentes: 1 te reto (DN 2”) ...................................................................... 3 m x 1 = 3 m 1 válvula de retenção (DN 2”) ................................................. 5,5 m x 1 = 5,5 m 2 válvulas de gaveta (DN 2”) .................................................. 0,4 m x 2 = 0,8 m 6 curvas de 90º (DN 2”) .......................................................... 1,5 m x 6 = 9 m Soma ........................................................................................18,3 m Temos então um comprimento equivalente de tubulação L’ = 74 + 18,3 = 92,3 m 3.3 – Cálculo das perdas de carga Temos primeiro de calcular o número de Reynolds para determinar o regime de escoamento e, portanto, qual a fórmula a aplicar. - Diâmetro interno (tubo DN 2”, Std ou sch 40): d = 52,5 mm = 5,25 cm - Viscosidade cinemática: vvvv = 1,5 cks = 0,015 stokes - Velocidade real: v = 240,65 cm/s - Aceleração da gravidade: g = 9,81 m/s² = 981 cm/s² Cálculo do número de Reynolds: Rn = 5,25 x 240,65 / 0,015 = 80.216,67 > 4.000 O regime será portanto turbilhonar e a fórmula a empregar será a de Darcy. Para tubos de aço carbono de DN 2”, tiramos do gráfico abaixo o valor do grau de rugosidade de 0,0009. Em função do grau de rugosidade e do número de Reynolds, obteremos do ábaco de Moody , o coeficiente de atrito: f = 0,023. Aplicando a fórmula de Darcy ficaremos então com: j = f . v2 = 0,023 x (240,65)² / (2 x 5,25 x 981) = 0,1293 cm/cm = 12,93 m / 100 m 2.d.g A perda de carga total da tubulação será: Jtubo = j.L’ = 12,93 x 92,3 / 100 = 11,93 m 3.4 – Cálculo da expressão para igualar com a perda de carga: Cotas de elevação: Bocal da bomba (ponto 1): H1 = 0,85 m= 85 cm Bocal do bico (ponto 2): H2 = 16,07 m = 1607 cm Primeiro termo é a energia do líquido no “ponto 1”: (H1 + P1/ �) = (85 + P1/0,000801) A pressão no “ponto 2”, vamos considerar então a pressão na entrada do bico queimador da caldeira: P2 = 16,5 bar(g) = 16,8253 kgf/cm²g Segundo termo é a energia do líquido no “ponto 2”: (H2 + P2/ �) = (1607 + 16,8253/0,000801) = 22.612,37 cm A diferença de energia do líquido entre os dois pontos, expressão (8): (H1 + P1/ �) - (H2 + P2/ �) = (85 + P1/0,000801) – 22.612,37 A perda de carga J calculada de 11,93 m para tubo de DN 2”, Std ou sch 40, deverá ser menor do que a diferença de energia calculada na expressão (8); (85 + P1/0,000801) – 22.612,37 > J = 1193 cm P1= (1193 + 22.612,37 – 85) x 0,000801 = 19,0 kgf/cm² Selecionando uma bomba centrífuga para este mesmo serviço teríamos: Bomba multiestágio com seis (06) estágios em série, temos então 190 mca dividido por 06 igual a 31,67 mca por estágio conforme curva da bomba e também 06 CV por estágio totalizando 36 CV. Conferindo a potência necessária no eixo da bomba para Q=18,8 m³/h e rotor de diâmetro 145 mm (n = 3500 RPM ), a potência de eixo é igual a 36 CV conforme curva para peso específico de 1000 kgf/m³. Notar que esta é similar a potência calculada com os dados do problema para fluido etanol: N Q He = ⋅ ⋅ ⋅ γ η75 Transformando H = 19 mca ou 19 kgf/cm² para metro de coluna de fluido etanol utilizado temos: H = P1/ � = 19 kgf/cm² / 0,000801 kgf/cm³ = 237,20 mcf Ne = (801 x (18,8/3600) x 237,2) / (75 x 0,36) = 36,75 HP Nm = 36,75 HP x 1,15 = 42,26HP MATERIAL CORPO E CONEXÕES – CLASSE DE PRESSÃO Principais Ligas: • Bronze: ASTM B 145 4A (SAE-40); ASTM C 90700A (SAE-65); ASTM B 143-1B (SAE-620). • Aços Inoxidáveis: • Austeníticos: ASTM A 743 CF8 (304); ASTM A 743 CF3 (304L); ASTM A 743 CF8M (316); ASTM A 743 CF3M (316L). Tratamento Térmico: Solubilização • Duplex / Super Duplex: ASTM A 995/A 995M Gr. 1B (CD4MCU); ASTM A 743 Gr. CN7M, AISI 329. Tratamento Térmico: Solubilização. • Martensíticos: ASTM A-743 Gr. CA-15; ASTM A 743 Gr. CA-40; ASTM A 743 Gr. CA6NM. Tratamentos Térmicos: Recozimento, Tempera e Alívio de tensões. • Aço Carbono: ASTM A-216 Gr. WCB Tratamento Térmico: Normalização. • Ferro Fundido: Cinzento: ASTM A-48 CL-25 / 30 / 35; Nodular: ASTM A-536 Gr. 65-45-12. Norma N-906a BOMBAS CENTRÍFUGAS PARA SERVIÇOS MÉDIOS que é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, está descrito: 5.2 Conexões 5.2.1 As conexões principais de diâmetro igual ou maior que 2” devem ser flangeadas, de acordo com a ANSI B 16.1 para ferro fundido e ANSI B 16.5 para aço. 5.2.2 As conexões principais de diâmetro inferior a 2”, se roscadas, devem atender ao ANSI B 2.1 (NPT). 5.2.3 As conexões auxiliares devem atender ao ANSI B 2.1 (NPT). Para a bomba centrífuga temos AMTmáximo (Q=0 m³/h) é de 252 mca (358,43°C) a temperatura: 27oC e máxima 30°C (86°F), entrando com os materiais aço carbono ASTM A 216 WCB ou aço inox AISI 304 temos as seguintes classes de pressão para o bocal de descarga: ANSI B 16.5, RF, Classe 300#. Para a sucção será Classe 150#. ACOPLAMENTO Para definirmos o melhor tipo de acoplamento a ser empregado, devemos levar em conta uma série de detalhes, dentre os quais, destacamos: IMPORTÃNCIA ESTRATÉGICA DA INSTALAÇÃO EM SEU PROCESSO PRODUTIVO, DISPONIBILIDADE DE ESPAÇO, FACILIDADE DE ACESSO PARA MONTAGEM E MANUTENÇÃO, DISPONIBILIDADE E QUALIDADE DE MÃO DE OBRA E CUSTOS. Além dessa análise, deve-se considerar os aspectos técnicos da instalação, quanto ao tipo de acionamento e esforços aplicados. Assim, a primeira definição técnica deve ser quanto a flexibilidade torcional do acoplamento pois, em muitos casos, o acionamento entre a parte motriz e a parte movida, tem que ser sincronizada e sem folgas. Já ao contrário, instalações com tendências a travamentos, por exemplo, devem considerar a flexão entre as partes para amortecer o momento torçor da partida. Definido o tipo e característica ( flexível ou rígido torcionalmente ) precisamos calcular o torque que será aplicado e assim garantir a função "FUSÌVEL" do acoplamento ou seja, se houver uma sobrecarga de força aplicada nos eixos, o acoplamento rompe-se, protegendo as demais partes da instalação. Obviamente, sua capacidade de assimilação, deve ser suficiente para suportar os esforços aceitos pela instalação e assim manter sua vida útil em condições econômicas adequadas. A determinação do tamanho do acoplamento é feita com base na relação entre a POTÊNCIA (HP, CV, Kw ) e a RPM ( rotações por minuto ) nos eixos de acoplamento. A esse resultado, aplica-se um multiplicador definido pelo FATOR DE SERVIÇO (F.S.). Torque (Nm) = F.S. x Potência (kW) x 9.555 / Rotação (rpm) Torque (Nm) = F.S. x Potência (HP) x 7.027,69 / Rotação (rpm) Favor sempre verificar furação máxima do cubo do acoplamento selecionado na tabela do fabricante com as pontas de eixo da bomba e do motor elétrico, ou de outro tipo de acionador. Para a bomba centrífuga (BEK 40/6, ponta de eixo 28 mm) temos motor elétrico 40 CV com 3500 rpm, carcaça 200M com ponta de eixo 55 mm conforme tabela do fabricante, entrando com o fator de serviços para o acoplamento AT e sobrecargas temos F.S. de 1,5. Torque (Nm) = 1,5 x 40 x 7.027,69 / 3.500 = 120,47 Selecionamos assim o acoplamento AT 50 Convencional com torque nominal de 340 Nm. Motor elétrico com eixo de 55 mm necessita de um lado do acoplamento com cubo integral, CI, o acoplamento padrão AT 50 admite furo máximo de 48 mm e o CI admite furo máximo de 60 mm. A bomba com eixo de 28 mm e o acoplamento padrão AT 50 admite furo máximo de 48 mm, temos então um lado do acoplamento com cubo normal. O motor elétrico 40 CV com 3500 rpm, carcaça 200M com ponta de eixo D=55mm conforme tabela do fabricante, comprimento ES=80mm, base F=16mm, altura GD=10mm, G=49mm. Potência HP 40 Rotação rpm 3.500 F.S. (acoplamento) 1,50 Torque kgf.m 12,28 N° Chavetas und. 1 Torque Dimensionamento kgf.m 12,28 EIXO - Diâmetro mm 55 Força kgf 446,73 Tamanho Chaveta Tabela 6.3 b mm 16,0 h mm 10,0 t1 mm 6,0 t2 mm 4,3 t1+t2 mm 10,3 Material Chaveta ABNT 1020 se (escoamento) kgf/mm2 21,41 te (cizalhamento) kgf/mm2 10,71 F.S. 1,50 sadm kgf/mm2 14,27 tadm kgf/mm2 7,14 l 1 (verificando compressão) mm 7,82 l 2 (verificando cizalhamento) mm 3,91 Face trabalho mm 7,82 Comprimento total mm 15,82 CONCLUSÃO: b mm 16 h mm 10 Comprimento total mm 16 Material Chaveta ABNT 1.020 Folga p/ chaveta paralela mm 0,30 CHAVETA MÉTRICA Dados Entrada
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