Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FARMACOLOGIA PARA ENFERMAGEM Aula 07 Parte I: Colinérgicos e Anticolinérgicos Parte II: Bloqueadores Neuromusculares Ação de fármacos sobre a Transmissão Colinérgica • Região nicotínica pré e pós-sináptica (neuromuscular ou ganglionar); • Região muscarínica pré e pós-sináptica (coração, músculo liso, glândulas sexuais). Fármacos que afetam o Sistema Nervoso Autônomo Transmissão Colinérgica • Ocorrem dois tipos de atividade designadas como: • As ações muscarínicas assemelham-se muito aos efeitos da estimulação parassimpática; • Ações da nicotina incluem a estimulação de todos os gânglios autônomos, a estimulação da musculatura voluntária, a secreção de epinefrina pela medula das suprarrenais. Obs.: Após bloqueio dos efeitos muscarínicos pela atropina, doses maiores de Ach produzem os efeitos da nicotina. Fármacos que afetam o Sistema Nervoso Autônomo FÁRMACOS COLINÉRGICOS(Parassimpaticomiméticos): • Produzem efeitos semelhantes àqueles da acetilcolina; • Ação direta: agonista direto. Efeitos muscarínicos seletivos; • Ação indireta: inibição da acetilcolinesterase, aumentando a concentração de acetilcolina nas sinapses parassimpáticas. Fármacos que afetam o Sistema Nervoso Autônomo Fármacos Colinérgicos (Parassimpaticomiméticos) Alguns dos efeitos colinérgicos incluem: • Diminuição da frequência cardíaca • Aumento da motilidade e secreção GI • Aumento das contrações da bexiga, com relaxamento esfincteriano • Aumento da secreção e contratilidade do músculo liso brônquico • Sudorese • Miose • Redução da pressão intra-ocular • Contração do músculo esquelético • Em algumas situações, diminuição da pressão arterial. Fármacos que afetam o Sistema Nervoso Autônomo FÁRMACOS ANTICOLINÉRGICOS (Bloqueadores colinérgicos ou parassimpaticolíticos) • Bloqueiam a ação da acetilcolina no sistema nervoso parassimpático; • Atuam por meio da ocupação dos receptores nas terminações nervosas parassimpáticas, impedindo a ação da Acetilcolina; • A resposta parassimpática é reduzida de acordo com a quantidade de substância anticolinérgica. Fármacos que afetam o Sistema Nervoso Autônomo FÁRMACOS ANTICOLINÉRGICOS (Bloqueadores colinérgicos ou parassimpaticolíticos) A inibição da atividade colinérgica inclui: • Midríase, com aumento da pressão intraocular em pacientes com glaucoma; • Secreção viscosa e seca na boca, nariz, garganta e brônquios; • Diminuição das secreções e motilidade do TGI; • Aumento da Frequência cardíaca; • Redução da sudorese. Fármacos que afetam o Sistema Nervoso Autônomo Subtipos de receptores nicotínicos Fármacos que afetam o Sistema Nervoso Autônomo Subtipos de receptores muscarínicos Fármacos que afetam o Sistema Nervoso Autônomo Agonistas muscarínicos Fármacos que afetam o Sistema Nervoso Autônomo Agonistas muscarínicos Pilocarpina utilizada no glaucoma. A figura mostra a câmara anterior do olho e a via de drenagem do humor aquoso . Fármacos que afetam o Sistema Nervoso Autônomo Fármacos que reduzem a pressão intraocular Fármacos que afetam o Sistema Nervoso Autônomo Antagonistas muscarínicos Fármacos que afetam o Sistema Nervoso Autônomo Fármacos que afetam o Sistema Nervoso Autônomo Agonistas e antagonistas dos receptores nicotínicos Fármacos que afetam o Sistema Nervoso Autônomo Fármacos Anticolinesterásicos Fármacos que afetam o Sistema Nervoso Autônomo FARMACOLOGIA PARA ENFERMAGEM Bloqueadores Neuromusculares HISTÓRICO Índios – veneno extremidade da flecha Paralisia e morte da caça. HISTÓRICO 1856- Claude Bernard:curare paralisia ao bloquear transmissão neuromuscular; 1932- West: pacientes tétano e distúrbios espásticos; 1942 –Anestesia Junção Neuromuscular JUNÇÃO NEUROMUSCULAR Junção neuromuscular esquelética; Pós-sináptico; Excitabilidade da membrana; Aumento da permeabilidade a Cátions (Na+ e K+). Junção Neuromuscular BLOQUEIO NEUROMUSCULAR Bloqueio neuromuscular pré - sináptico -síntese ou liberação. Pós – sináptico CLASSIFICAÇÃO Não despolarizantes (competitivos): molécula relativamente volumosa e rígida; Despolarizantes (agonistas): estrutura mais flexível. BNM NÃO DESPOLARIZANTE Mecanismo de ação: Bloqueiam receptores (antag.competitivo) Ach na placa motora terminal (70-80%). Canais iônicos. AGENTES BLOQUEADORES NÃO DESPOLARIZANTES Compostos aminoesteres Pancurônio (Pancuron) Racurônio (Esmeron) Vecurônio (Norcuron) Compostos benzilisoquinolinas Atracúrio (Tracrium) Cisatracúrio (Nimbex) Mivacúrio (Mivacron) CLASSIFICAÇÃO DOS BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES AGENTE PROPRIEDADES TEMPO PARA O INÍCIO DA AÇ ÃO (MIN) DURAÇÃO CLÍNICA (MIN) SUCCINILCOLINA DURAÇÃO CURTA 1 a 1,5 5 a 8 D-TUBOCURARINA DURAÇÃO LONGA 4 a 6 80 a 120 ATRACÚRIO DURAÇÃO INTERMEDIÁRIA 2 a 4 30 a 60 DOXACÚRIO LONGA DURAÇÃO 4 a 6 90 a 120 MIVACÚRIO CURTA DURAÇÃO 2 a 4 12 a 18 PANCURÔNIO LONGA DURAÇÃO 4 a 6 120 a 180 ROCURÔNIO DURAÇÃO LONGA 1 a 2 30 a 60 VECURÔNIO DURAÇÃO INTEMEDIÁRIA 2 a 4 60 a 90 Propriedades Farmacológicas Paralisia motora: M.ocular, mandíbula e laringe M. face - dificuldade na deglutição; Efeitos: Paralisia dos M. respiratórios. M. tronco e membros SNC - Consciência e percepção da dor Propriedades Farmacológicas Taquicardia Possui ação vagolítica (Pancurônio) Bloqueio dos receptores muscarínicos Bloqueio ganglionar Propriedades Farmacológicas Liberação de Histamina: Broncoespasmo Hipotensão Aumento das secreções brônquicas e salivares Maior tendência com Pancurônio, Vecurônio e Rocurônio FARMACOCINÉTICA Adjuvantes anestesia Uso IV Metabolizados no fígado Excretados na urina – Insuf. renal e hepática Atracúrio - hidrólise no plasma (colinesterase) ANTAGONISTAS Neostigmina, piridostigmina e edrofônio (anticolinesterásico) – usados no tratamento de doses excessivas com bloqueadores competitivos. Reverter ou reduzir ação do bloqueio neuromuscular. Bloqueadores Despolarizantes Mecanismo de ação: Despolarização prolongada da membrana Exemplos: Decametônio Suxametônio (Succinilcolina) BLOQUEADORES DESPOLARIZANTES Mecanismo de Ação: Despolariza a membrana através da abertura de canais na placa motora – ação Ach. Duração prolongada – resistente AChE Agonistas – permeabilidade da placa motora Características da paralisia Breves fasciculações musculares (tórax e abdome) Relaxamento: 1 a 5 min Apnéia Infusão contínua = maior efeito Bloqueadores Despolarizantes Efeitos Indesejáveis: Bradicardia Liberação de K+ Aumento da pressão intraocular Paralisia prolongada - colinesterase Hipertemia maligna – espasmo muscular Implicações potencialmente fatais Indução da liberação de K + Evitar usar em grandes queimados ou com grandes traumatismos de tecidos moles Contra-indicada em pacientes com rabdomiólise, lacerações oculares, lesão da medula ou com distrofias musculares Toxicologia dos Bloqueadores Neuromusculares Apnéia prolongada Colapso cardiovascular Anafilaxia HIPERTERMIA MALIGNA Rara Mutação do canal para liberação de cálcio Espasmo muscular intenso e elevação da temperatura corporal Suxametônio e halotano = Mortalidade elevada Tratamento: dantroleno Usos Terapêuticos Anestesia cirúrgica Usos Terapêuticos Facilitar intubação endotraqueal Usos Terapêuticos Prevenção de trauma na terapia eletroconvulsiva Usos Terapêuticos Controleespasmos musculares Usos Terapêuticos Obs.: seu uso é restrito a ambientes onde haja disponibilidade imediata de instrumental para reanimação respiratória e cardiovascular.
Compartilhar