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ANATOMIA TOPOGRÁFICA VÍSCERAS ABDOMINAIS

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ANATOMIA TOPOGRÁFICA: VÍSCERAS ABDOMINAIS
INTESTINO DELGADO
Duodeno + jejuno + íleo
Principal local de absorção dos nutrientes
Piloro (parte final do estômago) → junção ileocecal (ceco é a primeira parte do intestino grosso)
A entrada para o duodeno é controlada pelo piloro
DUODENO
Primeira parte e a mais curta, mais larga e mais fixa
Trajeto em formato de C → contorna a cabeça do pâncreas
Piloro (lado direito) → flexura duodenojejunal (lado esquerdo; nível de L2, 2-3cm à esquerda da linha mediana)
Considerado parcialmente retroperitonial → a sua maior parte está presa às estruturas da parede posterior pelo peritônio
Quatro partes:
SUPERIOR: 
-curta; anterolateralmente ao corpo da vértebra L1
-superposta pelo fígado e vesícula biliar
-peritônio apenas na face anterior (exceto na ampola)
-fixação do lig. hepatoduodenal (omento menor) na parte proximal e superior, e fixação do omento maior inferiormente
DESCENDENTE: 
-mais longa; desce ao longo das faces direitas das vétebras L1-L3
-se curva ao redor da cabeça do pâncreas
-porção inicial é paralela à v. cava inferior, à direita dela
-parede posteromedial → ductos colédoco e pancreático principal (esses ductos podem se unir para formar a ampola hepatopancreática → abertura na papila maior do duodeno
-totalmente retroperitoneal; na parte média o peritônio sofre reflexão para formar o mesocolo transverso
INFERIOR/HORIZONTAL: 
-cruza L3
-direção transversal, sentido para a esquerda
-passa sobre: v. cava inferior, aorta e L3
-é cruzada por: a. e v. mesentéricas superiores, raiz do mesentério do jejuno e íleo, m. psoas maior direito, vasos gonadais direitos
-parte superior → cabeça do pâncreas + processo uncinado
-face anterior → coberta de peritônio, menos quando é cruzada pelas a. e v. mesentéricas sup. e pelo mesentério
ASCENDENTE:
-começa à esquerda de L3 e segue até a margem superior da vértebra L2
-segue ao lado esquerdo da aorta → alcança a margem inferior do corpo do pâncreas → sofre curvatura → flexura duodenojejunal (sustentada pelo m. suspensor do duodeno)
Ampola do duodeno: primeiros 2cm de duodeno; tem mesentério e é móvel
Vascularização:
-as aa. pancreaticoduodenais irrigam a curvatura do duodeno e a cabeça do pâncreas; anastomosam entre a entrada do ducto colédoco e a junção das partes descendente e inferior do duodeno
-importante notar que a porção superior ao jejuno e ílio do sistema digestório é suprida principalmente pelo tronco celíaco, e a parte depois é suprida principalmente pela a. mesentérica superior
TRONCO CELÍACO
-ramos: a. gastroduodenal + a. pancreaticoduodenal superior → parte descendente do duodeno, perto da entrada do ducto colédoco
A. MESENTÉRICA SUPERIOR
-ramos: a. pancreaticoduodenal inferior → parte distal do duodeno em relação à entrada do ducto colédoco
-veias do duodeno acompanham as artérias e drenam para a v. porta diretamente, ou por meio das vv. mesentérica superior e esplênica
Drenagem linfática:
- os vasos linfáticos do duodeno acompanham as artérias
Anteriores → linfonodos pancreaticoduodenais e pilóricos (ao longo da a. gastroduodenal)
Posteriores → linfonodos mesentéricos superiores 
Eferentes → linfonodos celíacos 
Inervação: 
-ramos dos nn. vago e esplâncnicos maior e menor (plexos celíaco e mesentérico superior, e plexos periarteriais) 
RECESSOS DUODENAIS
JEJUNO E ÍLEO
JEJUNO (2/5 do comprimento)
-começa na flexura duodenojejunal → sistema digestório volta a ser intraperitonial
-sua maior parte está no quadrante superior esquerdo com compartimento infracólico
ÍLEO (3/5 do comprimento)
-termnia na junção ileocecal
-maior parte está no quadrante inferior direito do compartimento infracólico
-sua parte terminal geralmente está na pelve
Juntos, possuem de 6-7m de comprimento
Não há distinção nítida entre o começo de um e término do outro
Mesentério:
-prega de peritônio em forma de leque
-fixa o jejuno e o íleo à parede posterior do abdome
-raiz do mesentério: 
Flexura duodenojejunal (lado esquerdo de L2) → junção ileocólica e articulação sacroilíaca direita
Cruza:
-as partes ascendente e horizontal do duodeno
-parte abdominal da aorta
-veia cava inferior
-ureter direito
-m. psoas maior direito 
-vasos gonadais direitos
Entre as duas camadas estão:
-vasos mesentéricos superiores
-linfonodos
-gordura
-nn. autônomos
Vascularização:
-a. mesentérica superior → aa. Jejunais e ileais → arcos arteriais → vasos retos
-origem na parte abdominal da aorta, nível de L1
-v. mesentérica superior (VMS)
Anterior e à direita da a. mesentérica superior na raiz do mesentério
Termina posteriormente ao colo do pâncreas: VMS + v. esplênica → veia porta
Drenagem linfática
-vasos lactíferos: vasos linfáticos especializados nas vilosidades intestinais que absorvem gordura
-drenam para plexos linfáticos nas paredes do jejuno e do íleo → drenam para vasos entre as camadas do mesentério → três grupos de linfonodos:
Justaintestinais: perto da parede intestinal
Mesentéricos: entre os arcos arteriais
Centrais superiores: ao longo da parte proximal da a. mesentérica superior
Inervação
-plexo nervoso periarterial: acompanham as artérias
-fibras simpáticas:
-Origem: segmentos de T8-T10 → troncos simpáticos e nn. esplâncnicos (maior, menor e imo)
-Sinapses: gânglios celíaco e mesentérico superior
-fibras parassimpáticas
Origem: troncos vagais posteriores
Sinapse: plexos mioentérico e submucoso na parede intestinal
Diferenças entre jejuo e íleo: ver tabela no Moore pg. 313-314
INTESTINO GROSSO
Absorção da água dos resíduos indigeríveis do quimo líquido → converte em fezes semissólidas
Ceco + apêndice vermiforme + colos +reto + canal anal
Diferenças entre intestino grosso e delgado:
Apêndices omentais do colo: projeções pequenas, adiposas, semelhantes ao omento
Tênias do colo 
-faixas espessas de m. liso longitudinais
-começam na base do apêndice vermiforme
-seguem por todo o comprimento do intestino grosso
-contração → encurtamento da parede → saculações
-tênia mesocólica: fixação dos mesocolos transverso e sigmóide
-tênia omental: fixação dos apêndices omentais
-tênia livre: não há fixações
Saculações entre as tênias
Calibre muito maior
CECO E APÊNDICE VERMIFORME
-CECO:
Primeira parte do intestino grosso, contínuo com o colo ascendente
Bolsa intestinal cega
Local: fossa ilíaca do quadrante inferior direito, inferior à sua junção com a parte terminal do íleo
Palpável quando distendido por fezes ou gases → parede anterolateral do abdome
A 2,5cm do lig. inguinal
Quase totalmente revestido de peritônio e pode ser levantado livremente → pode ser deslocado da fossa ilíaca, porém costuma estar ligado à parede lateral do abdome por uma ou mais pregas cecais de peritônio
Sem mesentério
-APÊNDICE VERMIFORME:
É um divertículo intestinal cego com massas de tecido linfóide
Mesoapêndice: mesentério triangular curto; originado da face posterior do mesentério na parte terminal do íleo
-Vascularização:
A. ileocólica (ramo terminal da a. mesentérica superior) → a. apendicular (irriga o apêndice)
V. ileocólica → v. mesentérica superior
-Drenagem linfática:
Linfonodos no mesoapêndice → linfonodos ileocólicos (ao longo da artéria)
Vasos linfáticos eferentes → linfonodos mesentéricos superiores
-Inervação:
Nn. simpáticos e parassimpáticos do plexo mesentérico superior
Origem das fibras simpáticas: parte torácica inferior da medula espinal
Origem das fibras parassimpáticas: nn. vagos
COLO
-quatro partes: ascendente → transverso → descendente → sigmóide
-circunda o intestino delgado 
COLO ASCENDENTE:
-segunda parte do intestino grosso
-segue para cima na margem direita da cavidade abdominal 
-ceco → flexura direita/hepática (profunda às costelas 9 e 10 e superposta pela parte inferior do fígado)
-mais estreito que o ceco
-retroperitonial ao longo da face direita da parede posterior do abdome
-coberto por peritônio anteriormente e nas suas laterais
-separado da parede anterolateral do abdome pelo omento maior
-sulcoparacólico direito: sulco vertical profundo revestido por peritônio parietal entre a face lateral do colo ascendente e a parede abdominal adjacente
-Vascularização: (colo ascendente e flexura)
A. mesentérica superior → aa. Ileocólicas e cólica direita → anastomose entre si e com o ramo direito da a. cólica média → arco justa cólico (continuado pelas aa. Cólica esquerda e sigmóidea)
Drenagem venosa se dá por v. cólica direita e v ileocólica → VMS
-Drenagem linfática:
Linfonodos epicólicos, paracólicos, cólicos direitos intermediários e ileocólicos → linfonodos mesentéricos superiores
-Inervação:
Plexo mesentérico superior
COLO TRANSVERSO
-terceira parte do intestino grosso
-parte mais longa e mais móvel
-flexura direita/hepática → flexura esquerda/esplênica
-mesentério = mesocolo transverso → segue inferiormente até depois das cristas ilíacas (geralmente) → adere à parede posterior da bolsa omental ou se funde com ela
-raiz do mesocolo transverso: ao longo da margem inferior do pâncreas e é contínua com o peritônio parietal posteriormente
-colo transverso tem posição variável, geralmente pendendo até o umbigo (nível de L3); em pessoas magras e altas, pode se estender até a pelve
-Vascularização:
AMS → A. cólica média; anastomoses com as aa. Cólicas direita e esquerda → arco justacólico
Drenagem vesosa = VMS
-Drenagem linfática:
Linfonodos cólicos médios → linfonodos mesentéricos superiores
-Inervação:
Plexo mesentérico superior: fibras simpáticas, parassimpáticas (n. vago) e aferentes viscerais
COLO DESCENDENTE
-retroperitonial
-flexura esquerda → colo sigmóide (fossa ilíaca esquerda)
-peritônio cobre o colo anterior e lateralmente → o liga à parede posterior do abdome
-passa pela margem lateral do rim esquerdo
-sulco paracólico igual o direito
COLO SIGMOIDE
-alça em formato de S 
-colo descendente → reto
-fossa ilíaca → nível de S3
-fim das tênias do colo = junção retossigmoide, a 15cm do ânus
-mesentério sigmóide: longo → grande liberdade de movimento, principalmente na parte média
-raiz do mesocolo sigmóide: 
Tem fixação em forma de V invertido
Medial e superior ao longo dos vasos ilíacos externos 
Medial e inferior a partir da bifurcação dos vasos ilíacos comuns até a face superior do sacro
Posteriormente ao ápice da raiz do mesocolo: o ureter esquerdo e a divisão da a. ilíaca comum esquerda, no retroperitônio
-apêndices omentais são longos, desaparecendo quando o colo sigmóide termina
-as tênias do colo também terminam quando o m. longitudinal na parede do colo se alarga para formar uma camada completa no reto
-Vascularização: (colo descendente e colo sigmóide)
Aa. Cólicas esquerda e sigmóidea (ramos da a. mesentérica inferior)
Desse modo, a irrigação do sistema digestório proximal/oral à flexura esplênica é feita pela AMS, e depois disso pela AMI
Aa. Sigmóideas emitem ramos oblíquos para a esquerda → ramos ascendentes e descendentes
Ramo superior da a. sigmoidea + ramo descendente da a. cólica esquerda = a. marginal
VMI → v. esplênica → v. porta
-Drenagem linfática:
Linfonodos epicólicos e paracólicos → linfonodos cólicos intermediários → linfonodos mesentéricos inferiores
-Inervação:
Nn. esplâncnicos pélvicos direitos
Plexo sacral
Plexo hipogástrico inferior (pélvico) direito
Plexo hipogástrico superior
Nn. hipogástricos direito e esquerdo
Nn. ascendentes dos plexos hipogástricos inferiores para os colos sigmóide e descendente, e flexura esquerda do colo
RETO E CANAL ANAL
-o reto é a parte terminal fixa (basicamente retroperitonial e subperitonial) do intestino grosso
-contínuo com o colo sigmóide no nível de S3 → junção ocorre na extremidade inferior do mesentério do colo sigmóide
-contínuo com o canal anal
-descrição na pelve
BAÇO
Massa oval, geralmente arroxeada, carnosa; aprox. mesmo tamanho da mão fechada
Órgão abdominal mais vulnerável
Localizado na parte superolateral do quadrante abdominal superior esquerdo/hipocôndrio → proteção da caixa torácica
Órgão do sistema linfático → local de proliferação de linfócitos/leucócitos e de vigilância e resposta imune
No período pré natal é um órgão hematopoiético; 
Após o nascimento: identificação → remoção → destruição de hemácias antigas e de plaquetas velhas → reciclagem de ferro e globina
Reservatório de sangue: armazena hemácias e plaquetas
Não é um órgão vital
Cápsula fibroelástica relativamente delicada é recoberta por uma camada de peritônio visceral, que só não circunda o baço no hilo esplênico → pode sofrer expansão acentuada e alguma contração relativamente rápida
Móvel; está apoiado sobre a flexura esquerda do colo
Relação posterior: costelas 9-11; é separado delas pelo diafragma e pelo recesso costodiafragmático → extensão da cavidade pleural, semelhante a uma fenda, entre o diafragma e a parte inferior da caixa torácica
Relações:
Anterior: estômago
Posterior: parte esquerda do diafragma → separa o baço da pleura, do pulmão e das costelas 9-11
Inferior: flexura esquerda do colo
Medial: rim esquerdo
Face diafragmática é convexa → encaixe no diafragma e nos corpos curvos das costelas
Fraturas costais podem atingir o baço
Margens anterior e superior → agudas, frequentemente entalhadas
Margens posterior/medial e inferior → arredondadas
Raramente é palpável através da parede anterolateral do abdome, exceto se estiver aumentado → margem entalhada é útil para identificar um baço aumentado (inspiração profunda)
Sua cápsula e trabéculas possuem m. liso → expele sangue periodicamente para a circulação
Cápsula é constituída de tecido conjuntivo fobroelástico, não modelado e denso
Internamente → trabéculas conduzem vasos sanguíneos que entram e saem do parênquima ou polpa esplênica 
Ligado à curvatura maior do estômago pelo lig. gastroesplênico e ao rim esquerdo pelo lig. esplenorrenal → esses ligamento contêm vasos; estão fixados ao hilo
Geralmente o hilo esplênico está em contato com a cauda do pâncreas e constitui o limite esquerdo da bolsa omental
Vascularização:
-tronco celíaco → a. esplênica (trajeto posterior à bolsa omental, anterior ao rim esquerdo e ao longo da margem superior do pâncreas)
-sem anastomoses → formação de segmentos vasculares do baço
-tributárias do hilo → veia esplênica → recebe a v. mesentérica inferior → tributa para a v. mesentérica superior (posteriormente ao colo do pâncreas) → forma a v. porta
Drenagem linfática:
-linfonodos no hilo esplênico → linfonodos pancreáticoesplênicos → linfonodos celíacos
Inervação:
-plexo celíaco → nervos esplênicos (função vasomotora)
PANCRÊAS
Glândula acessória da digestão
Sobre os corpos de L1 e L2 (nível do plano transpilórico)
Atrás do estômago, entre o duodeno (à direita) e o baço (à esquerda)
Mesocolo transverso está fixado na sua margem anterior
Produz:
-secreção exócrina: suco pancreático → ductos pancreáticos principal e acessório → duodeno
-secreção endódrina: hormônios → sangue
Quatro partes:
CABEÇA:
-parte mais expandida
-circundada pelo duodeno
-firmemente fixada à face medial das partes descendente e horizontal do duodeno
-processo uncinado: projeção da parte inferior do pâncreas
-está apoiada na v. cava inferior, a. e v. renais direitas e v. renal esquerda
-ducto colédoco se situa em um sulco na face posterossuperior da cabeça ou está inserido na sua substância
COLO:
-curto
-entre os vasos mesentéricos superiores → deixam um sulco em sua face posterior
-face anterior → recoberta de peritônio; está adjacente ao piloro
-face posterior: v. mesentérica superior + v. esplênica → v. porta
CORPO:
-passa sobre a aorta e L2, logo acima do plano transpilórico e posteriormente à bolsa omental 
-face anterior: coberta por peritônio; assoalho da bolsa omental; parte do leito do estômago
-face posterior: contato com a aorta, a. mesentérica superior, gl. Suprarrenal esquerda, rim esquerdo e vasos renais esquerdos
CAUDA:
-anterior ao rim esquerdo → relação com o hilo esplênico e com a flexura esquerda do colo
-relativamente móvel; passa entre as camadasdo lig. esplenorrenal junto com os vasos esplênicos
Ducto pancreático principal
-cauda do pâncreas → cabeça do pâncreas → se volta inferiormente → ducto colédoco + ducto pancreático principal → ampola hepatopancreática → se abre na parte descendente do duodeno → papila maior do duodeno
Refluxo de bile e de suco pancreático é impedido pelos mm. esfíncteres do ducto pancreático, da ampola hepatopancreática e do ducto colédoco
Ducto pancreático acessório se abre na papila menor do duodeno
Vascularização:
-ramos da a. esplênica → aa. Pancreáticas → arcos com ramos das aa. Gastroduodenal e mesentérica superior
-a. gastroduodenal → aa. Pancreaticoduodenais superiores anterior e posterior
-a. mesentérica superior → aa. Pancreaticoduodenais inferiores anterior e posterior
-drenagem venosa: vv. pancreáticas acompanhantes → v. esplênica
Drenagem linfática:
-vasos linfáticos acompanham os vasos sanguíneos → linfonodos pancreaticoesplênicos, ou linfonodos pilóricos → linfonodos mesentéricos superiores ou → linfonodos hepáticos → linfonodos celíacos
Inervação:
-derivada do n. vago e do n. esplâncnico abdominopélvico
-fibras parassimpáticas → plexos celíaco e mesentérico superior
-fibras simpáticas seguem para os vasos sanguíneos
FÍGADO
Maior glândula do corpo e segundo maior órgão
Atua como órgão hematopoiético no feto maduro
Sistema venoso porta: transporta todos os nutrientes absorvidos pelo sistema digestório para o fígado, menos gordura
Armazena glicogênio
Produz bile → ductos hepáticos direito + esquerdo → ducto hepático comum + ducto cístico → ducto colédoco; bile fica armazenada na vesícula biliar
ANATOMIA DE SUPERFÍCIE, FACES, REFLEXÕES PERITONEAIS E RELAÇÕES DO FÍGADO
Localização: quadrante superior direito do abdome
Protegido pela caixa torácica e diafragma
Profundo às costelas 7-9 
Cruza a linha mediana em direção à papila mamária esquerda
Ocupa a maior parte do hipocôndrio direito e do epigástrico superior → se estende até o hipocôndrio esquerdo
Se move junto com diafragma → facilita a palpação
Na postura ereta fica mais baixo por causa da gravidade
Face diafragmática:
-convexa (anterior, superior e um pouco posterior)
-lisa e com forma de cúpula → diafragma separa o fígado das pleuras, pulmões, pericárdio e coração
-recessos subfrênicos (extensões superiores da cavidade peritoneal) entre as faces superior e anterior → separados em recessos esquerdo e direito pelo ligamento falciforme (entre o fígado e a parede anterior do abdome)
-recesso sub-hepático: parte do compartimento supracólico da cavidade peritoneal imediatamente inferior ao fígado
Face visceral
-relativamente plana ou côncava
-recesso hepatorrenal → continuação posterossuperior do recesso sub-hepático; entre a parte direita da face visceral do fígado e o rim e a gl. suprarrenal direitos → parte da cavidade peritoneal em decúbito dorsal → o liquido que drena da bolsa omental flui para esse recesso
-se comunica anteriormente com o recesso subfrênico direito
-coberta por peritônio exceto na fossa da vesícula biliar e na porta do fígado
-cheia de fissuras e impressões de outros órgãos
Porta do fígado:
-fissura transversal
-v. porta
-a. hepática
-vasos linfáticos
-plexo nervoso hepático
-ductos hepáticos
Duas fissuras sagitais, unidas centralmente pela porta do fígado transversal, formam a letra H na face visceral
-Fissura sagital direita: sulco contínuo formado anteriormente pela fossa da vesícula biliar e posteriormente pelo sulco da veia cava
-Fissura sagital esquerda/umbilical: sulco contínuo formado pela fissura do ligamento redondo (anteriormente) e pela fissura do ligamento venoso (posteriormente)
Lig. redondo do fígado: remanescente fibroso da veia umbilical (levava o sangue oxigenado da placenta para o feto)
O lig. redondo e as pequenas veias paraumbilicais seguem na margem livre do lig. falciforme
Lig. venoso: remanescente fibroso do ducto venoso fetal (desviava sangue da veia umbilical para a veia cava inferior)
Tríade portal: ducto colédoco + a. hepática + v. porta
Omento menor: 
-encerra a tríade portal
-fígado → curvatura menor do estômago e os primeiros 2cm da parte superior do duodeno
-margem livre e menor: porta do fígado → duodeno = lig. hepatoduodenal; envolve as estruturas que atravessam a porta do fígado 
-restante: sulco para o lig. venoso do fígado → curvatura menor do estômago = lig. hepatogástrico
Relações/impressões no fígado:
Lado direito da face anterior do estômago → área gástrica e pilórica
Parte superior do duodeno → área duodenal
Omento menor → estende-se até a fissura do lig. venoso
Vesícula biliar → fossa da vesícula biliar
Flexura direita do colo e o colo transverso direito → área cólica
Rim e glândula suprarrenal direitos → áreas renal e suprarrenal
LOBOS ANATÔMICOS DO FÍGADO
Dois lobos anatômicos e dois acessórios
Formados por reflexões do peritônio a partir de sua superfície
Fixação do lig. falciforme e a fissura sagital esquerda: formam um plano essencialmente mediano → divide o fígado nos lobos direito e esquerdo (bem menor)
O H formado pelas fissuras sagitais direita e esquerda e pela porta do fígado separa os lobos acessórios caudado (posterior ) e quadrado (anterior)
Processo caudado une os lobos caudado e hepático direito
SUBDIVISÃO FUNCIONAL DO FÍGADO
Cada parte recebe seu próprio ramo primário da a. hepática e a v. porta e é drenada por seu próprio ducto hepático
Lobo caudado pode ser considerado um terceiro fígado: 
-vascularização independente da bifurcação da tríade portal (recebe vasos de ambos os feixes) e é drenado por uma ou duas pequenas veias hepáticas → entram diretamente na VCI 
Pode ser dividido em quatro divisões → divididos em oito segmentos hepáticos → cirurgicamente ressecáveis (cada um deles é suprido independentemente por um ramo da tríade portal)
Divisões:
-o lobo caudado não é dividido → nº 1
-divisão primária da tríade portal = fissura portal principal → ramos direito e esquerdo; delimitam um plano de divisão longitudinal:
na face visceral, esse plano é demarcado pela fissura sagital direita
na face diafragmática → linha imaginária: linha de Cantlie: fossa da vesícula biliar → VCI 
-as partes direita e esquerda do fígado são subdivididas verticalmente em divisões medial e lateral pelas fissuras portal direita e umbilical → onde estão as vv. hepáticas direita e esquerda
a fissura medial direita não tem demarcação externa
cada uma das quatro demarcações recebe um ramo secundário da tríade portal 
*NOTE! 
→ A divisão medial da parte esquerda do fígado - divisão medial esquerda – é parte do lobo anatômico direito 
→ A divisão lateral esquerda corresponde ao próprio lobo anatômico esquerdo
-um plano hepático transverso no nível das partes horizontais dos ramos direito e esquerdo da tríade portal subdivide três das quatro divisões → seis segmentos hepáticos → 2,3,5-8; divisão medial esquerda não é dividida → 4
Vascularização:
-irrigação dupla/ vasos aferentes: veia dominante + artéria menor
-o sangue porta sustenta o parênquima hepático
-veia porta 
conduz praticamente todos os nutrientes absorvidos pelo sistema digestório para os sinusoides hepáticos, menos os lipídeos (absorvidos pelo sistema linfático
VMS + v. esplênica → v. porta (posteriormente ao colo do pâncreas)
Ascende anteriormente à VCI como parte da tríade portal no lig. hepatoduodenal
-artéria hepática
sangue → estruturas paraquimentosas (ductos biliares intra-hepáticos)
tronco celíaco → artéria hepática comum → a. gastroduodenal + a. hepática própria → ramos direito e esquerdo → ramos para os segmentos
-vv. hepáticas direita, intermédia e esquerda
intersegmentares em sua distribuição e função
vv. coletoras → vv. hepáticas → vv. centrais → VCI 
a fixação dessas veias na VCI ajudam a manter o fígado em posição
Drenagem linfática:
-fígado produz de 25 a 50% da linfa conduzida pelo ducto torácico
-cápsula fibrosa do fígado: vasos linfáticos superficiais → linfonodos hepáticos (omento menor) → linfonodos celíacos→ cisterna do quilo (ducto torácico)
-acompanhando ramificações da tríade portal: vasos linfáticos profundos
-maior parte da linfa é formada nos espaços perissinusoidais → vasos linfáticos profundo → v. porta
-vasos linfáticos superficiais das partes posteriores das faces diafragmática e visceral do fígado drenam para a área nua do fígado → linfonodos frênicos ou se unem com os vasos linfáticos profundos → VCI → linfonodos mediastinais posteriores → ductos linfático direito e torácico
Inervação:
-plexo hepático, maior derivado do plexo celíaco
-acompanha os ramos da a. hepática e da v. porta do fígado
-fibras simpáticas: plexo celíaco
-fibras parassimpáticas: troncos vagais anterior e posterior
-vasoconstrição
Ductos biliares e vesícula biliar
-conduzem bile do fígado → duodeno
-armazenamento na vesícula biliar
-bile = emulsificante de gorduras
DUCTO COLÉDOCO
Ducto cístico + ducto hepático comum → ducto colédoco (margem livre do omento menor)
Desce posteriormente à parte superior do duodeno
Está em um sulco na face posterior da cabeça do pâncreas
No lado esquerdo da parte descendente do duodeno → entra em contato com o ducto pancreático → seguem juntos obliquamente → se unem para formar a ampola hepatopancreática → na face interna do duodeno: papila maior do duodeno
M. esfíncter do ducto colédoco: ao redor da extremidade distal do ducto colédoco
Irrigação arterial:
Artéria cística → parte proximal do ducto
Artéria hepática direita v parte média
Artéria pancreaticoduodenal superior posterior + a. gastroduodenal → parte retroduodenal
Drenagem venosa:
Parte proximal e ductos hepáticos → entra direto no fígado
Parte distal → v. pancreático duodenal superior posterior → v. porta
VESÍCULA BILIAR
Fossa da vesícula biliar: face visceral do fígado, na junção das partes direita e esquerda
Posição natural:
Corpo → anterior à parte superior do duodeno
Colo + ducto cístico → imediatamente superiores ao duodeno
Fundo da vesícula é completamente circundado por peritônio → une o corpo e o colo ao fígado
Vascularização:
Irrigação → aa. Císticas
Drenagem → vv. císticas 
Inervação: tronco vagal anterior; gângio e plexo celíacos; n. esplâncnico maior → fibras acompanham a a. cística

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