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Resumo D. das Coisas Formula Juridica

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estruturado e com linguagem fácil. Desta forma o teu aprendizado será muito mais rápido e eficiente 
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Didática Organizada 
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estruturada para ter uma linha 
de raciocínio e o melhor 
entendimento sobre o 
conteúdo 
 
Aprendizado Rápido 
Aprenda direito e aprenda 
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Linguagem Fácil 
Nem sempre a formalidade e a 
linguagem rebuscada ajuda, 
principalmente quando vamos 
aprender algo que ainda não 
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Qualquer dúvida, sugestão, crítica ou feedback que tiver, por favor, envie em nosso e-mail: 
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“O conhecimento quando compartilhado é muito melhor, pois, todos são beneficiados com novas formas de enxergar o mundo” 
 
 
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DIREITO CIVIL 
Antes de iniciar o conteúdo é importante enxergar em qual parte estamos na linha do tempo do estudo do Direito Civil 
No Direito Civil Parte Geral estudamos: Pessoa, Bem e Atos 
Jurídicos (Atos Jurídicos “lato sensu; Aquisição e Extinção e 
Negócios Jurídicos (Ato ilícito e Contratos) 
No Direito das Obrigações estudamos a obrigação entre as 
pessoas 
No Direito Contratual ou Contratos em Espécie estudamos o 
vínculo das obrigações estipuladas entre pessoas 
E neste momento, no Direito das Coisas ou Direito Real, 
iremos estudar o vínculo entre pessoa e objeto 
Direito das Coisas ou Direitos Reais 
 
TÓPICO 1 – NOÇÕES GERAIS 
Noções Gerais  PRINCÍPIOS 
Vamos começar estudando alguns princípios que caracterizam os Direitos Reais: 
1) Princípio do Absolutismo – O Direito Real é erga omnes 
(vale para todos) 
2) Princípio da Publicidade – Se for Coisa Imóvel os 
Direitos Reais somente se adquirem após o registro no 
Cartório de Imóveis, se for Coisa Móvel se adquire com 
a tradição (com a troca) 
3) Princípio da Tipicidade – O Direito Real é taxativo, ou 
seja, somente aquele que a Lei especificar (art. 1225 do 
CC) 
4) Princípio da Atualidade – O Direito Real exige a 
existência atual da coisa, ex.: cachorro morto não é mais 
meu 
5) Princípio da Individualização – O objeto do Direito Real 
é sempre certo e determinado 
6) Princípio da Exclusividade – Não podem existir dois 
Direitos Reais contraditórios sobre a mesma coisa 
7) Princípio da Sequela – Prerrogativa de obter, perseguir 
a coisa em poder de quem quer que ela esteja. O 
detendo do Direito Real tem o direito de perseguir a 
coisa aonde quer que ela esteja e com quem ela esteja 
8) Princípio da Aquisição de Posse – Os Direitos Reais são 
passíveis de posse, por exemplo, alguns Direitos Reais 
adquirem-se pela usucapião, ou seja, a propriedade não 
se perde pelo não uso, mas sim por outra pessoa estar 
usando-a algum tempo 
9) Princípio da Preferência – Os Direitos Reais gozam de 
preferência no rateio (divisão) entre dois credores 
diversos de um mesmo devedor 
 
 
Noções Gerais  CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS REAIS 
Direitos Reais sobre Coisa Própria: É o Direito Real pleno, aquilo que é de propriedade sua 
 
Direitos Reais sobre Coisa Alheia: Subdivide em: 
1. Direitos Reais sobre Coisa Alheia de Fruição 
Ex.: Usufruto, uso, habitação, servidões, a concessão 
especial para fins de moradia 
 
2. Direito Reais sobre Coisa Alheia de Garantia 
Ex.: Penhor, hipoteca, anticrese, direito do promitente 
comprador de imóvel 
 
 
 
 
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TÓPICO 2 – DA POSSE 
O que iremos estudar nesse tópico: 
 
Posse é um Fato ou Direito? 
É uma situação de fato que gera um Direito, podemos dizer que POSSE é um direito especial que estuda dentro dos Direitos das 
Coisas, mas não é um Direito Real 
Elementos constitutivos – “corpus” = apreensão física, contato material com a coisa; “animus” = intenção de ter a coisa como sua 
Da Posse  TEORIAS SOBRE A POSSE 
 
A Teoria adotada pelo Código Civil foi a de IHERING – Arts. 1198 e 1208 CC 
Para Ihering é um Direito, para Savigny é um Fato. Como não está descrito no rol taxativo do art. 1225 CC, mas está inserido dentro 
dos direitos reais, a maioria da doutrina a considera um fato que acarreta ou gera direitos, portanto, uma categoria jurídica própria 
especial, “sui generis” 
 
Da Posse  TERMINOLOGIAS
“Jus possidendi” (Direito de Possuir) - É a faculdade de 
possuir com base em uma situação jurídica preexistente (Ex. 
proprietário, locatário, usufrutuário, etc.) 
 
“Jus possessionis - É a faculdade de possuir com base na 
mera relação de fato, sem necessidade de título preexistente 
(Ex. aquele que cultiva terra abandonada sem relação jurídica 
ou título que lhe justifique a posse) 
Da Posse  CLASSIFICAÇÃO DA POSSE 
● Posse Direita e Posse Indireta (art. 1197 CC): Posse 
Direita ocorre quando todos os elementos da posse 
“corpus” e “animus” encontram-se reunidos na mesma 
pessoa; Posse Indireta ocorre quando há cessão dos 
poderes diretos fáticos sobre a coisa (sempre via relação 
jurídica), a divisão da posse é qualitativa 
● Posse Justa e Posse Injusta (art. 1200 CC): Posse Justa é 
aquela não marcada pelos vícios da violência, 
clandestinidade e precariedade (“nec vi”, “nec clan”, 
“nec precário”), Posse Injusta é aquela em que estão 
presentes tais vícios 
● Posse de Boa e Má-fé: Boa Fé tem aquele que ignora os 
vícios da posse (art. 1201 CC) ou os obstáculos para a 
aquisição da coisa, Má Fé tem aquele que conhece tais 
 
 TEORIAS 
 
 TERMINOLOGIAS 
 
 CLASSIFICAÇÃO 
 
 AQUISIÇÃO 
 
 EFEITOS TUTELA 
 
IHERING 
Teoria Objetiva 
Para haver posse basta a presença do 
"corpus" + ausência de obstáculo legal 
para a aquisição da posse 
 
SAVIGNY 
Teoria Subjetiva 
Para que haja posse há a necessidade de 
estarem presentes os elementos "corpus" 
(contato físico) + "animus" (intenção de 
ter a coisa pra si, como proprietário) 
 
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obstáculos, ou seja, que tem consciência da 
ilegitimidade do seu direito 
● Posse “ad interdicta” e “ad usucapionem”: Para a posse 
“ad interdicta” basta a demonstração dos elementos 
“corpus” e “animus”, ou “corpus” e ausência de 
impedimento legal para aquisição da posse, ou seja, se 
invoca para obtenção os interditos (ações possessórias). 
Para a posse “ad usucapionem” exige-se posse com 
requisitos especiais (tempo mínimo, “animus domini”, 
posse pacífica, etc), ou seja, invoca para a obtenção da 
usucapião 
 
Da Posse  AQUISIÇÃO DA POSSE 
Art. 1204 CC: Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes 
inerentes à propriedade 
Art. 1.205 CC: A posse pode ser adquirida: 
I - pela própria pessoa que a pretende ou por seu representante 
II - por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação 
Seguindo a Doutrina de Ihering, para verificar se alguém adquiriu a posse basta constatar se ocorre uma situação de 
“corpus” + ausência de obstáculo legal para aquisição da posse 
Mas o Código preferiu discriminar os modos de aquisição da posse: 
Da Posse  Aquisição da Posse  Modos de Aquisição Originária 
Apreensão: Por ato unilateral, sem qualquer ligação ou 
consentimento do possuidor anterior, ou seja, não há 
transmissão de posseanterior. (Ex. peixes adquiridos pelo 
pescador) 
 
Exercício do Direito: Objetivando a utilização ou função da 
coisa, ou seja, não basta a mera aptidão abstrata. A posse do 
direito se adquire pelo seu exercício 
Disposição do Direito: Quem dispõe de algo, exterioriza a sua 
posse (Ex. dar em comodato de outrem revela que a pessoa 
adquiriu a posse, pois a desfrutava) 
Da Posse  Aquisição da Posse  Aquisição Derivada ou Bilateral 
Quando existe nexo de causalidade entre a posse anterior e a 
atual, pode ser: 
Por Tradição: Real (entrega efetiva da coisa) ou simbólica (Ex. 
entrega das chaves) 
Pelo Constituto Possessório: O alienante conserva a coisa em 
seu poder, mas sob outro título (Ex. vende o imóvel, mas 
continua na posse como inquilino) 
 
 
Por Sucessão Hereditária: O herdeiro recebe a posse 
automaticamente no exato momento da morte do seu 
antecessor, mesmo que não haja apreensão (art. 1784 CC) 
 
 
OBS¹.: Na aquisição por “causa mortis” e a título universal o possuidor recebe a posse com todos os réus, vícios e qualidades. O 
herdeiro simplesmente fica no lugar do morto 
OBS².: Na aquisição por ato “inter vivos” e a título singular o adquirente recebe nova posse, podendo juntar ou não à do seu 
antecessor (art. 1207 CC) para efeito da usucapião, mas, neste caso, assume os riscos da posse anterior 
 
 
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Da Posse  Aquisição da Posse  EXCEÇÃO DA COMPOSSE 
Art. 1199 CC – Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela atos possessórios, contanto que 
não excluam os dos outros compossuidores 
A posse de uma pessoa anula a de outra (princípio da 
exclusividade). Porém, por convenção ou título hereditário, 
pode-se instituir condomínio e, dessa forma, pode haver 
também a composse, uma vez que a posse é o sinal exterior 
da propriedade 
A composse não se fraciona em partes certas, mas tão 
somente em partes ideais. Assim, perante terceiros, cada um 
dos compossuidores procedem como se fossem um único e a 
todos são assegurados a utilização da coisa, a divisão da 
posse é quantitativa 
 
Da Posse  EFEITOS DA POSSE 
Previsão nos arts. 1210/1222 CC 
● Conduz a Usucapião: Decorre da posse prolongada, ou seja, a propriedade não é perdida pelo não uso, mas sim pelo uso, 
desta forma a posse prolongada conduz a usucapião 
● Presunção “juris tantum” de propriedade: Significa que admite prova em contrário. Ex. determinado objeto está comigo, 
presume-se que está sob a minha posse e também é minha propriedade, porém o objeto pode estar sob a minha posse mas 
ser de propriedade de outro, por isso a posse é juris tantum, admite prova em contrário 
● Percepção dos Frutos: Frutos são riquezas/utilidades que a coisa produz sem que haja alteração de sua substância (art. 95 CC); 
Podem ser: 
o Naturais – São os que se renovam por força 
orgânica da própria natureza; Ex. laranjas, peras, 
tomates, ovos, leite etc. 
o Industriais – São os devidos à atuação do homem 
sobre a natureza como a produção de uma fábrica. 
Ex. indústria, fábrica 
o Civis – São as rendas provenientes da utilização de 
coisa frutífera, como juros e alugueis 
Os frutos ainda podem ser: 
o Pendentes – Quando ainda unidos à arvore que os 
produziu tanto pelos ramos quanto pelas raízes. 
Depois de colhidos denominam-se percebidos. 
Armazenados ou acondicionados para venda são 
estantes. Os que deveriam ter sido, mas ainda não 
foram colhidos, chamam-se percipiendos. 
Consumidos são os que já foram utilizados 
 
 
Da Posse  TUTELA DA POSSE 
Diferença: Turbação = Toma parte do bem | Esbulho = Toma o bem inteiro 
 
Da Posse  Tutela da Posse  Autotutela (Art. 1210 §1º CC) 
Só pode ser exercida pessoalmente e de forma proporcional à agressão. É a legítima defesa da posse enquanto estiver ocorrendo a 
turbação e o desforço imediato, quando o possuidor sofre esbulho e, já tendo perdido a posse, a retoma ainda no calor dos 
acontecimentos 
 
Da Posse  Tutela da Posse  Ações Possessórias (Art. 1210 a 1229 CC c.c art. 560 a 568 CPC) 
São meios defensivos previstos no Código para resolver invasões e problemas que aconteceram na propriedade da pessoa. Todavia 
será discutida invasão na posse, e não a propriedade. As modalidades são: 
 
 
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Ações Possessórias em Sentido Estrito 
 
Reintegração de Posse 
Art. 1210 CC c.c art. 560 CPC 
Visa restaurar a posse desfeita pelo 
esbulho. O esbulhado perde a posse 
 
Manutenção da Posse 
Art. 1210 CC c.c art. 561, IV CPC 
Visa impedir o desapossamento que 
ainda não ocorreu, mas que já atos 
turbativos (dificulta ou embaraça o 
exercício) 
Interdito Proibitório 
Art. 1210 CC c.c art. 567 CPC 
Tem caráter preventivo e visa 
impedir que o esbulho e a turbação 
comecem. Pode ser usado preceito 
cominatório 
 
Princípio da Fungibilidade da Ação Possessória é o caso de não saber com qual modalidade de ação possessória ajuizar, sendo 
assim usa-se esse princípio para que o Juiz adeque a modalidade a ser usada (art. 554 CPC) 
Caráter dúplice das ações possessórias: Qualquer dos litigantes pode assumir a posição de autor ou réu. Portanto, é lícito ao réu 
pleitear seu direito e reclamar perdas e danos na própria contestação (Art. 556 CPC) 
 
Outras Ações Consideradas Possessórias 
Tem natureza possessória para defender a posse: 
 
Embargos de Terceiro 
Art. 674 a 681 CPC 
Se a ofensa à posse (turbação ou esbulho) decorrer ato 
judicial (penhora, arresto, etc.), o remédio adequado são os 
embargos de terceiro 
Requisitos para os Embargos: 
Que o embargante seja o dono ou possuidor da coisa 
Existência de processo judicial no qual o embargante não 
seja parte 
A concretização de turbação ou esbulho por ato judicial 
Imissão de Posse 
Embora sem previsão legal no CC e no CPC, é admitida no rito 
ordinário. Visa entregar a posse a quem nunca a teve, 
permitindo a quem adquiriu um bem e tem a posse jurídica 
ou de direito, passe a ter também a posse de fato 
 
 
 
 
 
Ritos das Ações Possessórias 
 
Em princípio, seguem o Rito Ordinário. Se o esbulho datar de menos do que UM ANO E UM DIA, cabe liminar (Ação de Força Nova) 
Se datar de MAIS DE UM ANO E UM DIA não cabe liminar (Ação de Força Velha). O prazo de ano e um dia contam a partir da 
consumação do esbulho ou turbação (quando não há mais resistência do possuidor) 
Foro Competente: Se for sobre bens móveis o foro competente será em regra no domicilio do réu (art. 46 CPC) e se tratar de bens 
imóveis a competência será o foro da situação da coisa (Art. 47 CPC) 
 
Aqui terminamos o estudo da posse, agora vamos estudar sobre Propriedade 
 
 
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TÓPICO 3 – PROPRIEDADE 
 
Propriedade  NOÇÕES GERAIS 
É o Direito que toda pessoa física ou jurídica tem dentro dos limites normativos de usar, gozar e dispor de um bem, corpóreo ou 
incorpóreo, bem como de reivindicá-lo de quem quer que injustamente o detenha 
É o Direito Real MAIS AMPLO e de MAIOR CONTEÚDO 
 
Art. 1228 CC – “O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a 
possua ou detenha” 
 
Propriedade  Noções Gerais  Elementos Constitutivos 
Jus utendi: É a prerrogativa de tirar do bem todos os serviços 
que ele pode prestar, sem que haja alteração em sua 
substância; Direito de Usar 
Reinvidicatio: É o poder que tem o proprietário de mover ação 
para obter o bem de quem quer que injustamente o detenha; 
Direito de Reivindicar 
 
Jus fruendi: É o direito de perceber os frutos e de utilizar os 
produtos da coisa; Direito de Fruir 
 
Jus abutendi ou disponendi: É o direito de poder dispor da coisaou o poder de aliená-la a título gratuito ou oneroso, abrangendo 
também o poder de consumi-la e o poder de gravá-la de ônus 
ou submetê-la ao serviço de outrem. Direito de Dispor 
Propriedade  Noções Gerais  Características da Propriedade 
 Caráter absoluto: Por ser “erga omnes”, e de titular poder 
desfrutar do bem como quiser, sujeitando-se apenas às 
limitações legais impostas em razão do interesse público 
ou da coexistência do direito de propriedade de outros 
titulares (art. 1231 CC) 
 Caráter perpétuo: O Direito de propriedade não se perde 
pelo não uso, mas se adquire pelo uso 
 
 Caráter exclusivo: Uma coisa não pode pertencer com 
exclusividade e simultaneamente a duas ou mais pessoas. 
OBS.: Condomínio é uma a propriedade dividida em 
partes ideais, sendo assim não exclui o caráter exclusivo 
 
 Caráter elástico: A propriedade pode ser diminuída ou 
aumentada
 
Propriedade  Noções Gerais  Função Social da Propriedade 
A propriedade cumpre a sua função social quando respeita a riqueza do desenvolvimento social, ao meio ambiente e cumpre as 
legislações - Art. 5º, XXIII CF c.c art. 1228 §§ 1º e 2º CC 
Os valores perseguidos, além do interesse individual, são da Coletividade, do Meio Ambiente ecologicamente equilibrado como a 
fauna, flora, patrimônio histórico, água e ar, e a Utilização da Propriedade em prol do desenvolvimento da riqueza social 
 
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Propriedade  Noções Gerais  Espécies, Sujeitos e Extensão da Propriedade 
Quanto à Extensão do Direito do Titular 
Propriedade Plena: Quando todos os elementos constitutivos 
se acham reunidos na pessoa do proprietário – Art. 1231 CC 
Propriedade Restrita: Quando se desmembram um ou alguns 
dos seus poderes, que passam a ser de outrem. Ex.: Hipoteca, 
penhor 
Quanto a Perpetuidade do Domínio 
Propriedade Perpétua: É a que tem duração ilimitada 
Propriedade Resolúvel: É a que encontra no seu próprio 
título constitutivo uma razão de sua extinção, ou seja, as 
próprias partes estabelecem um prazo limitado para extinguir 
o domínio da propriedade 
 
Sujeitos da Propriedade 
Qualquer pessoa física ou jurídica. Estrangeiro depende de 
autorização do INCRA para comprar imóvel rural acima de 
determinada dimensão (Lei 5709/71). Ascendente, não pode 
vender a descendentes sem autorização dos demais 
Extensão da Propriedade 
A propriedade se estende na vertical, tanto para o subsolo ou 
para o céu, na proporção da necessidade, até onde tenha 
interesse e utilidades. Entretanto os as jazidas e demais 
recursos minerais e potenciais de energia hidráulica NÃO 
pertencem ao proprietário, mas sim a UNIÃO 
 
Propriedade  AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL 
Somente se adquire com o Registro no Cartório de Registro de Imóveis (art. 1245 CC). A lei 6015/73 regulamenta o registro de 
imóveis 
Propriedade  Aquisição Imóvel  Aquisição da Propriedade Imóvel pela ACESSÃO 
Aquisições previstas nos Arts. 1248 ao 1257 CC
1. Formação de ilhas 
Em rios navegáveis são públicas em rios não navegáveis são 
particulares. As particulares são atribuídas aos proprietários 
ribeirinhos na proporção de suas testadas (a distância da 
lateral do terreno até o meio do rio). Se estiver no meio do 
rio, a ilha pertencerá aos proprietários ribeirinhos a partir do 
eixo do rio. Se for formada a ilha pelo desdobramento de 
novo braço de rio, pertence aos proprietários dos terrenos à 
custa dos quais se formaram (Art. 24 Código Águas) 
 
2. Álveo abandonado 
Álveo significa o leito do rio. Se for particular o rio, o direito 
dos proprietários ribeirinhos vai até o meio do eixo do rio, de 
acordo com suas testadas 
3. Aluvião 
São acréscimos, os depósitos e os aterros naturais que o rio 
anexa vagarosamente às margens de modo sucessível e 
imperceptível. Pertence aos proprietários dos imóveis 
ribeirinhos, salvo se for águas públicas 
 
4. Avulsão 
É a desagregação violenta de uma porção de imóvel para se 
juntar a outro. No prazo de UM ANO o proprietário que sofre 
a avulsão pode reclamar do que recebeu a remoção da coisa 
ou indenização 
 
 
 
 
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5. Construção de Obras ou Plantações - Art. 1253/1257 CC 
Presunção: Todas as construções/plantações foram feitas pelo proprietário 
● Semeadura, plantação ou construção em terreno próprio com material alheio (art. 1254 CC): Quem planou/construiu fica 
com o material, mas fica obrigado a pagar o respectivo valor. Se agiu de má-fé, responde, também por perdas e danos 
● Semeadura, plantação ou construção em terreno alheio com material próprio (art. 1255 CC): Quem plantou/construiu, perde 
o material em proveito do proprietário do solo. Se procedeu de boa-fé, tem direito à indenização 
 
EXCEÇÃO: Se o valor da construção ou plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que plantou ou 
construiu de boa-fé, pode adquirir a propriedade do solo, mediante pagamento de indenização (judicialmente fixada, se não 
houver acordo – art. 1255, § único CC) 
ATENÇÃO: Se houve má-fé de ambas as partes, o proprietário do terreno fica com as sementes/construções, mas indeniza o 
valor das acessões 
 
 
6. Construção feita Parcialmente em Solo Alheio - Art. 1258/1259 CC 
Se a invasão for em parte não superior à 20ª parte do solo 
alheio, o construtor adquire a propriedade do solo invadido 
desde que: 
➢ Esteja de boa-fé 
➢ O valor da construção seja maior do que o valor da 
parte do solo invadido 
➢ Indenize o proprietário do solo pelo valor da área 
invadida e pela desvalorização da área remanescente 
 
Se a área invadida NÃO for superior à 20ª parte (5%) do solo 
alheio e o construtor agiu de má-fé, terá de demolir o que 
construiu. Se não for possível a demolição o que construiu 
(Ex. comprometer a estrutura do prédio, o construtor (de má-
fé) terá direito de adquirir a parte invadida desde que pague 
o valor equivalente a 10 vezes o valor que deveria pagar se 
estivesse de boa-fé 
Se a área invadida for superior a 20ª parte (5%) do solo 
invadido, o invasor de boa-fé terá direito de adquirir a 
propriedade do solo invadido desde que pague indenização 
que englobe: 
➢ Valor que a invasão acrescer à construção 
➢ Valor da área invadida 
➢ Valor correspondente à desvalorização da área 
invadida 
Se, a invasão for de área superior à 20ª parte (5%) da área 
invadida e o invasor agiu de má-fé, não se confere o direito 
de aquisição do solo invadido, devendo o invasor demolir o 
que construiu no solo alheio, além de pagar em dobro as 
perdas e danos que foram apuradas 
 
 
Propriedade  Aquisição Imóvel  Aquisição da Propriedade Imóvel pela USUCAPIÃO 
É também denominada de prescrição aquisitiva porque concorrem para a aquisição da propriedade a inércia do titular e o tempo 
de posse 
Considerações gerais 
Requisitos Pessoais 
O usucapiente deve ser pessoa (natural) capaz. Incapazes devem ser representados. Relativamente incapazes podem por ato 
próprio adquirir a posse e mantê-la pelo tempo necessário à usucapião 
 
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Já, se o proprietário for incapaz, o prazo não flui em seu desfavor. Se o prazo para usucapião já se iniciou, ficará suspenso até que o 
proprietário complete 16 anos. (Art. 198, I e 1244 CC) 
Pessoa jurídica pode ser ré e só pode adquirir por usucapião se exercer a posse e a modalidade da usucapião pretendida não exija 
como requisito a moradia 
OBS.: Bens públicos não podem ser usucapidos (Art. 120 CC e art. 191 § único CF) 
Requisitos Reais 
Só é possível pedir usucapião de Bens móveis e imóveis. Ex.: Não é possível usucapir o ar 
OBS.: Não comportam usucapião bens de absolutamente incapazes e os bens nas situações dos arts. 197 e 198 CC 
Ex.: No caso deuma pessoa estar morando em uma casa há dois anos, e a proprietária do imóvel falece, passando a propriedade 
para um herdeiro absolutamente incapaz, o prazo de contagem para a usucapião suspende, e somente irá voltar quando completar 
16 anos, tornando-se relativamente incapaz 
Requisitos Formais 
Posse e tempo são os elementos essenciais para a Usucapião. A posse deve ser mansa, pacífica, contínua e com ânimo de 
proprietário “animus domini”. 
Posse mansa, pacífica e tranquila é aquela da qual não houve por parte do proprietário qualquer contestação 
Contínua é a que não sofreu interrupção, transcorrendo no tempo, sem intervalo 
Justo título é aquele potencialmente hábil para a transferência de domínio. A doutrina tradicional exige o registro. A jurisprudência 
moderna o dispensa 
Boa fé é a crença do possuidor de que a coisa realmente lhe pertença 
 
Formas de adquirir por Usucapião 
 
 
Usucapião 
Extraordinária 
Usucapião Ordinária 
Usucapião Especial Rural 
Usucapião Especial 
Urbana 
Usucapião Especial 
Urbana Coletiva 
 
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Propriedade  Aquisição de Propriedade Imóvel  Usucapião Extraordinária 
Prevista no Art. 1238 CC - É a modalidade de Usucapião que exige menos requisitos para a sua concessão, pois é também a que 
exige mais prazo 
 
Há duas modalidades de Usucapião Extraordinária: 
 
 
OBS.: Estas 2 modalidades de usucapião independem de boa-fé e de justo título 
OBS.²: Observe que quanto mais tempo menos requisitos são exigidos 
 
 
 
Propriedade  Aquisição de Propriedade Imóvel  Usucapião Ordinária 
Prevista no Art. 1242 CC – Essa modalidade de Usucapião exige a boa fé e o justo título, por outro lado o prazo é menor 
Relembrando: 
Justo título: Traduz-se em documento em que o possuidor 
acredite que a coisa lhe pertence, mas, na realidade, é 
portador de um documento viciado, cujo defeito o impede de 
adquirir legitimamente a coisa 
A boa-fé é a decorrência do fato do possuidor desconhecer 
que prejudica o direito alheio. Impõe como expressão de um 
estado psicológico, subjetivo, no qual o possuidor ignora a 
ilegitimidade de sua situação jurídica 
 
 
 
 
 
 
 
1ª Modalidade 
(caput do art) 
Animus 
Domini 
Posse Pública 
Posse mansa, 
pacífica e 
contínua 
15 anos 
2ª Modalidade 
(§ único do art) 
Animus 
Domini 
Posse Pública 
Posse mansa, 
pacífica e 
contínua 
10 anos 
Usucapiente 
residir no 
imóvel ou nele 
fizer obras 
Usucapião 
Ordinária 
Animus 
Domini 
Posse Pública 
Posse mansa, 
pacífica e 
contínua 
10 anos 
Justo título e 
boa fé 
Exceção 
Reduz o prazo 
para 5 anos se 
o imóvel foi: 
Adquirido onerosamente com registro em cartório, cancelado 
posteriormente e que o possuidor estabeleceu moradia, ou realizou 
investimento de interesse social e econômico 
 
13 
 
Propriedade  Aquisição de Propriedade Imóvel  Usucapião Especial Rural 
Prevista no Art. 191 CF e no Art. 1239 CC – Veio pela CF como parte política da reforma agrária. Essa modalidade também é 
conhecida por PRO LABORE 
 
 
 
 
OBS¹.: Observe que para essa modalidade NÃO é exigido justo título e nem boa-fé 
OBS².: Essa modalidade só é possível para pessoa física 
OBS³.: Caso o possuidor tenha posse de uma área de 90 HECTARES, poderá entrar com Usucapião Especial Rural apenas sob 50 
hectares desta área, e posteriormente entrar com outra ação que não seja Usucapião Especial Rural, para adquirir o restante 
 
Propriedade  Aquisição de Propriedade Imóvel  Usucapião Especial Urbana 
Prevista no Art. 183 CF, no Art. 1240 CC e nos arts. 9 a 14 da Lei 10.257/01 (Estatuto da Cidade) 
Essa modalidade de usucapião por objetivo conceder moradia para pessoas carentes. Seus requisitos são: 
 
 
 
OBS.: Para a usucapião especial não é possível pedir uma fração de 250 m² do terreno, e deixar de lado a outra parte 
 
 
Requisitos 
Animus 
Domini 
Posse mansa, 
pacífica e 
contínua 
Área em zona rural 
nao superior a 50 
hectares 
. 
Nao ser proprietário de outro 
imóvel urbano ou rural 
5 anos 
Requisitos 
Animus 
Domini 
Posse Publica 
Posse mansa, 
pacífica e 
contínua 
Área urbana nao 
superior a 250 m² 
. 
Moradia do 
possuidor e sua 
família 
Nao ser proprietário 
de outro imóvel 
Só pode ser 
requerido 
uma vez 
5 anos 
Exceção 
No caso da propriedade que era dividida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que 
abandonou o lar os requisitos serão outros: 
. 
2 anos 
ininterruptos e 
sem oposição 
Imóvel urbano até 
250m² 
Não ser proprietário 
de outro imóvel 
 
14 
 
Propriedade  Aquisição de Propriedade Imóvel  Usucapião Especial Urbana Coletiva 
Prevista no art. 10 da Lei 10.257/01 (Estatuto da Cidade) 
Essa modalidade de usucapião por objetivo conceder moradia de forma coletiva para pessoas carentes. Seus requisitos são os 
mesmos exigidos na Usucapião Especial Urbana acrescentado de: 
 
 
 
OBS¹.: Na sentença que a reconhecer, o Juiz deve designar as frações ideais de cada um dos copossuidores 
OBS².: O condomínio assim formado é uno e indivisível, mas os copossuidores (condôminos) podem dissolvê-lo mediante 
deliberação de, pelo menos, 2/3 dos condôminos 
 
 
Propriedade  AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL 
Modos de adquirir a propriedade móvel: 
 
 
Propriedade  Aquisição de Propriedade Móvel  Usucapião de Coisa Móvel 
USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA (art. 1261 CC) 
Requisitos 
Posse 
Mansa, Contínua e Pacífica 
5 Anos 
 
 
 
 
USUCAPIÃO ORDINÁRIA (art. 1260 CC) 
Requisitos 
Posse 
Mansa, Contínua e Pacífica 
3 Anos 
Justo Título (expresso em qualquer documento que indique 
a transmissão da posse, mas que não seja idôneo para 
transferir a propriedade) 
Boa-Fé, (ter a convicção de que a possui legitimamente, 
embora isso não corresponda a verdade) 
Requisitos a 
mais 
Exige aglomeração de 
ocupantes com baixa renda 
Não ser copossuidores e 
proprietários de outro imóvel 
. 
Possibilidade de não ser possível individualizar a área ocupada por 
cada um 
Usucapião 
Móvel 
Ocupação 
Achado de 
Tesouro 
Tradição Especificação Confusão Comistão Adjunção 
 
15 
 
Propriedade  Aquisição de Propriedade Móvel  Ocupação 
Modalidade de aquisição da propriedade móvel por quem tomar posse ou apreender coisa sem dono com o objetivo de torna-la sua 
Pressupostos para que a coisa seja considerada abandonada: 
a) Pressuposto objetivo ou derreição, que se evidencia pelo abandono material da coisa 
b) Pressuposto subjetivo, traduzido na vontade de não se ter mais a coisa como sua 
 
É considerada forma de aquisição originária da propriedade, pois não há transmissão de um proprietário a outro 
Apreensão da “res nullius” é outra modalidade de aquisição, 
pois não tem proprietário, ex.: pegar peixe em um rio. (coisa 
que nunca teve dono) 
Apreensão da “res derelicta” teve dono, mas foi abandonada, 
o dono quis abandonar a matéria, teve a intenção; essas duas 
modalidades são passíveis de ocupação 
Propriedade  Aquisição de Propriedade Móvel  Achado de Tesouro 
Tesouro: Depósito antigo de coisas preciosas, oculto, sem dono conhecido 
Os objetivos, assim encontrados, pertencerão: 
a) Ao proprietário do prédio, se for achado por ele ou em pesquisa que ele ordenou ou por terceiro não autorizado (se invadir o 
terreno proibido de um proprietário, o tesouro achado será somente do proprietário do terreno) 
b) Ao proprietário do prédio e a terceiro que tenha encontrado casualmente, dividindo-o em partes iguais 
 
OBS.: Se for possível identificar o dono, não será considerado tesouro 
Propriedade  Aquisição de Propriedade Móvel  TradiçãoÉ a entrega da coisa móvel pelo transmitente ao adquirente com a intenção de lhe transferir o domínio 
Modalidades de tradição 
a) Real – Entrega efetiva da coisa (antes = direito 
obrigacional/pessoal) 
b) Simbólica – Se perfaz por um ato representativo da 
alienação (ex.: Entrega das chaves de um veículo) 
c) Ficta – Na hipótese de constituto possessório (O 
alienante conserva a coisa em seu poder, mas sob título 
de outra pessoa) 
Circunstâncias que levam à tradição 
a) Quando o transmitente cede ao adquirente o direito à 
restituição da coisa 
b) Quando o adquirente já está na posse da coisa 
 
 
 
 
Propriedade  Aquisição de Propriedade Móvel  Especificação 
Modo de adquirir a propriedade mediante transformação de coisa móvel em espécie nova em virtude de trabalho ou indústria do 
especificador, sem que possa voltar a forma anterior 
Matéria Prima Parte Alheia: O especificador fica com a coisa 
nova, mas indeniza o proprietário da matéria prima o 
equivalente a sua parte 
 
Matéria Prima Toda Alheia: Se boa-fé do especificador, fica 
com a coisa nova indenizando o dono da matéria prima; Se 
má-fé do especificador, a coisa nova fica para o dono da 
matéria prima. Se não quiser a coisa nova, tem direito à 
indenização 
 
16 
 
Propriedade  Aquisição de Propriedade Móvel  Confusão, Comistão e Adjunção 
Confusão – Mistura de líquidos 
 
Comistão – Mistura de sólidos 
 
Adjunção – Justaposição de uma 
coisa à outra 
OBS¹.: Se não for possível separá-las, forma-se um condomínio com quotas proporcionais ao valor da coisa que agregou ao todo 
OBS².: Se puder considerar uma das coisas como principal em função do valor, o dono dessa coisa, fica com o todo indenizando os 
demais 
 
 
Propriedade  PERDA DA PROPRIEDADE 
 
Formas de perder a propriedade: 
 
 
 
TÓPICO 4 – DIREITO DE VIZINHANÇA 
 
Quando se trata do uso anormal da propriedade o Direito aparece para tutelar e colocar regras entre os vizinhos 
Os três valores que sempre serão levados em conta e precisam ser preservados são a Segurança, o Sossego e a Saúde (3 Ss) 
Alguns critérios para a composição do conflito 
 A pré-ocupação – Quem ocupou o lugar primeiro tem 
preferência 
 A natureza da ocupação 
 A localização do prédio 
 As normas relativas às edificações 
 Limites da tolerância dos vizinhos com base no homem 
médio – Nem o mais intolerante e nem o mais tolerante 
 
Soluções para o conflito 
 Leva-se em conta a normalidade, com base no homem 
médio 
 Busca-se reduzir o incômodo, para adequá-los às 
proporções normais 
 Não sendo isso possível, determina-se a cessão de 
atividade 
 Se a atividade for de interesse social e não puder ser 
cessada, os vizinhos são indenizados 
Possíveis ações para resolver os conflitos de vizinhança 
Ação cominatória 
Ação de obrigação de fazer/não fazer 
Ação demolitória 
Ação de dano infecto – Gera uma caução, uma garantia de 
indenização 
 
Alienação Renúncia Abandono 
Perecimento do 
objeto 
Desapropriação Arrematação 
Adjudicação Usucapião Acessão 
 
17 
 
Arvores Limítrofes 
Caso 1: Se a árvore estiver na linha divisória, pertence aos 
proprietários confinantes (aos dois ou mais vizinhos), assim 
como os frutos e os troncos. Nem um deles pode cortá-la 
sem a autorização do outro 
Caso 2: Se a árvore pertencer a um dos confinantes, mas seus 
ramos e raízes se estendem além da linha divisória, os frutos 
pendentes pertencem ao proprietário da árvore que poderá 
colhê-los de forma a não invadir a propriedade vizinha. O 
vizinho tem direito a cortar até o plano vertical divisório 
 
 
Passagem Forçada (Art. 1285/1286 CC) 
Não se confunde com servidão de passagem. É também 
chamada de servidão legal e tem natureza de limitação do 
direito de propriedade e como fundamento a solidariedade 
social 
O preceito assegura ao dono de prédio rústico ou urbano 
encravado em outro, sem saída para a via pública, a reclamar 
do vizinho que lhe deixe passagem. O encravamento deve ser 
natural (não provocado) 
A passagem é indenizável e os rumos devem ser fixados de 
modo a causar o menor sacrifício possível 
 
Passagem de Cabos e Tubulações 
O vizinho é obrigado a tolerar que, sob seu imóvel passem 
cabos, tubulações, ou outros condutos subterrâneos desde 
que os vizinhos não tenham outro meio condutor ou quando 
for muito dispendiosa a sua realização, sem atravessar a 
propriedade vizinha 
É necessário, para que haja essa obrigatoriedade, que a coisa 
conduzida seja de utilidade pública, como água potável ou 
água servida e não de interesse exclusivo do vizinho 
Os tubos e condutos devem ser instalados em local que lhe 
cause menos prejuízo ao proprietário que sofre o incômodo. 
Cabe indenização pelo incômodo e pela desvalorização da 
área remanescente 
O proprietário do imóvel que sofre o incômodo pode exigir 
obras para manter a segurança e, caso queira mudar os 
tubos/canos de local, poderá fazê-los, mas arcará com os 
custos da obra 
Águas 
O proprietário ou possuidor do imóvel inferior (terreno de 
baixo) é obrigado a receber as águas das chuvas e nascentes, 
não podendo realizar obras que interrompem o seu curso. É 
defeso, também poluir tais água 
É lícita a construção de barragens, açudes ou outras obras 
para represamento da água, mas se houver vazamentos, 
responderá pelo prejuízo causado 
O proprietário ou possuidor tem direito de construir canais 
em prédio alheio para captação das águas indispensáveis 
para às primeiras necessidades da vida, desde que não cause 
prejuízo considerável à agricultura e à indústria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
Nosso conteúdo de Direito Civil sobre Direito das Coisas e Direitos Reais encerra aqui 
 
Esperamos que este eBook ajude em seus estudos. O objetivo desta didática é fazer com que o entendimento 
do mundo jurídico fique muito mais fácil e que seu aprendizado seja rápido 
 
Desta forma você estará acelerando o seu conhecimento, economizando um tempo valioso e se preparando 
para ser um excelente profissional 
 
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