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TEORIA DAS PENAS

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TEORIA DAS PENAS
PROF. OLICIO MATEUS
AULA 08/08/2014
Crime - alto potencial lesivo
Delito - médio potencial lesivo
Contravenção - pequeno potencial lesivo, crime "anão", crime lineputiano - Lei 9.099
No Brasil: 
Crime = delito
A sanção penal é uma resposta do Estado no exercício do "ius puniendi"(direito de punir) após a ocorrência do devido processo legal, cabendo tão só ao Estado a punição daquele que infringiu norma de origem penal.
Direito penal objetivo - art. 121. matar alguém - o que está transcrito no artigo da lei. 
Direito penal subjetivo - o Estado criando mecanismos, condições para fazer cumprir a sanção penal - "ius puniendi".
Sanção Penal:
- Penas - aplicada aos imputáveis.
- Métodos de Segurança - aplicada aos inimputáveis (loucos de todos os gêneros, fronteiriços: são extremamente inteligentes, cometem o ato e voltam ao seu estado normalmente Ex: maníaco do parque)
Beccharia - "Dos delitos e das penas" - o Estado não pode punir se o agente não cometer crime prescrito em lei. 
Princípio da Anterioridade - art 1º, CP
Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
Delegado de polícia - representa
Membro do Ministério Público - requer
AULA 15/08/2014
TEORIA DE PENAS
A pena no entendimento doutrinário ocupa três teorias:
Teoria da Retribuição (OAB) ou Absoluta (concurso) - para essa escola a pena tem a finalidade de punir o autor que vem a cometer uma infração penal, ou seja, a pena nada mais é do que a retribuição do mal injusto por ele cometido.
Teoria Relativa, Finalista (concurso), Utilitária ou Prevenção - para essa escola a pena possui um fim prático de prevenção especial e prevenção geral (espelha-se no restante da sociedade).
Teoria Eclética, Intermediária, Mista ou Conciliatória (concurso) - adotada pelo nosso código. Misto das duas anteriores. Para esta a pena tem dupla função, sendo a primeira para punir o criminoso e a segunda para prevenir novas práticas e aí readequar o agente cometedor do crime, reinserindo no centro da sociedade.
Trifásica (adotado non Brasil)
1) Plena base - ver art. 59, CP
2) Agravantes / atenuantes - parte geral do código. ver arts 64/65
3) Aumento / diminuição da pena - parte geral e especial - art 14
CP, Art. 14. Diz-se o crime: 
Crime consumado 
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; 
Tentativa 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. 
Pena de tentativa 
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. 
Quanto mais distante o agente ficou da realização do crime, mais chances de ser diminuída a pena.
Opinium delicti - O MP diante dos elementos contidos no inquérito policial, ou mediante outras peças informativas, verificando a existência do fato que, em tese, caracteriza crime e indícios de autoria, forma sua convicção, denominada "opnio delicti", iniciando a ação penal publica com oferecimento da peça inicial, definida no CPP, Art. 24. 
O MP pode agir da seguinte forma:
- denúncia
- arquivamento do inquérito policial
pede quota ministerial - pede mais elementos
CPP, Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
§ 1º - No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
§ 2º - Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública.
A prestação jurisidicional ocorre na sentença.
CP, Art. 59. O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: 
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; 
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; 
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; 
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível.
O agente comete um furto e é condenado. Se cometer novo furto, não é reincidente. Para ser reincidente, deve ter uma condenação anterior, e ser condenado novamente.
Prisão cautelar (aplicada antecipadamente ao transito em julgado, não é pena) - prisão temporária - 
Crimes hediondos (30 dias + 30 dias)
Demais crimes (5 dias + 5 dias)
Não pode renovar
O delegado não pode pedir a renovação de 5 dias. O delegado tem que ter indícios veementes e levar ao juiz para a renovação. Se achar devido, pode haver a prisão preventiva (não há prazo de prisão).
Meirinho - oficial de justiça
Somente no plenário de júri não há que fundamentar a decisão, pois são os jurados que julgam. O juiz é obrigado a motivar.
Crimes tentados ou consumados contra a vida na forma dolosa vão ao júri.
Partícipe - agente facilitador. Ex: responsável por trancar sala, não tranca
Co-autor -  ex: responsável por sala, ajuda o autor a cometer o crime, supervisionando quem está por perto.
Garante - (13º art, CP, segunda parte) - tem obrigação jurídica de prestar socorro Ex1: salva vidas de praia que não socorre, responde por homicídio.
Ex2: pai da menina Nardoni, via a madrasta asfixiando a menina e nada fez.
EX3: pai que deixa a menina sem supervisão de adulto e a menina cai da arvore e morre. O pai responde com homicídio culposo. 
AULA 22/08/2014
Norma penal em branco 
É aquela que para se materializar legalmente exige do auxilio de uma norma ou portaria secundaria.
Ex: Portaria da Anvisa especificando o rol de drogas.
Homogênea(latu senso)
Quando a norma complementada vier da mesma raiz.
Ex: Rol de drogas 
Heterogênea(stricto senso)
Quando a norma complementada vem de raiz diferenciada. 
Ex: Impedimento para casamento esta no CC.
Princípios 
"Status libertatis" x "Jus puniendi"
Quando se comete um crime nasce pro Estado o "Jus Puniendi", se apurando no primeiro momento as circunstancias que se apuraram o crime. 
Art. 121 bem da vida direito penal objetivo
Processo Penal = O homem nasce de natureza livre "Status Libertatis" 
Subjetivo: E o estado criando mecanismos para fazer cumprir adequadamente a sanção penal que ele próprio criou, so aplica quando ha crime. Havendo a aplicabilidade dessa sanção, vamos a aplicabilidade das penas.
Sistema Trifásico: Adotado no Brasil, nos temos três espécies de penas sendo a primeira a privativa de liberdade (reclusão e detenção). Segunda espécie as penas restritivas de direito ( não pode frequentar determinados lugares, pode se ausentar da comarca por ate 8 dias, alem fronteira tem que pedir autorização judicial) elencadas no art.43 do CP; e por fim a pena de multa (é oriunda do direito administrativo). 
CP, Art. 43. As penas restritivas de direitos são: 
I - prestação pecuniária; 
II - perda de bens e valores; 
III - VETADO.
IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; 
V - interdição temporária de direitos; 
VI - limitação de fim de semana. 
Penalidade Percuniária: Depósito de valor em uma consta determinada pelo juiz. Cesta básica. 
Direito Penal Objetivo:
Pergunta de OAB
Qual o único tipo de prisão com tempo determinado no Brasil?
A prisão temporária. Só ocorre durante o inquérito policial, busca autoria e materialidade. 
Flagrante retardado ou diferido: Só existe na lei do Crime organizado (lei nº12.850/2013), fora dela não existe. 
Calculo da Pena por via da dosimetria
O artigo 68 do CP diz que a pena é aplicada observando as três fases, e essa são distintas remetendo-seao art. 59 do CP.
1º Fase: O juiz estabelece a chamada pena base (circunstâncias judiciais), que é através dela que incidira os demais cálculos. Nesta fase o juiz esta restrito a pena 
mínima e a máxima. 
Art. 59  O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: 
2º Fase: Cada circunstância  deve ser analisada bem como valorizada individualmente e nunca de forma genérica. Posição unanime dos tribunais bem como das doutrinas. Logo apôs a fixação da pena base, serão consideradas as agravantes e as atenuantes, elencadas no art. 61 ao 65 do CP. 
Aplicação do principio da razoabilidade 
O Código Penal não informa o quanto deve ser atenuado ou agravado, logo cabendo ao juiz aplica-lo em observação ao principio da razoabilidade. 
3ºFase: Diz respeito ao aumento e diminuição de pena prevista no art. 68 do CP. Entre as três fases é a única que aparece na parte geral e na parte especial do código. 
AULA 29/08/2014
APLICAÇÃO DE PENAS
Primeiro se aplica a pena base, em seguida os agravantes e atenuantes. 
CP, Art. 14. Diz-se o crime: 
Crime consumado 
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; 
Tentativa 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. 
Pena de tentativa 
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. *
* Não tem a formula de calculo expressa no CP nem no CPP, recorrendo a doutrina. Quanto mais próximo chegar perto de realizar, tentativa de um crime, menor a diminuição da pena. 
Figura do garante
O código penal arquiteta uma posição denominada de garante, o qual sera obrigado, pela ordem normativa, a impedir um resultado danoso. O garantidor não responde por ter causado o crime e sim por não te-lo impedido caso tenha essa possibilidade.
CP, Art. 13. O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
Superveniência de causa independente
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.
Relevância da omissão
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: 
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. 
SURSIS
É um instituto que nasce no código napoleônico, para punir crimes de lesa majestade ( Crime praticado contra a figura de rei). A palavra sursis tem origem etimológica francesa, especificamente no verbo souternir, que significa suspender. 
A suspensão condicional da execução da pena. É um instituto de política criminal que se destina a evitar o recolhimento a prisão o condenado. Porem o condenado ficara sujeito a execução da pena que será suspensa ao final. Aplica-se alternativas em lugar de privativas liberdade. 
As penas restritivas de direito e a pena de multa não permitem o sursis. 
OBS: Esse instituto só pode ser utilizado para penas de curta duração. 
É um direito subjetivo publico, pois leva ao condenado um determinado beneficio, é um direito e é necessário preencher requisitos em vista do caso em concreto é de competência do juízo. 
Crime de natureza leve. 
Art. 89, lei Nº9099/95 - suspensão condicional do processo (suicídio processual)
Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena. 
§ 1º - Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá* suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições: 
I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; 
II - proibição de freqüentar determinados lugares; 
III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz; 
IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. 
§ 2º - O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado. 
§ 3º - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano. 
§ 4º - A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta. 
§ 5º - Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade. 
§ 6º - Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo. 
§ 7º - Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores termos. 
* Devera oferecer se ele preencher os requisitos. 
É um voto de confiança ao delinqüente, no art. 89, aponta as condições que autorizam as sua concessão. Sua previsão legal consta no art. 77, CP (introduzido em 1984). 
Sursis Simples
Tem previsão legal nos artigos 77 e 78, do CP.
CP, Art. 77. A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: 
I - o condenado não seja reincidente em crime doloso; 
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício; 
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código. 
§ 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício. 
§ 2º A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão. 
CP, Art. 78. Durante o prazo da suspensão, o condenado ficará sujeito à observação e ao cumprimento das condições estabelecidas pelo juiz. 
§ 1º - No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à comunidade (art. 46) ou submeter-se à limitação de fim de semana (art. 48). 
§ 2º Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias do art. 59 deste Código lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo anterior pelas seguintes condições, aplicadas cumulativamente: 
a) proibição de freqüentar determinados lugares; 
b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz; 
c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. 
Sursis Especial
Sursis Etário
CP, Art. 77, § 2º A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão. 
O requisito é que o agente a data que houver a sentença, tem que ter 70 anos ou mais.
Sursis Humanitário
CP,Art. 77, § 2º A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão. 
Éestabelecido a pessoas que estão em estado de saúde debilitado em estagio avançado. Como o Estado não tem condições de dar um tratamento medico adequado no sistema prisional, o Estado permite que o indivíduo nessas condições tenha o sursis. Ele vai para casa. Mantê-lo em cárcere serio o mesmo que condenar o indivíduo a morte. 
É uma inovação penal brasileira.
Sursis com pena - tem efeito jurídico - existe uma condenação ou uma sentença 
Sursis processual ou suspensão do processo 
Art 89, lei 9099/95 - não efeito jurídico - não houve condenação - não tem julgamento.
Sursis em caso de concurso de crimes
No concurso de crimes devera ser considerado a soma das penas de forma acumulada, e havendo excesso de dois anos não será possível a aplicação do beneficio uma vez que as penas não são consideradas isoladamente.
Não esta aplicado no CP, apenas tem base doutrinaria. 
Sursis em caso de crime hediondo
No crime hediondo ou equiparado não é obstáculo para o beneficio, desde que presente os requisitos. 
CP, Art. 77, inciso I- o condenado não seja reincidente em crime doloso; 
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício; 
Teoria de Ferri
Enrico Ferri (1856-1929) professor italiano universitário, advogado politico militante considerado o pai da moderna sociologia criminal. 
Um dos fundadores da escola positivista de criminologia. A teoria de Ferri é conhecida por sua equilibrada teoria da criminalidade, por seu ambicioso programa politico criminal, censurou os clássicos, Promulgava um estudo etiológico do crime, orientando a uma busca cientifica de suas causas. Postulou que teorias de que os metodos de prevencao de crimes deveriam ser o pilar para o cumprimento da lei, em oposição a punição de criminosos. 
Argumentou ainda que religião, amor, honra e lealdade não contribuem para evitar o comportamento criminoso. 
Ler:
- Sentença do juiz sete lagoas
- Eugenio Raul Zafaroni um dos três melhores autores do mundo em penal
Em busca das penas perdidas
Livro do Prof. Olicio - Acesso a justiça - ficção ou realidade 
AULA 05/09/2014
DIFERENÇAS DO SURSI COM SUSPENSÃO DA PENA COM O SURSI CONDICIONAL DO PROCESSO
Sursi com suspensão de pena
1º Após terminado o período de prova, os registro criminais serão mantidos. Pode solicitar a reabilitação do nome, porem o registro sai da publicidade mas continua nos arquivos.
2º Passível de reincidência. Para ser reincidente deve ter sido condenado.
3º Apontamento de maus antecedentes. 
4º Sentença condenatória vai constituir titulo executivo
Ação civil "ex delicto" 
Sursi condicional do processo
Por não existe ou não haver condenação. 
1º O agente continuara primário
2º Manterá seus bons antecedentes. 
3º Não haverá a constituição de titulo executivo. 
ELO PROCESSUAL - Só tem quando o juiz receber a denuncia. Art. 396 e 396-A 
SUCUMBÊNCIA -  É o principio que atribui a parte vencida em um processo judicial op pagamento de todos os gastos decorrentes da atividade processual. 
Ex:Alguém entra com a ação e perde
Aquele que ficou em prejuízo penal, sentenciado. 
CONDENADO -  quando transitado e julgado, sem restar mais recurso. Não tem mais como recorrer. 
SENTENCIADO -  Foi sentenciado a uma pena, porem tem possibilidade de recorrer e ate mesmo ser absorvido. 
LAPSO TEMPORAL -  É a perda do Estado punir pelo não exercício em determinado lapso de tempo
SISTEMA FRANCO-BELGA
Esse sistema é o adotado pelo Brasil. Esse sistema esta condicionado a prolatação da sentença condenatória e a execução ficará suspensa durante determinado tempo de prova. E ocorre sem nenhuma fiscalização.
AULA 19/09/14
Crime Hediondo - Crime que causa repusa da sociedade por ser com caráter de crueldades. Tem maior repercussão.
Equiparados - Não estão no rol de crimes hediondos mas são tratados igualmente.
Só vai a júri crime tentado contra a vida. Se houver dolo.
Tentativa branca ou incruenta -  Acontece quando a vitima não chega a ser fisicamente atingida, fica incólume. 
Tentativa vermelha ou cruenta - Quando a vitima sofre lesões, porem o crime não chega a ser consumado. 
Questionário
1- O quer se entende por Sursis humanitário (profilático)?
É estabelecido a pessoas que estão em estado de saúde debilidade em estagio avançado. Como o Estado não tem condições de dar um tratamento medico adequado no sistema prisional, o Estado permite que o indivíduo nessas condições tenha o sursis. Ele vai para casa. Mantê-lo em cárcere serio o mesmo que condenar o indivíduo a morte. 
Art. 77, CP.§ 2º A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão. 
2- Tratando-se do instituto do Sursi, como fica no caso de haver concurso de crime?
Quando ocorrer do caso de concurso de crimes, o juiz para conceder a sursis, deverá levar em consideração, a soma das penas cumuladas. Havendo o excesso de dois anos na soma das penas, o condenado não poderá ser beneficiado com a suspensão condicional da pena. Não poderão ser considerados os valores isoladamente.
3- É possível nos crimes hediondos (equiparados) a aplicação do Sursi?
Caso o agente tenha cometido crime hediondo ou equiparado, não há um impedimento se ele preencher os requisitos.
Como já foi dito, além de preencher os requisitos objetivos, deverão também, preencher os pressupostos subjetivos que estão previstos no art. 77, incisos I e II. O inciso I exige que o criminoso não seja reincidente em crime doloso. Já o inciso II relata “que a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício” (MIRABETE, 2003:325).
4- Em caso de crime doloso caso ocorra reincidência, terá o agente a possibilidade de ser alcançado pelo beneficio?
Elencado no art. 77, CP O inciso I exige que o criminoso não seja reincidente em crime doloso. Já o inciso II relata “que a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício. 
Sendo assim o agente não enquadrado nos requisitos citados no art. 77, não terá direito ser for reincidente em crime doloso. Se o condenado sofrer uma pena de multa e após cometer um crime doloso, terá direito ao beneficio, desde que preencha os requisitos, o mesmo ocorrendo se vier a cometer um crime doloso. 
5- O beneficio pode ocorrer mais de uma vez (temporariedade)?
Sim, desde que ocorra por lapso temporal de cinco anos por previsão no art.64, inciso I:
Art. 64, Para efeito de reincidência: 
I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; 
AULA 17/10/2014
Livramento Condicional 
Requisitos Objetivos =  não tem como negar 
Condenação a pena privativa de liberdade igual ou superior a dois anos. 
Cumprimento parcial da PLL [ cumprimento de mais de 1/3 da pena se não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes; cumprimento de mais da metade (1/2) da pena se for reincidente em crime doloso, e cumprimento de mais de 2/3 da pena nos casos de condenação por crime hediondo, tortura, trafico ilícito de drogas e terrorismo, se o apenado não for reincidente especifico em crimes dessa natureza].
Reparação, salvo efetiva impossibilidade do dano causado pela infração. 
Requisitos Subjetivos = juiz pode negar 
Comprovação de comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto.
O condenado por crime doloso cometido comviolência ou grave ameaça a pessoa,  a concessão ficara também subordinada a contestação de condições pessoais que façam presumir que o liberdade não voltara a delinquir.
Condições 
Tendo em conta que o livramento condicional e uma antecipação da liberdade, feita em caráter provisório, para se aferir o grau de reinserção, o condenado será submetido a algumas condições a serem especificadas na sentença  (art. 85 CP).
- obter ocupação licita, dentro do prazo razoável, se for apto para o trabalho.
- comunicar periodicamente ao juiz sua ocupação 
- não mudar da comarca sem previa autorização do juízo da execução
A ideia é que não entre mais o livramento condicional no próprio código penal. 
Quem defende o livramento condicional acredita que será ferido o direito de liberdade  e um retrocesso na ordem jurídica em contra partida aqueles que querem que ele se exclua, alega que o beneficio poderá ser disponibilizado para aqueles que ja foram condenados  e deixaria de beneficiar somente aqueles que recebem pena após o novo código penal.
O Livramento Condicional - É uma espécie de beneficio que e dada ao apenado, portanto tem direito subjetivo, sendo uma concessão do poder judiciário, de uma liberdade, antecipada ao condenado mediante a obediência a pressupostos e ainda condicionada a determinadas exigências a serem cumpridas  durante o período do restante da pena a ser cumprida possibilitando a condicional de ficar solto quando na realidade deveria estar preso.  
DICA:
Aonde cair o flagrante retardado (OAB) ou flagrante diferido (concurso publico) onde pode ser caracterizado? 
Flagrante preparado ou esperado
Ex: você monta uma campana, filmando aguardando para realizar a prisão. 
caracteriza-se prisão com vícios (o estado preparou a situação para caracterizar o flagrante)
- liberdade confiança  - o juiz é obrigado 
- liberdade provisória -  remédio for legal. 
- Relaxamento de prisão em flagrante - e quando tiver vicio 
Requisitos para a Liberdade Provisória 
- bons antecedentes
- residência fixa 
- ocupação fixa    
Exaurimento do crime : Quando aquele que exigiu  na propina, vai retira-la, por que o flagrante do crime ja ocorreu no momento em que foi solicitado a propina e não simplesmente por suas retiradas. 
Requisitos Objetivos 
- pena privativa de liberdade
- pena igual ou superior a dois anos (menor que dois anos ou ate dois anos tem o remédio do SURSIS 
- reparação do dano*  
* OAB -  as vezes ocorre a impossibilidade de reparar o dano, mas assim mesmo não se pode negar o livramento se assim for comprovado essa impossibilidade.
cumprimento de mais de 1/3 da pena apresentando um bom comportamento e não sendo reincidente.  (art. 83 CP) 
Requisitos Subjetivo 
- bom desempenho para o trabalho
- aptidão para prover a própria subsistência 
- cessação para periculosidade
- trabalho honesto  
Livramento condicional não passa dos 30 anos no máximo que ele pode ficar em regime fechado. 
O calculo do beneficio, será sempre o total da pena, e tratando-se de crime hediondo, terá o sentenciado ou apenado que cumprir mais de 2/3 da pena, para ter direito ao beneficio.   mais de 60% da pena 2/3. 
Revogação ( art. 86 CP)
Revogação obrigatória -  
Revogação Facultativa ( art. 87 CP) - 
Qual a diferença da obrigatória para facultativa?
R: 
AULA 24/10/14
EFEITOS DE CONDENAÇÃO
Quando se fala sobre os efeitos da condenação, pressupõe que o agente tenha cometido um fato típico, ilícito e culpável, e por conseguinte condenado a uma pena. Essa pena pode ser privativa de liberdade, restritiva de direito e multa. Chamadas penas legais. (CP, art. 32)
CP, Art. 32. As penas são: 
I - privativas de liberdade;
II - restritivas de direitos;
III - de multa.
Somente se diz condenado o agente que esta com sentença em transito em julgado, sem recurso pendente, com esgotamento de recursos. 
Somente se mantém preso por prisão preventiva (crime de peculato), com requisitos elencados no art. 312 e 313 do CP. Tendo que manifestar juridicamente a vontade de manter o agente livre. 
DOS CRIMES PRATICADOS
POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
Peculato
CP, Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
Peculato culposo
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
Peculato mediante erro de outrem 
CP, Art. 313. Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Respeitando-se o principio do contraditório, a ampla defesa, levando em consideração o direito de ser livre do homem.
Réu condenado = réu que transitou julgado, sem possibilidade de recursos, esgotou-se toda a natureza recursal. 
Transitou julgado tem 15 dias para recurso de apelação. 
Se o réu respondeu o processo preso, recorre preso. Ja se o réu respondeu o processo em liberdade, pode apelar em liberdade (o juiz pode determinar se o réu respondera em liberdade, com fundamento). Ate a resposta final do ultimo recurso. 
Vara criminal - Vara das execuções criminais 
LEP (Lei de Execução Penal)- Para onde o réu for, o processo dele vai junto. Se for transferido para outro Estado.
Pode responder a precatória a distancia.
CPP, Art. 185, § 2º - Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades:
Efeito primário
O primeiro efeito da condenação é o recolhimento do condenado ao estabelecimento prisional adequado (direito penal subjetivo), sempre em conformidade com o regime estabelecido pelo juiz (pode ser fechado, semi-aberto ou aberto), caso não seja o cárcere seu destino será submetido a pena restritiva de direito ou de multa. 
CP, Art. 91. São efeitos da condenação: 
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime; 
II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: 
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito; 
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso. 
§ 1o Poderá ser decretada a perda de bens ou valores equivalentes ao produto ou proveito do crime quando estes não forem encontrados ou quando se localizarem no exterior. (Incluído pela Lei nº 12.694/2012) 
§ 2o Na hipótese do § 1o, as medidas assecuratórias previstas na legislação processual poderão abranger bens ou valores equivalentes do investigado ou acusado para posterior decretação de perda. (Incluído pela Lei nº 12.694/2012)
Efeito secundário
A revogação da sursi, ou ainda o livramento condicional caso haja a reincidência por crime posterior. 
Crime cometido por funcionário publico
Se o crime for cometido por funcionário publico e o mesmo condenado a mais de 4 (quatro) anos, ele perde o cargo.
E se cometer o crime em abuso de autoridade do cargo que ocupava perde o cargo em caso de condenação a partir de um ano. Tem que estaexpresso na sentença, não é de forma tácita. 
Assim o art. 92 do CP:
Art. 92. São também efeitos da condenação: 
I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: 
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública; 
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos. 
II - a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado; 
III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso. 
Parágrafo único. Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença. 
Toda decisão do juiz tem que ser motivada, tem que estar expresso na condenação. 
Questão de concurso
Qual a diferença entre o art. 91 e 92 do CP, em relação aos efeitos da condenação?
R: Artigo 91 é genérico, é aplicado a qualquer crime automaticamente. Ja no art. 92 esta contido a uma só classe de ordem (funcionário publico). A diferença esta contida em relação ao art. 91, sua aplicação é genérica, de forma automática após a condenação. Em relação ao art. 92, esta contido a determinados crime e ainda para que surta efeitos legal tem que estar expressamente declarado na sentença e ainda ser motivado. 
Reparação do Dano
A reparação do dano é a garantia que a vitima tem de poder ser reparada pelo dano causado por via de crime anteriormente cometido(amparada no principio da responsabilidade pessoal ou principio da responsabilidade da pena). Na realidade é a restauração do bem jurídico violado ainda que isso seja uma ficção jurídica.
A execução civil com função de reparar encontra amparo em nosso diploma de execução penal no art. 63, CP.
Ficção Jurídica - Diz-se ser ficção por quase que a totalidade de crime não serem reparados, sem contar que a vida não pode ser reparada. Essa denominação é utilizada pela doutrina. 
Ação Civil "ex delicto" 
É uma reparação de dano. 
Todo o efeito de condenação tem que ser reparado. Mesmo tendo em vista que a vida não tem possibilidade de ser reparada. A sentença é um titulo executivo, onde o juiz pode determinar um valor mínimo de âmbito reparatório. (ate 1998 não era possível o juiz penal estabelecer um valor).
Caso o valor estipulado pelo juiz não satisfaça a vitima, deve entrar com uma ação civil "ex delicto", onde não se pode discutir mérito apenas o valor.  
Pode entrar com transito julgado ou no momento do crime. 
CPP, Art. 63. Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros. 
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso IV do caput do art. 387 deste Código sem prejuízo da liquidação para a apuração do dano efetivamente sofrido.
AULA 31/10/2014
MEDIDA DE SEGURANÇA
Constitui uma espécie de sanção penal imposta pelo Estado e devem ser observadas as demais normas e garantias constitucionais e fundamentam a pena. Não é uma pena e sim uma forma de tratamento a fim de curar ou de fazer com o agente volte a conviver em sociedade. 
Sentença Absolutória imprópria - o juiz reconhece a autoria e materialidade do fato e deixa de aplicar a pena. 
CP, Art. 96 As medidas de segurança são: 
I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado; 
II - sujeição a tratamento ambulatorial. 
Parágrafo único. Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste a que tenha sido imposta.
Quando o juiz aplica uma pena deve respeitar os art. 1 e 2º do CP, os princípios de proporcionalidade.
Anterioridade da Lei
Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
Lei penal no tempo 
Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. 
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
PRAZO DE DURAÇÃO
O prazo estabelecido para a medida de segurança é de três anos CP, art. 97, § 1º, sendo porem esse prazo indeterminado que ficara adstrito enquanto não cessar a a periculosidade do agente. Não foi previsto pelo CP prazo máximo da medida de segurança. A cada três anos será avaliado por medico competente que através de seu lado poderá ser renovado o prazo de medida de segurança. Enquanto op agente demonstrar periculosidade ele devera ser mantido longe da sociedade. 
CP, Art. 97. Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial. 
Prazo 
§ 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos. 
DIFERENÇAS ENTRE MEDIDA DE SEGURANÇA E PENA
1 - Função da pena
Retribuitiva:  O agente comete ato ilicito e por isso tem que pagar, sofrer sanção
Preventiva: "IUS PUNIENDI" o Estado puni para servir de exemplo para que outros não façam o mesmo.
Ressocialização: Volte ao convívio com a sociedade
-> A Natureza da medida de segurança é apenas preventiva. 
2 - A pena esta ancorada na culpabilidade do agente.
A medida de segurança esta ancorada a periculosidade do agente. 
Principio do favor rei - absolvição por falta de provas
CPP  Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: 
VII - não existir prova suficiente para a condenação. 
3 - A pena tem função/caráter (caráter - OAB/ função - concurso publico) retributiva e preventiva, enquanto a medida de segurança tem caráter unicamente preventivo.
4 - A pena são determinadas, enquanto a medida de segurança indeterminada, só cessando com a periculosidade do agente.
5 - A penas são aplicadas aos imputáveis e semi-imputáveis ja a medida de segurança aos inimputáveis.
Fronteiriço
Sujeito inteligente, que comete um crime e após isso volta ao seu estado de normalidade
Modus Operandi - Modo de operação - Forma como age em todos os crimes
Atualmente se for constatado que uma pessoa pratica um delito recebera a medida de segurança, porem em caso de semi imputabilidade os tribunais tem entendido que o agente por ter condições de seguir a época do fato, o crime cometido devera responder com aplicação de pena.
Denominação: Louco de todos os gêneros.
SISTEMAS
Adotávamos o sistema duplo binário que dizia que o juiz ao adotar a punibilidade pode aplicar a medida de segurança e a pena, com efeito de sanção as duas. Então o Brasil passou a adotar o sistema Vicariante em 1967, que aplica apenas umas das formas de sanção proibindo a cumulação das sanções detentivas.
LER: 
-> Projeto de lei 1004
-> CLÁUDIO BRANDÃO
-> JUAREZ TA
-> RENE ADEODOTI
AULA 07/11/2014
AÇAO PENAL
Quem preside a ação a penal é o juiz.
O titular com base no art. 129, é o ministério publico. 
AÇÃO PENAL PUBLICA (somente o MP movimenta ela conforme art. 129, CF)
CF, Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; 
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; 
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimôniopúblico e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; 
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; 
V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; 
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; 
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; 
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; 
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. 
§ 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei. 
§ 2º - As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. 
§ 3º - O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. 
§ 4º - Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. 
§ 5º - A distribuição de processos no Ministério Público será imediata. 
Quando for de interesse publico o MP é o titular, sendo ação penal publica. Se inicia com a Denuncia. 
A ação penal publica pode ser: 
Condicionada;
Incondicionada.
Condicionada
Precisa de autorização para que o MP movimente a ação, essa autorização se chama representação.
Ação penal condicionada por representação.
O código penal deve trazer expresso a representação. 
CP, Art. 147. Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
Parágrafo único. Somente se procede mediante representação. 
Ameaçar alguém é a promessa de mal futuro e injusto a alguém. 
A representação é feita no próprio boletim de ocorrência, que vem descrito "manifesta-se a vitima a representação", essa manifestação deve ser feita em no máximo 6 meses após o BO. A representação somente pode ser feita pela própria pessoa, exceto em crime contra a liberdade sexual. 
Incondicionada
Não necessita de autorização para o MP movimentar a ação.
AÇÃO PENAL PRIVADA 
É uma característica somente do direito penal brasileiro, em nenhum outro lugar do mundo ha essa característica.
Propriamente dita
Ha uma excessão do art.129 onde não é o MP o titular do processo e sim um advogado nomeado pela parte que são os ofendido ou vitima; na impossibilidade da própria pessoa movimentar a ação temos o CADI (cônjuge, ascendente descendente e irmão). 
O objetivo é o mesmo da ação penal publica, chegar a prestação juristional (sentença).
Se enquadra em propriamente privada quando estiver expresso no CP, inicia-se por queixa crime. Se enquadra os crimes contra a honra conforme Código Penal nos Art. 138, 139, 140 e 145.  
Art. 138. Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime.
Art. 139. Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação.
Art. 140. Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro. 
Art. 145. Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, 
§ 2º, da violência resulta lesão corporal. 
Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3º do art. 140 deste Código. 
Personalíssima
Somente ha possibilidade do CADI movimentar, se o mesmo vier a falecer encerra e arquiva a ação penal personalíssima. Ha apenas uma possibilidade elencada no art. 236, CP:
Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento 
"CP, Art. 236. Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
Parágrafo único. A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento".
Ex: Casar com um homem que ocultou o fato de não ter o órgão genital; ou infertilidade.
Somente há uma possibilidade de ação penal personalíssima no art. 236, CP. 
O crime de adultério (era art.240) foi excluido do CP, se enquadrava em personalíssima. 
CP, Art. 240. Revogado. 
O bem jurídico protegido é a constituição da família. A competência para julgar o cancelamento do casamento religioso é o Tribunal Eclesiástico. A decisão do justiça comum a favor serve apenas como prova para o processo eclesiástico. 
Pesquisar:
->Upiano ano 500- livro do prof. acesso a justiça 
-> Direito eclesiástico - somente dois no Brasil - vale a pena $$$$ Dr Helio
-> Corolário de provas
Px aula art. 59, CF ação penal privada - inércia 
AULA 14/11/2014
ACAO PENAL PRIVADA SUBSIDIARIA DA PUBLICA - INÉRCIA OU DESIDIA
Consiste na autorização constitucional prevista no art. 5º, LIX da CF, e ordinária (art. 100, §3º, CP e art. 29 do CPP) ocorre quando o MP, titular da ação penal, ficar inerte, ou seja, não adota uma das três medidas que pode tomar mediante inquérito policial. Abre-se a possibilidade que seu ofendido, ou representante legal, ou seus sucessores (art. 31, CPP C/C art. 100, §4, CP), ingressem com a ação penal privada subsidiaria da publica. 
CF, Art. 5º, LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;
CP, Art. 100, § 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal. 
§ 4º - No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. 
CPP, art. 29 Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. 
CPP, Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. 
O autor não fica obrigado a entrar com a ação, não há o principio da obrigatoriedade para a ação penal privada. 
Ex. Calunia
A diferença entre a ação penal privada é que o MP é o titular, não ha possibilidade de desistência por parte do MP, uma vez interposto o recurso.
CPP, Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto. 
Principio do indisponibilidade
CPP, Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal. 
Ação penal privada subsidiaria da publica 
Nascimento da ação penal privada subsidiaria da publica, elencada no CPP, art.46, através da inércia (OAB), ou desídia (concurso):
CPP, Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquéritopolicial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos. 
O prazo para denuncia é de 5 dias se o réu estiver preso e de 15 dias se o reu estiver solto. 
Toda vez que uma prisão for legal o remédio é a liberdade provisória (com ou sem fiança). Toda vez que uma prisão tiver vicio o remédio é relaxamento da prisão. Se o reú estiver preso, relaxamento da prisão em flagrante, liberdade imediatamente. 
O MP oferece denuncia contra todos, a fim de evitar o vicio. O vicio tem penalidade conforme art. 801, do CPP. 
Vicio = constrangimento, ''custus legis''
CPP, Art. 801. Findos os respectivos prazos, os juízes e os órgãos do Ministério Público, responsáveis pelo retardamento, perderão tantos dias de vencimentos quantos forem os excedidos. Na contagem do tempo de serviço, para o efeito de promoção e aposentadoria, a perda será do dobro dos dias excedidos. 
Caso ficar provado que o membro do MP agiu em interesse de alguém respondera ainda pelo crime de prevaricação. 
RETRATAÇÃO
É o instituto do qual o agente manifesta o desejo de não processar o autor. Podendo ocorrer ainda a retratação da retratação que é possível desde que não tenho ocorrido o prazo decadencial. 
Decadência do direito de queixa ou de representação 
CP, Art. 103. Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia. 
6 meses - não importa o numero de dias dos meses
Caso haja inércia do particular volta a titularidade do MP. 
O prazo conta a partir do dia que ele toma conhecimento da queixa-crime. Caso a titularidade da ação penal privada subsidiaria da publica, sendo do ofendido ou seus representantes e mesmo se mantiver inerte por 6 meses, a titularidade volta para o MP. 
Em todas as ações em o MP não for titular, ele pode atuar como assistente. 
Ate que haja o oferecimento da queixa/denuncia ha a possibilidade de se retratar.
Retratação de retratação é possível, desde que esteja dentro do prazo decadencial e que o prazo não caiu. O prazo é de 6 meses. O processo fica no arquivado dentro do próprio cartório, ate a data de seis meses caso haja o interesse de retratação. Apos esse prazo o processo é extinto.

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