Buscar

direito penal V 2° bimestre

Prévia do material em texto

LUIZA MARTINS 
17.09.2018 
CRIME DE ROUBO 
• O crime de roubo era quando havia violência, e essa violência no código 
republicano seja contra a pessoa ou a coisa, era etiquetada como roubo. 
• Mas é o código penal atual de 1940, seguindo a linha do código italiano de 
1930, que por sua vem seguia o código alemão que depurou a figura do 
roubo, tratando de violência contra a coisa o crime de furto qualificado e a 
violência contra a pessoa o crime de roubo. 
Com essa denominação que o código trabalha como violência contra a coisa, ou seja, 
uma subtração com violência na pessoa, levou Hungria dizer que o furto qualificado, 
Noronha sustentava que o roubo agravado. O professor não gosta dessas definições 
realizadas por esses doutrinadores, porque furto está no artigo 155 e parágrafos. 
• O crime de roubo está localizado no titulo 2, capitulo e artigo 157 do código 
penal. 
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou 
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de 
resistência: 
• O desiderato do agente criminoso é: ‘subtrair coisa alheia móvel’, mediante 
um meio coercitivo nem que para isso ele precise matar alguém (com dolo 
mate uma pessoa). 
Ao contrario do crime de homicídio onde o desiderato do agente é apenas um de 
ceifar a vida de outro, não tem nada mais. 
• O bem jurídico tutelado vem de uma forma ampla no titulo e mais especifica 
no capitulo e no próprio artigo. Se o titulo é dos CRIMES CONTRA O 
PATRIMONIO (se tutela o patrimônio das pessoas) – sendo o patrimônio 
gênero da espécie propriedade, posse e detenção. Quando fala de meio 
coercitivo contra a pessoa, lesões graves e a morte – também se protege o 
ser humano. 
• Por proteger dois bem jurídicos é considerado um CRIME COMPLEXO 
(união de duas ou mais condutas que isoladamente constitui crime). 
 
• Sujeito ativo – é um CRIME COMUM, porque não tem nenhuma qualidade 
especial. Na medida que o tipo penal não exige nenhuma qualidade especial. 
 
• Sujeito passivo – é um crime contra o patrimônio que o código define como 
uma conduta de subtrair coisa móvel alheia para si ou para outrem, com 
violência ou grave ameaça, ou depois de havê-la, por qualquer meio, 
reduzido a impossibilidade de resistência. 
A pessoa jurídica pode ser vítima do crime de roubo? Não. Sempre que tem a 
pessoa jurídica como vítima tem que ter automaticamente um ser humano como 
vítima do ser coercitivo. 
• Elemento objetivo: 
Pode coincidir o bem jurídico tutelado com o bem que foi furtado. 
 - Roubo próprio ----meio + subtração--------→ artigo 157, caput 1ª parte 
No roubo próprio primeiro ele emprega o meio coercitivo depois ele subtrai o objeto. 
O código fala de subtrair para o crime de roubo = o crime de furto. Razão pela qual 
Hungria sustentava que era um furto qualificado. 
• Subtrair – pegar, legar, surrupiar. Coisa móvel alheia – coisas corpóreas 
que podem ser levadas de um lugar para outro. O que significa dizer que o 
crime de roubo tem dois objetos materiais, se ele também tem dois objetos 
jurídicos (patrimônio e o ser humano), então o ser humano também é objeto 
material do crime de roubo. 
O homem é objeto material do crime de roubo, então além da coisa corpórea o ser 
humano também é. 
Mediante grave ameaça ou violência a pessoa – a violência nada mais é que o 
desforço contra o corpo da vítima (considerado violência –que pode resultar a morte 
‘latrocínio’, lesão gravíssima ou lesão grave, lesão leve, vias de fato – integram 
esse meio coercitivo). Se essa violência for contra a coisa podemos pensar em furto 
qualificado. Tem que ser violência dirigida contra a pessoa. 
A doutrina costuma separa essa violência em violência direta e indireta: 
• Violência direta: diretamente sobre a pessoa, exemplo: soco na vítima, 
derruba, machuca. Isso é violência contra a pessoa de maneira direta. 
• Violência indireta: contra um objeto que vai se refletir em cima da pessoa 
física. Exemplo de Hungria: você tirar a bengala de um cego, que seria uma 
violência indireta. Sujeito que está se banhando nu no mar e subtrai as 
roupas do sujeito, e a pessoa não sai do mar. 
No exame da OAB: duas moças foram com um sujeito para dentro de uma casa, e 
o cara entrou no quarto e elas fecharam a porta do quarto e elas subtraíram alguns 
objetos. Dentre as questões tinha roubo indireta (violência contra a coisa que vai 
refletir contra o sujeito). 
Exemplo: advogado e no final do mês ele viajou para assistir um filme e na estrada 
eles estavam andando e chovendo. E tinha um carro encostado no meio fio com caras 
com capuz e do nada aquele carro começou a encostar neles. E eles atiraram nos 
pneus e os caras desceram e roubaram. Roubo indireta. 
Grave ameaça - ameaça tem que ser grave, aquela que causa um terror a vítima, um 
verdadeiro pânico que ele não tem como agir, ficando completamente paralisada. 
Noronha sustentava que a ameaça exige alguns requisitos para que seja grave – 
determinada, verossímil (possibilidade de ocorrer) sustentando ainda que a 
ameaça inverossível não pode ser considerado como meio, exemplo: queimar com 
o sol, eminente (prestes a ocorrer), levar em conta a condição física da pessoa, 
sexo, idade. 
Hungria sustentava ainda que existem pessoas que acreditam em males fantásticos, 
essas crendices têm que ser sopesada se a ameaça foi grave ao ponto de causar um 
terror a ela ou não. Exemplo: acreditar em boi tatá. 
No crime de roubo tem três meios coercitivos: 
1. Grave ameaça 
2. Violência 
3. Qualquer outro meio reduzido a capacidade de resistência: o terceiro 
meio tem que ser feito de maneira disfarçada, dissimulada de modo que a 
vítima não sabe que está sendo objeto do crime de roubo. 
Essa parte final do caput do artigo 157 do código penal é conhecida/ denominada 
como ‘VIOLÊNCIA IMPROPRIA’ – apenas em impropriamente podemos falar de 
um caso que não tem nada de violência. 
Esse 3º meio coercitivo apenas existe no roubo próprio e tem que ser feito de uma 
maneira disfarçada, que a vítima não sabe que está sendo objeto do crime de roubo. 
Exemplo: não desconfia que será objeto de uma subtração, como boa noite 
cinderela. 
Não confundir a violência que é um desforço contra o corpo da vítima que pode ser 
direta ou indireta, com a grave ameaça e a violência impropria que é o terceiro meio 
da coação. 
• Elemento subjetivo: 
São dois elementos subjetivos: 
 - Geral: dolo. 
 - Especial: ‘para si ou para outrem’ – significa o especial fim de agir, 
empoderamento em definitivo da coisa. {Hungria nomeava como dolo especifico}. 
Exemplo do roubo próprio: fique quieta senão eu vou te matar, ela fica quieta e eu 
subtraio a bolsa dela. 
Exemplo do roubo improprio: ela está virada para o lado contrário e eu subtraio a 
bolsa dela, e daí alguém vem me prender e eu pulo no cara e ‘meto porrada’. 
 
 - Roubo improprio -----subtração + meio--→ artigo 157, §1º 
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência 
contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção 
da coisa para si ou para terceiro. 
Significa dizer que no roubo próprio o agente emprega o meio coercitivo e subtrai o 
objeto, e no roubo improprio ele subtrai o objeto e para garantir a impunidade ou 
detenção ele emprega a violência ou grave ameaça. 
Ainda, no roubo próprio tem três meios de coação e no improprio dois meios de 
coação, a violência impropria não consta no crime de roubo improprio, isso levou a 
uma discussão entre Hungria e Noronha. 
 - Hungria: sustentava que o código penal seguiu o código suíço nesse 
aspecto e, portanto, não podehaver um roubo improprio com o terceiro meio 
coercitivo. 
 - Noronha: mostrou a Hungria que não tinha razão e era perfeitamente 
possível o roubo improprio com o terceiro meio coercitivo e dava o exemplo do 
sujeito que preso em flagrante delito de furto, estava com o cara que havia lhe 
prendido ao seu lado e ele consegue pegar um sonífero e fazer o cara tomar. 
A verdade é que o roubo improprio não aceita o terceiro meio coercitivo. Assim 
apenas com dois meios coercitivos {violência e a grave ameaça}. 
Exemplo do roubo improprio: ela está virada para o lado contrário e eu subtraio a 
bolsa dela, e daí alguém vem me prender e eu pulo no cara e ‘meto porrada’. 
A condição é o sujeito subtrair o objeto não significa a consumação. 
 
Para si ou para outrem 
Para si ou para terceiro 
Em proveito próprio ou alheio 
Sinônimo de elemento subjetivo especial, é o dolo especifico de Hungria. Outras 
expressões como, ‘com o intuito de afim de, para satisfazer’ também indicam o 
elemento subjetivo especial + para os clássicos do direito penal indicam o crime 
formal. 
Ou seja, crime formal que conquistado o tipo penal ação ou resultado, que não 
precisa ocorrer, bastando a ação para consumar. 
• §1° - a fim de: é o elemento subjetivo especial, que se consuma com a ação. 
Com o emprego da violência ou grave ameaça está consumado, não importa 
se vai ter o resultado naturalístico. 
 
• Elemento subjetivo: 
• Dois elementos subjetivos especiais: 
- Para si ou para outrem; 
Comentado [LM1]: A fim de – elemento subjetivo 
especial. 
Comentado [LM2]: Assédio sexual (Incluído 
pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001) 
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter 
vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente 
da sua condição de superior hierárquico ou ascendência 
inerentes ao exercício de emprego, cargo ou 
função." (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 
2001) 
Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) 
anos. (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 
2001) 
Parágrafo único. (VETADO) 
Com o intuito de – o elemento subjetivo especial, não adianta 
constranger a pessoa apenas tem que ter este intuito 
especifico direcionado, ele se consuma com a ação de 
constranger não precisa do crime material, apenas o formal. 
Ou seja, não precisa da satisfação da atividade sexual. 
Comentado [LM3]: Extorsão mediante sequestro 
Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou 
para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do 
resgate: Vide Lei nº 8.072, de 
25.7.90 (Vide Lei nº 10.446, de 2002). 
A expressão ‘com o fim de’ – indica um elemento subjetivo 
especial, eu tenho que sequestrar a pessoa, mas se não 
sequestrar com esse fim especifico não tem esse crime, além 
disso demonstra que é um crime formal, conforme o tipo 
penal. 
Comentado [LM4]: Prevaricação 
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato 
de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, 
para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
 
- Está escrito para satisfazer, automaticamente esse é o 
elemento subjetivo especial, além do dolo genérico ele exige 
o dolo especifico. É um exemplo de crime formal, que se 
consuma com a ação. 
- A fim de; 
• Elemento subjetivo geral: 
- Dolo. 
Sendo assim exige três elementos subjetivos. 
 
 
ROUBO PROPRIO ROUBO IMPROPRIO 
No roubo próprio, o sujeito emprega o 
meio coercitivo e depois subtrai o 
objeto. 
No roubo improprio ele primeiro 
subtrai, depois ele emprega o meio. 
 
Exemplo: a prostituta primeiro subtrai e depois ela coloca o sonífero. 
Exemplo: o ladrão estava tentando entrar na casa, quando o dono chega e saiu 
correndo e subindo o muro e chegou o dono embaixo. 
 
 - Roubo majorado (circunstanciado) → → artigo 157, §2º 
 - Roubo qualificado -------------------------→ artigo 157, §3º 
 
18.09.2018 
FALTEI 
 
01.10.2018 
Temas do crime de roubo 
I. Latrocínio: 
a. Homicídio consumado + subtração consumada: 
- Latrocínio consumado tentado 
b. Homicídio tentado + subtração tentada: 
- Latrocínio tentado 
c. Homicídio consumado + subtração tentada: 
- Latrocínio consumado (súmula 610 STF). 
- Fragoso: latrocínio tentado. Só pode ter consumação se os dois crimes 
isolados que compõem o latrocínio (morte + roubo) se consumarem. 
- Hungria: homicídio consumado (qualificado). 
- Homicídio consumado + furto tentado. 
- Homicídio consumado + Roubo. 
d. Homicídio tentado + subtração consumada: 
- STF e Fragoso: Latrocínio tentado. 
- Hungria: Homicídio qualificado tentado. 
II. Roubo de uso: 
Exemplo no furto: pegou o celular de uma pessoa e levo para a casa e no dia 
seguinte eu devolvo nas mesmas condições, isso no crime de furto de uso. Deixa de 
existir o crime. 
Exemplo de roubo: pessoas entram no banco, subtraem os objetos e na lá fora 
subtraem um automóvel de pessoas para evadir do local para garantia da impunidade 
{roubo de uso}. 
A doutrina penal diverge com relação ao tema, ROGERIO GRECO faltando o 
elemento subjetivo especial de injusto{devendo responder pelo 146, CP}, contesta 
NUTTI – a expressão para si ou para outrem não pode ter uma interpretação 
extensiva {no momento que a pessoa pega o carro ela quer obter para si, presente o 
elemento subjetivo especial de injusto sendo uma conduta típica quando preenchido 
os demais elementos do tipo penal}. O crime de roubo é um crime complexo – tem 
sim roubo consumado, quando subtrai um objeto para escapar da polícia. 
III. Princípio da insignificância: afasta a tipicidade material {não deve ser 
aplicado ao crime de roubo, porque ele protege dois bens jurídicos o 
patrimônio e a pessoa/ ser humano}. 
IV. Subtração de diversas vítimas e roubo: quantos crimes a pessoa vai 
responder? Ele vai responder correspondente ao que ele teve o patrimônio 
violado {roubou apenas 10, serão 10 crimes, mas com constrangimento de 
várias pessoas}. Difere do crime continuado porque é apenas uma conduta. 
Exemplo: roubo no ônibus, com apenas uma conduta pratica vários roubos. 
V. Vitima sem portar o objeto: {Hungria sustentava pelo exemplo: a 
pessoa está dormindo e procuram o objeto e não tem nada, o artigo 17, 
CP}. Não se pune a tentativa quando tem a absoluta ineficácia do meio ou 
impossível de consumar. 
Crime impossível (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta 
impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984). 
Exemplo: óleo man, houve tentativa em razão da violação do objeto material {ser 
humano}. 
{GRECO – crime seria impossível por absoluta impropriedade do objeto, seria um 
crime de constrangimento ilegal a fazer o que a lei não proíbe, BITTERCOURT – 
nas primeiras edições sustentava na mesma posição, o problema é que a corrente 
majoritária sustenta diferente}. 
A corrente majoritária sustenta que apenas pode haver crime impossível quando o 
objeto for impróprio, com a absoluta impropriedade do objeto. Em consequência dos 
Comentado [LM5]: FURTO + CONSTRANGIMENTO 
ILEGAL 
Comentado [LM6]: TENTATIVA DE FURTO + 
constrangimento ilegal (146). 
Comentado [LM7]: Sumula 610, STF. Há crime de 
latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não 
realize o agente a subtração de bens da vítima. 
Comentado [LM8]: ‘para si ou para outrem’, com 
consequência disso ele tem que responder pelo 146 
(constrangimento ilegal). 
Comentado[LM9]: Segundo argumento de NUTTI, além 
de não da uma interpretação extensiva ao elemento subjetivo 
de injusto, lembrem-se que o crime é complexo e protege 
também o ser humano na sua liberdade de ir e vir, em 
consequência disso tem sim o ROUBO CONSUMADO. 
Comentado [LM10]: Como o furto de coisas 
insignificantes. No crime de roubo não é possível 
insignificância. 
Comentado [LM11]: Pode acontecer de ingressar no 
ônibus e realizar a subtração de diversas vítimas em um 
contexto só, com apenas uma conduta (praticado vários 
roubos). 
Comentado [LM12]: HUNGRIA sustentava que haveria 
concurso material de crimes, porque a ideia de que os crimes 
contra a pessoa não poderiam haver concurso formal. 
HOJE A MELHOR ORIENTAÇÃO É CONCURSO 
FORMAL DE CRIMES, aumentada em 1/6. 
Comentado [LM13]: ARTIGO 71 CP – são várias 
condutas, no caso é uma conduta apenas desdobrada em 
vários atos. 
Comentado [LM14]: HUNGRIA – absoluta impropriedade 
do objeto – ARTIGO 17, CP. 
Comentado [LM15]: Tem que analisar o crime de roubo 
como crime complexo. 
Comentado [LM16]: ARTIGO 146, CP 
Comentado [LM17]: NO crime de roubo temos dois 
objetos matérias – ou seja, quando a pessoa é constrangida ela 
é objeto material, e a coisa corpórea subtraída também. Em 
consequência, quando fala de absoluta impropriedade do 
objeto tem que ser todos os objetos que compõem o tipo 
penal, sendo impropriedade relativa, CRIME DE ROUBO 
TENTADO. 
dois objetos que compõem o tipo, seria admitido pela violação/ constrangimento do 
ser humano, sendo crime tentado 
VI. Várias mortes: quantos latrocínio nós temos? 
Tantas quantas mortes houverem dentro do mesmo ambiente em razão de apenas um 
patrimônio violado, com apenas um crime de latrocínio. Isso em consequência de 
ter apenas um patrimônio violado. 
VII. O crime do artigo 288 e o roubo majorado pelo concurso de pessoas: 
pune quando as pessoas se associam para a pratica de crimes, sendo um 
crime de concurso necessário {no mínimo 3 pessoas}. Punindo um ato de 
preparação. 
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer 
crimes:(Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência) 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
Não há bis in idem pelo fundamento, pois um crime é do titulo {crimes contra o 
patrimônio] e o outro titulo IX {contra a paz pública}. Dentre essas 3 nem todas 
podem cometer o crime de roubo. 
VIII. O crime do artigo 288 e o roubo majorado pelo empregado de arma: 
tem o aumento de 2/3. Duas correntes vão surgir {mais de duas pessoas 
entram no estabelecimento com armas}. 
 
Artigo 288. Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada 
ou se houver a participação de criança ou adolescente. (Redação dada pela Lei nº 12.850, 
de 2013) (Vigência) 
aumenta até a metade. A associação criminosa por ser um ato de preparação, o crime 
de consuma antes de qualquer outro delito e essa associação é armada. 
Hipótese dessa associação criminosa armada, caracteriza-se a associação. 
Crime de roubo com arma de fogo? 1º crime de associação {quando várias 
pessoas}, com a mesma arma praticam pelo emprego de roubo armado {Noronha 
non bis in idem}. A melhor orientação é que não há bis in idem, porque são crimes 
em títulos diferentes. 
Regis Prado – com a arma - como existe o estatuto de desarmamento se a pessoa 
está praticando um roubo {e está portando uma arma ilegalmente}, teria que 
responder pela associação simples, roubo simples outra majorante e + o estatuto do 
desarmamento {apenas ele pensa dessa maneira}. 
IX. O roubo e o artigo 16: é aplicado o arrependimento posterior ao crime de 
roubo? GRECO – pode aplicar o artigo 16, quando praticado com a 
violência impropria, porque não fere o princípio da reserva legal. 
Arrependimento posterior (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano 
ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do 
agente, a pena será reduzida de um a dois terços (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984). 
 
X. O roubo e o artigo 44: considerado roubo próprio. 
Não poderia ter a haver a pena substituição da pena privativa de liberdade pela 
restritiva de direito, quando a pena for superior a 4 anos. Pode ser um roubo tentado. 
 
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de 
liberdade, quando: (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for 
cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, 
se o crime for culposo; (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
Pode pensar na aplicação do crime tentado a um emprego de um terceiro meio 
corretivo. 
Decreto lei 3.688 de 1941 
Artigo 19 - Trazer consigo arma fora de casa ou de dependência desta, sem 
licença da autoridade: 
 - A corrente majoritária sustentava que quando falava em arma é qualquer 
tipo. 
 - Arma própria: especialmente para a própria defesa, por exemplo: a arma 
de fogo. 
 - Arma impropria: aquelas que eventualmente pode ser utilizada para a 
própria defesa, por exemplo: faca, bisturi. 
Era considerado arma um caco de vidro, espeto de churrasco, e tudo era considerado 
arma para efeito do roubo. No §2-A apenas a arma de fogo para o crime de roubo, 
apenas para majorar o roubo e não a extorsão. 
 
02.10.2018 
EXTORÇÃO (irmãos gêmeos com o roubo) 
 
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de 
obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou 
deixar de fazer alguma coisa: 
É um crime complexo, protege o patrimônio quanto ao direito de propriedade, a 
posse e detenção, e ao ser humano liberdade de ir e vir, dignidade, integridade, saúde 
até a sua vida. 
Comentado [LM18]: Dentro do mesmo contexto de 
subtração. Exemplo: o cara entra no banco e mata uma ou 
duas pessoas, a pergunta é quantos latrocínios nos temos? O 
RACIOCINIO MAIS LOGICO É AQUELE QUE 
SUSTENTA SÓ APENAS UM CRIME DE LATRONICIO. 
Comentado [LM19]: É um dos poucos casos em que o 
legislador pune os ATOS DE PREPARAÇÃO. 
Comentado [LM20]: Em consequência disso a pena 
mínima vai ser de 8 anos. 
• Sujeito ativo: crime comum, qualquer pessoa pode praticar. 
• Sujeito passivo: qualquer pessoa, inclusive pessoa jurídica {não pode ficar 
constrangida, mas pode ter o seu patrimônio desfalcado}. 
 
Quando o código fala ‘constranger alguém com mediante violência ou grave ameaça 
com o intuito de ter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a pessoa 
jurídica pode ser vítima do crime de extorsão? Sim. 
 
• Elemento objetivo: constranger {significa compelir, forçar} alguém {o 
nascido de uma mulher} mediante violência ou grave ameaça {dois meios 
coercitivos}. Observe que no crime de roubo próprio temos três meios 
coativos, no crime de extorsão apenas dois {violência e grave ameaça} – 
sendo que violência é o desforço contra o corpo da vítima, e a grave ameaça 
é algo verdadeiro de acontecer, que cause terror da vítima que impede de 
agir. 
 - Com intuito de manter vantagem econômica {natureza patrimonial}. 
 - Quando menciona a vantagem indevida {aquela ilícita e ilegal}. 
 - Constrangimento {exige que pratique uma conduta comissiva – agir}. 
Exemplo da doutrina: obriga a vítima depositar determinado valor, senão eu mato 
você. 
 - Tolerar {rara} 
 - Deixar de fazer {busca uma omissão da vítima – um não fazer o que a lei 
não proíbe}.Dois meios de coação: 
Na extorsão quando o código fala da indevida vantagem econômica é muito mais 
abrangente. 
O objeto material é muito mais abrangente 
Na extorsão quer que a vítima tenha uma conduta comissiva, ou tolera, ou deixa de 
fazer o que a lei não priva. Ou seja, conduta omissiva nas duas modalidades. 
 
• Elemento normativo: 
 
A diferença do roubo com a extorsão é o comportamento da vítima ou da agente. 
• Elemento subjetivo: 
- Geral: dolo genérico. 
 - Especial: ‘com o intuito de obter para si’ 
• É um crime formal, a expressão ‘com o intuito de’ se consuma quando a 
pessoa. No momento eu a vítima faz o que não precisava fazer, tolera ou 
deixa de fazer alguma coisa. 
• Tentativa é permitida nas três situações, desde que iniciada a execução 
com constrangimento da vítima, ela não faça, não tolere nada contra a 
vontade do agente. 
- No momento em que a pessoa vai entregar a carteira, a polícia prende o 
cara. Bastando a violência e a grave ameaça para iniciar o constrangimento. 
• A consumação é instantânea. 
Noronha: apenas posso ter a consumação do crime quando tem a efetiva desfalque 
patrimonial, sendo um crime material. 
No entanto o crime é formal, não precisa ter o resultado naturalístico. 
 
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-
se a pena de um terço até metade. 
 - A pena é aumentada de 1/3 até a metade quando tem um concurso de duas 
ou mais pessoas. 
 - Se o crime for cometido por duas ou mais pessoas como autores do tipo 
penal, é a posição de HUNGRIA. 
Embora Damásio sustente que quando falamos de concurso de pessoas estariam 
falando do artigo 29, CP. 
 - Emprego de arma. A lei 13.657/2018, retirou a expressão arma e colocou 
“arma de fogo”. Nada que não seja arma de fogo, como faca não tem a majorante. 
 
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo 
anterior. 
 
• EXTORSÃO QUALIFICADA 
 
§ 3º Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é 
necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 
(doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas 
previstas no art. 159, §§ 2º e 3º, respectivamente. 
 
 
 
 
 
 
Comentado [LM21]: Nos casos da pessoa jurídica, 
necessariamente terá uma pessoa física que foi violentada no 
roubo. 
Comentado [LM22]: É uma forma de coação, para que a 
pessoa FAÇA. Exemplo da doutrina: tolerar que eu rasgue o 
cheque, ou ainda tolera que eu faça uma viagem com o seu 
carro. 
Comentado [LM23]: Obriga a vítima depositar uma 
quantia, senão eu te mato (ou algo). 
Comentado [LM24]: Exemplo: não deposite o cheque, 
senão eu faço isso. Com uma ameaça grave. 
Comentado [LM25]: Não necessariamente coisas 
corpóreas, exemplo: passe o apartamento para o meu nome. 
Comentado [LM26]: HUNGRIA 
NORONHA: não é tão singela a diferença. O mau anunciado 
é o futuro, como também é futura a vantagem econômica 
pretendida, a ameaça é atual (o mau prenunciaria), assim 
como futuro também será a aferição da vantagem indevida. 
Terceira corrente doutrinaria sustentada pelo Damásio: 
no roubo o comportamento é dispensado ao passo que na 
extorsão é indispensável para o agente auferir a vantagem 
econômica (fato concreto). Exemplo: assalto a uma 
panificadora. 
Comentado [LM27]: Arma é no sentido genérico, tanto 
arma própria ou impropria. 
08.10.2018 
 
EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO 
 
Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, 
como condição ou preço do resgate: 
 
• Bem jurídico tutelado: o roubo e a extorsão (158) são irmãos gêmeos. 
Nesse temos algumas particularidades. 
• Patrimônio e o ser humano na liberdade de ir e vir, ou seja, também é um 
crime complexo. 
• Sujeito ativo do crime – crime comum (qualquer pessoa pode executar). 
• Sujeito passivo: a pessoa jurídica não pode ser sequestrada, mas ela pode 
sofrer o desfalque patrimonial, nada impede que sejam mais de uma pessoa. 
• Elemento objetivo: o código define a conduta de ‘sequestrar’ – {levar, 
retirar a vítima do lugar, no entanto também significa reter a pessoa onde 
ela se encontra, ou seja, tanto é sequestro levar para o cativeiro ou mantê-
la no lugar em que ela se encontra}. Sequestrar pessoa com o ‘intuito de 
obter qualquer vantagem como condição ou preço do resgate’. {essa 
vantagem precisa tem natureza econômica e patrimonial?} 
 
O artigo 148 é subsidiário ao 159 do código penal. Mas o legislador não utilizou 
cárcere privado no artigo 159, o sequestro é uma forma mais ampla da liberdade 
estar restrita. A doutrina chegou a conclusão que o legislador não quis especificar 
que nem fez, porque sequestro é o gênero, no qual cárcere é a espécie, e sequestro é 
uma forma mais ampla da restrição da liberdade do que cárcere privado{algemar a 
pessoa na cama, se a pessoa pode andar é um sequestro}. 
Então alguns entendendo que tem que ter a natureza econômica {opinião de 
Fragoso}. 
No artigo 158 – indevida vantagem econômica, tem que ter natureza econômica e 
ilícita. Hungria tinha que ser uma vantagem indevida {sequestro a filha do devedor, 
a vantagem e estaríamos no 348, CP}. Para a doutrina majoritária não importa 
ser vantagem devida ou indevida, tudo é extorsão mediante sequestro. 
 
O tipo penal exige implicitamente a violência ou grave ameaça? O tipo penal não 
exige a grave ameaça {exemplo: dou chocolate para a criança}. 
 
• Elemento subjetivo: elemento subjetivo geral – dolo, e o elemento 
subjetivo especial – “Com intuito de obter vantagem econômica”. 
 
• Consumação: é um crime formal – ele se consuma quando tem o sequestro 
da vítima, que descreve a ação e o resultado que não precisa ocorrer para ter 
a consumação. Quando é retirada a liberdade da vítima. 
 
• Tentativa: é aceita desde que por circunstancias alheias ele não consiga 
fazer o sequestro {ele vai pegar alguém a força para levar no cativeiro e a 
pessoa acaba saindo} isso é considerado tentativa. 
 
 
QUALIFICADORAS: 
§ 1 º Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o sequestrado é menor 
de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou 
quadrilha. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) 
• Aumento significativo caso o sequestro DURE MAIS DE 24 HORAS. 
Quando mais longa será aflição do sequestrado, da sociedade como um todo 
que não vê o sequestro solucionado. Justifica o aumento significativo. 
• Menor de 18 anos e maior de 60 anos. {menor de 18 anos em consequência 
o legislador adotou a mesma tese do artigo 27, CP, o critério que os menores 
de18 anos tem a capacidade de entender a capacidade de ilícito, quando 
menor maior as sequelas}. 
Exemplo: pessoa foi sequestrada com 58 anos de idade, quando é liberada do 
cativeiro ela tem 61 anos, incide a qualificadora. E a outra é quando tem 17 anos e 
quando é liberada tem 18 anos. 
 
Sequestro quando tinha 58 anos → 61 anos é liberado. Crime formal e 
permanente e incide a qualificadora. 
Sequestrado quando tinha 17 anos → 18 anos é liberado. = 
 
• Cometido por bando ou quadrilha – o crime estava definido no artigo 288 
foi modificado para ‘associação criminosa’ com a mudança dos elementos 
objetivos, inclusão da criança e adolescente e a majorante. 
 
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 
Comentado [LM28]: Apenas pode ser sequestrado o ser 
humano, nada impede que tenha mais de uma vítima (outra 
pessoa física oupessoa jurídica). 
Comentado [LM29]: Sequestrar é levar, retirar a vitima do 
lugar. No entanto significa reter a pessoa no local onde se 
encontra. 
Comentado [LM30]: Para restabelecer a liberdade da 
pessoa tem uma vantagem. Essa vantagem tem que ser 
econômico financeira? 
Comentado [LM31]: Quando ele fala QUALQUER 
VANTAGEM – não necessariamente econômica direta. Tem 
as de maneira indireta (dá um emprego), e o Bittencourt dá o 
exemplo de sequestrar o filho do professor para obter a 
aprovação, que não teria vantagem econômica. 
Comentado [LM32]: Mesma tese do artigo 27, CP. De que 
os menores não têm capacidade de entender. Menos de 18 
anos maior serão as sequelas. 
O maior de 70 anos 
Comentado [LM33]: Consumação perdura do tempo 
(permanente) 
Comentado [LM34]: Sendo considerado pela melhor 
doutrina que se trata de um crime novo de associação 
criminosa. 
§ 3º - Se resulta a morte: (Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90) 
esse resultado morte tem que ser a titulo de dolo ou culpa? pode ser de outra pessoa, 
ou necessariamente a pessoa sequestrada? {ao contrário que o legislador fez no §3 
do art.157 a qualificadora exige que o resultado tenha vindo com violência, nesse 
caso não. Pode ser que nas condições que a vitima foi abriga, ou muito calor, muito 
frio que resulte morte, se do fato resulte morte, e da própria extorsão. Se do fato 
resulta morte ou lesão corporal – pode ser a título de dolo ou culpa, sem esse 
elemento subjetivo não podemos falar em extorsão mediante sequestro 
qualificada}. 
 
Exemplo: desabamento de areia no Rio de Janeiro. Art. 19 do CP, a relação de 
causalidade entre esse fato existe, se a vítima não estivesse lá não teria morrido, mas 
esparra no elemento subjetivo de DOLO ou CULPA, que ninguém pode ser 
qualificado se não tiver no mínimo culpa {ou seja, tenho um resultado qualificado 
de morte, não pode responder pela morte} sendo um sequestro simples, sem 
qualificadora do §3°. 
 
§ 4 º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, 
facilitando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços. 
 
Um dos concorrentes, como autor ou participe se ele denunciar a autoridade {essa 
delação for hábil para libertar o sequestrado é possível} podendo ser o autor ou o 
coautor, participe. 
 
• Delação premiada – podendo ser o autor, coautor ou o participe. 
 
Primeira questão: roubo na cadela laica é furto simples. 
Segunda questão: corte do cabelo duas correntes uma de lesão corporal e outro de 
roubo {porque cabelo tem valor econômico}. 
 
 
09.10.2018 
 
Nos três crimes de roubo, extorsão e extorsão mediante sequestro – o resultado 
qualificador pode ser a titulo de dolo ou culpa. 
A lesão corporal grave ou morte, apenas da vítima sequestrada. 
Noronha quando interpreta apenas pode ser da vítima sequestrada a parte especial 
do código penal diz que a morte e a lesão corporal é da vítima sequestrada. A 
exposição de motivos para alguns autores é considerada como método de 
interpretação da norma penal, seja considere como fonte ou método de interpretação 
indica que morte ou lesão corporal tem que ser da pessoa. 
Cuidado com a posição do Bittencourt – o sujeito mata o segurança para fazer o 
sequestro da pessoa, ele diz que é uma extorsão mediante sequestro que não é da 
pessoa que está sendo sequestrada {ele copiou do Hungria, quando para assegurar a 
execução de um crime, é um equívoco manifesto}. 
 
 
APROPRIAÇÃO INDEBITA 
 
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
A pena mínima de 1 ano {mesma do furto simples} comporta os institutos 
despenalizados, da suspensão condição penal do processo. 
Os códigos antigos não faziam a diferença entre apropriação indébita e furto, 
e foi no código francês a primeira vez que tipificou como crime autônomo e 
independente. Apenas 150 anos depois, com o código de apropriação indébita com 
o crime de furto. Embora a pena seja pena a mesma do furto. 
O código trata de crimes contra o patrimônio é o gênero os quais são espécies 
a propriedade, a posse e a detenção. 
“apropriar-se de coisa alheia móvel” – o sujeito ativo tem a posse ou a detenção 
do objeto e passa agir como se dono fosse. 
O tipo penal não protege a posse e a detenção, porque a posse não está com 
o proprietário. Apenas o direito de propriedade. 
Exemplo: livro da faculdade, tem a posse legitima leva o livro para casa e pensa não 
vou mais devolver, estou me apropriando ou pena a posse de posse legitima e se 
desfaz da coisa. isso é a apropriação. 
O pressuposto da apropriação indébita é a posse legitima e legal. Se o agente 
criminoso tem a posse legitima e a detenção e logico que não protege a posse. 
• Bem jurídico tutelado: direito de propriedade. 
Exemplo: tem maquinas com o caseiro, ele tem a posse, usa com o bem entender. A 
posse legitima, mas se ele resolver vender ou se apropriar ele vai responder por 
apropriação indébita. 
Comentado [LM35]: Se no caso tinha a vítima no cativeiro 
e com um sequestrador e teve o desabamento de areias. O 
sequestrador que estava fora, será qualificado com o resultado 
morte? NÃO O ARTIGO 19, CP – tem que pelo menos 
praticar dolo ou culpa (tendo que agir omissão ou 
comissão). 
Comentado [LM36]: Posse vigiada e posse desvigiada, não 
se confundem. 
Comentado [LM37]: Não exige uma prestação de contas, 
em alguns casos é necessário para saber se houve ou não. 
Comentado [LM38]: Prova do MP – protege o patrimônio 
das pessoas, mas no aspecto da propriedade. 
• Sujeito ativo: qual a relação contratual {podendo ser verbal, não 
necessariamente formal}. É aquele que tem a posse legitima e legal. 
• Sujeito passivo: o proprietário da coisa que foi apropriada. O sujeito 
passivo também pode ser pessoa jurídica, como um livro que empresto da 
UniCuritiba. 
A doutrina penal sustenta que é um crime comum que qualquer um pode prática 
{doutrina antiga}. Já a doutrina moderna é que um crime próprio, porque exige uma 
qualidade especial e tem que estar na relação contratual. 
• Elemento objetivo: o código fala em ‘apropriar-se’ {significa tomar para 
si, agir como se dono fosse}, é um aspecto eminentemente subjetivo, 
embora possa aparecer subjetivo. Você transforma uma mera posse e 
detenção do objeto, e passa agir como se dono fosse. 
O legislador diz que as coisas “alheias moveis, de que tem a posse ou detenção” – 
as coisas alheias moveis – são aquelas que podem ser levadas de um lugar para outro, 
isso é considerado coisa alheia. A posse a detenção tem que ser legitima, não pode 
ser posse ilegítima {o ladrão que compra um objeto furtado e fica na detenção por 
anos e anos, não tem a posse legitima}, a venda ou eventual devolução não significa 
a apropriação indébita. 
O sujeito transforma a posse em propriedade, de duas maneiras: 
• Não restitui o objeto 
• Desfaz do objeto 
Se apropria de um bem móvel que tenha a posse ou detenção {não devolvendo ou 
permutando} o crime do artigo 168, não exige uma prestação de contas, claro que 
em algumas vezes é necessário para saber que tem ou não a configuração. 
• Elemento subjetivo: o elemento subjetivo surge após a posse, primeiro tem 
a posse legitima e legal e depois surge o dolo. Exemplo: vai empresta o livro 
e depois começa a se apropriar agindo como se dono fosse. 
Os elementos subjetivos, exigindo dois. 
Elementos geral – “apropriação de coisa alheia móvel de quem tenha a posse 
ou detenção”. 
Elemento especial – “o especial de fim de agir do agente” – aquela de transformar 
a posse do objeto em propriedade dele. 
❖ Estelionato – o dolo vem antes da posse.Na apropriação indébita o dolo 
vem depois da posse. 
 
• Consumação: se consuma de acordo com a forma de realizar o tipo penal, 
com o dever de restituir o objeto. 
A posse é legitima, pressupõe o dever de restituir o objeto. Portanto quando ele não 
quer mais devolver o objeto, em consequência não aceita a forma tentada. 
• Não aceita a forma tentada, pois se ele devolve não tem crime. 
 
• Na outra modalidade o crime de desfaz quando ele troca, está consumado o 
crime. Cabe a tentativa no momento em que desfaz do objeto. 
 
Exemplo: do cacheiro viajante que apostou para conseguir pagar as coisas, mas não 
conseguiu de imediato apenas depois conseguiu o dinheiro. Tem que ser analisado 
se no caso concreto teria a possibilidade razoável. 
Exemplo: o advogado que pegou o dinheiro adiantado do cliente para propor a ação, 
mas não conseguiu propor a ação e não tem o dinheiro para devolver. Tem crime de 
apropriação indébita ou não? A posse é legitima, não crime de apropriação indébita. 
Pressupõe uma posse legitima e legal e ‘dever de restituir o objeto’, nesse exemplo 
o advogado não tem dever de restituir apenas a obrigação de fazer. 
Ao contrário do advogado que pega o alvará do cliente e não passa o dinheiro para 
o cliente. 
 
• MAJORANTE DE 1/3 
Aumento de pena 
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa: 
I - Em depósito necessário; 
II - Na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou 
depositário judicial; 
Comentado [LM39]: Pegar para si, agir como se dono 
fosse, sendo um aspecto subjetivo. 
Comentado [LM40]: A posse é legitima, de boa-fé tem a 
intenção de devolver a coisa, SEMPRE pega a coisa como 
posse e não devolver o objeto está de apropriando. Eventual 
atraso na entrega da coisa, não configura apropriação 
indébita. É difícil comprovar o dolo. 
Comentado [LM41]: Hungria sustentava que cabe a 
tentativa, com a tentativa de desfazer do objeto (professor não 
gosta) mas a doutrina majoritária aceita essa tese, a tese 
melhor do Regis Prado, não aceita tentativa em nenhuma 
modalidade, porque quando vou vender já me gorei de dono, 
o crime está consumado. 
Comentado [LM42]: Hipótese que a vítima não escolhe 
para quem faz o deposito. Exemplo: enchentes, guerra civil, 
inundação. Situações de calamidade pública. 
Comentado [LM43]: Violação do dever de lealdade e de 
confiança. TUTOR- dever de cuidar dos bens do tutelado, 
violando o dever de lealdade. CURADOR – dever de cuidar 
dos bens, se apropriar cabe majorante. SINDICO DA 
MASSA FALIDA – administrador judicial, alguns autores 
dizem substitui por administrador, e outros dizem que o 
sindico sumiu então não pode haver isso. LIQUIDATÁRIO – 
não pode ser mais usado. INVENTARIANTE – arrecadar os 
bens do falido, com a apropriação dos bens do falido. 
TESTAMENTEIRO – aquele que tem o dever de agir 
conforme a vontade do de cujos. DEPOSITÁRIO JUDICIAL 
– o termo não pode ser funcionário público (pessoa civil – 
estranho ao funcionalismo público) se for depositário o 
funcionário público o crime é peculato. 
III - em razão de ofício, emprego ou profissão. 
Pressupondo a posse desvigiada para a apropriação indébita. 
Não se aplica ao roubo, a extorsão e extorsão mediante sequestro – o princípio da 
insignificância. 
 
 
16.10.2018 
 ESTATUTO DO IDOSO - Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão 
ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade: 
 Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa. 
Então se o sujeito passivo, aplica-se o Estatuto do Idoso. 
E ainda, não se aplica o princípio da insignificância porque é um crime complexo, 
por ter dois grupos de bens jurídicos tutelados não se aplica a insignificância. Mas 
na apropriação indébita é aplicado, como no crime de dano. 
O artigo 169 não faz parte do conteúdo programático. A coisa vem ao poder por 
erro causo fortuito, a vitima pega o objeto de boa-fé {relação obrigacional} a 
apropriação é conduzida por erro, podendo ser contra a pessoa ou objeto. O caso 
fortuito {exemplo caminhão tomba na rodovia e cai dentro da casa do sujeito e ele 
pega}, força da natureza {coisa que era de um apartamento e cai no vizinho e ele 
não devolve, chuta a bola e não devolve}. 
Exemplo: se chega na minha casa um pacote, um presente para Sr. Murilo Rodrigues 
e a vitima incidiu em erro e eu alimentei o erro, na apropriação eu primeiro recebo 
o objeto, constato o erro e dai se apropria. 
Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou força da natureza 
Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito 
ou força da natureza: 
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. 
Parágrafo único - Na mesma pena incorre: 
Coisa perdida é diferente de coisa esquecida. As coisas esquecidas podem ser objeto 
do crime de furto, as coisas perdidas são de apropriação. 
O cara achou um objeto de fulano tinha esquecido, qual o crime? É furto. A coisa 
perdida é o artigo 169. 
Exemplo: esqueci meu celular, achei que tinha perdido. Se alguém pega é 
considerado furto. 
CAPÍTULO VI 
DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES 
ESTELIONATO 
Estelionato 
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, 
induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio 
fraudulento: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de 
réis. 
§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar 
a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º. 
Comporta suspensão penal do processo, dos institutos despenalizadas. 
A fraude é tudo no estelionato, apenas existe estelionato mediante fraude {omissão 
para obter uma vantagem indevida em prejuízo alheio}. No furto subtrai a coisa 
alheia móvel {pegar, levar}, no estelionato a vitima entrega o objeto para o agente 
criminoso {estelionatário}. 
O estelionato é fraude, quando incide a morte da vitima é fraude. E a fraude é 
prometer vantagem indevida em prejuízo alheio. 
O código penal sempre prévio como um crime autônomo e independente, mas no 
penal é enganar a pessoa para obter prejuízo alheio {arrumo o computador, mas 
nunca fui de arrumar} é o conto do bilhete premiado. O do telefonema, isso é fraude 
Comentado [LM44]: HUNGRIA – sustentava que a 
profissão é o gênero que é oficio e emprego, ou seja, existe 
um vínculo empregatício entre o proprietário e o possuir do 
objeto. Não confunde posse com mero contato com os 
objetos. Ofício – conserto de sapato, geladeira. 
é estelionato. Para o recebimento de um ilícito {tem que ter a possibilidade de 
diminuir o patrimônio com a conduta}. 
A arte de negociar, de trocar, vender faz parte do ser humano da nossa índole 
obtendo na medida do possível o lucro, legitimo e legal. O problema é quando esse 
lucro é quando ultrapassa a moralidade, a legalidade na venda dos objetos e busca 
um ganho ilícito {passar para trás a vítima} e daí surge a fraude a penal {civil}. 
A doutrina penal tem uma certa dificuldade em estabelecer a fraude penal e da civil, 
Aníbal Bruno sustentava seria o lucro preordenado {o dolo de cara de passar a pessoa 
para trás}, com o seguinte exemplo: vende um automóvel sem a caixa de 
transmissão, mas se vender com um defeito na caixa de transmissão é um ilícito 
civil. 
Exemplo: o sujeito se dizia um exímio vendedor de automóvel e não tinha dinheiro. 
O mesmo cliente emprestou 100 mil reais, e dizendo isso alugaram um terreno e 
fizeram um estacionamento de carro e encheu de carro, a prestação de contas era 
horrível. Com o passado de 2 anos, e chegou o dono de dinheiro,e vendeu e perdi. 
E fez uma confissão de divida em prestações e o dono do dinheiro fez um inquérito 
policial, e na defesa do inquérito policial. 
• Bem jurídico tutelado: patrimônio representado pela posse e detenção. 
• Crime comum: qualquer pessoa pode pratica-lo, não exige nenhuma 
qualidade especial. 
• Sujeito passivo: é qualquer pessoa que tenha a capacidade de 
discernimento, se ele não tem capacidade para entender ele não pode ser 
vítima do estelionato. 
• Elemento subjetivo: ‘obter’ {ter a posse} ‘para si ou para outem 
vantagem indevida’ – a vantagem indevida tem que ter natureza 
econômica, embora o tipo penal não fale de maneira expressa, ou senão tem 
que ter o prejuízo natureza econômica. O código fala de ‘vantagem ou 
prejuízo alheio’. 
Todo o estelionato precisa de vantagem indevida em prejuízo alheio, com uma 
conduta do agente, com a indicação de meio “no momento da ação do agente” que 
ele vai obter a vantagem, não é passada e nem futura. 
Concurso de pessoa = divisão de trabalho. 
A doutrina majoritária defende que tem que ter natureza patrimonial, o Bittencourt 
que não precisa ter a vantagem patrimonial, mas o prejuízo sim. 
 - ‘induzindo ou mantendo alguém em erro’: o verbo induzir {persuadir, 
tentar convencer}, e manter {alimentar, instigar} ou seja, a vítima a erro. A pessoa 
incidiu a erro e o agente criminoso alimenta o erro. 
É um ‘meio’- a pessoa esta incidindo em erro e eu estou alimentando. Exemplo: um 
relógio do Paraguai que convenço a pessoa que é caro, e vendo. 
• Elemento subjetivo: dois elementos subjetivos {especial e geral}. O 
‘induzindo’ – o objeto é preordenado, eu sei que vale 1,500 e falo que é 500 
reais. Na modalidade ‘manter’ a vítima em erro – o dolo é concomitante, a 
vitima incidiu em erro e eu mantenho ela em erro, mediante um artificio 
ardil ou outro meio fraudulento. 
 
Erro é a falsa concepção da realidade – como compro um gato por lebre. 
Os meios pelas quais pode induzir a vítima em erro – ‘artificio ardil’ ou 
‘fraudulento’. O primeiro aspecto é que o meio tem que ser idôneo capaz de enganar 
a vítima, se o meio foi inidôneo não estamos na presença do estelionato “enganar o 
homem médio”. 
Esse ‘outro meio’ de forma casuística tem que ser igual ou semelhante ao artificio 
ardil, capaz de enganar as pessoas. O cheque quando bem falsificado é cabível neste 
outro meio. 
‘artificio’ – a palavra significa sinônimo de arte, é feita por um artesão significa 
perfeição na elaboração do objeto. Aquele artificio é tão bem feito é capaz de 
enganar varias pessoas. Exemplo: é o conto do bilhete premiado. 
‘ardil’ – é mais intelectualizada. Exemplo: o cara monta uma loja falsa de 
automóvel, no aspecto psíquico. 
• Consumação: o crime de estelionato é um crime material e instantâneo, em 
que a pessoa tem o prejuízo alheio. Um aspecto interessante que o 
estelionato tem que ser determinado, sendo indeterminada o crime é contra 
a econômica, consumidor, a doutrina trata como torpeza bilateral. Não 
apenas o estelionatário está com o dolo de obter vantagem alheia. 
Exemplo: o sujeito pretende matar determinada pessoa, e contrata uma pessoa e 
paga o dinheiro da pessoa, mas nunca mais encontra a pessoa. 
Exemplo: a mulher que compra uma pílula abortiva, mas não é abortiva. 
Comentado [LM45]: Com a copa de 1962, algumas casas 
tinham televisão e apertava a companhia, e pedia para pegar a 
televisão. E a empregada pegava a televisão e mandava para a 
eletrônica DIAS. Tinha um estelionato contra a empregada. 
Comentado [LM46]: Eventual estelionato contra 
deficiente é o artigo 173 do Código Penal. de abuso de 
incapazes. Isso cabe a história de que crianças que trocavam 
a bicicleta por uma caixa de bombom. 
Comentado [LM47]: Bittencourt. 
Comentado [LM48]: É naquele momento que pratica a 
ação que tem de buscar a vantagem em prejuízo alheio. 
Comentado [LM49]: Hungria sustentava que a vítima não 
conseguiria entrar na esfera civil para cobrar o débito. Todas 
as condutas o direito civil não agasalha a restituição, se o 
código civil não será direito penal que irá fazê-lo, por conta 
de destituir o direito harmônio. Mas é uma tese vencida, os 
tribunais extraordinários e Noronha, que todos nesses 
exemplos a um crime de estelionato, porque houve um 
artificio, ardil para que o agente buscasse um prejuízo alheio. 
A conduta da vítima é equivalente um crime impossível. 
§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem: 
Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro 
V - Destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a 
saúde, ou agrava as consequências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização 
ou valor de seguro; 
Fraude no pagamento por meio de cheque 
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o 
pagamento. 
22.10.2018 
• O falso e o estelionato. 
Cheque é uma ordem de pagamento a vista, e cheque como elemento normativo. 
Exemplo: eu passei um cheque, mas estava com a conta encerrada. Isso caracteriza 
o §2°, IV? Não pode ser esse, porque o emite o cheque sem provisão de fundo 
suficiente, existe conta corrente? Não tem mais, em consequência disso não pode o 
§2°, inciso IV. E sim o outro meio fraudulento que diz o caput. 
Exemplo: cheque dado em aposta de jogo. A doutrina tem sustentado que cheque é 
uma ordem de pagamento a vista, e o jogo tem que licito, se ele voltar sem fundo 
caracteriza o §2°, inciso IV. Se o for ilícito jogo não caracteriza. 
Alguns autores têm que sustentado que o §2°, inciso IV – quem caracterizado 
como crime próprio, porque apenas o correntista pode fazê-lo. 
O inciso V – constitui um crime próprio. 
§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de 
direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência. 
Estelionato contra idoso 
§ 4o Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso. 
 
CAPÍTULO VII 
RECEPTAÇÃO 
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou 
alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a 
adquira, receba ou oculte: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
É a mesma pena do furto simples, comporta suspensão condicional do 
processo. 
O código diz da recepção, definida como a conduta de adquirir, receber, 
conduzir, transportar, que sabe é produto de crime. Ela oferece determinado objeto, 
e eu sei que é produto de crime e eu compro. 
• Bem jurídico tutelado: o código fala de coisa e produto de crime, em 
consequência o bem jurídico é o patrimônio, representado pela propriedade 
pela posse e detenção. Ao contrário da apropriação indébita que até a posse 
é tutelada. 
• Estelionato é duplo resultado, e a receptação desvincular o autor da 
recepção com o crime precedente, se vincular cai a receptação. 
• Receptação própria – caput, 1ª parte 
• Sujeito ativo: qualquer pessoa. Inclusive o proprietário do objeto. Exemplo: 
quando o código fala de furto fala de subtrair coisa alheia, e roubo subtrair 
coisa alheia móvel, quando ele fala da receptação coisa produto de crime, 
em consequência disso pode o proprietário ser o autor do crime. 
Eu entrego na caixa econômica alguns objetos e roubaram as joias, e um cara oferece 
a minha joia {meio objeto} em poder da caixa, sabendo que é produto de crime, 
sabendo que é produto de crime. 
O sujeito ativo pode ser o proprietário, desde que o bem esteja da posse de 3ª pessoa. 
Exemplo: se eu peço para roubarem um carro x, ou seja, ainda não foi furtado isso é 
mais fácil ser enquadrado como autor intelectual do que por receptação, pois eu 
induzia pessoa a furtar o carro, com a participação em sentido estrito. 
Comentado [LM50]: A vantagem indevida em prejuízo 
alheio tem que estar presente. O bem jurídico tutelado é o 
patrimônio do segurado, o sujeito ativo é qualquer pessoa, 
desde que seja segurado (crime próprio). O sujeito passivo é a 
empresa seguradora. Elemento objetivo: o código diz que 
‘destruir total ou parcialmente’ – elemento subjetivo com o 
intuito de ter vantagem econômica. Ou ‘oculta coisa próprio’ 
– esconder coisa própria com o intuito de obter vantagem. ‘ou 
leva o próprio corpo ou a saúde’ – autolesão não é punida 
com crime autônomo, com o intuito de obter vantagem 
econômica. Ou ‘agrava as consequências da lesão’ – pode 
acontecer que tenha uma lesão, mas eu querer agravar para 
receber o seguro. Com o intuito de receber – É O 
ELEMENTO SUBJETIVO ESPECIAL, ou seja, o crime é 
formal ele se consuma com a ação do agente, ‘destruindo, 
ocultando’ sem o resultado. 
Comentado [LM51]: Com o objetivo de obter vantagem 
econômica em prejuízo alheio. O cheque é a mesma coisa, 
busca a vantagem econômica em prejuízo alheio. No 
momento que coloca em circulação o cheque ‘assina’ o 
cheque você busca uma vantagem indevida a vantagem não 
pode ter sido passada ou futura tem que ser no mesmo 
momento. A maioria da doutrina penal sustenta que o cheque 
é um crime material, portanto ele se consuma quando o banco 
sacado recursa o pagamento, embora Hungria sustentar que 
estaria consumado quando entra em circulação. O cheque é 
ordem de pagamento a vista, o cheque é o elemento 
normativo do tipo penal. o conceito é o dado por outro ramo 
do direito, por isso que o cheque dado a prazo não é crime 
nessa modalidade, eventualmente no caput, porque não é 
ordem de pagamento a vista. Apenas uma hipótese na 
modalidade simples, eu sei que a empresa está vendendo e 
compro toda a mercadoria, e de antemão e eu aviso que não 
vou pagar. 
Emitir – é colocar em circulação. 
Aceita tentativa, o cara vai se arrepende e paga antes 
Frustra a ordem de pagamento – retiro o dinheiro, 
modificar a assinatura. A doutrina penal discute os casos de 
endosso. 
• Crime autônomo e independente, porque se vincular o sujeito do crime 
precedente, cai a receptação. 
• Sujeito passivo: é a vitima do crime precedente, se ela me vendeu um objeto 
furtado a vítima da recepção é a proprietária da bolsa. Quando houver uma 
recepção pronta e acabada, tem uma vitima {sempre é a pessoa vítima do 
crime precedente}. Tem que ser consciência não necessariamente 
ciência. 
• Elemento objetivo: 
Adquirir – é comprar, dar em pagamento, ter na posse. ‘Receber’ – aceitar, ter na 
posse. ‘Ocultar’ – ocultar o crime. ‘Conduzir e transportar’ – transportar é levar 
de um lugar para outro, no entanto, tem um poder de mando {tem alguém que manda 
conduzir o objeto}, porque é assim de acordo com a Lei 9426, acontecia o sujeito 
recebia para levar um automóvel para o Paraguai, e esse sujeito o carro era roubado 
e furtado. 
Tem que ofender o patrimônio da vítima não necessariamente contido no título 2. 
Objetos furtados por menores de idade constituem a receptação. 
• Elemento subjetivo: 
Dois elementos subjetivos: geral ‘dolo’ e um especial ‘em proveito próprio ou 
alheio’. 
• Consumação e tentativa: crimes instantâneos. Os demais objetos 
enquanto estiver transportando o objeto, variável conforme o tipo de ação. 
• Tentativa: é possível nas mais variadas hipóteses, no momento da 
aquisição, recebendo, conduzindo o objeto, transportar o objeto isso é 
tentativa, na modalidade ocultação não aceita na forma tentada. 
• Crime material, com o resultado naturalístico. 
A aquisição no momento de vários objetos furtados e de varias vitimas configura 
apenas uma receptação. No entanto de varias objetos em dias alternados constituem 
vários crimes, dependendo de alguns aspectos pode ser considerado crime 
continuado. 
• Receptação impropria – caput, 2ª parte 
(...) ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: 
Essa influencia apenas tem sentido quando 3º de boa-fé adquire porque ai 
seria receptação. Mas a corrente majoritária sustenta que a receptação 
impropria é um crime formal, bastando a influência. O legislador não incluiu 
a recepção imprópria. O ato de instruir a comprar produto de crime, eu 
cometi na hora o crime, outros entendem que apenas se consumam ela 
realmente compra e oculta. 
O caput constitui um crime em sentido amplo, um tipo penal misto, alternativo e 
cumulativo de delitos. 
23.10.2018 
• Fragoso sustentava que pode ter a receptação de coisas imóveis, é a 
corrente minoritária. A corrente majoritária vem com Hungria, receptação 
seria contrassenso se dizer coisa móvel, não precisa dizer seria 
desnecessário porque a própria palavra encobrimento menciona sobre 
coisas. 
Apenas o dolo direto, coisa que sabe ser produto de crime, pode acontecer 
eventualmente com o dolo eventual, vai cair na receptação culposa. 
Se agir com dolo eventual cairá na receptação imprópria. 
• Receptação qualificada - §1º 
 
Receptação qualificada 
 
§ 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, 
remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou 
alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto 
de crime: 
Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. 
 
O tipo penal simples é o caput e o qualificado em parágrafos {derivado}. As 
qualificadoras são circunstâncias de natureza objetiva e subjetiva. 
É um tipo penal ampliado uma vez que o legislador colocou mais verbos. 
• ‘ter em deposito’ – crime próprio, tem que ser comerciante ou industrial 
uma coisa que ele deve saber que é produto de crime. 
• ‘desmontar’- vem em função do desmanche de veículos. 
• ‘montar e remontar’. 
• ‘vender, expor a venda’. 
 
É um crime próprio exige uma qualidade especial do sujeito ativo, o terceiro aspecto 
do §1° ‘ter em deposito’ – crime permanente. ‘montar, desmontar e remontar’- 
crime instantâneo e ‘vender’ – instantâneo e ‘expor a venda’ – é permanente. 
• Nos demais é um crime instantâneo. 
• Crime de ação múltipla. 
• Elemento subjetivo: “que deve saber” – indica dolo eventual e dolo direto. 
• Receptação qualificada por equiparação - §2 
 
§ 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior, qualquer forma 
de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercício em residência. 
 
O legislador diz que se equipare ao comercio, o comercio clandestino e irregular. Na 
época dos desmanches eram feitos nos fundos de residências e casas. 
 
• §1° - são atividades licitas, ele vende expõe, monta um objeto que é produto 
de crime. 
• §2° tem a mesma atividade comercial, só que não é legalizada. 
 
• Receptação culposa - §3° 
§ 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e 
o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso: 
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou ambas as penas. 
• Comporta todos os institutos despenalizadores da lei 9099. 
• Para definição traz três indícios indicativos de que o agente receptor 
deveria tomar mais que cautela e assim pela imprudência na prática de uma 
das ações nucleares que o §3º traz. 
• ‘adquirir ou receber’. 
• Devendo presumir que tinha natureza culposa, pela própria natureza indica 
que é culposa. Exemplo: livro que tem o timbre do UniCuritiba. 
1. natureza 
2. valor pago 
3. condição de quem oferece. 
§ 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecidoou isento de pena o autor do crime 
de que proveio a coisa. 
• Artigo 26, 27 do Código Penal, mesmo que o crime tenha sido praticado 
por menor ou inimputável a lei exige que o produto seja produto de crime. 
• Autonomia e independência do crime de receptação. 
• Ainda que desconhecido o autor do crime precedente, nos casos em que o 
revolver furtado da minha casa {sabia que era produto de crime} mas já era 
furtado, ele apenas vai ser punido pela receptação. 
§ 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em consideração as 
circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2º 
do art. 155. 
• Na recepção dolosa privilegiada – também aceita o privilegio {art. 155, 
§2°}. 
• Na hipótese do §3° - instituto de perdão judicial {primariedade, analisa as 
circunstâncias do fato concreto do indicativo da culta – culpa grave, leve}. 
§ 6o Tratando-se de bens do patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal, de 
Município ou de autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de economia 
mista ou empresa concessionária de serviços públicos, aplica-se em dobro a pena prevista 
no caput deste artigo. 
CAPÍTULO VIII 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Imunidade penal absoluta (escusas absolutórias) 
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em 
prejuízo: 
• Do furto até a receptação. 
I - Do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; 
• É um elementar normativa a expressão cônjuge, a doutrina penal cônjuge 
apenas pode ser fruto do casamento, e o companheiro amante, fruto de união 
estável nada aproveita nesse artigo. 
• Sustenta que a separação de fato não afasta a imunidade penal absoluta. 
Comentado [LM52]: Nomina as pessoas vítimas de 
receptação própria. Nesse caso colocou o distrito federal, a lei 
que unificou o § é de 2017. 
Autarquias, fundações públicas, empresa Pública, sociedade 
de economia mista ou empresa concessionaria, não incluiu as 
ONG’s nem o serviço social autônomo. 
Comentado [LM53]: É isento de pena para todos que 
cometem crime referente ao titulo 2. Isso levou aos adeptos 
da teoria finalista que aqui está a prova cabal que adotou a 
teoria finalista da ação, a culpabilidade seria um pressuposto 
de finalidade. É conhecido como IMUNIDADE PENAL 
ABSOLUTA ou ESCUSAS ABSOLUTÓRIAS. 
Comentado [LM54R53]: Isso por exame da OAB vem com 
essa terminologia. 
II - De ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou 
natural. 
Imunidade penal relativa (escusas absolutórias) 
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é 
cometido em prejuízo: 
I - Do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; 
II - De irmão, legítimo ou ilegítimo; 
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. 
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores: 
Não aplica nenhum se o crime for praticado: 
I - Se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave 
ameaça ou violência à pessoa; 
• Roubo ou extorsão se houver violência não comporta esses institutos. Mas 
pode acontecer alguns crimes que não exigem grave ameaça, mas pode ser 
praticado com ameaça, como o crime de dano majorado, estelionato. 
II - Ao estranho que participa do crime. 
• A ideia de estranho, o código penal já havia trazido no artigo 30 mas o 
legislador colocou no artigo 30. Que circunstâncias incomunicáveis salvo 
quando elementares ao tipo penal. 
III - se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. 
Damásio fala que não precisa abrir inquérito policial, mas o professor acredita que 
deve ser aberto para verificar e depois realizar a aplicação. 
29.10.2018 
Questões de associação criminosa. 
30.10.2018 
 TÍTULO VI 
 
DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL 
 
CAPÍTULO I 
 
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL 
 
Antes era definido como os crimes DOS crimes contra os costumes sexuais das 
pessoas, de encontro com a moral pública sexual. E alguns crimes violentos o 
primeiro deles era o estupro {constranger mulher, mediante violência grave ameaça 
através de conjunção carnal} apenas era sujeito passivo a mulher e conjunção carnal 
era a penetração completa ou incompleta {qualquer que não fosse isso era tentado 
violento ao pudor}. 
O legislador penal e modifica, lança a lei 12.115 e unifica o crime de estupro e o 
atentado violento ao pudor, e muda o título. 
 
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal 
ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: 
 
• O legislador penal apenas juntou, então o cara faz tudo e incorre apenas em 
um crime. 
• O crime 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. 
 
• Bem jurídico tutelado: dignidade sexual, mais especificamente a liberdade 
sexual. 
• Sujeitos do crime 
• Sujeito ativo: crime comum, qualquer pessoa pode praticar. 
• Elemento subjetivo: O código menciona em ‘ter conjunção carnal’ ou 
‘praticar ou permitir’– quando falamos em conjunção carnal na 
modalidade que é praticado apenas o homem poderia ter a capacidade de 
penetração, antes da modificação da lei penal alguns autores sustentavam 
que a mulher não poderia ser autora, pois era a modalidade de conjunção 
carnal. Mas é um engano, pois o crime de estupro é necessário constranger 
alguém mediante violência ou grave ameaça. Podendo ser coautora do crime 
{ato de coação}. 
Também pode a mulher ser autora do crime, nessa modalidade ‘conjunção carnal’ 
pode uma mulher pegar duas pessoas e dizer para manter a conjunção, ela será a 
única autora mediata do crime de estupro. 
Comentado [LM55]: Ascendente – pai, avo, e descendente 
– filho, neto. Legitimo ou ilegítimo e isso porque não poderia 
registrar filho alheio {se fosse casado com outra pessoa}para 
efeitos penais os adotados são considerados filhos. 
Comentado [LM56]: IMUNIDADE PENAL RELATIVA 
Comentado [LM57]: O MP apenas pode oferecer denuncia 
se a parte ofendida pedir. 
Comentado [LM58]: Essa expressão ‘desquite’ foi abolido 
do código civil em 1977 e até hoje não foi corrigido, algumas 
pessoas sustentam que basta colocar o divórcio, e outros 
sustentam que o desquitado não é o divorciado, não 
significam a mesma coisa. alguns autores como Damásio 
basta apenas substituir. 
Os separados judicialmente. 
Comentado [LM59]: Em função da legislação antiga que 
tinha. 
Comentado [LM60]: Tio ou sobrinho, não pode criar uma 
amizade e acreditar que é tio. Tem que ser o tio de sangue 
{não é por afinidade}. 
Comentado [LM61]: A não aplicação de nenhum artigo181 
e 182 se o crime for praticado: 
Comentado [LM62]: Circunstâncias incomunicáveis 
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições 
de caráter pessoal, salvo quando elementares do 
crime. 
Comentado [LM63]: Estatuto do idoso, não aplica as 
imunidades. 
Autora mediata e imediata, não pode ser autora única porque ela não tem o órgão 
masculino. 
• Sujeito passivo: crime comum, tanto homem quanto a mulher. Embora 
tenha observações quando for mulher. 
Exemplo: o marido pode ser sujeito ativo do crime de estupro, Noronha, Hungria 
tinham o entendimento diferente o crime de estupro é a copula sem a concordância 
da mulher sendo ilícita, com o casamento surge o Dever de copular entre os 
cônjuges, em razão que autoriza a anulação do casamento. Sendo assim não teria 
censura a que força a mulher. Salvo quando justo motivo da mulher, ‘motivo de 
ordem física – período menstrual, pós-operatório’, mas dava os motivos de ordem 
moral ‘no dia damorte do filho do casal’, fora disso ele dizia que era obrigação. 
Atualmente a ideia que os dois tem o mesmo direito e é o crime de estupro. 
 
• Elemento objetivo: ‘Constranger’ – impor, obrigar, forçar, no entanto, 
nada censurado em termos de estupro se esse constrangimento não for 
acoplado a violência ou a grave ameaças {exemplo: o homem que 
perseguiu}. Quando um sujeito constrange alguém e tem esse intuito 
iniciou o tipo penal. 
• Meios coativos: ‘Violência’ – desforço contra o corpo da vítima, ou 
eminência de ocorrer. ‘a grave ameaça’ – eminência de ocorrer, tem que 
ser grava ao ponto de causar o terror a vítima, se ela tem outro meio. O que 
o código exige é o dissenso, oposição total e absoluto. 
‘outro ato libidinoso’ – apenas caracterizar aqueles sem o consentimento. 
Exemplo: casal vai para o motel e a mulher desiste, mas o homem força o crime é 
de estupro. 
O estupro não precisa do contato físico, é necessário o contato, mas não 
indispensável como sustentava Nelson Hungria. 
 
• Elemento subjetivo: é o ‘dolo’ genérico, a doutrina majoritária tem 
sustentado que não precisa de um elemento subjetivo especial, qual seja a 
‘satisfação da lascívia própria’. 
QUALIFICADORA: 
 
§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 
(dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos; 
 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. 
• Onde o legislador colocou ‘ou’ tem que ser ‘e’. Por senão teríamos um 
estupro de vulnerável. 
• O código comentou apenas a idade da vítima. 
 
 
LESÃO CORPORAL QUE RESULTA MORTE: 
1. Apenas a título de culpa, não de dolo. 
 
§ 2o Se da conduta resulta morte: 
 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos 
 
Violação sexual mediante fraude 
 
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante 
fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima: 
 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
 
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-
se também multa. 
 
Estupro de vulnerável – algumas considerações, pode ser cometido com violência 
ou grave ameaça, ou sem. Isso é irrelevante. 
 
 
CAPÍTULO II 
DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL 
 
Estupro de vulnerável 
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 
(catorze) anos: 
 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. 
 
2. E quando a vítima permite, como que fica no tipo penal? tem que ‘praticar’ 
de maneira ativa. 
O artigo 224 – presunção de violência, ou seja, era uma presunção de violência 
pegava o menor de 14 anos e praticava o ato libidinoso e presumia a violência, se 
esse ato fosse conjunção carnal, seria estupro. E é uma presunção absoluta ou 
relativa? Se for absoluta não aceita prova em sentido contrário {presume a violência 
ou é relativa}. 
Prevalece o entendimento que a presunção é relativa – tem que analisar o caso 
concreto {se a pessoa tivesse conhecimento não caracterizaria crime. 
Comentado [LM64]: O Bittencourt, podemos repensar o 
resultado qualificador a título de dolo. Sustenta que é uma 
pena igual do homicídio qualificado. 
O legislador penal com a lei 12.015 – estupro de vulnerável {fragilidade}. É isso 
que o legislador procura preservar? Sim, então as pessoas que já tiveram atividade 
sexual não são consideradas vulneráveis. 
Rogerio Grecco, diz que o código tratou de idade é fatal não se discute, se conhece 
ou não. Qualquer ato libidinoso contra menor de 14 anos é considerado estupro de 
vulnerável. 
O Guilherme Nutti, diz que a presunção ainda é relativa e tem que analisar o caso 
concreto. Nada impede um eventual erro do elemento constitutivo do tipo. 
 
3. O dolo pressupõe o conhecimento de todos os elementos do tipo penal, 
quando pratica ato libidinoso com menor de 14 anos, para ser enquadrado 
tem que saber a idade da vítima {elementar do tipo}. Nada impede o erro no 
tipo. 
 
05.11.2018 
 
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por 
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do 
ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. 
 
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. 
 
Resultado morte: 
 
§ 4o Se da conduta resulta morte: 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. 
4. No estupro de vulnerável não importa o consenso da vítima, com violência 
ou grave ameaça {exerce sob o art. 217}. 
 
§ 5º As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º deste artigo aplicam-se 
independentemente do consentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido relações 
sexuais anteriormente ao crime. 
 
CAPÍTULO IV 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação 
penal pública incondicionada. 
Parágrafo único. (Revogado) 
Causas especiais de aumento de pena: 
Art. 226. A pena é aumentada: 
I - De quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais 
pessoas; 
II - De metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, 
companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro 
título tiver autoridade sobre ela; 
IV - De 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado: 
Estupro coletivo 
a) mediante concurso de 2 (dois) ou mais agentes; 
Estupro corretivo 
b) para controlar o comportamento social ou sexual da vítima. 
Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena é aumentada: 
III - de metade a 2/3 (dois terços), se do crime resulta gravidez; 
IV - De 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o agente transmite à vítima doença sexualmente 
transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador, ou se a vítima é idosa ou pessoa 
com deficiência. 
Estupro de vulnerável – algumas considerações, pode ser cometido com violência 
ou grave ameaça, ou sem. Isso é irrelevante. 
 
 
Comentado [LM65]: O que prevalece é o resultado 
qualificador morte, é um estupro consumado qualificado. 
Embora alguns doutrinadores sustentem que seja um estupro 
tentado, esse resultado qualificador apenas a tipo de culpa 
{preterdoloso}. 
Comentado [LM66]: Ação penal pública incondicionada. 
A lei 13718 mudou, ou seja, os crimes do capitulo I e II. 
Estupro e 
Comentado [LM67]: Autoridade sobre ela – é o carcereiro 
em relação as pessoas. 
Comentado [LM68]: Exemplo de Califórnia em que dois 
rapazes estupraram a moça. 
Comentado [LM69]: Buscar o controle do comportamento 
social e sexual da vítima. Exemplo: estupro de léxicas, 
homossexuais. 
Comentado [LM70]: Se a pessoa for deficiente cabe no 
estupro de vulnerável. 
ASSÉDIO SEXUAL 
Assédio sexual 
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, 
prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência 
inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função." 
Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. 
Parágrafo único. (VETADO) 
§ 2o A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) 
anos. 
• A pena é detenção então comporta os benefícios da lei 9099. A competência 
é dos juizados

Continue navegando