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Atenção Farmacêutica Equipe Amanda Alves de Souza Lima Andressa Sabrina Guimarães Moura Ariane Francisca Batista Costa Erinaldo de Oliveira Junior Marcos Renan Barbosa Reis Yone Caroline Silva Sumário Conceito e Histórico da Atenção Farmacêutica; Assistência Farmacêutica; Farmácia Clínica; Cuidado Farmacêutico; Acompanhamento Farmacoterapêutico; Processo da Atenção Farmacêutica; Definição A Atenção Farmacêutica tem como base a responsabilidade essencial do farmacêutico em contribuir para satisfazer a necessidade de um tratamento farmacológico adequado, efetivo e seguro através do desenvolvimento de ações centradas no paciente. Histórico O termo Atenção Farmacêutica foi, possivelmente, citado pela primeira vez na literatura em uma publicação de Brodie et. Al (1980) como sendo “A definição das necessidades farmacoterapêuticas de um dado paciente e a provisão não apenas dos medicamentos requeridos, mas também dos serviços necessários para assegurar uma terapia perfeitamente segura e efetiva.” Avanços tecnológicos farmacêuticos levaram a uma obsolescência do profissional e dos laboratórios magistrais. Histórico Insatisfação dos farmacêuticos: Movimento Farmácia Clinica. O que foi esse movimento? OMS (Organização Mundial da Saúde): aceitou e expandiu o conceito de Atenção Farmacêutica como: “provisão responsável do tratamento farmacológico com objetivo de alcançar resultados satisfatórios na saúde, melhorando a qualidade de vida do paciente.” Promoção do Uso Racional de Medicamentos (URM) O acesso aos medicamentos é considerado um direito humano fundamental, porém, mundialmente, os medicamentos estão incorporados à lógica capitalista de consumo. Obstáculo: O País apresenta alta prevalência de consumo de medicamentos e baixa adesão da população à prescrição, conforme a orientação dos serviços Automedicação Promoção do Uso Racional de Medicamentos (URM) As discussões levantadas convergem para a compreensão de que as estratégias utilizadas para promover o URM envolvem, entre outras iniciativas, o planejamento e a execução de ações voltadas à organização dos serviços farmacêuticos, a promoção da prescrição racional e o desenvolvimento de um programa educativo voltado para a comunidade. Assistência Farmacêutica Conceito; RENAME; Componentes: CBAF(Componente Básico da Assistência Farmacêutica); CESAF(Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica); CEAF(Componente Especializado da Assistência Farmacêutica). Ciclo da Assistência Farmacêutica Seleção Programação Aquisição Armazenamento Distribuição Dispensação Produção Prescrição Utilização I N F O R M A Ç Ã O G E R E N C I A M E N T O Farmácia Clínica Problemas Relacionados ao Uso de Medicamentos (PRMs) Conferência Europeia sobre Atenção Farmacêutica da “Pharmaceutical Care Network Europe” (PCNE - 1999); Segundo o II Consenso de Granada (2002), “PRMs são problemas de saúde entendidos como resultados clínicos negativos, derivados da farmacoterapia que, produzidos por diversas causas, interferem no resultado terapêutico ou levam a efeitos indesejados”. Problemas Relacionados ao Uso de Medicamentos (PRMs) Os PRM’s incluem também o Erro de Medicação (EM), que é definido como “qualquer erro que ocorra durante o processo de prescrição e utilização do medicamento” (Bates et al., 1993). Prescrição Comunicação de pedido Rotulagem EM - Procedimentos e sistemas da prática profissional: Farmacovigilância Por que farmacovigilância? Um sistema de farmacovigilância deve ser capaz de identificar possíveis problemas relacionados ao uso de medicamentos de forma efetiva e oportuna, a fim de prevenir ou minimizar eventuais danos à saúde dos indivíduos. Histórico da Farmacovigilância Problemas relacionados ao uso de medicamentos desde o final do século XIX. O “desastre da talidomida”. Food and Drug Administration – FDA. Programa Internacional de Monitorização de Reações Adversas a Medicamento. Uppsala Monitoring Centre (UMC) No Brasil, a legislação sanitária de medicamentos. Centros de Informações de Medicamentos. Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos (SOBRAVIME). Histórico da Farmacovigilância Em São Paulo, o Programa Estadual de Redução de Iatrogenias. Aprovação da PNM e criação da Anvisa Legislação da Farmacovigilância no Brasil As ações de farmacovigilância no Brasil já eram amparadas por legislações gerais, como a Lei Federal nº 6360/76, a Lei Federal n º 9782/99, a Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº 3/89 e a Portaria do Ministério da Saúde 3916/98. Em 2009, a Anvisa publicou a primeira norma específica de farmacovigilância destinada aos detentores de registro de medicamentos, a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 04, de 10 de fevereiro de 2009. Guias de Farmacovigilância para Detentores de registro de Medicamentos relacionados à RDC 04. Outras leis, portarias e resoluções federais dão suporte legal às ações de farmacovigilância no Brasil: Portaria n.º 802, de 08 de outubro de 1998 Determina que, em caso de reclamações, observações e reações adversas, os distribuidores devem imediatamente separar o lote e comunicar ao detentor do registro e à autoridade sanitária. Portaria n.º 06, de 29 de janeiro de 1999 Define que a autoridade sanitária local deve estabelecer mecanismos para a farmacovigilância dos medicamentos a base das substâncias constantes das listas da Portaria SVS/MS nº 344/98 (e atualizações), instituindo um modelo específico de ficha de farmacovigilância para os medicamentosretinóidesde uso sistêmico e de formulário de notificação de suspeita de reação adversa. Portaria do Ministério da Saúde nº 696, de 7 de maio de 2001 Institui o Centro Nacional de Monitorização de Medicamentos (CNMM), sediado na Unidade de Farmacovigilância da Anvisa. Decreto nº 3.961, de 10 de outubro de 2001 Altera o Decreto nº 79.094/77, que regulamenta a Lei nº 6.360/76, incluindo a farmacovigilância nas ações de vigilância sanitária, como forma de investigar os efeitos que comprometem a segurança, a eficácia ou a relação risco-benefício de um produto. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 67, de 8 de outubro de 2007 Define, como atribuição do farmacêutico na farmácia de manipulação, participar de estudos de farmacovigilância e informar às autoridades sanitárias a ocorrência de reações adversas e/ou interações medicamentosas não previstas. Portaria nº 1660, de 22 de julho de 2009 Institui o Sistema de Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária -Vigipos, no âmbito do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, como parte integrante do Sistema Único de Saúde - SUS. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009 Estabelece que o farmacêutico das farmácias e drogarias deve contribuir para a farmacovigilância, notificando a ocorrência ou suspeita de evento adverso ou queixa técnica às autoridades sanitárias. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 47, de 8 de setembro de 2009 Determina que a Anvisa pode exigir alterações nos textos de bulas, sempre que julgar necessário, com base em informações provenientes da farmacovigilância. Resolução - RDC nº 60, de 26 de novembro de 2009 Estabelece que os procedimentos adotados para as notificações de eventos adversos a medicamentos devem ser os mesmos para as amostras grátis. Programa de Monitorização de Medicamentos da Organização Mundial de Saúde Após a tragédia mundial causada pela talidomida, em 1961, identificou-se a necessidade de empreender esforços internacionais nas questões de segurança dos medicamentos. O Programa Internacional de Monitorização de Medicamentos, desde 1978, é operacionalizado pelo Uppsala Monitoring Centre (UMC), na Suécia, através da rede de farmacovigilância em todo mundo. Atualmente, o Programa reúne mais de 140 países OMS CENTRO DE MONITORAMENTO UMC/WHO - UPPSALA, SUÉCIA CNMM (ANVISA) INDÚSTRIA FARMACÊUTICA CENTROS DE FARMACOVIGILÂNCIA E VIGILÂNCIAS SANITÁRIAS CONSUMIDORESFARMÁCIAS NOTIFICADAS PROFISSIONAIS DE SAÚDE REDE SENTINELA Acompanhamento Farmacoterapêutico “Pharmatical Care” (HEPLER & STRAND, 1990); O acompanhamento farmacoterapêutico é uma atividade clínica que tem como propósito garantir que o paciente utilize os medicamentos mais efetivos para sua condição clínica, obtendo a máxima eficácia da sua terapia, o que reduz a morbilidade e mortalidade; Sistematização e documentação Acompanhamento farmacoterapêutico PROBLEMAS RELACIONADOS A MEDICAMENTOS (PRM) problema de saúde vinculado à farmacoterapia, que interfere ou pode interferir nos resultados esperados pelos pacientes (RNM) PRM = causa do RNM PROBLEMADE SAÚDE NÃO TRATADO - O doente sofre de um problema de saúde associado a não receber a medicação que necessita. EFEITO DE MEDICAMENTO NÃO NECESSÁRIO - O doente sofre de um problema de saúde associado a receber um medicamento que não necessita. INEFETIVIDADENÃO QUANTITATIVA - O doente sofre de um problema de saúde associado a umainefetividadenão quantitativa de medicação. INEFETIVIDADE QUANTITATIVA - O doente sofre de um problema de saúde associado ainefetividadequantitativa da medicação. INSEGURANÇANÃO QUANTITATIVA - O doente sofre de um problema de saúde associado a uma insegurança não quantitativa de um medicamento. INSEGURANÇA QUANTITATIVA - O doente tem um problema de saúde associado a uma insegurança quantitativa de um medicamento NECESSIDADE EFETIVIDADE SEGURANÇA Classificação dos Resultados Negativos associados à medicação TABELA 1: Classificação dos Resultados Negativos associados à Medicação (Terceiro consenso de Granada) Por exemplo: Doente com HTA (único problema de saúde), que tem prescrito Enalapril 20 mg (1-0-0) e que não cumpre o tratamento (toma-o dia sim, dia não). Os seus valores médios de pressão arterial são 160/100. O RNM é a elevação da PA e classificarse-ia como uma inefetividade (é a premissa que o medicamento não cumpre) quantitativa (o doente não toma a quantidade que lhe prescreveram). Neste caso, o PRM seria o incumprimento. Método DÁDER (Universidade de Granada, década de 90) Identificar os RNM Resolver os RNM Métodos de seguimento farmacoterapêutico Fases do método Dáder Fase prévia - Oferta do serviço Primeira visita – histórico farmacoterapêutico A – Preocupações e problemas de saúde B – Medicamentos C – Revisão geral por sistemas Estado de situação Fase de avaliação Fase de intervenção farmacêutica Entrevistas sucessivas Formação em SF: Desenho de uma ferramenta docente para o ensino de seguimento farmacoterapêutico segundo o Método Dáder. Fonte: Ocaña-Arenas A, González-García L, García-Jiménez E, Garcia Corpas JP, López-Domínguez E. Granada; CAF STADA: 2005. Habilidades do farmacêutico Analisar e compreender prescrição médica; Relacionamento colaborativo com os demais profissionais da saúde; Facilidade de comunicação; Liderança e direção; Consultas farmacêuticas. Benefícios do acompanhamento farmacoterapêutico Resolução e prevenção de eventos clínicos que podem influenciar na terapia do paciente; Melhora da qualidade de vida dos pacientes; Diminuição da morbimortalidade; Participação ativa do profissional farmacêutico no tratamento de doenças Processo da Atenção Farmacêutica Procedimentos que podem ser realizados pelo Profissional Farmacêutico (durante a Atenção Farmacêutica) Verificação de parâmetros clínicos Administração de medicamentos; Organização dos medicamentos; Realização de pequenos curativos; Referências Bibliográficas BRASIL, Ministério da saúde. Secretaria de Pol
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