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Gimnospermas Prof. Fernando Pereira de Menezes Fanerógamas = Espermatófitas Cycadophyta, Ginkgophyta, Coniferophyta, Gnetophyta - gimnospermas 5 divisões Anthophyta - angiospermas Evolução das plantas vasculares SEMENTE Sempre na fase diplóide cormofítica Reprodução sementes Apresentam folhas diferenciadas em: trofófilos (nutrição) esporófilos (reprodução) evoluem para macrosporófilos (carpelos) microsporófilos (estames) Estróbilos (pinhas) carpelo = folhas carpelares gimnospermas Fanerógamas angiospermas esporófilo = carpelo óvulo Nas plantas mais primitivas o carpelo não se fecha e não forma o fruto, é o caso das GIMNOSPERMAS. Nas plantas mais evoluídas o carpelo se fecha formando o ovário, que depois de maduro se transforma em fruto que abriga as sementes, é o caso das ANGIOSPERMAS. Diferenças básicas entre GIMNOSPERMAS e ANGIOSPERMAS Termos correspondentes para os órgãos de reprodução: Micrósporo................................ Grão de pólen Microprótalo.............................. Tubo polínico Microsporófilo............................ Estame Microsporângio.......................... Antera Macrósporo............................... Macrósporo Macroprótalo............................. Endosperma/gimnos e saco embrionário nas angios Macrosporófilo........................... Carpelo Macrosporângio......................... Óvulo Espermatófitas SEMENTE: Capacidade de sobrevivência (proteção e nutrição da planta) Todas as plantas com sementes são heterosporadas. Megasporângio com 1 ou 2 camadas de tegumento, menos na micrópila. Óvulo: megasporângio (nucelo) + tegumento. Semente: é o óvulo fecundado. Embrião: desenvolve dentro da semente. Plantas vasculares mais antigas: maior distribuição geográfica que as atuais. Todas as plantas com semente possuem macrófilos. Plantas com sementes (Spermatophyta) (Fanerógamas) Gimno Angio 4 divisões: Cycadophyta Coniferophyta Ginkophyta Gnetophyta Progimnospermas: características entre Trimerófitas e plantas com semente. • Com câmbio vascular bilateral (xilema e floema). • Arbóreas. • Originou as gimnospermas. Gimnospermas extintas: Pteridospermales ( fetos arborescentes) Cordaitales (palmeiras e cycas) DIVISÃO Progymnospermophyta ORDENS Aneurophytales e Archaeopteridales (Devoniano Médio a Carbonífero Inferior) Triboxylon (Aneurophytales) Archaeopteris (Archaeopteridales) DIVISÃO Pteridospermophyta ORDENS Pteridospermales -Carbonífero ao Permiano Glossopteridales -Permiano ao Triássico Caytoniales -Triássico ao Cretáceo Medullosa (Pteridospermales) Elkinsia (Pteridospermales) Gimnospermas atuais Gymnospermae: “semente nua” Óvulos e sementes expostos na superfície dos espófilos Poliembrionia Água não é necessária para fecundação Surgimento do tubo polínico Formação do grão de pólen Formação do saco embrionário Pinha maduraPinha imatura Poliembrionia Com poucas exceções, o gametófito feminino das gimnospermas produz vários arquegônios. Como resultado, mais de uma oosfera pode ser fecundada, e vários embriões podem começar a se desenvolver dentro de um só óvulo – um fenômeno conhecido como POLIEMBRIONIA. Na maioria dos casos, somente um embrião sobrevive e relativamente bem poucas sementes atingem seu total desenvolvimento, com mais de um embrião. Filogenia hipotética simplificada dos grupos viventes de Espermatófitas CONIFERAS Grupo mais numeroso e maior distribuição Pinheiros e abetos Origem: das Cordaitales no Carbonífero Folhas xeromórficas Pinheiros caracterizados pela filotaxia das folhas (fascículos) Epiderme espessa, grossa cutícula, hipoderme, estômato afundado Polinização na primavera As plantas com sementes não formam anterídeos Sementes: 2 gerações esporofíticas (testa e nucelo) 1 geração gametofítica (embrião) Estróbilo microsporangiado: pequeno em micrófilos Microsporângio → muitos microsporócitos R! → 4 Micrósporos (n) → grãos de pólen alados – 2 céls. Protalares → 1 cél. geradora e 1 cél. tubo Megastróbilos maiores: Complexo de escamas da semente → 1 escama ovulífera (com 2 óvulos) e 1 escama bracteal Óvulo: nucelo (4 megásporos, 1 funcional) + tegumentos Pinaceae • São árvores com folhas aciculares, espiraladas • Os cones masculinos são compostos por numerosos microsporófilos, cada qual dotado de dois sacos polínicos concrescidos por sua face inferior. Seus grãos de pólen apresentem duas câmara de ar, exceto nos gêneros Larix e Pseudotsuga • Os cones femininos são compostos por numerosos macrosporófilos pequenos, sustentados por escamas protetoras, externas. Em cada macrosporófilo há dois óvulos, totalmente concrescidos com a parte superior do mesmo. • As sementes são aladas e o embrião possui vários cotilédones. • Maior família das gimnospermas, com centro de dispersão no hemisfério norte • Pinus é o maior gênero com cerca de 90 espécies. Pinaceae Exemplos: • Abies alba (abeto) • Cedrus libani (cedro do Líbano) • Cedrus deodora (cedro do Himalaia) • Pinus sylvestris (pinheiro europeu) • Pinus elliottii (produz madeira mole) • Pinus taeda (indicado para extração de celulose) • Larix decidua Abies alba Mill. Cedrus libani Cedrus deodara Pinus elliottii Pinus taeda Pinus taeda Pinus elliottii P. elliottii var. elliottii – cone pedunculado e sem espinhos proeminentes nas escamas. P. taeda – Cone séssil com espinhos proeminentes nas escamas. Folhas e estróbilo feminino de Larix sp (Pinaceae) Coniferophyta, Coniferales, Pinaceae: Estróbilos masculinos de Pinus sp no momento da dispersão do pólen Pinaceae: Estróbilos masculinos de Pinus longaeva, espécie que reúne as árvores mais velhas conhecidas no mundo Taxodiaceae • Em geral árvores de grande porte. • Os microsporófilos são escamas pedunculadas com 2-9 sacos polínicos, presos por sua base. Pólen sem câmaras de ar. • Os cones femininos são compostos de escamas que se tornam lenhosas durante o amadurecimento. • Embriões com dois ou mais cotilédones. Exemplos: • Sequoiadendrum giganteum • Sequoia sempervirens • Metasequioia disticha • Taxodium distichum Ramo com folhas de Metasequoia sp (Taxodiaceae) Taxaceae Detalhe dos estróbilos masculinos (acima) e feminino (ao lado) de Cryptomeria japonica (Taxodiaceae) Troncos fósseis de Sequoia (Taxodiaceae) Sequoiadendrun giganteum Sequoiadendrun giganteum Cupressaceae • Compreende arbustos eretos ou rastejantes. • Os cones masculinos são compostos de microsporófilos que constam de pecíolos curtos e escamas terminais alargadas. • Os cones femininos são compostos de poucas escamas férteis ou esteréis, em disposição oposta ou verticilada. • As sementes podem apresentar ou não uma asa estreita. O cone sementífero maduro é de coriáceo a lenhoso e, temporariamente, fechado, abrindo-se, ao amadurecer das sementes, por fendas entre as margens das escamas. Em Juniperus permanecem fechados, formam uma espécie de baga. • A família está dividida em três-subfamílias: Cupressoideae, Thujoideae e Juniperoideae. Cupressaceae a)Cupressoideae – Apresentam estróbilos lignificados. Os macrosporófilos ao amadurecem afastam-se um dos outros. Exemplo: – Cupressus sempervirens (cipreste), originário da Ásia,muito cultivado no Brasil. – Cupressus macrocarpa Cupressus sempervirens Cupressus sempervirens estróbilos Cupressus macrocarpa b) Thujoideae – Apresentam estróbilos lignificados. Os macrosporófilos ao amadurecerem se curvam para os lados. Exemplos: – Thuja occidentalis (árvore da vida), originária da América do Norte. Muito encontrada na Europa. Formação de cerca viva. – Thuja orientalis, arbusto muito ramificado, no Brasil muito cultivado como ornamental. c) Juniperoideae – Os estróbilos femininos são um pouco carnosos. Exemplo: – Juniperus communis (junípero, zimbro), suas bagas são consideradas medicinais na Europa e são usadas para preparar o gim. Thuja occidentalis Thuja orientalis Thuja occidentalis Thuja orientalis Araucariaceae • Árvores nativas do hemisfério sul. Sua madeira difere de outras coníferas pela falta de condutos resiníferos. • Tem folhas lanceoladas, ovadas, aciculares ou subuladas em disposição espiraladas. • Árvores dióicas com folhas sempre verdes. • Os cones masculinos são compostos de numerosos microsporófilos, que possuem um pecíolo estreito, encimado por uma escama alargada, da qual pendem sacos polínicos compridos. • Os cones femininos são lenhosos e compreendem números macrosporófilos, cada um com um óvulo. Araucariaceae Exemplos: • Araucaria angustifolia (pinheiro do Paraná ou pinheiro brasileiro), fornece boa madeira. As sementes, os pinhões, são comestíveis. Importantíssimas para reflorestamento. Sua exploração irracional provocou uma diminuição drástica na reservas do planalto Sulbrasileiro. • Araucaria excelsa (araucária da Ilha da Norfolk), árvore alta e esguia com ramificação verticilada desde a parte basal do tronco, as plantas jovens são usadas como árvores de natal. • Araucaria bidwillii (araucária da Austrália), apresenta contornos perfeitamente piramidais. • Araucaria araucana (araucária do Chile), as folhas rígidas são estreitamente imbricadas. Gimnospermas (ex: Pinheiro do Paraná) Araucaria angustifolia (Araucariaceae) Distribuição geográfica de Araucaria, com o respectivo número de espécies. Estróbilo feminino maduro (pinha) de Araucaria angustifolia Região montanhosa do Chile, hábitat de Araucaria araucana Indivíduos de Araucaria araucana (Chile) Araucaria humboldtiensis (Nova Caledônia) Araucaria bidwillii Araucaria bidwillii Estróbilo feminino e detalhes da semente de Araucaria bidwilii Costa da Nova Caledônia, hábitat de Araucaria columnaris Estróbilo feminino de Araucaria sp. - Uruguai Indivíduo centenário e detalhe das folhas e estróbilo feminino de Agathis australis Indivíduo de Wollemia nobilis (Araucariaceae), ocorrente na Austrália: - árvore de até 40m - distante 150km de Sydney - espécie descoberta em 1994! Podocarpaceae • São árvores ou arbustos com folhas escamosas, aciculares, lineares, lanceoladas ou ovadas, dispostas em espiral exceto em Microcachrys com folhas opostas-cruzadas). • Os cones masculinos, axilares ou terminais, são compostos por muitos microsporófilos, cada qual dotado de dois sacos polínicos. Pólen em, geral, com câmara de ar. • Os cones femininos não são lenhosos. Constam de uma a muitas escamas que se tornam carnosas. No gênero Podocarpus, único com espécies nativas no Brasil, apresentam um ou dois macrosporófilos. Uma única semente se desenvolve nos receptáculo carnoso. O embrião apresenta dois cotilédones. Podocarpaceae Exemplos: • Podocarpus lambertii (pinheiro-bravo), árvore de grande porte que fornece madeira semelhante à do pinheiro do Paraná. Encontra-se do RS a MG. • Podocarpus sellowii, encontrado do sul ao norte e nordeste do Brasil, difere da espécie anterior pelas folhas mais largas e pela falta de pedúnculo nos grupos de cones masculinos • Podocarpus roraimae, espécie descrita, para região do monte Roraima. • Podocarpus macrophyllus Podocarpus lambertii Detalhe do “estróbilo” feminino de Podocarpus macrophyllus (Podocarpaceae) Estróbilos masculinos de Podocarpus macrophyllus Detalhe das folhas e estróbilos masculinos de Cephalotaxus sp. (Cephalotaxaceae) Filogenia hipotética simplificada dos grupos viventes de Espermatófitas CYCADALES Semelhantes às palmeiras Carbonífero Estróbilo com pólen e os com semente estão em plantas diferentes Cycas Cycadaceae • As cicadáceas são plantas arborescentes, do aspecto parecido com certas palmeiras. • O caule é espesso coluniforme ou bulboso, lenhoso e raras vezes ramificados. Alcança a altura de 15-20m, os cultivados não excedem a 2m. Os caules apresentam-se revestidos de cicatrizes ou de restos de pecíolos de folhas caídas. Neles encontram-se, além dos elementos gerais da anatomia das gimnospermas, canais cheios de mucilagem. Cycadaceae • As folhas são, em regra, de duas formas: umas pequenas e escamosas, que envolvem o broto terminal e as outras, grandes e penadas, de prefoliação mais ou menos circinada. Inserem-se seguindo uma espiral. As folhas, grandes e vistosos, são perenes e coriáceas. • A raiz primária é persistente. Desce fundo no solo e ramifica-se normalmente. • As flores são sempre díclinas e dióicas. Prefoliação circinada em báculo Cycadaceae Exemplos: • Cycas revoluta (sagu de jardim) • Cycas circinnalis • Zamia boliviana • Zamia ulei Fóssil de Zamites (Cycadophyta); Triássico Distribuição geográfica atual de Cycadophyta FAMÍLIAS VIVENTES DE CYCADOPHYTA Cycadaceae: nervura central marcada sem nervuras laterais. Stangeriaceae: nervura central marcada e nervuras laterais presentes. Zamiaceae: nervuras paralelas, com ou sem transversais de menor “calibre” entre estas. Zamiaceae Mycrocycas calocoma Encephalarthos sp - África (Stangeriaceae – Cycadophyta) Cycas revoluta em cultivo (Cycadaceae – Cycadophyta) Indivíduo masculino fértil de Cycas revoluta (Cycadaceae) Cycas revoluta – estróbilos masculinos Filogenia hipotética simplificada dos grupos viventes de Espermatófitas Ginkgoaceae • Desta família existe uma única espécie recente, Ginkgo biloba. • As folhas são muito características, tem tamanho médio e forma de um leque com uma fenda mediana. • As flores são díclinas e dióicas. • A origem do Ginkgo é a região que compreende o Japão e a China. Cultiva-se em muitos países, graças ao seu valor ornamental, também é considerada planta medicinal. DIVISÃO Ginkgophyta ORDEM Ginkgoales (Triássico ao recente) Ginkgo biloba (Ginkgoaceae) Japão Ramo com folhas de Ginkgo biloba (Ginkgoaceae) Folha de Ginkgo biloba Estrs. femininas Ginkgo biloba - Estrs. masculinas Filogenia hipotética simplificada dos grupos viventes de Espermatófitas GNETOPHYTA Gnetum, Ephedra e Welwitschia Grupo mais intimamente relacionado com as angiospermas Os 3 gêneros diferem em várias características Semelhança com as angiospermas: • ausência de arquegônio • estróbilo = inflorescência • presença de elementos de vasos • dupla fecundação • alguns produzem néctar * Mas nenhum desses gêneros pode ser considerado como ancestral das angiospermas Ephedraceae • Plantas arbustivas até subarborescentes com ramos vergados e folhas pequenas, escamosas, oposto-cruzadas. • Macro e microsporófilos formam cones unissexuais, protegidos por escamas protetoras, persitentes. Os cones ocupam posição terminal em ramos curtos. • Os óvulos possuem micrópila saliente, alongada• O gênero Ephedra (único), com cerca de 40 espécies habita a Ásia Central, a Europa Meridional e América do Norte Ocidental e a parte sul da América do Sul. Ephedraceae Exemplo: • Ephedra tweediana – espécie do extremo sul do Brasil • Ephedra americana – espécie andina do Chile e Peru • Ephedra sinica • Ephedra shennangiana – a sinica e a shennangiana são espécies nativas da China, fornecem a Ephedra que contém efedrina, substância cristalina encontrada na Ephedra, empregada como medicamento C10H15ON – alcalóide medicinal Ramo com folhas de Gnetum gnemon (Gnetaceae) Região da Namíbia (África), local de ocorrência de Welwitschia mirabilis (Welwitschiaceae) Indivíduo centenário de Welwitschia mirabilis (Namíbia, África) Planta jovem de Welwitschia mirabillis crescida em estufa Detalhe de indivíduo masculino fértil de Welwitschia mirabilis Estróbilos masculinos de Welwitschia mirabilis Estróbilos femininos de Welwitschia mirabilis (Welwitschiaceae - Gnetophyta) Cratonia cotyledon Chapada do Araripe (CE) Ephedra spp. (Ephedraceae – Gnetophyta) Indivíduo com estróbilos masculinos de Ephedra sp
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