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SECREÇÕES GASTRINTESTINAIS

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SECREÇÕES E REGULAÇÃO GASTRINTESTINAIS 
1. Salivar​​: Ela é produzida pela glândula 
parótida, submandibulares e 
sublinguais. 
Função: ​​Inicia a digestão dos alimentos 
através da amilase salivar, protege a cavidade 
oral contra bactérias, lubrifica o bolo alimentar, 
e por ser hipotônica ajuda a neutralizar 
substância gástrica que possa refluir para o 
esofago, auxilia na fala por ajudar a 
movimentar os lábios e a língua. 
Controle:​​ Ocorre através de estímulos 
neurais, através do ramo parassimpático. O 
simpático modifica a composição da saliva, 
mas é menos influente. Essa secreção ocorre 
quando começa a mastigação, mais também 
pode ocorrer antes do alimento entrar na 
boca, devido aos estímulos sensoriais. 
2. Gástrica: ​​A mucosa gástrica possui 
glândulas profundas, na cárdia e na 
região pilórica as glândulas secretam 
muco. 
No corpo, as glândulas contém células 
parietais(oxínticas), que secretam HCL e fator 
intrínseco e também contém células principais 
(zimogênicas), que secretam pepsinogênios. 
Todas essas secreções se misturam com 
muco. 
Controle: ​​Fase cefálica, Antes do alimento 
chegar ao estômago, ele se prepara para 
recebê-lo. 
O nervo vago manda estímulo através do 
complexo vagal-dorsal, esse estímulo chega 
no estômago liberando um peptídeo liberador 
de gastrina(GRP) e acetilcolina, dando a início 
a secreção, mais que será em uma forma 
mais limitada. 
Quando a refeição começa a ser deglutida, os 
componentes do alimento desencadeiam a 
liberação da gastrina e o estômago começa a 
se distender e ativam receptores que 
provocam um reflexo vagovagal, que irão 
ampliar a secreção. 
O alimento também tampona a acidez gástrica 
 
O hormônio gastrina liberado pelas células G 
no antro do estômago, devido a resposta de 
neurotransmissor específico. A partir disso ela 
é liberada na corrente sanguínea até chegar 
às glândulas fúndicas, onde vai se ligar a 
receptores para ativar a secreção, como 
receptores de células parietais, principais e 
enterocromafins(que liberam histamina). As 
principais e as parietais podem ser ativadas 
por Acetilcolina. 
 
3. Pancreática: ​​O pâncreas secreta 
suco pancreático, que é alcalino e 
possui muito bicarbonato, e 
juntamente com a bile e os sucos 
intestinais atuam neutralizando o 
ácido gástrico, elevando o pH do 
conteúdo duodenal para 6,0/ 7,0, 
quando o quimo atinge o jejuno, o pH 
é quase neutro. 
O suco pancreático possui enzimas 
digestivas, que são liberadas na forma inativa 
e só são ativadas quando alcançarem o lúmen 
intestinal. 
Essas enzimas só são ativadas depois que 
houve a clivagem pela tripsina, que foi 
liberada junto com o tripsinogênio. Se a 
tripsina fosse liberada no pâncreas, já 
ocorreria produção de enzimas ativas que 
poderiam degradar o pâncreas. Por isso, as 
vezes ele pode secretar um inibidor de 
tripsina. 
A tripsina também ativa a fosfolipase-A, que 
danifica membranas celulares e que atua 
principalmente em casos de Pancreatite 
aguda, onde os níveis de enzimas digestivas 
que escaparam para a circulação são 
extremamente altos. 
Regulação: A secretina age nos ductos 
pancreáticos causando a secreção do suco, 
rico em bicarbonato e pobre em enzimas. 
A CCK age sobre as células acinares 
liberando grânulos e produzindo suco rico em 
enzimas. 
A acetilcolina também atua nas células 
acinares, por meio da fosfolipase C para 
causar estimulação vagal resultando na 
secreção do suco rico em enzimas. 
 
4. Biliar: ​​A secreção começa no fígado, 
onde os ácidos biliares que compõem 
a bile são importantes para digestão e 
absorção de lipídios atuam. A bile é 
composta além dos ácidos, por 
pigmentos biliares(bilirrubina e 
biliverdina, que dão coloração 
amarelo-dourada a bile) e outras 
substâncias. 
Alguns dos componentes da bile são 
reabsorvidos no intestino e depois excretados 
novamente pelo fígado(circulação 
entero-hepática). 
 A bile é a única via pela qual o corpo pode 
descartar colesterol, ou em sua forma inativa 
ou após ser convertido em ácidos biliares. Os 
ácidos que podem ser encontrados são : 
Ácido cólico, ácido quenodesoxicólico, ácido 
desoxicólico e ácido litocólico. Os dois 
primeiros são formados no fígado, no colo as 
bactérias convertem o ácido cólico em 
desoxicólico e o ácido quenodesoxicólico em 
ácido litocólico. Também pode ser formado, 
mais em baixa quantidade o ácido 
ursodesoxicólico a partir do 
quenodesoxicólico. 
 Esses ácidos reduzem a tensão superficial e 
emulsificam gorduras para que elas possam 
ser digeridas e absorvidas no intestino 
delgado. Eles são anfipáticos (podem ser 
tanto hidrofílico, quanto hidrofóbico em cada 
superfície.) Os ácidos formam micelas. Os 
ácidos absorvidos são transportados de volta 
para o fígado pela veia porta e reexcretados 
na bile. Aqueles que vão sair nas fezes, serão 
repostos pela síntese no fígado. 
 
5. Fluido Intestinal e Transporte de 
Eletrólitos 
O intestino fornece um ambiente líquido onde 
os processos de digestão e absorção podem 
ocorrer. 
Após a refeição ter sido assimilada, o líquido é 
recuperado por transporte para evitar 
desidratação., através de glicose e sódio. A 
água se move passivamente para dentro e 
fora do lúmen gastrintestinal. 
No intestino delgado, o transporte ativo 
secundário de sódio realiza a absorção de 
glicose, aminoácidos e ácidos biliares. 
A presença de glicose no lúmen, facilita a 
reabsorção de sódio. 
 
REGULAÇÃO GASTRINTESTINAL 
O trato gastrintestinal possui função de 
secretar, digerir e absorver, e estas funções 
devem ser reguladas de maneira integrada, 
para garantir a associação eficiente de 
nutrientes após uma refeição. 
Regulação endócrina: Ocorre liberação de 
hormônios que percorrem a corrente 
sanguínea para modificar a atividade um 
órgão que drena para dentro dele, como o 
pâncreas. 
Parácrinos: Alguns hormônios podem alterar a 
função de células que existem onde eles 
serão liberados. 
Sistema nervoso entérico: Regula a função 
intestinal. 
 
HORMÔNIOS/PARÁCRINOS 
Células enteroendócrinas: Possuem mais de 
15 tipos, algumas secretam somente um 
hormônio (Células G). Outras produzem 
serotonina e histamina (Células 
enterocromafins e ECL). 
 
 
SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO 
 
O TGI possui duas redes de fibras nervosas, o 
plexo submucoso e o plexo mioentérico. Os 
seus neurônios constituem o SNE, que está 
conectado ao SNC por fibras parassimpáticas 
e simpáticas, mais que pode funcionar 
sozinho. 
O plexo mioentérico inerva as camadas 
musculares lisa longitudinal e circular. 
O plexo submucoso inerva o epitélio 
glandular, as células endócrinas intestinais e 
os vasos sanguíneos. Está envolvido na 
secreção intestinal. 
Os neurotransmissores que participam são a 
acetilcolina, a noradrenalina, a serotonina, o 
GABA,. 
 
Inervação extrínseca: O intestino recebe uma 
dupla inervação do SNA, com ação do 
parassimpático que aumenta a atividade da 
musculatura lisa intestinal e ação simpática 
que diminui essa atividade e provoca 
contração dos esfíncteres 
 
CIRCULAÇÃO ESPLÂNCNICA 
O sangue que vem dos intestinos e do 
pâncreas são drenados por meio da veia porta 
para o fígado. O sangue que vem dos 
intestinos, pâncreas e baço é drenado pela 
veia porta hepática para o fígado, e do fígado 
por meio das veias hepáticas para a veia cava 
inferior. 
 
As vísceras recebem cerca de 30% de débito 
cardíaco pelas artérias celíaca, mesentérica 
superior e mesentérica inferior. 
O fígado recebe cerca de 1300 ml da veia 
porta e 500ml da artéria hepática durante o 
jejum, e o suprimento portal aumenta durante 
as refeições.

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