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t l ! País Características do Veículo de eixos Eoas por eixo carga total por veíaulo Largura ãa Faixa 30 Japão T+ 1G 20 9 75 Suécia URSS Distrib . Uni f. âas cargas 1QO «3 3,0 3,0 Alemanha Ocidental -^ 60 1 20 3,0 USA ^ 3236 LlfA 3,0 Inglaterra 18G U5 3,0 -66- ClasaeB I e II Classe III 1.5O ^ ISO 1.5Q a 8 1.&O 8 . f" J Comprimento do contato das y&das com a pavimentação a - Direção transversal Classe I Classe II Classe III ffff'/ff/fft//f * THAZEIRA DIANTEIRA b - Diveção longitudinal Para todas aã classes de estradas Observa-se que 9 em todos o a casos, a are a ocupada pelo veículo ê: 3.00 x .6,00 = IBj -57- Portanto, a distribuição em planta das cargas móveis da NB6/60 sobre o tabuleiro da ponte 3 conforme os elementos indi- cados j terá a seguinte disposição: faixei 00 veiculo fig. ( 5 4 ) Essa disposição do conjunto de cargas movei e devera ser feita de modo a determinar a solicitação mais desfavorável po&_ eivei sobre o e l emento estrutural em estudo. Para &s&& /"^j a NB6/60 estabelece as seguintes condições: a - O veículo deve ser disposto segundo a direção longitu áinal da ponte, b - Para obter 09 efeitos mais desfavoráveis de vi do e à açao das cargas móveis ^ pó de-s e encostar a roda do Vôí_ Qulo no guarda-rodas. o - Não se deve considerar o peso do eixo ou roda que pro^ voque^ na disposição adotada como mais desfavorável* um alívio de solicitações no elemento estrutural em estudo. , d - Não se deve carregar com cargas moveis os pass&ios das pontes rodoviárias que apresentarem largura até 75cm e altura mínima de 25cm sobre a borda da pavimentação. O problema principal no estudo dos efeitos da ação das tfar gás moveis em elementos estruturais de uma ponte é representa- do pela determinação da distribuição transversal dessas cargas em relação ao elemento considerado. Proeu rã-s e j em síntese, da da uma determinada disposição em planta das cargas moveis so- bre o tabuleiro da ponte, determinar as reaçoes que as mesmas -55- provooam ao longo do ei&o do elemento estrutural em estudo . Hes_ aã distribuição* admite-se que as cargas moveis concentradas p ro_ duzaw reaçoes concentradas > enquanto que as cargas moveis dis- tribuídas também conduzam a reaçoes distribuídas. A solução do problema de distribuição transversal das cargas moveis ê parti- cularmente importante no caso do calculo das vigas principais de uma ponte de vigas (ou das nervuras 3 no caso de secções celu- lares) . Ao conjunto de reações no ÕÍXO dp aTLamenta eatwfcuyat e vidas oração das_cargas_ moveis ± conjunto ..... es s e,^^-£X8&d<L^Q gás concentradas e cargas distribuídas , dã-se o_j$j0me de ". O trem-tipo apresenta as seguintes propriedades importar^ tes : a -  disposição relativa das cargas que formam o trem-ti- pó ê invariável; em particular A as distancias entre as cargas concentradas s ao constantes . b - O trem-tipo poderá ocupar uma posição qualquer sobre o eixo do elemento estrutural em estudo 3 desde que seja conservada a posição relativa das cargas que o formam. A distribuição transversal para a determinação do trôm-ti~ pó relativo aos elementos principais da ponte (vigas principais ou nervuras) ê um problema de maior ou menor dificuldade 3 depen_ dendo do tipo de secção transtyers ai apresentado pela ponte . Ern particular^ no caso de ponte com tabuleiro formado por duas vi- gas principais 3 face â pequena resistência â torção da secção transversal^ p o de -s e admitir ^ com aproximação aceitável e a fa- vor da segurança^ no estudo da distribuição transversal* o ta- buleiro como simplesmente apoiado sobre as duas vigas principais ( fig • (55) ) .Á justificação deste procedimento foi indicada no item 6 . 12. 2. E xis tems todavia^ processos que j embora também aproximados permitem obter maior precisão nos resultados e que levam em eon_ ta a resistência ã torção dos elementos da secção aberta de duas vigas principais . Esses processos conduzem a linhas de influen- cia não lineares para as reaçoes de apoio das vigas principais _, para a obtenção da distribuição transversal das cargas . Obser- va-se 3 então j que , mesmo quando a carga concentrada se encontra no eixo de uma das vigas ^ ê provocada uma certa reação de apoio na outra vigaa isto ê j existe sempre a participação das duas vi_ -59- gás principais no equilíbrio da carga aplieada. Ri * P*? f i g. ( 5 5 ) Para as s e ecoes transversais usuais* a linha de influencia da reação de uma das vigas principais mostra que o valor da or- denada correspondente ao seu próprio eixo> em lugar do valor l j 00 que ocorre na distribuição linear, apresenta valores que variam de 0^70 a 0,809 aproximadamente, ( f i g * S J J J . fig. ( 5 6 ) -60- Um processo que conduz a resultados aceitáveis para u diõ_ tribuição transversal de cargas em tabuleiros de pontes com sec^ cão aberta e duas vigas principais e o proposto por Max Herzog* na revista "Strasse-Brtlcke-Tunne l "* de 1/70. No caso de secções abertas com mais de duas vigas * is to e* nas grelhas* o problema de distribuição transversal das cargas moveis e mais complexo* resultando sempre linhas de influencia de reaçoes de apoio não lineares (fig.(57)). Ha vários métodos ã disposição dos projetistas para a solução do problema no caso das grelhas* podendo-se citar os de Engesser-Courbon* Leonhardt* Guyon-Massonet* e outros* sendo o primeiro o mais indicado quan do se pretende apenas uma ordem dó grandeza dos valores * como no caso da elaboração de anteprojetos* e o ultimo o que conduz a resultados mais aceitáveis. Valores mais exatos para a distri_ buição transversal de cargas em* estruturas de grelhas podem ser obtidos com a utilização de processos mais sofisticados* como os computacionais. fig. (57) No caso de secções celulares * o p roblema da distribuição transversal das cargas moveis para obter as parcelas que atuam sobre as varias nervuras apresenta características diferentes das mencionadas para as secções transversais abertas, A &XÍQ- -61- tência da laje inferior nas secções celulares confere as mes- mas uma considerável resistência à torção* a qual devera ser considerada na solução do ré feri ao problema. As considerações fei tas para este tipo de secção no item 6.22.2 devem ser aplica- das na determinação do trem-tipo relativo a cada nervura da su pe ré strutura. Obtido o trem-tipo relativo a um elemento estrutural qual_ quer da superestrutura da ponte^ por exemplo^ para ima viga prin_ cipal ou nervura, em que estão representadas as reações provo- cadas no eixo desse elemento pelas cargas moveis concentradas e distribuídas j convenientemente dispostas sobre o tabuleiro da ponte j de modo que as referidas reações apresentam valores mã~ ximos ou mínimos A conforme o caso^ a determinação dos esforços solicitantes nas secções previamente escolhidas no elemento es_ trutural serã feita com o emprego das linhas de influencia res^ pectivas. Essas secções devem ser as mesmas j ã adotaâas no es- tudo da ação das cargas permanentes e utilizadas no respectivo esquema para o traçado das linhas de estado. O traçado dessas linhas de influencia ê simples no caso de estruturas isostãti- cãs j quando serão formadas por segmentos de rétas j pava estru- turas hiperestãticaSj esse traçado torna-s e mais complexo 3 prin_ cipalmente quando o elem&nto estrutural em exame apresenta inêr cia variável. Sendo o trem-tipo usualmente constituído por um conjunto de cargas fictícia concentradas e uniformemente distribui das3 a sua colocação sobre as linhas de influencia no calculo dos esforços solicitantes deve ser feita de modo a obter valores máximos e mínimos correspondentes. Para esse fim> uma das car- gas concentradas j a de maior valor quando forem diferentes > cte vera ser colocada em correspondênciaa ordenada máxima da linha de influencia* para o calculo de máximo, e em correspondência ã ordenada mínima (valor algébrico) para o cálculo do mínimo ^ nos casos em que seja possível a determinação de valores extre_ mós de sinais contrários. O trem-tipo relativo a uma viga principal da ponte e cor- respondente â ação das cargas moveis da NB6/60 apresenta o se- guinte esquema na sua disposição longitudinal (fig.58)): ~"0 L 1,50f * .} I l l I l II L '.SÓ | 15O 1 . i ii 1BO J- x.r ^ f TT tnTT" i m . (58) Apresenta^ portanto, três tipos ãe cargas : P = aargae aonaent radas 3 correspondentes aos eixos do veiculo . rn~ - multidão ao lado do veículo. m0 - multidão na frente e atrás do veículo.& Segundo a NB6/60 - ArtÇ 7 - para vigas principais com SL>3Qm e possível t como simplificação e sem alterar sensivelmente os resultados* substituir as cargas concentradas correspondentes ao peso dos eixos do veículo por carga uniformemente distribui^ da na ar? a ocupada pelo mesmo: g_p_ ^y 28^00 6,00 , /t/m em que; p ~ carga uniformemente distribuída* devida ao peso do veículo * p A - 3,00 x 6>QO - 18,00m - ãrea ooupada pelo veículo. P = peso de um eixo do veículo Por exemplo^ para a classe Is tem-se: 7 ? n o Pp - —á = 2yOO t/m (não incluido o efeito do impacto) V 6,00 Portanto, para St, >. 3Qm, o trem-tipo poderá apresentar a se- guinte disposição longitudinal (fig. 59)): -63- GOO rr>2 em que m$ é a carga uniformemente distribuída resultante da soma da carga m^ do trem-tipo anterior com a distribuição transversal de pv . Para vigas principais com & _> 30m pode-se ^ também, fazer uso do chamado "trem-tipo simplificado "j para o qual são consiãe^ radas duas alternativas. a - Utilização de três cargas concentradas P^ e de uma úni- ca carga uniformemente distribuída m (f^g* (00)): l , 450 l ! P , ISO 1 1 P í , iso L t 1 D 150 r | | *. PI PI USO L 150 } pi r . (60) em que A = 6,00 fm m - mJ b - Utilização de uma só oarga concentrada P0 e de uma ca r ga uniformemente distribui da m9 (fig* (61)): -64- P P p *t \- ,130 / 1 ,150| . I I 1 1 1 1 Ml r15O > r l! 1 1 r15O r* I I I l l í em que: fig. (61) àm = 6,00 (m - 3P - Am Admite-se que^ paira vigas principais com H >. SQrrij o emprego do trem-tipo real ou das duas simplificações indicadas conduz a _, no calculo de es fo TC o s solicitantes através das linhas de in- fluencia, a valores aproximadamente iguais. 7.1.2*2 - Pontes Ferroviárias No Brasil j as cargas moveis para pontes ferroviárias são es_ t abei e d das pela NB 7/43. Esta norma* j ã inteiramente obsoleta^ admite que3 qualquer aue seja o tipo de ponte ferroviária* as cargas móveis sejam representadas por duas locomotivas acopla- das y seguidas por uma carga uniformemente distribui da* que re- presenta o peso dos vagões carregados. A disposição geométrica longitudinal desse trem> representada pelas distancias entre ei_ xos das locomotivas ê> também* a mesma para todas as pontes fer roviárias (fig. (62)). P ^ ( i 2 F i C 1 1 240 '1 F ) ( 1 15O =>1 í )C l \0 »J )( ' 1 150 31 F ) ( 1 27O >3 F ) { i 150 '3 F ) ( • ^ 160 >3 F ) ( 1 i 1EO « F 5 ^ (J r - i , 24O * P ) ( \O 1 F ) ( ' i 150 31 'J ^ 1 1 -1EO '1 ) r ' \O =»1 F ) ( 1 1 S70 9 F ) ( 1 ISO 3 F ) ( < r«£P 3 P3 ^ C) r i ' 160. 150 r*III1I III fig. (62) -65- Para efeito de calculo^ a NB7/43 subdivide as cargas mo- veis ferroviárias em dois grupos, um relativo â bitola de l,60m e o outro referente à bitola de l^OOm e designa os diferentes conjuntos de cargas pé Ia sigla TB> conforme o quadro abaixoA em que: TB 32Ipara pontes em linhas tronco TB 20) v, TB 27\para linhas subsidiarias* ramais3 e te. TB 16\ 1,60 2 ,00 Tipo TB 32 TB 27 TB 20 TB 26 cargas concentradas (ton) P2 32 27 20 16 P2 16 14 10 8 P3 21 18 15 11 cargas distribuídas (t /m) P 10 9 6 5 Observa-se, então3 que as duas locomotivas^ em qualquer c<z tegoria de ferrovia* segundo a NB 7/4 3, ocupam^ ate o início da carga distribui da p dos vagões> um comprimento de: Ã, - 3 x 2,40 -f- 11 x 1,50 + 2 x 2,70 + 2 x 1^80 £ - 32> ?0m e o seu peso total ê: bitoIa l360m TB 32; P =2*(16+4*32+4x21) - 2*228 - 456ton TB 27: PT=2x(14+4x27+4xl8) - 2*194 - 388ton TB 20: P =2x(10+4x20+4xl5) = 2*150 - SOÔton bitola l,00m< i TB 16: Py-S^f 8+4*16+4*11) ~ 2*216 = 232ton Considerando que as cargas ferroviárias apresentadas pela NB 7/43 se referem a locomotivas à vapor, praticamente em desu- 80> uma vês aue as ferrovias atuais utilizam locomotivas ele- tricas e diesela com distribuição de eixos e de cargas diferen te s das indicadas, a Engefer -(Empresa de Engenharia Ferrovia- S.A) indicou como tr&m-tipo > para o pró j e to das pontes da chamaâa ''Ferrovia do Aço", ligando Belo Horizonte a São Paulo» com um ramal para Volta Redonda^ o seguinte esquema de cargas > correspondente â bitola de 2360m (fig.(63): ' ^ p , 160 1 ' i P f r \ , 16O r p , 160 J 1 \ , 16O r \ x / £ ^ C 3 ( 3 £ i«5r ^ C ^ wí » Ç =* H - voqões vagões desoarreg, carreg. -yCVAR.^ t ^CVAR.) tj- | L ,,.. ,1 1mui ! lllll -i .J — _ P- 5G tcxi t/rn t/m fig. (62) o peso da locomotiva é9 portanto: P. - 5 x 36 - I#0í Pai»a u-ías de itinerário internacional * a UIC (Union Internationale dês Chemins de Fer) estabeleceu o seguintetrem- -tipo para o projeto de pontes ferroviárias (fig* (64)): w ^ 1 ^ L 60 > l P , 16O } P ? ^ P ' ^ p , eo J 7 ' --— i~Lrv\ :.I....L ' = 80KKI P^ 25O KN /iff. (64) Sendo IKg = 10 Newtons^ tem-se: P - 250 KN = 25 ton p = 80 KN/m = B t/m e o peso da locomotiva é: p = 4 x 25 = 100 ton Este trem-tipo é utilizado principalmente na Europa e atualmente^ em certos p ais es da A f rica3 como a Nigéria^ por exemplo, -07- De vê-s e esclarecer que ^ em todos os casos indicados 9 os f A valores referidos são relativos às oarg^S^/Se calculo serão3 em consequência: Pd = V** em que y* ê o coeficiente de segurança parcial (coeficiente de majoração das cargas), com valores: NB2/76 - Y f - 2 ,4 CEB/72 - y = 1,5 A aplicação de trens-tipo com grande número de cargas con- centradas , como são oe relativos ao calculo de pontes ferroviá- rias , em linhas de influência para a determinação de valores ex_ tremo s de esforços solicitantes em secções previamente escolhi- das de elementos estruturais, é um problema de solução geralmen^ trabalhosa^ em virtude das diversas tentativas que devem ser feitas. No caso de vigas isostãticas^ em que as linhas de in- fluência são constituídas por treohos de reta> esse problema p£ de ser simplificado com o emprego do teorema de Steinmann. Seja ÂB uma viga isostãtiea* ãe vão ^ * 3 uma secção S_ qualquer da mesma, definida pelas suas distancias a e b_ aos apoios. Supondo traçado a linha de influencia de um esforço so- licitante E (momento flê to r^ por exemplo), relativa a essa sec- ção S, carrega-se a viga com o trem-tipo formado por um dado wií mero de cargas concentradas P^ e colocadas com uma certa dispo- sição sobre a viga. Para obter um extremo do esforço E* uma das cargas concentradas P deve ficar em correspondência ã ordenada 3 máxima r\ da linha de influencia e sob a secção S (fig* (65)): Sejam, também: P^ = carga qualquer â esquerda de S, à qual corresponde a ordenada r\. da L* J. P, - carga qualquer à direita de S, à qual corresponde a ordenada n. e *•£ P. =• soma das cargas a esquerda de S £ P. - soma das cargas ã direita de S A carga Pse rã admitida como subdividida e m duas p arce Ias -68- e d e P j de valores arbitrários j e inclui das ^ respeotivamôn- B te nas somas £P. ô E P . . E P. -f EP . - P será a soma de todas as cargas situadas so-& ^ j. bre a viga AB. Evidentemente, P esta ineluida em P_, 3 4 Para a posição indicada do trem-tipo (fig.65) obtém-ôé; E = E p. ( 2 ) em que se acha incluída a parcela P TI 3 em virtude das considera s s coes feitas. Com efeito, em IP^n- tem-se a parcela P er\ ô em _ d d Be a parcela P^ n , ou seja* em (1) tem-se;s s pae"a + p d" = (P e + P d) r} = P n3 3 8 8 S S 8 S 8 Se a posição adotada para t> tvem-tipo corresponde a um extre_ mo da função E3 vem: dE dx = E Pe dr\i•^•*—**É*^ dx .e E P = í? Supondo-se que ao trem-tipo seja dado um deslocamento elemen tar d x > Qt a fig. (65) mostra que: -69- j d (é) dx a dx O ôinal negativo na expressão (4) resulta de serem dx de sinais contrários . Substituindo (S) e (4) em (2) : ~ - E P . d -^- = O a i ou seja; a a a + b e j portanto: £P P a ' ~^~ Supondo, em seguida^ que a parcela P3 da carga PQ retirada da somatória % P^e ., isto e > designando por ^P-íe a somatória das cargas situadas â esquerda da secção 53 ou se- Já: £ p4-e - K p.e - p e ^^ £r^ rs s substituindo, em ( 5 ) t L P . e por SPv e j ob têm-se: P - P < - ^e^ ao contrario j ã somatória $ P i da expressão , for acrescentada a parcela PQ , isto ô j substituindo ^ P.& por t P^e + P nessa expressão, vem: e + p + a í, j4s desigualdades (6) e (?) representam o teorema às Steinmann e devem ser simultaneamente satisfeitas para que a posição ado_ taãa para o trem-tipo em relação ã linha de influencia corres- ponda a ura extremo do esforço solicitante E. A sua utilização ê feita através de tentativas> correspondentes a varias posi- coes do trem-tipo sobre a viga & empregando-se ^ para casa posi^ cãoj as expressões (6) e ( 7 ) j ate que ambas sejam satisfeitas; o numero de tentativas a empregar ê_, geralmentey pequeno. De vê-s e observar que, na variação de posição do trem-ti- po > não deverão sair ou entrar oargas sobre a viga, isto é, o valor Py deve permanecer constante. Exemplo de aplicação Determinar a posição do trem-tipo indicado* para a qual se obtêm momento fletor máximo na secção S da viga AB. (66) . Dados: H - 40m a = 15m b = 25m P = lOton Trem-tipo: P ^ , 200 í r ^ 200 I j \ lf \ f1 \ F 200 1 ' r_ A L a S F b l Si \ tentativa (fig.6?)): fíg. (66) ?=40 fig. (67) -71- . = 20 ton P =10 ton s PT = 6 x 10 = 60 ton Desigualdade (6) : T a ou 10 15 Desigualdade (?) : ou 40 ou 0,6? (satisfaz) 10 + 10 60 ou Ij33>l35 (não satisfaz) 2a. tentativa Cfig. (68)). £=40 SP. = 20 ton Desigualdade (6) : a ou ou £ > _! a fig.(68) 20 < 60 15 40 Desigualdade (7) : £P.e + P ^ (satisfaz) 20 + 10 ^ 60 40 ou 2,00 > 1,5 (satisfaz) -72- PortantOj a posição do trem-tipo que corresponde a maxMQ ê a da 2a. tentativa. O calculo de max M será obtido através de: 8 max M - £P , n . a ^ i, em que r\. é a ordenada da linha de influencia correspondente à carga concentrada P..i> Observação: Para o cálculo de momentos f lê to ré s em estruturas i sós ta ticas e relativos a trens-tipo constituídos por um grande núme_ ro de cargas concentradas, como I3 por exemplo^ o caso de car- gas moveis ferroviárias j pode-se também citar o teorema de Bar ré a o qual permite o calculo do momento f lê to r máximo que ocor^ ré sob uma determinada carga do trem-tipo. Segundo esse te ore- ma3 o momento fletor máximo sob uma certa carga do trem-tipo se verifica * quando a secção central da viga se encontra a meia distancia entre a carga considerada e a resultante de todas as cargas situadas sobre a viga (fig. (69)), \e7 U í r x s f , J 0 J. Q 4 * 1 %k ' J F f ^ r , 1 r j R / > /í0r. r^s; P. - carga considerada R - resultante das cargas sobre a viga AB 7.1.2.3 - Coeficiente de Impacto As cargas moveis são utilizadas, nos cálculos3 através das linhas de influencia^ como se fossem estáticas. O seu efeito di- nâmico* decorrente do fato de serem cargas móveis, s e rã levado em conta por meio de um coeficiente de majoração> que se denomi- na "coeficiente de impacto vertical1' ou simplesmente "coeficien- -73- te de impacto11. Varias são as causas que tornam a agao das car_ gás moveis mais intonsa do que se fossem estáticas, a saber: a - Irregularidade s da superfície de rolamento, b - Deformações da estrutura (Efeito Zimmermann) o - Desequilíbrio de massas em movimento (excêntri- cos de locomotivas, por exemplo). d - Molejo dos veículos e - Oscilações próprias dos veículos Sendo, então, _> 1,00 o coeficiente de impacto, uma carga movei de intensidade P será utilizada nos cálculos como uma carga estática de valor P. O valor do coeficiente ê normalmente, estabelecido por normas estruturais nos vários p ais es. No Brasil, a NB/61 - Ar19 7, especifica para o coeficiente de impacto às seguintes expressões, no caso de pontes de concreto: a - Pontes rodoviárias (D = 1,4 - 0,00? £_> 1,00 ( l &m metros) O comprimento £ deve ser tomado com um dos seguintes valores; a.l - Igual ao comprimento do tramo, em estruturas isostãticas ou semelhantemente apoiadas (fig. (70)): 4 £ JL > *^= 1*4 - 0,0071 '" - 1,4 - 0,007 (2 ^ ' " ' — = 134 - 0,007- 12 Vp .j = 234 -0,00? t 2 -1,4 -0,00? (2 1 fig. (70) -74- a. 2 - Igual ao dobro do comprimento dos t ramo s em balan_ ço (fig. (?D); 2 A>. - 1>4 - 0,007 (28, ) fig. (71) a.3 - Igual ao .comprimento dos tramos^ em vigas contínuas No oaso em que o comprimento do tramo menor fory no mínimo 3 03 70 do comprimento do tramo maior, ê permitido utilizar um único coe_ f i ciente de impacto para toda a viga., tomando-se para a média aritmética dos comprimentos de todos os t ramos (fig . (72) : t li t &Z. t t> í 1. ' b (D 1 = 1,4 - 0,00? jt - 1,4 - 0,00? & , etc. fig Se H . > 0,70 Q , usa-se; Si = ~^— min ' * xv- rnax* n n i=l e (O - 1,4 - V,OQ7 H > 1,00 b - Pontes ferroviárias - 0,001 (2600 -60 fc + 2>2S l) >y 1,20 fjl em metros)(D Nesta e xp ré s s ao j ^ pode as s umi r um do s vá l o ré s j ã indi ca_ dos para o oaso de pontes rodoviárias . Para pontes rodoviárias metálicas _, a Norma Brasileira NB14/71, relativa ao pró j e to e calculo de estruturas metálicas, não indica qualquer valor ou expressão para o coeficiente de im- pacto . Por vezes, nesse caso, faz-se emprego da fórmula da AASHTO -75- (Normas Americanas}* a saber: 50 em 125 + H Assumindo l pé = 30cm, a formula se transforma em (p-- l + 125 + -^ ou (D = l + — g p ' g + fl- Q e™ metros) Por exemplo* para uma ponte rodoviária, com superestrutu_ rã de aço * vão & = 22,èm> o coeficiente de impacto serã: - 2,250 37^5 -f- 22,5 O coeficiente de impacto deve diminuir a medida que aumen- ta a massa da estrutura da ponte, pois cresce simultaneamente a sua capacidade de absorver os efeitos dinâmicos das cargas moveis. Este fato está considerado3 implicitamente^ nas varias formulas indicadas^ nas quais se observa que o coeficiente diminue a me- di da que aumenta o valor de &_ j quando cresce ^ tambem^ a massa da estrutura da obra. Em particular, no caso de pontes rodoviárias de concreto > a a fórmula da NB2/61 mostra que o valor limite do comprimento *•_ pa- ra efeito de consideração do coeficiente de impacto s e rã dado por: • 1,4 - Oy007 & =1,00 ou & = 5 ?m De acordo com a NB2/6l - ArtQ 7 j não 6 e rã considerado o coeficiente de impacto3 isto ê 3 as s ume-s e - lyOOy nos seguintes casos; a - Para cargas si tua das nos passeios das pontes rodoviárias . b - No calculo da pressão sobre o solo c- No cálculo de encontros & pilares maciços de concreto simples ou alvenaria e respectivas fundações profundas d - Na transformação da carga movei para efeito de calcu- lo do empuxo de Ler r a . -76- Exemplo de Calculo Determinar o trem-tipo para o aãlaulo da ação das cargas moveis nas vigas principais da ponte rodoviária de oonareto ar mado, classe 36 - NB6/60, cuja secção acha-se indicada na fig. (73). A estrutura principal é constitui da por vigas simplesmen^ te apoiadas, com balanços laterais, conforme mostra a mesma fig- (73). Calcular os momentos fletores mãximo e mínimo nas secções de apoio A e central C sob a ação das cargas moveis. L CU 5.00 j 1 1 L t^e>,ao j -- • - -•••• - • • • ' À i é . 0^5,00 Lf i ( ern mctroí Secção Transversal fig.(73) a - Preparo do trem-tipo Coeficiente de impacto: - 2^4 - 0 ,007 £ balanços : (D -, ~ la 4 tramo central: \) =1,4 Q,007 (2^5,00) 0,007 x 15,00 = 2,330 = 2,274 ^ § lí* Cv ""? rf m t ^©__ Balanços: Rodas ^P = 2 ,330 x 6,00 = 7,980 ton Multidão I p - 2,330 x 0,500 = 0,665 t/m' ] p' = 1,330 x 0,300 = 0,399 " Trecho Central: Podas P = 2,274*6,00 = 7,644 ton Multidão \ = 2,274*0,500 =0,637 t/m' \1 = 2,274x0, 300 = O, 382 t/m -77 - DistrÍL>uiç'ão Trans versai ( fig. ( 74 ) fig. (74) Para a dis tribu-içao transversal aoima coloco u -s & a roda do veículo encostada no guarda-rodas (fig. (75)): Obtêm—se: Podas P fig. (75) (1,129 + 0,796) P = 1,925 P -78- Aplicando: balanços: P = 2,926 x 7,980 = 25,362 ton trecho central: P = 1,925 x 7,644 = 14,715 ton Multidão ao lado do veículo; m, = 4 (1,342 + 2,213) x 0,775 p'j. & (0,723 x 4,275) p' 0,990 p' 2,524 p' Aplicando: balanços: m^ - 0,990 x 0,300 = 0,297 t/m 1,524 x O,399 = 0,608 " 0,905 t/m trecho central: m = 0,990 x 0>$00 = 0,297 t/m 1,524 x 0,382 = 0^582 " 0,879 t/m na frente e atras do veículo m = (1,213 + 0,713) x 3, 0 O p = 2,889p ÍJ £j m- - ml 2, Aplicando : balanço: m^ - 2.889*0,665+0,905 = 2,826 t/m trecho GentraZ:m2 = 2,889*0,637+0,879 = 2,719 " Disposição Longi tudinal ( fig ' • ( 76 ) ) 1 .!..! L rn<2. s t TRECHO CENT 2.--.L 1 ^ ,_ 150 f i 1 II MM 1 1 k l ! RAL_ "™ ^ 1 1 1 1 P- 14,71 b t f 150 • v ' \ T r ^50 i i ii™ - 0,906 V n P £_ 15C 1 v T 150 ' lI__. ín P ^ J II m2 » 2,71<5 Vm rn-i * o,&79 Vm ...i : m 7. * 2,e>í £ m z =^ . (76) -79- b - Momento fletor na secção de apoio A Utiliza-se a linha de influencia do momento fie to r em A ff'C*j. ( ??) ) e o trern-tipo relativo aos balanços. fig. (7?) ~ - 15,362 * ( 5,000 + 3,500 + 2,000) - - 161,201 tm - 11,199 tm - O, 353 tm 0,905 4 (5*000 + 0,500) 4,500 = £J - 2,826 4 (0,500 0,50) c - Momentos f lê t ove s na secção central C - 172, 853 tm Utiliza-se a linha de influência do momento flê to r em C (fig. (78)) e o tvem-tipo correspondente ao trecho central. fig. (78) -80- tâãximo = 14 , 715 C4,500 -f- 2 x 3, 750) - 276,580 tm 0,879 (4,500 + S, 00) 3,00 = 19,778 " "2,710 | (3,000 x 6,00) = 48.942 245,300 Mínimo ~ ^4,715 (2,500+1,750+1,000) = - ??,264 tm - tf,^ | (2,500+0,250) 4,50 = - 5,439 " - 2,719 | (0,250 x 0,50) = - 0,170 " 82.863 tm 7.2 - Esforços Secundários São também designados como esforços adicionai Q ou aciden- tais . Ao contrário dos esforços principais, os esforços G&eun_ dários não são, necessariamente, considerados no estudo e pro_ jeto de toda e qualquer ponte. São esforços levados em eonta* principalmente3 no calculo dos elementos da infraestrutura das pontes. Os valores dos esforços secundários são, também, estabele^ ddoQ em normas estruturais, e são variáveis de um pa-ts p.ara outro. No Brasil, em sua quase totalidade, esses valores são dados pela NBt/Cl, atualmente em fase dá revisão por uma eo~ missão especial da .4S#21.£/CÒIL~'~?ÍÔ"? ) Os principais tipos de esforços secundários, ou as suas causas, são os seguintes: 7.2.1 - Frenagem ou aceleração 7.2.2 - Variação de temperatura 7.2.3 - Petraçao do Concreto 7.2.4 - Deformação lenta do concreto 7.2.5 - Vento 7.2.6 - Impacto Lateral 7.2.7 - Força Centrífuga 7.2.8 - Atrito nos apoios 7.2.9 - Recalque dos apoios 7.2.10 - Empuxo de terra e de agua -ÔJt - 7.2.11 - Força no guarãa-corpo 7.2.12 - Força no guarda-rodas 7.2.13 - Força de pretensão 7.2.14 - Inércia das massas em movimento 7.2.15 - Neve São j a seguir j ãsscritas as principais caracterís ti cãs sés esforços3 e a forma de serem considerados no 3 cálculos > 7.2.1 - Frenagem ou Aceleração Um veículo em movimento j ao ser frenado sobre uma ponte> atra_ vês do atrito com a superfície da pavimentação* ou oom os trilhos^ transmite à es trutura um esforço horizontal* na direçâo do movimen^ to 3 es forço denominado nfrenagem" e que deve ser levado em conta no cálculo dos elementos da ponte, principalmente nos que formam a sua infraestrutura. No caso da "acelê ração"j o movimento3 ãe velo- cidade crescente sobre a ponte 9 também s õ ê possível pelo atrito das rodas do veículo com a superfície da pavimentação ou com os trilhos^ transmitindo um es forço horizontal na direçao do movimento, mas de sentido contrãrio ao de f ré nagê m. Para o es forço de frenagem ou aceleração^ a NB 2/61 - Art9 9 estabelece os seguintes valores: a - Pontes rodoviárias Para a frenagem ou aceleração > o mais dês f avo r ave l Io s sõ$iá"ft_ te s valores deve ser as sumido: a. l - 30% do peso do ve€culo-tipo a.2 - 5% da carga movei uniformemente distribuidas sem car- regar os passeios da ponte. O es forço deve ser conside pado como longitudinal3 sem impac- to > aplicado na superfície de rolamento. b - Pontes ferroviárias Deve ser a do t a do o mais dês favo rave l dos valores seguintes: b.7 - Frenagem: JE5% da carga move l situada sobre a ponte. b. 2 - Aceleração %5% do peso dos eixos motores do trem-tipo. CO Oi l co ç*. a s- § a c^» a • ti o %j cf ^o to v ^ O a^ fxto o & õ rJ 3 O o to §• ? a§ a 8- to c4. H o 03 ÍX eu » a ^á ti a o cf O to co Sj 03 ^ i-j S 3 a aiCQ O *á Q «O cf O CO S O §• " O 1» a t$ to C l^ CO ^*. H Q» O a * Cu O Ci o> o s cf Co «*• a] o a ^o a^ o o s «Cl < ( ( < ( { ( ( ( -83- p' = 0>300 t/m p = 0,500 " j> - 250 m B = 0,05 (0,500 x 3,00 -h 0,300 x 2*50 x 2) x 250,00 Cl # = 22,50 ton& Prevalece o valor ff0 - 22,50 ton, que devera ser distribui^ & processo conveniente, pelos elementos da infraes trutura da ponte . 7 . 2 . 2 - Variação de temperatura Um corpo qualquer, sujeito a uma variação uniforme de tempe_ ratura ht, apresenta acréscimos em suas dimensões. Em particular, no caso de uma barra prismática, de comprimento inicial Si ( 80 ) ) , tem-se uma ai latação àH desse comprimento , tal que : Aí, - > g t y ± fig. (80) 4 em que: a - coeficiente de ai latação linear, característico do rnate_ ri ai de que é f o rm a da a barra. Se a dilatação A à puder se realizar sem impedimentos, a va- riação de temperatura Afi , não provoca na barra o aparecimento de tensões. Porém, se essa dilatação for impedida em virtude de vín- culos que sujeitam a barra, surgem tensões nesta última e que de- verão ser levadas em conta no seu dimensionamento, se fizer par- te de uma estrutura qualquer. Supondo, por exempIo, que a b arra p ri s ma t i ca, de secção A e modulo de elasticidade E, é bi-engastada (fig.(82), para de termi- nar as tensões normais que a solicitam em consequência de uma va- riação uniforme de temperatura A t > O, p o de-s e supor uma das suas -84- extremidade livre e determinar a dilatação A& 3 pela formula (1) . A força normal N paraanular essa deformação A& será igual a que o enga&tamento exerce ^ realmentef sobre a barra* \ r /~AS JLo /l 'í < f Alj 1K B |B' Io ud -r 1 fig. (81) .Dentro dos limite Q de proporcionalidade > aplicando a de Hookef vem: Afc = o EA Igualando (1) e (2) : ( 2 ) o EA Portanto: L e mb ran do q ue: obtém-se: l « . A t e - a . A f .„ Ç- = Eaàt (S) O - -t E r e =" deformação especifica) ( 4 ) Esta expressão ( 4 ) ê de muita aplicação quando se faz o eo_ tudo aos efeitos dó uma variação uniformo de temperatura A t em uma ponte de vigas^ para a determinação aos esforços que> sm GOQ sequência* surgem nos elementos da sua infraestrutura. Para a consideração da variação de temperatura em estrutu- ras 3 a NB2/61 - item 21, determina que deve ser obedecido o item 6 da NB 1/60; atualmente^ este item foi substitui do pelo item 3.1.1.4 da NB1/76, no qual tem-se: - o coeficiente de dilatação térmica do concreto ê conside_ rado igual a 10~è °C~2. - a Variação de : : mp e rã t ura deve rã ser cons i de rada e n t r ô + 10 e +15 C; ,:-.n torno da media. Para peças maciças ou ocas coin espaços vasios inteiramente fechados 3 ou j a me- nor dimensão seja maior que ?0cm3 admitir-se-ã que es- — . o sã oscilação seja reduzida respectivamente para +_5 e o •«* +^10 C; para as peças suja menor dimensão esteja entre 50cm e 70cm será feita interpolação linear entre aque- les valores e estes . Em peças permanentemente envo_£&Ld&&~ -pruv .t^jsjf-o- o u água e em e di f Í aios que não tenham^ em planta , dimensão não interrompi da por junta de di latação maior que 30 me_ tros j s e rã dispensado o calculo da influencia da varia- ção de temperatura . 7 . 2 . 3 - Re t ração do Concreto A ré traçao consis te em uma diminuição das dimensões da p^ ca de concreto no decorrer do tempo > quando o seu endurecimen- to se verifica ao ar li v ré . Esse fenómeno ocorre m&smo quando a peça se acha descarregada e a explicação geralmente aceita para o mesmo e a dada por Freyssinetj na sua "teoria termodina_ mica" j es tabelecida a partir de minuciosas observações que e fe_ tuoUj no inicio deste século s em numerosas pontes de concreto ^ principalmente em arco , por ele construídas. De acordo com es- sa teoria ,, a ré t ração ê causada pelas tensões de compressão i n ternas na massa de concreto e originadas pela variação de ten- sões capi lares da agua existente na rede de grande número de canais formada nessa mesma massa e que torna o concreto um pseu- do- s o lido . A ré t ração ê mais acentuada nos primeiros dias âe 0n dure cimento do concreto^ diminuindo progressivamente com o tem pó. A consideração aos e feitos da ré traçao em pontes de con- creto ê feita na NB2/62-item 12^ onde se determina que são va- lidas as especificações da HB1/60 - item 7. A nova NB1/76 item 3. l . l . 5 _, estabelece > sobre a ré traçao j que nas peças de concreto armado a de formação específica serãj nos casos corren_ te s j assumida como igual a 15 x20~ _, o que significa serem os seus efeitos equivalentes a uma que da de temperatura de 15° C . Nas peças de cone ré to pró tendido 3 os e fei tos da ré traçao são muito importantes e devem ser de terminados com o maior ri- -83- gor possível^ uma vez que a retração ê uma das importantes cau- sas de queda do valor da força de pretensão. Para o calculo âes_ sés efeitos pode-se ^ por exemplo3 nas peças de concreto proten^ dião3 observar as determinações da P-NB116. 7.2,4 - Deformação lenta do Concreto  exemplo da ré t ração> a deformação lenta do concreto tam- bém provoca uma diminui ç ao das dimensões das pé ç as de concré to no decorrer do tempo. Todavia, a deformação lenta e causada p£_ Ia aplicação continuada de forças de compressão na peça de tíon creto, A teoria termodinâmica de Freyssinet tem sidoà geralmen te j aceita como a que melhor explica o fenómeno da deformação lenta. Também 3 a deformação lenta s ô verifica com maior rapidez nos primeiros dias apôs a aplicação das cargas ao concreto , di_ minuindo 3 a seguir^ progressivamente com o tempo. Õ seu compor_ tamento3 em função do tempo 9 verifica-se * aproximadamente3 se- gundo a curva indicada na fig. (82). Admite-se que* depois do transcurso de 2 a S anos após a aplicação da cargaj o fenómeno da deformação lenta torna-se desprezível. fig. ( 8 2 ) e - deformação lenta e - 2e - J6 A.QO e . = deformação imediata A NB 2/6 2 - item 23> de termina que > para a consideração da deformação lenta> devem ser observadas as especificações da NB2/60 - item 8. A NB2/76 estabelece que os efeitos do fenome^ no devem ser estabelecidos a partir das determinaçes da P-NB116> -87- uma vez que > embora relativamente importante para o oaso do concreto armado > a deformação lenta â&ve ser obrigatoriamente considerada no calculo de peças de concreto pró tendi do3 uma vê z que ê uma das mais importantes causas de queda da força de protensao . 7. 2. 5 - Vento As pontes são estruturas situadas j na quase totalidade j em lugares abertos j sujeitas3 portanto3 à ação do vento. Em consequência^ no calculo da estrutura da ponte e^ principal- mente, no dos elementos da sua infraestrutura, a ação do ven- to deve ser devidamente considerada. São conhecidos diversos exempIo s de desastres de graves consequências em pontes3 cau- sados pela não consideração corré t a da ação do vento. Entre eles pó de-s e citar3 como caso clássico, o da ponte de Tacoma- Narrows3 nos E.U.A 9 ocorrido em 7-11-19 40. Em pontes de concreto, a pressão devida ao vento tem va- lores especificados no item 14 da NB2/62. Segunda essa norma, a pressão do vento sobre a ponte de v ô ser considerada como agindo horizontalmente, na direção normal ao seu eixo9 com os seguintes valores: a ~ Ponte descarregada p =150 Kg/m^j agindo sobre a superfície corr&sponden te a projeção da &&t ru t ura Qra um plano no rma l a di re^ çao do vento. b - Ponte carregada 2 -*p - 100 Kg/m , em pontes rodoviárias e ferroviárias. 2 PV ~ 70 Kg/m 3 em passarelas, No a as o de ponte carregada, a superfície da projeção da estrutura sobre um plano normal à direção do vento deve ser acrescida de uma faixa limitada superiormente por uma linha pá rale l a ao tabuleiro, com as seguintes alturas: - pontes fé rroviárias: 3j60m acima do topo dos trilhos (fig. (83)): -88- 7777 adicional ///> "V* ""tf - l* ///s • * « • • "" . , estruturo \ \ x \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ h/ topo dos _Ltnlhos fig.(83) pontes rodoviárias: 2 a Q Q m da superfície de rolamento (fig. (84)). fig.(84) - passarelas: l, 70m do piso (fig. (85}). . C85) A NB2/62 - item 14 es tabeleee^ ainda^ que no oaeo de pon tes expostas a ventos especialmente violentos^ poderão ser ado t a do s valores maiores da pressão do v&nto que os indicados aci maj de acordo com as caracteres ti cãs locais. No estudo da ação do vento sobre estruturas de pontes não e3 normalmente_, levada em conta a sucção. No caso de pontes de vigas com" tabuleiro apresentando lajes em balanço de grandes -89- prop arções 3 a mudança de direção da corrente de ar apôs sua incidência com a superfície lateral vertical da estrutura* pode provocar uma ação considerável, na direção vertical* sobre aquelas lajes j dando origem a um momento de torção na superestrutura* que deve ser devi darnente considerado. (fig. (86) ) . A determinação da r&sultante vêrtical Rs * de sentido ascendeu v ~*" te* não ê simples* dêpen de n do de vários fatores^ entre os quais, o estado da supe r f-Z cio de inci den_ cia vertical onde age a résultante h o ri Contai \u* bem como da conformafl ~~ ç ao geomé t ri ca do s vários elementos da es trutura atingi dos pelo vento. Po de-s e ^ por exemplo * assumir: s i 2 p r> — n — — J -TI RH Exemple de apli cação De terminar a ação do vento s obre a estrutura da ponte ro-doviária indicada na fig- (87) . Secção Longitudinal fig. (8?) "ST <N 8 ^ k 'j o ^, 100 £ \o L'tí! T*"' 1? / 1% 100""?] 0 > ,5 8 * •225 it eoo + Secção Transversai -90- a - Ponte descarregada pv = 0,150t/m2 A2 = (2,00 + 0,25) x 160,00 = 360,00 m2 FV = PVÁi ~ °*150 x 360,00 - 54,00 ton b - Ponte carregada = (2,00 + 0,10 + 2,00) x 160,00 = 656,00 m' 00 - 86 * 60 ton trilho / As forças F y- e Fv? , em cada caso de carga da estrutura* deverão ser convenientemente distribuídas entre os elementos da infraestrutura, através da utilização de processos apropriados. 7.2,6 - Impacto lateral O impacto lateral ê um esforço a ser considerado apenas no calculo de pontes ferroviárias. Ê causado pelos choque e ho- rizontais produzidos pelas rodas do trem contra os trilhos e c?£ vidos à folga que, necessariamente, deve existir entre o frizo das rodas e o boleto dos trilhos (fig. (88). De acordo com a NB2/61 - item B , o impacto lateral pode ser consi^ derado como uma força horizontal, normal ao eixo da via férrea e atu^ ando no topo doe trilhos como car_ ga movei concentrada. Sua intenQÍãa_ de terá valor igual a 20% da car fig. (88) ga do eixo mais pesado do trem- tipo correspondente à ponte em estudo. Aplicando, portanto, a NB7/43, o valor do impacto lateral será, conforme o trem-tipo: TB-32 ; H = 0,20 x 32 = 6,40 ton TB-27 : H - 0,20 x 2? = 5,40 " TB-20 : H = 0,20 x 20 - 4,00 " TN-16 : H = O,20 x IQ = z, 20 " A NB2/61 especifica ainda que, no caso de pontes curvas em planta, não serão considerados simultaneamente os efeitos do i m i -02- pacto lateral e da força centrífuga^ devendo-se considerar en- tre os dois es f o rços o. que produzir solicitações mai s dês favo - rãveis. 7.2.7 - Força Centrífuga Sempre que uma certa massa m se acha dotada de movimento sobre uma trajetoria curva^ fica sujeita à ação da força centrí^ fuga. Portanto_, essa força devera ser levada em aonta nas pon- tes que ap ré sen t am eixo curvo em planta. Deve-se notar que b as^ ta o eixo do tabuleiro ser curvo3 embora o eixo das vigas do tramo seja reto3 para que a força centrífuga exerça a &ua ação. Cfig. (89). pilar oro\ecx5o do fi g. (89} A NB 2/61 j em seu item 10 ^ estabelece os seguintes Valores para a força centrífuga? a serem considerados no calculo das pontes de eixo aurvo: a - Pontes Rodoviárias a.l : E <^ SOO m - força centrífuga igual a 7% do peso do 2200 a. 2 ve^culo-tipo. R > SOO m - força centrífuga igual a "l^v % do pe- so do veículo-tipo A força centrífuga atua na superfície de rolamento^ com impacto* normalmente ao eixo da ponte. b - Pontes Ferro ri varias b.l - Bitola de l,60m b, 1.1 : R <_ lOOOm - força centrífuga igual a 12% da carga movei que se acha sobre a ponte. b.1.2 : R > lOOOm - força centrífuga igual a I20R®-0- % da carga movei que se acha sobre a ponte* -92- b. 2 - Bitola de l b. 2. l - R £ 600m - força centrífuga igual a 8% da carga movei situada sobre a ponte. b.2.2 ~ R > 600m - força centrífuga igual a —^- % da car_ ga movei situada sobre a ponte. A força centrífuga e considerada como agindo* com impacto_, a IfGQm acima do topo dos trilhos, onde se supõe situado o cen_ tro de gravidade do trem. 7.2.8 - Atrito nos apoios Segundo a NB 2/6 2 - item 25, o e esforços devidos ao atrito nos apare lhos de apoio geralmente não afetam os elementos da superestrutura* mas devem ser considerados no calculo dos pró- prios aparelhos de apoio e em elementos da infraestrutura, tais como pilares e encontros. Os valores da força de atrito são os seguintes: a - Apoios de rolamento : 3% da reação de apoio. b - Apoios de es carregamento: 20% da reação de apoio» A reação de apoio compreende as parceIas da carga permanen_ te e da carga movei , sem considerar o coeficiente de impacto. O mesmo item 15 da NB2/61 estabelece as condições em que e possível considerar os efeitos favoráveis das forças de atrito nos apoios, quando são adotados valores iguais à metade dos aci_ ma indicados j dês de que não sejam superiores ã metade do valor da força longitudinal total. 7.2.9 - Recalque de apoios Os e feitos de recalque de apoios devem eer devidamente con_ siderados no calculo de estruturas sensíveis a recalques, execu tadas sobre terrenos em que esses recalques podem ocorrer. É o cãs o , por exemplo, de estruturas hiperes t atiças^ como vigas con_ tínuas. Como valor aproximado, para efeito de pré-dimensionamento da estrutura, p o de-s e assumir o valor do recalque como sendo da o ordem de ÇQQQ ( & em metros), a menos que através de um me- lhor conhecimento das característi cãs do terreno, por meio de sondagens j seja possível determinar valores mais exatos. 7*2.20 - Empuxo de terra ou de agua As partes da estrutura da ponte em contato com os aterros de acesso> tais como encontros e cortinas f ficam sujeitas a açao de empuxo ativo de terra. O valor do empuxo è> geralmente . calculado com o emprego da formula de Coulomb relativa a terre_ nos não coesivos (fig. (10)): do terreno X A ypc* £ - j^ ~^ .^ / t ^^N* * / *:/ ^ /, 1y. /, é à h- a Q em *— pa' ' U - -i-n í,y i <= que : - pressão da de h ^ ., -2..v do empuxo a profuna^ -L j», s*f -P* s*^\ inin£> vi s~i fig. (90) = ângulo de atrito interno do terreno. Para os casos usuais da pratica^ term-ee: Y - 1,8 a 1,8 t/m3 = 20° a 40 Assim, as sumindo -s õ , pov exemplo: y = 1,8 t/m3 obtêm-se : OU = I38htg (46 - p = u 3Gvun t/m' Um G as o que o GOrre3 eom frequêneias no eàloulo da i nfra- estrutura das pontes de vigas é a consideração da ahamada "s£ b ré Garga nos aterros" e que consiste em determinar o acres ci- mo de empuxo causado pela presença da carga móvel^ junto a uma das extremidades da ponte3 sobre o aterro de acesso (fig. (91)) g. Nessa figura (92) : E = empuxo de terra devido à acão doe aterros de aces- so. &E ~ acrescimo de empuxo de terra causado pela açao das cargas moveis P situadas sobre o aterro junto ã ex_ midaâe esquerda da p.onte. Um processo aproximado para a determinação ãô à E oonsis- te em transformar as cargas moveis P em uma altura hQ de atei? TO equivalente j isto ê ^ capas de determinar o mesmo a&r&sai mo de empuxo A E . Para esse fim3 pode-se^ por exemplo^ considerar a pressão pm das cargas moveis na superfície superior ao ater- ro e calcular h a partir da expressão. h em que y_ é o peso especifico do material utilizado no aterro» Conhecido ho 3 o empuxo adicional &E s e rã determinado a par- tir do emprego da formula de Coulomb j ã indicada (fig. (92)) . i. > aterro adicional ( aterro) -p fig. C92) Exemplo de aplicação: Determinar a sobrecarga nos aterros para a ponte de concre_ 9 to armado indicada^ Classe 36 - NB 6 /60. Dados: Y - 1*8 ^/m (O - 30° (fig. (93)). (Ver pagina 95) 5OO -r/TV cortinas -05- 7-bOO SECÃO LONGITUDINAL £Í15 'S£ SOO 3/ 1&_n12O Tt J ' 1 6OO 24a SECÃO i cando o processo aproximado indicado ^ te m-s e: pressão do veículo sobre o aterro : pv - f\ * -t- 9 ^ _ n O à U U 5ÍO 3 U U multidão ao lado do ve-iculo: P' - O> Segundo a NB2/61 - item ? : - l ,,00 ^ o k- 1 1 1 1 37 1 5 1 PVL5 £. t 150 ^ é Y l à tí3O r 1 54-5 TT \s 1 II QO * fig. ( 9 4 ) (Distribuição Transversal) Pressão media sobre a superfície do aterro p - 2*00*2*00 + 2x3^75x0^200 _ Q 10,50m Altura de aterro equivalente ?m _ 0^786 „ n ^h = 1,80 -96- Ap - ^ * Õ>437 * tg2(45 - ~) - 0,262 Supondo a cortina com a mesma altura das vigas principais^ tem-se ( fig. (95) ) : 1090 a\a fig. (9$) 4 - (.10^90 - 0>4Q) * 2^00 = 21,00 mc Acres cimo de empuxo: LÊ - t±p.Ac = 0^362 x 21^00 = 535Q2 ton Esse valorj representado poruma força horizontal apli cada segundo o eixo da ponte em uma das suas extremi dadês 3 deve ser distribuído pelos elementos da infraestrutura. Em relação ao empuxo ativo de terra> o item 17 da NB2/61 eu tabele cê que ^ no calculo de pilares j pare dês ^ encontros e corti_ nasA esse esforço deve ser considerado nas situações mais deaftx Vo r ã vê i s para os es f orço s totais .. A consideração do empuxo pás- sivoj dado pela expressão de Coulomb: •80 serã permitida no caso de encontros com paredes ou cortinas fixadas por meio de tirantes. O mesmo item da NB2/61 permite ainda que> no caso de pila- res 3 um estudo mais rigoroso da distribuição das pressões do aterro pode ser dispensado dês de que se adote9 no calculo do em puxo, uma largura fictícia igual a 3 vezes a largura do pilar. Quanto ao empuxo da agua* deve o mesmo ser devidamente con- siderado sobre elementos da infraestrutura situados dentro da corrente líquida. Para esse calculo ê importante a forma geomé- trica da secção transversal do fuste dos pilares3 conforme os resultados dos estudos hidrodinâmico s. A acão da água sobre pi- lares pode ser determinada,, com detalhes segundo as indicações -97- do livro "Piles3 Culêes et Cineres dee Ponte" - de J. R. Ro- bineon - Edição Dunod - 1958. Hã> ainda* a considerar a chamada "sub-pressao", que o cor ré na base de fundações executadas abaixo do nível d'agua em terrenos permeáveis (fig. (96)). Essa sub-pressão sõ deve ser levada em conta quando produzir efeitos desfavoráveis no di- mensionamento da estrutura. super pilar NA terreno permeável fig. (96) Quando a fundação ê executa da sobre rocha 8 ã j e v i de n te_ mente j não haverá e fsitos da sub-prõBsao a oonsiderar 7.2.11 - Força no guarda-corpo Segundo o item 19 da NB 2/61^ o calculo do guarda-corpo das pontes deve ser elaborado supondo aplicada uma força horizontal de 80Kg/m no seu topo. Se as lajes em balanço da ponte- apresen- tarem a conformação geométrica indicada na fig* (97), além da secção J-J de engastamento do guarda-corpo nos passeios j também devem ser consideradas as sec^ çSes II-II, III-III e IV-IV, sob a ação da força horizon- tal H ~ 80 Kg/m,, aplicada no topo do guarda-corpo. Fig. (97) -98- ? . 2. 12 - Força no guarda-roãas Se o guarda-roãas da ponte fizer parte dae lajes em balan_ ço da mesma* conforme se acha indicado na fig* (97)* deve -se fa_ ser a sua verificação para o caso de uma força horizontal igual ao peso da roda mais pesada do veiculo-tipo^ conforme especifi^ ca a NB6-8Q /item. Essa força deve ser considerada como se dis- tribuindo sobre o comprimento de l^OOm no topo do guarda-rodas . Em conseq uen cia* nesse calculo de vê ri f i caç ao do g ua r da - r o das , a largura a assumir na secção de engastamento III-III deve ser tfig. ( 9 8 ) ) : 1OO Y///// DIRKAO TRANSVERSAL fig. (98) b = 100 + 2h (em) Ê um procedimento usual dos escritórios de projetos ^ rar o calculo da secção III-III de engastamento do guarda-rodas sob a ação das varias cargas permanentes e moveis que podem pro^ vocar solicitantes nessa secção. A seguir, a ação da carga P da roda do veículo- tipo j nas condições indicadas 3 deve ser con_ siderado apenas como calculo de verificação. 7.2.13 - Força de Protensão A consideração da força de protensão sobre os elementos eo_ truturais de uma ponte s Õ deve ser feita* evidentemente ^ no ca^ só de emprego do concreto protendido. Para esse fim* a força de protensão ê considerada como uma força externa^ \apresentando as suas características próprias , Em particular, no caso de pontes de concreto protendido executadas trin loco", deve-se ter em conta o efeito da proten- -99- são sobre os elementos do cimbramento & reciprocamento. Na te central * a proteneão geralmente determina uma separação da estrutura em relação ao cimbramento 3 mãe nas proximidades dos apoios a união da super recém concretada com o cimbramento per_ mane cê > determinando uma interação concreto pró tendi do - cim- bramento3 a qual pode determinar o aparecimento de esforços e tensões não consideradas (fig. (99)). NI o» A Na fig. (99) Enfim^ por provocar^ no ato de sua aplicação* deformações das peças de concreto^ a força de protensão deve ser devidamen^ te considerada quando se faz a determinação da distribuição de esforços horizontais aplicados na super> pelos elementos da in_ fraestrutura. 7.2.14 - Inércia das massas em movimento Os esforços causados > na estrutura da ponte j pela inércia das mas sãs em movimento 3 só devem ser conside rado s s oomo ê e vi_ dente_, no oaso de pontes móveis. A determinação dos efei tos pro_ vocados por esses esforços pode ser obtida pela aplicação do Princípio de D'Alambert, segundo o qual o caso dinâmico das mas_ sãs em movimento e transformado em problema estático, conside- rando-se as forças de inércia oomo forças externas aplicadas aos elementos estruturais moveis. 7.2.15 - Neve Nos p ais e s onde ocorrem neva da s de grande intensi dade 3 for_ mando espessas camadas de neve sobre o tabuleiro das pontesA a carga resultante devera ser devidamente considerada. No Brasil, o fenómeno da neve e raro^ restrito a algumas localidades iso- ladas (como na cidade de São Joaquim^ no Estado de Santa Cata- tarina)j e de pequena importância. Em consequência^ a carga de -100- vida â neve não êf no Brasil 3 necessariamente levada em conta no calculo de es truturas de pontes . 7.3- Esforços Especiais Como o nome indica^ 00 esforços especiais só devem ser le- vados em conta em casos muito particulares de calculo de pon- tes . São exemplos desse tipo de esforços os seguintes : 7.3.1 - Impacto lateral nos pilares Os pilares de pontes situados em rios ou canais navegáveis > ou os pilares de viadutos localizados nas proximidades da pis- ta de tráfego * es tão sujeitos ao impacto lateral ds embarcações ou veículos j respectivamente . Se não forem previstas proteções especiais , tais como defensão 3 nguarã-rails ", "duques de Alba" e te ., esses pi lares deverão levar em conta ., no seu dimensiõnzír&n_ to j os esforços causados pelos choques a que estarão sujeitos . A NB2/6 1 - item 20 ^ especifica apenas que os pilares tos a choques de veículos deverão ser devidamente protegidos contra essas aço es . Outras normas são^ porém^ mais explícitas a respeito . Por exernp Io s a DIN - 10 72 ( F/ormas Alemãs ré lativas ao cálculo e execução de pontes rodoviárias ) estabelece que os ele^ mentos da estrutura sujeitos ao impacto de veículos ± tais como pilares j pendurais 3 et c 3 deverão ser verificados sob a ação das seguintes forças horizontais , não simultâneas : - direçao longitudinal: 100 ton - ai ré ç ao t rans versai : 50 ton Essas forças são supôs tas aplicadas sobre o elemento es tru tural a 1^ 2Õm a partir da superfície de rolamento . 7. 3. 2 - Sismos Em regiões sujeitas a sismos 3 a açao desses fenómenos deve ser consi de rada no cálculo das estruturas . Os valores a a do t ar para os esforços causados por terremotos é função da sua inten^ s idade j sendo especificados em normas e códigos de obras . Es- ses esforços são 3 geralmente a representados por forças horizoQ tais j de direçao qualquer > com intensidade proporcional à mas- sa dos elementos es truturais . No Brasil j felizmente s por ser o terreno muito antigo e , cons e quente mente , bastante estável > não ha prob lemas de sismos a considerar no calculo de pontes . -102- 7.3.3 - Agentes atmosféricos especiais Entre esee& agentes e s pé ai ai & * que podem ter influencia considerável sobre as pontes* pode-se citar os furacões. Portan* to * nas regiões sujeitas ã ação de perturbações atmosféricas de grande intensidade* as estruturas de pontes devem ter o seu cal- culo elaborado levando~8e em conta os correspondentes efeitos, Quantitativamente^ a intensidade desses agentes devera serdeter minada em cada região* principalmente através de estações meteo- rológicas ou outros recursos disponíveis, 7.3.4 - 4 - Veículos "fora-de estrada" Geralmente* quando nas proximidades de uma ponte se cono^ troe uma obra de grandes dimensões * como a execução de uma barra gem* por exemplo* podem circular sobre a ponte veículos de gran- des proporções e peso excepcionalf utilizados nessa construção» Esses veículos especiais* geralmente destinados a serviço e de ter_ raplanagèrn* são denominados "fora-de-estrada". Para o seu trafe- go seguro sobre a ponte* ha necessidade de ser feita uma v&rifi- cação previa da mesma* a fim de determinar se as correspondentes solicitações e consequentes tensões podem s ar rasictidas pela e&^ trutura* Em outros casos* se a construção da ponte e a da obra de S.grandes dimensões são simutaneas* deve-ee projetar a ponte com a previsão da sua solicitação pelas cargas excepcionais doe veícu- los rrfora-de~estradan: para e&se fim* as características desses veículos devem ser previamente conhecidas, Não se deve * porém* dispensar* nesses ca&os * também a verificação da estrutura sob a ação das cargas das normas vigentes* por exemplo* a NB/62 e NB3/6. Um exemplo desse tipo de obra ê -representado* atualmente pela exe_ cução da ponte sobre o rio São Francisco* em Itaparica* a qual servira de apoio para a construção da barragem a ser iniciada nas proximidades. 7.3.5 - Defeitos de montagem Na execução de certas estruturas de pontes * por exemplo* no caso de obras metálicas* e possível a ocorrência de defeitos de montagem* por inexatiãão das dimensões das peças * os quais po_ âem produzir esforços* por vê sés consideráveis* não previstos na fase de pró J et o. Ha* então* nesses casos* a necessidade de efe- tuar uma verificação das condições de serviço do.e peças estrutu- rais * para determinar se esses efeitos secundário G não são pre- judiciais à segurança e de8empenho da estrutura. -20J- A N E X O A Segurança Estrutural em Pontes 2 - Introdução Aplicam-ae às pontes o3 meamos conceitos de rança validos para as estruturas em geral. A exemplo da funcio_ li dade,, economia e estética* a segurança e um dos critérios a serem atendidos por uma ponte3 de modo a preenchei* satisfatória^ mente todas as condições de uso previstas durante a sua vida útil. Evidentemente j nas considerações sobre segurança estrutu ral não serão levadas em conta as causas circunstanciais^ tais como as representadas por incêndios, explosões, choques não pre_ vistos e outros, bem como as que tenham como origem a incapaci_ dade (ou mesmo a desonestidade) dos projetistas. Na realidade j pó de-a e considerar que o problema da segurança deve ser colocado no início das atividades de pr£ j e to e de construção da obra, das quais constitue o elemento fundamental» Ê através da segurança adotada que o projetieta assume um compromisso face ao comportamento que a obra vai #P^£ sentar sob a ação das cargas previstas na sua fase de utiliza- ção 3 de modo a atender os interesses da comunidade» São o e di- ferentes aspectos de es e comportamento e a natureza aleatória das grande zás que no mesmo intervem que de vêrão ser devidamen - te considerados na análise da segurança que a obra projetada e a seguir construída pode apresentar. Háj no projeto de qualquer estruturaf sempre um certo grau de incerteza^ como consequência de informações incorn^ p lê t as que se dispõe em relação às ações externas ou cargas que solicitam a estrutura e às propriedades dos materiais a serem utilizados j acrescidas das deficiências do modelo estrutural assumido para o calculo em relação ã estrutura real* e > às ve- stes 3 do emprego de processos de calculo apenas aproximados. Ê esta incerteza que torna necessário o emprego de -uma certa margem, pode-se diser3 ãô folga entre os valores -103- das grandezas que se supõem atuarem sobre a estrutura e os va- lores dessas mesmas grandezas queM de forma real ou convencio- nal* produziriam a inutilização ou mesmo a ruina da estrutura. Nesse sentido* o procedimento tradicional ê representado pelo emprego de um "coeficiente de segurança"'* definido de varias maneiras e geralmente fixado através de normas estruturais. A fixação do coeficiente de segurança* considerado como medida legal da segurança* tem apresentado modificações em varias épo_ cãs. De acordo com este critério* tem sido normal ad- mitir que uma obra e "segura" em relação a uma certa açao GO o seu correspondente coeficiente de segurança é igual ou maior que o fixado pelas normas para essa mesma acão* e seria consi- derada "insegura" em caso contrario. Como 80 vê rã* porem* nes to segundo caso não ocor_ ré rã necessariamente o colapso da obra* assim como não se pode garantir segurança absoluta p&ra a estrutura quando o seu 000- fioiente de segurança ê igual ou superior ao determinado pe- las normas. 2 - Açòes Em sentido geral* chama-se "ação" a qualquer causa capaz de provocar estados de tensão em uma estrutura ou de modificar os existentes. As ações podem ser subdivididas em dois tipos: ^ ~ d~£ ré t as : s ao representadas por es f orço £ (forcas ou momentos) aplicados ã estrutura. k ~ indiretas: são ações que pró vêem de de f o rmaç õ e s impostas ã estrutura* tais como as variações de temperatura* os efeitos de fenómenos reolõgicos do concreto (deformação lenta e retração)* recalques de apoio* e outros. As aço e s * que representam esforços externos em rélaçao a estrutura* produzem nesta o apare cimento de es forço s Bolici tantes * que são esforços internos a ti vos * e as correspon^ dentes tensões * que constituem es forças internos r&ativos. Em geral* nas aplicações* a passagem das ações para os esforços so_ licitantes (N - es forço normal, v - força cortante 3 M - momen_ -104- to fletor, Afy - momento de torção^ B — bi-momento) nas estrutu rãs usuais^ é feita pelas regras clássicas da Resistência doa Materiais^ considerando o seu comportamento como elãstico. Os diversos tipos de esforços que agem sobre as pontes e considerados no item 7 são exemplos de aço e s. Alem da classificação adotada no referido itemf as açoes podem tam- bém ser subdivididas da seguinte forma* levando em conta a sita natureza: - açoes permanentes peso próprio peso de elementos fixos a estrutu- ra protensao N. - açoes variáveis ciúlicas: variação de temperatura* de nivel ã'água intermitentes : cargas de explora- ç ao (moveis)j cargas climáticas (ventos) - açoes acidentais S raro o estudo de efeitos de açoes isola das Q obre as estru.turas. Em gê rai^ são considerados os efeitos de aço es agindo de forma concomitante^ devendo-se j neste caso A levar em conta a probabilidade da sua aplicação simultânea. Para preci- sar esta noçãoj as ações podem ser classificadas de acordo com o seguinte critêrio: - açoes de longa duração (ou usuais) - açoes de curta duração (ou de ponta) - açoes acidentais. A correspondência entre os dois cri téri o s de clas- ei f i cação das aço es pode ser e s tabele ^ida da seguinte forma : açoes permanentes açõee variáveis ações acidentais açoes de longa duração açoes de curta duração açoes acide n tais -105- 3 - Meto do s de me di da da &eg uranç a  medida da segurança de uma estrutura pode ser /e£ ta segundo três formas diferentes : 3. l - Critério das tensões admissíveis 3.2- Cri terio do calculo ã ruptura 3.3- Critério semi-probabilístico ou dos Estados Limites . Em relação aos dois primeiros cri têrios pode-se assi_ nalar o defeito de não considerarem o oarater aleatório das gran_ de z as 3 bem como a influencia que o seu relacionamento tem sobre a segurança* além de não levarem em conta todos os aspectos do comportamento es trutural . O tercei to critério apresenta a vantagem de conside- rar, ainda que de forma aproximada* todas as causas de incerte- za na determinação das grandezas^bem como a de exigir o exame da estrutura sob os vários aspectos do seu comportamento . 3. l - Critério das tensões admissíveis O critério das tensões admissíveis consisto em d&t&£ minar as tensões produzidas na e e trutura pelos valo ré v mã^irnoQ das aço e s A e compará-las com valores convencionais das tensões correspondentes aos vario s materiais empregados . £sseu v alo ré v convencionais das tensões > denominados "tensões admissíveis " > são representados por uma f ração da tensão de ruptura ou resis- tência "f" desses materiais > através do emprego de um adequado coeficiente de segurança y •* = Senão cr a tensão produzida pelas açõee ^ dó vê- s ú to r: o <_ õ" O critério das tensões admissíveis admi te que os mate_ riais sejam homogéneos e isótropos > e que apresentem um comporta mento elãstico-linear^ sempre de um mesmo tipo , qualquer que se- ja a natureza da ação aplicada. No caso de estados de tensão combinados , os critérios de resistência permi tem obter a combinação das tensões l a que âe_ ve ser comparada com a tensão admissível ã~ : I o <_ "ã Em relação ao critério das tensões admissíveis podem ser apresentadas aã seguintes críticas: a - não e possível levar em aonta o carãter aleatório das grandezas de que depende a segurança da estrutura* a qual è en_ +ão medida de forma determinista. b - O estado de tensão considerado para a comparação a <_ pode ser incerto. Assim* no caso do concreto^ por exemplo j poderá ocorrer a influencia de deformações anelãstica&> dos /£ nomenos reologicos (deformação lenta e rstração) ou da fissura^ cão. c - Não e possível considerar as diferenças de efeitos produzidos por aço es externas e açoes impostas (tais como a va^ riação de temperatura* recalques de apoio e outras). / - 717ao se faz a consideração de diversas eventualidades que devem ser evitadas e que não dependem dos estados de ten- são * tais como s por exemplo, a corrosão e a sensibilidade da estrutura ao fogo. g - Em consequência do possível comportamento não linear da relação ® - e dos vários materiais3 a relação entre a ten- são de ruptura ou resistência f do material e a tensão admis sí_ vel correspondente cf não reflete^ de modo satisfatório,, a mar- gem de segurança real da estrutura. h - Quando não ha proporcional idade entre os esforços so- licitantes e as açoes que os determinam^ em que3 por exemplo, um aumento do valor da ação externa provoca um aumento no vá-. lor do esforço sólicitante maior do que deveria ser esperado se existisse proporcionalidadeA o método determinista de cãlcu^ Io não permite introduzir a correta margem de segurança. Em consequência* o critério das tensões admissíveis não pode ser considerado como completo e satisfatório para a me_ ai da da segurança estrutural, 3.2- Critério do Calculo ã Ruptura Neste critério^ as açoes externas são majoradas atra- -107- vê 8 de adequados coeficientes de segurança e determinados os esforços solicitantes correspondentes . Estes esforços são * a seguir* comparados com os valores dos esforços que provocam o colapso ou ruptura da estrutura. Em termos de tensões* tem-se : Y a l / ou Z Y a < f para o caso de estados de tensão combinados . Embora pareça diferir muito pouco do critério das tensões admissíveis^ o critério do calculo a ruptura apresenta em relação a este último algumas vantagens . Em primeiro lugar* o critério da ruptura obriga â consideração do comportamento da estrutura entre o estado de emprego (estado de serviço) e de ruptura* o que geralmente eon_ duz a levar em conta o regime ane l as t iço correspondente . Aasim no caso particular de estruturas de concreto* devem ser consi- deradas as consequências da fissuração Q do comportamento plãe^ tico do material . Em segundo lugar* deve- se determinar os efeitos duzidos por aço e s impostas * tais como os devidos ã variações de temperatura* retração e deformação lenta do concreto* recal_ quês de apoio e outras. De vê -s e ainda considerar que* neste critério * a se- gurança ê referida a um estado bem determinado* o de ruptura* que pode ser reproduzido em um modelo ou em um protótipo , Apesar dessas vantagnes ^ porém* o critério de ruptu^ rã também apresenta deficiências^ a saber: a - a exemplo do anterior^ o critério de cálculo à rup- tura também ê determinista* não levando em conta o carater alea^ to rio das grandezas de que a segurança depende . No máximo* ao variar o coeficiente de segurança procura-se levar em considera cão as várias causas de incerteza na determinação das ações . b - não ê possível a consideração de outros aspectos do comportamento estrutural * alem da ruptura* uma vez que * embora segura quanto ã ruptura* uma certa estrutura pode apresentar de_ aempenho não satis f ato ri o em estado de serviço (deformações e x- -108- j por exemplo). 3.3 - Critério Semi-probabilistico ou dos Estados Limites As considerações anteriores mostram que a medida de segurança de uma estrutura deve ser feita levando em conta todos os aspectos do seu comportamento e todos os elementos de incerteza que caracterizam as grandezas que intervém nesses aspectos.  primeira exigência ê atendida através da introdu cão dos chamados "estados limites" e a segunda adotando-se ori^ térios probabiltsticos para a consideração das varias grande- zas que participam na medida da segurança. Os princípios e demais particularidades deste cri- têriOj atualmente incluido pela maioria dos paises em suas nc?£ mas estruturais^ são baseados nas definições e detalhes a se- guir apresentados. 3,3.2 - Estados Limites Diz-se que uma estrutura* ou uma de suas partes9 atingiu um estado limite quando não pode mais desempenhar as funções ou deixa de satisfazer as condições^ para as quais foi prevista* Nesses casos* considera-se que a estrutura foi colo- cada "fora de serviço". Os estados limites podem ser subdivididos em duas categorias: a - Estados limites últimos > correspondentes ao valor máximo da capacidade de resistência da estrutura. b - Estados limites de utilização (também chamados "de serviço" ou "de exploração"),, relativos aos critérios de empr&_ go normal e de durabilidade da estrutura. Os casos mais usuais desses ao i s tipos de estados limites são os seguintes: a - Estados limites últimos: - perda de estabilidade da estrutura ou de uma de su^. partes * - ruptura de secções críticas. - deformações plásticas ou viscosas - transformação da estrutura ou de uma de suas partes -109- em um mecanismo. - ruptura por efeito de fadiga. b - Estados limites de utilização; - deformações excessivas para uma utilização normal da estrutura. - fissuração prematura ou excessiva* - corrosão* - deslocamentos excessivos sem perda do equilíbrio. - vibrações excessivas. A noção de estado limite tem sido adotaâa nas mo- dernas normas estruturais relativas ao emprego do concreto arma_ do e do concreto protendido* principalmente através daQ Becomer^ dações do CEB/1972. 3.3.2 - Valores Característicos - Valoras d& Calculo As principais variáveis a considerar no calculo de uma, estrutura são as aço es e a resistência dos materiais utili- zados . Essas grandezas são^ porem* de carãter aleatório j obede- cendo certas leis de probabilidade mal conhecidas. Nesse sentido, as oonst ruço e s em que as aço es po- dem ser limitadas superiormente de forma absoluta são raras, eo_ mo o caso de uma caixa d'agua cheia3 por exemplo» Na maior par- te das vezes j as aço es são mal conhecidas j pelo menos dentro de um certo quadro de probabilidade de ocorrência e durante um in- tervalo de tempo determinado. Dessa forma* a execução de uma obra capaz de resistir a todas as aço e s pó ssív&is à qualquer que seja a sua possibilidade áe ocorrência* tornaria o seu custo ge_ ralmente proibitivo (por exemplo3 a probabilidade da queda de um avião sobre uma pont&j emborapossível^ ê muito pequena para ser considerada), Essas considerações conduziram a aãotar as chama- das "açoes característicasn3 que são definidas como sendo aque- las que tem uma probabilidade definida e aceita "a priorin de serem superadas do lado desfavorável. Da mesma forma* a resistência dos materiais só po- de ser conhecida com um certo grau de imprecisão, sua quantifi- cação aparecendo sempre associada a uma determinada probabilida^ de de que não se apresentem valores inferiores às chamadas "re- sistências características ". Oa valores característicos são designados pelo ín dioe k^ : A-, = açao característica f« - resistência característica Portanto^ as aço es e a resistência dos materiais são variáveis es t o cãs t i cãs, isto ê 3 são funções de probabi lida^ de. Ma&j a variabil idade das açoes ô da resistência dos materiais não ê o único fator que determina o carãter apro_ ximado da elaboração dos cálculos estruturais e3 em consequen- ciaj a dificuldade da determinação^ com a precisão desejada* da segurança estrutural. Outros fatores que também concorrem para a referida imprecisão e que âevem ser devidamente eonside_ rados são os seguintes; - precisão das hipóteses de cálculo — erros numéricos - defeitos de execução (dimensões das secções^ posi_ cão das armaduras* excentricidades não previstas* etc.). - precisão das medidas - erros de representação de detalhes — erros de i nterpretaçao de detalhes e outros. Uma analise probabilística completa s õ poderia ser levada a efeito se fosse disponível um conhecimento prévio das leis de distribuição desses diversos fatores envolvidos > Esta analise^ isto é* o emprego de um método probabilistico de cal- culo j exigiria uma quantidade de dados estatísticos atualmente ainda não disponíveis j bem como conduziria a uma grande compli_ cação de calculo. Por essa razão^ o método dos estados limites apresenta certas simplificações para a sua utilizaçãoa a saber: a - considera a determinação probabilística das açoes e da resistência dos materiais através dos respectivo 3"valo ré Q característicos". A natureza dessas grandezas permite um tra- tamento estatístico bastante aceitável com os recursos atualrnen_ te disponíveis. b - considerã a existência dos de ma i s fato rés de v ar ia bilidade acima indicados através dos chamado s "valores de cal- -111- oulo " das ações e da resistência doa materiais ^ obtidos a par- tir dos respectivos "valores característicos " com o emprego de coeficientes apropriados . Esses coeficientes* verdadeiros "ooe_ ficientes de segurança"* são de dois tipos principais : Y/» - coeficiente de majoração das açoes Y - coeficiente de mineração da resistência do Q materiais . Dessa forma* os "valores de cálculo "* que são de- signados com o indica d (de "design)* serão: ações: A^ = Y A^ fk resistência dos materiais: /, - - ^m Em geral; o concreto Esses coeficientes Y e -^ ^ são "coeficientes par- ciais "; admite-se que o "coeficiente global " ê o produto dos aoe_ ficientes parciais : Y = V Ym ou seja: Y - Y^ . Y^ - para o concretoJ c Y - Y j? Ys ~ para o aço O coeficiente de segurança global Y representa uma medida da distância que existe entre o estado de serviço e o correspondente estado limite último (ruptura* deformação excea_ siva^ fissuração excessiva^ etc. ) , Variando -s e os coeficientes Y e YJ? 3& referidos A varia- se correspondentemente a probabilidade de que a estrutu- ra fique fora de serviço. Na prática* as normas determinam valores fixos para os coeficientes de minoração Ym , va- riando-se apenas os coeficientes de majoração Y/ para ada£ -112- tação de cada caso ã probabilidade mais conveniente. Por e&em- plo ; Y - Y - l*4 para o concreto ifl C Y - Y " 1*15 para o açc m , 3 As simplificações do método dos estados limites in- dicados no8 item a e b^ acima constituem a base do método de de- terminação da segurança estrutural denominado "método semi-pro- babilístico"., designação esta decorrente das mencionadas eimpl^ f i caçoe s. Este método ê atualmente recomendado pelo CE B e adota^ do pelas normas estruturais de diversos pais es * a exemplo da NB2/7? da ABNT. 3.3.3 - Determinação da Segurança As considerações anteriores mostram que* no método dos estados limites* a forma de considerar a segurança estrutu- ral ê do tipo semi-probabilístico e representada pela introdução de dois fatores; Y,, - de majoração das açSes A~ y - de minoração da resistência dos materiais fY 777 »C Este s coeficientes permitem passar dos valores carac^ ter^sticos (Índice k) para os valores de calculo (índice d)j com os quais ê> finalmente^ feito o dimensionamento estrutural* quar^ do se considera o estado limite último; as verificações relativas ao estado limite de utilização são* por sua vez, feitas com o em_ prego do s valores característicos. Considerando j por outro lado, que as ações* em geral* não agem isoladamente e que em uma mesma estrutura podem ser uti_ lixados diferentes tipos de materiais* o método semi-probabilis- tico dos estados limites pode ser* simbolicamente^ representado pela seguinte expressão; - f kS (T y Ak) l 5 f-*-; m em que: S - solicitação de cálculo correspondente a uma combina cão de aço es tomadas com os seus valores caracterís -113- ticoa Afe e ponde rã dos com os coe f i cientes de majo_ 1 ração Y - . S - resistência a esse tipo de solicitação S _, avaliada não mais com as resistências, características f-, y mas com as suas resistências de calculo f*/ 3 em /C Ttl que Y ê um coeficiente de minoração . 4 - Conclusões Embora o calculo se complique quando se utiliza o método dos estados limites3 pela introdução dos vários coefici^ entes de ponderação Y , este método constitue um progresso em relação aos antigos métodos de segurança* nos quais se con8Íde_ rava apenas um único coeficiente de segurança global. No método dos estados limites a finalidade do cal- culo ê comprovar que a probabilidade de que a estrutura fique fora de serviço (ou seja* alcance um estado limite)j dentro do prazo previsto para a sua vida util^ se mantenha abaixo de um valor determinado3 que e fixado "a p ri o ri". Finalmente, as considerações acima apresentadas tem apenas um carãter introdutório e constituem um resumo das ba- ses do Q me t o do Q uti Usados para a determinação da segurança es_ trutural. Um conhecimento mais detalhado sobre esses métodos e9 particularmente> sobre o método dos estados limites^ pode ser obtido através da seguinte bibliografia: a - "Introdução da Segurança no Pró j e to Estrutural". Dêcio de Zagottis - Escola Politécnica - USP b - "Contribuição ao Estudo da Verificação da Segurança das Estruturas de Concreto". Pericles Brasiliense Fusco - Tese à E e cola Politec_ nica - USP - 1974 c - "Evolucion de Ias Formas de Considerar Ia Seguriãad de Ias Estructuras" Arturo J. Bignoli - La Ingenieria - nQ 1Q36> Buenos Aires -114- d - "Hormigon Armado" - 7~ Edicion Montoya - Mesequer - Movan Editorial Gustavo Gili S. Â. - Barcelona e - "Initiation au Calcul dês Jaoques Fauahart - Editions Eyrolles* Paris - 1 9 75 f - "La Seourite dês Construcítions" Colleotion UTI - CISCO Editions Eyrolles - Paris - 2976
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