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A partir dos textos discutidos em sala de aula, analise e compare as 
principais linhas de pesquisa/temáticas da antropologia brasileira, tendo em 
mente a perspectiva de uma geopolítica acadêmica. 
 
A cidade é um campo fértil para todos os estudos de todos os tipos. No 
ramo da antropologia urbana é estudado o dinamismo, as transformações e o 
que compõe as grandes metrópoles. Para compreender esse processo os 
antropólogos tiveram que acompanhar a mudança dos indivíduos e/ou 
acompanharam o processo de urbanização dos lugares onde eles mesmos 
realizaram suas pesquisas. Para Georg Simmel, no ensaio clássico “A 
metrópole e a vida mental” existia um tipo de tensão entre o individual e o 
supraindividual, entre o interno e o externo. E por esse motivo havia uma 
necessidade de ser estudado o tipo de individualidade que a cidade estimula. A 
grande cidade pode ser analisada como um lugar de conflito e desagregação, 
visto que a antropologia surge como área de estudo de sociedade em pequena 
escala. É possível perceber a superação da antropologia evolucionista, que fez 
uma releitura de seus métodos para as grandes cidade. Assim sendo, Simmel 
trabalha em cima de quatro temas um deles é “Noção de individualização da 
corrente da vida na metrópole”. Ou seja, a cabeça que é o órgão de 
pertencimento do indivíduo. Na cidade grande a intelectualidade e o cérebro 
são responsáveis pela individualização. Pode-se perceber que a metrópole 
oferece um modo de vida diferente da comunidade rural. Na cidade existe a 
capacidade do anonimato e do desenvolvimento individual desvinculados 
daqueles vínculos que faziam com que a pessoa fosse segura e presa ao 
mesmo tempo. Já na antropologia rural, tem-se por objetivo de analise a cultura 
desenvolvida no local e o processo de identificação, sem deixar de lado as lutar 
históricas e do dia a dia. Ressaltando que mesmo que haja pluralidade dos 
povos do campo ainda são vítimas do etnocentrismo. É comum que indivíduos 
que não façam parte do meio rural tenham preconceito por acharem que o 
meio rural é primitivo, atrasado e que já foi superado. Por isso é de extrema 
importância o estudo da antropologia rural, tendo em vista minimizar este tipo 
de ideia para, por fim, proporcionar o reconhecimento e valorização das 
diferenças. 
 
(Inicio do outro texto – As ciências sociais brasileira frente ao eurocentrismo: 
imposição ou escolha?) 
 
Na contemporaneidade, tem-se discutido sobre a descolonização 
eurocêntrica hegemônica que sempre norteou os meios acadêmicos e também 
as pesquisas antropológicas. Da maneira como isso é colocado chega até 
parecer que em nenhum momento não se quis essa igualdade com os colonos 
e tudo que vinha deles. Mas também não podemos deixar de mencionar que 
houve sim uma disputa por legitimidade. Gilberto Freyre é o exemplo claro 
disso, na década de 1920 ele percebe que havia um processo que invisibilizava 
as produções acadêmicas Norte-Nordeste, e encabeça um movimento 
regionalista no recife para romper com ideia de matriz/filial e trazer a 
legitimidade de pensamento para a antropologia. Uma vez que São Paulo era 
considerado centro de modernidade do país automaticamente, todo o resto era 
visto como províncias atrasas, que estavam fadadas a reproduzir tradições e 
que para serem vistos com prestigio deveriam tentar se adequar ao modelo 
elitista e “mais qualificado”, que sempre foi reforçado nesses grandes centros. 
Isso se reflete até os dias atuais nessas relações de hierarquias internas e 
reprodução de desigualdade no campo da antropologia. Essa visão que se tem 
desse outro mais civilizado e mais capaz é reforçado especialmente no meio 
acadêmico. Ainda há uma supervalorização de tudo que é produzido nos 
grandes centros brasileiros, uma vez que são “imagem e semelhança” da 
ciência vista como a mais qualificada. Assim pode-se questionar o uso do 
termo “descolonização”, já que houve um certo nível de adesão das ideias 
coloniais. E dessa maneira torna-se necessário enxergar através da categoria 
periférica, o que não ocorre, já que o conteúdo criticado vem justamente de 
outra categoria que não abre mão do seu posto enquanto centro geopolítico. 
No texto de Osmundo Pinho, “A Antropologia no Espelho da Raça”, a pluralização 
antropológica da raça na contextura da pesquisa no Brasil se conceitua como “preto’’ e 
“pardos” e a classificação negra ou não - branca e de classificados como brancos, assim dando 
o reconhecimento das identidades raciais que compõem a compreensão que temos sobre o 
Brasil. O que faz o tema de maior interesse para as pesquisas etnográficas acadêmica 
internacional seguindo preceitos fundamentais e tradicional do estudo sobre o negro e as 
relações raciais permanecendo como recorrente no campo das ciências sociais e da 
antropologia social do Brasil. 
Consolidou-se o modo sociológico empregando recursos metodológicos a base de estatística 
de dados agregados no ciclo unesco e o convênio Columbia/ Estados da Bahia nos anos de 
1950 descreviam sobre a perspectiva racial e desigualdade impessoais determinadas da 
antropologia da tradição dos estados afro - brasileiros e a cultura negra simbólica. 
A Escola Pernambucana trouxe a temática encabeçada por Gilberto Freyre e trabalhos de 
Edson Carneiro, Arthur Ramos, dando raízes profundas de inspiração racialista lombrosiana, 
epitomizadas com estudos médicos criminalísticas por Raimundo Nina Rodrigues , chamando 
de o “Problema Negro” levando a sustenta como o problema nacional. 
Freyre, o solucionou como final mestiço, Ramos assimilou-se de cultura sobre essa concepção 
da raça. Outra perspectiva se mostrava sobre a integração de “diferente” trazido dos estudos 
de Pierson em 1930 na Bahia, da escola de Chicago, a utilização de dados agregados sobre as 
ocupação dos negros e brancos na Bahia em inúmeras tabelas. Os antropólogos definiram a 
"diferença" no que enxergaram de cultura negra dos negros, os sociólogos nas estatísticas e 
conexões entre autodefinição racial e o lugar na estrutura racial, o que se caracteriza a 
separação do trabalho entre esses dois campos, a interpretação de raça e construção de como 
a localização dos sujeitos sociais negros não implicasse no espaço de lutas e de desigualdade 
e a sua cultura sendo algo de particularidade imprecisa. Há mudanças atualmente na variedade 
de interesses temáticos manifestados por toda uma nova geração de pesquisadores e 
estudantes de pós-graduação, ativamente envolvidos juntamente os ativismo anti-racista e com 
as diversas manifestações de movimento negro. 
Também estudos sobre juventude e cultura negra juvenil globalizada aos estudos sobre a 
mulher negra, que relacionam Raça e Gênero suas formas de associação e de reinvenção 
estética de si. Abordada por Angela Figueiredo, e perspectiva crítica, as relações entre Raça e 
Sexualidade, explorada por Osmundo Pinho que traça a representação das diferenças cultural 
através da racialização de diversidade e sobre a cultura do Brasil. 
Já em “O que é isso que chamamos de Antropologia Brasileira?” — Roberto Cardoso de 
Oliveira ressalta que a antropologia social ou cultural é examinada com o intuito da busca das 
rupturas da origem na disciplina em espaços europeus e norte-americano, e nas das diversas 
modalidades observada em sua formação do pensamento ocidental e em tradições chegada ao 
Brasil, cruzando o empirismo com o intelectualismo e antinomia temporal, identificando o tempo 
de cada tradição e vertente da disciplina de cada "escola". Oliveira, procurando encontrar seu 
respectivo paradigma identificou o paradigma "racionalista" evidenciado na "escola francesa de 
sociologia", na "escola britânica de antropologia social" o estrutural racional, o culturalista na 
escola histórico-cultural norte-americana, nessa também observou o paradigma hermenêutico, 
como um desenvolvimento tardio de uma Antropologia Interpretativa. O históricoda 
antropologia sendo o conjunto de suas versões paradigmáticas, subculturas e uma subcultura 
científica global chamada de antropologia. o que chamamos de antropologia brasileira, em sua 
função está no objetivo concretamente definir como especificar índios, negros ou brancos, 
outros grupos vistos dentro dessas categorias étnicas, minoritários que sejam favelados 
urbanos, os pequenos agricultores e caipiras do nordeste em grandes capitais, também do 
cruzamento de uma etnologia indígena cultural, a Etnologia indígena e a Antropologia da 
Sociedade Nacional na busca de localizar pela via da interpretação histórica aquelas categorias 
que tivessem sido instrumentalizadas no interior dessas mesmas tradições encontradas as 
categorias Cultura e Estrutura, passou a ser totalmente irrelevante pela constância na tradição. 
Livio Sansone, em — “NEM SOMENTE PRETO OU NEGRO o sistema de classificação racial 
no Brasil que muda” afirma que se no Brasil predomina o preconceito de marca, isto é, com 
base na cor da pele, então é possível perguntar, como as pessoas reinterpretam e usam a cor 
no cotidiano das relações raciais?. Interessado em responder esta questão, o antropólogo, 
Sansone (1996) realizou um estudo na Região Metropolitana de Salvador, no Estado da Bahia, 
com o intuito de elaborar um esquema de classificação racial da vida cotidiana, em contraste 
aos esquemas formalmente em uso, como o do governo (brancos, pretos, pardos, amarelos e 
indígenas), o da fábula das três raças (brancos, negros e índios) e o esquema bipolar proposto 
pelo movimento negro moderno, inspirado nos EUA (brancos e negros). Os resultados 
apresentados por Sansone (1996) nos mostram que a “marca”, elaborada por Nogueira (2007 
[1955]), não se restringe apenas a “aparência” do sujeito, pois as percepções de cor variam de 
acordo com a posição deste sujeito, do lugar em que ele se encontra e do momento em que ele 
se coloca. Assim, temos no Brasil um tipo de classificação racial bastante dinâmico e difícil de 
ser visto e analisado a partir de um ponto fixo. Ser negro no Brasil, “depende” sempre de um 
conjunto de fatores e vai bem além da simples aparência física, mesmo que esta seja bastante 
nítida, como no caso dos negros “retintos”. Quando confrontamos estes fatores com os 
paradigmas apresentados anteriormente, podemos notar a força do paradigma na 
“morenidade” e a forma como sua ambiguidade é explorada para lidar com as diversas 
situações que permeiam as relações raciais no Brasil. Deste modo, o chamado “mito da 
democracia racial” se apresenta como um elemento estruturante nas percepções sobre raça e 
racismo, o que pode ser um problema quando pensamos na “raça” como tema político. Ou 
seja, a ambiguidade da categoria “moreno” opera um disfarce nas diferenças raciais e acaba 
sendo um ponto de fuga da própria condição racial, enfraquecendo a identidade.

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