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Economia e Direito 1 1 1 1 A ECONOMIA estuda a maneira pela qual a sociedade organiza seus recursos escassos, transformando-os em bens e serviços para satisfazer as necessidades humanas. O DIREITO refere-se ao conjunto de leis ou preceitos que regulam as relações sociais. Direito e Economia Direito Economia Direito e Economia O DIREITO e a TEORIA MICROECONÔMICA A MICROECONOMIA estuda, entre outros aspectos, o comportamento das empresas (indústria e comércio) e dos consumidores (indivíduos/famílias) - produção/consumo - e a relação desses agentes econômicos; Os consumidores, por um lado, objetivam a máxima satisfação de suas necessidades; As empresas, por outro, buscam o máximo lucro possível; Dessa relação, em que há grandes possibilidades de conflitos sociais, emerge o DIREITO DO CONSUMIDOR; Direito e Economia O Código Brasileiro de Defesa do Consumidor regulamenta essa relação (micro)econômica (Intervenção do Estado na Economia); Outro aspecto estudado pela MICROECONOMIA relaciona-se às estruturas, ao funcionamento e às imperfeições do mercado; Na possibilidade de haver problemas no funcionamento do mercado ou qualquer outra imperfeição, normas jurídicas possibilitam a intervenção do Estado, visando aumentar a eficiência econômica; As leis de defesa da concorrência são exemplos desse tipo de atuação do Estado; Em 1994, por meio da lei 8.884 de 06/1994, foi criado no Brasil o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC), composto por: Secretaria de Direito Econômico (SDE) – Ministério da Justiça; Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE) – Ministério da Fazenda; Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) – Ministério da Justiça; Os órgãos que compõe o SBDC atuam no controle das estruturas de mercado e na coibição e repressão de condutas ou práticas anticoncorrênciais, tais como: Concentração econômica (fusão, incorporação, aquisição ...); Vendas casadas; Formação de cartéis; Prática de preços predatórios (dumping); Acordos de exclusividade; Direito e Economia Direito e Economia Em 30/11/2011, a lei n⁰ 12.529 reestruturou o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC) e ampliou o Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE; O CADE absorveu competências da SDE e da SEAE. A SDE foi extinta e a SEAE passa a defender políticas públicas e regulação pró-competitivas; A lei traz como principal novidade a aplicação do sistema de análise prévia de aquisições e fusões de empresas pelo CADE; A análise prévia traz mais segurança jurídica às empresas e evita que decisões do CADE sejam discutidas na Justiça; Casos recentes relacionados a defesa da concorrência: Caso da aquisição da Chocolates Garoto pela Nestlé – Vetada pelo CADE (2004); Caso da fusão entre as empresas do setor de bebidas Brahma e Antárctica (surgimento da AMBEV) – Aprovado pelo CADE com restrições (2000); O caso da fusão da TAM com a LAN Chile, formando a LATAM – Aprovado pelo CADE com restrições (2011); As companhias devem optar por um dos dois programas de milhagens que mantêm e entregar dois pares de slots diários na rota São Paulo – Santiago - São Paulo; Direito e Economia O caso da fusão da SADIA e PERDIGÃO, formando a BRF – Brasil Foods – Aprovado pelo CADE com restrições (2011); A BRF - Brasil Foods terá que suspender a marca Perdigão em algumas linhas de produtos, vender 12 marcas, 10 fábricas, 4 abatedouros, 8 centros de distribuição, 4 unidades de produção de ração e 2 incubatórios de aves, entre outras condições; O CADE multou em 08/2013 quatro companhias aéreas por formação de cartel no transporte internacional de cargas entre 2003 e 2005 (multa total de R$ 289 milhões) – (American Airlines, ABSA Aerolíneas Brasileiras, Varig Log e Alitalia); Direito e Economia REGULAÇÃO ECONÔMICA Conjunto de regras que limitam a liberdade de ação ou de escolha dos agentes econômicos, cuja aplicação é sustentada pelo poder de coerção do Estado. Direito e Economia Direito e Economia AGÊNCIAS REGULADORAS As agências reguladoras são autarquias que foram criadas para regular e fiscalizar a prestação de serviços de interesse público executados pela iniciativa privada. As AR´s são fruto de uma profunda mudança na relação do aparelho estatal com a ordem econômica do País. A CF/1988 estabelece que a “exploração direta da atividade econômica deve ser feita pelo agente privado, cabendo ao Estado exercer funções de fiscalização e incentivo, enquanto agente normativo e regulador da atividade econômica”. As AR´s representam uma “inovação institucional” para a atuação do Estado. O Estado brasileiro até então assumia para si a exploração de atividades econômicas, monopolizando inclusive mercados. Com o fim do Estado intervencionista (empresário) e o movimento de desestatização da ordem econômica, visando reduzir o tamanho do Estado, surge o Estado regulador. O Estado passa de promotor do desenvolvimento para regulador e as AR´s exercem o papel de apoio na regulamentação e fiscalização das atividades econômicas das empresas. Direito e Economia Direito e Economia Reduz-se o papel do Estado-empresário (intervenção direta) e surge o papel do Estado-regulador (intervenção indireta). As Agências podem apresentar intervenção como, por exemplo, no controle de preços (parceiras dos órgãos de defesa da concorrência). Algumas Agências Reguladoras no Brasil: ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica (Lei 9427/96) ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações (Lei 9472/97) ANP - Agência Nacional do Petróleo (Lei 9478/97) ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar (Lei 9961/00) ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Lei 9782/99) ANA - Agência Nacional de Águas (9984/00) ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil – (2005) Direito e Economia
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