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Para Arnaldo Süssekind:
(...) são enunciados genéricos,
explicitados ou deduzidos, do
ordenamento jurídico pertinente,
destinados a iluminar tanto o
legislador, ao elaborar as leis
dos respectivos sistemas, como
ao intérprete, ao aplicar as
normas ou sanar as omissões.
Importância e Conceito dos Princípios
Celso Antonio Bandeira de Mello:
“(...) Princípio é, por definição, mandamento nuclear de um sistema,
verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre
diferentes normas compondo-lhes o espírito e servindo de critério para
sua exata compreensão e inteligência, exatamente por definir a lógica e
a racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a tônica e lhe
dá sentido humano. É o conhecimento dos princípios que preside a
intelecção das diferentes partes componentes do todo unitário que há
por nome sistema jurídico positivo. Violar um princípio é muito mais
grave que transgredir uma norma. É a mais grave forma de ilegalidade
ou inconstitucionalidade, conforme o escalão do princípio atingido,
porque representa insurgência contra todo o sistema, subversão de
seus valores fundamentais, contumélia irremissível a seu arcabouço e
corrosão de sua estrutura mestra”.
 Contumélia - Injúria, afronta, insulto.
 Irremissível - Que não se consegue
remitir (perdoar); imperdoável.
Tríplice FUNÇão DOS PRINCÍPIOS
INFORMATIVA: destinados ao legislador, 
inspirando a atividade legislativa em sintonia 
com os princípios e valores políticos, sociais, 
éticos e econômicos do ordenamento jurídico
INTERPRETATIVA: destinados ao intérprete e 
aplicador do direito, pois os princípios se prestam à 
compreensão dos significados e sentidos das 
normas que compõem o ordenamento jurídico.
NORMATIVA: destinados ao intérprete aplicador do direito e 
decorre da constatação de que os princípios podem ser 
aplicados, na solução dos casos concretos mediante a 
derrogação de uma regra por um princípio, ou por meio da 
integração do sistema nas hipóteses de lacuna 
Princípios Universais d0 
Direito do Trabalho
De
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an
os
• Proibição de trabalho escravo –
art. IV;
• Direito ao trabalho – art. XXIII,
caput;
• Liberdade de trabalho – art. XXIII,
1;
• Direito à condição favorável de
trabalho – art. XXIII, 1;
• Proteção contra o desemprego –
art. XXIII, 1;
• Não discriminação de salário – art.
XXIII, 2;
• Garantia de um salário digno, além
de outros meios de proteção social
ao trabalhador – art. XXIII, 3;
• Direito à organização sindical e à
livre associação – art. XXIII, 4. T
R
A
T
A
D
O
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V
E
R
S
A
IL
E
S
• O trabalho não pode ser
considerado como mercadoria ou
artigo de comércio – art. 427, 1;
• Direito de associação sindical –
art. 427, 4;
• Direito a salário que assegure
nível de vida conveniente – art.
427, 3;
• Jornada de 8 horas e 48h
semanais – art. 427, 4;
• Descanso semanal de 24 horas –
art. 427, 5;
• Supressão do trabalho infantil e
limitação ao trabalho do menor –
art. 427, 6;
• Salário igual sem distinção de
sexo – art. 427, 7;
• Salário igual entre trabalhadores
residentes legalmente no mesmo
país – art. 427,
Da proteção ao trabalhador e prevalência da condição mais
favorável (art. 7°, caput);
Da proteção contra a despedida arbitrária (art. 7°, I);
Garantia de salário mínimo (digno) capaz de atender às
necessidades básicas e vitais do
trabalhador e de sua família (art. 7°, IV);
Periodicidade de reajuste do salário mínimo (art. 7°, IV);
Da irredutibilidade salarial (art. 7°, VI);
Proteção do mercado de trabalho da mulher (art. 7°, XX);
Do reconhecimento dos Convênios Coletivos (art. 7°, XXVI);
Da proteção ao trabalhador em face da automação (art. 7°,
XXVII);
Da isonomia salarial e de tratamento (art. 7°, XXX);
Da não discriminação (art. 7°, incisos XXX, XXXI, XXXII);
Da proibição do trabalho infantil e proteção de trabalho
noturno, perigoso e insalubre ao adolescente (art. 7°, XXXIII);
Da redução dos riscos inerentes ao trabalho (art. 7°, XXII);
Do seguro contra acidentes do trabalho a cargo do
empregador (art. 7°, XXVIII).
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ESPECÍFICOS 
DE DIREITO DO TRABALHO
Artigo
7ª
Liberdade sindical – art. 8°, caput;
Não interferência estatal nos sindicatos – art. 8°, I;
Unicidade sindical – art. 8°, II;
Representação sindical – art. 8°, III;
Contribuição sindical compulsória – art. 8°, IV;
Livre filiação sindical – art. 8°, V;
Necessária intervenção sindical nas negociações
coletivas – art. 8°, VI;
Proteção ao dirigente sindical – art. 8°, VIII;
Garantia do sistema confederativo – art. 8°, IV;
Subordinação do sindicato à vontade da
assembleia – art. 8°, IV.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ESPECÍFICOS 
DE DIREITO DO TRABALHO
Artigo
8ª
Direito de greve.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ESPECÍFICOS 
DE DIREITO DO TRABALHO
Artigo
9ª
Representação dos trabalhadores na empresa
Artigo
11ª
Não alegação da ignorância da lei - Legalidade – art. 3° LINDB;
Função social do direito – art. 5° da LINDB;
Respeito ao direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada – art. 6°
da LINDB;
Da irrenunciabilidade dos direitos da personalidade – art. 11 do CC;
Da inviolabilidade da vida privada – art. 21 do CC;
Da prevalência da intenção sobre a forma – art. 112 do CC;
Boa-fé e lealdade nos contratos – art. 113 do CC;
Livre consentimento – art. 138 e seg. do CC;
Da não alegação da própria torpeza – art. 150 do CC e outros;
Proibição do abuso do direito e do enriquecimento sem causa – art. 187
do CC;
Da força vinculante dos contratos (pacta sunt servanda) e da sua
inalterabilidade;
Da exceção do contrato não cumprido;
Da razoabilidade, ponderação, prudência e sensatez na avaliação das
condutas humanas;
Da tipificação legal das penas e ilícitos;
Da proteção à incapacidade ou das minorias;
Do aproveitamento dos atos a favor do hipossuficiente;
Da proteção à criança e ao adolescente.
Princípios Gerais Aplicáveis ao Direito do Trabalho
Na França ocorreu o famoso “caso Morsang-sur-Orge” ou “caso do anão”, cuja
lide era a seguinte: uma boate organizou um concurso de “arremesso de anão”
que consistia em uma prova na qual venceria o freguês que conseguisse lançar
mais longe o anão, a partir do palco da discoteca. Entretanto, o PREFEITO da
cidade, na condição de guardião da ordem pública, interditou o espetáculo,
baseando-se no argumento de que aquele ATO ERA CONTRÁRIO AO
PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. Inconformada com a
decisão administrativa, a empresa organizadora do concurso, em litisconsórcio
com o anão, seu empregado contratado como “projétil”, impugnou na justiça
administrativa o ato do prefeito. O EMPRESÁRIO alegava a seu favor o
PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA “LIVRE INICIATIVA” e o trabalhador
ANÃO o PRINCÍPIO, TAMBÉM CONSTITUCIONAL, DA LIBERDADE DE
EXERCÍCIO DE OFÍCIO E PROFISSÃO e, que não havia lei que proibisse o
trabalho de “projétil humano”. A partir daí três princípios constitucionais
poderiam ser aplicados ao mesmo caso, mas que almejavam objetivos diversos.
Presente estava o conflito de princípios. Por fim, o Conselho de Estado
francês manteve o ato do Poder Público (do prefeito), AFIRMANDO A
INDISPONIBILIDADE DA DIGNIDADE HUMANA PELO SEU PRÓPRIO
TITULAR E A PREPONDERÂNCIA DESTE PRINCÍPIO SOBRE OS DEMAIS.
CONFLITO DE PRINCÍPIOS
A Dignidade Humana no Epicentro 
do Ordenamento Jurídico
INGO WOLGANG SARLET conceitua a dignidade da pessoa
humana como:
“qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano que o faz
merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do
Estado e da comunidade, implicando, neste sentido, um
complexo de direitos e deveresfundamentais que assegurem a
pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante e
desumano, como venham a lhe garantir as condições existentes
mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e promover
sua participação ativa e co-responsável nos destinos da própria
existência e da vida em comunhão com os demais seres
humanos”.
Debruçando-nos sobre o Direito e o
Direito do Trabalho, verificaremos que o
primeiro possui seus princípios gerais e o
segundo, que é um dos seus ramos,
possui princípios específicos (ou
PECULIARES).
A harmonização do sistema ocorre
porque os princípios especiais ou estão
de acordo com os princípios gerais ou
funcionam como exceção.
Nessa ordem, as regras, princípios
especiais e princípios gerais seguem a
mesma linha de raciocínio, com
coerência lógica entre si.
PRINCÍPIOS 
PECULIARES 
DO DIREITO 
DO 
TRABALHO
PRINCÍPIOS PECULIARES DO 
DIREITO DO TRABALHO
1) Proteção 
2) Irrenunciabilidade
3) Primazia da realidade 
4) Continuidade 
Diversos Princípios são apontados como peculiares do 
Direito do Trabalho.
Contudo, entendemos que, em sendo os princípios regras 
fundantes, que não comportariam exceções, a divisão pode-
se limitar a:
Princípio da 
Proteção
PARA SE CORRIGIR DESIGUALDADES,
CRIAM-SE MAIS DESIGUALDADES!!!
A ideia central é de proteger o empregado 
concedendo-lhe direitos mínimos 
regulamentados pelo Estado. Portanto a melhor 
maneira de igualar os desiguais é, na verdade, 
criando desigualdades 
PRINCÍPIO DA 
PROTEÇÃO
P
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C
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A
 
P
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O
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O
In dubio pro operario (ônus da prova 
artigo 333 do CPC e artigo 818 da CLT)
Aplicação da Norma Mais Favorável 
(artigo 620 da CLT)
Aplicação da Condição mais Benéfica 
(Súmula 51 do TST e artigo 5º inciso 
XXXVI da CRFB/88)
APLICAÇÃO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL 
(artigo 620 da CLT)
Art. 620. As condições estabelecidas
em Convenção quando mais
favoráveis, prevalecerão sobre as
estipuladas em Acordo.
Esse princípio dispõe que a norma, mesmo que inferior na
hierarquia de vigência, contanto que mais favorável ao
empregado, poderá sobrepor-se às que lhe estão acima,
aplicando o que for mais benéfico ao obreiro no caso
concreto, porém sem perder sua validade técnico-jurídica.
Assim, no caso de conflito entre duas ou mais normas
jurídicas de Direito do Trabalho vigentes e aplicáveis à
mesma situação jurídica, deve-se preferir aquela mais
vantajosa ao trabalhador.
Em vez de aplicar a norma colocada em posição mais elevada na
tradicional estrutura piramidal do ordenamento jurídico (e conhecida a
partir de Hans Kelsen), adota-se, como regra, a de que no ápice da
pirâmide encontra-se a norma mais favorável ao trabalhador.
A hierarquia das leis para o direito do trabalho, portanto, não obedece ao
critério rígido estabelecido no art. 59 da Constituição da República. Não
se quer dizer com isso que não há hierarquia de leis no direito do
trabalho, mas sim, que havendo pluralidade de normas aplicáveis à
mesma situação jurídica, será ela regida pela que for mais favorável
ao trabalhador, independentemente de sua colocação na escala
hierárquica.
A razão desse enunciado encontra fundamento no fato de ser o direito do
trabalho pluricêntrico e multinormativo, como lembra Amauri Mascaro
Nascimento. Vale dizer: possui vários órgãos emissores de norma e, por
consequência, várias normas disciplinando a mesma matéria –
Convenções Coletivas, Acordos Coletivos, Portarias TEM, etc.
O ACIONAMENTO DO PRINCÍPIO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL EXIGE A 
PRESENÇA CONCOMITANTE DE CERTOS REQUISITOS. SÃO ELES:
pluralidade de normas jurídicas. Deve haver mais de uma norma jurídica,
pluralidade, o que permitirá o comparativo do qual se extrairá a norma mais
favorável.
vigência simultânea das normas jurídicas. Não há comparativo entre norma
vigente e revogada.
diferente hierarquia. Se as normas jurídicas forem de mesma hierarquia e
contiverem disposições contrárias ou mais abrangentes, é certo que a norma
posterior terá ab-rogado a anterior (LINDB, art. 2º). Importante ressaltar,
também, que a norma de hierarquia superior também ab-roga a norma de
hierarquia inferior.
validade das normas em confronto. As normas jurídicas em confronto não
devem padecer de vícios de inconstitucionalidade ou ilegalidade.
As normas em confronto devem possuir conteúdo programado para reger a
mesma situação jurídica.
inexistência de norma que declara a possibilidade do afastamento de
vantagens. Não deve haver norma estatal de interesse público (ou supra-
estatal), proibindo concessão de vantagem ao trabalhador, superiores às já
existentes.
Art. 19, § 8º, Constituição da OIT 
(Princípio favor laboriis)
“Em caso algum, a adoção, pela Conferência,
de uma convenção ou recomendação, ou a
ratificação, por um Estado-Membro, de uma
convenção, deverão ser consideradas como
afetando qualquer lei, sentença, costumes ou
acordos que assegurem aos trabalhadores
interessados condições mais favoráveis
que as previstas pela convenção ou
recomendação.”
VISÃO MUNDIAL
E, quando vigendo duas normas 
sobre a mesma matéria, 
existindo em cada uma delas 
pontos mais e menos favoráveis 
Qual aplicar ao caso concreto?
132 
TEORIA DA INCINDIBILIDADE OU 
CONGLOBAMENTO
Defende que as normas devem ser 
consideradas em seu conjunto, sendo certo que 
não deve haver a cisão do instrumento que as 
contém. Deve haver a consideração global ou do 
conjunto das normas aplicáveis.
TEORIA DA ACUMULAÇÃO OU ATOMISTA
Defende a possibilidade de extração de cada 
norma as disposições mais favoráveis ao 
trabalhador, somando-se as vantagens 
extraídas de diferentes normas. A designação 
atomista advém do fato de que não toma o todo 
como um conjunto, mas a cada uma de suas 
partes como coisas distintas e separáveis.
Decreto 3.197 de 05/10/1999 Decreto-Lei 5.452 de 01/05/1943
Arts.
+ 
-
+ 
Arts.
+ 
-
+ 
Arts.
+ 
+
+ 
TEORIA DA ACUMULAÇÃO OU ATOMISTA 
TEORIA DO CONGLOBAMENTO OU DA 
INCINDIBILIDADE
Analisar no TODO 
CADA NORMA, SEM 
FRACIONÁ-LA, qual a 
mais favorável para os 
empregados.
NÃO SE APLICA DE MANEIRA ABSOLUTA 
AO PROCESSO DO TRABALHO
In dubio pro operario
(ônus da prova artigo 333 do CPC e artigo 818 da CLT)
HAVENDO DÚVIDA, À PRIMEIRA VISTA, NÃO SE 
PODERIA DECIDIR EM FAVOR DO TRABALHADOR 
E SIM VERIFICAR-SE O ÔNUS DA PROVA.
(ARTIGO 333 CPC E 818 DA CLT);
Artigo 818 - A prova das
alegações incumbe à parte
que as fizer.
Art. 333. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu
direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do autor.
Art. 373. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo
de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato
impeditivo, modificativo ou extintivo do
direito do autor.
PROVA DIVIDIDA. PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO OPERARIO. INAPLICÁVEL
EM MATÉRIA DE DIREITO PROCESSUAL. SOLUÇÃO DO LITÍGIO DE
ACORDO COM O ÔNUS DA PROVA. Estando a prova dividida, a solução do
conflito se dá pelo ônus da prova, uma vez que o princípio in dubio pro operario
não se aplica em matéria processual, uma vez que ao operador do direito
apenas cabe, em situações de confronto entre interpretações consistentes de
determinada norma, optar por aquela mais favorável ao empregado. (TRT-5 -
RO: 186006820075050193 BA 0018600-68.2007.5.05.0193, Relator: DALILA
ANDRADE, 2ª. TURMA, Data de Publicação: DJ 16/10/2007)
PROVA. VALORAÇÃO. IMEDIAÇÃO. IN DUBIO PRO OPERARIO.Cabe ao julgador avaliar as provas sob todos os aspectos, para
que estas possam refletir, tanto quanto possível, a verdade dos
fatos em face do princípio da primazia da realidade. Nesse
contexto, a valoração da prova testemunhal realizada pelo
magistrado de primeiro grau deve ser levada em conta, já que
possui melhores condições de avaliar os depoimentos colhidos.
Trata-se da aplicação do princípio da imediação pessoal, que
deve ser observado, combinado com o princípio do livre
convencimento motivado do julgador (art. 131 do CPC). Em
havendo prova sobre o fato controvertido, não cabe aplicação do
princípio do in dubio pro operario. (TRT-3 - RO:
00638201401903002 0000638-79.2014.5.03.0019, Relator: Cesar
Machado, Terceira Turma, Data de Publicação: 31/08/2015)
APLICAÇÃO DA CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA
(Súmula 51 do TST e artigo 5º inciso XXXVI da CRFB/88)
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, ............., nos
termos seguintes:
......................
XXXVI - A LEI NÃO PREJUDICARÁ O DIREITO
ADQUIRIDO, O ATO JURÍDICO PERFEITO E A
COISA JULGADA;”
Súmula nº 51 do TST
NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO
REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT
I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens
deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a
revogação ou alteração do regulamento. (ex-Súmula nº 51 - RA 41/1973,
DJ 14.06.1973)
II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do
empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do
sistema do outro. (ex-OJ nº 163 da SBDI-1 - inserida em 26.03.1999)
Este princípio determina que se houver alguma
alteração no contrato que o torne menos
favorável ao empregado, tal alteração não irá
produzir efeitos, tendo em vista que o
empregado tem direito adquirido à norma mais
favorável. No entanto, se a alteração for
favorável ao empregado, produzirá os efeitos
pretendidos.
“O princípio em destaque importa na garantia de preservação, ao
longo do contrato de trabalho, da cláusula contratual mais
benéfica ao trabalhador, revestida de caráter de direito adquirido
(CF/88, art. 5º, XXXVI). Incorporado pela legislação (art. 468 da CLT)
e jurisprudência trabalhistas (Enunciados 51 e 288 do TST), o
princípio informa que cláusulas contratuais benéficas somente
poderão ser suprimidas caso suplantadas por cláusula posterior
ainda mais favorável, mantendo-se intocadas (direito adquirido) em
face de qualquer subsequente alteração contratual ou
regulamentar menos favorável. Na verdade, o princípio da cláusula
mais benéfica traduz-se em uma simples manifestação do princípio
da inalterabilidade contratual, assimilado, com adequações, pelo
Direito do Trabalho ao Direito Comum.
Assim, ao adotar durante anos instrumentos normativos que
beneficiam a categoria dos professores, o SESI, ainda que por
espontânea vontade, criou em favor de seus empregados
condições mais vantajosas, que aderiram a seus contratos, não
podendo ser suprimidas de forma unilateral e arbitrária.”
(TRT-RO-20964/99 - 3ª T, Rel. Mauricio Godinho Delgado, DJMG:
03.10.00)
Súmula nº 277 do TST
CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO OU ACORDO
COLETIVO DE TRABALHO. EFICÁCIA. ULTRATIVIDADE.
As cláusulas normativas dos acordos coletivos ou
convenções coletivas integram os contratos individuais de
trabalho e somente poderão ser modificados ou suprimidas
mediante negociação coletiva de trabalho.
ULTRATIVIDADE
Ultratividade de cláusulas de convenções e acordos
coletivos. Súmula 277 do TST. A diretriz traçada pela nova
redação da Súmula 277 do TST não tem aplicação
retroativa para alcançar os instrumentos coletivos que
tiveram seu prazo de vigência expirado anteriormente à
sua publicação, em 25/09/2012. Embargos Declaratórios
Procrastinatórios. A rejeição dos Embargos de Declaração,
que buscavam a reforma da sentença, configura o objetivo
protelatório deste, postergando a solução do litígio.
(TRT-1 - RO: 00006493420125010343 RJ , Relator:
Fernando Antonio Zorzenon da Silva, Data de Julgamento:
25/03/2015, Segunda Turma, Data de Publicação:
31/03/2015)
SÚMULA 277 DO TST. ULTRATIVIDADE DAS NORMAS COLETIVAS.
De acordo com a nova redação dada a Súmula 277 do TST, as
cláusulas normativas dos acordos coletivos ou convenções
coletivas integram os contratos individuais de trabalho e
somente poderão ser modificadas ou suprimidas mediante
negociação coletiva de trabalho. (TRT-5 - RecOrd:
00012647620125050031 BA 0001264-76.2012.5.05.0031, Relator:
PAULINO COUTO, 5ª. TURMA, Data de Publicação: DJ 18/11/2014.)
PRINCÍPIO DA
PRIMAZIA DA REALIDADE
SÃO PRIVILEGIADOS OS FATOS, A REALIDADE, 
SOBRE A FORMA OU A ESTRUTURA EMPREGADA.
No direito do trabalho os fatos são mais importantes
que os documentos, a verdade dos fatos impera sobre
qualquer contrato formal, ou seja, caso haja conflito
entre o que está escrito e o que ocorre de fato,
prevalece o que ocorre de fato.
Contrato de 
Trabalho Sem a 
CTPS assinada
TRIBUNAL: 3ª Região DECISÃO: 16 02 1998 TIPO: RO NUM: 12218
ANO: 1997 NÚMERO ÚNICO PROC: RO - TURMA: Primeira Turma
DJMG DATA: 20-03-1998 PG: 06. RELATOR Juiz Ricardo Antônio
Mohallem. EMENTA: Relação de emprego. Condição de sócio.
Contrato realidade. Demonstrando a prova oral que o reclamante,
ainda que formalmente investido como sócio, prestou serviços sob
as condições do art. 3o. da CLT, impõe-se o reconhecimento da
relação de emprego. Eficácia do princípio da primazia da realidade
sobre aspectos meramente formais.
HORAS EXTRAS – PROVA – Considerando-se que é do Reclamante
o ônus da prova do labor em sobrejornada, alegado na inicial –
CLT, artigo 818, quando o empregador oferta controles de horário,
que não retratam a efetiva e real jornada de trabalho do
empregado, deve-se valorizar a prova oral do trabalhador, em
detrimento da prova testemunhal da empresa, que se limita a
confirmar os controles invalidados. (TRT 15ª R. – RO 014980/2000 –
Rel. Juiz Luiz Antônio Lazarim – DOESP 28.01.2002, grifo nosso)
PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE. APLICAÇÃO DA CONDIÇÃO MAIS
BENÉFICA. RECONHECIMENTO DO TRABALHO COMO DOMÉSTICO. O
princípio da primazia da realidade nos informa que, quando houver
divergência entre o que ocorre na prática e o que consta de documentos
formais, deve prevalecer os fatos, perdendo valor o pactuado quando suas
cláusulas não corresponderem a realidade. Ensina Américo Plá Rodrigues que
"nem sempre este princípio é favorável ao trabalhador, porque pode ocorrer que
os fatos não se ajustam ao pactuado e o trabalhador pretenda que se cumpra o
pactuado. (...) De modo que, se, excepcionalmente, o documento indica um nível
de proteção superior ao que corresponde à prática, o trabalhador tem o direito
de exigir o cumprimento do contrato". No caso dos autos, o reclamante se
ativava no âmbito residencial como motorista, não obstante as partes terem
pactuado a existência de um típico contrato de trabalho urbano, com anotação
do contrato perante empresa do titular do reclamado, procedendo ao
recolhimento e cumprimento de todos os encargos sociais como se empregado
urbano fosse. Assim, considerando que o convencionado pelas partes cuidou de
estabelecer um patamar de proteção mínima ao trabalhador, conferindo direitos
aos quais o reclamante, na qualidade de mero empregado doméstico, não há
como se negar validade jurídica ao pactuado. Trata-se, aqui, de analisar a
questão sob a ótica do princípio da condição mais benéfica, segundo o qual as
cláusulas benéficas inseridas em determinado contrato de trabalho somente
poderão ser suprimidas por cláusula posterior mais vantajosa.(TRT/SP -
00234005920085020203 - RO - Ac. 4ªT20110670978 - Rel. IVANI CONTINI
BRAMANTE - DOE 03/06/2011)
O PRINCÍPIO DA PRIMAZIA consagra os atos lícitos, 
validos, Alice Monteiro de Barros ensina, “despreza-se a 
ficção jurídica”, mas observa que “o princípio não se 
aplica na hipótese de trabalhador admitido em 
emprego público, sem concurso, na forma exigida do 
art. 37, II CF/88 [...] o contrato será nulo e os seus 
efeitos restringem-se à retribuição pactuada e ao FGTS”, 
Súmula 363 do TST. 
Súmula nº 363 do TST
CONTRATO NULO. EFEITOS - A contratação de servidor
público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em
concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37,
II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento
da contraprestação pactuada, em relação ao número de
horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário
mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do
FGTS.
 Caráter de ordem pública - suas normas são
indispensáveis à organização da vida social.
 Limitação à autonomia da vontade.
PRINCÍPIO DA 
IRRENUNCIABILIDADE DE DIREITOS 
OS DIREITOS TRABALHISTAS 
SÃO IRRENUNCIÁVEIS, 
INDISPONÍVEIS. 
Art. 444 - As relações contratuais de trabalho
podem ser objeto de livre estipulação das partes
interessadas em tudo quanto não contravenha às
disposições de proteção ao trabalho, aos
contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às
decisões das autoridades competentes.
RENÚNCIA TRANSAÇÃO
ATO UNILATERAL
que versa sobre direito 
certo e conhecido;
- na seara contratual é
sempre nula;
- na judicial é admitida
se o Contrato de
Trabalho estiver extinto;
MÚTUO 
CONSENTIMENTO
sobre a “res dúbia”, isto 
é, há incerteza subjetiva 
quanto ao devido.
Admissível sobre 
direitos patrimoniais e 
de caráter privado. 
Em seu voto, o Relator Benedito Valentini destacou que " ...às
partes é licito acordarem a qualquer tempo, fazendo
concessões mútuas, transacionar títulos e valores,
informando a natureza dos mesmos (...) Ademais, a transação
realizada antes da prolação de sentença de mérito
caracteriza-se pela res dubia, isto é, há incerteza subjetiva
quanto ao devido, nada impedindo que o reclamante ceda em
relação às parcelas salariais e a reclamada reconheça
devidas as de cunho indenizatório."
RECURSO DE REVISTA. 1. PRELIMINAR DE NULIDADE POR NEGATIVA DE
PRESTAÇÃO JURISDICIONAL E CERCEAMENTO DE DEFESA. Considerando a
possibilidade de decidir o mérito em favor da Reclamada (art. 249, § 2.º do CPC),
desnecessário o exame das preliminares de nulidade suscitadas . 2. PROGRAMA
DE INCENTIVO À DEMISSÃO VOLUNTÁRIA (PDV). TRANSAÇÃO EXTRAJUDICIAL.
EFEITOS. Hipótese em que o Tribunal Regional manteve a sentença que conferiu
validade à quitação do contrato de trabalho ante a adesão da Reclamante ao
Programa de Dispensa Incentivada - PDI. Ocorre, todavia, que a jurisprudência
pacífica desta Corte Superior evoluiu no sentido de que a adesão ao programa de
demissão voluntária não confere quitação plena aos direitos relativos ao extinto
contrato de trabalho. Assim, deve ser afastada a premissa de validade da transação
extrajudicial com efeito de quitação integral das parcelas enumeradas no termo
rescisório (Orientação Jurisprudencial 270 da SBDI-1 do TST) . Precedentes do
TST. Recurso de revista conhecido e provido. (TST , Relator: Douglas Alencar
Rodrigues, Data de Julgamento: 22/10/2014, 7ª Turma)
PRINCÍPIO DA 
CONTINUIDADE DA 
RELAÇÃO DE EMPREGO
O CONTRATO DE 
TRABALHO SE PRESUME 
POR PRAZO 
INDETERMINADO
Súmula nº 212 do TST
DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA (mantida) - Res.
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando
negados a prestação de serviço e o despedimento, é do
empregador, pois o princípio da continuidade da relação de
emprego constitui presunção favorável ao empregado.
SE O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE 
EMPREGO CONSTITUI PRESUNÇÃO FAVORÁVEL AO 
EMPREGADO, POR CERTO TEM INFLUÊNCIA DIRETA 
NAS FORMAS DO CONTRATO DE TRABALHO
ESCRITA
PRAZO DETERMINADO 
PRAZO 
INDETERMINADO
VERBAL
PRAZO 
INDETERMINADO
TÁCITA
PRAZO 
INDETERMINADO
Art. 443 - O contrato individual de trabalho
poderá ser acordado tácita ou
expressamente, verbalmente ou por escrito
e por prazo determinado ou indeterminado.
RESISTÊNCIA EM ADMITIR A RESCISÃO 
CONTRATUAL – NECESSÁRIO A SUBSISTÊNCIA DO 
EMPREGADO E DE SUA FAMÍLIA

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