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Livro 7° e 8° ano Ed. Física

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Prévia do material em texto

7a SÉRIE 8oANO
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
Volume 2
EDUCAÇÃO
FÍSICA
Linguagens
CADERNO DO PROFESSOR
MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR 
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
7a SÉRIE/8o ANO
VOLUME 2
Nova edição
2014-2017
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretária-Adjunta
Cleide Bauab Eid Bochixio
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e 
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta 
Coordenadora de Gestão da 
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de 
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação, 
Monitoramento e Avaliação 
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e 
Serviços Escolares
Dione Whitehurst Di Pietro
Coordenadora de Orçamento e 
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o 
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-
radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que 
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula 
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com 
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação 
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste 
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização 
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações 
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca 
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso 
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb. 
Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-
tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São 
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades 
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias, 
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade 
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas 
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam 
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-
ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a 
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico. 
Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu 
trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar 
e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história. 
Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.
Bom trabalho!
Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
Os materiais de apoio à implementação 
do Currículo do Estado de São Paulo 
são oferecidos a gestores, professores e alunos 
da rede estadual de ensino desde 2008, quando 
foram originalmente editados os Cadernos 
do Professor. Desde então, novos materiais 
foram publicados, entre os quais os Cadernos 
do Aluno, elaborados pela primeira vez 
em 2009.
Na nova edição 2014-2017, os Cadernos do 
Professor e do Aluno foram reestruturados para 
atender às sugestões e demandas dos professo-
res da rede estadual de ensino paulista, de modo 
a ampliar as conexões entre as orientações ofe-
recidas aos docentes e o conjunto de atividades 
propostas aos estudantes. Agora organizados 
em dois volumes semestrais para cada série/
ano do Ensino Fundamental – Anos Finais e 
série do Ensino Médio, esses materiais foram re-
vistos de modo a ampliar a autonomia docente 
no planejamento do trabalho com os conteúdos 
e habilidades propostos no Currículo Oficial 
de São Paulo e contribuir ainda mais com as 
ações em sala de aula, oferecendo novas orien-
tações para o desenvolvimento das Situações de 
Aprendizagem.
Para tanto, as diversas equipes curricula-
res da Coordenadoria de Gestão da Educação 
Básica (CGEB) da Secretaria da Educação do 
Estado de São Paulo reorganizaram os Cader-
nos do Professor, tendo em vista as seguintes 
finalidades:
f incorporar todas as atividades presentes 
nos Cadernos do Aluno, considerando 
também os textos e imagens, sempre que 
possível na mesma ordem;
f orientar possibilidades de extrapolação 
dos conteúdos oferecidos nos Cadernos do 
Aluno, inclusive com sugestão de novas ati-
vidades;
f apresentar as respostas ou expectativas 
de aprendizagem para cada atividade pre-
sente nos Cadernos do Aluno – gabarito 
que, nas demais edições, esteve disponível 
somente na internet.
Esse processo de compatibilização buscou 
respeitar as características e especificidades de 
cada disciplina, a fim de preservar a identidade 
de cada área do saber e o movimento metodo-
lógico proposto. Assim, além de reproduzir as 
atividades conforme aparecem nos Cadernos 
do Aluno, algumas disciplinas optaram por des-
crever a atividade e apresentar orientações mais 
detalhadas para sua aplicação, como também in-
cluir o ícone ou o nome da seção no Caderno do 
Professor (uma estratégia editorial para facilitar 
a identificação da orientação de cada atividade). 
A incorporação das respostas também res-
peitou a natureza de cada disciplina. Por isso, 
elas podem tanto ser apresentadas diretamente 
após as atividades reproduzidas nos Cadernos 
do Professor quanto ao final dos Cadernos, no 
Gabarito. Quando incluídas junto das ativida-
des, elas aparecem destacadas.
A NOVA EDIÇÃO
Leitura e análise
Lição de casa
Pesquisa em grupo
Pesquisa de 
campo
Aprendendo a 
aprender
Roteiro de 
experimentação
Pesquisa individual
Apreciação
Você aprendeu?
O que penso 
sobre arte?
Ação expressiva
!
?
Situated learning
Homework
Learn to learn
Além dessas alterações, os Cadernos do 
Professor e do Aluno também foram anali-
sados pelas equipes curriculares da CGEB 
com o objetivo de atualizar dados, exemplos, 
situações e imagens em todas as disciplinas, 
possibilitando que os conteúdos do Currículo 
continuem a ser abordados de maneira próxi-
ma ao cotidiano dos alunos e às necessidades 
de aprendizagem colocadas pelo mundo con-
temporâneo.
Para saber mais
Para começo de 
conversa
Seções e ícones
SUMÁRIO
Orientação sobre os conteúdos do volume 8
Tema 1 – Atividade rítmica – Manifestações e representações da cultura rítmica de 
outros países: o zouk 10
Situação de Aprendizagem 1 – Zouk o quê? 11
Situação de Aprendizagem 2 – O tempero do zouk: “canela”, “gengibre” e 
“pimenta” 14
Atividade Avaliadora 16
Propostade Situações de Recuperação 18
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão 
do tema 19
Tema 2 – Ginástica – Práticas contemporâneas: ginásticas de academia 20
Situação de Aprendizagem 3 – Saúde ou beleza? 23
Atividade Avaliadora 27
Proposta de Situações de Recuperação 27
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão 
do tema 28
Tema 3 – Organismo humano, movimento e saúde – Princípios e efeitos do treinamento 
físico 29
Situação de Aprendizagem 4 – Questão de princípios 30
Atividade Avaliadora 40
Proposta de Situações de Recuperação 40
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão 
do tema 41
Tema 4 – Esporte – Modalidade coletiva: futebol de campo 42
Situação de Aprendizagem 5 – Todos jogando futebol 47
Situação de Aprendizagem 6 – A tática do futebol 54
Atividade Avaliadora 58
Proposta de Situações de Recuperação 60
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão 
do tema 60
Tema 5 – Organismo humano, movimento e saúde – Exercício físico, obesidade e 
emagrecimento, doping e anabolizantes 62
Situação de Aprendizagem 7 – Níveis de (in)atividade física 66
Situação de Aprendizagem 8 – Sinal vermelho! Substâncias proibidas 73
Atividade Avaliadora 75
Proposta de Situações de Recuperação 78 
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão 
do tema 78
Quadro de conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais 80
8
ORIENTAÇÃO SOBRE OS CONTEÚDOS DO VOLUME
Professor, este Caderno foi elaborado 
para servir de apoio ao seu trabalho peda-
gógico cotidiano com a 7a série/8o ano do 
Ensino Fundamental. Os temas deste volu-
me são enfocados com base na concepção 
teórica da disciplina, já explicitada ante-
riormente, segundo os conceitos de Cultura 
de Movimento e Se-Movimentar.
Assim, pretende-se que as Situações de 
Aprendizagem aqui sugeridas para os temas 
Atividade rítmica, Ginástica, Esporte e Orga-
nismo humano, movimento e saúde, possibili-
tem que os alunos diversifiquem, sistematizem 
e aprofundem suas experiências do Se-Mo-
vimentar no âmbito das culturas rítmicas, 
gímnica, lúdica e esportiva, tanto para pro-
porcionar novas experiências (permitindo aos 
alunos estabelecer novas significações) como 
para ressignificar experiências vivenciadas. 
Espera-se que o enfoque adotado para o de-
senvolvimento dos conteúdos seja compatível 
com as intencionalidades do projeto político-
-pedagógico de cada escola.
Neste volume serão desenvolvidos os te-
mas Atividade rítmica, Ginástica, Organismo 
humano, movimento e saúde, e Esporte. Em 
relação ao primeiro tema, serão abordadas 
manifestações e representações ligadas à cul-
tura rítmica de outros países, tomando como 
exemplo o processo histórico e as questões de 
gênero presentes no zouk – dança de origem 
caribenha que influenciou algumas manifes-
tações rítmicas brasileiras. Espera-se que os 
alunos possam comparar e interpretar os con-
textos de manifestações do zouk em diversos 
países, percebendo sua relação com a cultura 
rítmica nacional. 
Quanto ao segundo tema deste Caderno – 
Ginástica –, dando continuidade ao volume 
anterior, as ginásticas de academia serão 
analisadas a partir de suas relações com a 
busca de padrões de beleza corporal e pa-
râmetros de saúde orgânica. A intenção é 
que os alunos sejam capazes de construir 
argumentação consistente a respeito de in-
teresses e motivações envolvidos na prática 
das ginásticas de academia, compreendendo 
os discursos sobre padrões e estereótipos de 
beleza corporal. 
No tema Organismo humano, movimento e 
saúde, serão tratados dois subtemas: um para 
refletir acerca das implicações da prática da 
atividade física no tratamento da obesidade e 
nos processos de emagrecimento, para que os 
alunos identifiquem, de modo geral, a relação 
entre os próprios níveis de atividade física ha-
bitual, aptidão cardiovascular e manutenção/
controle do peso corporal; e outro para tratar 
de questões relacionadas ao doping: utiliza-
ção de determinadas substâncias proibidas, 
no meio esportivo e fora dele, destacando-se 
o uso de anabolizantes. Nesse caso, o objetivo 
é fazer que os alunos conheçam e compreen-
dam os efeitos dessas substâncias sobre o de-
sempenho físico-esportivo, além dos efeitos 
prejudiciais à saúde.
Finalmente, o tema Esporte abordará o 
futebol de campo, discutindo seus princí-
pios técnicos e táticos, as principais regras 
e seu processo histórico. A intenção é fazer 
que os alunos identifiquem a dinâmica bási-
ca do futebol como esporte coletivo.
As estratégias escolhidas – que incluem 
pesquisas sobre os temas, vivência de passos 
de dança, dramatizações, realização de testes 
e programa de exercícios físicos – possibilitam 
aos alunos a reflexão, baseada no confronto de 
suas próprias experiências de Se-Movimentar, 
9
Educação Física – 7a série/8o ano – Volume 2
permitindo a sistematização e o aprofunda-
mento dos conhecimentos no âmbito da Cul-
tura de Movimento.
Os procedimentos propostos para a avalia-
ção caminham na direção de uma avaliação 
integrada ao processo de ensino e aprendiza-
gem, sem estabelecer procedimentos isolados e 
formais. As atividades avaliadoras devem favo-
recer a geração, por parte dos alunos, de infor-
mações ou indícios, qualitativos e quantitativos, 
verbais e não verbais, que serão interpretados 
pelo professor, nos termos das competências 
e habilidades que se pretende desenvolver em 
cada tema/conteúdo. Privilegia-se a proposição 
de Situações de Aprendizagem que favoreçam 
a aplicação dos conhecimentos em situações 
reais e a elaboração de textos-síntese relacio-
nados aos temas abordados, bem como ques-
tionamentos dirigidos aos alunos ao longo das 
aulas, visando verificar a compreensão dos 
conteúdos e a aquisição das competências e ha-
bilidades propostas.
A quadra é o tradicional espaço da aula de 
Educação Física, mas algumas Situações 
de Aprendizagem aqui sugeridas poderão ser 
desenvolvidas no espaço convencional da sala 
de aula, no pátio externo, na biblioteca, na 
sala de informática ou de vídeo, bem como em 
espaços da comunidade local, desde que com-
patíveis com as atividades programadas. Al-
gumas etapas podem ser também realizadas 
pelos alunos como atividade extra-aula (pes-
quisas, produção de textos etc.).
As orientações e sugestões a seguir pre-
tendem oferecer-lhe subsídios, para facilitar 
o desenvolvimento dos temas estudados. Não 
pretendem apresentar as Situações de Apren-
dizagem como as únicas a serem realizadas, 
nem restringir sua criatividade, como profes-
sor, para outras atividades ou variações de 
abordagem dos mesmos temas.
Nesse mesmo sentido, o Caderno do Aluno 
é mais um instrumento para servir de apoio 
ao seu trabalho e ao aprendizado dos alunos. 
Elaborado a partir do Caderno do Professor, 
esse material adicional não tem a pretensão de 
restringir ou limitar as possibilidades do seu 
fazer pedagógico.
De acordo com o projeto político-pedagó-
gico da escola e do planejamento do compo-
nente curricular, é possível que os temas nele 
elencados, selecionados dentre os propostos no 
Caderno do Professor, não coincidam com as 
atividades que vêm sendo desenvolvidas na es-
cola. Neste caso, a expectativa é subsidiar o seu 
trabalho para que as competências e habilidades 
propostas tanto no Caderno do Professor quan-
to no Caderno do Aluno sejam alcançadas.
Para otimizar o tempo pedagogicamente 
necessário para a aula, o Caderno do Alu-
no apresenta as Situações de Aprendizagem, 
também, como sugestões de pesquisa e ativi-
dades de lição de casa. 
Isto posto, professor, bom trabalho!10
TEMA 1 – ATIVIDADE RÍTMICA – MANIFESTAÇÕES E 
REPRESENTAÇÕES DA CULTURA RÍTMICA DE OUTROS 
PAÍSES: O ZOUK
A palavra zouk significa “festa”, e a mú-
sica é cantada em créole, língua que mistura 
predominantemente o idioma francês com 
dialetos africanos. É uma dança caribenha 
oriunda das Antilhas Francesas, com fre-
quência praticada nas ilhas de Martinica, 
Guadalupe e Santa Lúcia, e também popu-
lar em países africanos onde o português é 
a língua oficial, como Angola, Cabo Verde, 
São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Guiné 
Equatorial e Moçambique. O ritmo é mun-
dialmente conhecido. Na África, porém, é 
chamado de kizomba. 
No Brasil, popularizou-se no final da dé-
cada de 1990, com movimentos diferencia-
dos e associados à lambada, influenciando-a 
e sendo influenciado por ela. É bastante co-
nhecido na região Norte do país, o que se 
deve à proximidade com a Guiana Francesa, 
parte do território ultramarino francês. O 
Amapá e o Pará são os estados brasileiros 
em que o zouk é mais popular. 
Há indícios de que o zouk tenha influen-
ciado alguns ritmos brasileiros, ocasionando 
mudanças na forma de dançar o carimbó, por 
exemplo, com a substituição de duplas soltas 
por casais abraçados. No caso da lambada, 
surgida no Pará durante a década de 1970, 
além do zouk e do carimbó, percebe-se tam-
bém a influência do forró e de outros ritmos 
latinos, como o merengue. 
Considera-se que o zouk dançado no Bra-
sil não seja o mesmo dançado no Caribe. Os 
passos brasileiros são semelhantes aos da 
lambada, mas realizados mais lentamente. O 
ritmo dançado nos demais países é chamado 
de zouk love e seus passos são diferentes, por 
serem mais suaves. O zouk love possui três pas-
sos principais: o zouk cannelle (“canela”), o 
zouk gingembre (“gengibre”) e o zouk piment 
(“pimenta”).
Para esses passos é necessário considerar 
que os momentos de transferência do peso 
corporal ocorrem com movimentos de incli-
nação e de circundução da cabeça. O passo 
básico chamado “canela” se dá de maneira 
semelhante ao caminhar, para a frente e para 
trás, durante o qual o homem e a mulher colo-
cam-se de frente um para o outro.
Assim, o membro inferior direito de cada 
dançarino estará próximo ao membro infe-
rior esquerdo de seu parceiro. O movimen-
to é iniciado com a perna direita do homem 
projetando-se para a frente e, consequente-
mente, a perna esquerda da mulher projetan-
do-se para trás. A seguir, ambos se preparam, 
agrupando os membros inferiores, para “dar 
um passo” no sentido oposto: a mulher mo-
vimenta a perna esquerda para a frente e o 
homem a acompanha com a perna direita 
para trás. Esse movimento de vaivém é contí-
nuo ao longo da dança.
O passo “gengibre” envolve a semiflexão 
dos joelhos, seguida de extensão, asseme-
lhando-se ao movimento de descer e subir. 
Essa movimentação, na articulação do qua-
dril, é realizada à direita e à esquerda. Já o 
passo “pimenta” é a fusão dos anteriores 
(“canela” e “gengibre”), com o casal dançan-
do o mais próximo possível, entrelaçando os 
membros inferiores. Embora algumas articu-
lações tenham sido enfatizadas na descrição 
11
Educação Física – 7a série/8o ano – Volume 2
Possibilidades interdisciplinares
É possível relacionar o tema com Geografia, História, Arte e Língua Estrangeira. Converse 
com os professores responsáveis por essas disciplinas na escola. Essa iniciativa poderá facilitar 
a compreensão do tema pelos alunos de forma mais global e integrada.
dos movimentos, na caracterização do zouk 
não basta apenas dar passos para a frente, 
para trás e para os lados. É necessário envol-
ver todo o corpo ao dançar. 
Figuras 1 e 2 – Estilo brasileiro de dançar zouk, com passos/movimentos semelhantes aos da lambada.
F
ot
os
: ©
 P
au
lo
 L
ei
te
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 
ZOUK O QUÊ?
O objetivo desta Situação de Aprendiza-
gem é propiciar aos alunos contato com o 
processo histórico do zouk, para que perce-
bam semelhanças e diferenças com outras 
manifestações rítmicas. Os alunos pesquisarão 
e apreciarão diferentes contextos do zouk. 
Depois, poderão compará-lo a outras ma-
nifestações rítmicas, bem como identificar 
aspectos pessoais e interpessoais relaciona-
dos à vivência da dança.
12
Conteúdo e temas: cultura rítmica brasileira e de outros países; o processo histórico do zouk.
Competências e habilidades: identificar manifestações rítmicas de outros países; comparar manifesta-
ções rítmicas, percebendo semelhanças e diferenças com o zouk. 
Sugestão de recursos: CD, DVD e internet.
Desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 1
Etapa 1 – Danças e ritmos de “A” 
(de Antilhas) a “Z” (de zouk)
Sugira que os alunos realizem, antes das 
vivências, uma pesquisa a respeito de mani-
festações rítmicas que necessariamente são 
dançadas aos pares. Indique um roteiro para 
a pesquisa, com itens como: nome da dança, 
local de origem e localidade geográfica, idio-
ma das músicas (peça que tragam gravações 
e/ou letras das músicas), vestimentas (peça 
que tragam imagens para a aula) e principais 
passos ou movimentos (descrição dos passos, 
preferencialmente com imagens). 
Questione os alunos sobre as manifestações 
rítmicas pesquisadas e outras que conheçam. 
Agrupe-os conforme as categorias comuns às 
danças citadas: mesmo tipo de dança, nomes 
semelhantes, mesma região, mesmo idioma, 
vestimentas parecidas etc. Solicite a cada gru-
po que apresente pelo menos um passo de 
uma das danças pesquisadas, para que todos 
possam vivenciá-la. Na vivência dos passos, 
permita que os alunos formem pares fora do 
seu grupo, caso seja necessário. Separe previa-
mente CDs e DVDs de alguns ritmos e utilize, 
se possível, músicas específicas das danças pes-
quisadas pelos alunos.
Professor, coordene a pesquisa dos 
tipos de “dança aos pares” e solicite 
aos alunos que preencham o qua-
dro na seção “Pesquisa individual”, 
no Caderno do Aluno.
Dançando aos pares
Você já viu casais dançando juntinhos? 
Notou que o jeito de dançar varia confor-
me o ritmo da música? Será que o modo de 
dançar e o tipo de música variam de acordo 
com as regiões? Será que as pessoas se “pro-
duzem” de uma forma especial para dançar 
(roupas, sapatos, penteados etc.)? E os pas-
sos utilizados para dançar, será que variam 
também?
Pesquise informações sobre um tipo de 
dança aos pares (dança de salão, como é co-
nhecido) e preencha os espaços a seguir com 
o que você encontrou. Converse com adultos 
que dancem. Consulte sites, procure em jor-
nais e traga imagens. 
©
 I
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ag
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L
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in
st
oc
k
13
Educação Física – 7a série/8o ano – Volume 2
Resultados da pesquisa
Itens pesquisados Resultados
Nome da dança
Música e idioma da música
Origem
Vestimentas
(descreva e/ou ilustre com 
desenhos ou imagens)
Passos
(traga desenhos, ilustrações 
ou imagens – se encontrar)
Etapa 2 – Do zouk no Caribe à kizomba na 
África, o ABC do ritmo (“A” de África, “B” 
de Brasil e “C” de Caribe)
Explique o contexto histórico do zouk no 
mundo, relacionando-o à cultura rítmica brasi-
leira. Enfatize, por exemplo, que o zouk é muito 
semelhante à kizomba dançada na África, e que 
no Brasil houve uma mescla do ritmo com a 
lambada. Caso algum grupo tenha apresenta-
do informações sobre o zouk, valorize os dados 
pesquisados nessa contextualização.
Professor, faça uma reflexão com os 
alunos sobre as considerações apre-
sentadas no texto e solicite que 
assinalem a alternativa correta das 
questões apresentadas na seção “Para começo 
de conversa”, no Caderno do Aluno.
A música e a dança expressam a cultura 
de um povo. Nos dias de hoje, geralmente as 
pessoas saem para dançar. Vemos as pessoas 
Nesta atividade, a expectativa é que o aluno apresente resultadosmuito variados relacionados à dança de salão, em que podemos 
incluir valsa, tango, salsa, samba, gafieira, forró, lambada ou outras que integram a categoria “dança de salão”.
dançando em eventos sociais, em festas ou 
em encontros de amigos. Muitas vezes dan-
çamos sozinhos ao ouvir uma música de que 
gostamos. Ao dançar, as pessoas se expres-
sam, se comunicam, liberam sentimentos. 
Dançamos em grupos, soltinhos e aos pares. 
O importante é expressar-se com o ritmo da 
música. É, literalmente, deixar-se levar pelo 
ritmo. É entregar-se! Assim, quando vemos 
alguém dançar, sentimos a vibração e o en-
volvimento da pessoa. Percebemos a soltura 
e a leveza.
Neste tema, falaremos um pouco sobre o 
zouk, ritmo caribenho dançado aos pares, cuja 
música, cantada em créole (língua que mistu-
ra, predominantemente, o francês com dialetos 
africanos), é conhecida em todo o mundo.
O zouk surgiu nas Antilhas Francesas e é 
também muito popular em países africanos, 
como Angola, Moçambique, Cabo Verde, en-
tre outros, onde é chamado de kizomba.
14
No Brasil, o ritmo se popularizou no fi-
nal da década de 1990, com movimentos 
diferenciados e associados à lambada, in-
fluenciando-a e sendo influenciado por ela. É 
bastante conhecido na região Norte do país, 
devido à proximidade com a Guiana Francesa. 
O Amapá e o Pará são os estados brasileiros 
em que o zouk é mais popular.
Há indícios de que o zouk tenha influen-
ciado alguns ritmos brasileiros, ocasionando 
mudanças na forma de dançar o carimbó, 
por exemplo, com a substituição de duplas 
soltas por casais abraçados. No caso da lam-
bada, surgida no Pará durante a década de 
1970, além do zouk e do carimbó, percebe-
-se também a influência do forró e de outros 
ritmos latinos, como o merengue.
Mas, para começo de conversa, além do que 
já foi dito, reúna-se com seus colegas e vamos 
ver o que mais vocês conhecem sobre o zouk.
1. A palavra zouk significa:
a) dança.
b) festa.
c) alegria.
d) ação.
2. O zouk brasileiro é semelhante à lam-
bada. Na lambada, os movimentos são 
mais:
a) lentos que no zouk.
b) rápidos que no zouk.
c) audaciosos que no zouk.
d) carinhosos que no zouk.
3. O zouk love é:
a) um ritmo.
b) um movimento corporal.
c) um sentimento.
d) uma dupla de dançarinos.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 
O TEMPERO DO ZOUK: “CANELA”, “GENGIBRE” 
E “PIMENTA”
O objetivo desta Situação de Aprendi-
zagem é propiciar a identificação dos prin-
cipais passos ou movimentos do zouk, de 
acordo com sua vivência, conjugada com 
reflexões sobre questões de gênero. O zouk 
será vivenciado em três etapas, relacionadas 
aos passos da dança: “canela”, “gengibre” e 
“pimenta”.
Conteúdo e temas: passos ou movimentos principais do zouk e suas questões de gênero: semelhanças e 
diferenças entre meninos e meninas.
Competências e habilidades: apreciar e valorizar manifestações rítmicas de outros países; perceber a 
marcação rítmica no zouk, identificando seus passos ou movimentos principais; identificar e analisar 
as questões de gênero que permeiam a dança no zouk. 
Sugestão de recursos: CD, DVD e internet.
Não é necessário que você saiba dançar o zouk ou outra manifestação rítmica escolhida para 
este volume. Uma sondagem inicial com os alunos certamente lhe permitirá identificar aqueles 
que possuem experiência ou facilidade para aprender passos de dança. 
15
Educação Física – 7a série/8o ano – Volume 2
Desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 2
Etapa 1 – “Canela”
Demonstre o passo “canela” para a turma 
ou solicite que algum aluno o apresente. Se 
preferir, exiba aos alunos um vídeo com o pas-
so indicado. O zouk “canela” é um movimento 
contínuo com quatro tempos:
 f inicia-se o passo com a perna direita para a 
frente (primeira contagem, movimento 1);
 f a perna esquerda segue o mesmo passo, en-
contrando-se com a perna direita na frente 
(segunda contagem, movimento 2);
 f a perna direita retorna, vai para trás (ter-
ceira contagem, movimento 3);
 f a perna esquerda segue o mesmo passo, 
encontrando-se com a perna direita atrás 
(quarta contagem, movimento 4).
Solicite a todos os alunos que executem os 
movimentos, aproveitando todo o espaço dis-
ponível. Utilize música e peça adequação dos 
movimentos ao ritmo do zouk (prefira o ritmo 
mais lento, o zouk love, para essa vivência, e 
evite usar o ritmo mais acelerado, semelhante 
à lambada, que pode dificultar a realização do 
passo). A seguir, solicite que se organizem em 
duplas, formadas preferencialmente por um 
menino e uma menina, e que, juntos, façam o 
mesmo movimento (os quatro tempos de forma 
contínua). Sugira a troca de parceiros, para que 
possam perceber a influência de características 
pessoais e interpessoais na dinâmica da dança. 
Discuta, após a vivência, as impressões que 
os alunos tiveram do passo “canela”, da pers-
pectiva masculina e da feminina. Embora os 
movimentos sejam os mesmos para meninos 
e meninas, podem ter gerado diferentes percep-
ções ou sensações. 
Etapa 2 – “Gengibre”
Demonstre o passo “gengibre” para a tur-
ma ou solicite que algum aluno o apresente. 
Se preferir, utilize um vídeo. O zouk “gengi-
bre” possui três movimentos básicos:
 f semiflexão dos joelhos (movimento 1/“des-
cendo”);
 f movimento lateral do quadril, para a direita 
ou esquerda (movimento 2/“sentando”);
 f extensão dos joelhos (movimento 3/“su-
bindo”).
Solicite a todos os alunos que executem os 
movimentos individualmente, utilizando mú-
sica para adequar o passo ao ritmo do zouk. 
A seguir, organize-os em duplas (podem ser 
aproveitadas as mesmas da etapa anterior) e 
proponha que realizem o mesmo movimento 
(os três movimentos de forma contínua) junto 
com o colega. Sugira a troca de parceiros, para 
que percebam a influência de características 
pessoais e interpessoais na dinâmica da dança. 
Debata com eles a expectativa de que o ho-
mem conduza/guie a mulher na dança. Adote 
essa mesma estratégia para as próximas etapas.
Etapa 3 – “Pimenta”
O zouk “pimenta” é a fusão dos dois pas-
sos anteriores, durante o qual o casal dança 
bem próximo, entrelaçando os movimentos 
e “invadindo” o espaço um do outro com os 
membros inferiores. Relembre e esclareça dú-
vidas sobre os passos “canela” e “gengibre”. 
Utilize uma música de zouk love para adequar 
Solicite a esses alunos que o auxiliem nas aulas, fornecendo-lhes previamente fontes e mate-
riais relacionados ao zouk. Na internet, é possível conseguir, por meio de sites de busca, acesso a 
vídeos com demonstrações dos passos do zouk e muitas outras manifestações rítmicas.
16
os passos ao ritmo e peça que troquem de 
parceiro algumas vezes, para que percebam 
as diferenças entre os gêneros, seus aspec-
tos pessoais e interpessoais ao dançar com 
vários colegas.
Professor, solicite aos alunos que 
descrevam os nomes dos passos 
apresentados na atividade da se-
ção “Lição de casa”, no Caderno 
do Aluno.
Descreva no quadro a seguir como são rea-
lizados os três passos básicos do zouk. Repare 
que os nomes estão em francês. Isso é devido 
à sua origem. Caso você não conheça esses 
passos, pesquise na internet, consulte adultos, 
amigos, professores ou outras fontes que pos-
sam auxiliá-lo nessa tarefa.
A intenção aqui é que os alunos pesquisem os movimentos 
pelos nomes que diferenciam os três passos básicos do zouk, 
que poderão ser descritos ou ter suas características exempli-
ficadas por imagens.
Ao longo das várias etapas das Situações 
de Aprendizagem, procure avaliar se os alu-
nos conseguem relacionar o zouk com outras 
manifestações da cultura rítmica brasileira, 
considerando em especial questões geográficas 
e históricas. 
Em relação aos passos vivenciados em 
duplas, procure problematizar com os alunos 
algumas questões:
 f Quais foram as maiores facilidadese difi-
culdades em dançar em dupla, em cada um 
dos passos vivenciados?
 f Foi possível coordenar o ritmo próprio 
com o ritmo do companheiro?
 f Como foi a experiência de dançar com dife-
rentes parceiros? Todos conseguiram coor-
denar consensualmente as condutas dos rit-
mos próprios com as dos colegas?
 f Quais as diferenças nas percepções ou sensa-
ções de meninos e meninas ao dançar o zouk?
Professor, solicite aos alunos 
que assinalem a alternativa cor-
reta das questões presentes na 
seção “Você aprendeu?”, no Ca-
derno do Aluno.
ATIVIDADE AVALIADORA
Nome Descrição do passo ou imagem característica 
a) Zouk cannelle ou “canela”
O passo “canela” é contínuo durante toda a dança do zouk e ocorre de maneira 
semelhante ao caminhar, para a frente e para trás, com os parceiros de frente um 
para o outro. O movimento inicia-se com a perna direita do homem projetando- 
-se para a frente e, consequentemente, a perna esquerda da mulher projetando-se 
para trás. Depois, os parceiros juntam os membros inferiores e realizam o mesmo 
movimento no sentido oposto: a mulher movimenta a perna esquerda para a fren-
te e o homem a acompanha com a perna direita para trás.
b) Zouk gingembre ou 
“gengibre”
O passo “gengibre” envolve a semiflexão dos joelhos, seguida de extensão, 
assemelhando-se ao movimento de descer e subir, movimentando o quadril 
lateralmente entre essas duas ações (como se fosse sentar, movimentando a 
articulação do quadril para a direita ou para a esquerda).
c) Zouk piment ou “pimenta”
Já o passo “pimenta” é uma combinação dos passos “canela” e “gengibre”, com 
o casal dançando o mais próximo possível, entrelaçando os membros inferiores 
e envolvendo todo o corpo ao dançar.
17
Educação Física – 7a série/8o ano – Volume 2
Curiosidade
 Atualmente, existem algumas variações do zouk, como o zouk love e o soulzouk (ou freestyle), com 
ritmo e movimentos mais lentos ou mais rápidos, mas prevalecendo a sensualidade na movimentação 
do par que dança.
1. O zouk geralmente é dançado:
a) sozinho.
b) aos pares.
c) em grupos.
2. Zouk “canela”, “gengibre” e “pimenta” são:
a) aperitivos.
b) passos da dança.
c) temperos.
3. O zouk surgiu nas Antilhas Francesas e 
manifestou-se no Brasil primeiro nos esta-
dos da região:
a) Norte.
b) Sul.
c) Sudeste.
4. O zouk é um ritmo de origem:
a) brasileira.
b) estadunidense.
c) caribenha.
Professor, para que os alunos conheçam 
algumas variações do zouk, solicite a leitura 
das considerações apresentadas na seção 
“Curiosidade”, no Caderno do Aluno.
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Estilo brasileiro de dançar zouk, com passos/movimentos semelhantes aos da lambada.
18
Durante o percurso pelas várias etapas da 
Situação de Aprendizagem, alguns alunos 
poderão não apreender os conteúdos e não 
desenvolver as habilidades da forma esperada. 
É necessário, então, que novas Situações de 
Aprendizagem sejam propostas, permitindo 
revisitar de outra maneira o processo. Tais 
estratégias podem ser desenvolvidas durante 
as aulas ou em momentos diferentes, indi-
vidualmente ou em pe quenos grupos, com 
todos ou com apenas aqueles que apresenta-
ram dificuldades.
Um exemplo seria descrever os movimentos 
e solicitar que os alunos os realizem colocando-
-os também na situação de observadores. Essa 
situação pode ser operacionalizada na forma de 
um “baile”, em que eles devem formar duplas 
para dançar, escolhendo pelo menos um dos 
movimentos principais. O objetivo é que eles re-
lembrem os passos do zouk. 
Outra possibilidade é solicitar que eles fa-
çam uma pesquisa sobre as manifestações 
semelhantes ao zouk nas mídias e/ou na região 
em que vivem, comparando-as com as infor-
mações e vivências das aulas.
Professor, solicite aos alunos que escre-
vam no diagrama as palavras em destaque 
apresentadas na seção “Desafio!”, no Ca-
derno do Aluno.
PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO
Desafio!
Escreva as palavras em destaque (negrito) no diagrama, mas respeite os cruzamentos. Atente para 
os significados associados a cada palavra que será colocada no espaço. Bom divertimento!
Kassav – banda pioneira do zouk, originária de Guadalupe.
Kaoma – grupo francês que se consagrou com a lambada no mundo.
Loalwa Braz – cantora brasileira, foi vocalista do grupo francês Kaoma.
Martinica e Guadalupe – berço do zouk.
Créole – língua em que normalmente é cantado o zouk (mistura de francês com dialetos africanos).
Soulzouk ou freestyle – nova maneira de dançar o zouk.
Zouk love – ritmo mais lento do zouk.
Zouk – ritmo e dança de origem caribenha.
Pará – estado brasileiro em que o zouk é muito apreciado e dançado.
Kizomba – ritmo e dança africanos originários de Angola; mistura de semba (antecessor do 
samba) e zouk.
19
Educação Física – 7a série/8o ano – Volume 2
Z O U K
O A
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K M
F R E E S T Y L E A
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C R E Ó L E
G O
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P A R A S O U L Z O U K
D W I
M A R T I N I C A Z
L O
U M
P B
E K A S S A V
Sites
Repositório de Conteúdo Digital – Universidade 
Federal de Santa Catarina. Disponível em: <http://
repositorio.ufsc.br/handle/123456789/910>. 
Acesso em: 7 fev. 2014. Apresenta em formato 
de áudio nove ritmos diferentes entre si e suas 
semelhanças. É possível ouvir os ritmos e 
acompanhar as explicações. O arquivo em áudio 
tem aproximadamente 12 minutos. 
Sons do Brasil: Quilombos do Amapá. Disponível 
em: <http://sonsdobrasil.blogspot.com.br/2005/ 
09/msica-dos-quilombos.html>. Acesso em: 11 
nov. 2013. Apresenta informações sobre a influên-
cia caribenha no Brasil, sobretudo no Amapá, 
considerado a “Guiana Brasileira”; os aspectos 
culturais de origem negra e indígena predominan-
tes na região, transcendendo as fronteiras brasi-
leiras com a Guiana Francesa e com o Suriname.
Artigos
MARQUES, Danieli A. P.; SURDI, Aguinal-
do C.; GRUNENNVALDT, José T.; KUNZ, 
Elenor. Dança e expressividade: uma apro-
ximação com a fenomenologia. Movimento, 
Porto Alegre, v. 19, n. 1, jan./mar. 2013, p. 
243-263. Esse ensaio apresenta algumas pos-
sibilidades para refletir sobre a dança, numa 
perspectiva fenomenológica, de infinita cria-
ção e ressignificação humana.
VOLP, Catia M.; DEUTSCH, Silvia; SCHWARTZ, 
Gisele M. Por que dançar? Um estudo compa-
rativo. Motriz, Rio Claro, v. 1, n. 1, jun. 1995, 
p. 52-58. O artigo apresenta informações que 
podem contribuir para ampliar a compreen-
são sobre os motivos que levam as pessoas a 
dançar.
RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR 
E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
20
O fenômeno de surgimento, proliferação e 
diversificação das academias de ginástica tem 
relação com o crescimento dos espaços priva-
dos de lazer e serviços e com a simultânea re-
dução e degradação dos espaços públicos – nas 
ruas, nas praças e nos parques estamos sujeitos 
à violência, à poluição, à falta de limpeza e 
de conservação etc. Além disso, a deficiência de 
políticas públicas de lazer e esporte não esti-
mula convenientemente o acesso às instalações 
esportivas mantidas pelo poderes municipal, 
estadual ou federal.
As academias de ginástica surgem, então, 
como alternativas no chamado “mercado do 
corpo e do fitness”, que vende promessas de 
beleza e saúde por meio de produtos e servi-
ços. Não sendo mais restritas à classe média 
alta, oferecem, em um único local, práticas 
de ginásticas diversificadas, o que permi-
te atender a vários interesses no âmbito do 
Se-Movimentar.
Além de trazer para o seu interior os avan-
ços técnico-científicos no campo do treinamen-
to físico, as academias buscaram diversificar 
suas práticas, para atrair novos clientes e dimi-
nuir a evasão, pois grande parte dos usuários 
interrompe periódica ou definitivamente a 
frequência às academias. Sabemos como, ao 
se aproximaro verão, aumenta de forma sig-
nificativa o número de clientes das academias. 
Dezenas de diferentes práticas são oferecidas 
nesses locais espalhados por todo o Brasil.
TEMA 2 – GINÁSTICA – PRÁTICAS CONTEMPORÂNEAS: 
GINÁSTICAS DE ACADEMIA
Todavia, ao se beneficiarem da difusão, 
por parte das mídias, de um modelo de beleza 
corporal que se torna cada vez mais predomi-
nante (caracterizado pela magreza, no caso 
das mulheres, e pela hipertrofia muscular, no 
caso dos homens), as academias, apoiadas 
por estratégias de propaganda e marketing, 
prometem “milagres” (“fique em forma para 
o verão em apenas um mês”, por exemplo) 
e, assim, atraem novos usuários, que pagam 
pelos serviços prestados. 
Mas será que a ginástica de academia só ser-
ve para emagrecer e, assim, atender a um padrão 
de beleza imposto pelas mídias? Não há nela, 
em seus diversos tipos, outros valores e sentidos 
como relaxamento, bem-estar, sociabilização, 
melhoria da condição física geral, reabilitação 
física? As diversas modalidades de ginástica po-
dem ter também esses sentidos para as pessoas. 
Por sua vez, as mídias associam a prática da 
ginástica com padrões de beleza corporal para 
homens e mulheres. As revistas voltadas ao 
público adolescente e jovem (em especial 
ao feminino) sugerem ou prometem explicita-
mente: emagrecimento (em conjugação com 
dietas, cosméticos e cirurgias), definição e/
ou hipertrofia muscular. Nota-se ainda a ten-
dência de indicar a ginástica aeróbica, a ca-
minhada e a corrida com o objetivo de perder 
calorias (e, portanto, emagrecer), e a ginástica 
localizada ou musculação para definição e/ou 
hipertrofia muscular. 
Professor, este tema será abordado no Caderno do Aluno integrando algumas propostas do 
Tema 3 – Organismo humano, movimento e saúde – Princípios e efeitos do treinamento físico, 
do Caderno do Professor.
21
Educação Física – 7a série/8o ano – Volume 2
Figura 3 – Mulher e homem em aparelho de musculação.
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Figura 4 – Mulher fazendo abdominal.
22
(aminoácidos e precursores) ou anabolizan-
tes, e os complementos vitamínicos e mine-
rais. Entretanto, seu uso indiscriminado, em 
detrimento de uma alimentação convencional 
adequada, pode expor o organismo a situações 
de risco, visto que muitos produtos comercia-
lizados como suplementos não possuem com-
provação científica quanto à segurança ou à 
eficácia de seu uso. 
Por vezes, a suplementação de alguns nu-
trientes e substâncias, já presentes no orga-
nismo em quantidades normais ou próximas 
do normal, eleva sua proporção em relação 
a outros nutrientes e substâncias, deixando o 
organismo suscetível a distúrbios diversos, in-
cluindo doenças como diabetes. 
Outra prática comum no mercado da beleza 
é a difusão de propagandas relacionadas a pro-
gramas e/ou produtos envolvendo exercícios 
físicos. Em geral, eles propõem modificações 
nas formas corporais (hipertrofia ou definição 
muscular, redução de medidas) em curto espa-
ço de tempo, metas difíceis de serem atingidas 
quando o exercício é utilizado isoladamente. 
Notadamente, a região abdominal constitui 
um dos principais alvos desse mercado, cujo 
propósito, de definição muscular, impulsiona 
o lançamento de vários modelos de equipa-
mentos e de rotinas de exercícios direcionados 
à aquisição de um abdome bem definido. En-
tretanto, a obtenção de resultados semelhantes 
àqueles mostrados pelos modelos nas propa-
gandas só se torna possível mediante a adoção, 
simultaneamente, de dietas que favoreçam a re-
dução da gordura corporal total e a utilização 
dos equipamentos e exercícios propostos.
Percebe-se, ainda, que as matérias que 
sugerem programas de exercícios ou as pro-
pagandas de equipamentos domésticos (para 
realizar exercícios abdominais, por exemplo) 
prometem efeitos rápidos, com pouco esforço. 
Raramente é apresentada a fundamentação 
técnico-científica coerente e adequada para 
validar tais promessas.
Poucas vezes, nas matérias das revistas e 
jornais, nos programas televisivos ou propa-
gandas, a ginástica é associada ao desenvol-
vimento, possível para todos, de uma boa 
condição física geral, ou ao bem-estar, ao re-
laxamento e à sociabilização. 
Em face das promessas de obtenção de rápi-
das e significativas alterações na aparência cor-
poral, muitos jovens passam a adotar condutas 
em certos casos prejudiciais à saúde, entre as 
quais se encontram as dietas “milagrosas”: 
receitas de sopas, saladas etc., associadas por 
vezes a laxantes e diuréticos – que permitem re-
dução acentuada de peso corporal em poucos 
dias ou semanas.
Contudo, a perda de peso com base em 
dietas que preconizam a ingestão excessiva ou 
restrita de um ou mais macronutrientes (car-
boidratos, gorduras ou proteínas) pode ser pre-
judicial à saúde humana, uma vez que promove 
sobrecarga sobre as estruturas orgânicas du-
rante a absorção e/ou excreção dos nutrientes, 
ou carência deles.
Uma variedade de suplementos alimen-
tares encontra-se disponível no mercado do 
“corpo perfeito”, como os “queimadores de 
gorduras”, os energéticos, os construtores 
23
Educação Física – 7a série/8o ano – Volume 2
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 
SAÚDE OU BELEZA?
A Situação de Aprendizagem proposta bus-
ca explicitar os principais motivos que levam 
as pessoas às academias de ginástica, motivos 
nem sempre ligados à saúde, mas sim rela-
cionados aos estereótipos de beleza. Procura 
relacionar tais motivos aos discursos sobre a 
ginástica que circulam socialmente, com pro-
messas de fácil e rápida obtenção de certo 
modelo de beleza corporal, explicitando uma 
crítica a tais discursos. 
Inicialmente, os alunos informam o que gos-
tariam de mudar em sua aparência corporal, se 
gostariam de frequentar sessões de ginástica em 
uma academia e por que razão ou razões. As 
Conteúdo e temas: ginásticas de academia, padrões de beleza corporal e saúde.
Competências e habilidades: identificar os interesses e motivações envolvidos na prática das ginásticas de 
academia; perceber a associação promovida pelos discursos sobre as ginásticas de academia com a busca 
de padrões de beleza corporal; estabelecer relações entre as ginásticas de academia, a busca de padrões de 
beleza corporal e parâmetros de saúde, selecionando e interpretando informações para construir argu-
mentação consistente e coerente. 
Sugestão de recursos: matérias jornalísticas.
Desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 3
Etapa 1 – Às vezes, olho-me no espelho e 
penso que poderia ser assim!
Proponha aos alunos que respondam por 
escrito, em uma folha sem identificação no-
minal, o que gostariam de “mudar” em sua 
aparência corporal, justificando o motivo. So-
licite também que respondam se gostariam, ou 
não, de frequentar aulas de ginástica em uma 
academia, e por quais razões. 
A seguir, reúna os alunos em pequenos 
grupos e distribua as folhas com as respostas 
aleatoriamente. Durante aproximadamente 15 
minutos, os grupos analisarão o conteúdo das 
respostas, procurando elencar os motivos e as 
justificativas apresentados por seus colegas 
para desejar modificações em suas aparências 
corporais, bem como as razões alegadas para 
praticar ginástica em academias. 
Oriente os alunos para buscarem relações 
entre as modificações corporais desejadas 
e os motivos apresentados para frequentar 
academias: saúde ou “estética” corporal. Por 
fim, cada grupo apresentará suas conclusões. 
Professor, solicite aos alunos que 
façam uma autoanálise da influên-
respostas são debatidas em pequenos grupos, 
que apresentarão suas conclusões. Na segunda 
etapa, os alunos analisam matérias jornalísticas 
que tratem das ginásticasde academia, do uso 
de produtos e de práticas com finalidades de 
emagrecimento ou hipertrofia muscular, com 
foco nos interesses dos usuários de academias 
em relação aos padrões de beleza corporal e à 
saúde, buscando identificar os principais ar-
gumentos. Por fim, cada grupo apresentará 
seus resultados. Na última etapa, e depois de 
pesquisar sobre temas ligados às ginásticas 
de academia, aos padrões de beleza e à saúde, os 
alunos apresentarão seus resultados em forma 
de dramatizações (encenações).
24
cia do padrão de beleza veiculado em sua 
vida, refletindo sobre as respostas das ques-
tões na seção “Para começo de conversa”, no 
Caderno do Aluno.
Você aprendeu, no volume anterior, sobre 
as ginásticas de academia e compreendeu, 
também, que para frequentar uma academia 
são importantes os conhecimentos elaborados 
e aprendidos nas aulas de Educação Física 
para optar e aderir à atividade física regular. O 
que você vem aprendendo ao longo dos anos 
nas aulas já lhe possibilita fazer algumas esco-
lhas. Frequentar uma boa academia também 
pode ampliar seu desejo pela atividade física e 
por todos os benefícios que ela proporcio-
na. Mas, se você não gosta de academias ou, 
por algum motivo, não tem como frequentá-
-las, pode fazer seus exercícios em casa ou em 
qualquer outro lugar que seja adequado. No 
entanto, é preciso que você aprenda um pouco 
sobre as capacidades físicas, os exercícios para 
melhorá-las e alguns princípios básicos que 
regem o treinamento físico.
Então, para começo de conversa, com que 
objetivo você se submeteria a um programa 
de exercícios físicos? Você costuma ler revis-
tas que tratam de dietas e de exercícios físicos 
na academia?
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Meninas lendo matéria de revista.
Em geral, essas revistas trazem matérias 
com “estratégias” que permitem alcançar o 
padrão de beleza veiculado em todas as mí-
dias: televisão, jornais, revistas, outdoor, 
internet etc. E o padrão de beleza atual é o 
de garotas muito magras e de garotos mus-
culosos. Se você lê essas revistas (e elas são 
muitas), já deve ter visto a dieta da sopa, a 
dieta dos pontos, a dieta das cores, a dieta da 
lua, a dieta da maçã, a dieta dos carboidratos, 
a dieta hiperproteica, entre muitas outras.
Pode ser que você tenha “comprado” 
ou soube que alguém “comprou” as pro-
messas: “emagreça 8 quilos em um mês”, 
ou “fique lindo e malhado em 4 semanas”, 
“emagreça dormindo”, “defina o abdome 
sem fazer esforço”. Mas preste atenção: um 
corpo saudável e funcional requer compor-
tamento alimentar equilibrado e prática 
regular de exercícios físicos. Dietas milagro-
sas, excesso ou falta de exercícios físicos são 
prejudiciais à saúde.
25
Educação Física – 7a série/8o ano – Volume 2
Agora, observe as questões a seguir, 
reflita sobre suas respostas e faça uma au-
toanálise da influência do padrão de beleza 
em sua vida.
1. Se você fosse aderir a um programa de exer-
cícios físicos regulares, você o faria por:
a) estética.
b) saúde e bem-estar.
c) obrigação.
Resposta pessoal.
2. Você escolhe revistas: 
a) de dieta e exercício físico.
b) de generalidades.
c) não tem o hábito de comprar revistas.
Resposta pessoal.
3. Você não falta:
a) à academia.
b) a compromissos sociais.
c) a uma atividade de jogo, esporte, dança 
ou luta.
Resposta pessoal.
4. Em relação ao seu corpo, você acredita 
que:
a) pode melhorar, mas está satisfeito. 
b) precisa emagrecer.
c) precisa ganhar mais massa muscular.
Resposta pessoal.
5. Considerando o texto da seção “Para co-
meço de conversa” (deste tema) e as suas 
respostas, discuta com seus colegas e ano-
te, no espaço a seguir, suas conclusões a 
partir da autoanálise sobre a influência do 
padrão de beleza em sua vida.
 Professor, as respostas podem variar, pois é uma reflexão 
do aluno sobre o assunto que precisa ser debatido para 
ampliação da autocrítica.
Etapa 2 – Para entender os argumentos
Distribua pelos grupos textos jornalísticos 
previamente selecionados (por você e/ou pelos 
alunos) que tratem das ginásticas de academia 
(musculação, hidroginástica, ginástica aeró-
bica etc.) e do uso de produtos e de práticas 
com finalidades de emagrecimento ou hiper-
trofia muscular (suplementos alimentares, 
dietas etc.), com foco nos interesses dos usuá-
rios de academias em relação aos padrões de 
beleza corporal ou à saúde. Solicite aos alunos 
que leiam as matérias, buscando identificar 
os principais argumentos levantados, não só 
com base no que está escrito, mas também 
nas imagens. Por fim, cada grupo apresentará 
seus resultados. 
Você poderá apontar as semelhanças e as 
diferenças nas argumentações presentes em 
cada texto, auxiliando os alunos a identificar as 
relações entre prática das ginásticas de acade-
mia, padrões de beleza corporal predominantes 
em nossa sociedade e saúde orgânica. Eviden-
cie como a prática da ginástica é, na maioria 
dos casos, associada por seus praticantes ao 
atendimento de interesses “estéticos”, ligados à 
aparência corporal, embora às vezes justificada 
pelo discurso da “preocupação com a saúde”.
Etapa 3 – Tentando convencer...
Organize previamente os alunos em grupos, os 
quais poderão realizar uma pesquisa (em fontes 
indicadas ou não por você) sobre temas ligados 
às ginásticas de academia, aos padrões de beleza 
e à saúde, de modo a complementar e aprofundar 
os conteúdos abordados na etapa anterior. Os 
trabalhos poderão ser apresentados em forma de 
vídeos ou dramatizações (encenações). 
26
Sugestões de temas e dinâmicas para os trabalhos
Tema: produtos milagrosos.
Dinâmica: encenação de uma propaganda (comercial) para TV.
Os alunos farão a divulgação de um produto criado por eles, com efeito embelezador (emagreci-
mento, aumento do tônus muscular, dietas, redutor de medidas e de celulite etc.), por meio da encena-
ção de uma propaganda de televisão. 
Tema: ginástica “turbinada”.
Dinâmica: encenação de uma entrevista para um programa televisivo de variedades. 
O “apresentador” do programa entrevista “um empresário do ramo de fitness”, que falará sobre os 
benefícios e os incríveis resultados de um novo programa de ginástica que promete “turbinar” o prati-
cante, ou seja, alcançar um grande desenvolvimento corporal em pouco tempo. 
Tema: melhoria da saúde. 
Dinâmica: encenação de reportagem para um telejornal. 
Um “âncora” apresenta uma matéria jornalística em que entrevista “especialistas” (nutricionistas, 
fisiologistas, médicos, profissionais de Educação Física e a população em geral), enfocando os benefí-
cios da atividade física para a saúde, os riscos dos regimes “milagrosos”, os medicamentos e os progra-
mas de exercícios físicos voltados a obter mudanças corporais em curto período de tempo. 
Os trabalhos com a propaganda, a entrevista e a reportagem poderão ser exibidas em forma de 
vídeos gravados e editados pelos próprios alunos.
Discuta com seus alunos a duração das 
apresentações a fim de assegurar que haja 
tempo disponível para posterior discussão e 
comen tários. Solicite a eles que fiquem atentos 
aos argumentos utilizados para convencer os 
“teles pectadores” dos benefícios ou pre juízos 
dos produtos e/ou serviços mostrados. 
Ao final das apresentações, procure iden-
tificar, com os alunos, inconsistências e erros 
na argumentação utilizada para valorizar o 
produto e/ou o serviço. O objetivo é fazer que 
os alunos percebam os exageros das promes-
sas de emagrecimento e de embelezamento 
contidos nos discursos das mídias sobre a gi-
nástica. Ao mesmo tempo, busque enfatizar 
os argumentos favoráveis à contribuição da 
ginástica para a manutenção e melhoria da 
saúde orgânica. 
Possibilidades interdisciplinares
A atividade de encenação poderá ser 
realizadaem parceria com as disciplinas 
de Arte e/ou Ciências. Converse com os 
professores responsáveis por essas disci-
plinas na escola.
Deixe claro para os alunos que novas con-
tribuições sobre o tema deverão ser trazidas, 
configurando, dessa forma, um trabalho de 
pesquisa sobre os temas em questão.
Professor, após pesquisarem os 
textos e as imagens sugeridos, soli-
cite aos alunos que elaborem um 
relatório ou outra estratégia que 
permita responder as questões da atividade na se-
ção “Pesquisa em grupo”, no Caderno do Aluno.
Para entender os argumentos
Pesquisem textos jornalísticos e/ou pro-
pagandas que tratem das ginásticas de 
27
Educação Física – 7a série/8o ano – Volume 2
Durante a apresentação e discussão dos 
trabalhos, observe se os alunos usaram ar-
gumentos condizentes com as propostas de 
cada dinâmica, e se apresentaram conteúdos 
capazes de ampliar e aprofundar o tema. 
Opcionalmente, pode-se propor, em ati-
vidade extra-aula, a produção de um texto 
argumentativo sobre os objetivos atribuídos às 
ginásticas de academia, como valorização da 
saúde ou dos padrões de beleza corporal na so-
ciedade contemporânea ou em outro período, 
se for o caso. Espera-se que os alunos estabe-
leçam relações entre os motivos que levam as 
pessoas a procurar ginásticas de academia, 
padrões de beleza corporal e parâmetros de 
saúde. Observar se eles se valem das informa-
ções e conclusões provenientes das aulas. 
ATIVIDADE AVALIADORA
Durante o percurso pelas várias etapas 
da Situação de Aprendizagem, alguns alu-
nos poderão não apreender os conteúdos 
da forma esperada. É necessário, então, 
criar outras Situações de Aprendizagem em 
que o tema ginástica de academia e suas rela-
ções com padrões de beleza corporal e saúde 
possam ser problematizados. Essas situa-
ções devem ser diferentes, de preferência, 
daquela realizada e que gerou dificulda-
de para os alunos. Tais estratégias podem 
ser desenvolvidas durante as aulas ou em 
outros momentos, envolvendo todos ou ape-
nas aqueles que apresentaram dificuldades. 
Por exemplo:
 f Pesquisar em sites ou em outras fontes para 
posterior apresentação à turma.
 f Assistir a um programa televisivo com 
foco em padrões de beleza, acompanhado 
de um roteiro de questões que auxiliem os 
alunos na interpretação das mensagens ex-
plícitas e implícitas.
PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO
academia (hidroginástica, step, body pump, 
musculação, alongamento etc.) e de produ-
tos (suplementos, dietas e equipamentos) 
que tenham a finalidade de provocar 
emagrecimentos ou proporcionar hiper-
trofia muscular, destinados tanto à estética 
quanto à saúde. Em seguida, analisem os 
textos e as imagens e elaborem um rela-
tório ou outra estratégia combinada com 
o professor para responder às seguintes 
questões.
1. Quantas matérias vocês pesquisaram?
2. Quantas se referiam à saúde e quantas à 
estética?
3. Nas matérias que se referiam à saúde, as 
imagens eram condizentes com o tema ou 
tinham apelo estético? Justifique.
4. A que conclusão vocês chegaram sobre a 
relação entre mídia, ginástica de academia, 
estética e saúde?
 Professor, espera-se que os alunos façam a pesquisa 
conforme solicitado. As respostas dependem do en-
volvimento dos grupos e podem variar, de acordo com 
as fontes consultadas, as vivências e discussões enca-
minhadas nas aulas. O esperado é que se encontre 
um número maior de reportagens com apelo estético 
e que possam gerar a ampliação da compreensão de 
toda a complexidade que envolve o tema.
28
Livros
CODO, Wanderley; SENNE, Wilson A. O 
que é corpolatria. 1. ed. São Paulo: Brasilien-
se, 1986. Trata da transformação do saudável 
hábito de cuidar do corpo em uma obsessão, 
em que o cuidado vira idolatria do corpo. 
Artigos 
ALVES, Vânia de Fátima Noronha. Corpo 
ideal: padrões impostos pela cultura. 
Orientações Pedagógicas: Educação Física 
– Ensino Médio (Tema 26). Belo Horizonte: 
Secretaria de Estado da Educação de 
Minas Gerais/Centro de Referência Virtual 
do Professor. Disponível em: <http://crv.
educacao.mg.gov.br/sistema_crv/index2.
aspx??id_objeto=23967>. Acesso em: 12 nov. 
2013. Texto com finalidade didática, debate o 
tema do corpo na sociedade contemporânea, 
enfatizando a busca de padrões de beleza em 
suas relações com o “mercado do corpo e 
da beleza”.
MATTHIESEN, Sara Quenzer. Espelho, espe-
lho meu... Existe alguém mais perfeita do que 
eu? Motriz, Rio Claro, v. 8, n. 1, jan./abr. 2002, 
p. 31-32, Disponível em: <http://www.rc.unesp.
br/ib/efisica/motriz/08n1/Matthiesen.pdf>. 
Acesso em: 12 nov. 2013. Com base na famosa 
frase de um personagem de conhecida fábula 
infantil, o artigo critica a busca desenfreada 
por um corpo feminino “perfeito”.
OLIVEIRA, Everton Luiz. Ginásticas de 
condicionamento físico e o atual currículo de 
Educação Física do Estado de São Paulo: ca-
minhos possíveis. Revista Profissão Docente, 
Uberaba, v. 13, n. 29, jul./dez. 2013, p. 47-62. 
Disponível em: <http://www.revistas.uniube. 
br/index.php/rpd/issue/view/64/showTOC>. 
Acesso em: 10 fev. 2014. O artigo é problemati-
zado a partir de uma situação de aprendizagem 
proposta para a 7a série/8o ano e traz possibi-
lidades e outras estratégias para o professor 
abordar o tema ginástica nas aulas. 
RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR 
E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
29
Educação Física – 7a série/8o ano – Volume 2
Com o avanço do conhecimento sobre os 
diversos fatores que contribuem para estabele-
cer a condição de saúde no âmbito individual 
e/ou coletivo, a disseminação de informações 
sobre a importância de um estilo de vida fisi-
camente ativo vem obtendo destaque nas últi-
mas décadas. No entanto, para que a atividade 
física possa promover efeitos positivos sobre o 
TEMA 3 – ORGANISMO HUMANO, MOVIMENTO E SAÚDE – 
PRINCÍPIOS E EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO
organismo, é necessário atender a princípios 
básicos fundamentados em estudos científicos 
(princípios do treinamento), os quais subsi-
diam a elaboração e o desenvolvimento de 
programas de exercícios voltados à melhoria 
das capacidades físicas tanto de atletas quanto 
de todas as pessoas que buscam uma melhor 
qualidade de vida.
Princípios do treinamento físico
Sobrecarga: está relacionada ao aumento da carga de trabalho físico, que deve ser gradual e progressivo, 
de modo a estimular o organismo a exercitar-se acima do nível ao qual está habituado, induzindo adaptações 
biológicas que aprimorem suas características morfológicas e/ou funcionais. Para tanto, deve-se adequar 
diferentes combinações entre frequência, intensidade e duração e/ou volume de treinamento, conforme a 
capacidade física a ser desenvolvida. A frequência refere-se ao número de sessões semanais de determinado 
exercício; a intensidade, ao nível de dificuldade do exercício – quantidade de peso e velocidade suportados; 
a duração ou volume, ao período de tempo durante o qual o programa é realizado (semanas, meses), ou o 
tempo gasto em uma única sessão de exercícios (minutos, horas). 
Continuidade: preconiza que a melhoria na capacidade funcional depende da regularidade com que a 
prática de atividades físicas é realizada, e que as adaptações biológicas pretendidas resultam da adequada 
alternância entre esforço e recuperação.
Reversibilidade: também referido como “uso e desuso”, diz respeito ao declínio na capacidade funcional, 
decorrente das perdas das adaptações biológicas resultantes do programa de exercícios, que ocorre quando 
a atividade física é suspensa ou reduzida. Representa um reajuste do organismo ao baixo nível de solicitação 
das capacidades físicas, tornando evidente o caráter transitório e reversível das melhorias oriundas da prática 
regular e contínua de exercícios físicos, especialmente quando essaregularidade deixa de ser mantida.
Especificidade: explica que o aprimoramento e o desenvolvimento de determinada capacidade física 
(força, flexibilidade etc.) decorrem de adaptações fisiológicas e bioquímicas específicas para determina-
dos tipos de atividades físicas, conforme diferentes combinações entre volume e intensidade de esforço. 
Por essa razão, a melhoria da flexibilidade requer exercícios de alongamento muscular, enquanto exercí-
cios aeróbios desenvolvem a resistência cardiorrespiratória.
Individualidade: diz respeito ao modo como as diferentes características e condições de cada indiví-
duo interferem nos efeitos pretendidos por um programa de exercícios. Compreende aspectos relaciona-
dos às diferenças entre os sexos; ao estágio de maturação biológica; ao nível inicial de condicionamento 
físico; aos aspectos genéticos do praticante; aos fatores ambientais e/ou comportamentais (alimentação, 
hábitos de repouso e sono, existência ou não de doenças, aspectos motivacionais etc.).
Professor, este tema será abordado no Caderno do Aluno integrando algumas propostas do Tema 2 – Gi-
nástica – Práticas contemporâneas: ginásticas de academia, do Caderno do Professor.
30
Considerando-se a obediência ou não a um 
ou mais dos referidos princípios, por ocasião 
da elaboração ou execução de um programa de 
exercícios, estes podem expor o organismo a 
consequências diversas, que englobam tanto 
efeitos positivos quanto negativos sobre a con-
dição de saúde dos praticantes.
Quanto aos aspectos fisiológicos e morfo-
lógicos, o treinamento físico, dependendo de 
suas características e das especificidades de 
seu estímulo, pode produzir efeitos positivos 
ou negativos sobre vários sistemas orgânicos: 
sistema metabólico/energético (modificação 
na quantidade e na atividade de enzimas e 
organelas relacionadas ao metabolismo ae-
róbio ou anaeróbio); sistema cardiovascular 
e pulmonar (modificações nos músculos car-
díacos e respiratórios, assim como em seus 
parâmetros durante o repouso ou o exercí-
cio); sistema musculoesquelético (alterações 
no tônus muscular e na densidade óssea); 
sistema nervoso autônomo (produz relaxa-
mento ou excitabilidade); sistema nervoso 
central (aumento da circulação sanguínea 
no cérebro); sistema visual (melhoria no de-
sempenho visual); sistema sensorial cinesté-
sico (melhora da capacidade de desempenho 
muscular, ou disfunção da propriocepção e 
surgimento de lesões); sistema imunológico 
(estimulado em atividades leves e de longa du-
ração, mas prejudicado em treinamento mui-
to intenso); e sistema endócrino (liberação 
de hormônio do crescimento e melhoria do 
sistema regulador hormonal).
Quanto aos aspectos psicossociais, desta-
cam-se como efeitos positivos da atividade 
física/exercício: redução de vários sintomas 
de estresse, da ansiedade, do nível de depres-
são moderada e da instabilidade emocional; 
melhora da autoestima, do autoconceito, da 
imagem corporal e dos relacionamentos in-
terpessoais. Em contrapartida, o treinamento 
excessivo encontra-se associado a efeitos nega-
tivos tais como: transtornos psicossomáticos ou 
gastrointestinais; alterações de apetite e sono; 
desvios de comportamento; aumento da an-
siedade e da agressividade; esgotamento físico 
e psicológico (burnout); distúrbios cognitivos 
(falta de atenção e concentração, esquecimento, 
bloqueio mental) e síndrome de “saturação es-
portiva”, além da diminuição dos sentimentos 
de eficácia, de alegria, de realização, de com-
petência e de controle.
Cabe ressaltar que a infância e a adolescência 
representam períodos de grande capacidade de 
adaptação orgânica que, apesar de diminuir com 
o avanço da idade, mantém-se até o fim da vida. 
Portanto, favorecer a percepção do aluno quan-
to aos princípios e aos efeitos dos programas 
de atividade física/exercício possibilitará maior 
compreensão sobre a importância da atividade 
física regular na melhoria da condição física e 
seus benefícios sobre o estado geral de saúde.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 
QUESTÃO DE PRINCÍPIOS
O objetivo desta Situação de Aprendizagem 
é propiciar a identificação das relações entre 
os princípios do treinamento físico e os efeitos 
produzidos por um programa de exercícios. 
Inicialmente, os alunos farão testes para ava-
liação do nível de flexibilidade e resistência 
muscular, registrando os resultados em fichas 
individuais. A seguir, receberão orientações 
para a elaboração e execução de um programa 
de exercícios específico para a melhoria das 
capacidades físicas avaliadas. 
As informações sobre a realização do pro-
grama serão também registradas nas fichas 
31
Educação Física – 7a série/8o ano – Volume 2
Desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 4
Etapa 1 – Flexíveis e resistentes
Após cinco minutos de aquecimento e alon-
gamento, proponha aos alunos a realização de 
testes para avaliação do nível de flexibilidade 
e resistência muscular, cujos resultados serão 
registrados em uma ficha individual, conten-
do campos para discriminar o sexo do aluno e 
informações sobre a prática de atividades físi-
Conteúdo e temas: princípios do treinamento físico: especificidade, individualidade, sobrecarga, continui-
dade e reversibilidade; princípios de treinamento e melhoria de capacidades físicas: flexibilidade e resis-
tência muscular; efeitos do treinamento físico sobre aspectos fisiológicos, morfológicos e psicossociais.
Competências e habilidades: identificar os princípios de treinamento envolvidos na elaboração de 
um programa de exercícios; relacionar os princípios de treinamento com um programa de exercícios 
para melhoria da flexibilidade e resistência muscular; identificar os efeitos do treinamento nos aspec-
tos fisiológicos, morfológicos e psicossociais; relacionar os efeitos percebidos do treinamento com as 
características do programa de exercícios realizados. 
Sugestão de recursos: fita métrica ou trena e fichas de avaliação.
individuais. Posteriormente, repetirão os 
testes e confrontarão os resultados obtidos 
nas duas avaliações, para então discutir so-
bre esses resultados, relacionando-os com os 
princípios do treinamento. Por fim, os alunos 
serão convidados a explicitar as modificações 
e as sensações (efeitos) percebidas ao longo 
do período de treinamento, relacionando-
-as com aspectos fisiológicos, morfológicos 
e psicossociais.
cas regulares (tipo, frequência semanal). Esses 
resultados serão confrontados posteriormente 
com aqueles obtidos por intermédio de uma 
avaliação final.
Para evitar possíveis constrangimentos na 
utilização dessas fichas em etapas subsequen-
tes, peça aos alunos que as identifiquem com 
um pseudônimo.
As fichas a seguir estão presentes no final do 
Caderno do Aluno para realização da atividade.
FICHA DE AVALIAÇÃO
Nome (pseudônimo): 
Idade: Sexo: 
Histórico de exercícios físicos (tipo, série, repetições/tempo, frequência semanal). Exemplos:
1. Corrida, três vezes por semana, com duração de 30 minutos.
2. Musculação, três vezes por semana, três séries de 15 repetições para cada grupo muscular.
3. Atividade rítmica, duas vezes por semana, com duração de uma hora.
32
1ª_ semana/exercícios Número de séries: repetições/tempo/frequência semanal
TESTES
Data ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___
Flexibilidade cm cm cm cm
Resistência 
muscular
( ) repetições ( ) repetições ( ) repetições ( ) repetições
2ª_ semana/exercícios Número de séries: repetições/tempo/frequência semanal
3ª_ semana/exercícios Número de séries: repetições/tempo/frequência semanal
Dificuldades encontradas:
33
Educação Física – 7a série/8o ano – Volume 2
Sugestões de testes: flexibilidade e resistência muscular
Teste de sentar e alcançar modificado
Registra-se a distância máxima alcançada durante a flexão do troncosobre o quadril, na posição 
sentada, mantendo-se os joelhos estendidos e os pés afastados entre si 30 centímetros, posicionados sobre 
marcas de referência para o apoio dos calcanhares. Os dedos dos pés devem apontar para cima. Posi-
ciona-se uma escala métrica (fita métrica ou trena) feita com material que não deforme, a qual deve ser 
fixada no solo de modo que o ponto zero fique voltado para o tronco do avaliado e a outra extremidade 
seja estendida na direção dos pés, passando pelo centro da distância que os separa, e fixada ao solo. O 
ponto da escala que coincide com a linha imaginária que liga as marcas de apoio dos calcanhares deve 
registrar 63,5 centímetros. Colocando uma mão sobre a outra, o avaliado deve deslizar vagarosamente 
as mãos sobre a escala, em direção aos pés, o mais distante possível, permanecendo nessa posição por 
aproximadamente dois segundos. Retorne para a posição inicial e realize mais três tentativas, registrando 
o melhor dos resultados obtidos nas duas últimas. 
Teste de flexão e extensão dos cotovelos (apoio frontal)
a) Alunos: posicionados em decúbito ventral, com os pés e as mãos apoiados no solo, estando estas 
afastadas conforme a distância dos ombros. Deve-se estender e flexionar os braços, até que o tórax toque o 
solo, sem descansar, mantendo o alinhamento de tronco e membros inferiores. Registra-se o maior número 
de ciclos completos (extensão e flexão), anotando-se na ficha individual. 
b) Alunas: posicionadas em decúbito ventral, com as mãos (afastadas conforme a distância dos ombros) 
e os joelhos apoiados no solo, estando pernas e pés elevados, mantendo um ângulo de 90° entre coxas e 
pernas. Deve-se estender e flexionar os membros superiores, até que o tórax toque o solo, sem descansar, 
mantendo o alinhamento do tronco. Registra-se o maior número de ciclos completos (extensão e flexão), 
anotando-se na ficha individual.
(GOBBI, VILLAR, ZAGO, 2005, p. 192, adaptado de Osness et al.)
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Figura 6 – Execução do teste de flexão-extensão por mulheres.
Figura 5 – Execução do teste de flexão-extensão por homens.s
34
Esclareça aos alunos que o objetivo dos 
testes não é comparar os resultados entre 
eles, mas obter referências individuais para 
futuras avaliações e verificar a evolução (ou 
não) dos resultados. Aproveite para explicar 
aos alunos que os testes são padronizados, 
mas que homens e mulheres podem realizar 
os exercícios no seu dia a dia nas duas posi-
ções mencionadas.
Professor, solicite aos alunos 
que tomem como base os regis-
tros nas fichas para responder às 
questões da atividade na seção 
“Lição de casa”, no Caderno do Aluno.
Ao final deste Caderno há duas fichas: a 
primeira (de avaliação), que você utilizou para 
registrar os testes realizados na escola, sob a 
orientação do seu professor; e a segunda (pro-
grama realizado fora da escola), na qual você 
anotou os exercícios prescritos, a frequência 
e o número de repetições. Utilize-as para res-
ponder às questões da “Lição de casa”.
Mais flexíveis e mais resistentes
Falamos da necessidade de conhecer as 
capacidades físicas para desenvolvê-las, in-
dependentemente de espaços privados (como 
as academias) e da importância de observar 
os princípios do treinamento, para obtermos 
os benefícios advindos da prática sistematizada 
de exercícios físicos. Na seção “Curiosidade”, 
você leu a respeito dos princípios do treinamen-
to. Para compreender melhor esses princípios, 
aplicados aos exercícios de flexibilidade e 
resistência muscular que executou em casa, res-
ponda às questões a seguir.
1. Quais princípios do treinamento físico você 
utilizou durante o período de treino? Espe-
cifique as etapas, conforme o exemplo:
 f Executei todos os treinos prescritos: Prin-
cípio da Continuidade.
 f Na segunda semana, aumentei o número 
de repetições, conforme orientação do pro-
fessor: Princípio da Sobrecarga.
 f Tive mais facilidade com os alongamentos 
do que com os exercícios de força: Princí-
pio da Individualidade.
2. Quando repetiu os testes obteve resultados 
melhores? Caso tenha melhorado, ou não, a 
que você atribui esses resultados?
 Espera-se, nas respostas das questões 1 e 2, que o aluno 
perceba a importância dos princípios do treinamento 
físico, a fim de atingir os resultados desejados.
Professor, para que os alunos conheçam 
mais sobre os princípios do treinamento físi-
co, solicite a leitura da seção “Curiosidade”, 
no Caderno do Aluno.
Curiosidade
Princípios do treinamento físico
Imagine a prática da musculação, durante a qual, conforme a mudança provocada no organismo do 
praticante, aumentam-se o número de repetições dos movimentos e o peso dos halteres, caneleiras etc.
Agora, imagine um praticante de corrida que, com o passar do tempo, suporta maiores distâncias e 
velocidades superiores. Por último, imagine praticantes de luta ou de atividades rítmicas que, com de-
dicação, alcançam maiores amplitudes e potência para saltos e chutes. De modo geral, as meninas são 
mais flexíveis, enquanto os meninos são mais fortes. E todos eles, quando param de treinar, perdem as 
adaptações conquistadas com o treinamento. As pernas ficam pesadas e “enferrujadas”, perde-se massa 
muscular e, mal começam a corrida, já querem parar.
Nas situações descritas no parágrafo anterior, temos alguns princípios de treinamento. Saiba 
mais sobre eles: 
35
Educação Física – 7a série/8o ano – Volume 2
Sugestão de exercício para a melhoria da flexibilidade
Em pé ou sentado, com as pernas afastadas, mantendo os joelhos estendidos, o aluno desce o tron-
co suavemente em direção a uma das pernas e procura trazer a testa o mais próximo possível do joelho 
(aproximando, assim, o abdome da coxa), conservando essa posição por 20 a 30 segundos, após o que 
retorna à posição inicial, repetindo o movimento por mais duas ou três vezes. Em seguida, repete o 
exercício aproximando o tronco da outra perna. O movimento pode ser realizado também deslizando 
o tronco em direção ao solo, entre as pernas afastadas, ou mesmo com as pernas unidas. Sugira aos 
alunos que executem essas variações em cada sessão/dia e que registrem o número de sessões trabalha-
das a cada semana em sua ficha individual.
 f Quando aumentamos o número de repetições de um movimento, ou o tempo de execução, ou a 
carga (peso), ou a quantidade de dias que uma pessoa treina, temos o Princípio da Sobrecarga.
 f Quando não faltamos aos treinos e percebemos que com o tempo as capacidades físicas trabalha-
das estão melhorando, temos o Princípio da Continuidade. 
 f Por outro lado, se faltamos aos treinos, se o Princípio da Sobrecarga não é observado, nem damos 
continuidade às adaptações proporcionadas pelo treinamento, temos uma diminuição no desen-
volvimento das capacidades físicas trabalhadas e aí observamos o Princípio da Reversibilidade.
 f Se queremos aumentar a massa muscular (hipertrofia), fazemos exercício de força; se, por ou-
tro lado, queremos aumentar a flexibilidade e, consequentemente, a amplitude articular, faze-
mos alongamento; se queremos aumentar a resistência aeróbia, praticamos corrida por mais 
tempo, percorrendo uma distância maior. Quando escolhemos um tipo de exercício específico 
para melhorar uma capacidade física, obedecemos ao Princípio da Especificidade.
 f E, finalmente, quando observamos que homens são mais fortes e mulheres, mais flexíveis, que 
jovens são mais fortes que crianças e idosos, que indivíduos treinados são mais resistentes que os 
sedentários etc., observamos o Princípio da Individualidade.
Etapa 2 – Mais flexíveis e mais 
resistentes
Oriente os alunos sobre quais exercícios de 
flexibilidade e força podem ser feitos para apri-
morar seus resultados, colocando-se em prática 
o princípio da especificidade, indicando o núme-

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