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RESUMO Sociologia Jurídica av3

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Sociologia Jurídica
Conceito de Sociologia Jurídica: é a ciência que estuda o direito como fenômeno social.
Sociologia Judiciária analisa os atos praticados por magistrados, advogados, promotores, serventuários, etc...
*O Direito é um conjunto de normas e conduta universais, abstratas, obrigatórias e mutáveis, impostas pelo grupo social, para disciplinar as relações externas do indivíduo, PREVENIR e COMPOR CONFLITOS.
RELAÇÂO ENTRE DIREITO E SOCIEDADE:
Produção da Norma
Transformação da Norma
Decadência da Norma
Democratização da Justiça
Função Social do Direito
Prevenir conflitos
Compor conflitos (Promovendo Justiça)
Controle social (Sanção da lei)
Regulação Social
Sociologia Jurídica como Ciência Social
O Fenômeno Jurídico possui 3 dimensões: O da justiça, o da Validade e o da Eficácia. (Teoria Tridimensional do Direito)
Justiça: É objeto do estudo dos filósofos do Direito, que examinam a assim chamada idealidade do direito: A Justificação do sistema jurídico atual, a busca dos melhores princípios de organização social, as relações entre direito e moral, as relações entre normas positivas e normas ideais de justiça, as relações entre o direito e a verdade.
Validade: A análise das normas formalmente válidas, ou seja o estudo ´´interno´´ do direito positivo, interessa ao ´´dogmático´´ ou intérprete do direito: Identificar as normas válidas (legais), buscar o sentido de cada elemento do ordenamento jurídico, solucionar os problemas de conflito entre normas, bem como adaptá-las aos problemas concretos. Neste caso, o objeto do conhecimento é a normatividade do direito.
Eficácia: A Eficácia das normas jurídicas corresponde ao campo de análise da sociologia jurídica. Tendo como referencial o conhecimento a vida jurídica, examina-se a facticidade do direito, isto é, o direito como realidade social.
Litigiosidade Social e formas de composição de conflitos. 
O Direito é o modo mais formal do controle social formal. Sua função é do socializador em última instância, pois, sua presença e sua atuação só se faz necessária quando já as anteriores barreiras que a sociedade ergue contra a conduta antissocial foram ultrapassadas, quando a conduta social já se apartou da tradição cultural, aprendida pela educação para, superando as condições de mera descortesia, simples imoralidade ou mesmo pecado, alcançar o nível mais grave do ilícito ou, tanto pior, do crime.
Salvo se uma sociedade está em franca dissolução ou crise, concordam entre si os vários caminhos da socialização, e, se assim é, o indivíduo que adapta sua conduta aos princípios da tradição cultural herdados da convivência ou ás normas do trato ou ás normas morais e religiosas, em rigor não precisa conhecer o código penal, porquanto o que neste se exige é um mínimo daquilo que os sistemas normativos acima referidos impõem. Apenas, como o modo de impor as normas de trato e as normas morais é mais brando, é que existe o código penal: Para punir de maneira inexorável a transgressão ao mínimo de normas éticas e imposições sociais proibitivas, aquelas que, sob hipótese alguma pode a sociedade abrir mão.
 Assim, como instrumento de socialização em última instância, o direito cumpre m papel conservador do status que, também, servindo a legitimar o poder político e a favorecer o seu domínio sobre a opinião pública.
PREVENÇAO E COMPOSIÇAO DE CONFLITOS
Prevenção de Conflitos: A primeira e principal função social do direito é a de prevenir conflitos, posto que o conflito afeta o equilíbrio e a paz social. O direito previne conflitos valendo-se de um conveniente disciplinamento social, estabelecendo regras de conduta na sociedade, estabelecendo direitos e deveres. O direito é uma ciência social e como tal suas normas são regras de conduta destinadas a disciplinar o comportamento do indivíduo na sociedade, visando atender uma necessidade social.
Composição de Conflitos: Quanto maior o relacionamento, quanto mais complexas as relações sociais, maior será a possibilidade de conflito, e, portanto, maior também a necessidade de disciplina e organização.
O conflito, por vezes é inevitável, tendo em vista que nem todos os indivíduos se socializam inteira ou suficientemente, e não se submetem à disciplina imposta pelo direito
Uma vez instaurado o conflito, é necessário soluciona-lo. E ai está a segunda grande função social do direito: Compor conflitos. A maneira de solucionar conflitos e coloca-los na balança e determinar qual o que deve prevalecer e qual deve ser reprimido. Esse é o sentido de toda composição.
 CRITERIOS DA COMPOSIÇAO	
Critério da composição Voluntária: É aquele que se estabelece pelo mútuo acordo das partes Surgindo o conflito, as partes discutem entre si e o resolvem da melhor maneia possível, via de regra observando os seus deveres e obrigações estabelecidas pelas normas de direito. 
A conciliação e a arbitragem não são, a rigor, formas puras de composição voluntária, uma vez que sempre contarão com a interferência de um terceiro (conciliador ou árbitro). São, todavia, formas mistas que se estimulam e valorizam a participação das litigantes na composição do conflito.
Critério Autoritário: Por esse critério, cabe ao chefe do grupo o poder de compor os conflitos de interesses que ocorrem entre os indivíduos que se encontram sob sua autoridade. Tal critério foi muito usado nas sociedades antigas, nas modernas é ainda utilizado no meio familiar.
Critério da Composição Jurídica: É sempre realizada mediante um critério previamente elaborado e enunciado, sendo aplicável a todos os casos que ocorrem a partir de então.
Tem como características: A Anterioridade, a Publicidade, e a Universalidade.
Anterioridade: Significa dizer que o critério aplicado preexiste ao conflito Vale dizer, deve ter sido elaborado antes para poder ser aplicado ao conflito que ocorrer depois.
Publicidade: Significa que o critério de composição jurídica além da anterioridade exige também que tenha sido anunciado, revelado, declarado pela autoridade que o elaborou antes de sua aplicação.
Universalidade: Entende-se que o critério jurídico nunca pode ser destinado apenas para um determinado caso concreto, mas sim para todos os casos que se apresentarem com o mesmo tipo.
Portanto, a composição jurídica tem que ser realizada mediante um critério anteriormente estabelecido e perfeitamente enunciado para conhecimento de todos, que atenda à universalidade dos casos que se apresentarem dentro do mesmo tipo.
Sendo assim, as duas funções que o direito realiza na sociedade é a de prevenir conflitos que podem ocorrer tanto nas atividades de cooperação como nas atividades de concorrência. Isto ele faz através do adequado disciplinamento das relações sociais. A segunda é a de compor conflitos, que acabam por ocorrer não obstante toda prevenção exercida pelo direito, e isto ela faz através do critério jurídico.
 MEIOS ALTERNATIVOS DE COMPOSIÇAO DE CONFLITOS
Conciliação: A Conciliação é uma forma de resolução de controvérsias na relação de interesses administrada por um conciliador investido de autoridade ou indicado pelas partes, a quem compete aproxima-las, controlar as negociações, sugerir e formular propostas, objetivando sempre a composição do litígio pelas partes.
A conciliação tem suas próprias características onde, além da administração do conflito por um terceiro neutro e imparcial, este mesmo conciliador tem a prerrogativa de poder sugerir um possível acordo, após uma criteriosa avaliação das vantagens e desvantagens que tal preposição traria a ambas as partes.
Mediação: A mediação é um meio alternativo de solução de controvérsias, litígios e impasses, onde um neutro;Imparcial, de confiança das partes, por elas livre e voluntariamente escolhido, intervém entre elas (partes) agindo como um facilitador, um catalisador, que usando de habilidade e arte, leva as partes a se encontrarem em uma solução para as suas pendências. Portanto, o mediado NAO DECIDE, quem decide são as partes.
ARBITRAGEM: A Arbitragem é uma forma de solução de conflitos,prevista em lei, que pode ser utilizada quando estamos diante de m impasse decorrente de um contrato. Para isso, as partes nomearão árbitros. Quem decide a controvérsia por arbitragem será um árbitro, ou vários árbitros, sempre em número ímpar escolhido pelas partes. O árbitro poderá ser qualquer pessoa maior de idade, no domínio de suas faculdades mentais, e que tenha confiança das partes, e também deverá ser imparcial.
EFICÀCIA DAS NORMAS JJURÌDICAS E EFEITOS 
Uma norma jurídica e válida se preencher os requisitos formais e materiais. Formalmente a validade depende de a autoridade possuir poder normativo a exercer esse poder da forma estabelecida na constituição ou e;ou nas leis. Materialmente, a validade depende de a norma criada respeitar os limites do poder concedido ao seu emissor: Ele não pode contrariar as normas criadas para autoridades superiores. Preenchidas as condições acima, constataremos que se trata de norma valida e, portanto, jurídica.
Eficácia da Norma Jurídica: Ressalta que se deve distinguir da eficácia jurídica que é a eficácia social da norma, ao cumprimento efetivo ao Direito por parte de uma sociedade, ao ´´reconhecimento´´ do Direito pela comunidade ou, mais especificamente, aos efeitos que uma regra opera através do seu cumprimento Em tal acepção, do social é a concretização do comando normativo, sua força realizadora no mundo dos fatos.
´´Capacidade de o relato de uma norma dar-lhe condições de alteração´´
Isoladamente ou conjugada com outras normas. Se o efeito jurídico pretendido pela norma for irrealizável, não há efetividade possível.
REPERCUSSOES SOCIAIS DA NORMA FORMALMENTE VALIDA 
A norma eficaz é a que tem força para realizar os efeitos sociais para os quais foi elaborada, seja o cumprimento da norma ou a sanção imposta em caso de descumprimento. 
NOÇOES DE VALIDADE E EFICACIA 
Fatores Instrumentais: São os que dependem da atuação dos órgãos de elaboração e de aplicação do direito (Legislativo e Judiciário), entre os quais:
Divulgação do conteúdo da norma entre a população.
Conhecimento da norma por seus destinatários
Perfeição técnica da norma- clareza da redação, brevidade, precisão do conteúdo, sistematicidade.
Estudos preparatórios sobre o tema que se objetiva legislar.
Preparação dos profissionais de direito responsáveis pela aplicação da norma.
Previsões de consequências jurídicas, sanções, adaptadas à situação e socialmente aceitas.
Expectativa de consequências negativas – Efetividade na aplicação da sanção prevista na norma.
Fatores referentes à situação social
Participação dos cidadãos no processo de elaboração e aplicação das normas.
Coesão social – Quanto mais consenso houver entre os cidadãos com relação a política do Estado, mais fortes será o grau de eficácia das normas vigentes.
Adequação da norma à situação política e as relações de forças dominantes. 
Contemporaneidade das normas com a sociedade.
EFEITOS POSITIVOS DA NORMA JURÌDICA 
Função de controle social – exercida pelo direito antes pela prevenção geral, como coação psicológica, intimidação exercida por todos. Também é exercida pela prevenção especial, ou seja, isolamento do transgressor do meio social, ou por uma pena pecuniária (multa), visando ajustar sua conduta às condições existenciais.
Função educativa - certos assuntos passam a ser mais conhecidos do grupo social depois de serem disciplinados pela lei. Isso é assim, porque a lei, antes de se tornar obrigatória, tem que ser divulgada, publicada, e assim, à medida que vai se tornando conhecida pelo grupo, também vai educando e esclarecendo a opinião pública.
Função conservadora da norma – está vinculada também ao caráter estático que ele representa ao garantir a manutenção da ordem social vigente. Isto pode significar a perpetuação do atraso. Daí a importância do direito ser encarado ao mesmo tempo, como um instrumento de transformações sociais.
Função transformadora da norma – muitas vezes, em função das necessidades objetivas, a norma estabelece novas diretrizes a serem seguidas, fixa novos princípios a serem observados em certas questões, para tanto determina a realização de certas modificações.
Como se pode observar, a eficácia da norma está ligada ao reconhecimento, aceitação ou adesão da sociedade a essa norma. No entanto, quando as leis entram em conflito com os fatos acabam vencidas por estes e findam por desmoralizar-se, provocando desapreço a toda legislação.
Efeitos negativos da norma jurídica: 
Desatualização da lei - Com o passar do tempo, acaba sendo ultrapassada, pois os fatos são dinâmicos, estão sempre evoluindo, enquanto a lei é estática.
Misoneísmo- Aversão às inovações. Velhos hábitos, costumes, privilégios de grupos, impedem que a lei seja aplicada ou elaborada.
Antecipação da lei à realidade- Nem sempre a correspondência entre a realidade social e a lei cai no vazio.
SOCIEDADE BRASILEIRA E INSTITUIÇOES DE DIREITO, O LEGISLATIVO.
A Constituição de 1988
A atual Constituição Federal possui diversas normas que garantem os direitos individuais e coletivos, ela é uma Constituição garantia; e também dirigente, pois possui normas programáticas e constitui diretrizes para cumprimento pelo Poder Público, buscando a evolução política.
 Constituição garantia e Constituição dirigente:
A CONSTITUIÇÃO GARANTIA –é um tipo clássico de constituição que protege as liberdades individuais e coletivas, e limita o poder do Estado. Por exemplo, a Magna Carta inglesa, de 1215, a Constituição norte-americana de 1787 e a francesa de 1791. 
A CONSTITUIÇÃO DIRIGENTE –estabelece um plano diretivo que tem por finalidade a evolução política. Delineia diretrizes para a utilização do poder e progresso social e econômico, além de políticas a serem seguidas pelos órgãos estatais e pela sociedade como um todo.
O Sistema Eleitoral Brasileiro
Originalmente, o sistema eleitoral no Brasil era censitário (baseado na renda ou na escolaridade), o voto era indireto (os eleitores municipais indicavam os eleitores da província) e a descoberto, o que facilitava a fraude e legitimava a exclusão social. Hoje, de acordo com a Constituição Federal, artigo 14, “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos”. 
 O Processo de escolha dos Legisladores
Os representantes de todos os níveis dos poderes Legislativo e Executivo são escolhidos diretamente por meio do voto. São considerados válidos os votos nominais aos candidatos (por nome escolhido) e os votos nas legendas (partidos) nas eleições proporcionais e majoritárias. Os votos nulos e em branco são descartados.
Quadro atual do Sistema Eleitoral Brasileiro:
Geral - Sufrágio universal secreto e coligações partidárias.
Financiamento de campanha - Misto (privado: doações de pessoas físicas e jurídicas; público: Fundo Partidário e propaganda política gratuita.
Majoritário - Presidentes, senadores, governadores e prefeitos.
Proporcional - Deputados federais, deputados estaduais e vereadores.
Eleições legislativas - Voto nominal e na legenda, em lista aberta. Vencem os mais votados por partido, tendo em conta o coeficiente eleitoral.
Eleições executivas - Há segundo turno, se o vencedor não atingir maioria absoluta de votos, exceto nas eleições municipais com menos de 200 mil eleitores.
O processo de escolha dos legisladores e a qualidade do sistema eleitoral
No Brasil, o Poder Legislativo é composto por duas casas, o Senado e a Câmara dos Deputados, e ambas compõem o Congresso Nacional. Mas, embora façam parte do mesmo Poder, senadores e deputados são escolhidos por sistemas eleitorais diferentes e a justificativa para tal estaria baseada na representatividade das casas.
Como são eleitos os senadores?
Os senadores são eleitos pelo voto majoritário: são eleitos os candidatos mais votados em cada Estado, em um único turno. Mas, o mandato de senador é de oito anos e as eleições são realizadas a cada 4 anos. Assim, em uma eleição são renovados dois terços das 81 cadeiras do Senado (doissenadores por estado). Na eleição seguinte, é renovado apenas um terço, e aí a opção é de apenas um senador.
Como são eleitos deputados e vereadores?
Eles são eleitos por um outro sistema eleitoral chamado de proporcional de lista aberta. Por esse sistema, o número de votos para se eleger um deputado ou vereador é dependente da relação entre o número de eleitores e o número de cadeiras que cada estado (deputados) ou município (vereadores) tem em sua respectiva Câmara (estadual ou municipal).
O número mínimo de votos necessário para eleger um deputado ou vereador é chamado de quociente eleitoral e é obtido pela divisão do total dos votos válidos pelo número de cadeiras do estado ou município na Câmara (federal, estadual ou municipal). 
Função social do Judiciário e funções auxiliares à Justiça
A Função social do Poder Judiciário: Esse conceito envolve dois aspectos.
O Poder Judiciário interpreta e aplica a lei nos litígios entre os cidadãos e entre cidadãos e Estado. 
O Judiciário afirma e restabelece os direitos contestados ou violados, porém não dispõe dos meios materiais para impor suas sentenças. 
Função jurisdicional é ao mesmo tempo poder, função e atividade:
Poder– na medida em que é a capacidade de decidir imperativamente e de impor suas decisões. 
Função – promove a pacificação dos conflitos de interesses entre os jurisdicionados, mediante o direito e por meio do processo. 
Atividade– é o complexo de atos jurídicos praticados pelo juiz no processo, exercendo o poder que lhe é conferido por lei e cumprindo suas funções.
Estrutura e infraestrutura do Judiciário
O Judiciário está dividido em dois grandes grupos: federal e estadual. 
O Poder Judiciário Federal é o competente para apreciar todas as causas em que houver interesse da União ou de seus desdobramentos administrativos (autarquias e empresas públicas) como autora, ré ou simples interessada (arts. 106 e 109 CF/88). Dele fazem parte os tribunais federais, eleitorais, trabalhistas e militares.
Quanto ao Poder Judiciário Estadual, a ele compete apreciar todas as demandas envolvendo conflito de interesse entre particulares, bem como as causas em que há interesse dos próprios Estados, Municípios e seus desmembramentos administrativos –art. 126, CF/88
Além disso, há as instâncias superiores, instaladas na capital do país: o Superior 
Tribunal de Justiça, cuja competência é a de zelar pela supremacia das leis federais e promover a uniformização de sua interpretação –art. 105, III, a, b, c, CF/88. e o Supremo Tribunal Federal –órgão máximo do Judiciário, abaixo do qual se encontram todos os demais e que tem por competência atuar em hipóteses especiais, previstas pela Constituição (art. 102) e através do recurso devido (recurso ordinário –art. 102, II ou extraordinário –art. 102, III). 
A criação do Conselho Nacional de Justiça – CNJ
Com previsão constitucional (art. 103-B), o CNJ tem se revelado um marco na busca da eficiência do Poder Judiciário Nacional. A ele compete, entre outros:
a) zelar pela autonomia do Poder Judiciário;
b) receber e conhecer as reclamações contra qualquer dos membros ou órgãos do Poder Judiciário;
c) representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade; 
d) rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano.
Instrumentos humanos de realização da ordem jurídica – a Magistratura 
A Magistratura é elemento essencial no Estado Democrático de Direito. Sendo certo que não pode haver democracia sem uma magistratura consciente de seu papel social. Não pode haver democracia sem esse poder que, por atribuição constitucional, desempenha a relevante função de garantir o respeito aos direitos fundamentais do cidadão.
Sistemas seletivos adotados para o recrutamento de juízes
Sistema Eletivo (Por votação) 
Vantagens: Mais democrático; rápido e econômico e há controle sobre o desempenho do juiz por parte da população.
Desvantagens: critérios políticos podem influir e nem sempre os melhores são eleitos.
Sistema de nomeação
Vantagens: rapidez e economia
Desvantagens: é antidemocrático, pois não dá oportunidades iguais a todos. 
Concurso Público
Desvantagens: mais oneroso (exige uma comissão de alto nível para realizar o concurso) e é 
mais demorado.
Vantagens: mais democrático.
Sistema adotado no Brasil
Sistema misto: Concurso público de provas e títulos para os magistrados de 1ª instância. Para os tribunais superiores é nomeação pelo Presidente da República após aprovação pelo Senado Federal. Nos Tribunais de Justiça a nomeação é feita pelo Governador em 1/5 dos membros para ingresso nesses tribunais, por meio de uma lista tríplice feita pelo próprio Tribunal, sendo que metade das vagas é da OAB e outra metade para os membros do Ministério Público estadual.
O Ministério Público
É considerado o quarto poder constitucional. Elevado a capítulo especial: Das Funções Essenciais à Justiça. 
Funções do MP, de acordo com o art. 129, CF/88.
a) defensor da sociedade fiscal da lei (custus legis);
b) proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e dos interesses difusos e coletivos, promovendo o inquérito civil e a ação civil pública;
c) propor ação de inconstitucionalidade;
d) controle externo da atividade policial;
e) defesa dos direitos humanos.
A Defensoria Pública
Trata-se de uma instituição que, ao lado da Advocacia, da Advocacia Pública e do Ministério Público, é essencial à jurisdição.
Atribuições:
a) orientação jurídica e defesa, em todos os graus, aos necessitados, ou seja, àqueles que comprovarem insuficiência de recursos;
b) concede isenção ao preparo de pareceres e consultoria.
A Advocacia
A advocacia é atividade essencial para a administração da justiça. O advogado possui a capacidade de postular os interesses das pessoas em juízo ou fora dele e também de prestar assessoria e consultoria. 
Democratização dos tribunais e acesso à Justiça.
As origens dos problemas do Poder Judiciário em relação ao acesso e à democratização vão desde o despreparo técnico de juízes às deficiências na elaboração das normas jurídicas, passando pelo desaparelhamento do Judiciário, pela prática de um sistema abusivo de recurso e pelo excessivo apego ao formalismo, em um devotamento à vertente romanista do Direito, que já deveria estar vencido.
Deficiências do judiciário.
• Causas Estruturais:
a) Sistema judiciário complexo e obsoleto: há muitas justiças especializadas, muitas instâncias (quatro) e inúmeros tribunais;
b) Inexistência de uma Corte Constitucional: é constitucional, principalmente num país em que tudo se constitucionalizou;
c) Morosidade e deficiência espacial: há a necessidade de proximidade e de celeridade de atuação dos órgãos de primeira instância e do aperfeiçoamento dos sistemas de justiça alternativa e prejudicialidade.
d) Deficiência de controles: falta de cumprimento de prazos, de assiduidade e de residência dos titulares nas respectivas comarcas;
e) Necessidade de um sistema nacional de controle que superasse o corporativismo sem expor o Judiciário à politização;
f) Número insuficiente de juízes: a proporção em 2004 era de um juiz por 25.000 habitantes. Essa proporção em países desenvolvidos é de um juiz por 5.000 habitantes. 
• Causas Funcionais:
a) Impropriedade das leis: muitas leis, mas inadequadas aos fatos que pretendem reger e má confecção das leis;
b) Complicação procedimental: predominância do hermetismo, processualística sobrevalorizada, excesso de meandros técnicos e sistema irracional de recursos;
c) Deficiência no sistema de provocação: descaso do Poder Público na motivação, seleção e aperfeiçoamento dos membros das funções essenciais à Justiça, notadamente nas defensorias públicas.
• Causas Individuais:
a) Deterioração da formação acadêmica do bacharel: proliferação de faculdades sem bom nível científico. Currículos deficientes nas matérias de Direito Público. Reprovação em massa nos examesde ordem;
b) Carência na formação específica dos magistrados: seleção para a carreira por meio de concursos para ingresso nas Escolas da Magistratura. Promoções condicionadas a cursos de reciclagem ou titulação em pós-graduação.
Democratização dos tribunais e acesso à Justiça
Novidades do Novo Código de Processo Civil:
1.Elimina recursos que hoje dilatam a duração dos processos. 
2.Custos advocatícios adicionais na fase recursal contra litigância de má-fé. 
3.As partes poderão firmar acordo podendo modificar procedimentos que hoje são rígidos.
4.Estímulo ao uso de instrumentos eletrônicos. 
5.Conciliação e a mediação. 
Sociologia das profissões jurídicas
Até o primeiro quarto do século XX, os interesses nas profissões jurídicas ainda estavam voltados para os seguintes assuntos:
a) A qualidade do ensino jurídico; 
b) A consolidação das profissões jurídicas no mercado de trabalho;
c) A ética dos profissionais da área jurídica. 
Nas análises sociológicas de viés funcionalista, a profissão jurídica é frequentemente idealizada como uma profissão nobre, mas, na prática, é descoberta como um nicho de atuação para ganhar dinheiro, bastante dinheiro.
Para Santos (2012, p.89), importam três aspectos fundamentais para as análises sociológicas: 
1) A relação entre profissões jurídicas e burocracia estatal como mecanismo de reforço do poder das próprias profissões do direito; 
2)O ensino do direito como via de acesso à atividade profissional do direito e como meio de incorporação dos habitus profissionais do direito; 
3)O poder politico das associações profissionais do direito.
FATORES DE TRANSFORMAÇÃO DO DIREITO E OPINIÃO PÚBLICA.
Mudança social e Direito
O Direito concebido como ciência social deve acompanhar as mudanças que ocorrem na sociedade, a fim de tutelar novos direitos ou prevenir novos conflitos, apontando solução para os conflitos inevitáveis. Isto porque, como um produto cultural, o Direito é influenciado e reflete a realidade social, econômica e política que o envolve.
O Direito e a realidade se influenciam. Portanto, o Direito precisa acompanhar as diversas oscilações sociais, uma vez que é para a sociedade que o Direito a serviço e foi criado. Desse modo, constata-se a existência de certos fatores que ocorrem na sociedade e que repercutem diretamente na esfera jurídica.
Fatores de Transformações do Direito
Fatores Econômicos
A organização social se baseia no modo como os homens produzem, possuem e comerciam. Assim, o Direito vai se modificando à medida em que se vai alterando a estrutura econômica da sociedade. Marx e Engels consideravam que o fator econômico era determinante para a história da humanidade, sendo os demais fenômenos culturais consequências das relações econômicas.
Ex.: Revolução industrial –surgimento do Direito do trabalho.
Fatores Políticos 
O Direito se revela como produto da correlação das forças políticas que atuam na sociedade. Assim, se prevalecem as forças conservadoras, as normas jurídicas tendem a ter um perfil também conservador retrógrado. Mas, por outro lado, se prevalecem as forças políticas progressistas, democráticas, certamente o ordenamento jurídico irá refletir esse caráter avançado. Ex.: As diversas constituições brasileiras.
Fatores Culturais
A maior prova de que o Direito é uma manifestação cultural social, um fenômeno cultural, está no fato de que vão surgindo novos ramos do Direito à medida em que se expande o mundo cultural de um povo. Atualmente se fala em Biodireito, Direito Espacial, Nuclear, Virtual etc., realidade somente possível graças ao desenvolvimento científico dos tempos modernos.
Fatores Religiosos
Nos povos antigos, o Direito se confundia com a religião. As legislações eram cheias de rituais, preceitos e proibições de caráter sagrado. Somente após um processo lento e prolongado de secularização é que religião e direito foram sendo separados. Seja lá como for, temas polêmicos e de forte acento religioso como o aborto e o casamento homossexual, continuam sofrendo fortes barreiras por conta da influência dos políticos vinculados às igrejas.
Participação popular –opinião pública
O Direito utilizado como instrumento controlador dos comportamentos é eficaz,pois na vida não se pode prescindir de regras.
O Direito utilizado como instrumento controlador dos comportamentos é eficaz, pois na vida não se pode prescindir de regras. O Direito como efetivador de justiça, sob o ponto de vista de cada cidadão, tem-se demonstrado inoperante.
Assim, a opinião pública tem especial interesse para o profissional do Direito em geral. Porque o sentimento social sobre o que é o justo e o injusto e o papel do Direito é sinalizado pelo próprio pensamento social coletivo, como uma bússola, aponta o que a sociedade necessita e espera do Estado em sua função de distribuir a justiça e manter a paz social.
Qual a Importância da opinião pública para a Sociologia Jurídica e para o Direito? 
Tem especial importância, pois age como um Verdadeiro termômetro, revelando ao legislador e demais autoridades que atuam na área jurídica o sentimento social em torno de questões sociais relevantes e indicando as mudanças necessárias nas leis e instituições jurídicas.
O Sentimento coletivo de justiça
Existe não só um sentimento individual de justiça, mas um sentimento coletivo. Ao legislador especialmente importa conhecer o sentimento coletivo de justiça para que possa elaborar leis justas, adequadas aos conveniência sociais.
O exame do sentimento de justiça abrange: 
a) O exame das normas existentes, sua adequação ou não ao que é tido como justo;
b) A aprovação social das sanções que o Direito estabelece, garantidoras da validez e eficácia das normas;
c) A opinião do público acerca do comportamento ilícito.
Movimentos sociais –cidadania – etnodiversidade –gênero 
Movimentos sociais 
Mais do que pensar em valores e crenças comuns para a ação social coletiva, e deve considerar as estruturas sociais nas quais se manifestam. Os MS fariam explodir os conflitos já postos pela estrutura social geradora. 
Cada sociedade ou estrutura social teria como cenário um contexto histórico 
(ou historicidades) no qual, assim como também apontava Karl Marx, estaria 
posto um conflito entre classes, terreno das relações sociais, a depender dos 
modelos culturais, políticos e sociais
Veja por exemplo o MST –Movimento dos Trabalhadores Sem Terra:
Você teve oportunidade de aprender na disciplina História do Direito Brasileiro, que o 
acesso à terra em nosso país, a partir da edição da Lei de Terras, de 1850, foi dificultado para os pobres. E que, a partir do advento da Lei de Terras, começou o fenômeno da grilagem de terras pelos latifundiários ( falsificação de títulos de propriedade).
A Lei de Terras garantia mão de obra livre aos grandes proprietários, pois restringia o acesso à terra mediante a compra. Isto porque, as terras ainda não ocupadas passavam a ser propriedade do Estado e só poderiam ser adquiridas através da compra nos leilões mediante pagamento à vista e não mais por meio de posse. 
• Sem a aprovação da Lei de Terras, possivelmente, escravos libertos e imigrantes europeus, invés de trabalharem nas grandes lavouras, dirigiriam-se para o interior do país em busca de terras desocupadas para tomar posse. 
• A criação desta Lei garantiu os interesses dos grandes proprietários do Nordeste e do Sudeste que estavam iniciando a promissora produção do café e, certamente, contribuiu para a formação de grandes concentrações latifundiárias e do injusta distribuição de terras no Brasil, que levou ao aparecimento do MST.
Cidadania
O termo cidadania tem origem etimológica no latim civitas, que significa "cidade". Estabelece um estatuto de pertencimento de um indivíduo a uma comunidade politicamente articulada –um país –e que lhe atribui um conjunto de direitos e obrigações, sob vigência de uma constituição.
A cidadania possui duas 
categorias: Formal;Substantiva.
Cidadania Formal
A cidadania formal é, conforme o direito internacional,indicativo de nacionalidade, de pertencimento a um Estado-Nação, por exemplo, cidadania brasileira. 
Cidadania substantiva
Em segundo lugar, na ciência política e sociologia, o termo em sentido mais amplo, a cidadania substantiva é definida como a posse de direitos civis, políticos e sociais. Essa última forma de cidadania é a que nos interessa.
Os movimentos sociais e a efetiva participação da população em geral foram fundamentais para que houvesse uma ampliação significativa dos direitos políticos, sociais e civis alçando um nível geral suficiente de bem-estar econômico, lazer, educação e político. 
Ao abordar o tema da cidadania, que necessariamente importa em participação nos destinos da sociedade, Sousa Santo se refere ao fenômeno da “cidadania bloqueada” que seria característico nos sistemas democrático representativos, na medida em que não lhes garantem as condições de participação social ou política, muito embora o próprio sistema esteja baseado na ideia de participação. 
Etnodiversidade
Significa a presença de diversas etnias e "raças" em um mesmo país, ou mesmo território. Sua inspiração é a analogia com "biodiversidade".É inegável que o Brasil, desde o seu descobrimento e colonização, se encontra profundamente vinculado à diversidade. Tanto À biodiversidade, quanto à diversidade das nações indígenas, diversidade dos imigrantes, diversidades regionais, mestiços etc., ou seja, etnodiversidade.
A etnodiversidade brasileira resulta da presença de vários povos indígenas (tupis, guaranis, yanomamis, Temiminós, etc.), descendentes de imigrantes de variadas origens (europeus, asiáticos), além da forte contribuição de povos africanos (iorubá, bantu,gê,etc.).
Questões de gênero
As relações de gênero se revelam como elementos indispensáveis para a compreensão da sociedade. Inegavelmente, o conceito institucionalizado de gênero contribui para a justificação das desigualdades sociais entre homens e mulheres que nada tem a ver com o biológico. 
A identidade de gênero ou sexual, é um conceito extremamente complexo, composto por componentes conscientes e inconscientes. “a ideia de gênero, não é um constructo mental unitário, pois grande número de diferentes componentes estruturados em diversas épocas do desenvolvimento e advindos de várias influências, formarão a composição final do que se convencionou chamar de identidade de gênero”. 
A ideia de gênero, não é um constructo mental unitário, pois grande número de diferentes componentes estruturados em diversas épocas do desenvolvimento e advindos de várias influências, formarão a composição final do que se convencionou chamar de identidade de gênero”. Uma questão básica é que as pessoas sejam nomeadas e reconhecidas pelo modo como elas se identificam para o outro, e sejam respeitadas como tal.
Novos arranjos familiares
“A existência das novas configurações familiares passa por uma linha tênue de análise entre o que se considera politicamente/moralmente correto e a possibilidade da felicidade no rompimento de valores tradicionais construídos em conjunto com a família nuclear tradicional. A busca por novas formas de relações pode ser considerada um tabu. Por outro lado, é fato a existência de novas estruturas familiares, o que confirma a transformação da concepção em relação à instituição familiar e às relações conjugais.”
SOCIEDADE GLOBAL E DIREITO
Direitos Humanos: São o resultado de um longo processo histórico de lutas e de resistência a opressão, desde o Cristianismo, do Medievo, com a defesa da igualdade entre os homens em uma mesma dignidade, fruto da condição de igualdade e semelhança ao próprio Criador, responsável último pela criação de um ordenamento normativo cuja aspiração maior era o ideal de justiça.
O fenômeno da globalização mundial representa uma grande mudança histórica:
1-Há um novo momento de desenvolvimento da humanidade.
2-Há uma redefinição das noções de tempo e de espaço, tudo é instantâneo.
3-Há um processo de ´´Desterritorialização´´.
O ocorrência de uma interdependência global provoca o deslocamento do centro de articulação da sociedade internacional, que passa dos Estados nacionais aos novos atores das relações internacionais (organizações internacionais, empresas transnacionais, organizações não governamentais). 
A Mudança no conceito de soberania
O conceito de soberania,estabelecido no século XVI como característica dos Estados modernos, foi formado a partir da noção da superioridade do poder dos soberanos sobre qualquer outro poder em seus reinos. Isto, porque, no feudalismo, os aspectos econômico, político e ideológico estavam todos em uma única entidade indiferenciada (o senhor feudal). A mudança do feudalismo para o capitalismo, como modo de produção dominante, ocasionou a diferenciação das estruturas de poder.
O fenômeno da Modernidade provocou uma divisão em duas esferas distintas: 
1)O poder político estatal na esfera pública;2) O poder econômico na esfera privada.Nesse período, o poder econômico não era relevante politicamente, ficando a soberania restrita à esfera pública.
O poder soberano privado superestatal difuso
Hoje, o que acontece é que surgiu um poder soberano privado supraestatal difuso, que apesar de ser um poder privado, produz efeitos de natureza pública, sobretudo porque determina as políticas estatais, estabelecendo suas próprias políticas aos Estados e impedindo-os de realizar suas políticas quando incompatíveis com as suas próprias. Marramao (2014) considera que a sociedade contemporânea passa por uma espécie de período “entre reinos”, no qual “estamos deixando a ordem interestatal moderna para trás e uma nova ordem mundial está se construindo
”. Temos que considerar, em relação ao Direito que:
O direito se produz também por meio do associativismo social, do conflito social e dos resultados desses conflitos; O direito é um produto da dinâmica social, da dinâmica de trocas socioculturais e não somente um produto da vontade soberana
.Luta pela mundialização do direito
"A mundialização do direito se limita a construir uma comunidade econômica ou prenuncia uma verdadeira comunidade mundial de valores?" 
“A mundialização não remete apenas ao direito nascido da globalização econômica, mas também à universalização dos direitos do homem, fundada na declaração 'universal' de 1948.”(Marty)
Por uma comunidade de valores
Afim de construir um universalismo pluralista que permita instaurar uma verdadeira “comunidade mundial de valores”, Marty defende que é preciso tentar responder a duas questões: “qual comunidade? quais valores?"Delmas-Martydestaca que essa comunidade mundial seria, pela primeira vez, uma comunidade sem exterior e não mais apenas internacional, mas inter-humana. Quanto aos valores, a jurista primeiro discute seu fundamento, depois trata de seu conteúdo, apreendido entre o universalismo e o relativismo.
O direito numa nova comunidade de valores
A perspectiva é a de que “se está diante de uma sociedade em que a “mão invisível do mercado” passa a assumir o posto de Leviatã contemporâneo, sem qualquer responsabilidade humana é, portanto, ainda o Estado, e o Direito estatal, um dos únicos agentes capazes de proteger os cidadãos frente à nova ordem global, especialmente como agente de implementação dos direitos sociais.”
PARTICIPACAO POLITICA NA SOCIEDADE GLOBAL
Neoliberalismo expressão ideológica da globalização
Adam Smith afirmava que se deixássemos o mercado livre, sem interferências do Estado, ele caminharia como que conduzido por uma imensa mão invisível, ao melhor nível de bem-estar econômico e social. Depois, David Ricardo, no século XIX, levou a defesa do liberalismo ao plano internacional ao afirmar que se os países se especializassem em determinados produtos e liberassem o comércio internacional todos sairiam ganhando.
O liberalismo além de não dar certo, ainda levou a eclosão de duas guerras mundiais, por conta da disputa de mercado.
O tempo passou.Surge o neoliberalismo defendendo: O livre mercado é a melhor forma de enriquecimento dos indivíduos.Assim, defende a não intervenção estatal na economia, e também a adoção de taxas de câmbio totalmente flexíveis no mercado internacional, ou seja, o livre mercado entre as nações.
Neoliberalismo expressão ideológica da globalização
Acontece que, como muitos previram, o neoliberalismo acelerou o processo de globalização da economia e acabou com os limites geográficos, mas não eliminou a fome, a miséria e os problemas políticos de milhões de globalizados que vivem (ou sobrevivem) abaixo da chamada linha da pobreza absoluta.
Ao contrário do que apregoam os princípios neoliberais, as diferenças sociais na globalização acentuam-se quanto maior for o nível alienante de exclusão social que esteja incluído o indivíduo.
Sociodiversidade e minorias
A sociodiversidadeé um termo concebido pela Antropologia. Relaciona-se, por exemplo, às etnias indígenas, que são uma sociedade à parte da “sociedade dominante” (“homem branco”). Um exemplo disso são os índios Ianomâmis, que formam uma “nação” específica dentro do território brasileiro. Saiba que o STF reconheceu os direitos dos Ianomâmis utilizando o conceito de sociodiversidade.
SOCIODIVERSIDADE MULTICULTURALISMO TOLERÂNCIA E INCLUSAO
Ressalte-se que os indivíduos precisam perceber a pluralidade de mundos que a globalização lhes impõe, as múltiplas facetas de uma sociedade em constante mutação.
Relações de trabalho e globalização
A sociedade capitalista é dividida em duas classes: o trabalhador que vende a sua força de trabalho em troca do salário, e o empregador que é o dono das fábricas, escritórios e do capital.Esse sistema se baseia na busca pelo acúmulo de riquezas, por isso o empregador procura pagar o mínimo de salários e reduzir a despesa de produção para aumentar a margem de lucro. É o que Marx denominou de “mais valia”.A globalização surgiu da expansão do sistema capitalista e, para se adquirir essa expansão, foi necessário conquistar novos mercados para obter maiores lucros e acumular riquezas. Ou seja, outras formas de exploração.
Entre os efeitos gerados pela globalização econômica no mundo do trabalho, estão:
1.A migração de indústrias dos países desenvolvidos para os emergentes; 
2.A descentralização das atividades da empresa (terceirização) por meio de subcontratações;
3.A informalização do trabalho.

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