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Introdução à Caracterização Processamento e Obtenção de Materiais (ICPOM) Prof. Rogério N C de Siqueira rnavarro@puc-rio.br Objetivos da aula • Breve revisão. – Minérios, minerais e mineral de interesse. • Caracterização tecnológica de minérios: –Análise química elementar e mineralógica, análise granulométrica e do grau de liberação. • Beneficiamento mineral: – Fluxogramas de fragmentação. • Processos de Britagem e Moagem. –Circuitos e material ultrafino. • Paradoxo do beneficiamento mineral: –Grau de liberação e material ultrafino. Matéria-prima inorgânica • Jazidas ou ocorrências minerais: – Minerais elementares (ex. diamante, ouro, platina, prata, cobre) e minerais compostos formando agregados ou famílias por similaridade físico-química (ex. Fe2O3, MnO2, SiO2). • Extração física. –Lavra em minas subterrâneas ou a céu aberto. • Processamento físico: –Beneficiamento mineral. • Processamento químico –Metalurgia extrativa. Alguns dados econômicos Matéria-prima mineral • Agregado de minerais: – Fórmula química bem definida. • Óxidos, sulfetos, hidróxidos, carbonatos, sulfatos, cloretos, fluoretos, silicatos. –Destaque para óxidos (ex. Fe2O3) e sulfetos (ex. CuFeS2). – Estrutura cristalina: • Alotropia é comum. – Isomorfismo: • Impurezas metálicas inseridas na rede cristalina. Conceitos de mineral e minério • Minério é toda rocha constituída de um mineral ou agregado de minerais contendo um ou mais minerais valiosos, que podem ser aproveitados economicamente. O mineral ou conjunto de minerais não aproveitados de um minério é denominado ganga. • Substância mineral, ou simplesmente mineral, é todo corpo inorgânico de composição química e de propriedades físicas definidas (ex. estrutura cristalina), encontrado na crosta terrestre. – Livro Tratamento de Minérios, CETEM. Minerais metálicos e industriais • Depende da utilização: – Metálico: fonte de algum metal de valor tecnológico via metalurgia extrativa: • Fe2O3, Cu2S, MnO2, NiS, ZnS, TiO2, FeTiO3, SiO2. – Industrial: pode ser utilizado diretamente • Ex. CaSO4, BaSO4, CaCO3, SiO2, TiO2, Mg3Si2O5(OH)4. – Convém observar que o mesmo mineral pode ser classificado das duas formas (ex. TiO2, SiO2). Caracterização tecnológica de minérios • Inicialmente para conhecer a matéria-prima mineral: – Análise química elementar. – Análise mineralógica. • Minério ou rocha? • Quais impurezas (ganga e isomorfismo). • Durante o beneficiamento: – Análise granulométrica. – Análise do grau de liberação. • Otimização do processo e minimização dos investimentos energéticos. • Entendimento da natureza química do minério: – Mineralógica: • Quantificação dos minerais presentes. –DRX. – Análise química elementar: • Quantificação do metal de interesse e todos os demais elementos presentes: –Métodos clássicos (lixiviação/precipitação seletiva). –Métodos instrumentais (ex. fluorescência de raios X, MEV/EDS). Análise química elementar e mineralógica Ângulo de Bragg (graus) 908070605040302010 in te ns id ad e ra io s x 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 -500 Franklinite 88.69 % Hematite 9.90 % zincite 1.41 % Beneficiamento mineral • Processos de natureza física visando à liberação e subsequente concentração do MI: – Fragmentação: • Preparação de matéria-prima para a concentração. –Elevação do grau de liberação. – Concentração (separação física do MI): • Concentrado: –“Rico” em MI • Rejeito: –“Pobre” em MI. Minério de ferro de carajás • Não há concentração – teor de Fe2O3 superior a 98%, sendo o SiO2 o principal contaminante: – Granulado (20 – 30mm). – Sinter-feed (0.1 – 1mm) para a produção de sinter. – Pelet-feed (<0.1mm) para a produção de pelotas. • Sinter e pelotas são insumos mais eficientes para a etapa inicial do processo nas siderúrgicas integradas. Fragmentação e liberação mineral Liberação e granulometria Análise granulométrica e do grau e liberação • Análise granulométrica: – Quantificação da fração mássica de partículas em determinada faixa de tamanhos. • Distribuição granulométrica. • Análise do grau de liberação: – Quantificação da fração mássica de MI “livre”. • Valor médio ou por faixa de tamanho. Beneficiamento de minério de Cu Fluxograma de liberação – minério de Cu Britagem • Fragmentação via compressão e impacto: – Método a seco para partículas de granulometria grosseira (d ~ 1m a 1mm): • Cada equipamento trabalha em uma faixa granulométrica característica –Britadores de mandíbula, impacto e cônicos). – Processo sequencial baseados em circuitos integrados com peneiras. • Menos energia e material “ultrafino”. –Processo mais sustentável. Britadores e peneiras Moagem • Fragmentação por atrito: – Realizado a úmido (polpa com ~80% sólidos) e presença de corpos moedores. – Aplicado a partículas de granulometria fina (d ~ 1mm a 0.01mm). • Processo sequencial baseado na construção de circuitos integrados com hidrociclones. – Otimização do consumo energético e redução da produção de material ultrafino (d < 0.01mm): • O material ultrafino, embora apresente um elevado grau de liberação, não pode ser concentrado de forma eficiente. Moinhos e classificadores Grau de liberação e material “ultrafino” • O grau de liberação aumenta com a fragmentação: – Material “ultrafino” é gerado e não pode ser concentrado com grande eficiência. • d < 0.01 mm (depende da natureza de cada minério). • Compromisso entre grau de liberação e material ultrafino: – Na prática convém limitar o grau de liberação, minimizando-se a geração de material ultrafino. • Penaliza-se o concentrado, que fica mais rico em impurezas. Slide 1 Objetivos da aula Matéria-prima inorgânica Alguns dados econômicos Matéria-prima mineral Conceitos de mineral e minério Minerais metálicos e industriais Caracterização tecnológica de minérios Análise química elementar e mineralógica Beneficiamento mineral Minério de ferro de carajás Fragmentação e liberação mineral Liberação e granulometria Análise granulométrica e do grau e liberação Beneficiamento de minério de Cu Fluxograma de liberação – minério de Cu Britagem Britadores e peneiras Moagem Moinhos e classificadores Grau de liberação e material “ultrafino”
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