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PROCESSO PENAL IV- MURILO BUCHMANN

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DIREITO PENAL IV- MURILO BUCHMANN
Prova: 8 objetivas e 2 discursivas
Primeira Prova: 12 crimes
Segunda Prova: 18 crimes
Trabalho: não tem nota
Bibliografia: Tratado de direito Penal- César Roberto Bitencourt 
Decomposição do tipo penal
· Bem Jurídico Tutelado- objeto jurídico- objetividade jurídica
O que a norma penal protege. Honra, patrimônio, vida. 
· Sujeitos do crime- ativo. Cuide e art 2º- PASSIVO
Ativo: quem pratica o crime;
Passivo: quem sofre a descarga criminosa;
Art 29: concurso de pessoas
· Elemento Objetivo (descritivo)- tipicidade objetiva
Verbo
· Elemento Subjetivo- dto- diverso do dolo- tipicidade subjetiva
Referentes a intenção do sujeito.
Doloso: Quer ou assume o risco de produzi-lo
Culposos: Não quer praticar, mas por ausência, prudência ou imperícia acaba acontecendo.
Elemento normativo: São elementos que precisam de valoração prévia. 
· Consumação- tentativa
· Pena: ação penal
· Classificação Jurídica
Crime simples: protege um bem jurídico
Crime complexo: protege mais de um bem jurídico
Aula 18.02.19
CRIME DE HOMICÍDIO
Matar- ceifar a vida de alguém
a. Bem jurídico tutelado: Vida de uma pessoa
b. Classificação: simples- protege só um bem jurídico 
c. Sujeito do crime: Comum-qualquer pessoa pode praticá-lo
d. Elemento objetivo: Verbo- matar
Quando se inicia a vida? Quando o feto se aloja na membrana uterina é que o DP se preocupa.
Homicídio: desde o início do parto qualquer tentado é homicídio. 
Cesária: com a primeira incisão. 
e. No crime de homicídio o mesmo bem jurídico é o mesmo objeto material: o ser humano. 
f. Conduta: pode ser uma ação ou omissão. Pode haver homicídio doloso da forma omissiva? Sim, se a pessoa estiver na posição de garante. 
PODE SER COMISSIVA OU OMISSIVA SE ESTIVER NA POSIÇÃO DE GARANTE
Art 13, §2: Aqueles que possuem a posição de garante e não fazem responde pelo crime. 
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
Ex: Mãe que não alimenta seu filho querendo a sua morte. Bombeiro que não quer salvar as pessoas de um incêndio.
SÓ DEVE SER VISTA DE O AGENTE SE ENCONTRAR EM ALGUMA DESSAS 3 LINHAS
· A forma é livre: pode optar a forma que quer para matar a pessoa
g. Elemento Subjetivo: art 20 CP. É o dolo que pressupõe o conhecimento de todos os elementos integrantes do tipo penal. 
· QUESTÃO
Quanto ao elemento subjetivo: 
 O sujeito quer matar o comandante do avião porque ele conseguiu que a sua noiva largasse ela em função do comandante e decidiu explodir o avião com este pilotando. Explodiu matando o comandante e todos os demais ocupantes.
Quando ao elemento subjetivo classifique.
Quanto ao comandante: dolo direto de 1º grau
Quanto a tribulação: dolo direto de 2º grau- consequência necessária. Escolheu o meio, queria o resultado.
· Ver diferença entre dolo direto de 2º grau e dolo eventual
h. Resultado Naturalístico: Material e se consuma com a morte do agente.
i. Instantâneo: se consuma em um momento só, com a morte.
j. Comporta o crime tentado. Art 15. 
COMPORTA TENTATIVA
Tentativa Perfeita: só comporta arrependimento eficaz. Fez todos os meios, mas mesmo assim não conseguiu.
Desistência voluntária: não esgotou a potencialidade ofensiva, mas desiste de continuar. Responde até onde praticou. 
Na desistência você analisa o caminho do crime- não pode esses atos praticados chegar perto da execução. EX: dei o tiro em uma pessoa, mas não matei. Dei outro tiro, não consegui matar novamente. A filha do sujeito pede para parar e eu paro. É tentativa de homicídio e não desistência voluntária.
NA DESISTENCIA VOLUNTÁRIA EU NÃO POSSO ESGOTAR OS MEIOS NEM CHEGAR PERTO DO QUE SERIA NECESSÁRIO PARA A EXECUÇÃO. CASO NÃO TENHA SE COMSUMADO POR FATO ALHEIO ASUA VONTADE, EX DEI O TIRO, MAS NÃO MATOU, ENTÃO É TENTATIVA. 
§1.  Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
HOMICIDIO PRIVILEGIADO NÃO SE TRANSFERE A TERCEIROS, POIS TRATA-SE DE UMA CARACTERÍSTICA PESSOAL NÃO ELEMENTAR DO CRIME, TENDO SOMENTE O PRIVILÉGIO QUEM PRATICOU POR REVELANTE MOTICO SOCIAL/ MORAL OU EIVADO DE EMOSSÃO LOGO APÓS INJUSTA PROVOCAÇÃO DA VÍTIMA. 
Logo em seguida é na sequência. Não pode tempo depois arguir injusta provocação da vítima. 
Relevante valor social: matar um criminoso famoso. 
Relevante valor moral: ele mata por um motivo que ele considera relevante. Mas a sociedade deve dar aval. Ex: sujeito que mata o estuprador da sua própria filha, eutanásia. 
HOMICÍDIO QUALIFICADO- AULA DIA 20/02/19
Qualificadora: OS CLÁSSICOS DA DOUTRINA AFIRMAM QUE NÃO PODERIA HAVER QUALIFICADORA E PRIVILEGIADO AO MESMO TEMPO, POS SERIAM ANTAGÔNICOS. 
PORÉM OUTRA PARTE DA DOUTRINA,MAIS ATUAL, AFIRMA QUE SERIA SIM POSSÍVEL CUMULAR AS QUALIFICADORES DE NATUREZA OBJETIVA COM O PRIVILÉGIO, EX: MATAR O ESTUPRADOR DA FILHA USANDO MEIOS CRUÉIS. SÓ NÃO PODERIA CUMULAR O HOMICÍDIO PRIVILEGIADO COM UMA QUALIFICADORA SUBJETIVA	 
§ 2° Se o homicídio é cometido:
  I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
 II - por motivo fútil;
 III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
  IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido;
  V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
  Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO QUALIFICADO É HEDIONDO? Em um embate de crime que considera-se qualificado e privilegiado, este sempre se sobressairá, em analogia ao art. 67 CP, ou seja, não será hediondo. 
 Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência. 
Prevalecer a de caráter pessoal. Não seria hediondo.
HOMICÍDIO QUALIFICADO É HEDIONDO. MAS NO CASO ACIMA SERIA UMA EXCEÇÃO. 
Motivos e meios: natureza objetiva. 
· Motivo- torpe (dinheiro) ou fútil (idiota)
· Meios (sofrimento)
· Modos (surpresa)
· Fins (esconder outro crime)
· Feminicídio
· Autoridade
Qualificadoras
MOTIVOS: Natureza subjetiva 
I - mediante paga ou promessa de recompensa ou por outro motivo torpe. NATUREZA ECONÔMICA, QUERER VANTAGEM ECONÔMICA
Ex: Promessa de casamento
a. “A gente mata o seu marido, ficamos com a pensão por morte dele e dai casamos”- Tem também natureza econômica
b. “A gente mata o seu marido, pois ele te machuca e dai podemos casar e se livrar dele ” (não tem natureza econômica).
O crime de homicídio pelo pagamento de promessa de recompensa é sempre crime plurisubjetivo - há necessidade de no mínimo 2 pessoas, o que promete e o que executa. 
Os dois respondem pelo crime qualificado ou só o autor? 
R: Circunstância individual: circunstância individual, não elementar. Somente o autor responde pelo crime qualificado de promessa de recompensa, pois como não é elementar do crime, não se comunica.
I. Ou por outro motivo torpe: (ex: vingança, não pagou uma dívida, motivo repugnante que causa motivo de revolta);
A vingança nem sempre tem motivo torpe, pode haver motivo nobre. Analisar no caso concreto.
OBS: A doutrina antiga afirma que deve ter natureza econômica, enquanto a nova doutrina afirma que o legislador, se tivesse a intenção de aceitar apenas a natureza econômica, teria feito que nem o 158 - deixado explícita a vantagem econômica -, portanto, é aceito todo tipo de vantagem, todo motivo torpe.
II. Motivo fútil: Insignificante, desarazoável.
Ausência de motivo seria motivo fútil: Para alguns sim e para alguns não. Para o professorpara ter motivo fútil deve ter motivo.
MEIOS 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
Meio disfarçado, dissimulado: chama-se meio insidioso, como o emprego de veneno sem a pessoa saber.
Obs: Mas se matar com fogo expondo perigo outrem. Responde por concurso com o art 250. Ex: Incendiou o estacionamento de um supermercado.
 Incêndio
 Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem:
 Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
Lei 9455/97-
Crime preterdoloso: dolo no antecedente e culpa no consequente. Tortura que resulta morte: 8-16 anos. 
 IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação (disfarçar o modo de agir, a vítima não tem noção) ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido (superioridade de pessoas- um grande número de pessoas vai matar um).
  V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime
Assegurar execução: ex: mata o segurança para poder sequestrar a vítima.
Assegurar execução: Mata o fiscal do trabalho para ocultar o trabalho escravo
Assegurar impunidade: Mata alguém para que ela não conte a autoria do crime. O crime é conhecido, mas a autoria não. 
FEMINICÍDIO
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino 
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: 
I - violência doméstica e familiar {condição de mulher, ex-mulher};
 II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição. Pena - reclusão, de doze a trinta anos. •Homicídio culposo 
HOMICÍDIO CULPOSO
§ 3o - Se o homicídio é culposo 
· Ação envolta em imperícia- falta de conhecimento que é diferente de inobservância de regra técnica, o qual deve ser aplicado aos profissionais segundo o professor, mas há divergência.
· Negligência – falta com cuidado, faz menos do que deveria fazer
· Imprudência- falta de cautels que o homem médio teria
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
•AUMENTO DE PENA NOS CRIMES CULPOSOS - MAJORANTES NO HOMICÍDIO CULPOSO
§ 4o - No homicídio culposo, a pena é aumentada de um terço, se o crime resulta de 
· inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício
· agente deixa de prestar imediato socorro à vítima
· não procura diminuir as consequências do seu ato
· foge para evitar prisão em flagrante. 
HOMICÍDIO DOLOSO- MAJORANTES
· Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (catorze) anos ou maior de 60 (sessenta) anos. 
Pensar: a vítima precisa de socorro? Só vai incidir se a vítima realmente precisava do socorro (ex: já estava morto, outros já foram prestar socorro).
 § 5o - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. 
Um sustentam que esse atingimento pode também causar um problema material, dano material ao agente. Outros dizem que só os abalos morais, financeiros não.
· § 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. 
Milícia privada: Segurança contratado para prática de crimes
Grupo de extermínio: compõem um determinado grupo que decidem matar pessoas sobre os mais variados pretextos.
STJ decidiu que matar alguém porque é parte de um grupo de extermínio é motivo torpe. 
MAJORANTES NO FEMINICÍCIO
· § 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: (sempre tendo conhecimento do fato) 
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; 
Terminou trabalho de parto inicia os 3 meses. Durante a gravidez (só pode incidir se souber que está matando uma mulher que está grávida).
Mas se sabe que está grávida? Dois crimes pelo homicídio da mãe e pelo aborto. 
II- contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental;  
III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;   
IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.    
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO NO SUICÍDIO
ART 29 INDUZIR, INVESTIGAR E AUXILIAR. MAS NO CASO DO ART 122 TRATA COMO CONDUTA PRINCIPAL E NÃO SECUNDÁRIA.
Partícipe: conduta secundária, não pratica o verbo. 
Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:
Não posso prestar a ação, praticar o ato de execução (ex: efetuar o disparo). 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
CONSUMAÇÃO: COM A MORTE
TENTATIVA: SE RESULTA LESÃO GRAVE; SE RESULTAR LESÃO LEVE A CONDUTA É ATÍPICA. 
Parágrafo único - A pena é duplicada:
Aumento de pena
I - se o crime é praticado por motivo egoístico;
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
INFANTICÍDIO
Art 123
Crime autônomo e independente
Art. 123: Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após : (nascente ou neonato). Não tem razão a sustentação de uma proteção penal a qualquer outro filho da mulher, desde que ela esteja sob o estado puerperal. 
I. Bem jurídico: vida do neonato (o que acabou de nascer) ou do nascente (o que está nascendo). 
II. Sujeito ativo: é um crime próprio, pois existem exigências de quem deverá ser o agente para que o crime seja caracterizado. A mãe da criança.
III. Sujeito passivo: neonato ou nascente. 
IV. Elemento objetivo: Matar- ceifar a vida de outro, do nascente ou do neonato. O crime é de ação livre, pode ser de várias formas. O meio pode ser direito ou indireto. 
V. Elemento subjetivo: mediante dolo direto ou eventual. Se consuma com o resultado naturalístico e material. Não cabe hipótese de infanticídio culposo.
NÃO EXISTE A TÍTULO DE CULPA
VI. Classificação do crime: crime de ação livre, que pode ser praticado de ação direta ou indireta, de maneira omissiva ou comissiva.
Estado puerperal. Relação de causalidade entre o estado puerperal e o resultado do crime. Se não for caracterizado o estado puerperal, a mãe responderá por homicídio. Alterações psicossomáticas que a mulher passa com o parto. O estado puerperal TEM QUE INFLUENCIAR NA MORTE DO NASCENTE OU NEONATO, DEVE HAVER UMA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE.
Art 26 CP- Inimputável. O estado puerperal pode levar a um estado que a mulher perde totalmente a capacidade de entender.
Pode levar a um estado que perca parte da capacidade de entender: responde infanticídio com diminuição.
Caso contrário responde pelo infanticídio normal.
O fator por si só revela um desconforto de sensibilidade quanto a vítima. 
· Devemos entender que estando no estado puerperal mesmo não sendo logo após, sendo um mês depois por exemplo, pode ser considerado infanticídio. O que não pode é filho não ser mais nascente ou neonato, como ter 1 ano, 2 anos.
MAS SE MATA O FILHO ALHEIO ACHANDO QUE ERA O DELA? O erro contra a pessoa não afasta o crime, continua sendo infanticídio. ERRO SOBRE A PESSOA. Art 20
ADMITE A TENTATIVA? Sim, por circunstâncias alheia sua vontade não conseguiu matar. 
VII. Pena: detenção, de dois a seis anos.
CONCURSO DE PESSOAS – ART 29 + 30
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. 
        § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.  
        Circunstâncias incomunicáveis
        Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
É ELEMENTAR? ENTÃO SE COMUNICA E PONTO- TESE MAJORITÁRIA
PARA O PROFESSOR A MÃE PRATICA INFANTICÍDIO MESMO AUXILIANDO E O TERCEIRO 123 TAMBÉM. MAS HÁ PESSOAS QUE DEFENDAM SER HOMICÍDIO DOLOSO QUANDO O TERCEIRO MATA E A MÃE AUXILIA.
Crime instantâneo: Se consuma em um único momento com a morte do nascente ou neonato.
Exemplo: Se a mãe no estado puerperal mata o filho com culpa. Ex: Estava agitada e foi balançar o filho para arrotar e derruba. 
Teoria majoritária. Homicídio culposo: houve a morte de alguém com culpa. Não há previsão de culpa no infanticídio, precisa de dolo.
Teoria minoritária: Atípica. Não há infanticídio culposo.
AULA DIA 11.03.19
ABORTO ARTS. 124 A 128
I. Bem jurídico: vida do ser humano em formação FETO. A formação embrionária do ser humano é quem é defendida. 
Art 124: UM bem jurídico protegido: Protege o ser em evolução
Art 125 e 126: DOIS bem jurídicos: Protege o ser em evolução e a gestante (integridade física, corporal e sua saúde). 
Quando o crime é praticado por terceiro, o que se defende também é a incolumidade da gestante. 
Para o código o ser em evolução é tratado como pessoa
OBS: Em caso de uma gravidez de gêmeos, só responderá por dois, caso seja sabido que são dois fetos (dolo pressupõe conhecimento de todos os elementos subjetivos do tipo penal — relação de causalidade mais elemento subjetivo). 
II. Sujeito ativo: teoria pluralista — um crime para cada pessoa. Não se admite a coautoria no art. 124 porque ele só vai ser aplicado à gestante, já o 125 e o 126 permitem a coautoria e a participação em sentido estrito (entre as várias pessoas que forem realizar o aborto na gestante).
Art. 124. Crime de mão própria. Auto aborto/ consentimento: Só a própria gestante pode fazer ou autorizar outro que o faça. Auto aborto não aceita coautoria, assim como o aborto consentido. TEORIA PLURALISTA OBS: Aceita a participação em sentido estrito.
Art 125 e 126: Crime comum: ao contrário do 124 aceitam a coautoria e a participação em sentido escrito. 
III. Sujeito passivo: Art 124: Ser em evolução-FETO.
 Art 125 e 126: duplo sujeito: De forma imediata, o ser em evolução, e de forma mediata, a gestante.
IV. Elemento subjetivo: mediante dolo direto ou eventual. Se consuma com o resultado naturalístico e material. Não cabe hipótese de aborto culposo. Quando um agente mata uma mulher gravida, sabendo que ela está gravida, ele responderá por homicídio ou feminicídio e aborto. 
· Se desconhece a gravidez não podemos lhe imputar o crime de aborto.
O Aborto não tem uma forma, pode ser feita de diversas formas.
V. Elemento objetivo: estado de gravidez. 
Relação de causalidade entre o estado de gravidez e o resultado do crime. Seja dentro do útero seja fora a morte do ser em evolução. 
VI. Elemento normativo: aborto.
· Crime instantâneo: se consuma em um momento só com a morte do feto.
VII. Pena - detenção, de um a três anos.
VIII. Consumação e tentativa: é possível a tentativa nas três formas previstas de aborto. Não é caso de arrependimento eficaz e nem de desistência voluntaria (não se pune a mulher em função de política criminal- é uma sugestão. MAS HÁ CRIME). 
Ex; Quando um agente enfia a faca várias vezes na barriga da gestante, ela não morre e nem a criança, mas a criança ao nascer morreu em função das lesões sofridas ainda no ventre materno. 
Existem duas hipóteses: ou é tentativa de homicídio em relação à mulher e homicídio consumado em relação à criança (não haveria interrupção da gravidez pois a criança já teria nascido); ou é tentativa de homicídio em relação à mulher e aborto consumado em relação à criança, mesmo que ela tenha nascido (porque ela morre em razão das lesões quando ela era um feto — não é afastada a relação de causalidade, posto que a ação ocorreu quando ela era um feto ainda, quando estava em formação).
VIII. Classificação do crime: crime de ação livre, que pode ser praticado de ação direta ou indireta, de maneira omissiva ou comissiva.
Nada mais é do que a interrupção da gravidez com a morte do feto. O termo “aborto” é elemento normativo do tipo penal, assim, precisa de um juízo de valor, pois exige um conhecimento a mais do intérprete da norma. A sociedade é quem diz o que é o aborto, tanto é que colocar o DIU não se caracteriza, mecanismo que impede que o óvulo fecundado vá para a parede uterina, ou ainda, a pílula do dia seguinte, não são caracterizados como crimes. 
 A proteção jurídico-penal brasileira começa quando o óvulo está fecundado na membrana uterina, ou seja, com a nidação. Finda, portanto, com o início do parto ou a primeira incisão da cesárea, a partir de então, o crime seria de homicídio ou infanticídio. Existem variados tipos de interrupção da gravidez: aborto natural, acidental, social, auto-aborto, aborto consentido, não consentido e consensual. 
O natural e o acidental não são punidos, o primeiro é aquele ocorre por conta do próprio corpo, enquanto que o segundo é quando ocorre algum incidente que o causa, externo ao corpo. Em algumas legislações internacionais, ainda, é permitido o aborto social, para impedir a prole. O nosso código trabalha com 3 tipos de abortos criminosos, o auto aborto, o aborto consentido e o não consentido. A par dessas hipóteses, tem o aborto eugênico que ocorre para impedir que a criança nasça pois ela possui má-formações que são contrarias à vida. Parte da doutrina não concorda, pois a eugenia significa a purificação da raça, assim, defende que por maior seja o problema, o crime é de aborto. 
Feto Anencefálico: No caso do feto ser anencefálico, a interrupção dessa gravidez caracteriza ou não o aborto? O STF decidiu que não caracteriza, fundamentando pelo artigo 3º da Lei 9.434/97, não é aborto pois não tem cérebro, assim, não tem vida, e portanto, não tem proteção penal, de forma que a conduta é atípica. Se não por esse argumento, na culpabilidade, qual conduta que irá se exigir diversa de uma mulher que interrompe a gestação de um feto anencefálico? A doutrina penal, como um todo, tem sustentado desta maneira. A única pessoa que entende de maneira contrária é Adalberto Aranha, que diz ser crime, porque entende que há vida. 
Lei 9434: Essa lei diz que a morte cerebral autoriza a retirada de partes para transplante, o que dirá de alguém que não tem cérebro. 
STF retira o termo ABORDO DE FETO ANENCEFÁLICO, não há crime de aborto na retirada de feto anencefálico. 
· É atípico por que? Várias alternativas da doutrina
1. Atípico por ausência de vida.
2. Atípico por ausência de possibilidade de conduta diversa- Não é culpável
 Espécies de Aborto
· Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento 
Art. 124: Provocar aborto em si mesma ou *consentir* que outrem lho provoque: Pena - detenção, de um a três anos. 
· Aborto provocado por terceiro 
Art. 125: Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: Pena - reclusão, de três a dez anos. 
Art. 126: Provocar aborto com o consentimento da gestante: O consentimento ora integra a tipicidade, como no art. 126 ora afasta a tipicidade, como no art. 150, ora interfere na antijuridicidade, como no caso de furto.
 Art. 150: Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências[…] Pena - reclusão, de um a quatro anos. Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência (pena de 3 a 10).
O auto abortotem previsão na primeira parte do art. 124, enquanto que a segunda parte trata do aborto consentido. O aborto consensual, por sua vez, é tratado no art. 126. Percebe-se que nos arts. 125 e 126 o ser em evolução é protegido em primeiro lugar e secundariamente, a gestante. Faz-se essa diferenciação também quanto aos sujeitos do crime, no art. 124, o sujeito ativo é a mãe, enquanto que nos outros, são pessoas diversas, como o cônjuge, ou o médico, por exemplo. 
 É importante frisar que nas hipóteses de autoaborto e aborto consentido (art. 124) não se aceita coautoria, só a participação em sentido estrito.
O nome que o Código Penal dá, para esse ser em evolução é pessoa, por conta do título “crimes contra a pessoa”.
Agravação pelo resultado 
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente.
· Forma qualificada 
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.
Existem crimes que têm um resultado inicial apenas, mas que podem acabar tendo outros resultados além desse, de ordem dolosa ou culposa. No caso de aborto, que é um dos crimes que pode ser seguido por outros resultados, SÓ PODE SER UM RESULTADO PRETERDOLOSO (CULPOSO). Em caso de resultados dolosos, o crime é qualificado pelo resultado em sentido estrito, já em caso de resultados culposos, o crime é preterdoloso. 
Todos os crimes qualificados precisam se dar em função do dolo.
Art 127: Exemplo de crime preterdoloso- doutrina majoritária.
 Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico (não se pune a antijuridicidade):  
        Aborto necessário
        I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
Mas e a enfermeira que ajuda? Se o fato não é crime no principal, não tem conduta no acessório.
E a parteira? Não seria punida pelo art 124: estado de necessidade
        Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
        II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. 
Se o código não exige alvará judicial não é uma exigência, mas o médico deve ter cautela.
AULA DIA 13.03.19
CAPÍTULO II
DAS LESÕES CORPORAIS
 ART. 129 Lesão corporal insignificante: o Direito Penal não abrange a lesão corporal insignificante, posto que a tipicidade será afastada;
 Consentimento do ofendido: antes sustentava-se que afastava a antijuridicidade, hoje em dia se sustenta que é afastada a tipicidade. 
Morte > Lesão corporal gravíssima > Lesão corporal grave > Lesão corporal leve > vias de fato 
· Lesão penal de natureza leve ou culposa-representação do ofendido.
· Nas lesões graves e gravíssimas é pública incondicionada.
I. Bem jurídico tutelado: a integridade física das pessoas.
II. Sujeito Ativo: pode ser qualquer pessoa, é um crime comum. Não há exigências ao sujeito ativo. 
Salvo em lesão por violência doméstica.
III. Sujeito Passivo: o sujeito que sofreu a lesão corporal. Qualquer pessoa pode, a principio sofrer lesão corporal, mas depende das condições do art. 129 (§1º, II, §2º)
Qualquer pessoa salvep.1°, IV e pº2, V, nos quais exige qualidade especial da vítima: mulher e tem que estar grávida.
IV. Elemento objetivo/ tipo objetivo/ tipicidade objetiva (descritivo): ofender — produzir, causar prejuízo, danificar.
V. Elemento normativo: —. A. O injusto: “entrar ou permanecer no estabelecimento sem autorização”; B. Termo jurídico: “funcionário público que se utilizar de seu cargo…”; C. Conceito extra-jurídico - que a sociedade dá: “praticar ato obsceno em lugar público…” - ultraje público à sociedade. 
VI. Elemento subjetivo: só é aceito o dolo direto ou eventual no §1º, II, desde que sejam conhecidos os elementos do crime. Mas, pode ocorrer lesão culposa também.
Se quer lesionar ou assumiu o risco ver o dolo
VII. Consumação e tentativa: A. Tentativa: alguns autores sustentam que não pode existir tentativa de lesão corporal (ou atinge a pessoa ou não) — esta tese é fora de propósito. O crime de lesão corporal aceita sim a forma tentada. 
VIII. Pena: detenção ou reclusão. 
IX. Ação Penal: pública ou privada. 
X. Classificação do crime: é um crime material, de ação livre.
Lesão Corporal Grave
 Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano.
· Lesão corporal de natureza grave (ação penal pública e incondicionada) — existem condutas que trazem um resultado a mais, além daquele normal. Sendo assim, todos as agravantes aceitam a culpa, no mínimo, e o dolo. 
Agravação pelo resultado 
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente
§ 1o Se resulta: (lesão grave - se aplica o art. 89) 
 I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias 
O exame tem que ser feito depois dos 30 dias, pois é o resultado, tem que ser concreta a incapacidade; 
Criança tem ocupação habitual? Brincar, pular. A princípio todos temos ocupações habituais.
Mas a ocupação deve ser lícita. 
Pode ser a título de culpa? Sim, todos os resultado que agrava no mínimo culpa.
 II - perigo de vida 
Há necessidade de prova real e concreta de que a vida da pessoa correu perigo. O médico não faz um prognostico mas um diagnostico fundamentado de que a vida da pessoa correu risco - não é todo tipo de lesão e não é qualquer órgão atingido que será prejudicada a vida — tem que ser analisado no caso concreto);
Não comporta o dolo, porque se tiver não é lesão corporal.
 III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
Enfraquecimento e não perda.
 IV - aceleração de parto 
Antecipação- Deve criar em trabalho de parto, a criança nascer e sobreviver.
Não pode ser a título de dolo para o professor.
Se quiser agredir uma mulher e quiser que ela entre em trabalho de parto e a criança morra, tem que responder por crime de aborto também. O resultado qualificador só é a título de culpa, se houver dolo, o crime será de lesão na mulher e aborto em relação ao feto} {para que seja levado em conta este inciso, deverá a criança continuar viva}. Pena - reclusão, de um a cinco anos.
 § 2° Se resulta: (lesão gravíssima - não se aplica o art. 89)
 I - Incapacidade permanente para o trabalho; 
 A primeira corrente afirma que, quando se fala na lesão grave em incapacidade para ocupações habituais, é específico da vítima, portanto nesse caso é o trabalho específico da vítima - VÍTIMA. Foca na vítima. O trabalho por ela exercido. Se a lesão é contra alguém não precisa dizer que a vítima em si ficou incapacitada. 
 ei nº 10.741
· Alguns informam que seria capacidade genérico para o trabalho, outros dizem eu seria capacidade para o trabalho específico que ele exercia. Ex: tocava piano e ficou sem dedo.
§ 2° Se resulta:
II - enfermidade incurável – Ex: aids 
III - perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente; 
Sente humilhação a vítima e na outra pessoa que vê causa um desconforto. Não precisa ser necessariamente no rosto, mas em qualquer lugar do corpo. Analisa-se o caso concreto.
Eventual processo cirúrgico que retira essa deformidade retira essa gravidade. 
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
· Não pode ser a título de dolo- pq se tiver responderá também por aborto sem o consentimento. DEVE SABER QUE ESTÁ GRÁVIDA, MAS NÃO PODE QUERER O ABORTO. SE ELE NÃO SABE QUE ESTÁ GRÁVIDA A QUALIFICADORA CAI.
Lesão corporal seguida de morte
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
Diminuição de pena- lesão corporal privilegiada
§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social oumoral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Substituição da pena
§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis:
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior;
II - se as lesões são recíprocas.
Lesão corporal culposa
§ 6° Se a lesão é culposa:               
 Pena - detenção, de dois meses a um ano.
Aumento de pena
um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4º e 6º do art. 121 deste Código.                
LEI 3688/41- LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA        
§ 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade:            
  Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no § 9o deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço)
§ 11.  Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência.            
 § 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de um a dois terços.                
LEI MARIA DA PENHA
Art. 16.  Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.
· Na lesão penal leve é pública condicionada. O legislador quis preservar a unidade familiar.
· No entanto o entendimento doutrinário e jurisprudencial é contrário, com fundamento no artigo 41. EM FAVOR DA MULHER DECIDIRAM SER A AÇÃO PÚBLICA INCONDICIONADA MESMO QUANDO A AÇÃO É LEVE.
DOS CRIMES CONTRA O PATRMÔNIO
TÍTULO II
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
CAPÍTULO I
DO FURTO
Furto
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
Furto qualificado
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas
§ 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se houver emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum.
§ 5º - A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior.                 
 § 6o  A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtração for de semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração               
§ 7º  A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego.                
Furto de coisa comum
Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
§ 1º - Somente se procede mediante representação.
§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente.
I. Bem jurídico: o patrimônio de terceiro como gênero, sendo espécies a posse, a detenção e a propriedade. O furto de coisas insignificantes sem valor afetivo {guardanapo, palito de dentes…}, mesmo que elas componham o patrimônio de uma pessoa, não caracterizará o crime de furto, tendo em vista que o princípio da insignificância afasta a tipicidade. A corrente majoritária afirma que, quando as coisas são monetariamente insignificantes, mas possuem um valor sentimental, a tipicidade resta configurada porque elas constituem o patrimônio da pessoa. Já a corrente minoritária afirma que mesmo que a coisa seja de grande valor afetivo, o furto não se configura; mas ensejaria uma indenização. 
INSIGNIFICANTE: AFASTA A TIPICIDADE
 AFASTA A ANTIJURIDICIEDADE
VALOR SENTIMENTAL: AFASTA A INSIGNIFICÂNCIA, POIS CONSTITUI PATRIMÔNIO DA PESSOA. 
A. Não se configura o furto quando há subtração de: 
1. Res commune omnium: coisa de uso comum; Salvo se puder separar, captar.
2. Res nullius: coisa de ninguém — pássaros silvestres, por exemplo {mas neste caso pode incorrer em outros crimes que não o de furto {se elas tiverem sido criadas em cativeiro e registradas no IBAMA, pode ser discutido crime de furto. 
3. Res derelicta: coisa abandonada; não tem mais dono.
 4. Res de(s)perdita: coisa perdida não pode ser objeto de furto. Perder é diferente de esquecer. Se esqueceu é objeto de furto.
Crime de apropriação de coisa achada — art. 169, II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de quinze dias.
NÃO CONFIGURA FURTO: COISA COMUM, COISA DE NINGUÉM, COISA ABANDONADA E COISA PERDIDA (VAI INSERIR NO 169- APROPRIAÇÃO DE COISA ACHADA)
COISA ESQUECIDA PODE SER OBJETO DE FURTO
CONSENTIMENTO DA VÍTIMA AFASTA A ANTIJURIDICIEDADE. QUANDO A VÍTIMA ENTREGA ENGANADA É ESTELIONATO
Subtração de incapazes
Art. 249 - Subtrair menor de dezoito anos ou interdito ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou de ordem judicial:
Cadáver pode ser objeto de furto? A princípio não. 
Art. 211 - Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
Violei a sepultura para subtrair o cadáver e tirar o dente. 
Dois sentidos: 
· um dizendo que é coisa abandonada
· Outra dizendo que não é coisa abandonada, família deixou standy by
Mas, se a coisa foi esquecida o crime de furto se caracteriza
II. Sujeito Ativo: qualquer um pode praticar, não têm exigências especiais — crime comum. O proprietário da coisa não pode ser autor do crime de furto, visto que o tipo prevê “coisa alheia móvel” — mas uma doutrina afirma que uma pessoa pode furtar coisa própria, mas acaba por ir ao encontro com o art. 346 - “Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção”. Ou seja, o artigo 346 barra a possibilidade de crime de furto contra si mesmo.
PROPRIETÁRIO NÃO PODE SER SUJEITO DO FURTO- DOUTRINA MAJORITÁRIA
III. Sujeito Passivo: qualquer pessoa que tenha um património. A posse pode ser lícita ou ilícita — mas a vítima sempre será quem tem a propriedade do objeto. ADMITE-SE FURTO DO FURTO
IV. Elemento objetivo: subtrair = surrupiar. Por isso que a autorização/ o consentimento da “vítima” afasta a ilicitude/antijuridicidade. Quando a vítima entrega objeto porque está equivocada, isso não é crime de furto {mas de estelionato}. SUBTRAIR SEM O CONSENTIMENTO
V. Elemento normativo: coisa alheia móvel {classificação diferente da civil — no direito penal é considerado tudo que pode ser movido}. Um ser humano não pode ser objeto do crime de furto, a subtração de uma pessoa não diminui o patrimônio deninguém. Pode ser subtração de incapaz, ou extorsão mediante sequestro… mas não existe furto de pessoas. O furto de cadáver configura o art. 211, desde que ele não faça parte do património de alguma instituição — caso ele pertença a alguém {alguma instituição}, o crime será de furto, visto que o patrimônio ficará desfalcado e o cadáver é móvel, além disso, neste caso ele seria passível de avaliação econômica.
VI. Elemento subjetivo: existem crimes que exigem mais de um elemento subjetivo: dolo genérico e dolo específico/especial. O dolo genérico é “SUBTRAIR”, o dolo específico é “PARA SI OU PARA OUTREM
SÓ A TÍTULO DE DOLO
AS COISAS DE VALOR AFETIVO INTEGRAM O PATRIMONIO E PODERIAM SER OBJETO DE FURTO- PROFESSOR DISCORTA, DEVE HAVER VALOR ECONÔMICO
Existem alguns tipos que exigem um dolo específico
A. Elemento subjetivo especial: 
1. Para si ou para outrem {há necessidade de apoderamento em definitivo do objeto, não contempla a furto de uso} 
APODERAMENTO DEFINITIVO, NÃOCOMTEMPLA FURTO DE USO
2. Para si ou para terceiros
 3. Crime formal quando possui: a) Com o fim de… b) Com o intuito de… c) Para satisfazer… 
VII. Consumação: crime material, se consuma com o resultado. Diminuição do patrimônio de alguém quando a vítima não pode mais dispor do objeto (isso não significa deslocamento do objeto do local que se encontra). 
SE CONSUMA COM A POSSE MANSA E PACÍFICA, A PESSOA NÃO PODE MAIS DISPOR DO BEM 
Se consuma com a posse mansa e pacífica e quando a vítima {proprietário} não pode mais dispor do objeto. Quando um sujeito subtrai vários objetos e depois na perseguição da polícia ele vai se dispondo ao longo do caminho, é consumado o furto. Aceita tentativa.
•Furto 
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa
•Majorante 
§ 1o - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno {aplica-se tanto ao furto simples quanto ao furto qualificado}. 
Hoje a doutrina pena adotou a corrente de Hundria 
Noronha: se exigir que a casa esteja habitada no momento do crime estaria tratando de pior forma o ladrão de galinha do que o ladrão de gado.
O código não exige que a casa esteja habitada, basta ser durante o repouso noturno: momento em que a cidade dorme. 
•Furto privilegiado 
§ 2o - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa. § 3o - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.- OBRIGAÇÃO DO JUIZ; DIREITO SUBJETIVO DO RÉU. 
Pequeno valor: salário mínimo- 958 reais
O que é pequeno valor e princípio da insignificância? Afasta a tipicidade material
GATO DE ENERGIA: uns falam que é furto mediante fraude. FURTO SIMPLES
NO FURTO TENHO A INTENÇÃO DE NÃO MAIS DEVOLVER
CAPTA SINAL DE TV A CABO: Quer usar e não se apoderar em definitivo. Doutrina tem discutido se teria crime.
FURTO QUALIFICADO
a. POR CONFIANÇA OU MEDIANE FRAUDE, ESCALADA OU DESTREZA.
Natureza Subjetiva: Não se comunica, por não ser elementar. A confiança é pessoal. No entanto tem doutrina que diz que é elementar do crime e, portanto, se comunica. 
Condição de credibilidade que se angaria ao longo do tempo. CONFIANÇA LEVA UM TEMPO.
Fraude: engana a vítima e surrupia/ subtrai enganando a vítima. Se a vítima resolve me entrego objeto é estelionato.
Escalada: Colocar só escada é qualificadora? Somente se começa a subir a escada. Antes disso é apenas ato preparatório.
Subiu poste de luz, cabe a qualificadora? Para cortar o fio de luz é necessário subir até lá.
Diferente de se entrar em uma casa que poderiam ter outros meios.
Destreza: invulgarabilidade junto da vítima.
Não percebeu que o cara estava com a mão dentro da bolsa dela, mas foi pegar o celular na hora e viu. Mostrou destreza? Sim
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas
B. COM DESTRUIÇÃO DE OBSTÁCULO: a violência não pode ser empregada contra o próprio objeto. Ex: quebro o vídeo do carro para furtar a bolsa.
Caso o agente tenha entrado sem obstrução ou rompimento de obstáculo em uma residência, mas teve que arrombar a porta para sair por motivos diversos… 
 Noronha entende que é furto simples + dano {art. 163}; 
 Hungria entende que se consuma o crime de furto majorado.
C. COM EMPREGO DE CHAVE FALSA: qualquer instrumento capaz de abrir, independente de ter formato de chave.
Pediu 5 cópias e fez uma a mais? NÃO É CHAVE FALSA, MAS FRAUDE. 
D. mediante concurso de duas ou mais pessoas. {única hipótese de furto plurisubjetivo — exigência de no mínimo duas pessoas}
TODAS ELAS ACEITAM A FORMA TENTADA.
§ 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se houver emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum.--> para os casos de caixa eletrônico.                  
§ 5º - A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior.   
FURTOU EM SÃO PAULO E ANTES DE ULTRAPASSAR A DIVISA DO PARANÁ:  Furto consumado e simples- Deve ser encontrado em outro estado ou fora do país, deve ultrapassar a divisa.
TRANSPORTADO PARA OUTRO ESTADO, NÃO ACEITA A FORMA TENTADA, DEVE ULTRAPASSAR A DIVISA.
Divisa sendo um trilho de trem entre dois estados: gritou ladrão após ele ter passado o trilho de term. É consumado ou tentado? 
· Quando se consuma? Se consuma quando o agente tem a posse mansa e pacífica. Furto tentado pois não teve a posse mansa e pacífica. TENTATIVA.    
§ 6o  A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtração for de semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração. ANIMAIS DOMESTICÁVEIS SÃO TODOS QUE PODEM CONVIVER COM SER HUMAN E OS ANIMAIS DOMÉSTICOS.           
§ 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego.   
Furto de coisa comum
Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
§ 1º - Somente se procede mediante representação.
§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente.
EXTORÇÃO
Bem jurídico igual do roubo
II. Sujeito ativo: crime comum.
Elemento Objetivo: Constranger + meio de coação+ vantagem econômica indevida
III.Sujeito passivo: pode ser tanto a pessoa física quanto a pessoa jurídica.
Pode PJ? Sim, não pode ser constrangida, mas pode ser vítima quanto ao patrimônio.
 
IV. Elemento objetivo:
 A. Vantagem: 
1. Corrente 1: a vantagem só pode ter natureza patrimonial, pois é um crime contra o patrimônio. 
2. Corrente 2: a vantagem é qualquer uma, visto que o legislador explicitou que seria “qualquer vantagem”. 
B. Violência ou grave ameaça
Grave ameaça: causar terror a vítima, sem saber como agir a não ser fazer o que o extorquidor quer
Violência: desforço contra o corpo da vítima	
V. Elemento subjetivo: ART 158. Dolo
Especial: p/si ou p/ outrem
 c/ o fim de 
 c/ o intuito de
Consumação e Tentativa: Formal. Se consuma com a ação, não precisa ter o resultado naturalístico. Com a vítima fazendo, tolerando ou deixando de fazer.
Resultado naturalística: vantagem econômica indevida
Noronha: Crime contra o patrimônio, não pode haver consumação sem o desfalque patrimonial (minoritária)
Tentativa: Possível. Houve ameaça ou violência, mas a vítima não tolerar, não fazer ou deixar de fazer. 
Admite a tentativa em todas as modalidade.
Diferença entre roubo e extorsão:
Exemplo:
1.Hungria: No crime de roubo o verbo é subtrair, o agente subtrai o objeto. Na extorsão a vítima constrangida faz.
2. Noronha: No crime de extorsão a ação do agente é contemporânea. No roubo a ação é contemporânea e a vantagem também. 
3. A diferença reside no comportamento da vítima. No roubo o comportamento é desnecessário. Na extorsão o comportamento é imprescindível.
Art 71. Continuidade Delitiva
Mesma espécie:
1. Corrente 1: Bem jurídico tutelado
2. Corrente 2: Mesma tipologia
§1. Concurso de pessoas (divisão de tarefas).
§1 Emprego de arma: arma é própria e imprópria. 
O conceito de armas para efeito de extorção ´mais abrangente. Todo objeto capaz de ofender a integridade física: garrafa quebrada.
§2 Se a violência resulta:
I- Lesão corpora grave, a pena é de reclusão de 7 a 18 anos, e multa
II- Morte, a pena é de reclusão de 20ª 30 anos, e multa
§3 Se crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 a 12 anos, além de multa. Se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2 e 3º, respectivamente.
Art 288: Associação criminosa. Prova oral
EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO
Extorsão mediante seqüestro
Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate:                   
Pena - reclusão, de oito a quinze anos.                  
§ 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha
Pena - reclusão, de doze a vinte anos.                         
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:                      
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos.                      
§ 3º - Se resulta a morte:               
Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.                     
§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços.                  
ELEMENTOS
Crime complexo
Sujeito Ativo: comum
Sujeito Passivo: qualquer pessoa. PJ? Sim
Elemento objetivo: levar, arrebatar, reter, deixar no mesmo lugar
Sequestrar pessoa com o intuito de obter qualquer vantagem
Essa qualquer vantagem vem sendo discutido.
Fragoso: eventual imprecisão da lei não lhe retira a finalidade do agente que é atingir o patrimônio
Exige implicitamente violência ou grave ameaça? Não exige. Ex: sequestra a criança com doce. 
Elemento subjetivo: Dolo. Dolo específico: com o fim de ..... Além do dolo exige no mínimo mais um
Consumação e tentativa:
Crime formal: Não exige que a vantagem ocorre. Começou quando sequestrou a pessoa com o intuito de obter vantagem.
Crime permanente: a consumação se perdura no tempo.
Qualificadoras:
§ 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha
Pena - reclusão, de doze a vinte anos.                         
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:                      
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos.                      
§ 3º - Se resulta a morte:             
Corrente 1. A morte é somente da vítima do sequestro melhor opção
Corrente 2. Pode ser qualquer pessoa  
Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.                     
Sequestrado 
- 18 anos na data do sequestro + 18 anos quando liberado = qualificado
- 59 anos na data do sequestro + 60 anos quando liberado= qualificado
Bando ou quadrilha: Antes da Lei 12. 850/2013
§1. Se o crime é cometido por bando ou quadrilha- não tem mais quadrilha ou bando para efeitos penais.
Mas quadrilha ou banda é a mesma coisa que associação criminosa? Não
Associação criminosa: Depois da Lei 12. 850
Art. 288
Doutrina 1: Não pode, pois são dois tipos diferentes. Uma coisa é quadrilha ou bando e outra é associação criminosa
Doutrina 2: Muda quadrilha ou bando ou associação criminosa.- substitui um por outro.
v § 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços. (delação premiada; se houver facilitação do sequestrado)  
· Crime formal se consuma com o ato de sequestrar. 
ART 288. ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA
Art 168 CP. APROPRIAÇÃO INDÉBITA
Doutrina Clássica e moderna divergem 
Professor: crime próprio possuidor que fez um contrato
Mas alguns dizem que é Crime comum
Sujeito Passivo: o proprietário
Ativo: quem tema posse ou detenção
Elemento objetivo: tomar para si, agir como se dono fosse. (se recusando a devolver o objeto ou praticando ato de disposição).O dolo só surge depois que você já em o objeto, se for antes é estelionato.
Elemento Subjetivo: O dolo só surge depois que você já em o objeto, se for antes é estelionato.
Tem vontade de restituir de início
Clássica: dolo geral e específico.
Moderna: dolo geral e elemento específica diverso do dolo.
Majoritária: dois elementos subjetivos. 
· Não devolvendo ou ficando com ele ou se desfaz- a consumação é instantânea.
· Ficando: Não pode ter tentativa, ou devolve o objeto ou não devolve. Desfazer: cabe a tentativa: está vendendo um objeto que não é seu e a polícia te prende.
Regis Prado: Não aceita a tentativa em nenhuma modalidade. 
DOLO PODE SER MASCARADO, DISSIMULADO.
Recebe de boa-fé para restituir o objeto. Você quer devolver, mas depois surge o dolo e você não devolve. 
Insignificância; afasta a tipicidadade. 
Apropriação indébita
        Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
        Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
        Aumento de pena
        § 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa:
        I - em depósito necessário;
        II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial;
        III - em razão de ofício, emprego ou profissão.
        Apropriação indébita previdenciária 
        Apropriação indébita
        Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
        Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
        Aumento de pena
        § 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa:
        I - em depósito necessário;
        II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial;
        III - em razão de ofício, emprego ou profissão.
ESTELIONATO
Bem jurídico tutelado: patrimônio
Crime comum: Simples, não exige nenhuma qualidade especial.
Sujeito passivo: quem tem o patrimônio diminuído. Pessoa Física e Jurídica. 
Tem que ser uma pessoa determinada: contra a, b ou c
Sujeito passivo tem que ter capacidade de entendimento, precisa ser ludibriada. Por isso não existe contra débeis mentais, menores, pois não tem capacidade de entender. O crime é o 173 CP
Elemento objetivo: receber, a vítima entrega para você. Obter vantagem indevida. Objeto material mais abrangente que do furto.
Elemento Subjetivo:
Induzir ou manter a vítima em erro.
Induzir: Dolo precedente
Manter: Dolo concomitante. A pessoa incide em erro e eu continuo, alimento o erro da vítima.
Interpretação analógica: exemplos de fraude.
Fraude civil e fraude penal. 
Exemplos:
 Fragoso sujeito que vende um automóvel com problema na caixa de transmissão: ilícito civil
Mas se vender iludindo a vítima ilícito penal
Noronha Dolo preordenado: ilícito penal
Dolo posterior: ilícito civil
Dois exemplos: artifícios e ardil.
Ardil: mais na psique da pessoa
Ou qualquer outro meio fraudulento; capaz de enganar a vítima, a mentira é um exemplo.
Estelionatário está sempre de má-fé. Mas quando a vítima também está de má-fé?
Torpeza bilateral: 
Ex: moça está grávidae quer comprar pílula abortiva. Chega um cara e vende para ela muito caro e depois ela descobre que não era pílula abortiva.
Nesses casos tem estelionato?
· Hungria dizia que não dava direito de ação, não poderia cobrar a execução do contrato pois era ilícito
· O fato da vítima estar de má-fé era mais nada do que crime impossível. 
· Doutrina majoritária diz que é crime de estelionato mesmo tendo torpeza bilateral.
Consumação e tentativa: instantâneo, material. Se consuma com uma vantagem indevida e prejuízo alheio. 
Estelionato privilegiado: primariedade e pequeno prejuízo. Analisar a condição financeira da vítima. 
Art 171,§2. Subtipos/ modalidades especiais de estelionato.
V- precisa ter uma apólice de seguro hígida/ existente. Destruir ou ocultar coisa própria. 
Sujeito ativo: tem que ser segurado.
Agrava as conseguências da lesão ou da doença
Crime próprio: patrimônio da seguradora.
Com intuito de...-> Solo específico
Crime formal: se consuma com a ação.
VI- fraude no pagamento por meio de cheque.
Emite cheque sem fundo
Requer uma conta corrente hígida. Se a conta estiver encerrada não é essa modalidade especial.
Requer o dolo, naquele momento tem a intenção de obter a vantagem ilícita com o prejuízo alheio. 
Ou lhe frusta o pagamento: impedir. Ex; susta o pagamento (dá uma contra ordem); retira o dinheiro do bando) e por fim preencher errado o cheque. 
Endosso: o endossante é coautor do crime.
Doutrina: o endosso equivale a uma nova emissão
Outra tese: o endosso não equivale a uma nova emissão, quem faz incide no caput. não pode frustar o pagamento. 
Questões:
1. A moça era estudante de direito e indo para Paranaguá de ônibus, chegou no meio da serra e disse para o motorista pare a van. O motorista parou e mandou o outro sair da van. Pague os 4 meses que me deve. Outo dia foi no banco e sustou o pagamento do cheque. Foi condenada pelo 171. Tem crime de estelionato?
Duplo resultado: Com a conduta do agente tem que obter uma vantagem ilícita e prejuízo alheio. No momento que a moça assinou o cheque ela não obteve nenhuma vantagem ilícita. Qual o prejuízo que causou para a dona da van? nenhuma
2. O sujeito chegou em casa e a mulher disse você não paga mais o posto de gasolina. Disse que faz 4 meses que você não paga. Pegou as anotações e disse sua mulher deve R$ 3.000,00. Cheque voltou sem fundo, tem estelionato? 
Qual a vantagem que o sujeito teve? Nenhuma
Prejuízo que teve? Nenhum, já estava com dívida a 4 meses. No momento da assinatura não teve nenhum prejuízo.
Súmula 584. 
§3. Se for contra idoso aplica o estatuto do idoso. Apropriação indébita contra idoso.
Dobro a pena se o crime é praticado contra idoso.
• Receptação qualificada {segundo Damásio, não é um tipo penal qualificado, mas
ampliado}
§ 1o - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar,
montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito
próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve
saber ser produto de crime:
· Próprio: Só pode praticar se estiver no exercício de atividade comercial ou industrial a atividade comercial/ industrial deve ser legal, não clandestino.
Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa.
Consumação e tentativa:
Ter em depósito: instantâneo ou permanente: Permanente- enquanto estiver com a peça pode ser pego em flagrante delito. 
Adquirir, receber: instantâneo
conduzir, transportar e ocultar: permanente
Montar, desmontar: instantâneo
Venda: instantâneo- aceita tentativa
Expor a venda: permanente- enquanto estiver expondo. Não aceita tentativa
Utilizar: instantâneo
EGIXE O DOLO EVENTUAL AO CONTRÁRIO DO CAPUT QUE SÓ EXIGE DOLO DIRETO.
Diferente de Comércio irregular clandestino: não tem uma atividade comercial regular. E a indústria clandestina? A legislador penal não acrescentou vai cair na receptação simples, pois não encaixa no §1 nem §2.
• Receptação por equiparação
§ 2o - Equipara-se à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercício em residência. {O parágrafo segundo não vislumbra indústria irregular, apenas o comércio irregular}
Receptação culposa
§ 3o - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou ambas as penas.
OBSERVAR A CONDIÇÃO DE QUEM OFERECE. NÃO SABE QUE É PODUTO DE CRIME, MAS DEVERIA SABER.
Cabe dolo eventual
• Autonomia do crime de receptação
§ 4o - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa.
• Perdão judicial e receptação privilegiada
§ 5o - Na hipótese do § 3o, se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em consideração as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2o do art. 155.
Critério analisando o caso concreto.
• Bens e instalações do patrimônio público- Majorante
§ 6o - Tratando-se de bens e instalações do patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista, a pena prevista no caput deste artigo aplica-se em dobro.
Receptação de animal: Não cai na prova. Art 180-A
Domesticáveis? E aqueles que já são domésticos? Dar uma interpretação mais abrangente.
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES GERAIS
• Imunidade penal absoluta/ escusa absolutória/ causa de exclusão de crime/
causas excludentes de pena/ causas excludentes de culpabilidade
Essa isenção de pena é o grande fundamento para os finalistas. 
Damásio: Nem inquérito deveria existir. 
Só se pode apenar alguém se tiver punibilidade e, de acordo com os finalistas o crime é uma conduta típica e antijurídica. Esse artigo é uma consagração dos finalistas e a ideia de que o finalismo foi adotado no Código Penal brasileiro. Nem inquérito policial deve existir - pois automaticamente já existe uma isenção de pena.
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo:
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
Damásio: A separação de fato não exclui a imunidade. Exclui amante, companheiro.
União estável: o professor aplicaria in bonam parte.
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural. {não há previsão contra os parentes por afinidade}
Imunidade penal relativa condição e procedibilidade.
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo:
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
Parte da Doutrina: substituía desquite por divórcio.
II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. (consanguíneo)
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa;
II - ao estranho que participa do crime.
III - se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.           
ESTUPRO E ATENTADO AO PUDOR- ESTUPRO É CRIME HEDIONDO
Art. 213.  Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:                  
Outro ato libidinoso diverso? Que cause uma grande repugnância. Caso contrário é Importunação ao pudor alheio (ex: passa a mão na bunda de uma mulher).   
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.                       
§ 1o  Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:                     
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.                    
§ 2o Se da conduta resulta morte:                           
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) ano
I. Bem jurídico: a dignidade sexual. Afeta a moral pública sexual.
II. Sujeito ativo: divergência na doutrina. Mas,de acordo com a doutrina majoritária, a
mulher pode sim ser autora mediata, coautora e partícipe de crimes dessa modalidade; claro que ela não pode fazer a penetração.
Estupro: crime comum em qualquer modalidade.
Mais de uma pessoa partícipe ou coautor?
III. Sujeito passivo: a pessoa que sofre a violência ou grave ameaça sexual. Nada impede que a grave ameaça seja contra uma pessoa e a violência seja contra outra.
IV. Elemento objetivo: o dissentimento tem que ser antes de qualquer coisa acontecer.
Constranger {pelo próprio agente}, praticar {pela vítima}, permitir {vítima}. TEM QUE DISSENTIR.
Temor referencial? Pai mantém a copla com a filha, ela pelo temor referencial nada fala e ele também não ameaça. Há crime de estupro? Tem que ser violência ou grave ameaça expressa, se opor ao ato, a maioria da doutrina diz que não.
A ameaça deve ser grave ao ponto de inibir de agir. Ameaço demitir toda a sua família. É ameaça grave? Não é ao ponto de inibir de agir.
V. Elemento subjetivo: somente se perfaz a título de dolo. Não exige elemento subjetivo especial {como, por exemplo, se satisfazer sexualmente}.
Consumação e tentativa: se consuma com a prática do ato libidinoso. aceita ambos. Existe necessidade de violência ou grave ameaça para que o crime de estupro fique configurado.
 
 Resultado qualificador
§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de
18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.
§2o Se da conduta resulta morte: Se aplica a súmula 610 (ou seja, se tiver resultado morte, mesmo que não tenha tido ato libidinoso é estupro qualificado consumado).
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos
Violação sexual mediante fraude (não cai na prova)
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante
fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se
também multa.
Assédio sexual
I. Sujeito ativo: crime próprio. Superior hierárquico, seja por cargo ou função ou emprego {direito administrativo}. Ou ascendência somente para com quem é empregado {direito do trabalho}. Pode ser homem e mulher. Na relação professor aluno não existe assédio porque não tem relação de trabalho.
II. Sujeito passivo: crime próprio. O inferior hierárquico.
III. Elemento objetivo: constranger - intimidar, forçar, envergonhar.
IV. Elemento subjetivo: são dois elementos subjetivos. O dolo genérico e o dolo especial. Assediar a vítima para que possa ter atividade sexual com ela. Não quer apenas assediar por assediar, quer assediar para obter uma vantagem. Pode ser uma ameaça, mas não uma ameaça grave {porque vai incidir em estupro}.
V. Consumação e tentativa: pode ser por tentativa, quando a vítima não se sente constrangida, apesar do constrangimento ter sido efetivamente feito.
VI. Classificação do crime: o crime é formal, se consuma com o ato de constranger, se consuma com o constrangimento da vítima.
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento
sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência
inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.
§2o A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18(dezoito)anos.
CAPÍTULO II
DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL
I. Bem jurídico: a dignidade sexual. Afeta a moral pública sexual.
II. Sujeito ativo: divergência na doutrina. Mas, de acordo com a doutrina majoritária, a
mulher pode sim ser autora mediata, coautora e partícipe de crimes dessa modalidade;
claro que ela não pode fazer a penetração.
III. Sujeito passivo: ou menor de 14 anos, ou com enfermidade {deficiência mental sem
discernimento}, ou aquela que por qualquer outra causa não possa oferecer resistência {embriagada, com narcóticos…}.
IV. Elemento objetivo: o dissentimento tem que ser antes de qualquer coisa acontecer.
Constranger {pelo próprio agente}, praticar {pela vítima}, permitir {vítima}. Não
precisa de violência ou grave ameaça, mas se tiver, continua sendo o mesmo artigo.
VI. Elemento subjetivo: somente se perfaz a título de dolo. Não exige elemento
subjetivo especial {como, por exemplo, se satisfazer sexualmente}.
VII. Consumação e tentativa: aceita ambos. Existe necessidade de violência ou grave
ameaça para que o crime de estupro fique configurado.
• Estupro de vulnerável
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14
(catorze) anos: Não importa o discernimento ou não- independente se teve violência ou grave ameaça é estupro de vulnerável.
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
§3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave
§4o Se da conduta resulta morte
ASSÉDIO SEXUAL
I. Sujeito ativo: crime próprio. Superior hierárquico, seja por cargo ou função ou emprego {direito administrativo}. Ou ascendência somente para com quem é empregado {direito do trabalho}. Pode ser homem e mulher. Na relação professor aluno não existe assédio porque não tem relação de trabalho.
Bipróprio: qualidade especial do sujeito ativo e do sujeito passivo.
II. Sujeito passivo: crime próprio. O inferior hierárquico.
III. Elemento objetivo: constranger - intimidar, forçar, envergonhar com o intuito de obter vantagem sexual.
A ameaça não pode ser grave a ponto de inibir a vítima. 
Relação professor aluno? Tem crime de assédio sexual? Não tem. Tem superioridade hierárquica decorrente do direito administrativo ou relação empregatícia? Não.
Padre e coroinha? Não tem também.
E a diarista e o patrão? Não tem vínculo de emprego. Não tem crime de assédio sexual.
Mesma função? Tem crime de assédio sexual?
Filho do dono da empresa com a mesma função da que está assediando, tem crime? Não tem crime de assédio sexual, não tem superioridade hierárquica nem ascendência. 
Mas se está apaixonado e assedia, tem crime? Caso não tenha o intuito de obter vantagem sexual, não tem. Analisar o caso concreto. 
IV. Elemento subjetivo: são dois elementos subjetivos. O dolo genérico e o dolo especial. Assediar a vítima para que possa ter atividade sexual com ela. Não quer apenas assediar por assediar, quer assediar para obter uma vantagem. Pode ser uma ameaça, mas não uma ameaça grave {porque vai incidir em estupro}.
DOLO ESPECÍFICO: COM O INTUITO DE OBTER VANTAGEM SEXUAL
V. Consumação e tentativa: pode ser por tentativa, quando a vítima não se sente constrangida, apesar do constrangimento ter sido efetivamente feito.
Majoritária: Tentou constranger, mas não intimidou? Tentativa de constrangimento de assédio sexual. 
Minoritária: Tentou constranger, mas não constrangeu- fato atípico.
VI. Classificação do crime: o crime é formal, se consuma com o ato de constranger, se consuma com o constrangimento da vítima.
Majoritária: deve ter reiteração de conduta
Minoritária: uma só conduta basta.
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função."                    
Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.                          
Parágrafo único. (VETADO)                              
§ 2o  A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos.          
Art. 225.  Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública incondicionada.   
Parágrafo único. (Revogado).     
Aumento de pena
Art. 226. A pena é aumentada:                
I - de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas;II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela;   
IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado:
Art. 225.  Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública incondicionada.  
Aumento de pena
Art. 226. A pena é aumentada:
I - de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas;                 
II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela;   
IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado:
Estupro coletivo   
a) mediante concurso de 2 (dois) ou mais agentes;   
Estupro corretivo   
b) para controlar o comportamento social ou sexual da vítima.  
Art. 234-A.  Nos crimes previstos neste Título a pena é aumentada:
  I – (VETADO);               
II – (VETADO);                
III - de metade a 2/3 (dois terços), se do crime resulta gravidez;      
IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o agente transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador, ou se a vítima é idosa ou pessoa com deficiência.    
 TÍTULO X
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
CAPÍTULO I
DA MOEDA FALSA
Moeda Falsa
Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro:
Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa.
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa.
§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão:
I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei;
II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada.
§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada.
 Ofende a crença do povo de que as moedas, documentos são reais.
I. Bem jurídico: a própria fé pública de que o dinheiro que circula é verdadeiro e não falso. Há uma presunção absoluta de que o dinheiro foi emitido pelo poder público e que é verdadeiro e toda vez que a pessoa se depara com dinheiro falsificado, existe uma quebra da confiança da sociedade para com o Estado.
*Falsidade material: art. 297 e 298. O documento em si é falso, feito por alguém que não
possui a competência para fazê-lo.
Documentos Requisitos:
· Peça escrita
· Identificação do autor: esse documento objeto do crime deve ter identificação do autor. 
· Relevância Jurídica: capacidade de causar prejuízo, capaz de enganar o homem médio.
*Falsidade ideológica: art. 299. A ideia que o documento contém é falsa, mas ele é
verdadeiro {quem redige o documento tem competência para fazê-lo}.
Falsidade pessoal: referencia aos atributos e ao estado da pessoa.
II. Elemento normativo: o documento em si.
Falsificação de documento público
        Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:
 Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
Sujeito passivo: estado e secundariamente a pessoa prejudicada com o documento.
Elemento protegido: O que se protege é a fé pública
Sujeito ativo: Art 297. Crime comum
Falsifica e depois usa: a orientação é que reponde pela falsificação
Elemento objetivo: falsificar, no todo (cria um totalmente novo) documento público ou em parte ou alterar documento público verdadeiro.
Ação múltipla de conteúdo variável.
Elemento subjetivo: só o dolo, vontade de alterar
Subscrito por um funcionário público ou por quem tem fé pública. 
Espécies:
1. Formal e substancialmente público: todos os atos de executivo, legislativo e judiciário.
2. Formalmente público, mas substancialmente de natureza privada. Ex: título de leitor, carteira de trabalho, passaporte, certidão de óbito, divórcio.
Consumação e tentativa; se consuma com o ato de falsificar ou alterar. Tentativa é possível, pode o falsificador começando a falsificar e ser pego. 
  § 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
        § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal (que compõe a adm. Pública indireta- SEM, empresas públicas, autarquias, fundações), o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.
    § 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir:
        I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;
        II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; 
        III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. 
        § 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviço.
O §3 E § 4 NÃO CAI NA PROVA
Falsificação de documento particular
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Falsidade ideológica
        Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:
        Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é particular.
        Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.
I. Bem jurídico tutelado: fé pública
II. Sujeito ativo: crime comum. 
III. Sujeito passivo: estado e secundariamente a pessoa prejudicada com a falsidade
IV. Elemento objetivo: crime de ação múltipla. Omitir (o próprio falsificador faz), declarar, inserir o fazer inserir (autoria mediata. se vale de uma 3ª pessoa- se estiver de má-fé será coautora).
V. Elemento subjetivo: dolo genérico e dolo específico: com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. Na modalidade omitir se consuma com a omissão e não aceita a forma tentada. Inserir e fazer inserir (quando a pessoa insere se consuma) aceita a tentativa. 
Falso reconhecimento de firma ou letra
        Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não seja:
 Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público; e de um a três anos, e multa, se o documento é particular.
Ex: registrar filho de outo como se fosse seu.
Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente.   
        § 1o A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para

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