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APLICAÇÃO DA RADIAÇÃO NA MEDICINA

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APLICAÇÃO DA RADIAÇÃO NA MEDICINA 
 
INGRID LORENA DE LIMA FORMIGA 
Discente do curso de Ciência e Tecnologia da faculdade UFERSA campus Pau dos 
Ferros 
 
Resumo: A radioterapia é um tratamento que faz uso de radiação ionizante, usada para 
eliminação de células malignas do câncer e a inibição do crescimento das células 
tumorais, tem também como objetivo preservar as células saudáveis. Sua utilização é 
vasta com aplicação em várias áreas, todavia trataremos nesse trabalho apenas da 
radioterapia na modalidade braquiterapia. A braquiterapia (brachys, do grego “próximo”) 
é usada fonte de radiação em contato direto com os tecidos a serem irradiados. A taxa de 
dose com que se administra o tratamento define o tipo de braquiterapia: por baixa taxa 
(LDR), média taxa (MDR) ou alta taxa de dose (HDR). 
 
APPLICATION OF RADIATION IN MEDICINE 
 
Abstract: Radiotherapy is a treatment that uses ionizing radiation, used for the 
elimination of malignant cancer cells and the inhibition of the growth of tumor cells, is 
also aimed at preserving healthy cells. Its use is vast with application in several areas, 
however we will only deal in this work with radiotherapy in the brachytherapy modality. 
Brachytherapy (brachys, from the Greek "near") is used as a source of radiation in direct 
contact with the tissues to be irradiated. The dose rate with which the treatment is given 
defines the type of brachytherapy: low rate (LDR), medium rate (MDR) or high dose rate 
(HDR). 
 
INTRODUÇÃO 
Segundo a Física radiação significa a propagação de energia de um ponto a outro 
no espaço ou em um meio material, com uma certa velocidade. Podendo essa radiação se 
caracterizar de várias formas distintas, como por exemplo radiação 
eletromagnética, radiação corpuscular, radiação solar e radiação ionizante. 
A radiação eletromagnética se caracteriza pela oscilação entre um campo elétrico 
e um campo magnético e está classificada de acordo com a frequência de ondas, 
comumente conhecidas como o espectro magnético que vai desde os raios gamas até ás 
ondas de rádios. 
 
Figura 1 - Espectro Eletromagnético 
Fonte: <http://www.radiacao-medica.com.br/dados-sobre-radiacao/o-que-e-radiacao/> 
 
 A radiação corpuscular é constituída por partículas subatômicas, sendo os 
tipos mais conhecidos: elétrons, prótons, nêutrons e partículas alfa e beta. Esse tipo de 
radiação é produzido de forma natural ou artificial. Na natureza, a radiação ultravioleta 
(raios UV) e a infravermelha são aquelas produzidas por corpos que apresentam calor, 
sendo o Sol a principal fonte. A radiação ultravioleta também pode ser obtida 
artificialmente através de lâmpadas fluorescentes ou câmaras de bronzeamento artificial. 
 
 Já a radiação ionizante na qual falaremos mais a fundo são aquelas que 
propagam energia suficiente para ionizar a matéria, o que consiste em ondas 
eletromagnéticas com energia suficiente para fazer com que os elétrons se desprendam 
de átomos e moléculas, alterando sua estrutura – num processo conhecido como 
ionização. Podemos dizer ainda que a radiação ionizante é a designação dada às radiações 
de tipo eletromagnético e corpuscular, que ao entrarem em contato com a matéria, causam 
direta ou indiretamente a criação de íons. Dependendo da quantidade de energia, a 
radiação pode ser ionizante (alto nível de energia) ou não-ionizante (baixa energia). 
A radiação ionizante tem inúmeras aplicações na vida humana: medicina nuclear 
(radioterapia), exames de diagnósticos (raio X), indústria bélica, conservação de 
alimentos, agricultura, entre outras. Falaremos nesse trabalho sobre as aplicações que a 
radiação tem na medicina. 
 
 
RADIOTERAPIA 
 A incidência da radiação pode provocar ionizações. Estas ionizações podem, por 
sua vez, provocar quebras químicas modificando a estrutura molecular de um meio 
material. Se essa mudança de estrutura molecular ocorrer em qualquer tecido ou célula, 
poderá haver mudança biológica nesse meio, segundo Martins. 
 Segundo a Pro-Onco (1993), a radioterapia é um método capaz de destruir células 
tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes. Uma dose pré-calculada de radiação 
é aplicada, em um determinado tempo, a um volume de tecido que engloba o tumor, 
buscando erradicar todas as células tumorais, com o menor dano possível às células 
normais circunvizinhas, à custa das quais se fará a regeneração da área irradiada. 
 Ainda segundo a Pro-Onco (1993), são várias as fontes de energia 
utilizadas na radioterapia. Há aparelhos que geram radiação a partir da energia elétrica, 
liberando raios X e elétrons, ou a partir de fontes de isótopo radioativo, como, por 
exemplo, pastilhas de cobalto, as quais geram raios gama. Esses aparelhos são usados 
como fontes externas, mantendo distâncias da pele que variam de 1 centímetro a 1 metro 
(teleterapia). Estas técnicas constituem a radioterapia clínica e se prestam para tratamento 
de lesões superficiais, semiprofundas ou profundas, dependendo da qualidade da radiação 
gerada pelo equipamento. 
Os isótopos radioativos (cobalto, césio, irídio etc.) ou sais de rádio são utilizados 
sob a forma de tubos, agulhas, fios, sementes ou placas e geram radiações, habitualmente 
gama, de diferentes energias, dependendo do elemento radioativo empregado. São 
aplicados, na maior parte das vezes, de forma intersticial ou intracavitária, constituindo-
se na radioterapia cirúrgica, também conhecida por braquiterapia. 
Fonte Tipo de radiação Energia 
Método de 
aplicação 
Contatoterapia Raios X (superficial) 10 - 60 kV 
Terapia 
superficial 
Roentgenterapia 
Raios X 
(ortovoltagem) 
100 - 300 kV 
Terapia 
semiprofunda 
Unidade de 
cobalto 
Raios gama 1,25 MeV 
Teleterapia 
profunda 
Acelerador linear 
Raios X de alta energia 
e elétrons* 
1,5 - 40 MeV 
Teleterapia 
profunda 
Isótopos 
radioativos 
Raios gama e/ou beta 
Variável conforme o 
isótopo utilizado 
Braquiterapia 
Tabela: fontes usadas na radioterapia e os seus tipos de radiação gerada, energias e métodos de aplicação. 
Fonte: <http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=100> 
 
BRAQUITERAPIA 
A braquiterapia é um tipo de radioterapia interna na qual um material radioativo 
é inserido dentro ou próxima ao órgão a ser tratado. Para isso são utilizadas fontes 
radioativas específicas, pequenas e de diferentes formas por meio de guias denominadas 
cateteres ou sondas. 
 Ou ainda por Lima (et al) 
A Braquiterapia é uma das modalidades de tratamento da radioterapia, 
que usa a fonte de radiação em contato direto com os tecidos a serem 
tratados, são implantados materiais radioativos em formas de pequenas 
sementes encapsuladas com titânio. O uso desse tratamento está 
relacionado diretamente com a preservação dos tecidos sadios e dos 
órgãos próximo ao tumor. 
 
Já segundo Martins, A taxa de dose com que se administra o tratamento define o 
tipo de braquiterapia: por baixa taxa (LDR), média taxa (MDR) ou alta taxa de dose 
(HDR). Hoje são usados poucos radioisótopos para esse fim. O mais usado é o irídio-
192, seguido pelo iodo-125, césio-137 e cobalto-60. 
 
Organograma: Radioisótopos utilizados em cada Braquiterapia. 
Fonte: PRINCÍPIOS FÍSICOS DA RADIOTERAPIA, Homero Lavieri Martins. 
< http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/documentos/Radioterapia.pdf > 
 
Existem duas formas de braquiterapia, permanente e temporária. A Permanente é 
quando as sementes são colocadas e não são retiradas do organismo, tem baixa taxa de 
dose que permite ao paciente uma vida quase sem restrições após o implante, é feita sem 
a necessidade de internação. 
Já a temporária as sementes são fixadas e após umperíodo pré-definido são 
retiradas, possuem um tempo de meia-vida médio que varia de dias até anos, e 
normalmente são reutilizadas em outros pacientes enquanto possuem poder de 
tratamento, tem uma alta taxa de dose e geralmente se usa uma fonte modificada de irídio-
192 e o afterload que é o processo automatizado de implantação da fonte junto ao tecido 
tumoral. A retirada da fonte e armazenagem em recipiente blindado é também feita de 
modo automático. Nesse processo, um aplicador é posicionado e a fonte é introduzida no 
interior do aplicador junto ao tecido tumoral por um equipamento automatizado, sem a 
presença de outros indivíduos que não o paciente, conforme Mourão, (2009). 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
[1] MARTINS, Homero Lavieri. Princípios Físicos da Radioterapia 
[2] LIMA, Bruna Cristina (et al). Modalidades da radioterapia: teleterapia, 
braquiterapia e radiocirurgia. Três Lagoas AEMS. 
 
[3] PATRÍCIO, Maria da Conceição Marcelino (et al). A radioatividade e suas 
utilidades. UERJ Abril/Junho 2012. 
[4] Controle do Câncer: uma proposta de integração ensino-serviço. 2 ed. rev. atual. 
- Rio de Janeiro: Pro-Onco. 1993. < http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=100 
>. Acesso em: 29 set. 2017.

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