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UniFAJ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JAGUARIÚNA
EMERSON DA SILVA						RA: 11718924
FRANCIELE SABRINA SILVA DE MORAES			RA: 11719030
MARÍLHIA GABRIELA DA SILVA				RA: 11719012
MICHELE DE ALVARENGA GUTIERREZ			RA: 11718630
PEDRO LAPO DE CARVALHO			 	RA: 11718952
PRISCILA LETÍCIA TENORIO DE SOUZA			RA: 11718207
	
PLANTÃO PSICOLÓGICO NA ACP
JAGUARIÚNA
2018
JAGUARIÚNA
2018
EMERSON DA SILVA						RA: 11718924
FRANCIELE SABRINA SILVA DE MORAES			RA: 11719030
MARÍLHIA GABRIELA DA SILVA				RA: 11719012
MICHELE DE ALVARENGA GUTIERREZ			RA: 11718630
PEDRO LAPO DE CARVALHO			 	RA: 11718952
PRISCILA LETÍCIA TENORIO DE SOUZA			RA: 11718207
PLANTÃO PSICOLÓGICO NA ACP
Trabalho apresentado à disciplina Sistemas Teóricos em Psicologia III: Humanismo do curso de Psicologia do Centro Universitário de Jaguariúna sob orientação do Prof. Clovis Martins Costa para obtenção de nota bimestral.
JAGUARIÚNA
2018
Introdução 
O estudo do artigo escolhido tem como foco abordar os desafios do Plantão Psicológico embasado pela ACP (Abordagem Centrada na Pessoa), na qual diferentemente de outras abordagens, enxerga o terapeuta como um mero facilitador do processo terapêutico, que na verdade será conduzido pelo próprio cliente. Esse estilo de terapia surgiu como o terceiro pilar da psicologia em meados do séc. XX, quando havia predominância do behaviorismo e da psicanálise, Rogers traz uma nova visão de homem que passa a reconhecer a pessoa como sendo portadora de recursos capazes de alcançar sua autorrealização, isso é a tendência atualizante, um dos principais conceitos da ACP que defende a autonomia do homem, gerando força nos indivíduos, os fazendo desenvolverem ao máximo as suas potencialidades.
Um dos principais objetivos do artigo é destacar o Plantão Psicológico, suas potencialidades, significados e objetivo. Enquanto prática, utiliza-se da fenomenologia para olhar aquilo que se revela, da maneira como se revela e assim poder libertar o cliente para um crescimento e desenvolvimento pleno, por meio do ambiente facilitador proporcionado pelo psicólogo. A transformação ocorrerá por meio das posturas do psicólogo, frente ao cliente, visando a boa relação entre o psicólogo e seu cliente em detrimento dos diagnósticos e das técnicas.
Aqui se estabelece a ação de acolhimento, de escuta, de aceitação, de empatia e de autenticidade que surgem com um enorme potencial terapêutico, já que no plantão psicológico há uma demanda emocional emergencial, onde se busca minimizar o sofrimento.
Plantão Psicológico
O plantão psicológico iniciou no serviço de aconselhamento psicológico do instituto de psicologia da USP, na década de 60 fundado por Lia Rosemberg, no qual foi desenvolvido  um pronto atendimento Psicológico inspirado em experiências dos EUA. A ACP possibilitou dar estrutura a prática do plantão psicológico, por meio dele o cliente pôde vivenciar seus sentimentos em toda sua intensidade, sem qualquer barreira, para que se possa de fato chegar a uma compreensão. Para que isso ocorra é necessário utilizar-se de algumas posturas básicas, que são a consideração positiva incondicional, a empatia e a autenticidade, além é claro do olhar fenomenológico, que se faz essencial para a facilitação do processo.
O principal objetivo do atendimento de Plantão é atuar em prol da promoção da saúde mental para as pessoas, tendo em vista a sua acessibilidade e importância em momentos de crise. Todavia, antes de qualquer coisa, o terapeuta deve ser autêntico, genuíno, e não estar desempenhando um papel, especialmente o de um terapeuta, quando está com o cliente. Isto significa que se precisa ao invés de apresentar uma fachada externa de uma atitude enquanto na verdade mantém se outra, deve-se, na medida do possível perceber os próprios sentimentos e expressar-se como tal. Além disso, deve-se trabalhar para a compreensão dos fenômenos, isto significa um conhecimento dos acontecimentos e das relações e o plantão psicológico poderá ocorrer em uma ou mais sessões.
Os serviços de psicologia hoje voltados para plantão ocorrem em clínicas escolas aberto a comunidade, em escola de primeiro e segundo graus, em hospitais psiquiátricos, no esporte, em instituições judiciárias, em comunidades de baixa renda, consultórios particulares, delegacias, presídios, hospitais gerais, institucional para adolescentes, institucional militar, etc. Isso permite que o serviço de psicologia seja repensado.
O Plantão Psicológico nas Instituições 
Quando se trata de Plantão Psicológico, podemos pensar como sendo pessoas em serviço de quaisquer outras pessoas que precisem da ajuda, nos períodos de tempo pré-determinados. Portanto, isso exige certa disponibilidade do profissional para se defrontar com o desconhecido e também com a possibilidade de que haja somente um encontro e da instituição exige-se uma organização sistematizada do serviço oferecido, além de estratégias específicas desde a divulgação do serviço, até na maneira de como o serviço será oferecido, estabelecendo os dias, horários e locais em que acontecerão os encontros solicitados espontaneamente pela população local. É um serviço de promoção da saúde mental, já que a escuta e o acolhimento por parte do psicólogo visam aliviar o acumulo de angustia e ansiedade.  A atividade do plantão possibilita repensar a atuação do psicólogo frente as demandas socioculturais, permitindo que o profissional entre em contato com a comunidade diretamente, indo a ela, experimentando o papel do psicólogo como agente contribuidor de transformação e como multiplicador social.
As Características de uma Relação de Ajuda
O psicólogo que atua com a ACP proporciona uma relação de ajuda, onde uma das partes procura facilitar e promover na outra os processos de crescimento, desenvolvimento, maturidade e autonomia, ou seja, um melhor funcionamento e uma melhor capacidade de enfrentar o mundo. Enquanto o outro pode ser um indivíduo ou mesmo um grupo, o objetivo geral é facilitar o crescimento.
Podemos perceber ao nosso redor, diversos exemplos das relações de ajuda, como nas relações de uma mãe com um filho ou entre professores e alunos também há crescimento, contudo, a relação de ajuda que abordada no artigo é a relação entre o terapeuta e o cliente, cujo objetivo é melhorar ou acelerar sua maturação pessoal, aliviar o sofrimento em um momento de dificuldade e ressignificar o seu sentido do mundo. 
Foram destacadas atitudes necessárias da pessoa que favorece e facilita o crescimento: A confiança entre o cliente o e terapeuta. A compreensão que se espera dele; o sentimento de independência, por outro lado, em outras abordagens, por outro lado, há também algumas que acabam por dificultar e desfavorecer o processo, como, a falta de interesse, uma atitude distante ou ainda simpatia excessiva. No Plantão Psicológico o cliente será acolhido para uma escuta qualificada, focando questões emergentes e que nem sempre necessitam de atendimento prolongado, o plantão psicológico é uma modalidade diferente das tradicionais e as pessoas que procuram este tipo de atendimento podem estar passando por qualquer tipo de mudança ou dificuldade que necessite de cuidados.
Há características importantes numa relação de ajuda, na qual a pessoa disponível para ajudar reconhece e tenta sentir as questões que são significativas na vida do outro, suspendendo seus próprios valores e crenças e deixando a pessoa mostrar como ela vê as questões que ela traz sobre a vida dela.
4.1 A Empatia 
A empatia é uma das atitudes mais relevantes numa relação uma vez que promove mudanças. A empatia é um processo de aproximação da vivência do outro, de percepção e de experimentação de seus significados, com o intuito de devolver o sentido. É uma confirmação de que a pessoa existe ao ser compreendida. O olhar fenomenológico faz-se fundamental nesta atitude, uma vez que ele promove a visão do fenômeno, exatamente como ele é, livre de inferências pessoais da pessoa queestá ajudando. 
4.2 Consideração Positiva Incondicional
É a segunda condição facilitadora e não deve ser confundida com aceitação ou convivência. Trata-se de olhar e acolher cada elemento da experiência do outro, sem julgamentos ou críticas e ao mesmo tempo, os reconhecer como importantes na experiência do outro.
Congruência ou Autenticidade 
Harmonia entre o que se pensa, se sente e se expressa, é a terceira condição facilitadora que consiste num estado de acordo interno, isto de forma verdadeira e genuína. Ser autêntico significa conhecer o fluxo da vivência que ocorre em nosso íntimo, um fluxo marcado pela complexidade e pela mudança. Esta atitude propicia ao facilitador uma escuta compreensiva facilitando a relação de ajuda.
Tendência Atualizante
A tendência atualizante tem como base a crença de que o homem é direcionado para o desenvolvimento de sua potencialidade inata, na qual a tendência atualizante é a criadora da existência e da própria consciência, é a força que move o homem em direção à sua máxima atualização significando e ressignificando o sentido do mundo a sua volta.
Algumas Direções do Plantão Psicológico
Questões como “Como Atender um surto psicótico?”, ou “É adequado para resolver problemas conjugais?”, são erradas a partir do momento que se procura aprofundar o conhecimento do plantão psicológico, ou sobre seu campo de aplicação, porém, percebemos que existem questões que são vitais sobre o processo terapêutico. São algumas atitudes necessárias para desencadear o processo, qual seja: Uma atitude de profundo respeito em relação a seu cliente; uma relação de aceitação total do cliente, tal como ele é; uma relação de confiança nas suas potencialidades, para resolver seus próprios problemas.
Se as atitudes citadas acima estiverem enraizadas para que se transformem num apreço profundo pela pessoa e se for obtido um nível de comunicação, no qual o cliente perceba que o terapeuta compreende seus sentimentos, nesse momento podemos estar certos que se iniciou o processo terapêutico.
O Desconhecido
No Plantão Psicológico, estamos falando sempre do desconhecido, o profissional que atua nesta atividade terá que se deparar com o desconhecido em sua rotina, e além disso é um desafio com o foco total no presente, buscando saber mais sobre a demanda e aliviar seu sofrimento e sua angustia repentinos. O psicólogo precisa ter uma afeição pelo cliente, o acolhendo de forma calorosa e positiva, sendo essencial numa relação de ajuda, o cliente permitir, de forma plena e sem interesses, que o terapeuta o ajude e se preocupe com ele.
Entre as pessoas que são atendidas nos plantões, mesmo nos mais desesperados, fracos e doentes, há um centro de vitalidade e criatividade, uma força que podemos denominar de poder pessoal. A força do poder pessoal, no cliente, está na tendência atualizante, a palavra atualizante tem o sentido de realizar-se, de tornar-se atual ou presente, de modernizar-se; de que está em ato ou ação, movendo-se em direção de uma maior independência e auto responsabilidade.
Habilidades do Terapeuta no Plantão Psicológico
Ter a consciência e a disponibilidade para se defrontar com o desconhecido, atendo-se para o fato de que talvez o encontro seja único;
Focar única e exclusivamente na pessoa, abstendo-se de seus próprios valores e crenças;
A empatia que é o sentir o que se sentiria, caso se estivesse na situação e circunstâncias experimentadas e trazidas pelo cliente;
E a Consideração Positiva Incondicional.
Conclusão
De maneira geral, a ACP tem a visão do Homem como um ser essencialmente livre e responsável por agir ativamente frente às situações ruins que ele experiencia, que tentam abafar a sua individualidade prendendo-o a esquema rígido de comportamento e de pensamento, em suma, que restringem a sua evolução e crescimento pessoal. A visão de Homem proposta pela ACP implica uma importante redefinição do papel do terapeuta, mais do que pelas técnicas ou instrumentos que utiliza, o terapeuta define-se pelas atitudes e posturas que assume na relação com o cliente e que constituem o verdadeiro impulsionador da mudança. 
Tendo em conta os princípios que justificam e dão sentido às atitudes e posturas do psicólogo, elas não são concebíveis na ausência de uma participação pessoalizada do terapeuta na relação. O genuíno interesse e valorização da pessoa e da experiência do cliente, a confiança na sua capacidade em superar as incongruências, o respeito pelo seu direito de ser livre em qualquer escolha que faça, a autenticidade do terapeuta é fundamental numa relação que é, deste modo, sobretudo humana.
Portanto, para a ACP desde que em sua maneira de ser, o psicólogo faça uso da empatia, da autenticidade, da consideração positiva incondicional e creia na tendência que o homem tem de auto atualizar-se e ao mesmo tempo rejeite a interpretação e o condicionamento ele estará sobretudo ajudando o cliente de maneira centrada na pessoa.
Referências Bibliográficas
LÓSS, Juliana da C. S. Aconselhamento Psicológico em Instituições e o Plantão Psicológico. Psicologado, 2017. Disponível em: <https://psicologado.com.br/abordagens/centrada-na-pessoa/aconselhamento-psicologico-em-instituicoes-e-o-plantao-psicologico> Acesso em: 19 de nov. de 2018.

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