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AULA MASTER ECONOMIA DIREITO

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Curso: Direito
1
Disciplina: Economia 
Professor: Nid D´Amorim Jr
Carga Horária: 44 horas
Período: Agosto à Dezembro de 2018
Livro texto adotado
Fundamentos de Economia
Autores: Marco Antônio Sandoval de Vasconcelos e 
Manuel Enrique Garcia
Editora Saraiva 5ª Edição 2014.
O objetivo do estudo da Ciência Econômica é analisar 
os problemas econômicos e formular soluções para 
resolvê-los, de forma a melhorar nossa qualidade de vida 
(VASCONCELOS, GARCIA, 2015).
Estamos diariamente lidando com temas relacionados à
economia: 
•Aumento de preços;
•Desemprego;
•Déficit governamental;
•Comportamento da taxa de juro;
•Diferenças salariais;
•Ociosidade de alguns setores de atividade;
•Dívida Externa, etc. 2
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Conceito de Economia
Palavra derivada do grego: “Administração da coisa 
Pública”
É a ciência social que estuda de que maneira a 
sociedade decide empregar recursos produtivos (fatores 
de produção) escassos na produção de bens e serviços, 
de modo a distribuí-los entre várias pessoas e grupos da 
sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas. 
3
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Características do estudo da teoria econômica:
• pertence ao campo das ciências humanas;
• as decisões econômicas envolvem juízo de valor, pois 
são tomadas pelos seres humanos;
• originam diferentes formas de interpretação;
• originam diferentes correntes de pensamento 
econômico.
4
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Recursos Produtivos versus Necessidades Humanas
• Os recursos produtivos ou fatores de produção são 
limitados. 
Ex: mão de obra, terra, capital, matérias-primas, etc. 
5
Nenhum país consegue dispor de todos os recursos dos 
quais necessita. 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
As necessidades humanas são ilimitadas e se renovam, 
pelo crescimento populacional e pela contínua elevação 
do padrão de vida. 
6
Toda sociedade tem de escolher entre alternativas de 
produção e de distribuição dos resultados da atividade 
produtiva entre vários grupos da sociedade. 
Surge então o problema da escassez.
Temos então a questão central da economia: 
Como alocar recursos produtivos limitados, de 
forma a atender ao máximo às necessidades 
humanas.
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
7
A escassez de recursos ou de fatores de produção associada 
às ilimitadas necessidades do homem geram os problemas 
econômicos fundamentais: 
Os problemas econômicos fundamentais 
1) O que e quanto produzir;
2) Como produzir;
3) Para Quem produzir.
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
8
1)O que e quanto produzir:
Considerando a escassez dos recursos de produção, a 
sociedade deverá escolher os produtos que serão produzidos 
e as respectivas quantidades serem fabricadas.
2) Como produzir:
Será preciso escolher quais recursos de produção serão 
utilizados para a produção de bens e serviços. A concorrência 
entre produtores influencia na forma de produção de bens e 
serviços. Os produtores vão sempre buscar maior eficiência 
com menor custo.
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
9
3) Para quem produzir:
A sociedade terá de decidir como seus membros participarão 
da distribuição dos resultados de sua produção. 
A distribuição de renda dependerá não só da oferta e da 
demanda nos mercados de serviços produtivos, ou seja da 
determinação dos salários, das rendas das terras, dos juros e 
dos benefícios do capital, mas também da repartição inicial da 
propriedade de da maneira como ela se transmite por 
herança.
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
10
Concluí-se que os Problemas Fundamentais da 
Economia estão todos interligados. A variação de 
um depende da variação do outro. 
Eles precisam trabalhar sincronizados para garantir o 
pleno funcionamento da economia.
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
11
Sistemas Econômicos
O sistema econômico define como determinada sociedade 
está organizada em termos políticos, sociais e econômicos. 
Ele vai determinar a forma da organização da produção, da 
distribuição e do consumo de todos os bens e serviços da 
sociedade. 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
12
Os elementos básicos de um sistema econômico são: 
• estoque de recursos produtivos ou fatores de produção:
incluindo os recursos humanos (trabalho e capacidade 
empresarial, o capital, a terra, as reservas e a tecnologia;
• complexo de unidades de produção: constituído pelas 
empresas; 
• conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas 
e sociais: que são a base da organização da sociedade.
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
13
Os Sistemas Econômicos podem ser classificados em:
Sistema capitalista ou economia de mercado: as forças do 
mercado definem as regras do sistema. Predomina a livre 
iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção. 
Sistema socialista ou economia centralizada ou ainda 
economia planificada: não existe livre mercado. Quem 
define as regras do sistema é um órgão central de 
planejamento. Predomina a propriedade pública dos fatores 
de produção, conhecidos como meios de produção, engloba 
os bens de capital, a terra, os prédios, os bancos e as 
matérias primas. 
Economia Professor: Nid D´Amorim
Jr 
14
Até o início do século XX, o Liberalismo Econômico foi o 
sistema majoritário no ocidente. Prevalecia a concorrência 
pura sem a intervenção do estado na atividade produtiva. 
Em 1917, com o advento na revolução comunista na Rússia, o 
sistema econômico socialista foi implantado na sociedade 
russa. Este sistema permaneceu até à Queda do Muro de 
Berlim, que é considerado o marco do final do sistema 
socialista de produção.
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Atualmente existem apenas cinco países no mundo que ainda 
têm economia socialista: República Popular da China, 
República de Cuba, República Socialista do Vietnam, 
República Democrática Popular do Laos e República Popular 
Democrática da Correia (Correia do Norte). 
15
A partir dos anos 1930 passaram a predominar os sistemas 
de economia mista, nos quais ainda prevalecia as forças 
de mercado, mas com a atuação complementar do 
Estado, seja na produção de bens públicos, nas áreas de 
educação, saúde e saneamento, justiça, defesa nacional etc., 
seja induzindo investimentos no setor privado, 
principalmente para setores de infra-estrutura, como energia, 
transportes e comunicações. 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
16
Diferenças entre economias de mercado e economias 
centralizadas
Economia de mercado: a maioria dos preços dos bens, serviços e 
salários é determinada predominantemente pelo mecanismo de 
preços, que atua por meio da oferta e da demanda de bens e 
serviços e dos fatores de produção.Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Economias centralizadas: a maioria dos preços dos bens, 
serviços e salários é determinada por um órgão central de 
planejamento, a partir de um levantamento dos recursos 
disponíveis e das necessidades do pais.
Após a Queda do Muro de Berlim países com governos 
comunistas, têm aberto espaço para a iniciativa privada, 
caracterizando um socialismo de mercado ou capitalismo de 
estado.
17
Os Fatores de Produção
Os Fatores de Produção são a mão de obra, a terra e o 
capital. 
•Lucro: remuneração do capital físico, como prédios, 
máquinas, e equipamentos. Inclui os dividendos pagos às 
famílias como proprietárias das empresas. 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
A cada Fator de Produção corresponde uma remuneração ao 
seu proprietário: 
•Salário: remuneração aos proprietários do fator de produção 
mão de obra;
•Juro: remuneração aos proprietários do capital monetário, 
aplicado pelas famílias ou empresas;
•Aluguel: remuneração aos proprietários do fator terra 
(também chamado de renda da terra);
18
Funcionamento de uma Economia de Mercado ou Fechada
Economia Fechada ou economia de mercado é aquela que 
não tem interferência do governo nem transações com o 
exterior. 
Os agentes econômicos são as famílias (unidades familiares) 
e as empresas (unidades produtoras). Numa economia 
fechada, as famílias são proprietárias dos fatores de 
produção e os fornecem às unidades produtoras (empresas) 
no mercado dos fatores de produção. 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
As empresas combinam fatores de produção, produzem bens 
e serviços e os fornecem às famílias no mercado de bens e 
serviços. 
19
Fluxo Real da Economia
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda
Oferta
Oferta
Demanda
Mercado de bens e Serviços
Mercado de Fatores de Produção
EmpresasFamílias
A esse Fluxo de fatores de produção, bens e serviços 
denominamos Fluxo Real da Economia 
20Fluxo Monetário da Economia
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
No entanto, o Fluxo Real da Economia só se torna possível 
com a presença da moeda, que é utilizada para o pagamento 
dos bens e serviços e para a remuneração dos fatores de 
produção. 
Desta forma, paralelamente ao Fluxo Real da Economia, 
temos um Fluxo Monetário da Economia.
Pagamento dos Bens e Serviços
Remuneração dos 
Fatores de Produção
EmpresasFamílias
21Fluxo Circular de Renda ou Fluxo Básico
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Unindo o Fluxo Real e o Fluxo Monetário temos o chamado 
Fluxo Circular de Renda ou Fluxo Básico. 
O quê e quanto produzir
Demanda de 
Serviços dos 
fatores de 
produção
Oferta de
Bens e 
Serviços
Oferta de 
serviços dos 
fatores de 
produção
Demanda de 
bens e 
serviços
Mercado de bens e Serviços
Mercado de Fatores de Produção
EmpresasFamílias
Para quem produzir
Como produzir
Fluxo Real
Fluxo Monetário
22
Preços, “o que”, “quanto”, “para quem’ e “como”
Em cada um dos mercados atuam conjuntamente as forças da 
oferta e da demanda, determinado o preço. Assim no 
Mercado de Bens e Serviços formam-se os Preços dos Bens 
e Serviços, enquanto no Mercado de Fatores de Produção 
são determinados os Preços dos Fatores de Produção
(salários, juros, aluguéis,lucros). 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
No Mercado de Bens e Serviços, determina-se “o que” e 
“quanto” produzir; no Mercado de Fatores de Produção, 
decide-se “para quem” produzir. A questão de “como”
produzir é dada no âmbito das empresas, pela sua eficiência 
produtiva.
23
Bens de Capital, de Consumo, Intermediários e Finais
•Bens de Capital são utilizados na fabricação de outros bens, mas não se 
desgastam totalmente no processo produtivo e contribuem para a melhoria 
da produtividade da mão de obra. 
Exemplos: máquinas, equipamentos ou instalações. 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
•Bens de Consumo destinam-se diretamente ao atendimento das 
necessidades humanas. Podem ser Duráveis (máquinas, automóveis ou 
computadores) ou Não Duráveis (alimentos, produtos de limpeza).
•Bens Intermediários são transformados ou agregados na produção de 
outros bens e são consumidos totalmente no processo produtivo (insumos, 
matérias primas e componentes.
•Bens Finais são vendidos para consumo ou utilização final. Os Bens de 
Capital , como não são “consumidos” no processo produtivo, são bens 
finais e não intermediários. 
24
Divisão do estudo econômico. 
A economia é dividida em quatro áreas de estudo:
1) Macroeconomia; 
2) Microeconomia ou Teoria de Formação de Preços;
3) Economia Internacional;
4) Desenvolvimento Econômico.
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
25
Divisão do estudo econômico.
02) Microeconomia ou Teoria de Formação de Preços:
examina como os consumidores e empresas interagem no 
mercado e como decidem o preço e a quantidade para 
satisfazer a ambos simultaneamente. 
01) Macroeconomia: estuda a determinação e o 
comportamento dos grandes agregados nacionais, como 
produto interno bruto (PIB), o investimento agregado, a 
poupança agregada, o nível dos preços entre outros. Seu 
enfoque é de curto prazo ou conjuntural. 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
26
Divisão do estudo econômico.
03) Economia Internacional: analisa as relações econômicas 
entre residentes e não residentes do país, as quais envolvem 
transações com bens e serviços e transações financeiras. 
04) Desenvolvimento Econômico: preocupa-se com a 
melhoria do padrão de vida da coletividade ao longo do 
tempo. Tem também enfoque macroeconômico, mas centrado 
em questões estruturais e de longo prazo (como progresso 
tecnológico, estratégias de crescimento, etc.). 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr
Microeconomia ou 
Teoria dos Preços
27
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr
MICROECONOMIA OU TEORIA DOS PREÇOS
1.1 Conceito: 
Ramo da economia que analisa a formação de preços no 
mercado, isto é, analisa como a empresa e os 
consumidores interagem entre si para decidirem qual será
a quantidade ofertada e o preço de determinado bem ou 
serviço (pão, geladeira, restaurantes) e de fatores de 
produção (salários, alugueis ou lucros) em mercados 
específicos. 
28
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
MICROECONOMIA OU TEORIA DOS PREÇOS
1.2.1 A Hipótese Coeteris Paribus ou Ceteris Paribus
A expressão Latina “Coeteris Paribus ou Ceteris
Paribus” significa que tudo o mais permanece 
constante.
29
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
A Teoria Microeconômica se vale deste pressuposto, 
para analisar um determinado mercado, analisando-se o 
papel que a oferta e a demanda nele exercem, supondo 
que as outras variáveis interfiram muito pouco, ou que 
não interfiram de maneira absoluta.
1.2 Pressupostos básicos da Análise Microeconômica
MICROECONOMIA OU TEORIA DOSPREÇOS
30
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
A procura por uma determinada mercadoria é mais 
afetada por seu preço e pela renda dos consumidores. 
Para analisar o efeito do preço sobre a procura, supomos 
que a renda permanece constante (Ceteris Paribus); da 
mesma forma para analisar a relação entre a procura por 
determinado bem e a renda dos consumidores, supomos 
que o preço do bem permanece constante. 
Desta maneira, temos o efeito puro ou líquido de cada 
uma dessas variáveis sobre a procura.
MICROECONOMIA OU TEORIA DOS PREÇOS
31
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
1.2.2 Objetivos da Empresa 
A grande questão da economia reside na 
hipótese adotada quanto aos objetivos da 
empresa produtora de bens e serviços.
1.2 Pressupostos básicos da Análise Microeconômica
MICROECONOMIA OU TEORIA DOS PREÇOS
32
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Princípio da Racionalidade 
Segundo este princípio, o empresário sempre busca a 
maximização do lucro total, otimizando a utilização dos 
recursos que dispõe. 
Esta corrente enfatiza conceitos como receita marginal, 
custo marginal e a produtividade marginal em lugar de 
conceitos de média (receita média, custo médio e 
produtividade média), daí ser chamada de Marginalista. 
Nesta teoria, a maximização do lucro da empresa 
ocorre quando a receita marginal iguala-se ao custo 
marginal.
MICROECONOMIA OU TEORIA DOS PREÇOS
33
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
O Conceito Marginal em Economia baseia-se sempre em 
uma unidade de produção. 
As correntes alternativas da Economia consideram que o 
objetivo do empresário não seria a maximização do lucro, 
mas fatores como aumento da participação nas vendas do 
mercado, ou maximização da margem sobre os custos de 
produção, independentemente da demanda de mercado.
A Abordagem Marginalista compõe a Teoria 
Microeconômica propriamente dita, pelo que é chamada 
de Teoria Tradicional.
MICROECONOMIA OU TEORIA DOS PREÇOS
34
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
A Teoria Microeconômica se apresenta como 
ferramenta útil para estabelecer políticas e 
estratégias, dentro de um horizonte de 
planejamento, tanto para empresas como para 
políticas econômicas. 
1.3 Aplicações da Análise Microeconômica
MICROECONOMIA OU TEORIA DOS PREÇOS
35
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Para as empresas, a análise Microeconômica pode 
subsidiar as seguinte decisões:
•Política de preços da empresa;
•Previsões de demanda e faturamento;
•Previsões de custos de produção;
•Decisões ótimas de produção;
•Avaliação e elaboração de projetos de investimentos;
•Política de propaganda e publicidade;
•Localização da empresa;
•Diferenciação de mercados.
MICROECONOMIA OU TEORIA DOS PREÇOS
36
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Tratando-se de Política econômica, a Teoria Microeconômica
pode contribuir na análise e tomada de decisões das seguintes 
questões:
•Avaliação de projetos de investimentos públicos;
•Efeitos de impostos sobre mercados específicos;
•Política de subsídios;
•Fixação de preços mínimos na agricultura;
•Fixação do salário mínimo;
•Controle de preços;
•Política salarial;
•Política de preços e tarifas públicas;
•Fixação de tarifas alfandegárias;
•Leis antitruste (defesa da concorrência). 
37
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
A Teoria Microeconômica é dividida nos seguintes 
pontos: 
1.4.1) Análise da Demanda; 
1.4.2) Análise da Oferta;
1.4.3) Análise das Estruturas do Mercado;
1.4.4) Teoria do equilíbrio geral ou bem estar;
1.4.5) Imperfeições do Mercado
1.4 Divisões do Estudo Microeconômico
MICROECONOMIA OU TEORIA DOS PREÇOS
38
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
1.4.1) Análise da Demanda 
A Teoria da Demanda ou Procura de uma mercadoria 
ou serviço, divide-se em Teoria do Consumidor 
(Demanda Individual) e Teoria da Demanda de 
Mercado.
1.4 Divisões do Estudo Microeconômico
MICROECONOMIA OU TEORIA DOS PREÇOS
39
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
1.4.2) Análise da Oferta
A Teoria da Oferta de um bem ou serviço também se 
subdivide em Oferta da Firma Individual e Oferta de 
Mercado. Dentro da análise da Oferta da Firma são 
abordadas a Teoria da Produção, que analisa as relações 
entre quantidades físicas do produto e os fatores de 
produção, e a Teoria dos Custos de Produção, que 
incorpora os preços dos insumos.
1.4 Divisões do Estudo Microeconômico
MICROECONOMIA OU TEORIA DOS PREÇOS
40
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
1.4.3) Análise das Estruturas do Mercado
A partir da demanda e da oferta de mercado, são 
determinados o preço e a quantidade de equilíbrio de um 
dado produto ou serviço. O preço e a quantidade, contudo, 
dependerão da forma do mercado, isto é, se ele é
competitivo, com muitas empresas produzindo um dado 
produto, ou concentrado em poucas ou em até uma única 
empresa. 
Na Análise das Estruturas de Mercado, avaliam-se os 
efeitos da oferta e da demanda, tanto no mercado de bens e 
serviços como no mercado de fatores de produção.
1.4 Divisões do Estudo Microeconômico
MICROECONOMIA OU TEORIA DOS PREÇOS
41
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
1.4.3) Análise das Estruturas do Mercado (continuação)
Existem diversas estruturas no Mercado de Bens e 
Serviços: 
•Concorrência perfeita;
•Concorrência imperfeita ou monopolista;
•Monopólio;
•Oligopólio.
1.4 Divisões do Estudo Microeconômico
MICROECONOMIA OU TEORIA DOS PREÇOS
42
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
1.4.4) Teoria do equilíbrio geral ou Teoria do Bem 
Estar
A partir Teoria do Bem Estar, estuda-se como alcançar 
soluções eficientes para o problema da alocação e 
distribuição dos recursos ou seja, busca-se encontrar a 
“alocação ótima dos recursos”.
1.4 Divisões do Estudo Microeconômico
MICROECONOMIA OU TEORIA DOS PREÇOS
43
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
1.4.5) Imperfeições do Mercado
Na análise das Imperfeições do Mercado, estudam-se 
as situações nas qual o mercado isoladamente não 
promove a perfeita alocação de recursos. 
Estas duas últimas teorias não serão discutidas neste 
curso por serem fundamentalmente abstratas e por 
exigirem conhecimentos profundos de matemática.
1.4 Divisões do Estudo Microeconômico
MICROECONOMIA OU TEORIA DOS PREÇOS
Demanda, Oferta e 
Equilíbrio do 
Mercado
44
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr
45
1.1.1) Conceito de Utilidade: 
A Utilidade representa o grau de satisfação que os 
consumidores atribuem aos bens e serviços que podem 
adquirir no mercado. A Utilidade é a qualidade que os 
bens econômicos possuem de satisfazer as necessidades 
humanas. Como está baseada em aspectos psicológicos 
ou preferências subjetivas, a Utilidade difere deconsumidor para consumidor.
1.1 Conceitos
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilibrio de Mercado
46
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
1.1.2) Conceito do valor de um Bem:
O valor de uso de um bem é a utilidade que ele 
representa para o consumidor.
1.1.3) Conceito do valor de Troca de um Bem:
O valor de troca de um bem se forma pelo preço no 
mercado, pelo encontro da oferta e da demanda do bem. 
1.1 Conceitos
Demanda, Oferta e Equilibrio de Mercado
47
1.1.4) Conceito da Teoria do Valor-Trabalho:
A Teoria do Valor-trabalho foi desenvolvida pelos economistas 
clássicos Malthus, Adam Smith, Ricardo e Marx. Esta teoria considera 
que o valor de um bem se forma do lado da oferta, por meio dos custos 
do trabalho incorporados ao bem. Os custos de produção seriam 
representados basicamente pelo fator mão de obra, já que a terra era 
praticamente gratuita (abundante) e o capital era pouco significativo. 
Pela Teoria do Valor-trabalho, o valor do bem surge da relação social 
entre homens, dependendo do tempo produtivo (em horas) que eles 
incorporam na produção de mercadorias. 
Por isso, a Teoria do Valor-Trabalho é objetiva (depende dos custos de 
produção).
1.1 Conceitos
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
48
1.1.5) Conceito da Teoria do Valor-Utilidade:
A Teoria do Valor-Utilidade pressupõe que o valor de um bem se forma 
por sua demanda, isto é, pela satisfação que o bem representa para o 
consumidor. É uma teoria subjetiva, pois pressupõe que o valor nasce 
da relação do homem com os objetos. Representa a visão utilitarista, 
em que prepondera a soberania do consumidor, pilar do capitalismo.
A Teoria do valor-utilidade complementou a teoria do valor-trabalho,
pois não era mais possível predizer o comportamento dos preços dos 
bens e serviços apenas com base nos custos da mão de obra sem 
considerar a demanda. 
A Teoria do valor-utilidade permitiu, também, distinguir o valor de uso
do valor de troca de um bem. A Teoria da Demanda vai se basear na 
Teoria do valor-utilidade.
1.1 Conceitos
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
49
1.2) Utilidade Total e Utilidade Marginal 
No final do século passado, alguns economistas elaboraram o 
conceito de Utilidade Marginal e dele derivaram a Curva de 
Demanda e suas propriedades. 
Utilidade Total: A utilidade total tende a aumentar quanto 
maior for a quantidade consumida do bem ou serviço. 
Utilidade Marginal: A utilidade marginal, que é a satisfação 
adicional (na margem) obtida pelo consumo de mais uma 
unidade do bem, é decrescente, porque o consumidor vai 
perdendo a capacidade de percepção da utilidade 
proporcionada por mais uma unidade do bem, chegando à
saturação.
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
50
1.2.1) Conceito: 
A Demanda ou procura é definida como a quantidade de 
determinado bem ou serviço que os consumidores desejam 
adquirir em determinado período de tempo. 
1.2 Demanda de Mercado
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
51
A Demanda ou procura depende de algumas variáveis: 
•Preço do bem ou serviço;
•Preços dos outros bens;
•Renda do consumidor;
•Preferências e hábitos dos indivíduos;
•Fatores sazonais (demanda por sorvete no verão);
•Localização dos consumidores;
•Disponibilidade de crédito. 
Para se estudar a influencia isolada dessas variáveis utiliza-se a hipótese 
do Ceteris Paribus, ou seja, analisa-se cada uma das variáveis 
isoladamente, supondo que demais permaneçam fixas. 
1.2 Demanda de Mercado
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
52
1.2.2) Relação entre quantidade procurada e o preço do 
bem: a Lei Geral da Demanda 
Existe uma relação inversamente proporcional entre a 
quantidade procurada e o preço do bem, ceteris paribus. É a 
chamada Lei Geral da Demanda. 
Esta relação quantidade procurada/preço pode ser 
representada por uma escala de procura (tabela a seguir), 
Curva de Procura ou Função Demandada (curva a 
seguir). 
1.2 Demanda de Mercado
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
53
1.2.2) A Lei Geral da Demanda
Curva de Procura ou Função Demandada 
 do Bem X
A
B
C
D
E
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
0 2000 4000 6000 8000 1000
0
1200
0
1400
0
Quantidade Demandada
A
lte
rn
at
iv
as
 
de
 
Pr
eç
o
s
Y= -0,001 X + 12Escala de Procura do Bem X
Pontos 
na Curva
Quantidade 
Demandada 
Alternativas 
de Preço
A 2000 10
B 4000 8
C 6000 6
D 9000 3
E 11000 1
A Curva de Procura ou Função Demandada
revela as preferenciais dos consumidores, sob a 
hipótese de que estão maximizando sua 
utilidade, ou grau de satisfação, no consumo 
daquele produto. Isto é, subjacente à Curva de 
Procura há toda uma teoria de valor, que 
envolve os fundamentos psicológicos do 
consumidor. 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
54
Matematicamente, a relação entre a quantidade demandada e o preço de 
um bem ou serviço pode ser expressa pela chamada Função Demanda 
ou Equação da Demanda:
Qd = f (P)
Qd = quantidade procurada de determinado bem ou serviço, num dado 
período de tempo;
•P= preço do bem ou serviço 
A expressão Qd = f (P) significa que a quantidade demandada Qd é uma 
função f do preço P, isto é, depende do preço P. 
1.2 Demanda de Mercado
1.2.2) Lei Geral da Demanda 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
55
A Curva de Demanda é negativamente inclinada devido ao efeito conjunto de 
dois fatores: o efeito substituição e o efeito renda. Se o preço de um bem 
aumenta, a queda da quantidade demandada será provocada por esses dois 
efeitos somados: 
a) Efeito Substituição: se um bem X possui um bem substituto Y, ou seja, 
outro bem similar que satisfaça a mesma necessidade, quando o preço do bem 
X aumenta, ceteris paribus, o consumidor passa a adquirir o bem substituto
(o bem Y), reduzindo a demanda do bem X. Exemplo marcas de cerveja.
b) Efeito Renda: quando aumenta o preço de um bem X, tudo o mais constante 
(renda do consumidor e preços de outros bens constantes), o consumidor perde 
poder aquisitivo, e a demanda por este produto (X) diminui. Desta forma, 
embora seu salário monetário não tenha sofrido nenhuma alteração, seu salário 
“real”, em termos de poder de compra, foi corroído.
1.2 Demanda de Mercado
1.2.2) Lei Geral da Demanda 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
56
Existem diversas variáveis que também afetam a procura 
de um bem, além do seu preço. A Demanda será também 
afetada pela renda dos consumidores, pelo preço dos bens 
substitutos (ou concorrentes), pelo preço dos bens 
complementares e pelas preferenciais ou hábitos dos 
consumidores.
1.2 Demanda de Mercado
1.2.3) Outras Variáveis que afetam a Demanda de um 
BemEconomia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
57
1.2.3.1) Demanda afetada pela Variável Renda
Bem Normal: a demanda do bem aumenta sempre que renda do 
consumidor aumenta.
Bens Inferiores: a demanda do bem varia em sentido inverso às 
variações de renda do consumidor. 
Exemplo: se o consumidor ficar mais rico, diminuirá o consumo 
de carne de segunda e aumentará o consumo de carne de 
primeira.
1.2 Demanda de Mercado
1.2.3) Outras Variáveis que afetam a Demanda de um Bem
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
58
Bens Superiores ou de Luxo: a demanda do bem varia em sentido 
direto às variações de renda do consumidor.
Exemplo: se o consumidor ficar mais rico, aumentará o consumo de 
produtos de maior qualidade e consequentemente mais caros.
Bens de Consumo Saciado: quando a demanda do bem não é
influenciada pela renda dos consumidores.
Exemplo: Quando o consumidor fica mais rico, não aumenta o consumo 
de produtos como arroz, farinha, sal ou açúcar.
1.2.3.1) Demanda afetada pela Variável Renda (continuação)
1.2 Demanda de Mercado
1.2.3) Outras Variáveis que afetam a Demanda de um Bem
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
59
Bens Substitutos, Concorrentes ou Sucedâneos: quando há
uma relação direta entre o preço de um bem e a quantidade de 
outro, ceteris paribus.
Exemplo: um aumento do preço da carne de boi deve elevar a 
demanda do frango, com tudo o mais constante. e 
consequentemente mais caros.
1.2.3.2) Demanda afetada pelo Preço de outros Produtos
1.2 Demanda de Mercado
1.2.3) Outras Variáveis que afetam a Demanda de um Bem
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
60
Bens Complementares: quando há uma relação inversa
entre o preço de um bem e a quantidade de outro, ceteris
paribus.
Exemplo: quantidade de automóveis e o preço da gasolina, 
ou então a quantidade de camisas sociais e o preço das 
gravatas. 
1.2.3.2) Demanda afetada pelo Preço de outros Produtos 
(continuação)
1.2 Demanda de Mercado
1.2.3) Outras Variáveis que afetam a Demanda de um Bem
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
61
Finalmente, a Demanda de um Bem também sofre a influência dos 
hábitos e preferências dos consumidores. A propaganda e a 
publicidade visam aumentar a procura de bens e serviços influenciando 
preferências e hábitos. 
Alguns produtos, contudo, são afetados por fatores mais específicos, 
como efeitos sazonais e localização do consumidor, ou fatores mais 
gerais, como condições de crédito, perspectivas da economia, 
congelamento ou tabelamento de preços e salários.
1.2.3.3) Demanda afetada pelos hábitos e preferências 
dos consumidores
1.2 Demanda de Mercado
1.2.3) Outras Variáveis que afetam a Demanda de um Bem
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
62
Desta forma, as principais variáveis que afetam a demanda 
de determinado bem ou serviço são: 
Demanda do Bem X = f (preço de X, preços dos bens
substitutos do bem X, preço dos 
bens complementares ao Bem X,
renda dos consumidores,
preferências dos consumidores). 
1.2 Demanda de Mercado
1.2.3) Outras Variáveis que afetam a Demanda de um Bem
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
63
Demanda: é toda escala ou curva que relaciona os 
possíveis preços a determinadas quantidades. 
Quantidade Demandada: é um ponto específico
da curva relacionando um preço a uma quantidade. 
1.2 Demanda de Mercado
1.2.4) Distinção entre demanda e quantidade demandada
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
64
P
Q
P0
P1
Q1 Q0
D0
Na figura ao lado, a Demanda corresponde 
à reta indicada por D0; já quantidade 
demandada para o preço P0 é Q0. 
Caso o preço do bem aumentasse para P1, 
haveria uma diminuição na quantidade 
demandada de Q0 para Q1, não na 
demanda. 
Ou seja, as alterações da quantidade 
demandada ocorrem ao longo da própria 
curva de demanda (reta D0).
1.2 Demanda de Mercado
1.2.4) Distinção entre demanda e quantidade demandada
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
65
Consideramos agora que a curva da procura 
inicial fosse a reta indicada pela letra D0.
P
Q
P0
P1
Q1 Q0
D0
Q3 Q2
D1
Considerando-se que o Bem é normal (a 
demanda do bem aumenta sempre que 
renda do consumidor aumenta), caso 
houvesse um aumento na renda dos 
consumidores, ceteris paribus, a curva D0
iria se deslocar para a direita, o que estaria 
indicando que, aos mesmos preços, por 
exemplo, P0, o consumidor estaria disposto 
a adquirir maiores quantidades do bem, 
passando de Q0 para Q2. A nova curva de 
demanda é representada pela reta D1. 
Antes do aumento da renda
Ao preço P0 o consumidor pode comprar Q0
Ao preço P1, o consumidor pode comprar Q1
Após o aumento da renda 
Ao mesmo preço P0, o consumidor pode comprar Q2
Ao mesmo preço P1, o consumidor pode comprar Q3
1.2 Demanda de Mercado
1.2.4) Distinção entre demanda e quantidade demandada
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
66
Desta forma, movimentos da quantidade demandada
ocorrem ao longo da própria curva, devido a mudanças 
no preço do bem. Quando a curva de procura se desloca 
(em virtude de variações de renda ou de outras 
variáveis, que não o preço do bem), temos uma 
mudança na demanda (e não na quantidade demanda). 
1.2 Demanda de Mercado
1.2.4) Distinção entre demanda e quantidade demandada
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
67
Pode-se conceituar oferta como as várias quantidades 
que os produtores desejam oferecer ao mercado em 
determinado período de tempo. Da mesma maneira que 
a demanda, a oferta depende de vários fatores, entre 
eles, de seu próprio preço, do preço (custo) dos 
fatores de produção e das metas ou objetivos dos 
empresários.
1.3 Oferta de Mercado
Ao contrário da função demanda, a função oferta
mostra uma correlação direta entre quantidade ofertada 
e nível de preços, ceteris paribus. É a chamada Lei 
Geral da Oferta.
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
68
Podemos expressar uma escala 
de oferta de um bem X dada uma 
série de preços, quais seriam as 
quantidades ofertadas a cada 
preço.
1.3 Oferta de Mercado
Y= X/1000
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
Escala de Procura do Bem X
Pontos 
na Curva Preços
Quantidade 
Ofertada
A R$ 1,00 1.000
B R$ 3,00 3.000
C R$ 6,00 6.000
D R$ 8,00 8.000
E R$ 10,00 10.000
Curva de Oferta ou Lei Geral da Oferta 
A
B
C
D
E
R$ 0,00
R$ 1,00
R$ 2,00
R$ 3,00
R$ 4,00
R$ 5,00
R$ 6,00
R$ 7,00
R$ 8,00
R$ 9,00
R$ 10,00
R$ 11,00
R$ 12,00
0 2.00
0
4.00
0
6.000
8.00
0
10.0
00
12.0
00
14.0
00
Quantidade Ofertada
Pr
eç
o
s
69
1.3 Oferta de Mercado
Matematicamente, a Função ou Equação da Oferta é dada pela 
expressão:
Q0 = f (P)
Q0 = quantidade ofertada de um bem ou serviço, num dado período de 
tempo;
P= preço do bem ou serviço 
A relação direta entre a quantidade ofertada de um bem e o 
preço desse bem deve-se ao fato de que, ceteris paribus, um 
aumento do preço de mercado eleva a rentabilidade das 
empresas, estimulando-as a elevar a produção.
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
70
Além do preço do bem, a oferta de um bem ou serviço é
afetada por: 
1.3 Oferta de Mercado
• por alterações tecnológicas;
• custos dos fatores de produção (matérias primas, 
salários, preço da terra);
• pelo aumento do número de empresas no mercado.
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
71
A relação entre a oferta de um bem e o custo dos fatores 
de produção é inversamente proporcional
1.3 Oferta de Mercado
A relação entre a oferta de um bem e o nível de 
conhecimento tecnológico é diretamente proporcional, 
dado que melhorias tecnológicas promovem melhorias de 
produtividade no uso dos fatores de produção, e portanto, 
aumento da oferta.
Da mesma forma, há uma relação direta entre a oferta de 
um bem ou serviço e o número de empresas ofertantes do 
produto no setor.
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
72
Similarmente à Demanda, também devemos distinguir 
entre a oferta e a quantidade ofertada de um bem. A 
Oferta refere-se a toda a curva enquanto a quantidade 
ofertada refere-se a um ponto específico da curva de 
oferta.
1.3.1 Oferta e Quantidade Ofertada
1.3 Oferta de Mercado
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
73
P1
P
Q
P0
Q0 Q1
O
Aumento na 
Quantidade 
Ofertada
O aumento no preço de um bem 
provoca um aumento da 
quantidade ofertada, ceteris
paribus. 
1.3.1 Oferta e Quantidade Ofertada
1.3 Oferta de Mercado
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
74
Um aumento no custo das 
matérias primas provoca 
uma queda na oferta: 
mantido o preço P0 (isto é, 
ceteris paribus), as 
empresas são obrigadas a 
diminuir a produção, 
deslocando-se a curva de 
oferta para a esquerda. 
P
Q
P0
Q0Q1
O1
O0
Diminuição 
da Oferta
1.3.1 Oferta e Quantidade Ofertada
1.3 Oferta de Mercado
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
75
Se houver uma diminuição no 
preço dos insumos, ou uma 
melhoria tecnológica em sua 
utilização, ou ainda um aumento 
no número de empresas no 
mercado, conduz a um aumento 
da oferta, dados os mesmos 
preços praticados, desloca-se, 
desta forma, a curva de oferta 
para a direita.
P
Q
P0
Q1Q0
O0
O1
Aumento 
da Oferta
1.3.1 Oferta e Quantidade Ofertada
1.3 Oferta de Mercado
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
76
1.4 Equilíbrio de Mercado
1.4.1 A Lei da oferta e da procura: tendência ao
equilíbrio
A interação da curvas de demanda e oferta determina 
o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou 
serviço em um dado mercado.
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
77
1.4 Equilíbrio de Mercado
1.4.1 A Lei da oferta e da procura: tendência ao
equilíbrio
A tabela ao lado 
representa a oferta 
e a demanda do 
bem X. O equilíbrio 
entre a oferta e a 
demanda é obtido 
quando o preço é
igual a R$ 6,00. 
Preço (R$) Quantidade Demandada 
Quantidade 
ofertada
R$ 10,00 2.000 10.000
R$ 8,00 4.000 8.000
R$ 6,00 6.000 6.000
R$ 3,00 9.000 3.000
R$ 1,00 11.000 1.000
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
78
1.4 Equilíbrio de Mercado
1.4.1 A Lei da oferta e da procura: tendência ao
equilíbrio
Graficamente teremos:
Preço (R$) Quantidade Demandada 
Quantidade 
ofertada
R$ 10,00 2.000 10.000
R$ 8,00 4.000 8.000
R$ 6,00 6.000 6.000
R$ 3,00 9.000 3.000
R$ 1,00 11.000 1.000
Equilíbrio de Mercado 
R$ 0,00
R$ 2,00
R$ 4,00
R$ 6,00
R$ 8,00
R$ 10,00
R$ 12,00
0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000
Quantidades
Pr
eç
o
s
Equação da Oferta 
Y= X/1000
Equação da Demanda 
Y= -0,001 X + 12
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
Oferta
Demanda
79
1.4 Equilíbrio de Mercado
1.4.1 A Lei da oferta e da procura: tendência ao
equilíbrio
Equilíbrio de Mercado 
R$ 0,00
R$ 2,00
R$ 4,00
R$ 6,00
R$ 8,00
R$ 10,00
R$ 12,00
0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000
Quantidades
Pr
eç
o
s
Na interseção das curvas 
de oferta e de demanda
(ponto E), teremos o 
preço e a quantidade de 
equilíbrio. Isto é, o preço 
e a quantidade que 
atendem às aspirações 
dos consumidores e dos 
produtores 
simultaneamente. 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
Oferta
Demanda
E
80
1.4 Equilíbrio de Mercado
1.4.1 A Lei da oferta e da procura: tendência ao
equilíbrio
Equilíbrio de Mercado 
R$ 0,00
R$ 2,00
R$ 4,00
R$ 6,00
R$ 8,00
R$ 10,00
R$ 12,00
0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000
Quantidades
Pr
eç
o
s
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
Oferta
Demanda
A
E
Se a quantidade ofertada 
(ponto A) for menor do que 
a quantidade de 
equilíbrio(ponto E),teremos 
uma situação de escassez
do produto. Haverá
competição entre os 
consumidores, o que forçará
a elevação dos preços, até
atingir-se o equilíbrio (ponto 
E). 
81
1.4 Equilíbrio de Mercado
1.4.1 A Lei da oferta e da procura: tendência ao
equilíbrio
Equilíbrio de Mercado 
R$ 0,00
R$ 2,00
R$ 4,00
R$ 6,00
R$ 8,00
R$ 10,00
R$ 12,00
0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000
Quantidades
Pr
eç
o
s
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
Oferta
Demanda
B
E
Se a quantidade ofertada 
(ponto B) for maior do que a 
quantidade de 
equilíbrio(ponto E),teremos 
um excesso ou excedente
de produção. Haverá
competição entre os 
consumidores, o que forçará
a redução dos preços, até
atingir-se o equilíbrio (ponto 
E). 82
1.4 Equilíbrio de Mercado
1.4.1 A Lei da oferta e da procura: tendência ao
equilíbrio
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
Quando há competição tanto de consumidores como de ofertantes, há
uma tendência natural no mercado para se chegar a uma situação de 
equilíbrio estacionário, sem filas e sem estoquesnão desejados pelas 
empresas.
Desse modo, se não há obstáculos para a livre movimentação dos 
preços, ou seja, se o sistema é de concorrência pura ou perfeita, será
observada esta tendência natural de o preço e a quantidade atingirem 
um determinado nível desejado tanto pelos consumidores como pelos 
ofertantes.
Para que isso ocorra, é necessário que não haja interferência nem do 
governo nem de forças oligopólicas, que têm o poder de afetar o preço 
de mercado.
83
1.4 Equilíbrio de Mercado
1.4.2 Deslocamento da Curva de Demanda 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
Existem vários fatores que podem provocar o deslocamento da Curva de 
Demanda, com evidentes mudanças do ponto de equilíbrio. 
Suponhamos que o mercado do bem X (um bem normal, não inferior) 
esteja em equilíbrio. O preço inicial é P0 (R$ 6,00) e a quantidade é Q0 
(6.000 unidades) (ponto A). Caso os consumidores obtenham um 
aumento real de renda, ceteris paribus, a demanda do bem X, aos 
mesmos preços anteriores, será maior.
84
1.4 Equilíbrio de Mercado
1.4.2 Deslocamento da Curva de Demanda
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
O novo equilíbrio se dará ao preço P1 (R$ 8,00) e quantidade Q1 (8.000 
unidades) (Ponto B). 
Logo haverá um deslocamento da Curva de Demanda para a direita, 
para D1. Assim, haverá inicialmente um excesso de demanda 
quantidade é Q2 (10.000 unidades) (ponto C) ao preço P0 (R$ 6,00) e 
logo em seguida um aumento de preços até que o excesso de demanda 
acabe. 
85
1.4 Equilíbrio de Mercado
1.4.2 Deslocamento da Curva de Demanda
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
Preço 
(R$)
Quantidade 
Demandada 
Quantidade 
ofertada
R$ 10,00 2.000 10.000
R$ 8,00 4.000 8.000
R$ 6,00 6.000 6.000
R$ 3,00 9.000 3.000
R$ 1,00 11.000 1.000
Preço 
(R$)
Quantidade 
Demandada 
Quantidade 
ofertada
R$ 10,00 6.000 10.000
R$ 8,00 8.000 8.000
R$ 6,00 10.000 6.000
R$ 3,00 13.000 3.000
R$ 1,00 15.000 1.000
Deslocamento das Curvas de Demanda e Oferta 
R$ 0,00
R$ 2,00
R$ 4,00
R$ 6,00
R$ 8,00
R$ 10,00
R$ 12,00
0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000
Quantidades
Pr
e
ço
s
Oferta
D0
D1
B
A c
86
1.4 Equilíbrio de Mercado
1.4.2 Deslocamento da Curva de Oferta
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
Da mesma forma, um deslocamento da Curva de Oferta afetará a 
quantidade de mercado e o preço de equilíbrio.
Suponhamos que o mercado do Bem X (um bem normal, não inferior) 
esteja em equilíbrio. O preço inicial é P0 (R$ 6,00) e a quantidade é Q0 
(6.000 unidades) (ponto A). Suponha que haja uma diminuição dos 
preços das matérias-primas usadas na produção do bem X. 
87
1.4 Equilíbrio de Mercado
1.4.2 Deslocamento da Curva de Oferta
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
O novo equilíbrio se dará ao menor preço P1 (R$ 4,00) e quantidade 
maior Q1 (8.000 unidades) (Ponto B). 
Logo haverá um deslocamento da Curva de Oferta para a direita, para 
O1. 
88
1.4 Equilíbrio de Mercado
1.4.2 Deslocamento da Curva de Oferta
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
Preço 
(R$)
Quantidade 
Demandada 
Quantidade 
ofertada
R$ 10,00 2.000 10.000
R$ 8,00 4.000 8.000
R$ 6,00 6.000 6.000
R$ 3,00 9.000 3.000
R$ 1,00 11.000 1.000
Preço 
(R$)
Quantidade 
Demandada 
Quantidade 
ofertada
R$ 10,00 2.000 14.000
R$ 8,00 4.000 12.000
R$ 6,00 6.000 10.000
R$ 4,00 8.000 8.000
R$ 1,00 11.000 5.000
Deslocamento das Curvas de Demanda e Oferta 
R$ 0,00
R$ 2,00
R$ 4,00
R$ 6,00
R$ 8,00
R$ 10,00
R$ 12,00
0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000
Quantidades
Pr
e
ço
s
O0
D0
O1
B
A
Estruturas 
de 
Mercado
89
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr
90
1.1 Introdução
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Estruturas de Mercado
As diversas formas ou estruturas de mercado dependem 
fundamentalmente de três características:
a) número de empresas que compõem esse mercado;
b) tipo do produto (se as firmas fabricam produtos 
idênticos ou diferenciados;
c) Se existem ou não barreiras ao acesso de novas 
empresas nesse mercado.
A maior parte dos modelos existentes pressupõe que as 
empresas maximizam o lucro total, que corresponde ao 
nível de produção no qual a receita marginal se iguala ao 
custo marginal. Essa é a hipótese da teoria tradicional ou 
marginalista.
91
1.2 Concorrência Perfeita (mercado competitivo)
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Estruturas de Mercado
A concorrência perfeita é um tipo de mercado em que há
grande número de vendedores (empresas), de tal sorte 
que uma empresa, isoladamente não afeta a oferta do 
mercado nem, consequentemente, o preço de equilíbrio. O 
grande número de empresas nesse mercado faz com que 
elas sejam apenas tomadoras de preços ou price-takers.
92
1.2 Concorrência Perfeita (mercado competitivo) 
(Cont..)
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Estruturas de Mercado
Nesse tipo de mercado devem prevalecer as seguintes 
premissas: 
• Mercado Atomizado: composto de grande número 
de empresas, como se fossem “átomos”; 
• Produtos homogêneos: não existe diferenciação 
entre os produtos ofertados pelas empresas 
concorrentes; 
• Não existem barreiras para o ingresso de empresas 
no mercado;
• Transparência do mercado: todas as informações 
sobre lucros, preços etc. são conhecidas por todos
os participantes do mercado.
93
1.2 Concorrência Perfeita (mercado competitivo) (Cont..)
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Estruturas de Mercado
No mercado de concorrência perfeita, no longo prazo, não 
existem lucros econômicos ou extraordinários (em que as 
receitas superam os custos), mas apenas os chamados lucros 
normais, que representam a remuneração implícita do empresário 
(seu custo de oportunidade).
Isso ocorre porque, em concorrência perfeita, como o mercado 
é transparente, se existirem lucros extraordinários a curto 
prazo, isso atrairá novas firmas para o mercado, pois também 
não há barreiras ao acesso. Com o aumento da oferta o mercado 
(devido ao aumento do número de empresas), os preços do 
mercado tenderão a cair, e consequentemente, também os lucros 
extras tenderão a zero. Existirão apenas lucros normais, 
implícitos nos custos, quando então cessa o ingresso de 
novas empresas nesse mercado. 94
1.3 Monopólio
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Estruturas de Mercado
No Mercado Monopolista existe apenas um empresário 
(empresa) dominando inteiramente a oferta, de um lado, e 
todos os consumidores de outro. Não há, portanto, 
concorrência, nem produto substituto ou concorrente. Neste 
caso, ou os consumidores se submetem às condições impostas 
pelo vendedor, ou simplesmente deixarão de consumir o produto.
Nessa estrutura de mercado, a curva da demanda da empresa 
é a própria curva da demanda do mercado como um todo. Aoser exclusiva no mercado, a empresa monopolista determina o 
preço de equilíbrio, de acordo com sua capacidade de 
produção: se ela aumentar a oferta, o preço do mercado 
diminuirá; se reduzir a oferta, o preço aumentará.
95
1.3 Monopólio (continuação) 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Estruturas de Mercado
No monopólio a firma terá uma curva de demanda 
negativamente inclinada, conforme figura a seguir.
P
Q
Demanda de 
Mercado 
(= Demanda da Firma 
monopolista
Monopólio
96
1.3 Monopólio (continuação) 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Estruturas de Mercado
Quando não existirem bens concorrentes ou substitutos, como 
acontece no mercado monopolista, a demanda de mercado 
tende a ser constante. Então, quando o preço se elevar, haverá
uma queda relativamente pequena no consumo da mercadoria, o que 
redundará em aumento da receita total da empresa (o aumento do 
preço supera proporcionalmente a queda no consumo).
Contudo, isso não significa que o monopolista poderá aumentar 
os preços indefinidamente: se o preço se elevar em demasia, 
pesará muito no orçamento dos consumidores, que tenderão a 
consumir menos do produto. Em outras palavras, a demanda 
deixará de ser afetada pela elevação do preço (quando, então, a 
queda no consumo supera o aumento do preço).
97
1.3 Monopólio (continuação) 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Estruturas de Mercado
Os monopólios necessitam de barreiras que praticamente 
impeçam a entrada de novas empresas no mercado: 
a) Monopólio puro ou natural: ocorre quando o mercado exige 
elevado volume de capital. As empresas já instaladas operam 
com grandes plantas industriais, com elevadas economias de 
escala e custos unitários bastante baixos, o que possibilita a 
cobrança de preços relativamente baixos por seu produto;
b) Patentes: enquanto a patente não cair em domínio público, a 
empresa é a única que detém a tecnologia apropriada para 
produzir aquele determinado bem;
c) Controle de matérias-primas básicas: por exemplo, o 
controle das minas de bauxita pelas empresas produtoras de 
alumínio. 98
1.3 Monopólio (continuação) 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Estruturas de Mercado
Existe, ainda, o monopólio institucional ou estatal em 
setores considerados estratégicos ou de segurança nacional 
(por exemplo, energia, comunicações e petróleo), em que 
os preços não são fixados pelo mercado, mas sim pelo 
Estado. Isso ocorreu e ainda ocorre com muitos desses 
setores no Brasil e no mundo.
Devido a existência de barreiras à entrada de novas 
empresas, os lucros extraordinários devem persistir 
também no longo prazo em mercados monopolistas, 
diferentemente do que ocorre em concorrência perfeita, 
quando no longo prazo só existirão lucros normais. 
99
1.4 Oligopólio
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Estruturas de Mercado
O oligopólio é um tipo de estrutura normalmente 
caracterizada por um pequeno número de empresas que 
dominam a oferta de mercado. Ele pode ser de duas formas:
a) Definido como um mercado em que há pequeno número 
de empresas (exemplo: a indústria automobilística);
b) ou então um mercado em que há grande número de 
empresas, mas poucas dominam o mercado (exemplo: 
indústria de bebidas).
O setor produtivo brasileiro é altamente oligopolizado
(exemplos: montadoras de veículos, setor de cosméticos, 
indústria do papel, industria química, industria farmacêutica, 
bebidas, alimentos entre outras). 100
1.4 Oligopólio (continuação)
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Estruturas de Mercado
No oligopólio, tanto as quantidades ofertadas como os preços 
são fixados entre as empresas por meio de concluíos ou cartéis. 
O cartel é uma organização (formal ou informal) de produtores 
dentro de um setor que determina a política de preços para 
todas as empresas que a ela pertencem. No Brasil, a política 
de cartéis é proibida por lei. 
Os cartéis podem agir de duas maneiras: 
1) Eles podem adotar uma política de preços comum, agindo 
como monopolistas (chamada de solução de monopólio).
2) Podem ainda fazer uma concorrência extra preço em termos 
de propaganda, publicidade, promoções etc.
101
1.4 Oligopólio (continuação) 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Estruturas de Mercado
Nos oligopólios, há empresas líderes que fixam o preço, 
respeitando as estruturas de custos das demais, e há empresas 
satélites que seguem as regras ditadas pelas líderes. Esse é um 
modelo chamado de liderança de preços (exemplo: a indústria 
de bebidas no Brasil). 
Os oligopólios podem ainda ser divididos em duas categorias: 
1)Oligopólios com produtos diferenciados (a indústria 
automobilística); 
2) Oligopólios com produtos homogêneos (indústria de 
alumínio, indústria de cimento).
102
1.5 Concorrência Monopolista 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Estruturas de Mercado
A concorrência monopolista é uma estrutura intermediária 
entre a concorrência perfeita e o monopólio, mas não se 
confunde com o oligopólio, pelas seguintes características:
• Número relativamente grande de empresas com certo 
poder concorrencial, porém com segmentos de mercados e 
produtos diferenciados, Seja por características físicas, 
embalagem, seja pela prestação de serviços complementares 
(pós-venda);
• Margem de manobra para fixação dos preços não muito 
ampla, uma vez que existem produtos substitutos no mercado.
103
1.5 Concorrência Monopolista (continuação) 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Estruturas de Mercado
Estas características acabam dando um pequeno poder 
monopolista sobre o preço do produto, embora o mercado seja 
competitivo (daí o nome concorrência monopolística, que é
aparentemente contraditório). 
Exemplo: Na área médica, existe um grande número de 
profissionais em todas as áreas, mas os mais credenciados e 
famosos cobram preços pela consulta, tratamento ou operação 
muito maiores que a média (como Ivo Pitangui na área de 
Cirurgia plástica).
Como em concorrência perfeita, não há barreiras ao acesso de 
empresas no mercado. Assim, lucros extraordinários a curto 
prazo atrairão novas empresas, e, a longo prazo, só existirão 
lucros normais.
104
RESUMO
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Estruturas de Mercado
Características das 
Estruturas de 
Mercado
Concorrência Perfeita Monopólio Oligopólio
Concorrência imperfeita ou 
monopolista
Quanto ao Número de 
Empresas Muito Grande. Só há uma empresa. Pequeno.
Grande.
Quanto ao Produto Homogêneo. Não háquaisquer diferenças.
Não há substitutos 
próximos.
Pode ser homogêneo ou 
diferenciado Diferenciado.
Quanto ao Controle 
das empresas sobre os 
preços
Não há possibilidades de 
manobra pelas empresas. 
As empresas têm grande 
poder para manter 
preços relativamente 
elevados, sobretudo 
quando há intervenções 
restritivas do governo 
(leis antitruste).
Embora dificultado pela 
interdependência entre as 
empresas, essas tendem a 
formar cartéis, 
controlando preços e 
cotas de produção.
Pouca margem de manobra, devido 
à existência de substitutos 
próximos. 
Quanto à
concorrência extra 
preço (promoções, 
atendimento, 
propaganda, pós-
venda etc)
Não é possível e nem seria 
eficaz. A empresa geralmenterecorre a campanhas 
institucionais, para 
salvaguardar sua 
imagem.
É intensa, sobretudo 
quando há diferenciação 
do produto.
É intensa, exercendo-se pelas 
diferenças físicas, de embalagens e 
prestação de serviços 
complementares.
Quanto às condições 
de ingresso na 
indústria
Não há Barreiras aos 
entrantes.
Existem Barreiras ao 
acesso de novas 
empresas.
Com barreiras ao acesso 
de novas empresas
Não há barreiras ao acesso de 
novas empresas.
O quadro a seguir resume as principais diferenças entre as estruturas do 
mercado de bens e serviços.
Introdução
à
Macroeconomia
105
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr
106
1.1 Introdução
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Introdução à Macroeconomia
A Macroeconomia estuda a economia como um todo, 
analisando a determinação e o comportamento de grandes 
agregados, tais como: renda e produto nacionais, nível geral 
de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda e 
taxas de juros, balanço de pagamentos e taxa de câmbio.
A Macroeconomia trata o mercado de bens e serviços como 
um todo (agregando produtos agrícolas, industriais e serviços 
de transporte), assim como o mercado de trabalho (não se 
preocupando com diferenças na qualificação, sexo, idade, 
origem da força de trabalho etc). 
107
1.1 Introdução (continuação) 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Introdução à Macroeconomia
A Teoria Macroeconômica propriamente dita preocupa-se 
mais com aspectos de curto prazo. Especificamente, trata 
de questões como o desemprego, que aparece sempre que 
a economia está trabalhando abaixo do seu máximo de 
produção, e da estabilização do nível geral de preços 
(inflação). 
Em outras palavras, a análise de curto prazo avalia 
fundamentalmente questões conjunturais, como 
desemprego e inflação.
108
Variáveis da análise macroeconômica
1) Produção econômica;
2) Taxa de Desemprego;
3) Taxa e Índice de Inflação;
4) Taxa de Juro.
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Introdução à Macroeconomia
1.1 Introdução (continuação) 
109
Variáveis da análise macroeconômica
01) Produção econômica
A Produção econômica ou de renda de um país é medida 
em função do Produto Interno Bruto (PIB). Os países 
com PIBs mais elevados tendem a ser nações 
economicamente mais desenvolvidas. O Produto Interno 
Bruto (PIB) é o somatório de todos os bens e serviços 
finais produzidos dentro do território nacional num dado 
período, valorizados a preço de mercado, sem levar em 
consideração se os fatores de produção são de 
propriedade de residentes ou não residentes.
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Introdução à Macroeconomia
1.1 Introdução (continuação) 
110
Variáveis da análise macroeconômica
02) Taxa de Desemprego
A Taxa de Desemprego representa a percentagem da 
população ativa (capaz de exercer uma atividade) que procura 
um emprego, mas que não consegue. O percentual só leva 
em conta o número de pessoas que estão procurando 
ativamente emprego. Aqueles que estão desempregados e 
que não procuram emprego são "voluntariamente" 
desempregados. A Taxa de Desemprego é o número de 
trabalhadores desempregados dividido pela força de trabalho 
total.
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Introdução à Macroeconomia
1.1 Introdução (continuação) 
111
Variáveis da análise macroeconômica
03) Taxa e Índice de Inflação
A taxa de inflação mede a variação dos preços e o impacto no custo de 
vida da população em função de um determinado índice de inflação.
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é o índice 
oficial do Brasil. O IPCA é calculado pelo IBGE em função da variação 
de preços de uma cesta de diversos produtos. Cada item dessa cesta 
tem um peso relativo no índice geral. Ele é medido entre os dias 1º e 
30 de cada mês. O IPCA considera gastos com: alimentação, bebidas, 
artigos de residência, comunicação, despesas pessoais, educação, 
habitação, saúde e cuidados pessoais. O indicador reflete o custo de 
vida de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos.
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Introdução à Macroeconomia
1.1 Introdução (continuação) 
112
Variáveis da análise macroeconômica
03) Taxa e Índice de Inflação (continuação)
Se o preço de determinado item da cesta subir 35%, o consumidor 
pagará mais por ele, contudo o aumento do índice não será de 35%, 
porque o produto que foi majorado não é o único da lista e além disso 
ele tem um certo peso no cálculo do índice. 
Por este motivo, a inflação que as pessoas sentem no bolso poderá ser 
maior ou menor em função dos produtos que ela consume.
Existem também outros índices, entre eles temos o IGP-M (índice geral 
de preços para o mercado) calculado pela FGV. O IGP-M é muito 
usado na correção de aluguéis e tarifas públicas, Serve para todas as 
faixa de renda. Ele é medido entre o 21º dia do mês anterior e o 20 dia 
do mês de referência.
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Introdução à Macroeconomia
1.1 Introdução (continuação) 
113
Variáveis da análise macroeconômica
04) Taxa de Juro
A taxa de juro representa o custo do dinheiro. É o valor que o 
fornecedor do dinheiro cobra pelo seu empréstimo. 
Componentes da taxa de juros: 
1. Custo de captação do banco; 
2. Risco de emprestar o dinheiro para o tomador do crédito; e 
3. A margem de lucro. 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Introdução à Macroeconomia
1.1 Introdução (continuação) 
114
1.2 Objetivos da Política Macroeconômica
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Introdução à Macroeconomia
São os seguintes os objetivos da política macroeconômica:
• 1.2.1 Alto Nível de Emprego;
• 1.2.2 Estabilidade de Preços (inflação);
• 1.2.3 Crescimento Econômico;
• 1.2.4 Distribuição Eqüitativa de Renda. 
As questões relativas ao emprego e à inflação são 
consideradas conjunturais, de curto prazo. É a preocupação 
central das chamadas políticas de estabilização. 
As questões relativas ao crescimento econômico e à
distribuição de renda envolvem aspectos também 
estruturais, que são predominantemente de longo prazo.
115
1.2 Objetivos da Política Macroeconômica (Cont.). 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Introdução à Macroeconomia
1.2.1 Alto Nível de Emprego
Antes da crise mundial dos anos 1930, o desemprego não
preocupava a maioria dos economistas, pelo menos nos países 
capitalistas. Isso porque predominava o pensamento liberal, que 
acreditava que os mercados, sem interferência do Estado, 
conduziriam a economia ao pleno emprego de seus recursos, ou a 
seu produto potencial: milhões de consumidores e milhares de 
empresas, como que guiados por uma “mão invisível”,
determinariam os preços e a produção de equilíbrio, e, desse 
modo, não haveria problemas de desempenho.
116
1.2 Objetivos da Política Macroeconômica (Cont.). 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Introdução à Macroeconomia
1.2.1 Alto Nível de Emprego (Cont..)
A evolução da economia mundial, no século XX, trouxe novas 
variáveis que complicaram e trouxeram incertezas no 
funcionamento da economia. Entre elas pode-se destacar: 
• Surgimento do sindicato dos trabalhadores;• Surgimento de grupos econômicos;
• Desenvolvimento do Mercado de Capitais; 
• Desenvolvimento do comercio internacional.
A não interferência do governo levou à quebra da Bolsa de Nova 
York em 1929, e uma crise de desemprego atingiu todos os países 
do mundo ocidental nos anos seguintes.
117
1.2 Objetivos da Política Macroeconômica (Cont.). 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Introdução à Macroeconomia
1.2.1 Alto Nível de Emprego (Cont..)
O livro de John Maynard Keynes, Teoria Geral do 
Emprego, dos Juros e da Moeda, de 1936, fortaleceu aos 
governantes os instrumentos necessários para que a 
economia recuperasse seu nível de emprego potencial ao 
longo do tempo.
Com a contribuição de Keynes, contudo, fincaram-se as 
bases da moderna Teoria Macroeconômica e da intervenção 
do Estado na economia de mercado: qual deve ser o grau 
de intervenção do Estado na economia e em que medida 
ele deve ser produtor de bens ou serviços?
118
1.2 Objetivos da Política Macroeconômica (Cont.). 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Introdução à Macroeconomia
1.2.1 Alto Nível de Emprego (Cont..)
A corrente dos economistas liberais (hoje chamados de 
neoliberais ou monetaristas) prega que, na economia, o 
governo deve cuidar basicamente da política monetária, do 
fornecimento de bens públicos (justiça, defesa nacional) e da 
regulação do mercado, e deixar a produção de bens e 
serviços para o setor privado. 
Enquanto outras correntes apregoam mais grau de atuação 
do Estado na atividade econômica.
119
1.2 Objetivos da Política Macroeconômica (Cont.). 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Introdução à Macroeconomia
1.2.2 Estabilidade de Preços (Inflação) 
Define-se Inflação como o aumento contínuo e generalizado 
no nível geral de preços.
A Inflação acarreta diversos problemas, entre eles: 
• Afeta a distribuição de renda; 
• Interfere nas expectativas dos agentes econômicos;
• Afeta o mercado de capitais;
• Interfere no balanço de pagamentos;
• Afeta o crescimento econômico do país.
120
1.2 Objetivos da Política Macroeconômica (Cont.). 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Introdução à Macroeconomia
1.2.2 Estabilidade de Preços (Inflação) (Cont..) 
As tentativas dos paises em via de desenvolvimento de 
alcançar estágios mais avançados de crescimento 
econômico dificilmente se realizam sem que também 
ocorram, concomitantemente, elevações no nível geral de 
preços (inflação).
O Brasil experimentou altas taxas de crescimento desde os 
anos 1930, mas sempre com elevadas taxas de inflação, 
com o que produziu uma das piores distribuições de renda do 
mundo, que se reflete até os dias atuais.
121
1.2 Objetivos da Política Macroeconômica (Cont.). 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Introdução à Macroeconomia
1.2.3 Crescimento Econômico
Sempre que existir desemprego e capacidade ociosa, pode-se 
aumentar o produto nacional por meio de políticas econômicas 
de curto prazo que estimulem a atividade produtiva. No entanto, 
feito isso, há um limite à quantidade que se pode produzir com a 
tecnologia e os recursos disponíveis (o chamado produto 
potencial).
Para o crescimento econômico a longo prazo, é necessário 
elevar o produto potencial da economia, o que exigirá: 
a) um aumento nos recursos disponíveis;
b) ou um avanço tecnológico, ou seja, melhoria tecnológica, 
novas maneiras de organizar a produção, qualificação da 
mão de obra. 122
1.2 Objetivos da Política Macroeconômica (Cont.). 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Introdução à Macroeconomia
1.2.3 Crescimento Econômico (Cont..)
Crescimento econômico significa crescimento da renda 
nacional per capita, ou seja, colocar à disposição da 
coletividade uma quantidade de mercadoria e serviços que 
supere o crescimento populacional. 
A renda per capita é considerada um razoável indicador – o 
mais operacional - para se aferir a melhoria do padrão de 
vida da população, embora apresente falhas (os países 
árabes têm uma das maiores rendas per capita do mundo, 
mas não o melhor padrão de vida em relação a outros países 
com renda per capita elevada).
123
1.2 Objetivos da Política Macroeconômica (Cont.). 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Introdução à Macroeconomia
1.2.4 Distribuição Equitativa de Renda
A economia brasileira foi uma das que mais cresceu no mundo 
desde os anos 1930 até pelo menos a década de 1980. Apesar 
disso, verifica-se uma disparidade muito acentuada de nível de 
renda, tanto entre diferentes grupos socioeconômicos como entre 
regiões brasileiras. Tal situação fere o sentido de equidade ou 
justiça social.
Entre os anos de 1967 e 1973 (regime militar), o Brasil 
experimentou altos níveis de crescimento. Este período ficou 
conhecido como “Milagre Econômico”. A concentração de 
renda no Brasil piorou neste período, devido a uma política 
deliberada do governo de primeiro crescer para depois distribuir (a 
chamada teoria do bolo). 124
1.3 Instrumentos de Política Macroeconômica
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Introdução à Macroeconomia
A Política Macroeconômica envolve a atuação do governo 
sobre a capacidade produtiva (oferta agregada) e as 
despesas planejadas (demanda agregada), com os seguintes 
objetivos:
a) Permitir que a economia opere em pleno emprego;
b) Baixas taxas de inflação; 
c) Distribuição de renda justa; 
d) Crescimento de forma contínua e sustentável.
Os principais instrumentos para atingir tais objetivos são as 
políticas: Fiscal, Monetária, Cambial, Comercial, e de 
Rendas. 
125
1.3 Instrumentos de Política Macroeconômica (Cont..) 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Introdução à Macroeconomia
Refere-se a todos os instrumentos de que o governo dispõe 
para arrecadar Tributos (política tributária) e controlar suas 
despesas (política de gastos).
1.3.1 Política Fiscal
A política tributária, além de influir sobre o nível de 
tributação, é utilizada, por meio da manipulação da estrutura 
e alíquotas de impostos, para estimular ou inibir os gastos de 
consumo do setor privado.
126
1.3 Instrumentos de Política Macroeconômica (Cont..) 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Introdução à Macroeconomia
Se o objetivo da política econômica for reduzir a taxa de 
inflação, as medidas fiscais normalmente adotadas são a 
diminuição de gastos públicos e/ou o aumento da carga 
tributária (o que inibe o consumo). 
Logo, essas medidas visam diminuir os gastos da 
coletividade.
1.3.1 Política Fiscal (Cont..) 
Se o objetivo for maior crescimento e emprego, os 
instrumentos fiscais são os mesmos, mas em sentido 
inverso, para elevar a demanda agregada: aumento dos 
gastos públicos e/ou o diminuição da carga tributária (o que 
favorece o consumo). 
127
1.3 Instrumentos de Política Macroeconômica (Cont..) 
Economia Professor: Nid D´Amorim Jr 
Introdução à Macroeconomia
Para uma política que vise melhorar a distribuição de 
renda, esses instrumentos devem ser utilizados de forma
seletiva, em benefício dos grupos menos favorecidos.
1.3.1 Política Fiscal (Cont..) 
Por exemplo: 
• impostos progressivos; 
• gastos do governo em regiões mais atrasadas etc.
128
1.3 Instrumentos

Outros materiais