3 Teoria da Firma de Ronaldo Coase

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A NATUREZA DA  FIRMA (1937)
COASE, R. H. (1937). The nature of the firm. In: WILLIAMSON, O. 
& WINTER, S. (eds.) (1991) The nature of the firm: origin, 
evolution and development. Oxford: Oxford University Press.
As empresas devem ser concebidas como entidades endógenas ao sistema econômico.
Sua existência só se justifica na presença de custos de transação para a produção. 
Empresas, outras organizações e instituições econômicas existem porque os agentes acham que elas são uma forma útil de minimizar os custos de transação. 
Definição de firma: corresponde ao seu significado no mundo real, governado pela ideia de margem e de substituição (Marshall).
Coase rebate que o sistema econômico (Arthur Salter) trabalha por si mesmo e a direção dos recursos é diretamente dependente do mecanismo de preço.
Descrição incompleta: no mundo real isto muitas vezes não se aplica.
Se a produção é regulada pelos movimentos dos preços, poderia ser realizada sem nenhuma organização. 
Então, por que existe organização?
O que distingue a firma é a substituição do mecanismo de preço (rede externa de preços e custos relativos). 
Existe relação entre supor que os recursos são alocados pelos mecanismos de preço e que esta alocação é dependente do empreendedor coordenador?
Porque uma empresa emerge em um mercado especializado?
II
É rentável estabelecer uma firma porque parece haver custo para usar o mecanismo do preço. 
Contratos não são eliminados pela existência da firma, mas podem ser reduzidos. 
A firma se estabelece quando a direção dos recursos e os limites do contrato começam a depender dos comprador. 
Uma empresa pode surgir nos casos em que um contrato de muito curto prazo possa ser insatisfatório.
Uma operação de mercado tem custo e para formar uma organização e autoridade para a direção dos recursos, certos custos de mercado são conservados.
O empreendedor tem que realizar sua função a um baixo preço, levando em consideração o fato de que pode obter fatores de produção a preços mais baixos que os custos de transação que ele substitui.
III
Incerteza: relevante para o estudo do equilíbrio da firma. Parece improvável uma firma emergir sem a incerteza.
A firma consiste de um sistema de relações:
Combinação: quando as transações organizadas previamente por dois ou mais empreendedores se tornarem organizadas por um. 
Integração: envolve a organização das transações realizadas previamente entre os empreendedores em um mercado. 
Uma empresa pode expandir de qualquer uma dessas duas maneiras ou de ambas. 
IV
O tamanho da firma é determinado pelos custos de mercado (de usar o mecanismo do preço) e pelos custos de organizar os diferentes empreendedores. 
Assim, serão determinados quantos produtos serão produzidos por cada empresa e quanto de cada um se produzirá.
V
Quando se considera o tamanho da firma (princípio do marginalismo), o custo de organização dentro da firma deverá ser = custo de organização em outra firma, ou = custos para a transação ser organizada pelo mecanismo de preço.
Os homens de negócio estarão sempre em constante experimentação para manter o equilíbrio. 
Fatores dinâmicos ganham importância, que leva a uma investigação do efeito das mudanças no custo da organização dentro da empresa e nos custos de mercado, o que deve explicar porque as empresas se tornam maiores e menores. 
Daí, a teoria do equilíbrio “em movimento”.