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Contabilidade e política

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A PERSPECTIVA CONTÁBIL APLICADA A PARTIDOS POLÍTICOS NO BRASIL
NOME, Sobrenome do aluno�
RESUMO: Os percursos e premissas, bem como delineamento em sentido estrito, relacionados às práticas financeiras, econômicas e contábeis desenvolvidas por partidos políticos, no Brasil, segue uma rítmica normativa operacional cujo traço de destaque menciona um universo singular em termos de cancha de noções do fenômeno partidário. Os fundamentos e dimensões contábeis, exercidos pelo pluripartidarismo democrático pressuposto após a vigência da Constituição Federal de 1988, não se limita características de modo isolado, como também situar-se diante do registro e exposição da história brasileira. Assim, impera desenvolver técnicas de apropriação que deem conta de uma tentativa de tecer o mapa que haure a própria história contábil de entidades partidárias, independentemente de vieses suscetíveis a abarcarem visões clássicas da escrituração política, como seria o caso de noções estratificadas de “esquerda” e “direita”; aqui a preocupação principal reside na averiguação da teoria contábil e como esse estudo converge não somente na ciência da contabilidade, mas na referência ao entorno da prática política partidária no país. O estudo, sem pretensões de exaustão da matéria, coloca em pauta uma breve análise dos temas alicerçados na amplitude da perspectiva contábil aplicada a partidos políticos em Estado nacional. 
SUMÁRIO: 1. Considerações introdutórias; 2. Teoria da contabilidade: delineamentos ante a prática política brasileira; 3. A prática partidária no Brasil; 4. Considerações finais; 5. Referências. 
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
A Constituição Federal de 1988, precisamente no artigo 17, compõe e exibe o elenco de Direitos e Garantias Fundamentais dos Partidos Políticos. O texto deixa clara a “livre criação, fusão e extinção dos partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa e observados os preceitos de caráter nacional, tais como proibição de recebimento de recursos financeiros, prestação de contas à Justiça Eleitoral e funcionamento parlamentar de acordo com a lei”�. Esses rastros jurídicos, amparados pela Carta Magna, oferecem suporte ao estudo do patrimônio de entidades e/ou grupos� instruídos à instrumentalização de práticas políticas.
Os percursos de juridicidade dos partidos, no Brasil, acompanham os caminhos contábeis articulados por indivíduos que fazem parte do jogo político. A Constituição Federal, logo no § 1º do mesmo artigo supracitado, determina que “é assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento, devendo seus estatutos estabelecer normas de fidelidade e disciplina partidárias”. As rotas jurídicas suportam medidas que indicarão – ou não – a contabilidade partidária, entendida enquanto esfera econômica, social, administrativa e financeira desses grupos no país. 
Todo e qualquer registro e ato, de natureza econômica, produzirá consequências no plano prático em vista de sua dinâmica operacional. Esses pontos demarcam uma questão que, em tempos de eleições, vige enfaticamente: como seria a dinâmica das práticas contábeis dos partidos políticos no Brasil?
Existem ramos de estudo próprios inseridos no funcionamento de princípios contábeis aplicados a determinados setores. Um exemplo poderia submergir do ramo da contabilidade pública – é dizer, o ramo da contabilidade que registra e controla a execução de orçamentos da fazenda pública e patrimônio público. Trata-se da análise do fenômeno financeiro que se relaciona com as finanças estatais, representando o aspecto financeiro do ente público. 
É preciso cuidado e observação à existência de muitas das manobras financeiras exercidas por grupos políticos, no Brasil; todas estão – ou devem estar – sob o escrutínio da vigilância do Tribunal Superior Eleitoral. A prestação de contas partidárias, necessária diante do art. 17 da Constituição Federal, é prevista e analisada pela referida corte. O endereço eletrônico da mesma fornece a informação da vigência dessa mesma obrigação, não apenas por decorrência da prescrição constitucional, como também pelos pressupostos disciplinados no Capítulo I do Título III da Lei nº 9.096/1995; em consulta de prestação de contas� é possível encontrar a íntegra dos processos, demonstrativos, andamento de processos, julgamentos, ressarcimentos ao erário e dados abertos. A entrega das prestações de contas está determinada por normas e regulamentos da instituição e o tribunal regulamentar fixa a possibilidade de acompanhamento da legislação de regência da matéria. Essa possibilidade de acesso “público” ao exame de contas eleitorais e partidárias oferece ao cidadão a possibilidade “democrática” de verificar a situação contábil que disciplina entidades partidárias no país. 
Nos termos dos artigos 30 a 37 da Lei nº 9.096 de 19 de setembro de 1995, a organização e funcionamento dos partidos políticos obedecem “regulamentação financeira”. De outro modo, partidos políticos veem-se obrigados a manter escrituração contábil; possível ausência de prestação de contas ou desaprovação pela Justiça Eleitoral pode pressupor, entre outras consequências, o cancelamento� do registro civil e do estatuto do partido. Em termos concretos, a transparência financeira é a regra e não exceção. Partidos políticos que não estejam predispostos a seguir as regras não apenas se tornam alvo de análise da Justiça Eleitoral, como são consequentemente alvo da fiscalização sob a escrituração contábil e a prestação de contas; o reflexo da real movimentação financeira e patrimonial, inclusive os recursos reais aplicados em campanhas eleitorais devem ser regidos por práticas institucionais partidárias que estejam orientadas à visibilidade. Esses fatos, de um lado, retiram a autonomia financeira dos partidos e, ao mesmo tempo, proporcionam uma segurança jurídica que vede práticas políticas prejudiciais à sociedade; coronelismos e favores financeiros, em tempos contemporâneos, estão fora do jogo. Ou, quiçá, deveriam estar ao considerarmos as normas brasileiras. 
O poder último da Justiça Eleitoral manifesta-se ante a fiscalização sobre a escrituração contábil e a prestação de contas. Neste caso, o órgão do poder judiciário tem o intuito de reduzir, em maior ou menor grau, antigas divergências de financiamentos, caixa dois e propinas que se estabelecem não somente entre indivíduos do mundo capitalista neoliberal e os atores políticas, mas à sociedade brasileira como um todo. Esse fenômeno, muitas vezes lapidado pela ausência de transparência e o famoso “roubo” propriamente dito é gelo da culpabilidade de instituições políticas que tentam se firmar ante a prática democrática e simplesmente não o conseguem – justamente por fugirem de todo e qualquer exercício democrático. A Justiça Eleitoral adota a caixa de ferramentas da legislação – daí o motivo que induz a necessidade de elucidação e compreensão da mesma – para estar “melhor equipada” ante essa tentativa de manifestação fiscalizatória. Em termos de obviedades circunstanciais, suas funções não se limitam tão somente à análise de escrituração contábil e prestação de contas partidária, mas gestora “equânime” à práticas de cena política que não induzam à má visibilidade dos peões da democracia.
Essas premissas circunscrevem um fenômeno chamado prática contábil aplicada aos partidos políticos. A compreensão desse sistema, por parte da sociedade brasileira, induz à estruturação de respostas que sugerem responder a um urgente apelo social e político chamado transparência. Um estudo que intenta decifrar esse fenômeno em sua amplitude e que não pretenda esgotar a temática faz-se imperioso em tempos contemporâneos; não se trata tão somente de analisar a movimentação financeira dos atores envolvidos em épocas de eleições democráticas, mas, sobremaneira, promover a motivação intrínseca de análise daperspectiva contábil aplicada a partidos políticos.
O presente artigo estrutura um convite acadêmico à compreensão das organizações partidárias políticas brasileiras surgidas após 1988. A cristalização normativa de valores democráticos, conforme delineado, familiariza a dinâmica que solidifica as mudanças gerenciados pelo fenômeno partidário brasileiro. A perspectiva contábil preocupa-se em lançar vetores teóricos elementares que ressoem atentos às formas de pensar esse trabalho reflexivo.
TEORIA DA CONTABILIDADE: DELIEAMENTOS ANTE A PRÁTICA POLÍTICA BRASILEIRA
A ideia que converge em pressupostos de contabilidade enquanto disciplina autônoma, que estuda e desenvolve técnicas, ante o fenômeno de partidos políticos, no Brasil, permeia exercício de relevante interesse em tempos de transparência democrática. A contabilidade “nua e crua” aplicada a partidos políticos, no Brasil, não apenas infere na soma de capital desse ou daquele partido ou, ainda, reitera a gestão financeira “coerente” desenvolvida de modo eficiente e/ou ineficiente por entidade partidária. Todo e qualquer estudo que pressuponha e tenha raiz na inferência de prós e contras de ações tomadas pelo pluripartidarismo democrata cujo advento – pós promulgação da Constituição Federal de 1988 – deve cruzar explicitar a reconciliação em sentido intuitivo para informar em termos humanistas e científicos o fenômeno partidário quando analisado pela perspectiva contábil. 
No que diga respeito ao desenvolvimento de questões precípuas de contabilidade que pressuponham estabelecimento de relatórios e informações, podemos contornar o conceito de balanço em finanças; partidos políticos, enquanto organizações compostas por seres humanos, angulam balanços patrimoniais que sugerem, por si, importantes e significativo relatórios – em geral analisados por grandes setores e indústrias interessados em financiar os atores da agenda política. Esse processo, gerado pela prática contabilidade, intenciona capacidade de apresentar uma espécie de fotografia do patrimônio da entidade. A mesma tende a aparecer de modo separado, contornando a forma de ativos e passivos – o que incluiria obrigações e patrimônio líquido�.
REFERÊNCIAS
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TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL. Contas partidárias. Disponível em: <http://www.tse.jus.br/partidos/contas-partidarias/contas-partidarias>. Acesso em: 01 ago. 2018.
� Inserir dados de identificação do aluno. É necessário frisar ao aluno que os pontos delineados em termos de apresentação escatológica de prévia tão somente intentam informar os percursos da pesquisa em desenvolvimento. Quaisquer alterações ou sugestões deverão ser previamente informadas. 
� BRASIL. Constituição Federal de 1988. Disponível em: <https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/art_17_.asp>. Acesso em: 29 ago. 2018. 
� TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL. Contas partidárias. Disponível em: <http://www.tse.jus.br/partidos/contas-partidarias/contas-partidarias>. Acesso em: 01 ago. 2018. 
� PORTAL DE CONTABILIDADE. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/contabilidadepartidospoliticos.htm>. Acesso em: 01 ago. 2018. 
� BRUNI, Adriano Leal. A Análise Contábil e Financeira. São Paulo: Atlas, 2010, v. 4, p. 6.

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