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Programação Gran Dicas Abertura • Prof. Marcelo Borsio Direito Civil/Processo Civil • Prof.ª Raquel Bueno Direito Constitucional • Prof. Carlos Mendonça Intervalo Direito Previdenciário • Prof. Fernando Maciel Direito Tributário • Prof. Marcelo Borsio Intervalo Direito Internacional • Prof.ª Alice Rocha Direito Administrativo • Prof. Nilton Carlos Intervalo Criminologia • Prof. Maurício Rocha Direito Processual Penal • Prof. Adriano Barbosa Direito Penal • Prof. Flávio Daher Peças • Prof. Bruno Fontenele Encerramento • Prof. Bruno Fontenele 14:40 • 15:30 11:25 • 12:15 16 10:35 • 11:25 14 08:00 • 08:15 08:15 • 09:25 11 6 10:15 • 10:35 12:15 • 13:45 13:50 • 14:40 21 25 15:50 • 16:30 15:30 • 15:50 9 36 40 47 16:30 • 17:30 17:30 • 18:30 18:30 • 19:30 19:30 • 19:35 09:25 • 10:15 Mensagem aos futuros Delegados de Polícia Federal “Exercer as atribuições de polícia judiciária e administrativa da União, a fim de contribuir na manu- tenção da lei e da ordem, preservando o estado democrático de direito.” Missão da Polícia Federal Você está entrando em um tradicional evento realizado pelo Gran Cursos Online. O Gran Dicas é um aulão que ocorre na véspera do concurso com a missão de oferecer orientações importantes para você, futuro servidor do público, se sair bem ao enfrentar e vencer o seu inimigo número 1: a senhora banca examinadora. Em nosso caso, o Cebraspe/CESPE/UnB. Aqui você terá acesso a valiosos conteúdos previstos no edital e a dicas de comportamento que farão a grande diferença na hora “H”. Tudo foi pensado para que você acerte o maior nú- mero de questões na prova, conquiste sua tão sonhada vaga no serviço público e se torne uma autoridade pública, um Delegado Federal. Os nossos professores são, em sua grande maioria, servidores públicos da área jurídica e experientes ex-concurseiros. Na maior parte, eles acumulam, ainda, funções de técnicos, as- sessoramento, direção, comando, pesquisadores e autores de livros e apostilas. Enfim, são os melhores profissionais nas respectivas áreas de atuação e, por extensão, nas disciplinas que ministram. Além disso, foram selecionados por nós porque têm a fama de serem certeiros na previsão de questões que caem nas provas. As aulas e dicas que eles oferecerão nesta edição do Gran Dicas são fruto da enorme experiência por eles acumulada. Ao escolher uma carreira pública para nela ficar até a aposentadoria, o candidato sabe que essa escolha deverá se pautar pela convicção de que é um vocacionado para o efetivo e eficiente desempenho das atribuições do cargo que exercerá com a preocupação de servir a nação, o estado, o município; enfim, o cidadão-cliente, patrão de todos os agentes públicos. Agora quem, em especial, almeja ser Delegado Federal deverá ter em mente e no co- ração que carregará, além da vocação, os seguintes atributos: energia, inteligência, tirocínio, paciência, curiosidade, persistência, autocontrole, paixão pelo servir o outro, coragem, lealda- de, companheirismo, sinceridade, apego à legalidade, ética, probidade, respeito aos Direitos Humanos. O Delegado de Polícia Federal tem como atribuições do cargo: instaurar e presidir pro- cedimentos policiais de investigação, orientar e comandar a execução de investigações re- lacionadas com a prevenção e a repressão de ilícitos penais, participar do planejamento de operações de segurança e investigações, supervisionar e executar missões de caráter sigiloso, participar da execução das medidas de segurança orgânica, bem como desempenhar outras atividades, semelhantes ou destinadas a apoiar o órgão na consecução dos seus fins. São princípios e valores éticos que devem nortear a conduta profissional do agente públi- co do Departamento de Polícia Federal: I – a dignidade, o decoro, o zelo, a probidade, o respeito à hierarquia, a dedicação, a cor- tesia, a assiduidade, a presteza e a disciplina; e II – a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade, a eficiência e o interesse público. Por ter tanto poder, tanta respeitabilidade perante a sociedade brasileira, o Delegado de Polícia Federal tem – diretamente proporcionais – deveres e responsabilidades no exercício das atribuições do cargo. Pense nisso! Precisamos de você no serviço público brasileiro. Nos veremos no dia da posse! GRAN sucesso, “Mas, se a sociedade não pode igualar os que a natureza criou desiguais, cada um, nos limites da sua energia moral, pode reagir sobre as desigualdades nativas, pela educação, atividade e perseverança.” – Rui Barbosa Gabriel Granjeiro Diretor-Presidente do Gran Cursos Online e da GG Educacional INTRODUÇÃO Sobre o autor: Empreendedor apaixonado pelo ensino a distância. Começou a atuar na área de concursos aos 14 anos de idade. Fundador e Diretor-Presidente do Gran Cursos Online e da GG Educacional. Gabriel Granjeiro Diretor-Presidente CUIDADO: ANTIFRÁGIL! ARTIGO MOTIVACIONAL “No inferno, os lugares mais quentes são reservados àqueles que escolheram a neutralidade em tempo de crise.” Dante Alighieri, escritor e poeta italiano Outro dia, escutei em uma palestra o neologismo “antifrágil”. O termo foi cunhado pelo professor e autor best-seller Nassim Nicholas Taleb em sua obra “ANTIFRÁGIL: coisas que se beneficiam com o caos”. Logo pensei que o tema renderia um artigo, já que eu mesmo fiquei bastante impressionado com o conceito e as ideias defendidas por Nassim. Aqui está, portanto, o resultado das minhas reflexões a respeito do assunto. Para começar, relembremos o significado do adjetivo “frágil”. Ele é empregado para qualificar algo delicado, que se pode partir, deformar ou danificar com facilidade, algo que quebra, rompe ou enguiça facilmente. O oposto de frágil, segundo o senso comum, é algo forte, seguro, confiável, sólido, permanente, bem-construído. Essa é, contudo, a meu ver, uma interpretação incorreta. Já o termo “antifrágil” é um neologismo que não está regis- trado em dicionário algum. Não se trata, por exemplo, de sinô- nimo de “resiliente”. Para o homem que cunhou a expressão, na verdade é ela o antônimo de “frágil”. Serve para designar algo que melhora quando se encontra em situação adversa. Quando o adjetivo é empregado para qualificar uma pessoa, traduz a ideia de que ela tolera bem qualquer tipo de pressão e, mais do que enfrentar desafios com tranquilidade, aperfeiçoa-se, desenvolve- -se e cresce graças a eles. Designa, em resumo, alguém que não se deixa deformar com facilidade. Veja bem: uma pessoa robusta e durona apenas bloqueia as pancadas da vida, ao passo que alguém antifrágil prospera no caos, tornando-se mais forte e pode- roso a cada novo golpe que o atinge, não importa a intensidade nem a origem do ataque. Percebe a diferença? Em poucas palavras, a lição é: não devemos evitar adversidades. Fugir delas não é nem de longe a melhor maneira de melhorarmos, de nos aperfeiçoarmos. Definitivamente, adiar crises não é o caminho. Sem aleato- riedade, sem desordem, sem perigo, sem estresse, sem incerteza, sem instabilidade, não temos como desen- volver o “antifrágil” que está dentro de nós. Não temos por que aprender, não temos por que evoluir. Devemos é encarar o mundo, enfrentando os fatos do dia a dia na vida pessoal, no trabalho ou na preparação para con- cursos, se esta for a nossa escolha. Quando, por exemplo, alguém tido por líder opta por não enfrentar as crises que surgem, ele, na verdade, camufla suas fragilidades, e só. Um líder de verdade pre- cisa conhecer suas fraquezas e trabalhar para superá-las, mesmo que em meio ao caos. Na verdade, segundo Taleb, é justamente em situações difíceis que esse líder pode despertar dons que nem sabia ter. O professor defende que agentes estressores têm papel fun- damental em nosso desenvolvimento pessoal eprofissional. “Diz- se que os melhores cavalos perdem quando competem com os mais lentos e vencem contra os melhores rivais. Subcompensações pela ausência de um agente estressor, a hormese reversa, a ausência de desafios, degrada o melhor dos melhores”, resume. O mesmo se aplica a outros tipos de competição, como a que é preciso vencer para conquistar uma vaga no serviço público. Em outras palavras, futuro Delegado Federal, se o concurso da PF de amanhã não tivesse atraído os melhores concorrentes, se a relação candidatos por vaga não fosse das mais altas, não haveria agentes estressores, desafiadores, provocadores que motivassem você a se superar. Use isso a seu favor! Particularmente, consigo me identificar muito bem com isso. Quando me sinto provocado, consigo ir além das minhas próprias expectativas. Quando vejo alguém fazendo algo melhor do que eu, isso me motiva demais! Quando alguém fala que eu não sou capaz, então… Aí é que, modéstia à parte, eu cresço mesmo. Isso também vale para o meu sócio, Rodrigo. Experimente dizer que ele não vai conseguir algo. Tente envolvê-lo em uma situ- ação de altíssimo estresse. Pode ter certeza: tirando forças e conhecimentos sabe-se lá de onde, ele resolverá em minutos qualquer problema que outra pessoa poderia levar horas para administrar. Sem aleatoriedade, sem desor- dem, sem perigo, sem estresse, sem incerteza, sem instabilidade, não temos como desenvolver o “antifrágil” que está dentro de nós. Veja bem: uma pessoa robusta e durona apenas bloqueia as panca- das da vida, ao passo que alguém antifrágil prospera no caos, tor- nando-se mais forte e poderoso a cada novo golpe que o atinge, não importa a intensidade nem a origem do ataque. O fato de tudo parecer conspirar contra você deve se tornar justa- mente o motivo para você dar o seu melhor. O problema deve ser transformado em motivação. Parece contraintutivo, mas é a verdade. Entende agora como antifragilidade é o oposto de fragilidade? Existe o frágil, o robusto e o antifrágil. O frágil sofre um baque e se quebra, desistindo na primeira dificuldade. O robusto resiste aos impactos externos e não paralisa ao ser atormentado. Já o antifrágil, além de resistir, melhora quando sofre o impacto. Andar descalço, por exemplo, torna a sola dos pés mais resistentes. A musculação causa pequenas lesões nos músculos que depois os fortalecem. Nos dois casos, não estamos meramente bloqueando danos, mas nos aperfeiçoando com eles. Portanto, para se tornar antifrágil, resista às agressões exter- nas e as utilize para melhorar sua composição, sua estrutura. Se essas agressões, no seu caso, são materializadas em falta de incentivo para os estudos, fortaleça-se com elas. Converta cada palavra dura em motivação para se superar. Em termos práticos, a cada vez que amigos ou familiares repetirem que você nunca será aprovado em concurso, estude mais, até conseguir mos- trar que eles estavam errados. O fato de tudo parecer conspirar contra você deve se tornar justamente o motivo para você dar o seu melhor. O problema deve ser transformado em motivação. Parece contraintutivo, mas é a verdade. Acredite: só melhoramos quando nos submetemos à aleatoriedade. O professor Nassim cita outro exemplo que ilustra bem a propriedade dos agentes estressores: “Aprende-se melhor um idioma na dificuldade da situ- ação, de erro em erro, quando é preciso se comunicar em circunstâncias mais ou menos extenuantes, princi- palmente para expressar necessidades urgentes (como as necessidades físicas, por exemplo)”. É verdade! Eu mesmo conheço pessoas que se mudaram para um país de repente e se viram obrigadas a aprender uma nova língua em meses ou teriam sérias dificuldades até para sobreviver. E como elas conseguiram? Conseguiram por serem antifrágeis! Elas podiam ter ficado paralisadas; afinal, todos sabemos da dificuldade que é aprender outra língua. Podiam ter voltado para a sua zona de conforto, retornando ao país de origem. Podiam ter se acomodado, sobrevivendo à custa de uma comunicação bem aquém da ideal. Mas não. Quem é antifrágil aproveita o estresse de TER de aprender para se aperfeiçoar de maneira que não imaginava ser possível. O mesmo vale para os concurseiros que são obrigados a aprender, por exemplo, raciocínio lógico-matemá- tico para prestar um concurso em que a matéria seja eliminatória. As circunstâncias impõem que eles procurem dominar os conteúdos como se não houvesse amanhã. E acredite: mesmo quem nunca foi muito bom em exatas pode aprender os temas mais complexos da matemática, desde que desenvolva sua antifragilidade. Nassim lamenta que nem todos percebam como poderiam se beneficiar do caos em busca do autodesen- volvimento. “Sinto raiva e frustração quando penso que um em cada dez norte-americanos acima da idade do ensino médio está fazendo uso de algum tipo de antidepressivo, como o Prozac. Na verdade, agora, quando passamos por mudanças de humor, temos de justificar por que não estamos usando alguma medicação. Pode haver algumas boas razões para fazer uso de medicação, em casos patológicos graves, mas meu humor, minha tristeza, minhas crises de ansiedade são uma segunda fonte de inteligência – talvez, até, a primeira”, diz. Tra- duzindo em miúdos, as pessoas estão com cada vez mais frequência optando por se dopar para lidar com as dificuldades, ignorando que justamente as dificuldades poderiam torná-las melhores. Eu sei que na prática não é tão simples pensar – e agir – da forma como o professor Nassim ensina, mas é como eu sempre digo: não há alternativa. Quer ser bem-sucedido? Você precisa ser antifrágil! O boxeador Muhammad Ali? Antifrágil. Não tinha como falar que ele não era capaz de algo. Quem tentasse o veria provar o contrário em seguida. O português Cristiano Ronaldo? Antifrágil. Experimente desafiá-lo. Experimente vaiá-lo em um jogo. Ele vai fazer mais gols do que o normal. Nelson Mandela? Antifrágil. Foi mantido preso por 27 anos e usou a experiência a seu favor, tornando-se um dos maiores líderes que já passaram pelo mundo. Barack Obama? Antifrágil. Falaram que era impossível, nos EUA, se eleger um presidente negro filho de um queniano. Atacaram o então candidato por todos os lados. Isso o motivou ainda mais a ganhar as eleições. A apresentadora Oprah? Antifrágil. Silvio Santos? Antifrágil. Ayrton Senna? Antifrágil. Há muitos e muitos outros exemplos, em todo o planeta. Não se pode ascender e continuar levando a vida sem enfrentar perigo contínuo – alguém há de trabalhar ativamente para derrubar quem o fizer. Creio nisso e me preparo o tempo todo para tomar as melhores decisões, sem a ilusão de que sou capaz de prever o próximo grande acontecimento. Sou um antifrágil! Assumo riscos e sou consciente de que a inovação preza a desordem. Fica a dica: como um futuro Delegado Federal e servidor da nossa nação, você precisa ser ANTIFRÁGIL. Muitos acham que basta um Delegado ser durão, mas ser resiliente é coisa do passado. O mundo agora pertence aos antifrágeis. Se compartilha dessa opinião, pense com convicção neste momento: “Eu sou antifrágil!” “Quanto maior é a sede, maior é o prazer em satisfazê-la” Dante Alighieri Bons estudos e GRAN sucesso em sua prova amanhã! 6 www.grancursosonline.com.br Raquel Bueno DIREITO CIVIL/PROCESSO CIVIL DIREITO CIVIL Meus amores! É chegada a hora da batalha final! Então vamos refrescar os conteúdos de Direito Civil e Processo Civil, rumo à vitória! Seguem abaixo ques- tões da nossa banca organizadora, aplicadas em outros concursos para delegado. 1. (CESPE/2018) De acordo com o Código Civil, responderá, em caso de reparação civil, o a. agente público, objetivamente, se nessa qua- lidade causar acidente fatal. b. indivíduo que, gratuitamente, participar nos produtos do crime, até o valor concorrente. c. patrão por ato de seu empregado, desdeque fi- que provada a culpa in vigilando ou in eligendo. d. pai, objetivamente, pelos danos que forem causados pelo filho menor, ressalvado o direi- to de ação regressiva daquele contra este. e. hospital, objetivamente, pela morte de pacien- te aos cuidados de médico-empregado, inde- pendentemente de culpa deste. 2. (CESPE/2018) O início da personalidade civil das pessoas físicas e das pessoas jurídicas de direito privado ocorre, respectivamente, com a. o nascimento com vida e com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, prece- dida de autorização ou aprovação do Poder Executivo, quando necessária. b. o registro civil do nascido com vida e com a inscrição do ato constitutivo no respectivo re- gistro, precedida de autorização ou aprova- ção do Poder Executivo, quando necessária. c. a concepção do nascituro e com a autoriza- ção ou aprovação do Poder Executivo, quan- do necessária. d. o registro civil do nascido com vida e com a autorização ou aprovação do Poder Executivo. e. a concepção do nascituro e com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, pre- cedida de autorização ou aprovação do Poder Executivo, quando necessária. 3. (CESPE/2018) De acordo com a LINDB, no to- cante ao fenômeno da repristinação, salvo dispo- sição em contrário, a lei a. nova que estabeleça disposições gerais a res- peito de outras já existentes não revogará leis anteriores. b. revogada voltará a vigorar se a lei que a revo- gou for declarada inconstitucional em controle difuso. c. revogada não se restaurará se a lei revogado- ra perder a vigência. d. nova que estabeleça disposições especiais a respeito de outras já existentes não revogará leis anteriores. e. nova revogará a anterior se regular inteira- mente a mesma matéria. 4. (CESPE/2018) Determinado indivíduo tinha direi- to de usufruto de uma casa. Tal direito era trans- missível a seus sucessores que com ele habitas- sem à época de sua morte. Além disso, ele era proprietário de um pequeno barco. Quando de seu falecimento, foi aberta a sucessão. De acordo com o Código Civil, os referidos bens — direito real de usufruto; direito real sobre o bar- co; direito à sucessão aberta — são classifica- dos, respectivamente, como bens a. imóvel, móvel e imóvel. b. móvel, imóvel e móvel. c. imóvel, imóvel e imóvel. d. móvel, móvel e móvel. e. imóvel, móvel e móvel. 5. (CESPE/2018) Determinado indivíduo, não sendo proprietário rural nem urbano, possui como sua, por mais de cinco anos ininterruptos, sem oposi- ção, área rural contínua de vinte hectares. Tal in- divíduo tornou a área produtiva com seu trabalho e nela fez sua morada. Nessa situação, o referido indivíduo poderá adquirir o domínio da referida área rural mediante o instituto denominado a. enfiteuse. b. anticrese. RAQUEL BUENO Formada em Direito pela Universidade Católica de Brasília, especialista em Direito Civil e Processo Civil pela Universidade Cândido Mendes-RJ, mestranda em Direito na Universidade Católica de Brasília, professora de Direito Civil da graduação da Universidade Católica de Brasília e IESB, da pós-graduação em Direito Civil da UniEvangélica de Anápolis- GO e professora de Direito Civil e Processo Civil do Gran Cursos Online. Advogada. 7 www.grancursosonline.com.br Raquel Bueno DIREITO CIVIL/PROCESSO CIVIL c. averbação rural. d. procedimento sumário. e. usucapião especial. 6. (CESPE/2017) A Lei n. XX/XXXX, composta por quinze artigos, elaborada pelo Congresso Nacio- nal, foi sancionada, promulgada e publicada. A respeito dessa situação, assinale a opção cor- reta, de acordo com a Lei de Introdução às Nor- mas do Direito Brasileiro. a. Se algum dos artigos da lei sofrer alteração antes de ela entrar em vigor, será contado um novo período de vacância para o dispositivo alterado. b. Caso essa lei tenha revogado dispositivo da legislação anterior, automaticamente ocorrerá o efeito repristinatório se nela não houver dis- posição em contrário. c. A lei irá revogar a legislação anterior caso estabeleça disposições gerais sobre assunto tratado nessa legislação. d. Não havendo referência ao período de vacân- cia, a nova lei entra em vigor imediatamente, sendo eventuais correções em seu texto con- sideradas nova lei. e. Não havendo referência ao período de vacân- cia, a lei entrará em vigor, em todo o território nacional, três meses após sua publicação. 7. (CESPE/2017) No que concerne à pessoa natu- ral, à pessoa jurídica e ao domicílio, assinale a opção correta. a. Sendo o domicílio o local em que a pessoa permanece com ânimo definitivo ou o decor- rente de imposição normativa, como ocorre com os militares, o domicílio contratual é in- compatível com a ordem jurídica brasileira. b. Conforme a teoria natalista, o nascituro é pes- soa humana titular de direitos, de modo que mesmo o natimorto possui proteção no que concerne aos direitos da personalidade. c. De acordo com o Código Civil, deve ser consi- derado absolutamente incapaz aquele que, por enfermidade ou deficiência mental, não possuir discernimento para a prática de seus atos. d. A ocorrência de grave e injusta ofensa à dig- nidade da pessoa humana configura o dano moral, sendo desnecessária a comprovação de dor e sofrimento para o recebimento de in- denização por esse tipo de dano. e. Na hipótese de desaparecimento do corpo de pessoa em situação de grave risco de morte, como, por exemplo, no caso de desastre ma- rítimo, o reconhecimento do óbito depende de prévia declaração de ausência. 8. (CESPE/2017) Em cada uma das opções se- guintes, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada, a respei- to de posse, propriedade e direitos reais sobre coisa alheia. Assinale a opção que apresenta as- sertiva correta conforme a legislação e a doutrina pertinentes. a. Durante o prazo de vigência de contrato de locação de imóvel urbano, o locatário viajou e, ao retornar, percebeu que o imóvel havia sido invadido pelo próprio proprietário. Nesse caso, o locatário não pode defender sua pos- se, uma vez que o possuidor direto não tem proteção possessória em face do indireto. b. Determinado indivíduo realizou, de boa-fé, construção em terreno que pertencia a seu vizinho. O valor da construção excede con- sideravelmente o valor do terreno. Nessa si- tuação, não havendo acordo, o indivíduo que realizou a construção adquirirá a propriedade do solo mediante pagamento da indenização fixada pelo juiz. c. Caio realizou a doação de um bem para Fer- nando. No contrato celebrado entre ambos, consta cláusula que determina que o bem doado volte para o patrimônio do doador se ele sobreviver ao donatário. Nessa situação, a cláusula é nula, pois o direito brasileiro não admite a denominada propriedade resolúvel. d. Roberto possui direito real de superfície de bem imóvel e deseja hipotecar esse direito pelo prazo de vigência do direito real. Nesse caso, a estipulação de direito real de garantia é ilegal porque a hipoteca somente pode ser constituída pelo proprietário do bem. e. Determinado empregador cedeu bem imóvel de sua propriedade a seu empregado, em razão de relação de confiança decorrente de contrato de trabalho. Nesse caso, ainda que desfeito o vínculo trabalhista, é juridicamente impossível a conversão da detenção do em- pregado em posse. 9. (CESPE/2017) Um oficial do corpo de bombeiros arrombou a porta de determinada residência para ingressar no imóvel vizinho e salvar uma criança que corria grave perigo em razão de um incêndio. A respeito dessa situação hipotética e conforme a doutrina dominante e o Código Civil, assinale a opção correta. 8 www.grancursosonline.com.br Raquel Bueno DIREITO CIVIL/PROCESSO CIVIL a. O oficial tem o dever de indenizar o proprietá-rio do imóvel danificado, devendo o valor da indenização ser mitigado em razão da presen- ça de culpa concorrente. b. O ato praticado pelo oficial é ilícito porque causou prejuízo ao dono do imóvel, inexistin- do, entretanto, o dever de indenizar, dada a ausência de nexo causal. c. Não se aplica ao referido oficial a regra do Có- digo Civil segundo a qual o agente que atua para remover perigo iminente pode ser cha- mado a indenizar terceiro inocente. d. Conforme disposição do Código Civil, o oficial teria o dever de indenizar o dono do imóvel no valor integral dos prejuízos existentes, tendo direito de regresso contra o responsável pelo incêndio. e. Não se pode falar em responsabilidade civil nesse caso, pois, na hipótese de estado de necessidade, o agente causador do dano nunca terá o dever de indenizar. 10. (CESPE/2016) Com base nas disposições do Código Civil, assinale a opção correta a respeito da capacidade civil. a. Os pródigos, outrora considerados relativa- mente incapazes, não possuem restrições à capacidade civil, de acordo com a atual reda- ção do código em questão. b. Indivíduo que, por deficiência mental, tenha o discernimento reduzido é considerado relati- vamente incapaz. c. O indivíduo que não consegue exprimir sua vontade é considerado absolutamente incapaz. d. Indivíduos que, por enfermidade ou deficiên- cia mental, não tiverem o necessário discerni- mento para a prática dos atos da vida civil são considerados absolutamente incapazes. e. Somente os menores de dezesseis anos de idade são considerados absolutamente inca- pazes pela lei civil. 11. (CESPE/2016) Assinale a opção correta a respei- to dos defeitos dos negócios jurídicos. a. Na lesão, os valores vigentes no momento da celebração do negócio jurídico deverão servir como parâmetro para se aferir a proporciona- lidade das prestações. b. Os negócios jurídicos eivados pelo dolo são nulos. c. A coação exercida por terceiro estranho ao negócio jurídico torna-o nulo. d. Age em estado de perigo o indivíduo que toma parte de um negócio jurídico sob premente necessidade ou por inexperiência, assumindo obrigação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta ferindo o caráter sinalagmático do contrato. e. Se em um negócio jurídico, ambas as partes agem com dolo, ainda assim podem invocar o dolo da outra parte para pleitear a anulação da avença. 12. (CESPE/2016) Acerca de prescrição e decadên- cia no direito civil, assinale a opção correta. a. A prescrição não pode ser arguida em grau recursal. b. Desde que haja consenso entre os envolvi- dos, é possível a renúncia prévia da decadên- cia determinada por lei. c. A prescrição não corre na pendência de con- dição suspensiva. d. Ao celebrarem negócio jurídico, as partes, em livre manifestação de vontade, podem alterar a prescrição prevista em lei. e. É válida a renúncia da prescrição, desde que determinada expressamente antes da sua consumação. PROCESSO CIVIL 1. (CESPE/2018) O MP de determinado estado da Federação ajuizou uma ação civil pública por im- probidade administrativa contra determinado ser- vidor estadual. Nessa situação hipotética, a ação civil pública a. irá tornar prevento o juízo para todas as ações posteriores intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. b. poderá requerer a condenação pecuniária do servidor para a reparação de dano, mas não formular pedido de cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer de qualquer natureza. c. dependerá do pagamento adiantado de cus- tas, emolumentos, honorários periciais e ou- tras despesas. d. será integrada pelo MP na qualidade de cus- tos legis. e. deverá observar integralmente a regulamen- tação específica, não sendo possível a aplica- ção subsidiária do CPC. 2. (CESPE/2018) De acordo com o CPC, a incom- petência relativa a. é vício que não pode ser superado por acordo entre as partes. 9 www.grancursosonline.com.br Raquel Bueno DIREITO CIVIL/PROCESSO CIVIL b. deve ser alegada mediante exceção de in- competência relativa. c. não pode ser alegada pelo MP. d. pode ser declarada de ofício pelo juiz. e. será prorrogada se o réu não a alegar na con- testação. 3. (CESPE/2018) Julgue os itens a seguir, a respei- to do procedimento da tutela antecipada requeri- da em caráter antecedente. I – Concedida a tutela antecipada, o autor deverá aditar a petição inicial com a complementação de argumentação e confirmação do pedido de tutela final e, se for o caso, com a juntada de novos documentos. II – O aditamento da petição inicial deverá ocorrer nos mesmos autos, no prazo de quinze dias, mediante o pagamento de novas custas pro- cessuais. III – O processo será extinto sem resolução do mérito quando não for realizado o aditamento à petição inicial. Assinale a opção correta. a. Apenas o item I está certo. b. Apenas o item II está certo. c. Apenas os itens I e III estão certos. d. Apenas os itens II e III estão certos. e. Todos os itens estão certos. 4. (CESPE/2018) À luz das disposições do CPC re- lativas aos atos processuais, julgue o item sub- sequente. Para a concessão da tutela de evidência, o juiz deverá verificar, além da probabilidade de direito, o perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo. 5. (CESPE/2018) À luz das disposições do Código de Processo Civil (CPC), julgue o próximo item. Ao tratar dos limites da jurisdição nacional, o CPC determina que a justiça brasileira possui compe- tência concorrente para conhecer de ações rela- tivas a imóveis situados no Brasil. 6. (CESPE/2018) A respeito da aplicação da tutela de urgência, assinale a opção correta. a. Poderá ser deferida e efetivada contra o po- der público antes do trânsito em julgado do processo. b. Cassada em sentença, somente poderá ser res- tabelecida mediante o deferimento de pedido nesse sentido constante no respectivo recurso. c. Será concedida sempre que caracterizado o manifesto propósito protelatório da parte adver- sa ou o abuso do direito de defesa, independen- temente de demonstração de perigo de dano. d. Não poderá ser concedida nos processos so- brestados por força do regime repetitivo. e. Não poderá ser concedida em incidente de desconsideração da personalidade jurídica. 7. (CESPE/2017) De acordo com o Código de Pro- cesso Civil (CPC), é passível de estabilização a tutela a. cautelar de urgência requerida em caráter an- tecedente, mediante a negociação expressa entre as partes. b. antecipada concedida em caráter anteceden- te, se da decisão houver interposição de re- curso por assistente simples e o réu não se manifestar. c. cautelar concedida em caráter antecedente, se da decisão não houver interposição de re- curso cabível. d. antecipada de urgência requerida em caráter antecedente, mediante negociação expressa entre as partes. e. provisória concedida em caráter incidental, se da decisão não houver interposição tempesti- va de recurso. 8. (CESPE/2017) Após ser demitido de um órgão federal, Afonso ajuizou ação contra a União, pelo procedimento comum, pedindo sua reintegração à administração pública, sob o argumento de que o ato de sua demissão havia sido nulo. Seu pro- cesso foi distribuído a uma vara federal comum. Posteriormente, Afonso ajuizou nova demanda, em sede de juizado especial federal, buscando a condenação da União no valor de vinte mil reais, a título de danos morais, em razão dos mesmos fatos que deram ensejo à sua demissão. Nessa situação hipotética, os dois processos a. deverão ser reunidos na vara federal comum, para que se evitem decisões contraditórias, ain- da que não haja conexão pela causa de pedir. b. poderão ser reunidos apenas se o juiz da vara federal entender que a reunião não comprome- terá a razoávelduração do primeiro processo. c. não deverão ser reunidos, e o processo distri- buído ao juizado especial federal deverá ser extinto sem resolução do mérito. d. não poderão ser reunidos para julgamento conjunto, e, por esse motivo, não haverá mo- dificação de competência. e. deverão ser reunidos, em razão da conexão pela causa de pedir, salvo se um deles já hou- ver sido sentenciado. 10 www.grancursosonline.com.br Raquel Bueno DIREITO CIVIL/PROCESSO CIVIL 9. (CESPE/2017) Em razão da existência de ato le- sivo ao patrimônio público, determinado cidadão propôs ação popular e incluiu no polo passivo da ação o gestor público e a pessoa jurídica de direito público responsáveis pelo ato, além dos particulares supostamente beneficiados. Nessa situação hipotética, a. a pessoa jurídica de direito público deve obri- gatoriamente contestar a demanda, sob pena de responsabilização do advogado público. b. o litisconsórcio formado no polo passivo da ação popular deve ser classificado como ne- cessário e simples. c. em razão de o Ministério Público ter de atu- ar como fiscal da ordem jurídica, é vedado ao órgão, em qualquer hipótese, assumir o polo ativo da ação popular. d. de acordo com a lei, a prova da cidadania que o autor deve fazer para promover esse tipo de ação ocorre exclusivamente pela apresenta- ção do título de eleitor. e. a sentença proferida se submeterá ao regime de remessa necessária apenas se o ente pú- blico vier a ser condenado. 10. (CESPE/2018) A respeito do ajuizamento de ação civil pública pela Defensoria Pública para tutela de defesa de interesses individuais homo- gêneos de consumidores, assinale a opção cor- reta de acordo com o entendimento jurispruden- cial do STJ. a. Na hipótese de tutela de direitos individuais homogêneos, a Defensoria Pública somente pode atuar em nome dos indivíduos que ex- pressa e previamente autorizaram propositura de ação coletiva. b. A Defensoria Pública tem legitimidade para instaurar inquérito civil para reunir elementos de fato e de direito necessários para o ajuiza- mento de ação civil pública. c. A Defensoria Pública apenas tem legitimidade para tomar medida individual, e não coletiva, para representar consumidores hipossuficien- tes ou carentes de recursos financeiros. d. A legitimidade da Defensoria Pública abrange diversas formas de vulnerabilidades sociais, não se limitando à atuação em nome de ca- rente de recursos econômicos. e. É vedado à Defensoria Pública firmar compro- misso de ajustamento de conduta com enti- dade responsável por aumento abusivo em mensalidades de plano de saúde em razão de mudança de faixa etária. Mensagem final: Faz da tua vida um livro de his- tórias incríveis! Histórias de luta, de batalha, de resili- ência, perseverança! O esforço e o sacrifício de agora são as boas colheitas e vitórias do amanhã! Deixe por onde passar rastros de esperança e gratidão! Por tudo agradeça. Aprenda a levantar toda vez que cair. Com as pedras no meio do caminho, monte seu cas- telo, sua fortaleza. O ponto mais alto desta colina que você resolveu escalar é logo ali! Já pode comemorar! Mas jamais perca a humildade do início e nunca perca o foco dos seus ideais por nenhuma ilusão transitó- ria. Deixe para as futuras gerações a marca do ser humano incrível que você se tornou, mesmo com tombos, feridas e cicatrizes. Respire fundo e diga: TUDO VALEU A PENA! EU FINALMENTE CHEGUEI ONDE EU QUERIA! ÓTIMA PROVA! Professora Raquel Bueno 11 www.grancursosonline.com.br Carlos Mendonça DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL 1. (CESPE/2018/TJ-CE/JUIZ/ADAPTADO) A pre- ocupação com a implementação de dispositivos constitucionais e, em particular, de suas promes- sas sociais, não é central. As controvérsias consti- tucionais são decididas com base nos códigos da política e conforme conflitos de interesse. Nessa luta, acabam preponderando os interesses dos grupos mais poderosos, dos denominados “sobre- cidadãos”, que conseguem utilizar a Constituição e o Estado em geral como instrumento para satis- fazer seus interesses. A juridicidade da Constitui- ção fica comprometida pela corrupção da normati- vidade jurídica igualitária e impessoal, conforme o binômio legal-ilegal. As controvérsias constitucio- nais são decididas com base no código do poder. S. Lunardi & D. Dimoulis. Resiliência constitucional: compromisso maximizador, consensualismo político e desenvolvimento gradual. São Paulo: Direito GV, 2013, p. 15 (com adaptações). Com base no texto acima, julgue o item a seguir: A concepção de Constituição a respeito da qual o texto precedente discorre denomina-se Consti- tuição Simbólica. “Segundo Marcelo Neves, pode-se afirmar que a Constituição Simbólica é definida como aquela em que há predomínio ou hipertrofia da função simbólica (essencialmente político- ideológica) em detrimento da função jurídico-instrumental (de caráter normativo-jurídico), podendo-se dividir a Constituição Simbólica em dois sentidos: NEGATIVO: a constitucionalização simbólica possui um déficit de concretização jurídico-normativa do texto constitucional, perdendo a sua capacidade de orientação generalizada das expectativas normativas; e POSITIVO: a constitucionalização simbólica serve para encobrir (mascarar) problemas sociais, obstruindo transformações efetivas na sociedade”. 2. (VUNESP/2018/FAPESP/PROCURADOR) No tocante ao tema conceito de constituição, exis- tem pensadores e doutrinadores que formularam concepções de constituição segundo seus dife- rentes sentidos. Consequentemente, é correto afirmar que Ferdinand Lassale, Carl Schmitt e Hans Kelsen estão ligados às concepções de constituição, respectivamente, nos sentidos: polí- tico, sociológico e jurídico. 3. (CESPE/2017/DPU/DEFENSOR) A respeito da evolução histórica do constitucionalismo no Bra- sil, das concepções e teorias sobre a Constitui- ção e do sistema constitucional brasileiro, julgue o item a seguir. A CF goza de supremacia tanto do ponto de vista material quanto do formal. (CESPE/2008/PGE-PB/PROCURADOR) Acerca do conceito, do objeto, dos elementos e da classi- ficação das constituições, Julgue os itens a seguir. 4. ( ) A constituição é, na visão de Ferdinand Las- salle, uma decisão política fundamental e, não, uma mera folha de papel. 5. ( ) Para Carl Schimidt, o objeto da constituição são as normas que se encontram no texto cons- titucional, não fazendo qualquer distinção entre normas de cunho formal ou material. 6. ( ) O dispositivo constitucional que arrola os princípios gerais da atividade econômica, como o da propriedade privada e sua função social, é considerado elemento socioideológico da consti- tuição, revelador do compromisso de um Estado não meramente individualista e liberal. 7. ( ) Como, no Brasil, a CF admite mudança por meio de emenda à constituição, respeitados os limi- tes por ela impostos, ela é considerada semi-rígida. CARLOS MENDONÇA Ex-Presidente do Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), é detentor de notório conhecimento em legislação previdenciária, além de ser conhecido nacionalmente por suas contribuições como Procurador Federal do INSS há mais de 15 anos. Carlos Mendonça exerceu, ainda, a função de Procurador-Chefe Nacional da Procuradoria Federal do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), coordenador-geral de Contencioso Judicial da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e chefe da Divisão de Contencioso do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). É, ainda, professor do Gran Cursos, professor universitário e autor. 12 www.grancursosonline.com.br Carlos Mendonça DIREITO CONSTITUCIONAL 8. ( ) A distinção entre constituição formal e ma- terial é relevante para fins de aferição da possi- bilidade de controle de constitucionalidadedas normas infraconstitucionais. 9. (CESPE/2018/PC-MA/DELEGADO) De acordo com a doutrina majoritária, quanto à origem, as Constituições podem ser classificadas como ( ) promulgadas, que são ditas democráticas por se originarem da participação popular por meio do voto e da elaboração de normas consti- tucionais. ( ) outorgadas, que surgem da tradição, dos usos e costumes, da religião ou das relações po- líticas e econômicas. ( ) cesaristas, que são as derivadas de uma concessão do governante, ou seja, daquele que tem a titularidade do poder constituinte originário. ( ) pactuadas, que são formadas por dois me- canismos distintos de participação popular, o ple- biscito e o referendo, ambos com o objetivo de legitimar a presença do detentor do poder. ( ) históricas, que surgem do pacto entre o so- berano e a organização nacional e englobam muitas das Constituições monárquicas. 10. (CESPE/2018/EMAP/ANALISTA) Julgue o item que segue, a respeito do poder constituinte. O poder constituinte originário outorgado aos es- tados federados permite que estes elaborem e atualizem suas próprias constituições. 11. (CESPE/2018/STJ/ANALISTA) A respeito do po- der constituinte, do controle de constitucionalida- de e da organização dos poderes, julgue o item que se segue. O poder constituinte originário fixou as condições do exercício do poder de revisão constitucional; contudo, no Brasil, o legislador pode ampliar as hipóteses de revisão, desde que haja autorização popular por meio de plebiscito. Controle de Constitucionalidade 12. (CESPE/2018/STJ/ANALISTA) À luz da legisla- ção e da jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o item que se segue, acerca do Poder Ju- diciário e do controle de constitucionalidade. Em se tratando de controle difuso de constitucio- nalidade, a referência do controle pode ser qual- quer norma constitucional vigente, não sendo aceita, portanto, como parâmetro norma consti- tucional já revogada. 13. (CESPE/2018/STJ/ANALISTA) À luz da legisla- ção e da jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o item que se segue, acerca do Poder Ju- diciário e do controle de constitucionalidade. Situação hipotética: Embora não tenha declarado expressamente a inconstitucionalidade de deter- minada lei, turma do Superior Tribunal de Justiça determinou sua não incidência parcial em deter- minado caso concreto. Assertiva: Nesse caso, fica configurada violação à cláusula de reserva de plenário. 14. (CESPE/2018/STJ/ANALISTA) A respeito do po- der constituinte, do controle de constitucionalida- de e da organização dos poderes, julgue o item que se segue. Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, é possível que o legislador edite lei com idêntico conteúdo ao de outra que anteriormente tenha sido declarada inconstitucional em controle abstrato de constitucionalidade. 15. (CESPE/2018/ABIN/OFICIAL) No que se refere ao controle de constitucionalidade, julgue o item subsequente. O Supremo Tribunal Federal possui competência para apreciar ação direta de inconstitucionalida- de contra lei do DF fruto do exercício de compe- tência legislativa municipal. 16. (CESPE/2017/PJC-MT/DELEGADO) Uma pro- posta de emenda constitucional tramita em uma das casas do Congresso Nacional, mas determi- nados atos do seu processo de tramitação estão incompatíveis com as disposições constitucio- nais que disciplinam o processo legislativo. Nes- sa situação hipotética, segundo o entendimento do STF, terá legitimidade para impetrar manda- do de segurança a fim de coibir os referidos atos partido político com representação no congresso. 17. (CESPE/2018/PC-MA/DELEGADO) De acordo com o entendimento do STF, a polícia judiciá- ria não pode, por afrontar direitos assegurados pela CF, invadir domicílio alheio com o objetivo de apreender, durante o período diurno e sem ordem judicial, quaisquer objetos que possam interessar ao poder público. Essa determinação consagra o princípio da reserva de jurisdição. 18. (CESPE/2017/PJC-MT/DELEGADO) Aprovada pela assembleia legislativa de um estado da Fe- deração, determinada lei conferiu aos delegados 13 www.grancursosonline.com.br Carlos Mendonça DIREITO CONSTITUCIONAL de polícia desse estado a prerrogativa de ajustar com o juiz ou a autoridade competente a data, a hora e o local em que estes serão ouvidos como testemunha ou ofendido em processos e inquéri- tos. Nessa situação hipotética, a lei é constitucio- nal, pois trata de matéria de competência concor- rente da União, dos estados e do DF. 19. (CESPE/2017/PJC-MT/DELEGADO) O boliviano Juan e a argentina Margarita são casados e re- sidiram, por alguns anos, em território brasileiro. Durante esse período, nasceu, em território na- cional, Pablo, o filho deles. Nessa situação hipo- tética, de acordo com a CF, Pablo será conside- rado brasileiro nato e poderá vir a ser ministro de Estado da Defesa. 20. (CESPE/2017/PC-GO/DELEGADO) A respeito dos estados-membros da Federação brasileira, julgue o item a seguir. A CF dá ao estado-membro competência para instituir regiões metropolitanas e microrregiões, mas não aglomerações urbanas: a competência de instituição destas é dos municípios. 21. (CESPE/2017/PC-GO/DELEGADO) À luz da CF, julgue o item a seguir. A exigência constitucional de que o chefe do Mi- nistério Público da União, procurador-geral da República, pertença à carreira significa que ele, para o exercício do cargo, pode pertencer tanto ao Ministério Público Federal quanto ao estadual. 22. (CESPE/2016/PC-PE/DELEGADO) Acerca do processo legiferante e das garantias e atribui- ções do Poder Legislativo, julgue o item a seguir. Uma medida provisória somente poderá ser ree- ditada no mesmo ano legislativo se tiver perdido sua eficácia por decurso de prazo, mas não se tiver sido rejeitada. 23. (CESPE/2018/ABIN/OFICIAL) Com relação à de- fesa do Estado e das instituições democráticas, julgue o item que se segue. A exclusividade atribuída pela Constituição Fede- ral de 1988 à Polícia Federal para o exercício das funções de polícia judiciária da União impede a realização de atividade de investigação criminal pelo Ministério Público. Teoria dos poderes implícitos: "O Ministério Público dispõe de competência para promover, por autoridade própria, e por prazo razoável, investigações de natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias que assistem a qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado, observadas, sempre, por seus agentes, as hipóteses de reserva constitucional de jurisdição e, também, as prerrogativas profissionais de que se acham investidos, em nosso País, os Advogados (Lei 8.906/1994, art. 7º, notadamente os incisos I, II, III, XI, XIII, XIV e XIX), sem prejuízo da possibilidade – sempre presente no Estado democrático de Direito – do permanente controle jurisdicional dos atos, necessariamente documentados (Súmula Vinculante 14), praticados pelos membros dessa Instituição." RE 593727 (INFO 785) 24. (CESPE/2018/SEFAZ-RS/AUDITOR) Conforme o STF, no que se refere às carreiras de segu- rança pública, o exercício do direito de greve é vedado aos policiais civis e a todos os servido- res públicos que atuem diretamente na área de segurança pública. “Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou entendimento no sentido de que é inconstitucional o exercício do direito de greve por parte de policiais civis e demais servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública. A decisão foi tomada, no julgamento do Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 654432 [...]” 25. (CESPE/2018/PGM-MANAUS/PROCURADOR) Julgue o próximo item, relativo à organização, aos princípios e ao custeio da seguridade social. Por força da regra da contrapartida, os benefícios e serviços daseguridade social somente poderão ser criados, majorados ou estendidos se existen- te a correspondente fonte de custeio total. JURISPRUDÊNCIA Súmula vinculante 46-STF: A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União. “Lei estadual que disponha sobre bloqueadores de sinal de celular em presídio invade a competência da União para legislar sobre telecomunicações. STF. Plenário. ADI 3835/MS, Rel. Min. Marco Aurélio, ADI 5356/MS, red. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio, ADI 5253/BA, Rel. Min. Dias Toffoli, ADI 5327/PR, Rel. Min Dias Toffoli, ADI 4861/SC, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgados em 3/8/2016 (Info 833).” “Não há necessidade de prévia autorização da ALE para que o STJ receba denúncia criminal contra o Governador do Estado – STF.” “A incitação de ódio público feita por líder religioso contra outras religiões pode configurar o crime de racismo.” 14 www.grancursosonline.com.br Fernando Maciel DIREITO PREVIDENCIÁRIO DIREITO PREVIDENCIÁRIO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 1 Seguridade social. 1.1 Conceito e disciplina constitucional. 1.2 Princípios e objetivos. 1.3 Saúde, assistência social e previdência social. 2 Financiamento da seguridade social. 2.1 Normas constitucionais. 2.2 Contribuições sociais para custeio da seguridade social. 2.3 Contribui- ções da União. 2.4 Contribuições do empregador, da empresa e de entidades equiparadas. 2.5 Contribui- ção do empregador doméstico. 2.6 Contribuição do segurado. 2.7 Salário de contribuição: conceito, parce- las integrantes e não integrantes. 2.8 Outras receitas da seguridade social. 2.9 Arrecadação e recolhimento das contribuições. 2.10 Obrigações das empresas. 2.11 Prazos de recolhimento, juros, multa e atuali- zação monetária. 2.12 Obrigações acessórias. 2.13 Prova da inexistência do débito. 3 Regime geral de previdência social. 3.1 Normas constitucionais. 3.2 Planos de benefícios da previdência social. 3.3 Segurados obrigatórios. 3.4 Segurados facultativos. 3.5 Aquisição, manutenção, perda e reaquisição da qualidade de segurado. 3.6 Dependentes. 3.7 Regras gerais aplicáveis aos bene- fícios. 3.8 Período de carência. 3.9 Cálculo do valor do benefício. 3.10 Salário de benefício. 3.11 Renda mensal do benefício. 3.12 Reajustamento do valor do benefício. 3.13 Período básico de cálculo e fator previdenciário. 3.14 Benefícios em espécie. 3.15 Benefícios dos segu- rados. 3.16 Benefícios dos dependentes. 3.17 Serviços da previdência social. 3.18 Cumulação de benefícios. 3.19 Contagem recíproca de tempo de serviço. 4 Decadência e prescrição. 4.1 Decadência e prescrição para os beneficiários. 4.2 Decadência e prescrição para o INSS. 5 Crimes contra a seguridade e a previdência social. 5.1 Apropriação e sonegação de contribui- ção previdenciária. 5.2 Estelionato contra o INSS. 5.3 Crimes contra a fé pública em detrimento do INSS. 5.4 Crimes contra a administração pública em detrimento do INSS. 5.5 Inserção de dados falsos em sistemas de informações. 5.6 Modificação ou alteração não autorizada em sistemas de informação. 5.7 Extinção e suspensão de punibilidade. 5.8 Constituição prévia e definitiva da contribuição previdenciária no âmbito administrativo. 6 Aspectos criminais da legislação previden- ciária: Lei n. 8.212/1991 e suas alterações, Lei n. 8.213/1991 e suas alterações, Decreto n. 3.048/1999 e suas alterações. RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 1. (CESPE/STJ/2018) Princípios da Seguridade Social Com relação à organização e aos princípios do sistema de seguridade social brasileiro, julgue o item a seguir. O princípio da seletividade e distributividade na prestação de benefícios e serviços está relacio- nado à seleção dos riscos sociais e à extensão da proteção patrocinada pelo Estado a todas as pessoas. 2. (CESPE/EMAP/2018) Custeio da Seguridade Social Com referência à organização e ao custeio da se- guridade social, julgue o item subsequente. As contribuições sociais constituem receitas da seguridade social, a exemplo daquelas inciden- tes sobre o faturamento e o lucro das empresas. 3. (CESPE/ABIN/2018) Segurados Considerando o entendimento jurisprudencial dos tribunais superiores, julgue o item que se se- gue, quanto ao regime geral de previdência so- cial (RGPS). Para fins previdenciários, considera-se segurado especial o filiado ao RGPS que exerça atividade FERNANDO MACIEL Procurador Federal em Brasília, ex-coordenador-geral da Matéria de Benefícios da Procuradoria Federal Especializada do INSS, master em Prevenção de Riscos Laborais pela Universidade de Alcalá de Henares (Madrid/Espanha), especialista em Direito de Estado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, mestrando em Direito das Relações Sociais e Trabalhistas pelo Centro Universitário de Brasília – UDF, professor de Direito Previdenciário em cursos de pós-graduação e preparatórios para concursos, autor do livro Ações Regressivas Acidentárias pela editora LTr (3ª Edição), primeira obra monográfica no Brasil sobre a matéria. 15 www.grancursosonline.com.br Fernando Maciel DIREITO PREVIDENCIÁRIO policial ou de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. 4. (CESPE/PGM-MANAUS/AM/2018) Aposenta- doria e cumulação de benefícios Márcio, com cinquenta e cinco anos de idade e trinta e cinco anos de contribuição como em- presário, compareceu a uma agência da previ- dência social para requerer sua aposentadoria. Após análise, o INSS indeferiu a concessão do benefício sob os fundamentos de que ele já era beneficiário de pensão por morte e que não tinha atingido a idade mínima para a aposentadoria por tempo de contribuição. A respeito da situação hipotética apresentada e de aspectos legais a ela relacionados, julgue o item subsequente: A decisão da autarquia previdenciária está par- cialmente correta porque, embora Márcio tenha atendido aos requisitos concessórios do benefí- cio, ele não pode acumular a aposentadoria por tempo de contribuição com a pensão por morte. 5. (QIFM/2018) Salário-maternidade Considerando a disciplina normativa acerca do salário-maternidade, esse benefício pode ser deferido antes do parto, desde que observado o período máximo de 28 dias anteriores a sua ocor- rência, não havendo possibilidade de ser conce- dido em momento anterior, salvo em situações excepcionais comprovadas mediante atestado médico, que podem ampliar a antecipação do be- nefício em mais duas semanas. 6. (CESPE/STJ/2018) Pensão por morte A respeito do regime geral da previdência social (RGPS), julgue o item que se segue, consideran- do a jurisprudência dos tribunais superiores. Situação hipotética: Lúcia, que por doze meses foi contribuinte da previdência social e que era casada, há quatro anos, com Mário, de quarenta e cinco anos idade, faleceu após complicações de saúde decorrentes de uma cirurgia estética. Assertiva: Nessa situação, Mário terá direito ao benefício de pensão por morte em caráter vita- lício. 7. (CESPE/PGM-MANAUS-AM/2018) Contagem recíproca Lúcia, servidora da PGM/Manaus desde 1º/1/1998, requereu a averbação dos períodos em que trabalhou em um escritório de advoca- cia — de 1º/1/1992 a 31/12/1996 — e que exer- ceu a docência em rede de ensino privada — de 1º/1/2002 a 31/12/2005 —, a fim de aumentar seu tempo de contribuição. Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir, relativo à contagem recíproca do tempo de contribuição. É possível que o requerimento de Lúcia seja in- deferido por completo sob o fundamento de inad- missibilidade, nas condições narradas, de conta- gem recíproca. 8. (CESPE/STJ/2018) Decadência A respeito do regime geral da previdência social e do custeio da seguridade social, julgue o itemque se segue, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores. O prazo decadencial decenal não interfere no direito à revisão dos benefícios concedidos ou indeferidos pela previdência social antes do ad- vento da legislação que o instituiu. 9. (QIFM/2018) Estelionato previdenciário Ao formalizar pedido administrativo de auxílio- -doença junto ao INSS, João da Silva apresentou um vínculo empregatício falso, o que lhe ensejou o atendimento da carência previdenciária e, con- sequentemente, a percepção do benefício por 6 meses. Tal prorrogação temporal do prejuízo su- portado pela autarquia previdenciária configura crime permanente, a ensejar o reconhecimento da continuidade delitiva. 10. (QIFM/2018) Aspectos criminais da legislação previdenciária Em fiscalização realizada por Auditores do Mi- nistério do Trabalho, a empresa Máximus Em- preendimentos Ltda. foi autuada por descumprir normas de saúde e higiene do trabalho. Tal cir- cunstância, independentemente da ocorrência de algum resultado material (acidente do trabalho), constitui infração penal prevista na legislação previdenciária, tipificada como contravenção. 16 www.grancursosonline.com.br Marcelo Borsio DIREITO TRIBUTÁRIO DIREITO TRIBUTÁRIO DICA 1 Receita originária e derivada Tributo é toda prestação pecuniária compulsó- ria, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plena- mente vinculada. DICA 2 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 1 − Regra é a Lei Ordinária Tributos para a LC: As FORTUNAS COMPULSÓ- RIAS SÃO RESIDUAIS E mais... ICMS, ISS-QN e ITCMD (extraterritoria- lidade)... RESOLUÇÃO DO SENADO ALÍQUOTAS MÁXIMAS ALÍQUOTAS MÍNIMAS ITCMD ICMS ICMS IPVA LEI COMPLEMENTAR LC / ADCT DA CF ALÍQUOTA MÁXIMA ALÍQUOTA MÍNIMA ISS-QN ISS-QN DICA 3 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Art. 146. Cabe à lei complementar: I − dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; II − regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; III − estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; c) adequado tratamento tributário ao ato coopera- tivo praticado pelas sociedades cooperativas. d) definição de tratamento diferenciado e favore- cido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simpli- ficados. SIMPLES NACIONAL: • Recolhimento será unificado e centralizado; • Opcional; • Enquadramento diferenciado por Estado; • Vedada qualquer retenção ou condiciona- mento; • Compartilhada. DICA 4 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: I − a instituição de tributos, ou a sua extinção; II − a majoração de tributos, ou sua redução, res- salvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; (PRAZOS - III − a definição do fato gerador da obrigação tri- butária principal IV − a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; V − a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; VI − as hipóteses de exclusão, suspensão e extin- ção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. MARCELO BORSIO Delegado da Polícia Federal. Possui graduação em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, é mestre e doutor em Direito Previdenciário pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, pós-doutor em Direito da Seguridade Social pela Universidade Complutense de Madrid. Especialista em Direito Tributário pela PUC-SP. Autor de algumas obras no tema, inclusive com o Prof. Luiz Flávio Gomes, palestrante pelo país, professor e coordenador de pós-graduação de Direito Previdenciário e da Prática Previdenciária. Coordenador Pedagógico do Projeto Exame de Ordem. 17 www.grancursosonline.com.br Marcelo Borsio DIREITO TRIBUTÁRIO DICA 5 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE A lei tributária deverá fixar alíquota, base de cál- culo, sujeito passivo, multa e fato gerador. PRAZOS Obrigações acessórias → Atualização monetária → Correção monetária → DICA 6 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE DICA 7 PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE Tributos cobrados imediatamente: II, IE, IOF, IEG, EC CALA/GUE. Anterioridade Anual: IR, alterações na base de cálculo do IPTU e IPVA. Noventena: IPI, CIDE-combustível, ICMS com- bustível e CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS Anterioridade Tributária → 1º PASSO – leve para 01 de janeiro; 2º PASSO – veja quantos dias tem; se tiver 91 dias – PERMANECE 01 DE JANEIRO; se tiver menos de 91 dias – SOMAM-SE OS 90 DIAS, e o dia seguinte é o da exigência (03 de outubro é o grande dia!!!) TAXAS, CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA, ISS- QN, ICMS, ITBI, ITR... DICA 8 PRINCÍPIO DA ISONOMIA TRIBUTÁRIA a) É proibida qualquer distinção em razão de OCUPAÇÃO, PROFISSIONAL OU FUNÇÃO POR ELES EXERCIDA. b) Capacidade civil (recém-nascido) e licitude ao ato (bixeiros etc.) c) Non Olet – traficante paga IR, porque tem renda. Casa de prostituição paga IPTU. 1. A farmácia Vida estava autorizada a, mediante apresentação de receita médica, vender medica- mento que causa dependência física e psíquica, cujo comércio desautorizado constitui crime de tráfico de substância entorpecente. Visando au- mentar o lucro, passou a vendê-lo aleatoriamente e subtrair a renda auferida dos registros contá- beis e fiscais. Nessa situação hipotética, é lícito ao fisco efetuar o lançamento tributário pelo lucro obtido com a circulação de mercadoria, apesar de as referidas vendas constituírem crime de trá- fico de entorpecentes. DICA 9 PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE LEI TRIBUTÁRIA Irretroatividade da lei – é vedado aos entes tri- butantes cobrar tributo em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado, como forma de pre- servar o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. A lei tributária não se aplica a fatos pretéritos. Exceções: lei interpretativa e lei mais benéfica em matéria de infração (reduz MULTA), SALVO se já tiver sido recolhida ou PAF julgado definitivamente. DICA 10 PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE LEI TRIBUTÁRIA 2. Conforme o princípio da irretroatividade da lei tri- butária, não se admite a cobrança de tributos em relação a fatos geradores ocorridos em período anterior à vigência da lei que os instituiu ou au- mentou. Entretanto, o Código Tributário Nacional admite a aplicação retroativa de lei que estabe- leça penalidade menos severa que a prevista na norma vigente ao tempo da prática do ato a que se refere, desde que não tenha havido julgamen- to definitivo. 3. Sob a vigência de determinada norma tributária, contribuintes deixaram de recolher o tributo devi- do, do que resultou a autuação do fisco e a im- pugnação dos contribuintes. Antes mesmo do fim do processo administrativo fiscal, foi aprovada e entrou em vigor legislação tributária que conce- deu isenção parcial, reduzindo em 50% o referi- do tributo, para as mesmas operações. Conforme as normas a respeito da aplicação e vigência da lei tributária dispostas no Código Tributário Na- cional (CTN), os contribuintes inadimplentes não poderão recolher os 50% do tributo devido, dada a impossibilidade de retroação no caso de a lei nova ser interpretativa, o que ocorreu na situação hipotética apresentada. 18 www.grancursosonline.com.brMarcelo Borsio DIREITO TRIBUTÁRIO DICA 11 PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA Tributos PROGRESSIVOS – IR (generalidade, universalidade). IPTU e ITR – progressividade fiscal (valor em razão da localização e uso). Progressividade extrafiscal – função social da propriedade – não gera confisco. ATENÇÃO!! IPVA não é progressivo!!! DICA 12 Vedação de Efeitos Confiscatórios ou Princípio do Não confisco STF: Não há confisco em alíquotas gravosas de IPTU e ITR, em face da progressividade extrafiscal (regulador da economia), diante de propriedade que não atende a sua função social. DICA 13 Não Limitação ao Tráfego (art. 150, V, da CF) – veda tributação ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais e intermunicipais. Pedágio que tem característica de tarifa, não afeta esse princípio. Fiscalização do ICMS nas barreiras interestadu- ais não afeta esse princípio. DICA 14 ESSENCIALIDADE IPI – SELETIVIDADE OBRIGATÓRIA ICMS – SELETIVIDADE FACULTATIVA NÃO PODE HAVER GRADUAÇÃO DA ALÍ- QUOTA PELA PROCEDÊNCIA. Não Cumulativos: ICMS, IPI, Residuais, Contri- buições Sociais. DICA 15 LEI QUE REVOGA ISENÇÃO. PRIMEIRA SITUAÇÃO − Observar se a isenção for TEMPORÁRIA E ONEROSA – requisitos e no prazo estipulado – NÃO SE REVOGA ISENÇÃO (Súmula 544 STF). SEGUNDA SITUAÇÃO ISENÇÃO NÃO ONEROSA – revogação a qual- quer tempo e de eficácia imediata. STF: A revogação da isenção não onerosa NÃO pode ser considerada uma instituição ou majoração do tributo, ensejador da anterioridade. DICA 16 IMUNIDADES RECÍPROCA – União, Estados, DF, Municípios, AUTARQUIAS e FUNDAÇÕES PÚBLICAS – não pagam nenhum IMPOSTO, desde que atendam a fina- lidade essencial institucional. EMPRESAS PÚBLICAS e SOCIEDADE DE ECO- NOMIA MISTA não têm imunidade, salvo se desem- penharem atividades na função que é exclusiva de Estado. No caso das EMPRESAS PÚBLICAS, têm direito à imunidade recíproca se atuarem em regime de monopólio (RE 363412 – 2007 – STF). RELIGIOSA – Instituição Religiosa não paga nenhum IMPOSTO. ÁREAS CONTÍGUAS ligadas ao templo (estacionamento, quadras, casas, imóveis locados, mesmo que a comércio, também não pagam). OUTROS ENTES – Partidos Políticos e suas Fun- dações, Sindicatos, Entidades Educacionais sem fins lucrativos e Entidades Assistenciais (artigo 14 CTN) e Lei n. 12.101, de 2009. 1 – Instituição de Ensino Superior não registrada – omitiu sua contabilidade – não recolheu tributos por entender ser imune. Imunidade objetiva; independe de requisitos legais. Auto de infração não pode ser anulado. Imunidade aplica-se aos impostos da CF e taxas de serviços. Imunidade subjetiva e conforme requisitos legais. Fisco não poderia ter autuado. DICA 17 DE IMPRENSA – livros, jornais, periódicos e o PAPEL usado para a produção da edição – NÃO PAGAM IMPOSTO. Protege produtos, e não pessoas, pois as editoras pagam impostos não relativos (IPTU, IPVA etc.). STF: filmes fotográficos e papéis fotográficos para a produção do material. TINTAS NÃO TÊM IMUNIDADE MUSICAL − fonogramas e videofonogramas musi- cais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros, bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os con- tenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. 19 www.grancursosonline.com.br Marcelo Borsio DIREITO TRIBUTÁRIO DICA 18 TAXA TARIFA OU PREÇO PÚBLICO TRIBUTO NÃO É COMPULSÓRIO FACULTATIVO SEM AUTONOMIA DE VON- TADE COM EX LEGE CONTRATO ADM. NÃO RESCINDÍVEL RESCINDÍVEL DIREITO TRIB. DIREITO ADM. REG. JUR. DIR. PUB. REG. JUR. DIR. PRIV. UTILIZ. EFETIVA OU POTENCIAL SÓ EFETIVA PODER DE POLÍCIA NÃO TEM EXIGIDA PELO PODER PUB. DESTINADA PELO DIR. PRIV. RECEITA DERIVADA DO PATR. DO PARTICULAR RECEITA ORIGINÁRIA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO – tarifas de foro, laudêmio, de ocupação Dívida ativa tributária Dívida ativa não tributária DICA 19 CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA • por LO; • Competência comum (U, E, DF, M); • FG – obra pública que valoriza imóvel do con- tribuinte; • BC: é o quantum de valorização experimen- tada pelo imóvel. NÃO É O CUSTO DA OBRA, NEM O VALOR DA OBRA. • LIMITES DE COBRANÇA DA C.M. a) INDIVIDUAL – valorização individualmente per- cebida (STF); b) TOTAL/GLOBAL – a arrecadação nunca pode exceder o valor total da obra (STJ). − Dicas Finais sobre C.M: 1 – Cobrança após fim da obra; 2 − Respeito à ZONA DE INFLUÊNCIA (zona de benefício), que é a área do entorno da obra que rece- berá os efeitos da valorização; 3 − Comuns nas obras de pavimentação (Aqui não pode TAXA). Em recapeamentos, não há CM – dever do Estado na manutenção. DICA 20 – CRÉDITO E LANÇAMENTO O fisco estadual, após inconsistências remetidas, foi ao estabelecimento, e, em auditoria, comprovou a omissão do SP, que justificava a aplicação de penalidade pecuniária, lavrando AI e impondo a cobrança do tributo, que deveria ter sido pago, com juros e penalidade de 200% sobre o principal corrigido. O AI foi assinado pelo contribuinte, e foi constatado prazo para pagamento ou impugnação do ato administrativo. A respeito dessa situ- ação hipotética, JULGUE OS ITENS ABAIXO: 4. A constituição do crédito tributário dar-se-á sem- pre após ultrapassado o prazo para impugnação do auto de infração. 5. O FG da OT foi a auditoria tributária levada a efei- to no estabelecimento. 6. A constituição do crédito deu-se pelo lançamento de ofício. 7. Supondo que haja a extinção do CT pela impug- nação, isso não terá efeito sobre a OT. 8. As circunstâncias que modificam a constituição do crédito pela impugnação de AI afetam a OT. DICA 21 No que diz respeito à constituição do crédito tribu- tário, JULGUE OS SEGUINTES ITENS: 9. Sempre que constatada sonegação fiscal, a au- toridade administrativa fará o lançamento de ofí- cio e notificará o sujeito passivo, caso em que só se admitirá alteração do lançamento quando demonstrado pelo devedor inexistência de dolo, fraude ou simulação. 10. Nos tributos sujeitos a lançamento por declara- ção, a qualquer tempo que o fisco tome conhe- cimento de existência de sonegação de informa- ções, poderá revê-lo e efetivar o lançamento de ofício. 11. Verificado que os lançamentos realizados nos livros fiscais não cumpriram as regras estabele- cidas pelas normas gerais de contabilidade, des- merecendo fé, a autoridade fiscal fixará o valor do tributo devido por meio de pauta de valores estabelecida. 12. Verificado pela autoridade administrativa da União que, além do imposto de sua competência, ao mesmo tempo e na mesma forma de execu- ção, a sociedade comercial sonegava tributo de- vido ao DF, aquela autoridade efetivará o lança- mento de ambos os tributos, face a conexão pelo lançamento reflexo. 13. O lançamento definitivo não poderá ser revisto para dar-lhe nova definição jurídica quando a au- toridade administrativa conhecia a situação fática no momento em que o realizou. 20 www.grancursosonline.com.br Marcelo Borsio DIREITO TRIBUTÁRIO DICA 22 – SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA, CON- TRIBUINTES E RESTITUIÇÃO Por dispositivo legal expresso, a obrigação de recolhimento de determinado imposto foi atribuída a pessoa diversa da do contribuinte, devendo esse pagamento ser feito antecipadamente, em momento prévio à ocorrência do fato gerador, previsto para ocorrer no futuro. Com relação a essa situação, julgue o item seguinte. 14. Não ocorrendo o fato gerador, o contribuinte substituído terá direito à restituição do valor do imposto pago. Porém, ocorrendo o fato gera- dor com base de cálculo inferior à prevista, não será obrigatória a restituição da diferença paga a maior, conforme jurisprudênciado STF. DICA 23 DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO Art. 150, § 4º Se a lei não fixar prazo a homologa- ção, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homolo- gado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I − do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II − da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tribu- tário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. DICA 24 DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO Carlos ajuizou, em 2006, ação contra Paulo, na qual pleiteou indenização por danos materiais e morais. Após sentença transitada em julgado, ele obteve julgamento de procedência total dos pedidos formulados, razão pela qual recebeu, a título de inde- nização por danos morais, o valor de R$ 50.000, sendo R$ 20.000 a título de danos morais próprios e R$ 30.000 a título de danos estéticos. Pelos danos mate- riais, Carlos recebeu R$ 30.000, dos quais R$ 10.000 correspondem a danos emergentes e R$ 20.000 a lucros cessantes. No tempo devido, ele declarou os valores recebidos e efetuou o recolhimento do imposto de renda correspondente. Com referência a essa situ- ação hipotética, julgue o item a seguir. 15. A extinção do crédito tributário ocorrerá cinco anos após o pagamento do tributo realizado por Carlos, quando ocorre a homologação tácita da declaração e do pagamento realizado, visto que o imposto de renda é espécie tributária sujeita a lançamento por homologação. DICA 25 ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA DENÚNCIA ESPONTÂNEA 16. O STF entende hodiernamente que a Receita Federal pode receber dados bancários de con- tribuintes fornecidos diretamente pelos bancos, sem prévia autorização judicial, isto porque pre- valeceu o entendimento de que a norma não re- sulta em quebra de sigilo bancário, mas sim em transferência de sigilo da órbita bancária para a fiscal, ambas protegidas contra o acesso de ter- ceiros. A transferência de informações é feita dos bancos ao Fisco, que tem o dever de preservar o sigilo dos dados, portanto não há ofensa à Cons- tituição Federal. DICA 26 Por dispositivo legal expresso, a obrigação de recolhimento de determinado imposto foi atribuída a pessoa diversa da do contribuinte, devendo esse pagamento ser feito antecipadamente, em momento prévio à ocorrência do fato gerador, previsto para ocorrer no futuro. Com relação a essa situação, julgue o item seguinte. 17. Não ocorrendo o fato gerador, o contribuinte substituído terá direito à restituição do valor do imposto pago. Porém, ocorrendo o fato gera- dor com base de cálculo inferior à prevista, não será obrigatória a restituição da diferença paga a maior, conforme jurisprudência do STF. 21 www.grancursosonline.com.br Alice Rocha DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E COOPERAÇÃO INTERNACIONAL DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E COOPERAÇÃO INTERNACIONAL EDITAL – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1 Direito internacional público: conceito, fontes e princípios. 2 Atos internacionais. 2.1 Tratados: validade; efei- tos; ratificação; promulgação; registro, publicidade; vigência contemporânea e diferida; incorporação ao direito interno; violação; conflito entre tratado e norma de direito interno; extinção. 2.2 Convenções, acordos, ajus- tes e protocolos. 2.3 Aspectos penais do Protocolo de São Luís (Decreto n. 3.468/2000). 2.4 Convenção das Nações Unidas contra o crime organizado transnacional (Convenção de Palermo); Decreto n. 5.015/2004. 2.5 Decreto n. 5.017/2004 (protocolo adicional à convenção das Nações Unidas contra o crime organizado transna- cional relativo à prevenção, repressão e punição do trá- fico de pessoas, em especial mulheres e crianças). 2.6 Atribuições do Departamento de Polícia Federal para questões decorrentes de tratados internacionais. 3 Personalidade internacional. 3.1 Estado; imuni- dade à jurisdição estatal; consulados e embaixadas. 3.2 Organizações internacionais: conceito; natureza jurídica; elementos caracterizadores; espécies. 3.3 População; nacionalidade; tratados multilaterais; esta- tuto da igualdade. 3.4 Estrangeiros: vistos; deporta- ção, expulsão e extradição: fundamentos jurídicos; reciprocidade e controle jurisdicional. 3.5 Asilo político: conceito, natureza e disciplina. 4 Proteção internacional dos direitos humanos. 4.1 Declaração Universal dos Direitos Humanos. 4.2 Direitos civis, políticos, econômicos e culturais. 4.3 Mecanismos de implementação. 5 Conflitos internacionais. 5.1 Meios de solução: diplomáticos, políticos e jurisdicionais. 5.2 Cortes internacionais. 6 Domínio público internacional: mar; águas inte- riores; mar territorial; zona contígua; zona econômica; plataforma continental; alto-mar; rios internacionais; espaço aéreo; normas convencionais; nacionalidade das aeronaves; espaço extra-atmosférico. 7 Cooperação internacional: espécies e procedi- mentos. 8 Cooperação policial internacional. 9 Cooperação jurídica internacional em matéria penal. 10 Lei n. 13.445/2017. 11 Decreto n. 154/1991. Convenção contra o Trá- fico Ilícito de entorpecentes e substâncias psicotrópicas. 12 Decreto n. 3.468/2000. 13 Decreto n. 5.015/2004 (Palermo). 14 Decreto n. 5.016/2004. Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Orga- nizado Transnacional, relativo ao Combate ao Tráfico de Migrantes por Via Terrestre, Marítima e Aérea. 15 Decreto n. 5.017/2004. 16 Decreto n. 5.687/2006. Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção (Mérida) 17 Decreto n. 5.941/2006. Protocolo contra a Fabricação e o Tráfico Ilícito de Armas de Fogo, suas Peças, Componentes e Munições. 18 Decreto n. 6.340/2008. 19 Decreto n. 8.833/2016. Convenção Interameri- cana sobre Assistência Mútua em Matéria Penal. Con- venção de Auxílio Judiciário em Matéria Penal entre os Estados-Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Art. 38 – Estatuto da CIJ A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará: a. as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressa- mente reconhecidas pelos Estados litigantes; ALICE ROCHA Doutora em Direito Internacional Econômico pela Université dAix- Marseille III. Possui graduação em Direito pelo Centro Universitário de Brasília (2005), graduação em Ciência Política pela Universidade de Brasília (2004), graduação em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (2004) e mestrado em Direito das Relações Internacionais pelo Centro Universitário de Brasília (2006). Atualmente é professora no Centro Universitário de Brasília – UniCEUB e na Faculdade Processus. Tem experiência na área de Direito, Relações Internacionais e Ciência Política, com ênfase em Direito Internacional Econômico e Direitos Humanos. 22 www.grancursosonline.com.br Alice Rocha DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E COOPERAÇÃO INTERNACIONAL b. o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito; c. os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas; d. sob ressalva da disposição do Artigo 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais qua- lificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito. A presente disposição não prejudicará a facul- dade da Corte de decidir
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