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Trabalho de pesquisa

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
ESCOLA DE MINAS
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
Depósitos do tipo VMS
Carolina Ribeiro, Marcela Barcelos, Paula de Melo
Professor: Marcos T. F. Suita
Ouro Preto, Novembro de 2018			
Fase I – Prospecção Geológica Regional
Análise de dados disponíveis (levantamento bibliográfico): mapas topográficos-geológicos (1:250.000 ou 1:100.000), geográficos, imagens de radar e de satélite, a fim de identificar texturas de cada litologia, estruturas, padrões de drenagem, diferenças geomorfológicas, etc. O objetivo é pré-selecionar as melhore áreas de acordo com critérios. 
Mapeamento geológico-estrutural em escala 1:50.000 ou 1:100.000 com amostragem de afloramentos, se possível. Procura-se identificar os principais controles e guias como, por exemplo: controle estratigráfico/geocronológico (rochas pré-cambrianas), controle geomorfológico (relevo e topografias planas), controle magmatogênico (magma basalto-andesítico a dacítico ou dacítico-riolítico), controle litológico (sequências vulcanossedimentares), controles climáticos (regiões de clima tropical) e presença de afloramentos ou fragmentos de rochas vulcanossedimentares com cobre (Cu), chumbo (Pb) e zinco (Zn) como guias – Gossans.
Geoquímica realizada em sedimentos de corrente a fim de analisar as concentrações de Cu, Pb e Zn e verificar se apresentam anomalias. Par tal, utiliza-se o método de absorção atômica (AA) e fluorescência de raio-X (XRF). Os materiais pesados (MPs) serão coletados juntamente com os sedimentos de corrente procurando-se identificar a presença de Sn.
Geofísica Regional: 
	Tem se como características físicas dos depósitos de sulfetos maciços: massa mineralizada projetada na superfície do terreno com área igual ou maior que 90m2, a quantidade de sulfetos é maior que 50% do volume mineralizado, possui densidade maior ou igual a 3,8g/cm3, alta condutividade elétrica e alta susceptibilidade magnética.
	Portanto, são indicados aeroeletromagnetometria (anomalia positiva), aeroradiometria (anomalia positiva quando associados a greenstones belts), aeromagnetometria (anomalia positiva).
Fase II – Exploração detalhada a nível local
Análise de mapas topográficos-geológicos (1:50.000 ou 1:100.000), geográficos, imagens de radar e de satélite, a fim de identificar texturas de cada litologia, estruturas, padrões de drenagem, diferenças geomorfológicas, etc. 
Georreferenciamento com utilização de piquetes
Mapeamento geológico em escala de 1:10.000 ou 1:5.000 com amostragem de afloramentos, se possível; abertura de poços-teste e/ou trincheiras.
Geoquímica: em amostras de solo (devido a topografia plana) e litogeoquímica por fluorescência de raio-X e ICP-ES. Análise de materiais pesados (Au e cassiterita [Sn]) por solo bateia com coleta de amostras em drenagens ativas e desativadas e em depósitos eluvio-coluvionares.
Geofísica Local – métodos terrestres
Métodos elétricos (Eletrorresistividade, potencial espontâneo e polarização induzida) e eletromagnéticos: os depósitos produzem boa resposta a esses métodos devido à elevada condutividade elétrica dos sulfetos. Os eletromagnéticos são mais práticos e não envolve contatos galvânicos com o solo. Comum medidas eletromagnéticas aéreas e posterior detalhamento em medidas terrestre. Os métodos utilizados são: IP (sempre associado a eletrorresistividade e potencial espontâneo), SP (observação de zonas oxidadas). 
Método gravimétrico
	A boa resposta desse método se deve ao contraste dos depósitos em relação a rocha encaixante, dada a alta densidade dos sulfetos. Por ser um método caro, mede-se em uma ou duas linhas para checar anomalias e tentar controlar o problema da ambiguidade em relação ao problema da grafita que também é um bom condutor de eletricidade, porém tem baixa densidade. Por outro lado, com a aplicação do método gravimétrico com toda a área do depósito é possível obter uma estimativa da massa mineralizada.
Método magnético
	A presença frequente do sulfeto pirrotita e a associação com o óxido de magnetita proporcionam características a esses depósitos, que a sua localização por medidas magnéticas. Também permite o contorno da ambiguidade do bom condutor a grafita, a qual não possui expressão magnética. Como os levantamentos magnéticos são menos dispendiosos e mais rápido que os gravimétricos, esse método é preferido a resolver a ambiguidade da grafita.
	Em geral o método magnético é aplicado simultaneamente com os eletromagnéticos nos levantamentos aéreos. Desse modo a coincidência de anomalias magnéticas e eletromagnéticas comumente é considerada um forte indicativo da existência de mineralização de sulfetos maciços. No levantamento terrestre, o método magnético é aplicado em toda a área do levantamento dos métodos elétricos e eletromagnéticos.
Fase III – Avaliação qualiquantitativa
Georreferenciamento GPS e levantamento topográfico detalhado.
Mapeamento geológico-estrutural em escala 1:200 ou 1:2.000 com amostragem sistemática.
Sondagens em malhas fechadas cujos tipos são:
Rotativa diamantada (rocha duras – ultrapassar o manto intempérico);
Sondagem percussiva (rocha maciça);
Trabalhos mineiros pré-lavra: uso na prospecção de corpos de minério com distribuição errática no conteúdo metálico. Permitem controlar as variações de forma, teor e espessura do corpo. Nessa etapa são feitos: shafts (poços de acesso em sub-superfície), trincheiras e poços em malha retangular (10 x 10 a 20 x 20).
Cálculo de recursos e reservas: medidas indicadas e inferidas.

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