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M.S.C: Poliana Castro DEFINIÇÃO DE ÉTICA E DE MORAL O termo ética deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. A ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais. Do ponto de vista da Filosofia, a Ética é uma ciência que estuda os valores e princípios morais de uma sociedade e seus grupos. Moral A palavra moral, do latim: moris, quer dizer: “o conjunto de normas e regras destinadas a regular as relações dos indivíduos numa sociedade. Prática comportamento propriamente dito da pessoa em suas relações no cotidiano. A moral define o que é permitido e proibido, justo e injusto, lícito e ilícito, certo e errado. ética A palavra ética, vem do grego: ethos que quer dizer: “reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral”. campo teórico. ética é “uma reflexão teórica que analisa e critica ou legitima os fundamentos e princípios que regem um determinado sistema moral (dimensão prática)”. Do ponto de vista conceitual, é o estudo dos juízos de apreciação referentes à CONDUTA HUMANA suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a uma determinada sociedade, seja de modo absoluto (RODRIGUES, 2005). É o conjunto de deveres derivados da necessidade de respeitar as pessoas, nos seus direitos e na sua dignidade. MORAL ÉTICA Ética é a reflexão sobre a felicidade e sua busca, a procura de viver uma vida significativa, uma “boa vida”. La Taille, 2006 A pergunta da MORAL é: Como devo agir? A pergunta da ÉTICA é: QUE VIDA VIVER? A moral se coloca na dimensão da obrigatoriedade, do dever. A Ética se coloca no lugar da desejabilidade, da excelência, da alegria. Moral e ética complementares Que vida eu quero viver? Uma pessoa somente agirá moralmente se vir, nesse tipo de ação, a tradução de uma vida que vale a pena ser vivida. Como a moral impõe restrições à liberdade, uma pessoa somente vai aceitar tais restrições se fizerem sentido num projeto de vida coletivo e elevado. La Taille (2006) O estudo da ética se defronta com problemas de variação de costumes. O que é moral na Etiópia não é moral no Brasil, por exemplo, a bigamia: Para os mulçumanos é honroso ter mais de uma esposa. Já os países católicos pregam a monogamia – casamento único. MORAL E ÉTICA ANDAM DE MÃOS DADAS E SE CONFUNDEM. No centro da ética aparece o dever, ou obrigação moral, conduta correta. Podemos dividir o conhecimento moral em três categorias não estanques, do concreto para o mais abstrato: Regra, norma ou lei Princípios Valores Toda moralidade tem regras, que são formulações verbais precisas, que nos dizem com clareza o que devemos ou não devemos fazer. Ex: 10 mandamentos: não matar, não cobiçar, não roubar, etc.; ajudar alguém em perigo (nível concreto e explícito). Regra, norma ou lei É o espírito das regras, corresponde as matrizes das quais se derivam as regras (nível de abstração maior). Também é uma formulação verbal, mas que não nos diz tanto como agir, e sim em nome do que agir. Princípio Ex: Amai-vos uns aos outros (porque não diz como fazer isso, não é uma regra propriamente dita). Metáfora: as regras correspondem ao mapa (que indica o caminho claramente) e o princípio corresponde à bússola (permite a orientação mas não indica claramente o caminho). Princípio É um investimento afetivo, uma premissa (abstração mais superior, pois estes serão derivados dos princípios). Valores Ex: “Devemos nos respeitar mutuamente” (princípio), “não humilhar o outro” (é uma regra) e o valor seria o “por que devemos respeitar uns aos outros?” “Porque ele tem um valor intrínseco e pelo fato de ser um ser humano deve ser respeitado”. Se uma pessoa não coloca para si o valor de que todos os homens têm uma dignidade, certamente não valerá para essa pessoa o princípio de que devemos nos respeitar mutuamente, ela vai dizer, “depende da pessoa” e a regra de “não humilhar” não irá valer para todas as pessoas (universalmente). Valores UMA PESCARIA INESQUECÍVEL James P. Lenfestey Ele tinha onze anos e, a cada oportunidade que surgia, ia pescar no cais próximo ao chalé da família, numa ilha que ficava em meio a um lago. A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas pai e filho saíram no fim da tarde para pegar apenas peixes cuja captura estava liberada. O menino amarrou uma isca e começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na água. Logo, elas se tornaram prateadas pelo efeito da lua nascendo sobre o lago. Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha. O pai olhava com admiração, enquanto o garoto habilmente, e com muito cuidado, erguia o peixe exausto da água. Era o maior que já tinha visto, porém sua pesca só era permitida na temporada. O garoto e o pai olharam para o peixe, tão bonito, as guelras movendo para trás e para frente. O pai, então, acendeu um fósforo e olhou para o relógio. Pouco mais de dez da noite... Ainda faltavam quase duas horas para a abertura da temporada. Em seguida, olhou para o peixe e depois para o menino, dizendo: - Você tem que devolvê-lo, filho! Mas, papai, reclamou o menino. - Vai aparecer outro, insistiu o pai. - Não tão grande quanto este, choramingou a criança. O garoto olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista. Voltou novamente o olhar para o pai. Mesmo sem ninguém por perto, sabia, pela firmeza em sua voz, que a decisão era inegociável. Devagar, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água escura. O peixe movimentou rapidamente o corpo e desapareceu. Naquele momento, o menino teve certeza de que jamais pegaria um peixe tão grande quanto aquele. Isso aconteceu há trinta e quatro anos. Hoje, o garoto é um arquiteto bem-sucedido. O chalé continua lá, na ilha em meio ao lago, e ele leva seus filhos para pescar no mesmo cais. Sua intuição estava correta. Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o daquela noite. Porém, sempre vê o mesmo peixe todas as vezes que depara com uma questão ética. Porque, como o pai lhe ensinou, a ética é simplesmente uma questão de CERTO e ERRADO. Agir corretamente, quando se está sendo observado, é uma coisa. A ética, porém, está em agir corretamente quando ninguém está nos observando. Essa conduta reta só é possível quando, desde criança, aprendeu-se a devolver o PEIXE À ÁGUA. A boa educação é como uma moeda de ouro: TEM VALOR EM TODA PARTE. Autor do Slide: Ria Ellwanger riaellw@globo.com Texto: Uma Pescaria Inesquecível, de James P. Lenfestey, do livro Histórias para Aquecer o Coração dos Pais, Editora Sextante. Imagens: Guetty Images Este slide é exclusivo de: http://flori_jane.sites.uol.com.br/index.htm A origem da ética Historicamente, a idéia de Ética surgiu na antiga Grécia, por volta de 500 a 300 a.C, através das observações de Sócrates e seus Discípulos Sócrates refletiu sobre a natureza do bem moral, na busca de um princípio absoluto de conduta. Duas formulações mais conhecidas Só sei que nada sei.” “Uma coisa posso afirmar e provar com palavras e atos: é que nos tornamos melhores se cremos que é nosso dever seguir em busca da verdade desconhecida.” Platão, discípulo de Sócrates colocava a busca da felicidade (Sumo BEM) como o centro das preocupações éticas. O Homem só encontra a felicidade na prática das virtudes. O ideal buscado pelo homem virtuoso é a imitação de Deus: aderir ao divino. Virtudes: Justiça: ordena e harmoniza Prudência ou sabedoria: põe ordem em nossos pensamentos Fortaleza ou valor :faz com que o prazer se subordine ao dever Temperança : serenidade e autodomínio Aristóteles, Discípulo de Platão Estudou as virtudes e os vícios, concluindo que existem vários bens em concreto para o homem. O homem, como um ser complexo, precisa de vários bens, tais como: Amizade, saúde, e até riqueza. Ele não pode apenas viver, mas viver racionalmente, com a razão. O maior bem? A vida virtuosa. A maior virtude: a inteligência. É T I C A N A I D A D E M É D I A Na Idade Média, o pensamento ético passou a ser ligado à religião, à interpretação da bíblia e à teologia. A religião trás em si uma mensagem ética profunda de liberdade, de amor, de fraternidade universal. Estabeleceu muitas regras de conduta, trazendo, sem dúvida, um grande progresso moral à humanidade. É T I C A N A I D A D E M O D E R N A Na Idade Moderna (1.600 ...) encontramos duas tendências: A busca de uma ética racional pura – subjetividade humana; Tentativa de unir a ética religiosa às reflexões filosóficas. Ludwig Feuerbach (1804-1872): tentou traduzir a verdade da religião num estudo filosófico ao alcance de todos os homens instruídos. Teve muitos seguidores. Karl Marx - desenvolveu uma nova visão do mundo e da história humana, que veio substituir a da religião: a moral revolucionária. O marxismo é uma grande tradição de preocupações éticas, onde persistem elementos do cristianismo. . Quais, então, os ideais éticos? Para os gregos: a busca do bem supremo (Platão) e da felicidade, através de uma vida virtuosa (Aristóteles). Para os cristãos da idade média: o ideal ético é o da vida espiritual, de amor e fraternidade (Santo Agostinho). Idade moderna (iluminismo e renascimento): ideal seria viver de acordo com a própria liberdade pessoal. Critério da moralidade é ser racional, autônomo, autodeterminado, agir segundo a razão e a liberdade (Kant). HORA DE ASSISTIR UM VÍDEO!!!! ATIVIDADE!!!! Um homem, chamado Campos, tem uma esposa que está gravemente doente. Para salvá-la, há apenas um remédio, inventado por um farmacêutico da cidade. Campos procura esse farmacêutico e descobre que este pede pelo remédio de sua invenção um preço muito caro, uma soma muito acima do que ele Campos, pode pagar. Apesar de ter explicado a terrível situação de sua mulher, o farmacêutico permanece inabalável e em nada facilita a compra do remédio. Então, Campos resolve arrombar a farmácia e roubar o medicamento. E eis a pergunta moral: Campos agiu corretamente?
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