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Paradigmas Geomorfologia (3ºParte)

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Ítem 1 do programa
PARADIGMAS DA
GEOMORFOLOGIA
Prof. Edison Fortes
Bibliografia
CASSETI, W. Elementos de Geomorfologia. Textos para discussão.
Cegraf, UFG, Goiânia, 1990, 132p.
SUMMERFIELD, M. A. Global Geomorphology: an introduction to the
study of landforms. Pearson: Prentice Hall edition. London, 1991, 537p.
HUGGETT, R.J. Fundamentals of Geomorphology: routledge
fundamentals of physical geography. Routledge ed. , London, 2003, 386
p.
SÍNTESE DA EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO 
GEOMORFOLÓGICO
CORRENTE 
EPISTEMOLÓGICA ANGLO-
AMERICANA 
CORRENTE 
EPISTEMOLÓGICA 
GERMÂNICA
A Geomorfologia começa a ser sistematizada como ciência, a partir do
século XVIII, em virtude das necessidades de exploração mineral e
descoberta de novas terras para ocupação.
GRANDES EXPLORAÇÕES 
GEOGRÁFICAS ATÉ O FINAL 
DO SÉCULO XIX.
CICLO GEOGRÁFICO OU CICLO DA EROSÃO NORMAL
WILLIAM MORRIS DAVIS (1850 – 1934) –
Geólogo. Era americano nascido na
Philadélfia, Pensilvania. Foi o criador da
moderna Geografia Física, cujas idéias a
respeito da ciclicidade da evolução do relevo
influenciaram decisivamente na
Geomorfologia. Lecionou na Universidade de
Harvard, entre outras e escreveu diversas
obras entre elas Physical Geography (1898) e
Geographical Essays (1906).
JUVENTUDE
MATURIDADE
SENILIDADE
CICLO GEOGRÁFICO OU DA EROSÃO 
NORMAL
Desenvolvimento
completo do ciclo
entre 20 a 200
milhões de anos
O Ciclo Geográfico da evolução do relevo foi sua
principal contribuição para a Geomorfologia, sendo
proposto originalmente para regiões de clima
temperado, por esse motivo também foi denominado
Ciclo da Erosão Normal.
JUVENTUDE
Estágio caracterizado por
soerguimento rápido de parcelas
do continente, provocando o
início da denudação dos
modelados.
O processo tem continuidade
com a incisão vertical das
drenagens, como resposta ao
soerguimento em relação ao
nível de base.
Este estágio é caracterizado pela
formação de canyons.
Foto acima – Parque nacional de Yosemite,
Califórnia, EUA. (Foto: Edison Fortes, 2012)
Foto da direita – Montanhas Rochosas,
EUA. (Foto: Edison Fortes, 2012)
MATURIDADE
Estágio caracterizado pelo
estabelecimento do perfil de
equilíbrio dos rios principais.
Nesta etapa os afluentes e
subafluentes do canal
principal iniciam o
rebaixamento dos
interflúvios.
SENILIDADE
Estágio em que em que o
relevo desgastado pela
erosão, atingindo a
horizontalização topográfica.
A morfologia é representada
por extensos PENEPLANOS,
de dimensões
subcontinentais.
Os peneplanos são
interrompidos
ocasionalmente por relevos
residuais, mantidos devido a
maior resistênica litológica, e
denominados de
MONADNOCKS
Monadnock 
– New 
Hampshire
Relevo 
residual, 
Platô do 
Colorado, 
EUA. (Foto: 
Edison 
Fortes, 2012)
CICLO GEOGRÁFICO 
OU DA EROSÃO 
NORMAL
CHORLEY, R.J.; SCHUMM, 
S.A. & SUGDEN, D.E. 
Geomorphology. Methuen & 
Co. Ltd. New York, 1985, 
605p.
RICE, R.J. Fundamentos de Geomorfologia. Paraninfo ed. Edição Espanhola. Madri, 1882, 392p.
CONTROVÉRSIAS
Ausência de controles pelo nível de base em áreas sem
correntes perenes que chegam até o litoral.
Importância da ação dos ventos em regiões muito áridas.
Num mesmo canal fluvial pode-se identificar trechos retilíneos
e meandrantes, não sendo necessariamente indicador de
estágio de junventude, maturidade e senilidade.
Não é possível aplicar a teoria a todas as regiões climáticas do
planeta.
A EVOLUÇÃO DO RELEVO CONFORME A 
PROPOSTA DE WALTHER PENCK (1924)
Proposta de Davis - soerguimento e aplainamento
ocorrem alternadamente;
Proposta de W.Penck – Interação lenta e contínua
dos processos de soerguimento e denudação.
Geólogo alemão, seu
principal trabalho “Die
Morphologische Analyse”,
propõe um modelo
alternativo de evolução do
relevo.
W. Penck procura demonstrar a relação:
ENTALHAMENTO DO TALVEGUE - EFEITOS DENUDACIONAIS 
- COMPORTAMENTO TECTÔNICO
A relação entre os processos pode se manifestar de forma
intermitente e com intesidade variável. O valor da incisão fluvial está
na dependência do grau de soerguimento tectônico.
Predomínio do entalhamento do talvegue em relação a denudação.
O resultado são vertentes convexas (aumento do ângulo da
vertente).
LEGENDA
Processo
Soerguimento
Entalhamento
Denudação
Intensidade
Forte
Moderada
Fraca
O equilíbrio entre o soerguimento, entalhamento e consequente
denudação, provoca a formação de vertentes retilíneas (mantendo
o ângulo das vertentes).
LEGENDA
Processo
Soerguimento
Entalhamento
Denudação
Intensidade
Forte
Moderada
Fraca
Quando ocorre o predomínio da denudação em relação ao
entalhamento, resulta na concavização da vertente (redução do
ângulo da vertente).
LEGENDA
Processo
Soerguimento
Entalhamento
Denudação
Intensidade
Forte
Moderada
Fraca
MODELOS EVOLUTIVOS DO RELEVO
RECUO LATERAL DA VERTENTE (Penck) REBAIXAMENTO VERTICAL DO RELEVO 
(Davis)
TRABALHOS POSTERIORES TEM DEMONSTRADO
QUE AS FORMAS DAS VERTENTES DOS VALES NÃO
EVOLUEM SIMPLESMENTE PELO BALANÇO ENTRE
TAXAS DE SOERGUIMENTO X TAXAS DE EROSÃO,
MAS TAMBÉM PELOS MATERIAIS CONSTITUÍNTES
DAS VERTENTES (TIPO DE ROCHAS E SOLOS) E A
NATUREZA DOS PROCESSOS EROSIVOS DAS
VERTENTES.
EVOLUÇÃO DO RELEVO CONFORME A PROPOSTA 
DE LESTER C. KING (1953)
Geomorfológo sul africano – em
seu livro “South African
Scenery”, 1955, propôs um
modelo alternativo ao de Davis, e
que combina elementos da teoria
de Davis e Penck.
Assim como Davis, L. King
acreditava que seu modelo
poderia ser aplicado a todas as
regiões climáticas do globo.
Contudo, o modelo de King
apresenta maior lógica para
regiões climáticas semi-áridas.
KING restabelece parte da idéia de DAVIS e
PENCK:
DAVIS – supremacia da erosão cíclica;
períodos rápidos e intermitentes de soerguimento
tectônico;
PENCK – variação da morfologia das vertentes;
recuo paralelo das vertentes.
A evolução do relevo inicia durante
fases de estabilidade tectônica,
quando o recuo das vertente ocorre
à partir de determinado nível de
base, iniciado pelo geral.
O material resultante da alteração
mecânica das rochas e
transportadas vertente abaixo, por
torrentes, entulham as áreas
depressionárias, originando os
PEDIMENTOS.
A evolução do recuo paralelo das
vertentes, por um período de tempo
de relativa estabilidade tectônica
permite o desenvolvimento de
PEDIPLANOS, interrompidos por
elevações residuais denominadas
INSELBERGS.
Ao lado pediplano
com inselbergs –
Quixadá – Ceará.
Ao lado pedimentos
do Vale da Morte –
Califórnia – EUA.
Inselberg Pedra Azul - MG
Inselbergs de Quixadá - Ceará
Morro Pedra da Galinha -
Inselbergs de Quixadá - Ceará
O retrocesso das vertentes pelo recuo paralelo proporciona o
rebaixamento do relevo. O alívio de carga produzido induz a uma
reação isostática que proporciona um pequeno levantamento,
originando a formação de uma escarpa e um nível de
embutimento (nova superfície pediplanada).
O recuo paralelo das vertentes ocorre com a desagregação
mecânica das rochas. Os materiais resultantes (cascalhos, blocos,
etc) se espalham a partir da base em evolução em direção aos
níveis de base dos rios, provocando o entulhamento dos mesmos e
a elevação dos níveis de base. Esse processo origina as BAJADAS
e proporciona o mascaramento de todas as irregularidades
topográficas, finalizando na elaboração de extensos PEDIPLANOS.
Acima e ao lado: Bajadas – Vale da
Morte – Califórnia.Ao lado pedimento no
Vale da Morte – Califórnia
– EUA.
Ao lado bajada com
salinas no Vale da Morte –
Califórnia – EUA.
RECUO DAS VERTENTES E GÊNESE DOS 
PEDIPLANOS
RECUO PARALELO DA VERTENTE
Inselberg de ULURU 
(Austrália)
Inselberg de ULURU -
Austrália
EVOLUÇÃO DO RELEVO CONFORME J. HACK (1960)
Geomorfólogo da escala americana. Teoria baseada no
“EQUILÍBRIO DINÂMICO”. O autor assim como outros
geomorfógos acreditavam na evolução acíclica do relevo.
O modelado, apesar de ter longa história evolutiva, essa não era
passível de recontrução.
PRINCÍPIO BÁSICO DA TEORIA DE HACK
O relevo é um sistema aberto, que mantém constante troca de
matéria e energia com os demais sistemas terrestres,
vinculados à resistência litológica.
O modelado é o produto a competição entre a resistência
litológica e as forças de denudação.
A alternância de energia, seja interna ou externa, implica em
alteração no sistema através da matéria, razão pela qual todos os
elementos da morfologia tendem a se ajustarem em função das
modificações impostas, seja pelas forças tectodinâmicas, seja
pelas alterações processuais subaéreas (mecanismos
morfoclimáticos). Com base nesses princípios a morfologia não
tenderiam para o aplainamento (PRINCÍPIO DA
EQUIFINALIZAÇÃO).
EVOLUÇÃO DO RELEVO SEGUNDO E. J. WAYLAND (1933) e J. BÜDEL
(1957)
A evolução do relevo por rebaixamento geoquímico leva a formação
do ETCHIPLANO
Superfície de gradiente suave desenvolvido numa paisagem de clima
sazonal ou sempre úmida. O movimento da água subterrânea é
predominantemente vertical em vez de horizontal, favorecendo a
alteração química profunda das rochas.
Julius Büdel – Dupla
Superfície de Aplanamento
(doppelten
Einebungsflächen) formada
pelo avanço em
profundidade da frente de
intemperismo e a
correspondente remoção da
parte superior do manto de
alteração.
Rebaixamento geoquímico
com formação de solos em
rochas basálticas. Região de
Faxinal, PR. (fotos: Edison
Fortes, 2010)
EVOLUÇÃO DO RELEVO TERRESTRE
Visão historicista
W. M. Davis (1899);
A. Penck (1894, pai de W. Penck).
W. Penck (1924);
Outros.
Processos geomorfológicos
G.K.Gilbert (1877);
R.A.Bagnold (1950);
J. Hack (1960);
Outros
DOMÍNIOS CLIMÁTICOS DIFERENTES – FORMAS DE 
RELEVOS DIFERENTES – MODELOS EVOLUTIVOS 
DIFERENTES
CLIMAS GLACIAIS e PERIGLACIAIS
CLIMAS TEMPERADOS
CLIMAS SEMI-ÁRIDOS e SEMI-ÁRIDOS
CLIMAS TROPICAIS
CLIMAS EQUATORIAIS
Os autores acima
acreditavam que seus
modelos serviam para
todos os tipos
climáticos. Contudo,
eles tinham mais
lógica em relação aos
climas onde foram
estudados.

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