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AULA 11: HIPOGLICEMIANTES FARMACOLOGIA PARA ENFERMAGEM Farmacologia para Enfermagem AULA 11: HIPOGLICEMIANTES Hipoglicemiantes Conteúdo Desta Aula Nesta aula vamos estudar: • Hormônios reguladores da glicemia; • Fisiopatologia da diabetes; • Mecanismos dos hipoglicemiantes; • Ações da insulina; • Tratamento da diabetes. Farmacologia para Enfermagem AULA 11: HIPOGLICEMIANTES Hipoglicemiantes Glicemia Mede-se a glicemia através da confirmação dos sinais e sintomas clássicos da glicemia em jejum (exame de sangue em que são verificadas as taxas de glicose no sangue) e do teste padronizado de tolerância à glicose (TTG). Esses critérios diagnosticados estão baseados nas recomendações da comunidade médico-científica atual: Normal: Abaixo de 110 mg/dL. Intolerância à glicose: jejum de 111 a 125 mg/dL; 2 horas após 75g de glicose: de 141 a 199 mg/dL. Diabetes mellitus: jejum maior que 126 mg/dL; 2 horas após 75g de glicose: maior que 200 mg/dL. Farmacologia para Enfermagem AULA 11: HIPOGLICEMIANTES Hipoglicemiantes Pâncreas produz insulina e glucagon Ilhotas de Langerhans • Insulina (células beta) • Glucagon (células alfa). Farmacologia para Enfermagem AULA 11: HIPOGLICEMIANTES Hipoglicemiantes Avaliação de glicose no sangue A variação de açúcar no sangue (vermelho) e do hormônio insulina (azul) que diminui a taxa de açúcar no sangue nos seres humanos durante o curso de um dia com três refeições. Farmacologia para Enfermagem AULA 11: HIPOGLICEMIANTES Hipoglicemiantes Regulação do metabolismo do glicogênio Farmacologia para Enfermagem AULA 11: HIPOGLICEMIANTES Hipoglicemiantes Farmacologia para Enfermagem AULA 11: HIPOGLICEMIANTES Hipoglicemiantes Fatores que regulam a insulina • A insulina é o fator mais importante. Os fármacos utilizados para estimular a secreção de insulina são mostrados nos quadros de bordas vermelhas. • O glucagon potencializa a liberação de insulina, mas se opõe a alguns de seus efeitos periféricos e aumenta os níveis glicêmicos. Farmacologia para Enfermagem AULA 11: HIPOGLICEMIANTES Hipoglicemiantes Liberação da insulina • Liberação bifásica de insulina em resposta a uma infusão constante de glicose. • A primeira fase está ausente no diabetes mellitus tipo 2 (não insulino dependente), e ambas estão ausentes no diabetes mellitus tipo 1 (insulono dependente). • A primeira fase também é produzida por aminoácidos, sulfonilureias, glucagon e hormônios gastrointestinais. Farmacologia para Enfermagem AULA 11: HIPOGLICEMIANTES Hipoglicemiantes Efeito de hormônios sobre a glicemia Farmacologia para Enfermagem AULA 11: HIPOGLICEMIANTES Hipoglicemiantes Efeito da insulina sobre nutrientes Farmacologia para Enfermagem AULA 11: HIPOGLICEMIANTES Hipoglicemiantes Vias de sinalização da insulina Farmacologia para Enfermagem AULA 11: HIPOGLICEMIANTES Hipoglicemiantes Glucagon O glucagon ajuda a manter os níveis de glicose no sangue ao se ligar aos receptores do glucagon nos hepatócitos (células do fígado), fazendo com que o fígado libere glicose armazenada na forma de glicogênio, através de um processo chamado glicogenólise. Assim que estas reservas acabam, o glucagon faz com que o fígado sintetize glicose adicional através da gliconeogênese. Esta glicose é então lançada na corrente sanguínea. Esses dois mecanismos levam à liberação de glicose pelo fígado, prevenindo o desenvolvimento de uma hipoglicemia. Farmacologia para Enfermagem AULA 11: HIPOGLICEMIANTES Hipoglicemiantes Forma injetável de glucagon Uma forma injetável de glucagon é um pronto-socorro essencial em diversos casos de hipoglicemia severa, geralmente em uma dose de 1 mg. O glucagon é administrado através de uma injeção intramuscular e rapidamente aumenta os níveis de glicose no sangue (glicemia). No tratamento da hipoglicemia em pacientes inconscientes (os quais não conseguem ingerir líquidos), diferentemente da glicose intravenosa, ele pode ser administrado por indivíduos que não são médicos. No tratamento da insuficiência cardíaca aguda desencadeada por antagonistas dos receptores beta-adrenérgicos Farmacologia para Enfermagem AULA 11: HIPOGLICEMIANTES Hipoglicemiantes Diabetes mellitus É uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal da glicose no sangue. O pâncreas produz insulina que regula os níveis de glicose para as células. As células possuem receptores de insulina (tirosina quinase) que, quando acionados "abrem" a membrana celular para a entrada da glicose presente na circulação sanguínea. Dependendo da causa, o diabetes pode ser classificado como: I. Diabetes mellitus tipo 1 - Destruição das células beta do pâncreas, levando à deficiência completa de insulina, já que sua produção ocorre nesse órgão, causa autoimune ou idiopático. II. Diabetes mellitus tipo 2 - Graus variados de diminuição de secreção e resistência à insulina. III. Outros tipos específicos: • Defeitos genéticos da função da célula β; • Defeitos genéticos da ação da insulina; • Doenças do pâncreas exócrino; • Endocrinopatias; • Indução por drogas ou produtos químicos; • Infecções; • Formas incomuns de diabetes imunomediado. IV. Diabetes gestacional. Farmacologia para Enfermagem AULA 11: HIPOGLICEMIANTES Hipoglicemiantes Fármacos hipoglicemiantes orais – sulfonilureias Farmacologia para Enfermagem AULA 11: HIPOGLICEMIANTES Hipoglicemiantes Uso clínico dos hipoglicemiantes orais Diabetes mellitus tipo 2, com a finalidade de reduzir os sintomas da hiperglicemia como sede e micção excessiva. O controle rígido da glicemia possui apenas um pequeno efeito sobre as complicações vasculares nesse quadro: • A metformina é de escolha para pacientes obesos, a não ser que estejam presentes fatores que contra indiquem seu uso por predisporem ao desenvolvimento de acidose tática insuficiência renal ou hepática, insuficiência cardíaca, hipoxemia; • A acarbose (inibidor da alfa-glicosidase)reduz a absorção de carboidratos, provoca flatulência e diarreia; • Os fármacos que atuam sobre o receptor de sulfonilureias como tolbutamida e glibenclamida são bem tolerados, porém frequentemente promovem ganho ponderal; • As glitazonas como pioglitazona melhoram o controle glicêmico, reduzem os níveis de hemoglobina A1c, porém promovem ganho ponderal, causam retenção hídrica e aumentam o risco de fraturas; • As gliptinas como sitagliptina melhoram o controle glicêmico, são bem toleradas e não interferem no peso, todavia não há experiência em longo prazo com o uso desses fármacos. CONTEÚDO DA PRÓXIMA AULA: Tratamentos de úlcera péptica; Uso de antiácidos; Mecanismos dos antieméticos; Fármacos reguladores da motilidade gástrica.
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