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Carie dentária

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CC I Vanessa Silveira 
 
Carie dentária 
 
- Origem infecciosa; 
- Multifatorial; 
- Transmissível; 
- Progressão lenta; 
 
- A carie é uma DISBIOSE (desequilíbrio entre diferentes microrganismos presentes na cavidade 
bucal) açúcar dependente. 
 
- Historicamente acredita-se que com o passar do tempo houve um aumento na incidência da 
doença carie devido um aumento no consumo de alimentos ricos em carboidratos. 
 
Fatores que determinam a carie: 
Tempo; Hospedeiro (dente); Dieta cariogênica; Microbiota cariogênica; 
 
Virulência ou cariogenicidade: 
- Acidúrica (sobrevive em meio ácido); 
- Acidogênica (produz ácido); 
- Capacidade de produzir PIC – nutrição; 
- Capacidade de produzir PEC – aderência; 
 
Streptococcus Mutans x Lactobacilos: 
- Os Streptococcus estão associados ao desenvolvimento inicial das lesões de cárie e a aderência 
pela produção de PEC, podendo metabolizar a glicose até 4,5ph. 
 
- Os lactobacilos estão associados a progressão da lesão de carie já cavitadas, não colonizam 
superfícies livres, metabolizam a glicose até 3,7ph. 
 
Condições de higiene bucal: 
- Índice de placa visível (não é suficiente para revelar os hábitos de higiene do paciente); 
- Índice de sangramento gengival (sonda OMS); 
- Aspecto clinico do biofilme – firmemente aderido, viscoso e volumoso; 
- Presença de bactérias que produzem PEC; 
Acidúricas e acidogênicas  Streptococcus M.  Maior virulência 
 
Histórico: 
- Revolução industrial – tecnologia, produção de alimentos processados e açúcar - (aumento no 
índice de cárie); 
- Segunda guerra mundial – redução no consumo de carboidratos - (diminuição no índice de 
cárie); 
 
Ingestão de açúcar: 
Sacarose; frutose; glicose; lactose  metabolizados por bactérias do biofilme  produção de 
ácidos  queda do PhPh crítico 5,5 (dissolução da hidroxiapatita)  DESMINERALIZAÇÃO 
(saída de Ca+ e Po4+). 
 
 
CC I Vanessa Silveira 
 
Interrupção da ingestão de açúcar: 
Neutralização e diluição doa ácidos  elevação do Ph (> 5,5). 
- A saliva supersaturada de íons de cálcio e potássio tende a repor os minerais no esmalte e 
dentina  EQULIBRIO DES X RE 
 
Cariogenicidade da sacarose: 
- Moléculas de tamanho pequeno, facilitando a difusão no biofilme; 
- Facilmente metabolizado pelas bactérias cariogênicas (produção de ácido lático); 
- Crescimento das bactérias acidogênicas e acidúricas; 
- Substrato para formação de PEC e PIC; 
 
Fatores socioeconômicos 
- Influenciam para aumento na incidência de cárie – as mães que não tem uma boa escolaridade 
e não possuem uma renda fixa optam por comprar alimentos de custo mais baixo (biscoito 
recheado, suco de caixinha.), introduzindo níveis altos de açúcar precocemente na dieta de seus 
filhos. 
 
Anamnese: 
- Revelam as condições sociais, econômicas e de escolaridade, dessa forma quanto menor os 
fatores citados maior será o índice de carie; já em situações onde há um maior acesso a 
informação, maior escolaridade e renda o nível de carie é menor. 
 
Idade: 
- Crianças em idade pré-escolar necessitam de maior atenção devido suas dietas serem ricas em 
carboidratos (mamadas noturnas). 
 
Saliva: 
- Importante papel na saúde bucal, devido a Ação MECÂNICA de limpeza dos resíduos de 
alimentos e bactérias na cavidade bucal; 
- Velocidade e quantidade de secreção do fluxo salivar - ação associada à deglutição; 
AGLUTININAS  aglutinação de bactérias não aderidas. 
- Capacidade tampão - Neutralização dos ácidos produzidos pelas bactérias; Elevação do pH na 
interface DENTE/BIOFILME; Reposição de minerais perdidos. 
BICARBONATO; FOSFATO 
- Capacidade antimicrobiana - Lisozima, Lactoferrina, Lactoperoxidase Agem diretamente na 
bactéria, ora interferindo na sua parede celular, ora no seu metabolismo; inibem a adesão de 
Streptococcus à hidroxiapatita. 
- Capacidade imunológica – IgA – principal imunoglobulina secretada pelas mucosas (maior 
concentração na saliva)  Inibição da aderência de bactérias ao esmalte; Inibição das atividades 
enzimáticas das bactérias. 
- Fluxo salivar – a diminuição do fluxo salivar (xerostomia) contribui para um maior risco de 
aquisição da doença cárie. 
- Exposição a fluoretos – agua de abastecimento; dentifrícios; aplicação tópica profissional e 
pediátrica (MENOR índice de carie) – os fluoretos interferem no processo DES X RE diminuindo 
a velocidade da perda mineral e ativando a remineralização. 
 
 
 
CC I Vanessa Silveira 
 
Morfologia e alinhamento dos dentes: 
- Superfície OCLUSAL - Morfologia complexa - Acúmulo de biofilme; 
- CÍNGULOS acentuados - Face palatina de incisivos; 
- Sulcos c/ falta de COALESCÊNCIA - Faces livres de molares; 
- APINHAMENTO dentário - Acúmulo de biofilme; 
- Hipoplasia do esmalte – sítios retentivos (exposição dentinária) – esmalte poroso; 
 
Paciente 
- SEM sinal clinico da doença – deve-se avaliar o risco de aquisição da doença 
- COM sinal clinico da doença – deve-se avaliar se a lesão de caries está ativa ou inativa 
 
Lesão de carie ativa em esmalte - coloração branco opaca; superfície rugosa; esmalte poroso 
(giz); localizadas em regiões de maior acúmulo de biofilme. Próximo as margens gengivais; na 
face palatina as lesões acompanham o cíngulo; na face oclusal estão localizadas logo acima da 
entrada das fissuras. 
 
Lesões inativas em esmalte – superfície lisa e brilhante – remineralização; lesões afastadas das 
margens gengivais; na superfície oclusal as fissuras estão escurecidas – pigmentadas. 
 
Lesão ativa em dentina – Dentina INFECTADA - superficial; consistência amolecida; amarelo 
claro; grande n° de bactérias  deve ser REMOVIDA. 
– Dentina AFETADA - mais profunda; consistência coreácea; coloração 
amarelo/castanha; menor n° de bactérias  possível de ser MANTIDA. 
 
Lesão inativa em dentina – consistência endurecida; coloração enegrecida; aspecto brilhante 
 
Carie precoce da infância: 
Atinge crianças na primeira infância; Aleitamento materno/mamadeira; alta frequência/livre 
demanda; Higiene bucal regular; atinge dentes em sequência de erupção 
 
Métodos para o diagnóstico da lesão de caries: 
Método visual - É o ÚNICO método capaz de detectar ATIVIDADE das lesões de cárie; fácil 
execução; rápido; sem desconforto para o paciente; o campo deve estar bem iluminado limpo e 
seco. 
Exame radiográfico - Detectar lesões que clinicamente estão ocultas ao cuidadoso exame clínico 
visual; avaliar a profundidade das lesões. 
Exame radiográfico digital - Vantagens: menor dosagem de radiação; praticidade de execução; 
elimina o processamento radiográfico; arquivamento das imagens em formato digital; 
possibilidade de manipulação da imagem. Desvantagens: maior custo. 
 
Carie oculta: 
Esmalte intacto; lesão em dentina visível no raio-X, a lesão atinge a dentina sem a quebra do 
esmalte  ação dos fluoretos 
 
Plano de tratamento: 
Fase de remissão da dor – dores na cavidade bucal  alterações pulpares e periapicais; 
traumatismos; sensibilidade dentinária; Infecções diversas, disfunções de ATM. 
 
CC I Vanessa Silveira 
 
Atendimento de URGÊNCIA. 
 Objetivo - alcançar um estado isento de dor e sem maiores prejuízos. 
 
Fase de adequação do paciente – fase mais longa do tratamento. 
Adequação comportamental. 
Adequação do meio bucal - Restabelecer o equilíbrio da cavidade bucal. 
 Objetivos - Reduzir a microbiota bucal patogênica; elevar o pH bucal (diminuir as bactérias 
acidúricas e acidogênicas); estimular o autocuidado e modificação de hábitos; controlar a 
atividade da doença cárie e periodontal; Dar condições de recuperação pulpar.Estratégias - melhorar a dieta – menos sacarose e menos mamadas noturnas; instrução para 
higiene bucal (autocuidado); uso de evidenciadores com intuito de estimular a higiene bucal. 
 OBS - NÃO realizar revelação de placa no mesmo dia em que estiverem planejados aplicação 
de selantes ou restaurações (CIV ou resina composta). 
 Profilaxia profissional  aplicação tópica de flúor (Interfere no processo DES x 
REMINERALIZAÇÃO; Interfere na aderência e metabolismo bacteriano; Adequação do meio 
bucal) -Géis - Espumas -Vernizes  selante de fóssulas e fissuras (resina ou civ)  remoção 
dos fatores retentivos do biofilme. 
 
Fase de reabilitação do paciente – realizada após o controle da doença carie e periodontal; 
restabelecimento estético, anatômico e funcional das estruturas dentais danificadas e/ou 
perdidas  Mastigação - Oclusão – Fonética - Prevenção de hábitos nocivos. 
estratégias – restaurações definitivas; instalação de prótese removível; pequenas cirurgias orais. 
 
Fase de manutenção preventiva – objetivos - Evitar a recidiva das doenças cárie, periodontal e 
das mal oclusões. 
 Estratégias - Reforço da motivação do paciente e dos pais (hábitos de dieta e higiene bucal); 
Controle periódico da higiene bucal (profilaxia profissional e/ou escovação supervisionada); 
Reavaliação dos procedimentos restauradores realizados; Supervisão do desenvolvimento da 
oclusão. 
 Tratamento odontológico nas crianças;  DENTISTA – FAMÍLIA 
 - Sem a participação da família ele estará incompleto, independentemente do empenho 
e das técnicas profissionais empregadas. 
 Manutenção de hábitos saudáveis e da periodicidade dos retornos. 
planejamento do retorno: Paciente sadio  seis meses a um ano. 
 Paciente com risco  um, três ou seis meses. 
 
Protocolo do atendimento: 
- Anamnese; 
- Exame clínico extrabucal; 
- Exame clínico intrabural; 
 Índice de placa visível e de sangramento gengival (Avaliação dos hábitos de higiene do 
paciente; Frequência de higienização). 
- Profilaxia; 
- Exame clínico das superfícies dentárias; 
- Exame radiográfico (se necessário); 
- Orientação sobre dieta (se necessário); 
- Orientação sobre higiene bucal (se necessário); 
CC I Vanessa Silveira 
 
- Aplicação tópica profissional de flúor - N° de aplicações vai depender do diagnóstico do 
paciente; 
  COM lesões de cárie –ATIVAS - (4 aplicações semanais) 
 com lesões INATIVAS ou sem lesões - (1 a 2 aplicações anuais) 
 Com RISCO - (a cada 2 ou 3 meses) 
- Aplicação de selante; 
- Remoção de tecido cariado e vedamento de cavidades com CIV; 
- Encaminhar para odontopediatria (se necessário); 
- Agendar retorno;

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