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7 Classificação dos Contratos

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Classificação dos Contratos
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Introdução
A classificação dos contratos é uma questão propedêutica, necessária para desvendar a sua natureza jurídica, e, por consequência, revelar os seus efeitos.
Trata-se de um raciocínio lógico e sistemático, consistente na reunião dos contratos com características comuns, cujo escopo é facilitar o exame da matéria.
Um mesmo fenômeno pode ser classificado de diversas maneiras, conforme variar o ângulo em que se colocar o observador.
QUANTO À FORMA 
CONTRATOS SOLENES OU FORMAIS deve se entender aqueles em que a lei exige como requisito de validade uma forma especial. Por isso são também chamados de contratos formais. 
Exs: compra e venda, doação, permuta de bem imóvel, pois dependem de escritura pública; penhor, seguro, fiança exigem a forma escrita, portanto, também são contratos solenes. 
**Em todos os casos, a violação da forma poderá gerar nulidade do contrato.
CONTRATOS NÃO SOLENES OU INFORMAIS(NÃO FORMAIS): deve se entender aqueles que se formam pelo simples acordo de vontades, independentemente de forma especial. 
Exs: locação, comodato, parceria, etc. Nesses casos, qualquer forma é válida, inclusive a verbal e a tácita. 
**Nada obsta porém, que as partes promovam estes contratos estipulando que os mesmos não valerão sem instrumento público, conforme preceitua o art. 109, CC. Em tal situação, o instrumento público passa a ser da substância do negócio jurídico, figurando portanto, como requisito de validade do ato.
CONTRATOS CONSENSUAIS - são os que perfazem com o simples acordo de vontades, independentemente da coisa ou de forma especial. 
Exs.: compra e venda de bem móvel, locação, transporte, etc.
CONTRATOS REAIS - são os que se formam somente com a entrega da coisa. 
Exs.: depósito, mandato, comodato, etc. Nesses contratos o acordo de vontades é insuficiente para o aperfeiçoamento do negócio, valendo, tão somente, como contrato preliminar.
QUANTO À PRÓPRIA NATUREZA
Contrato Unilateral é aquele em que, no momento da sua formação, só uma das partes assume obrigação em face da outra. Exemplos: doação, mandato, depósito, etc.
Contrato Bilateral é aquele em que, no momento de sua formação, ambas as partes assumem obrigações recíprocas, uma em face da outra. Exemplos: compra e venda, locação, permuta, sociedade, etc.
Plurilateral
O essencial para distingui-los é atentar-se para o momento de sua formação, outrossim, considerar que os contratos reais, como anteriormente citado, só se formam com a entrega da coisa.
A questão do sinônimo entre os termos bilateral e sinalagmático vêm da máxima de Orlando Gomes: “Todo contrato bilateral é sinalagmático”. Alguns autores não fazem essa diferenciação.
CONTRATO GRATUITO OU BENÉFICO 
é o que onera só uma das partes, enquanto a outra apenas aufere vantagens com o negócio. 
Exs: doação, comodato, depósito não remunerado, etc.
A classificação dos contratos em comutativos e aleatórios é específica para os contratos bilaterais onerosos.
CONTRATOS COMUTATIVOS são aqueles em que as prestações são equivalentes e insuscetíveis de variação. As partes realizam o negócio sabendo, de antemão, o que vão ganhar e o que vão perder. As prestações são certas, determinadas e definitivas, apresentando uma relativa equivalência de valores. 
Exs: compra e venda, locação, permuta, etc.
Orlando Gomes explicita que não há, propriamente uma equivalência objetiva, mas subjetiva, visto que cada contratante é juiz de suas conveniências e interesses.
CONTRATOS ALEATÓRIOS
São aqueles e que a prestação, para uma ou ambas as partes, pode variar, em razão da incerteza de um determinado evento. A prestação está, pois, sujeita à álea, razão pela qual são denominados contratos de risco.
Os contratos aleatórios se subdividem em:
a)Aleatórios por sua própria natureza. 
São aqueles em que o risco é da essência do negócio. Exemplos: seguro, jogo e aposta, constituição de venda vitalícia. (art. 806, CC); bilhete de loteria, etc.
b)Acidentalmente aleatórios. 
São aqueles contratos normalmente comutativos, mas que as partes, no caso concreto, resolveram inserir o fator risco, condicionando a prestação à ocorrência de um evento incerto, isto é, causal. Contratos acidentalmente aleatórios, são os seguintes:
a)Emptio spei (art. 458, CC). É a venda de coisas futuras em que o comprador assume a obrigação de pagar o preço, ainda que aquelas não venham a existir. Tal ocorre, por exemplo, na venda de colheita vindoura em que o comprador compromete-se a efetuar o pagamento, ainda que nada seja colhido por caso fortuito ou força maior. Se, porém, a culpa da frustração da colheita for imputada ao vendedor, o comprador não precisará efetuar o pagamento.
b) É a venda futura, em que o comprador assume o risco apenas quanto à quantidade da mesma. Urge, portanto, para que o pagamento seja efetuado e que a coisa venha a existir, ainda que em quantidade ínfima. Se não chegar a existir, desaparece a obrigação de pagamento, porque o comprador não assume o risco sobre a existência da coisa. 
Ex.: o negociante compra os peixes que caírem na rede do pescador por 100 reais, assumindo a obrigação de pagar todo o preço, seja qual for a quantidade, se nada dor pescado extingue-se o contrato e o alienante restituirá o preço recebido; se ao revés, um ou alguns peixes caírem na rede, o pagamento deverá ser integral, a não ser que a culpa pela queda da pesca tenha sido do pescador.
c)Contrato aleatório em que o risco se refere à coisa existente mas exposta a perecimento ou deterioração. Enquanto as duas hipóteses anteriores versam sobre coisa futura, o caso em apreço cuida de coisa existente, mas exposta a risco.
Ex.: na venda de navio que se encontra em alto-mar, em que o comprador assume o risco de efetuar o pagamento integral, ainda que ocorra o naufrágio. 
art. 460 do CC que o negócio é válido, ainda que o navio já tivesse naufragado na ocasião da assinatura do contrato, desde, é claro que o vendedor não soubesse dos fatos, pois, se tivesse ciência do naufrágio, o ato seria nulo. 
O objeto do contrato aleatório está ligado à ideia de risco.
CONTRATO ABSTRATO (Não Causais)
É a promessa em forma de contrato. São aqueles que não mencionam a relação que lhes deu origem, podendo ser criados por qualquer motivo. É obrigatório, independentemente da causa que o gerou (sem indicação do porquê). 
Exs.: (Promessa de Pagamento): nota promissória
Exs.:(Ordem de Pagamento):cheque; Letra de câmbio
***Orlando Gomes: Nestes contratos, se abstrai a causa, de modo que quem o alega só tem de provar o seu conteúdo.
CONTRATO CAUSAL 
Em regra os contratos são causais (indicação do porquê, do motivo)! 
São aqueles que guardam vínculo com a causa que lhes deu origem, constando expressamente no título a obrigação pelo qual o título foi assumido. 
Só poderão ser emitidos se ocorrer o fato que a lei elegeu como uma possível causa para o mesmo. Podem circular por endosso. 
Exs:. duplicatas. 
OBS.: deixa de ser obrigatório, quando a causa for ilícita ou imoral. Art. 166, III do CC dispõe que é nulo o negócio jurídico quando o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito. 
Ex.: nulidade na hipótese de A doar uma casa para B, e troca de este vir a matar C.
OBS.: Anote-se, porém, que a força do princípio da relatividade dos contratos, a causa não pode ser oponível ao terceiro de boa fé.
Vicente Ráo: “segundo o nosso direito, o que distingue fundamentalmente os atos chamados causais dos abstratos é a inadmissibilidade, nestes, da oposição ao terceiro das exceções pessoais acaso oponíveis entre as partes originárias do mesmo ato”.
QUANTO AO EXAME DE UNS EM RELAÇÃO AOS OUTROS:
Contrato principal é o que tem existência autônoma, isto é, independentemente de outro contrato. Exemplo: compra e venda, doação, permuta, etc.
Contrato acessório ou dependente ou pacta adjecta é o que visa assegurar a execução de outro contrato. Exemplo: arras, fiança, etc. Assim, o contrato acessório tem por pressupostooutro contrato. Como decorrência máxima: “o acessório segue o principal”, duas regras fundamentais:
A invalidade da obrigação principal implica a das obrigações acessórias, mas a destas não induz a da obrigação principal (art. 184, segunda parte, CC).
A prescrição da obrigação principal estende-se às acessórias, mas a destas não se comunica àquelas.
 
Os contratos principais e acessórios são denominados e reciprocamente considerados, porquanto examinados uns em relação aos outros.
QUANTO À DESIGNAÇÃO
CONTRATOS NOMINADOS OU TÍPICOS 
Disciplinados na lei com designação própria. O Código Civil prevê 23 contratos: compra e venda, troca, contrato estimatório, doação, locação de coisas, empréstimo, prestação de serviço, empreitada, depósito, mandato, comissão, agência, distribuição, corretagem, transporte, constituição de renda, seguro, jogo, aposta, fiança, sociedade, transação e compromisso. Ex. de outros contratos nominados: Lei º 9.610/98 prevê o contrato de edição, representação e execução; Lei nº 4.504/64 (Estatuto da Terra) que prevê o contrato de parceria rural.
CONTRATOS INOMINADOS OU ATÍPICOS 
Criados pelas partes com base no princípio da autonomia da vontade. Dispõe o art. 425 do CC: “é lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código”. Conclui-se portanto, que o rol dos contratos é numerus apertus (meramente exemplificativo). 
Ex.: o contrato de cessão de clientela; contrato sobre exploração de lavoura de café; permuta de coisa com obrigação de fazer; hospedagem, etc.
CONTRATOS MISTOS
São aqueles que aliam a tipicidade e atipicidade, ou então, consistem na fusão de dois contratos típicos, que se unem para formar um único contrato. 
Ex.: quando se vende um equipamento de informática (hardware), cedendo-se gratuitamente os programas de utilização (software). 
QUANTO AO OBJETO
CONTRATO DEFINITIVO 
é que é objeto do contrato preliminar. 
Ex.: Compra e venda definitiva
 
CONTRATO PRELIMINAR - também chamado de PACTO DE CONTRAENDO COMPROMISSO, PRÉ-CONTRATO, CONTRATO PREPARATÓRIO, PROMESSA DE CONTRATO etc.
Tem por objeto a realização de um contrato definitivo. É um verdadeiro contrato, gerando, portanto, direitos e obrigações negociações preliminares, pois estas últimas não gera direitos contratuais, tendo em vista a inexistência do contrato. 
**O descumprimento do contrato preliminar autoriza a outra parte a mover ação judicial de emissão de declaração de vontade, obtendo-se uma sentença que produza o mesmo efeito que o contrato definitivo. 
No compromisso de compra e venda, essa ação denomina-se Adjudicação compulsória. 
** A desistência das negociações preliminares, em hipótese alguma, autoriza a ação de emissão de declaração de vontade, podendo, em certos casos, ensejar ação de perdas e danos com base na responsabilidade extracontratual. 
O contrato preliminar encontra-se disciplinado nos arts. 462 a 466 do CC.
Por meio do contrato preliminar, as partes se comprometem a celebrar, no futuro, um contrato definitivo.
QUANTO AO SEU OBJETO
contrato de execução instantânea ou imediata ou única 
É o que se cumpre em um só momento. As prestações são cumpridas simultaneamente. 
Ex.: compra e venda à vista.
contrato de execução sucessiva ou continuada ou de duração 
é aquele em que as prestações não são cumpridas em um único momento. Nesses contratos, as prestações se protraem no tempo. ART.478 CC
Ex: compra e venda em prestações, locações, etc.
Sílvio Venosa, realça a existência de contratos instantâneos com execução diferida, quando as partes adiam o cumprimento de suas obrigações para um momento posterior ao contrato. 
Ex.: na compra e venda, quando o pagamento ou a entrega da coisa é fixado para outra data, que não a da realização da avença. 
Ex.: venda sob condição suspensiva.
 A importância da distinção, entre os contratos instantâneos e os de duração:
A teoria da imprevisão só é aplicável aos contratos de duração e aos contratos de execução futura diferida;
A exceptio non adimpleti contractus só é arguível nos contratos de execução instantânea; ARTS. 4578/477 CC
Nos contratos instantâneos a resolução por inexecução reconduz as partes ao status quo ante, ao passo que nos contratos de duração o efeito é ex nunc, não atingindo os efeitos já produzidos;
Nos contratos de duração, a prescrição de cada prestação corre separadamente, a partir da data em que cada prestação se torna exigível.
QUANTO À IMPORTÂNCIA DA PESSOA: 
CONTRATOS PESSOAIS OU INTUITU PERSONAE 
são os que envolvem uma obrigação de fazer ou não fazer infungíveis. Nesses contratos, a prestação deve ser cumprida pessoalmente pelo devedor.
CONTRATOS IMPESSOAIS 
são aqueles em que a prestação pode ser cumprida por qualquer pessoa. Ocorre na obrigação de dar e nas obrigações de fazer e não fazer fungíveis.
QUANTO AO MODO DE ELABORAÇÃO
CONTRATOS PARITÁRIOS 
São aqueles em que as cláusulas são fixadas pelas partes, após o livre debate na fase das negociações preliminares.
São aqueles elaborados exclusivamente por uma das partes, que detém o monopólio de fato ou de direito do objeto do negócio. 
Exs: fornecimento de gás, eletricidade, água, etc.
OBS.: Os contratos por adesão são aqueles elaborados exclusivamente por uma das partes, que, porém, não detém o monopólio de fato ou de direito do objeto do negócio. 
Ex.: quando todas as cláusulas são predeterminadas por uma das partes, sem possibilidade de qualquer modificação.
Orlando Gomes, não é aceita por todos os civilistas. Maioria prefere enquadrar esses últimos contratos dentro dos paritários, utilizando-se como sinônimas as expressões ‘contrato de adesão’ e ‘contrato por adesão’.
 CONTRATOS DE ADESÃO 
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REQUISITOS DO CONTRATO DE ADESÃO
Elaboração das cláusulas por apenas uma das partes;
Impossibilidade de a outra parte discutir a alteração dessas cláusulas;
Necessidade de contratar por parte de todos ou de um número considerável de pessoas;
Proposta permanente dirigida a todos os interessados, isto é, as cláusulas são as mesmas para todos;
O contratante mais forte deve desfrutar de um monopólio de direito ou de fato. Art. 423 do CC; Art. 424 do CC
Obs.: Nos negócios regidos pelo Código Civil, o contrato só será de adesão se houver a necessidade de contratar do aderente e o monopólio do objeto do negócio pela parte que o redigiu. Ao aderente resta o dilema: ou aceita ou deixa de ter água, luz, etc.
OBS.: No Código de Defesa do Consumidor, porém, são dispensados esses dois requisitos. Com efeito, dispõe o art. 54: “Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo”.
O §1º do citado art. 54 do CDC acrescenta que “a inserção de cláusula no formulário não desfigura a natureza de adesão do contrato”.
Assim, os contratos de seguro, financiamento bancário e transportes coletivos acabam também sendo considerados de adesão, nos moldes do Código de Defesa do Consumidor.
OBS.: - Diversos civilistas negam a natureza contratual do contrato de adesão, pois não são redigidos pela autonomia da vontade. 
 Os que assim pensam o consideram uma instituição e não um contrato.
- Prevalece, porém, a concepção contratual, porque presente o mútuo consentimento, embora a manifestação de uma das partes se restrinja a uma simples anuência.
CONTRATOS-TIPO OU POR FORMULÁRIO (Espécie de Contrato de Adesão)
são aqueles em que as cláusulas já são previamente impressas por uma das partes. Nem todo contrato-tipo configura um contrato de adesão.
o contrato de adesão, exige que a proposta seja dirigida a um número indeterminado de pessoas, ao passo que no contrato-tipo, às vezes o contratante é identificável, 
Ex.: a locação.
no contrato de adesão não há possibilidade de discussão dascláusulas contratuais, sendo certo que essa possibilidade pode encontrar-se presente no contrato-tipo, mediante o acréscimo de outras cláusulas. 
*** No conflito entre a cláusula impressa e a escrita, prevalecerá a última!!!
CONTRATO COATIVO
 É aquele celebrado entre a concessionária de serviço público e o usuário. 
Ex.: água, luz, telefone, etc. A concessionária não pode se recusar a contratar quando o usuário preencher os requisitos gerais, e este, por sua vez, sente-se compelido a contratar esses serviços.
CONTRATOS INDIVIDUAIS 
São aqueles em que pessoas certas e determinadas, (individualizadas), participam de celebração do contrato, levando-se em conta o consentimento e a vontade específica dos contratantes.
Ex.: contrato de locação
CONTRATOS COLETIVOS
são os que formam pela vontade de um grupo, gerando obrigações para todos, mesmo que não participem da celebração do mesmo.
 EX.: acordo coletivo de trabalho
CONTRATOS COLIGADOS(NÃO RESULTA CONTRATO UNITÁRIO) 
“os contratos coligados ou conexos são os negócios que estão interligados por um ponto ou nexo de convergência, seja ele direto ou indireto, material, ou imaterial. Em muitas situações concretas, é possível identificar um negócio tido como principal e outro como acessório, dentro da reunião ou grupos de contratos” ( TARTUCE)
Ex.: subcontrato; contrato de garantia; financiamento ao consumo transporte aéreo com concomitante seguro do passageiro
AUTOCONTRATO – quando uma mesma pessoa figura nos dois polos do contrato. De um lado representando a si próprio, e de outro, um mandante. Ex.: compra e venda  com procuração em causa própria.
CONTRATO DE MEIO – quando uma das partes se compromete a empenhar esforços para atingir determinado fim sem obrigar ao sucesso. Ex.: mandato de advogado.
CONTRATO DE FIM – quando o contratado se obriga a atingir determinado fim. Ex.: empreiteiro em relação à construção de um edifício, o resultado final é idêntico ao projeto original.
CONTRATOS MISTOS – derivam-se da combinação de outros contratos. Ex.: leasing.
CONTRATOS PUROS – não são frutos da combinação de outros contratos. 
 Ex.: empréstimo
CONTRATO BENÉFICO – Contrato no qual somente uma das partes se obriga; a outra está dispensada de qualquer contraprestação, a não se limitar a fruir do benefício pactuado, nos seus exatos termos. Por isso, os contratos benéficos, também chamados contratos a título gratuito, devem ser interpretados restritivamente.
CONTRATO COTALÍCIO – Contrato de honorários profissionais devidos ao advogado pelo ente. Observar-se-á o procedimento sumário para a cobrança de honorários por profissionais liberais.
CONTRATO ALQUILARIA - Contrato de aluguel de animais.
CONTRATO FENERATÍCIO -  Contrato de empréstimo a juros.
CONTRATO LEONINO - Contrato que favorece abusivamente uma das partes, em prejuízo da outra. A denominação vem da célebre fábula de Esopo, na qual o leão exigia para si, na condição de rei dos animais, a melhor parte dos bens.
SÍNGRAFO – do grego syngraphós, instrumento de contrato assinado. Instrumento particular firmado pelo credor e pelo devedor. 
 Ex.:instrumentos particulares de contratos, estatutos de sociedades.
TITULOS DE CRÉDITO - CONTRATO
TÍTULOS ABSTRATOS = sem importância na causa; uma vez criado e posto em circulação, passa a valer por si mesmo. 
→ Ex: letra de câmbio, nota promissória.
TÍTULOS CAMBIARIFORMES = não apresentam uma verdadeira operação de crédito (não há abstração), mas contêm forma de título cambiário. São formais e com conteúdo pecuniário. 
→ Ex: cheque, duplicata.
TÍTULOS DE FINANCIAMENTO = prestação mista (obrigação de dar + obrigação de fazer). São mais utilizados no mercado de capitais e possuem forma flexível. 
→ Ex: cédula de crédito, debêntures e letras imobiliárias.

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