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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CERES - UNIEVANGÉLICA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL WANDERCLÉIA GOMES Topografia II: Nivelamento geométrico composto. Ceres - GO Dezembro – 2018 WANDERCLÉIA GOMES Topografia II: Nivelamento geométrico composto. . Trabalho para avaliação da disciplina de Topografia II, ministrada pelo professor Danilo Duarte Costa e Silva do curso de Engenharia de Civil do Centro Universitário De Ceres – UNIEVÁNGELICA. Ceres - GO Dezembro - 2018 INTRODUÇÃO Este trabalho tem por finalidade apresentar o que é o nivelamento geométrico composto e sua importância na engenharia civil. Mas antes de falar sobre nivelamento geométrico composto é necessário que se entenda um pouco mais sobre topografia. O que é topografia? Topografia é a descrição minuciosa de um trecho da Terra contendo informações de todos os detalhes existentes como estradas, casas, montes, vales, rios, etc. A topografia divide-se em Altimetria e Planimetria, sendo a Altimetria a técnica para medir distâncias e ângulos verticais ou diferenças de níveis, que na planta não podem ser representados, utilizando assim a vista lateral, corte e elevação para sua representação. Já a Planimetria é a técnica utilizada para medir ângulos e distâncias horizontais, sendo representada por meio de vistas. O nivelamento geométrico composto está fundado na Altimetria (Nivelamento). Mas antes disso, vejamos os tipos de Nivelamento existentes. São eles: Geométrico: É o mais exato dos nivelamentos realizado através de visadas horizontais com um instrumento chamado nível. Trigonométrico: Realizado através de teodolitos com visadas com qualquer inclinação. Mais rápido que o geométrico, porém, menos preciso. Barométrico: Baseia-se na relação existente entre a pressão atmosférica e a altitude. Tem pouca precisão, dispensa visibilidade entre os pontos a nivelar, utilizam-se aneroides para a determinação da pressão atmosférica no campo. DESENVOLVIMENTO Segundo o IBGE, é o método utilizado nos levantamentos altimétricos de alta precisão que se desenvolvem ao longo de rodovias e ferrovias. Utilizados para fins topográficos e geodésicos, a diferença entre estas duas finalidades de nivelamento geométrico está na precisão (maior no caso do nivelamento para fins geodésicos) e no instrumento utilizado. Nesse tipo de nivelamento os dados são colhidos através de visadas horizontais. Consiste, portanto, em criar um plano horizontal e determinar as interseções deste plano com uma série de verticais levantadas nos pontos a nivelar e em seguida obter a distância vertical destes pontos ao plano de referência. Os Instrumentos utilizados são: Nível: Instrumento utilizado para a determinação de níveis horizontais; Tripé: Suporte, geralmente de alumínio, onde se apoia o nível; Mira: São réguas graduadas, de madeira ou alumínio, que são colocadas verticalmente nos pontos a nivelar e nas quais se mede a intersecção do plano horizontal traçado pelo nível. Sua menor célula gráfica é o centímetro; Trena: Instrumento utilizado para medir a distância horizontal de um ponto a outro; Visada: Leitura sobre a mira; Lance: É a medida direta do desnível entre duas miras verticais; Seção: É a medida do desnível entre duas referências de nível (RN) e é obtida pela soma algébrica dos desníveis dos lances; Linha de nivelamento: É o conjunto de seções entre duas RN chamadas de principais. Nivelamento Geométrico Simples O nivelamento simples é caracterizado quando com uma única posição do aparelho no terreno é possível determinar as diferenças de nível entre todos os pontos (COMASTRI;TULER, 2013). Segundo Comastri e Tuler (2013), realiza-se o procedimento de instalação do aparelho em um ponto qualquer da área com o correto nivelamento, em seguida focaliza-se os fios do retículo na mira falante, onde essa deve estar verticalmente no ponto topográfico. Com o ajuste no foco faz-se a leitura da mira (ponto 1 = 3,50 metros), o primeiro ponto a ser medido é denominado leitura de ré, após gira-se a luneta até o outro ponto a novamente realiza-se a leitura da mira (ponto 2 = 0,55 metros). A diferença entre os pontos é a diferença de nível (3,50 – 0,55 = 2,95 metros). Assim procede-se para os outros pontos a serem visualizados. Caso encontrado um valor negativo na subtração significa que o ponto está abaixo, o que torna a diferença de nível negativa. Nivelamento Geométrico Composto Quando ocorre uma sucessão de nivelamentos geométricos simples amarrados pelas chamadas estacas de mudança, temos um nivelamento geométrico composto. É utilizado quando o terreno tem maior inclinação e não é possível visualizar todos os pontos em uma só instalação do aparelho (COMASTRI; TULER, 2013). Instala-se o aparelho na primeira posição, nivela-se, visa a mira que está no ponto 1 ou ré (ponto 1 = 3,00 metros), após escolhe-se o ponto onde será colocado a chamada estaca de mudança (ponto M = 2,50 metros), após o aparelho será instalado pela segunda vez em um lugar onde é possível visualizar a mira que deve estar na estaca de mudança e faz-se a leitura (ponto M = 1,50 metros), após continua-se a visualização dos outros pontos (ponto 2 = 2,50 metros). A diferença de nível (DN) entre o ponto 1 e 2 é dada pela soma algébrica das diferenças de nível parciais obtidas nos dois nivelamentos simples: (3,00- 2,50)+(1,50-2,50) = (0,50)+(-1,00) = - 0,50 metros de DN do ponto 1 ao 2. CONCLUSÃO Podemos concluir o quanto é importante o nivelamento geométrico composto a construção de qualquer obra depende de um bom levantamento topográfico, pois este influenciará nas medidas de planejamento e execução a serem tomadas pelo responsável técnico. Falhas de nivelamento, prumada ou eixos desencontrados, como por exemplo em construção de pontes ou túneis onde é realizada a execução da obra simultaneamente em ambos os lados, em geral é decorrente de possíveis erros gerados pela má realização da topografia do terreno. Deste modo, tendo em vista a concretização perfeita da construção é fundamental que se tenha um levantamento detalhado e o mais perfeito possível. Com base no estudo realizado, é notória a importância de se utilizar a topografia para garantir o perfeito alinhamento, enquadramento e prumada das construções da engenharia civil.
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