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CONTRATOS (1)

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CONTRATOS CIVIL E EMPRESARIAL 
· Compra e Venda
Contrato bilateral no qual uma das partes se obriga a transferir domínio da coisa mediante contraprestação em dinheiro ou de cunho econômico. 
- É um contrato sinalagmático, ou seja, gera obrigações recíprocas. Também é consensual, oneroso, comutativo (de imediato as partes podem antever os benefícios e sacrifícios). 
- Elementos: coisa, preço e consentimento e um quarto requisito: forma, para a compra de bens imóveis. 
1) Consentimento: agente capaz, deve ser livre e espontâneo sob pena de anulabilidade. Também será anulável quando houver erro sobre o objeto. Não existe venda se o vendedor julga estar alienando uma coisa e o comprador acredita estar adquirindo objeto diferente. Ocorre erro sobre as qualidades essenciais do objeto quando supomos ter determinada qualidade oriente verificamos a inexistência dela. Só não acarreta prejuízo ou erro acidental. 
Também é necessária a capacidade de alienar, ou seja, precisa ter o poder e a posse do que quero vender, enquanto ao comprador só cape a capacidade de obrigar-se (é anulável a venda condena-te para descendente sem que os outros irmãos e o cônjuge expressamente o consintam. (art 496 CC)
2) Preço: sem a sua fixação, a venda é nula se não for desde logo determinado, deve ser ao menos determinável. Vários outros modos de determinação futura do preço podem ser escolhidos pelos contraentes: o preço do custo, o preço em vigor no dia da expedição, a melhor oferta, o preço do costume etc. O que não se admite é a indeterminação absoluta, como na cláusula “pagarás o que quiseres”, deixando ao arbítrio do comprador a taxação do preço. O Art 485 CC diz que a fixação do preço pode ser deixada arbítrio de terceiro (se ele não aceita o contrato fica sem efeito e os contratantes podem escolher outro). 
Ele ser pago em dinheiro, se for em coisa é permuta e se for em prestação de serviço é inominado. 
Se for parte em troca e parte compra e venda o contrato será definido pelo que tiver a maior porcentagem.
Deve ser sério e real. 
3) Coisa: significa qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. Deve atender os requisitos de individuação, existência e disponibilidade. A venda de coisa inexistente é nula, porém a lei se contenta com a existência potencial (como a safra futura, por exemplo) e se resolve se não vier a existir nenhuma quantidade. (Art 459 CC). 
A venda de coisa incorpórea, como o credito e o direito à sucessão aberta, por exemplo, é denominada cessão. 
- É proibida a venda de herança de pessoa viva (art 426).
- Individuação da coisa: objeto deve ser determinado ou suscetível de determinação no momento da execução, pois o contrato gera uma obrigação de dar, consistente em entregar. A venda de coisa incerta deve ser ao menos indicada por gênero e quantidade (se aludir a quantidade deve especificar peso ou medida). 
- Disponibilidade da coisa: a coisa não pode estar fora de comercio (legalmente inalienáveis sendo por lei ou por clausula em doação ou testamento, também são inalienáveis os valores e direitos da personalidade e os órgãos do corpo humano). 
Efeitos da Compra e Venda: 
1) Gerar obrigações recíprocas aos contratantes
2) Acarretar a responsabilidade do vendedor pelos vícios redibitórios (defeitos ocultos ou vícios) e pela evicção (perda da coisa para seu legitimo dono)
 A responsabilidade pelos riscos
Até o momento da tradição dos moveis e o registro dos imóveis, a coisa pertence ao vendedor, portanto os riscos de coisa perecer ou se danificar são por sua conta. E os do preço se perder, por conta do comprador. (ART 492)
§1º: prevê hipótese de tradição simbólica, ao proclamar que “os casos fortuitos, ocorrentes no ato de contar, marcar ou assinalar coisas” e que “já tiverem sido postas à disposição do comprador, correrão por conta deste”. 
A coisa deve ser entregue, na falta de estipulação expressa, no local em que se encontrava ao tempo da venda. (ART 493). 
Art 490: salvo cláusula em contrario, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição. 
Direito de reter a coisa ou o preço 
Na compra e venda à vista, as obrigações são recíprocas e simultâneas, mas cabe ao comprador o primeiro passo de pagar o preço, antes disso o vendedor não é obrigado a entregar a coisa, podendo retê-la, ou negar-se a assinar a escritura definitiva, ate que o comprador satisfaça sua parte. (ART 491). 
Limitações à compra e venda
Algumas pessoas sofrem limitações, decorrentes da falta de legitimação, em razão de determinadas circunstancias ou da situação em que se encontram, que não se confundem com incapacidade. Só não podem vender ou comprar de certas pessoas. Ou seja, são pessoas maiores e dotadas de discernimento que, em face de sua posição na relação jurídica, isto é, por serem ascendentes, condôminos, tutores ou, cônjuges, ficam impedidas de comprar e vender ate estarem devidamente legitimada. 
- Venda de ascendente a descendente: ART 496 CC: é anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. (Consentimento do cônjuge será dispensado se o regime de casamento for de separação obrigatória). 
Como descendente não inclui somente os da condição de herdeiro, fala-se também em avó e neto por exemplo. 
Aquisição de bens por pessoa encarregada de zelar pelos interesses do vendedor
Embora a venda possa ser realizada por qualquer pessoa capaz, o código civil recusa a legitimação a certas pessoas, encarregadas de zelar pelo interesse dos vendedores, para adquirir pertencentes a estes. Intenção é manter isenção de animo naqueles que, por dever de oficio ou por profissão, tem de zelar por interesses alheios (tutor, curador, administrador, empregado publico, juiz e outros). (ART 497 CC). 
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
I - pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados à sua guarda ou administração;
II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;
III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares da justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem, ou a que se estender a sua autoridade;
IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados.
Parágrafo único. As proibições deste artigo estendem-se à cessão de crédito.
Venda de parte indivisa em condomínio
O condômino, como todo proprietário, tem o direito de dispor da coisa. Porém se o bem comum for indivisível, a prerrogativa de vendê-lo encontra limitação no art 504 CC:
Art. 504. Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de decadência.
Parágrafo único. Sendo muitos os condôminos, preferirá o que tiver benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinhão maior. Se as partes forem iguais, haverão a parte vendida os co-proprietários, que a quiserem, depositando previamente o preço.
Venda entre cônjuges
Um cônjuge, qualquer que seja o regime de bens do casamento, exceto no da separação absoluta, só poderá alienar, hipotecar ou gravar de ônus reais os bens imóveis depois de obter a autorização do outro, ou o suprimento judicial do seu consentimento. 
Porém, o ART 499 CC dispõe que é licita a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens excluídos da comunhão (exceto comunhão total de bens). 
Venda mediante amostra
Art 484. Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, entender-se-á que o vendedor assegura ter a coisa as qualidades que aelas correspondem. 
Se a mercadoria não for em tudo igual à amostra, caracteriza-se o inadimplemento contratual, devendo o comprador protestar imediatamente, sob pena de seu silencio ser interpretado como tendo havido correta e definitiva a entrega. Para cautela pode pedir vistoria da mercadoria. 
Venda da corpus e da mensuram 
Aplicável somente à compra e venda de imóveis. 
Art 500. Se, na venda de um imóvel, se estipular o preço por medida de extensão, ou se determinar a respectiva área, e esta não corresponder, em qualquer dos casos, às dimensões dadas, o comprador terá o direito de exigir o complemento da área, e, não sendo isso possível, o de reclamar a resolução do contrato ou abatimento proporcional ao preço.
§ 1º Presume-se que a referência às dimensões foi simplesmente enunciativa, quando a diferença encontrada não exceder de um vigésimo da área total enunciada, ressalvado ao comprador o direito de provar que, em tais circunstâncias, não teria realizado o negócio.
§ 2º Se em vez de falta houver excesso, e o vendedor provar que tinha motivos para ignorar a medida exata da área vendida, caberá ao comprador, à sua escolha, completar o valor correspondente ao preço ou devolver o excesso.
§ 3º Não haverá complemento de área, nem devolução de excesso, se o imóvel for vendido como coisa certa e discriminada, tendo sido apenas enunciativa a referência às suas dimensões, ainda que não conste, de modo expresso, ter sido a venda ad corpus .
Na venda ad corpus temos o que descreve o §3º , presume-se que o comprador adquiriu a área pelo conjunto que lhe foi mostrado e não em atenção à área declarada. 
· Cláusulas Especiais à Compra e Venda
São acordos adicionais que podem ser incluídos no contrato de compra e venda de um bem, estabelecendo condições especificas que devem ser cumpridas pelas partes envolvidas. 
1) Retrovenda
É uma cláusula que permite ao vendedor recuperar o imóvel vendido dentro de um prazo determinado. Isso pode ser útil em situações em que o vendedor precisa vender o imóvel rapidamente, mas deseja manter a opção de readquiri-lo posteriormente. 
- Prazo máximo de decadência de 3 anos. Restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com sua autorização escrita, ou para realização de benfeitorias necessárias. 
- Se o comprador se recusa o vendedor pode depositar judicialmente. 
2) Venda a Contento e Sujeita a Prova
Esta cláusula permite ao comprador a possibilidade de testar ou avaliar o produto ou serviço adquirido antes de efetivar a compra definitiva. Caso não esteja satisfeito, ele pode devolver o produto ou desfazer a transação. 
3) Preempção ou preferência
Esta cláusula confere ao comprador o direito de preferência na aquisição do bem ou serviço objeto da transação em caso de venda futura. É comum em contratos de arrendamento rural, por exemplo. 
4) Venda com Reserva de Domínio
Essa cláusula prevê que a propriedade do bem vendido permanece com o vendedor até que o comprador cumpra integralmente as suas obrigações contratuais, especialmente o pagamento do preço. 
O vendedor só pode executar a cláusula após constituir o comprador em mora, mediante protesto do título ou interpelação judicial. 
5) Venda Sobre Documentos
Essa clausula permite a transferência da propriedade do bem vendido antes da entrega efetiva do bem, mediante a apresentação de documentos que comprovem a sua existência e qualidade. É comum em operações de compra e venda de mercadoria de empresas. 
Art 529 §Ú: achando-se a documentação em ordem, não pode o comprador recusar o pagamento, a pretexto de defeito de qualidade ou do estado da coisa vendida, salvo se o defeito já houver sido comprovado. 
Pagamento é feito na data e local da entrega do documento, não havendo estipulação em contrario. 
- Essas cláusulas só são validas se estiverem expressamente previstas no contrato e se não violarem a legislação vigente. 
· Contrato de Troca ou Permuta
Contrato onde as partes se obrigam a prestar uma coisa por outra, que não seja dinheiro, ao contrario do contrato de compra e venda que a prestação é dinheiro. É a alienação de uma coisa por outra. Tudo que pode ser vendido pode ser trocado. 
Pode envolver coisas distintas e quantidades diversas, pode ser móvel e imóvel, coisas futuras por presentes, etc. É um negócio jurídico bilateral e oneroso de caráter apenas obrigacionista, negócio consensual e não real: se aperfeiçoa com o acordo de vontades e não pela tradição dos objetos. 
Se da de forma livre, exceto pelo de bens imóveis que deve ser solene. Art 108 CC. 
Quando há reposição parcial em dinheiro não se transmuda em compra/venda, salvo se mais da metade do pagamento for em dinheiro. 
Art 533. Aplicam-se à troca as disposições referentes a compra e venda, com as seguintes modificações:
I – salvo disposição em contrario, cada um dos contratantes pagara por metade as despesas com o instrumento de troca
II – é anulável a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem consentimento dos outros descendentes e do cônjuge do alienante. 
Ou seja, objeto mais valioso sendo do ascendente, precisa de anuência dos outros descendentes, mesmas razoes para a venda ascendente/descendente. Se o objeto do descendente for de valor maior ou igual dispensa a anuência dos descendentes. 
Se uma parte não cumpre a obrigação de entregar: prejudicado poderá opor a exceptio non adimpleti contractus (exceção do contrato não cumprido)
Apesar de aplicar a teoria do vício redibitório, não há a opção de exigir resolução do contrato ou abatimento no preço. Cabendo apenas a exigir a volta ao estado anterior. 
A evicção da coisa atinge todo o contrato. O evicto tem direito à restituição da coisa, alem das despesas contratual e ainda perdas e danos. 
· Do Contrato Estimatório
Também conhecido como vendas em consignação. É aquele em que uma pessoa (consignante) entrega bens moveis a outra (consignatário), autorizando-a a vendê-los por um preço ajustado previamente ou restituí-las num prazo também previamente ajustado. Nada obsta que o consignatário fique com o objeto para si pagando o preço fixado para vendê-lo posteriormente com lucro. 
- Consignatário fica com o lucro da diferença entre o preço pactuado com o consignante e o preço obtido na venda. 
- A obrigação decorrente desse contrato é alternativa, a venda não é essencial, consignatário pode comprar para si, vender ou devolver. 
- Exige entrega do bem, deve ser bem móvel, obrigação de restituir ou pagar o preço, preço é elemento essencial, devendo ser estimado previamente, contrato a termo cumprido em prazo estipulado, transfere ao consignatário a disponibilidade da coisa. 
· Contrato de Doação 
Transferência de bens ou vantagens por liberalidade. 
- Capacidade ativa do doador: a mesma para contratos em geral, aqui não vigora restrição na transferência de bens de ascendentes para descendentes, o doador não carece de anuência dos demais. É proibida doação de cônjuge adultero ao seu cúmplice. É proibido menor doador, porem quando autorizado a casar pode doar ao nubente. 
- Capacidade passiva do donatário: os que podem praticar atos da vida civil, se for absolutamente incapaz a doação valera independente de aceitação desde que se trate de doação pura. 
- Elementos Essenciais: animus donandi (liberalidade), precisa da intenção de doar conscientemente sem ser obrigado. 
Aceitação é indispensável para o aperfeiçoamento da doação, pode ser expressa, tácita ou presumida (fixação de prazo para aceite e houve silencio como resposta), ou ficta (somente nas doações puras para incapazes). 
- É contrato gratuito, unilateral, bilateral quando houver encargos ao beneficiário, formal, observada a forma escrita (se for bens moveis vale a verbal). 
- O contrato de doação não transfere os bens do doador ao donatário, somente nasce a obrigação de fazer, a transferência efetiva se da na tradição se móvel e na transcrição se imóvel. 
- É intervivos. 
- Doador não se sujeita a juros moratórias, consequências de evicção e vícios redibitórios. 
- Objeto da doação: bens ou vantagens, qualquer coisa que tenha expressão econômica, bens moveis ou imóveis, corpóreos ou incorpóreos, consumíveis e inconsumível, presente ou futuro. 
- Espécies de doação: 
1) Pura e simples ou típica: liberalidade plena, sem encargo, condição, ou restrição em ônus ao donatário
2) Onerosa, modal, com encargo ou gravada: imposição por parte do doador, de alguma incumbência ou dever, o encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, diferente de condição suspensiva. 
3) Remuneratória: feita em retribuição a serviços prestados, mas não devidos e não exigidos, não há dever jurídico exigido pelo donatário. 
4) Mista: em que se busca beneficiar por meio de instrumento de caráter oneroso (venda na aparência e doação na realidade, venda a preço irrisório)
5) Contemplativa ou meritória: quando o doador menciona expressamente o motivo da liberalidade em favor do donatário. 
6) Feita a nascituro: se aperfeiçoa pela aceitação do representante legal, direito sofre decadência se não nascer com vida. 
7) Em forma de subvenção periódica: tipo de pensão, auxílio pecuniário, onde a obrigação termina com a morte do doador, tem periodicidade definida pelo doador, somente transfere aos herdeiros se estipulado previamente. 
8) Em contemplação de casamento futuro: em favor de pessoa certa e determinada consideração às próximas núpcias. 
9) Entre cônjuges: implica aditamento de herança. Separação absoluta podem todos os bens, comunhão parcial os bens particulares adquiridos antes da união e comunhão universal somente aqueles excluídos da comunhão. 
10) Conjuntiva (em comum a mais de uma pessoa): doação feita em comum é distribuída a varias pessoas. 
11) De ascendente a descendente: também implica em aditamento de herança. 
12) Inoficiosa: excede o limite legal que o doador poderia dispor em testamento no momento da liberalidade
13) Com clausula de retorno ou reversão: cláusula condicional resolutiva permitindo o retorno dos bens doados em caso de morte do donatário. 
14) Manual: de movo verbal a bens moveis de pequeno valor
15) Feita a entidade futura: doação feita à entidade jurídica ainda não constituída
Restrições Legais:
1) Doação feita pelo devedor insolvente: ou por ela reduzido à insolvência, por configurar fraude contra credores
2) Doação da parte inoficiosa: o doador dispõe de mais da metade do seu patrimônio, atingindo a legitima dos herdeiros necessários. 
3) Doação de todos os bens do doador: é nula se não houver reserva para sua subsistência
4) Doação do cônjuge adultero a seu cúmplice: é anulável pelo outro cônjuge ou pelos herdeiros necessários ate 2 anos da dissolução conjugal. 
Revogação Da Doação: 
1) Revogação por casos comuns a todos os contratos: vícios do negocio: erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. Incapacidade do agente, objeto ilícito, impossível ou indeterminável ou não observância da forma prescrita. 
2) Descumprimento de encargo: mora do donatário por inexecução do encargo preposto pelo doador
3) Revogação por ingratidão do donatário: ingratidão e desapreço demonstrados para com o benfeitor. Iniciativa de ação revocatória do doador injuriado contra o donatário ingrato. 
· Contrato de Corretagem
É um acordo legal celebrado entre um corretor e uma pessoa ou empresa que deseja contratar serviços desse corretor para intermediar a religação de negócios, como a compra, venda, locação ou arrendamento de bens e serviços. 
- Características: intermediação (o corretor atua como intermediário entre as partes), comissão (o corretor geralmente recebe uma comissão pela prestação de seus serviços, porcentagem do negocio realizado), representação (atua em nome de uma das partes do negocio, pode ser exclusiva com o corretor representando uma das parte ou representando ambas), obrigações do corretor (busca de clientes, divulgação adequada do negocio, apresentação de propostas, analise de documentos e assistência nas etapas de fechamento do acordo), responsabilidade (deve agir com diligencia e cuidado no desempenho das funções), prazo e exclusividade (pode ter prazo determinado, pode ou não conferir exclusividade ao corretor)
- Diferenças entre corretor de seguro e corretor de imóvel: 
1) Corretor de seguro lida com intermediação de contrato de seguro, enquanto o corretor de imóveis com venda, locação e arrendamento de imóveis
2) Produto/serviço: o corretor de seguro trabalha com produto de seguros, como apólices de automóveis, seguros de vida, de saude, entre outros. O de imóveis lida com negociação de imóveis residenciais, comerciais, industriais e terrenos.
3) Regulamentação para corretores de seguros e de imóveis pode ser diferente em cada pais, em alguns locais pode haver exigência de registro profissional e cumprimento de requisitos, em outros apenas uma das profissões pode ter regulamentação estrita
4) Formação: podem variar, no caso do corretor de seguros pode ser necessária a conclusão de cursos especifico de seguros e obtenção de certificações. De imóveis, pode ser necessário obter licença imobiliária e passar por cursos de formação relacionados ao mercado imobiliário. 
- Semelhanças: 
1) Intermediação: ambos são intermediários das partes envolvidas
2) Comissão
3) Relacionamento com clientes
· Contrato de Agência e Distribuição 
Agência:
Acordo pelo qual uma pessoa, denominada agente, é encarregada de promover, à conta de outra, denominada principal, a realização de certos negócios, em uma determinada área geográfica, é um intermediário comercial autônomo. Eles tem exclusividade, comissão, rescisão a qualquer momento.
Distribuição:
Uma empresa (distribuidor) é encarregada de vender produtos ou serviços em nome de outra empresa (fornecedor) em um determinado território. Diferente do contrato de agencia, o distribuidor adquire os produtos do fornecedor e os vende em seu próprio nome e por conta própria. 
- Venda direta: diretamente aos clientes
- Aquisição: o distribuidor adquire os produtos do fornecedor a um preço reduzido e os vende por um preço mais elevado, visando obter lucro.
- Território: é limitado a uma área geográfica especifica. 
Particularidades:
1) Preço: determinado pelo distribuidor
2) Marketing: responsabilidade do distribuidor
3) Rescisão: pode ser rescindido a qualquer momento, desde que haja aviso prévio. 
· Contrato de Transporte
Contrato entre contratante e transportador, no qual o transportador se compromete a mover bens ou pessoas de um local para outro em troca de um pagamento especifico. Existem duas formas de contrato: transporte de carga ou transporte de passageiros. 
- Transporte de Carga: deslocamento de mercadorias, produtos ou bens de um local para o outro. Incluem responsabilidade, documentação, modalidades (podendo ser ferroviário, rodoviário, aéreo, etc), e é comum ter contratado seguro de carga. 
- Transporte de Passageiros: deslocamento de pessoas de um local para o outro, incluem segurança, passagens, horários e itinerários e deve oferecer condições necessárias ao transporte. 
· Contrato de Locação 
Contrato no qual meio pelo qual uma das partes se obriga a conceder a outra o uso e gozo de uma coisa não fungível, temporariamente e mediante remuneração. 
Partes: locador (arrendador) e locatário (inquilino). 
Arrendamento = locação. 
- A coisa objeto de locação não precisa ser de propriedade do locador, vez que não
acarreta transferência de domínio
Natureza jurídica: bilateral, oneroso, consensual, comutativo, não solene, de trato sucessivo ou execução continuada. 
Objeto: pode ser móvel ou imóvel, se móvel deve ser infringível, se fungível é contrato de mútuo. Não pode ter como objeto as coisas moveis consumíveis. Locação é válida enquanto durar a posse do locador e somente ficará sem efeito quando for reivindicada pelo verdadeiro proprietário. 
Preço: aluguel ou remuneração recebidos a título de retribuição pelo usoou gozo. É elemento essencial do tipo contratual. Se não houver remuneração é comodato.
A lei impõe teto ao reajuste. A lei também veda aluguel em moeda estrangeira
Inadimplemento enseja ao locador direito de cobrança por meio de execução ou resolução do contrato por meio de ação de despejo. 
Obrigações do locador: Entregar ao locatário a coisa alugada: a entrega deve ser feita em estado ao uso e a fruição a que se destina a coisa. A não entrega caracteriza inadimplência e enseja o locatário a pedir a resolução contratual e eventuais perdas e danos, deve abster-se de qualquer ato que possa perturbar o uso ou o gozo da coisa e também resguardar o locatário contra embaraços e turbações de terceiros. O locador não responde se a área do imóvel é uma área de risco de assaltos, afinal é uma questão alem da escolha dele. 
Obrigações do locatário: Manter a coisa no mesmo estado, pelo tempo do contrato: deve realizar reparos necessários para que a coisa seja mantida em condições de uso, salvo convenção em contrário. Correm por conta do locatário os reparos de pequenos estragos, que não provenham do tempo ou do uso nas locações de imóveis. Se a coisa se deteriorar sem culpa do locatário, poderá este pedir redução proporcional do aluguel o a resolução do contrato caso a coisa não sirva mais ao fim que se destina.
Não pode usar para uso diverso do pactuado. 
Pagar aluguel no prazo ajustado: na falta de ajuste do prazo deve ser feito conforme o costume do local (imóveis urbanos ate o sexto dia útil do mês seguinte ao vencido). 
Deve restituir a coisa no estado em que a recebeu, exceto as deteriorações naturais. 
Retomada da Coisa Antes do Vencimento do Prazo: 
O locador poderá reaver a coisa alugada antes do prazo, desde que o locatário seja ressarcido das perdas e danos causados ou então da multa prevista no contrato. 
Direito de Retenção: 
O locatário goza do direito de retenção enquanto não for ressarcido nos casos onde o locador pretende reaver a coisa antes do prazo. 
Locação por tempo determinado: 
A não devolução implica posse injusta e ma fé, mas se o locatário permanecer e o locador não se manifestar entende-se que o prazo foi prorrogado. 
Locação sem prazo indeterminado: 
Exige notificação previa do locatário. Se notificado e não restituir a coisa, o locatário pagara aluguel arbitrado pelo locador e respondera por danos causados à coisa (se for excessivo o juiz pode reduzi-lo) = essa regra não se aplica a prédio urbano, somente a prédio rústico e demais locações. 
O locatário pode reter a coisa alugada em caso de benfeitoria necessária, mesmo sem o consentimento prévio do locador. Se forem benfeitorias úteis, somente com o consentimento expresso do locador.
Locação de Prédio:
1) prazo determinado, porém não existe limite de prazo definido em lei (não pode ser perpétuo e se for acima de 10 anos será submetido a venia conjugal). Locador não pode reaver o imóvel antes do prazo finalizar, mas o locatário pode devolver pagando multa pactuada. 
2) Prazo indeterminado o Locatário deve notificar expressamente a devolução do imóvel com antecedência mínima de 30 dias
3) Sublocação e cessão da locação: dependem e consentimento expresso do locador. 
Responsabilidade do locador: 
- não pode mudar a finalidade/destinação do uso do prédio durante o contrato
- caso o prédio precise de reparos urgentes devem ser feitos com anuência obrigatoria do locatário 
- Reparos de mais de 10 dias poderá ensejar pedido de abatimento no aluguel. Se mais
de 30 dias poderá justificar a rescisão contratual (pequenos reparos são responsáveis pelo locatário)
- locatário responderá pelo incêndio do prédio, tendo o ônus de provar caso fortuito ou força maior, vício de construção ou fogo originado em outro prédio. Caso de culpa presumida.
Retomada do Imóvel Locado: 
- por meio de denuncia vazia: operada com o fim do prazo contratual, independente de notificação previa. 
- Se o locatário continuar na posse do imóvel por mais de 30 dias, presume-se a prorrogação por prazo indeterminado. Sendo assim necessária notificação para desocupação em 30 dias ao menos
- Prazo de 30 dias após o termino do contrato para propositura de ação de despejo. (Permitido sem notificação previa se ajuizada nesses 30 dias). 
Morte do Locatário: 
- determina a sub-rogação dos seus direitos (com finalidade residencial sub-rogam-se o cônjuge sobrevivente ou companheiro, os herdeiros necessários e as pessoas que dependiam economicamente do de cujus, desde que residentes no imóvel (sub-rogação legal)). 
- nas não residenciais o espolio ou seu sucessor. 
Separação de fato ou judicial, divorcio ou dissolução de união estável:
- locação prosseguira automaticamente com o cônjuge que permanecer no imóvel. O locador deve ser comunicado (na ausência de comunicado o cônjuge que deixou continua sendo responsável pela locação). 
Alienação de imóvel locado: 
- o inquilino possui preferência. Adquirente poderá denunciar a locação (denúncia vazia), exceto se for por tempo determinado ou se o contrato contiver cláusula de vigência em caso de alienação e constar no registro de imóveis.
Liberdade de convenção de aluguel:
- clausula de reajuste é licita, o valor do aluguel pode ser negociado livremente.
Modalidades de Garantia:
- caução (bens ou máximo 3 alugueis), fiança, seguro de fiança, cessão fiduciária. Não se admite mais de uma modalidade de garantia e ela se estende ate a devolução do imóvel. 
Exigência de pagamento antecipado do aluguel: ilícita e constitui contravenção penal. 
Ação de despejo por inadimplemento: 
- Cumulação do pedido com cobrança de aluguéis: Cita-se o locatário para responder pela rescisão e, o locatário e o fiador para responderem pela cobrança. A simples desocupação não é legitima, sendo necessária a entrega das chaves, somente desocupação não desonera. 
- despejo é efetivado pela expedição judicial de Mandado de Despejo que
conterá prazo de 30 dias para desocupação voluntária. 
Ação Revocatória: 
Poderá ser ajuizada se:
- o contrato a renovar era escrito e com prazo determinado
- o prazo mínimo ou a soma dos prazos ininterruptos era de 5 anos
- o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de 3 anos
- Somam-se os prazos contratuais. Assim, o contrato posterior entre locador/locatário por prazo inferior a 5 anos, não importa em renúncia ao direito de renovação
Ação Renovatoria: 
- prazo anterior de 1 ano e 6 meses antes do fim do contrato. O locatário devera comprovar exploração comercial, no mesmo ramo de atividade mínima de 3 anos, menos que isso não confere direito à renovação. Não sendo renovada a locação será expedido mandado de despejo com 30 dias para desocupação voluntaria. 
TRATO SUCESSIVO: aquela cuja prestação se renova em prestações singulares sucessivas, em períodos consecutivos, como sucede na compra e venda a prazo, no pagamento mensal do aluguel pelo locatário, do consumidor de água ou de energia elétrica etc.

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