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CÂNCER DE MAMA

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Nomes: Bruno, Hugo, Lilian, Peter
Professora: Dra. Fabiana Scartoni
Câncer de Mama
1
Neoplasia
Neoplasia é um termo usado para designar o câncer, caracterizada por uma proliferação anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, e possui efeitos mais agressivos no homem.
Câncer
Câncer é um conjunto de mais de cem doenças que apresentam como principal característica crescimento rápido e desordenado de células que invadem diferentes tecidos e órgãos e podem espalhar-se para outras regiões do corpo. Esse processo é chamado de metástase.
Câncer de mama
O câncer de mama é resultado de um crescimento descontrolado das células mamarias que adquiriram características anormais como células dos lobos, células produtoras de leite ou ductos por onde é drenado o leite, causadas por uma ou mais alterações genéticas na própria célula. 
A maioria dos nódulos na mama não são cancerosos, mais sim benignos. Um tumor benigno é um crescimento anormal de célula, mas estas células não adquirem a capacidade de invadir outros tecidos ou de se disseminar. Mais os nódulos benignos podem indicar um maior risco de a mulher vir a desenvolver o câncer de mama. Qualquer alteração da mama deve ser examinada pelo medico para determinar se o nódulo e benigno ou não.
Tipos de câncer de mama
Os tipos mais comuns de câncer de mama são:
Carcinoma Ductal ou intraductal é considera não invasivo ou pré-invasivo. 20% dos casos de câncer de mama são de Carcino Ductal. Quase todas as mulheres diagnosticadas neste estagio podem ser curadas.
Carcinoma invasivo cerca de 70 % dos canceres de mama invasivos são carcinomas ductais invasivos.
Carcinoma lobular invasivo começa nas glândulas produtoras do leite (lóbulos), cerca de 100% invasivos pode ser mais difícil de ser diagnosticado na mamografia do que o carcinoma ductal invasivo.
Os tipos menos comuns são: 
Câncer de mama inflamatório cerca de 1 a 3% dos cânceres de mama.
Doença de Paget apresenta cerca de 1% dos casos. Começa nos ductos mamários e se dissemina para a pele do mamilo e para a aréola. 
Tumor Filodes se desenvolve no estroma (tecido conjuntivo) da mama em contraste com os carcinomas, desenvolvidos nos ductos ou lobos.
Angiosarcoma revestem os vasos sanguíneos ou vasos linfáticos e raramente ocorre na mama.
Incidência
O câncer de mama é a neoplasia mais incidente na população feminina, atinge mulheres por volta dos 50 anos de idade, mais tem se observado que houve um aumento de incidência dessa neoplasia inclusive em faixas etárias mais jovens.
Fonte: INCA / Câncer no Brasil, 2018. Coordenação de Prevenção e Vigilância / Divisão de Vigilância e Análise de Situação
Ano
Mortes
1979
5770
2000
9740
2007
11490
2015
16200
porcentagem p/100 mil brasileiras 
Estimativa do número de casos novos
Fonte:
MS / INCA / Estimativa de Câncer no Brasil, 2018
MS / INCA / Coordenação de Prevenção e Vigilância / Divisão de Vigilância e Análise de Situação
29,5 %
8
Localização Primária
Casos Novos
%
Mama feminina
59.700
29,5 %
Cólon e Reto
18.980
9,4 %
Colo do útero
16.370
8,1 %
Traqueia, Brônquio e Pulmão
12.530
6,2 %
Glândula Tireoide
8.040
4,0 %
Estômago
7.750
3,8 %
Corpo do útero
6.600
3,3 %
Ovário
6.150
3,0 %
Sistema Nervoso Central
5.510
2,7 %
Leucemias
4.860
2,4 %
Linfoma não Hodgkin
4.810
2,4 %
Cavidade Oral
3.500
1,7 %
Pele Melanoma
3.340
1,7 %
Bexiga
2.790
1,4 %
Esôfago
2.550
1,3 %
Laringe
1.280
0,6 %
Linfoma de Hodgkin
1.050
0,5 %
Todas as Neoplasias, exceto pele não melanoma
202.040
 
Todas as Neoplasias
282.450
 
Fonte:
MS / INCA / Estimativa de Câncer no Brasil, 2018
MS / INCA / Coordenação de Prevenção e Vigilância / Divisão de Vigilância e Análise de Situação
Mortalidade conforme a localização primária do tumor
16,2 %
Fonte:
MS / SVS/DASIS/CGIAE/Sistema de Informação sobre Mortalidade, 2015
MS / INCA / Coordenação de Prevenção e Vigilância / Divisão de Vigilância e Análise de Situação, 2017
Localização Primária
Óbitos
%
Mama
15.403
16,20%
Traqueia, Brônquios e Pulmões
10.978
11,50%
Cólon, Reto e Ânus
8.533
9%
Colo do útero
5.727
6%
Estômago
5.132
5,40%
Pâncreas
4.808
5,1
Sistema Nervoso Central
4.315
4,5
Fígado e vias biliares intra-hepáticas
4.063
4,3
Ovário
3.536
3,7
Localização primária desconhecida
3.189
3,4
Leucemias
3.145
3,3
Útero, SOE
2.150
2,3
Linfoma não Hodgkin
1.960
2,1
Esôfago
1.876
2
Localização primária desconhecida no aparelho digestivo
1.873
2
Outras localizações mal definidas
1.650
1,7
Outras localizações
16.769
17,6
Todas neoplasias
90.228
100
Fonte:
MS / SVS/DASIS/CGIAE/Sistema de Informação sobre Mortalidade, 2015
MS / INCA / Coordenação de Prevenção e Vigilância / Divisão de Vigilância e Análise de Situação, 2017
Prevenção e Diagnóstico 
Dados clínicos, epidemiológicos e experimentais tem demonstrado que o risco de desenvolvimento de câncer de mama esporádico esta fortemente relacionado a produção de esteroides sexuais. 
Condições endócrinas moduladas pela função ovariana, como menarca precoce, menopausa e gestação tardias, assim como a utilização de exógenos, esses componentes são relevantes do risco de desenvolvimento do câncer de mama. Os fatores hormonais indicam que o comportamento humano relacionado a seu estilo de vida como descuidos em dietas, obesidade e alcoolismo podem contribuir para aumento na incidência do câncer de mama em todo o mundo.
Os meios para detectar o câncer de mama incluem diagnostico precoce que consiste em identificar lesões em fases iniciais em mulheres com algum sinal de câncer de mama ( nódulo, retração do mamilo etc.) e o rastreamento que é a aplicação sistemática de um exame em populações assintomáticas, para identificar mulheres com anormalidades sugestivas de câncer.
Os exames mais precisos para detectar o Câncer de mama são: Mamografia Diagnóstica, mamografia de rastreamento.
Tratamento
As principais opções de tratamento para pacientes com câncer de mama podem incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia alvo. 
Esses tipos de tratamentos do câncer de mama podem provocar efeitos colaterais que variam de paciente para paciente, podendo ser diferentes tanto na intensidade quanto na duração os possíveis efeitos mais comuns são: 
Anemia, diarreia, dor de cabeça, falta de ar, fadiga, dor no peito, diarreia, danos cardíacos, vômitos, perda de cabelo, mudança de humor perda de apetite e etc.
Influências do exercício físico na qualidade de vida
em dois grupos de pacientes com câncer de mama
Existem diferentes tipos de câncer , mais o câncer de mama se apresenta como a neoplasia de maior índice de mortalidade no Brasil, pois seu prognóstico é detectado com mais facilidade.
Classificada com Mastectomia radical ( retirada total do tecido mamário, músculos peitoral maior e menor e linfade - nectomia axilar completa.
Mastectomia radical modificada (extirpação da mama e esvaziamento axilar radical, com preservação do músculo peitoral maior) e mastectomia simples( remoção cirúrgica de toda mama com preservação de todo o sistema linfático e dos músculos peitoral maior e menor) e também a quadrantectomia ( retirada do quadrante correspondente à localização do nódulo.
 
 Rev. Bras. Ciênc. Esporte [online]. 2016, vol.38, n.2, pp.107-114. ISSN 0101-3289.
Participaram de um estudo 24 mulheres, pós cirurgia de (6 meses) submetidas a exercícios e não submetidas. 
Foram divididas em dois grupos o (GE) grupo experimental e o (GC) grupo controle.
Foram feitos anamnese, avaliação física, hábitos alimentares, hábitos de tabagismo, pratica de exercícios regulares, doenças associadas e preexistente, antecedente neoplásicos, tratamentos feitos, dor, medicação, sono e caracterização: tipos de cirurgia sofrida, lado da mama acometido pelo câncer, tratamento coadjuvante usado no inicio do câncer até o inicio da aplicaçãoda pesquisa.
 Rev. Bras. Ciênc. Esporte [online]. 2016, vol.38, n.2, pp.107-114. ISSN 0101-3289
.
Os exercícios aplicados para o grupo experimental foi realizado na sala de fisioterapia com duração de 10 semanas. As pacientes exercitaram 3 vezes por semana com 50 minutos de duração os exercícios, com intensidades submáximas. Exercicios como resistência aeróbica, alongamentos gerais no inicio e fim de treino. Foram feitos circuitos envolvendo atividade cardiovascular de 5 a 10 minutos, subida e descida no step 5 minutos e uso de cicloergômetro, intensidade avaliada por meio da escala de Borg (Borg, 2000). Exercicios resistidos alternando por segmentos na seguinte ordem: extensão de perna, rosca bíceps, pull over, agachamento, tríceps teste, flexão de perna, remada alta, abdução, abdominais, e panturrilha em pé. Foram feitos 3 séries de12 repetições por 3 vezes por semana, com velocidade de 4 segundos para fase concêntrica e 4 para excêntrica com descanso entre 40 a 50 segundos. Os materiais usados foram cicloergometro (bike sentada), step, halter 0,5 a 5kg, bastões, colchonetes, disco de equilíbrio e medicine bal de 1kg (bola com peso).
 Rev. Bras. Ciênc. Esporte [online]. 2016, vol.38, n.2, pp.107-114. ISSN 0101-3289
Valoresde média e desvio padrão de idade, estatura
e massa corporal total (Prée Pós-treino)
Variáveis GC Média ± desvio padrão
Idade 49,58 ± 4,94
Estatura (cm) 151,9 ± 3,45
Massa corporal total (kg)
Pré– treino 64,1 ± 6,86
Pós – treino 65,0 ± 8,3
GE Média desvio ± padrão
Idade 52,41 ± 9,11
Estatura (cm) 156,3 ± 9,41
Massa corporal total (kg)
Pré- treino 64,3 ± 11,15
Pós- treino 64,2 ± 9, 38
O grupo GC apresenta idade mínima de 40 anos e máxima 67 anos, o grupo GE os valores são 42 e 59 anos, o que causou aumento na média e desvio padrão.
Comparação entre domíniosSf- 36prétreino entre GC e GE
Domínios do SF-36
GC
GE
P
Capacidade funcional (CF)
60,42
63,17
0,7983
Limitação dos aspectos físicos (LAF)
8,33
32,50
0,0419a
Dor (DOR)
50,62
61,71
0,2576
Estado geral de saúde (EGS)
71,42
71,21
0,9734
Vitalidade (V)
64,17
65,42
0,8716
Aspectos sociais (AS)
67,01
68,75
0,8704
Limitação por aspectos emocionais (LAE)
35,76
52,75
0,2598
Saúde mental (SM)
68,42
77,33
0,2687
GC (grupo controle) GE (grupo experimental) a Diferença estatisticamente significativa; p < 0,05
Comparação entre os domínios do SF-36 pós treino entre GC e GE
Domínios do SF-36
GC
GE
P
Capacidade funcional (CF)
53,33
85,00
0.0017a
Limitação dos aspectos físicos (LAF)
43,75
71,67
0.0434a
Dor (DOR)
51,83
79,83
0.0083a
Estado geral de saúde (EGS)
67,92
80,42
0.0316a
Vitalidade (V)
56,92
75,42
0.0347a
Aspectos sociais (AS)
53,12
84,37
0.0007a
Limitação por aspectos emocionais (LAE)
58,33
66,67
0.6180
Saúde mental (SM)
63,17
71,67
0.3703
Os resultados do presente estudo apontaram efeitos positivos nos aspectos físicos e sociais e auxiliaram no tratamento de mulheres acometidas por câncer de mama. Entretanto para que o exercício seja efeito e seguro nessa população ele deve ser prescrito respeitando os princípios como individualidade, tipo, intensidade, frequência e duração do exercício, incluindo no programa de treinamento tanto componentes anaeróbios quanto aeróbios. Considera-se, portanto, que a prática de exercício físico durante o tratamento de câncer contribuiu com melhorias dos aspectos psicológico, social e físico, porém é importante considerar quais práticas podem ser desenvolvidas com esse público e em qual momento do tratamento essas podem ser inseridas.
OS BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA E/OU FÍSICO PARA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DO CÂNCER EXERCÍCIO
A atividade física produz alterações metabólicas e morfológicas crônicas que podem torná-la uma opção importante no tratamento e no processo de recuperação envolvendo pacientes com CA. Porém, poucas pesquisas existem atualmente envolvendo a utilização de atividades físicas na reabilitação de pacientes portadores de CA, (BATTAGLANI, BOTTARO, CAMPBELL et al, 2004). 
Os benefícios são explicados pelo fato de que a atividade física provoca mudanças nos níveis de alguns hormônios, fatores de crescimento, diminuição de gordura, diminuição nos níveis de insulina, glicose, triglicerídeos e aumento do HDL. O exercício físico também pode provocar mudanças no sistema imunológico. O que está associado com a prevenção e diminuição do risco de câncer, (FRIEDENREICH, 2001, FRIEDENREICH; ORENSTEIN, 2002).
 Contudo a atividade física realizada de maneira regular, prescrita corretamente está relacionada à redução dos riscos de câncer em até 30%, além de ser um efetivo mecanismo no controle de peso.
 Nos casos de diagnóstico, estudos apontam o exercício físico como uma forma alternativa na preservação das funções fisiológicas e metabólicas, principalmente na preparação física e psicológica do indivíduo a enfrentar o tratamento. Durante as fases do tratamento, auxilia na manutenção do peso e das funções neuromusculares e no combate de estados de fadiga e CAQUEXIA, (PEDROSO, ARAUJO e STEVANATO, 2005).
Montar uma Anamnese 
Dividir em dois grupos
Anamnese com cliente com câncer de mama
Uma série duas vezes na semana.
Referências Bibliográficas
Revista Brasileira de Ciências do Esporte, vol. 38, núm. 2, abril-junio, 2016, pp. 107-114 Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte
Curitiba, BrasilOncologia Básica Sabas Carlos Vieira et al. 1. ed. Teresina, PI: Fundação Quixote, 2012
American Cancer Society - www.cancer.org MD Anderson Cancer Center - www.mdanderson.org Portal do Instituto Oncoguia - www.oncoguia.org.br Susan G. Komen - www.komen.org

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