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Automoveis RCF e APP 2017

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21a edição
Rio de Janeiro
2017
SEGUROS DE
AUTOMÓVEIS, RCF E APP
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele,
sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola.
REALIZAÇÃO
 Escola Nacional de Seguros
SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA
 Diretoria de Ensino Técnico
ASSESSORIA TÉCNICA
 Manoel Fernando Corrêa Noleto – 2017/2016/2015
 Vera Lucia Cataldo Leal – 2017/2016/2015
CAPA
 Coordenadoria de Comunicação Social
DIAGRAMAÇÃO
 Info Action Editoração Eletrônica
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da FUNENSEG
E73s Escola Nacional de Seguros. Diretoria de Ensino Técnico. 
 Seguros de automóveis, RCF e APP/Supervisão e coordenação metodológica da Diretoria 
de Ensino Técnico; assessoria técnica de Manoel Fernando Corrêa Noleto e Vera Lucia Cataldo 
Leal. – 21. ed. – Rio de Janeiro: ENS, 2017.
 156 p.; 28 cm 
 O presente manual está dividido em 9 capítulos. 
 Manoel Fernando Corrêa Noleto elaborou do 1o ao 9o capítulo, com exceção do 4o capítulo 
(restrito ao conteúdo DPVAT), elaborado por Vera Lucia Cataldo Leal.
 1. Seguros de Automóveis. I. Noleto, Manoel Fernando Corrêa. II. Leal, Vera Lucia Cataldo. 
III. Título.
0016-1800 CDU 368.05.745:629.111(072)
A Escola Nacional de Seguros promove, desde 1971, diversas iniciativas no âmbito educacional, que contribuem para um mercado de seguros, previdência complementar, capitalização 
e resseguro cada vez mais qualificado. 
Principal provedora de serviços voltados à educação continuada, para 
profissionais que atuam nessa área, a Escola Nacional de Seguros 
oferece a você a oportunidade de compartilhar conhecimento e 
experiências com uma equipe formada por especialistas que possuem 
sólida trajetória acadêmica.
A qualidade do nosso ensino, aliada à sua dedicação, é o caminho 
para o sucesso nesse mercado, no qual as mudanças são constantes 
e a competitividade é cada vez maior. 
Seja bem-vindo à Escola Nacional de Seguros.
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP4
SUMÁRIO 5
Sumário
2
3
4
1 O SEGURO DE AUTOMÓVEIS 9
Introdução 11
Objetivo do Seguro 12
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS – CASCO 15
Contrato do Seguro de Automóvel 17
Formas de Contratação 17
Tipos de Cobertura 18
Coberturas Básicas 18
Coberturas Adicionais 19
Seguro Auto Popular 28
Cobertura Principal 29
Regras para Contratação 29
Seguros de Frotas 30
Grupos de Afinidade 30
Apólices Coletivas 31
Riscos Excluídos 31
Fixando Conceitos 2 33
SEGURO DE RESPONSABILIDADE CIVIL FACULTATIVO DE VEÍCULOS – RCF 37
Noções Básicas de Responsabilidade Civil 39
Objetivo do Seguro de RCF 40
Tipos de Coberturas 40
Coberturas Básicas 41
Coberturas Adicionais 41
Riscos Cobertos 42
Riscos Não Cobertos 43
Fixando Conceitos 3 45
SEGUROS DE CONTRATAÇÃO OBRIGATÓRIA PARA VEÍCULOS 49
Seguro DPVAT 51
Contrato de Seguro DPVAT 53
Vigência do Seguro DPVAT 56
Indenização do Seguro DPVAT 56
Beneficiários do Seguro DPVAT 58
Legislação Aplicável ao Seguro DPVAT 58
Seguro Carta Verde 59
Fixando Conceitos 4 63
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP6
7
6
5 SEGURO DE ACIDENTES PESSOAIS DE PASSAGEIROS – APP 65
Objetivo do Seguro de APP 67
Tipos de Coberturas 67
Coberturas Básicas 67
Cobertura Adicional 67
Âmbito de Cobertura e Riscos Cobertos 68
Riscos Não Cobertos 69
Fixando Conceitos 5 71
CONDIÇÕES GERAIS (CASCO, RCF E APP) 73
Objetivo do Seguro 75
Âmbito Geográfico 75
Vigência do Seguro 75
Pagamento do Prêmio 75
Renovação e Transferência dos Direitos e Obrigações 77
Cancelamento e Rescisão do Contrato de Seguro 78
Endosso 79
Inclusão, Exclusão ou Substituição de Coberturas Adicionais 80
Perda de Direitos 80
Fixando Conceitos 6 81
CÁLCULO DO PRÊMIO 85
Tabela de Referência 87
Fator de Ajuste 88
Desconto Fidelidade 88
Regiões de Circulação/Tarifação 89
Classificação Tarifária 89
Taxas 89
Prêmio Mínimo 90
Franquia 91
Bônus Único 93
Regras de Aplicação do Bônus 93
Taxas e Custos para Coberturas Adicionais 95
Perfil do Segurado ou Questionário de Avaliação do Risco – QAR 95
Cálculo dos Seguros de Frota 96
Roteiro de Cálculo do Prêmio nos Kits de Cálculo das Seguradoras 96
Fixando Conceitos 7 99
SUMÁRIO 7
9
8 CONTRATAÇÃO DO SEGURO 103
Processo de Contratação 105
Vistoria Prévia 106
Objetivo 106
Obrigatoriedade 107
Dispensa 107
Realização da Vistoria Prévia 108
Riscos Recusáveis 110
Kits Pós-venda 110
Reintegração de Coberturas e Garantias 111
Fixando Conceitos 8 113
SINISTRO 115
Introdução 117
Aviso de Sinistro 117
Obrigações do Segurado em Caso de Sinistro 117
Qualificação de Dano 118
Liquidação do sinistro 125
Ressarcimento 125
Sub-rogação de direitos 125
Sinistro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT) 126
Fixando Conceitos 9 127
ESTUDOS DE CASO 131
ANEXOS 133
Anexo 1 – Regiões de Tarifação 135
Anexo 2 – Tabelas de Classificação Tarifária 137
Anexo 3 – Tabela de Prazo Curto 141
Anexo 4 – Documentos Originais para a Liquidação de Sinistros – Indenização Integral 143
por Colisão, Incêndio e Enchente 
Anexo 5 – Documentos Originais para a Liquidação de Sinistros – Indenização Integral 145
por Roubo ou Furto – Veículo Localizado/Recuperado 
Anexo 6 – Documentos Originais para a Liquidação de Sinistros – Indenização Integral 147
por Colisão/RCF 
Anexo 7 – Documentos Originais para a Liquidação de Sinistros – Indenização Integral 149
por Roubo ou Furto
Anexo 8 – Tabela da Lei 6.194/74, de 19 de dezembro de 1974 151 
GABARITO 153
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 155
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP8
UNIDADE 1 9
O SEGURO 
DE AUTOMÓVEIS11
Após ler esta unidade, você deve ser capaz de:
• Compreender a evolução dos Seguros de Automóveis no Brasil.
• Entender a importância e a responsabilidade do Corretor na celebração de um contrato de seguro.
• Conhecer os objetivos dos Seguros de Automóveis.
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP10
UNIDADE 1 11
 INTRODUÇÃO 
De certa forma, a era automobilística no Brasil nasceu no ano de 1891, quando 
desembarcou no cais de Santos, cidade litorânea do Estado de São Paulo, o 
primeiro veículo automotor com motor a explosão. O veículo foi adquirido e 
importado da França pelo então jovem inventor Alberto Santos Dumont. 
O primeiro veículo a desembarcar na Cidade do Rio de Janeiro foi também 
um modelo francês, mas a engenhoca era movida a vapor. O veículo foi 
importado por José do Patrocínio, em 1897, e dois anos mais tarde esse 
veículo foi protagonista do primeiro acidente automobilístico da história da 
cidade. Dirigido por Olavo Bilac, o veículo colidiu contra uma árvore no Alto 
da Boa Vista, caminho bucólico que corta a Floresta da Tijuca, na Cidade do 
Rio de Janeiro. 
Mas foi na Bahia que o Brasil conheceu o primeiro protótipo de um automóvel. 
Em 1871, a Bahia recebia um veículo movido a vapor que tracionava um “carro” 
destinado a acomodar os passageiros. 
O Brasil foi um dos primeiros países do mundo a fazer um protótipo de 
um carro. Em 1919, a companhia Ford estava montando o carro Ford “T” em 
São Paulo. Em 1925, a companhia Chevrolet fez o carro “Cabeça de Cavalo”. 
Em 31 de março do ano de 1952, o presidente da Comissão de Desenvolvimento 
Industrial (CDI) instalou a subcomissão de jipes, tratores, caminhões e 
automóveis. Em 15 de novembro de 1957, saíam às ruas os primeiros carros 
fabricados no Brasil.
A história recente da evolução do automóvel no Brasil se confunde com a 
regulamentação dos contratos de seguro no país, embora, em meados no 
século XIX as normas existentes regulamentassem apenas os contratos de 
seguros marítimos. 
A propósito do seguro, a Bahia também foi pioneira na história do seguro 
no Brasil. Em 1808, sob a influência da primeira Companhia Seguradora do 
mundo, passou a funcionar, no Brasil,a nossa primeira Companhia de Seguros. 
Era a Companhia de Seguros Boa Fé, que tinha sede na então Capital da 
Colônia, Salvador. 
Devido às características e à natureza do seguro de automóveis, este ramo do 
seguro evoluiu de forma significativa, tanto na sua estrutura técnica e legal 
quanto nas suas estratégias comerciais.
A operação do seguro de automóveis, assim como a operação de todos os 
demais ramos do seguro, exige a especialização da sua mão de obra, quer 
pela necessidade de favorecer o entendimento técnico e legal que o produto 
exige, quer pela necessidade comercial de atender e satisfazer às necessidades 
do segurado.
A rápida evolução do seguro de automóveis no Brasil vem acirrando a 
concorrência entre as seguradoras e exigindo de seus operadores certa dose de 
“criatividade” na elaboração e criação de produtos que possam agregar serviços 
diferenciados, preços mais justos e a tão desejada “fidelização do cliente”.
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP12
O corretor de seguros, cujo exercício da profissão está subordinado às normas 
e regulamentação da SUSEP, também é um operador do seguro de automóveis 
e, como tal, deve estar atento às mudanças e evolução tecnológica deste ramo 
do seguro. É importante saber e estar atento ao que ditam a Circular SUSEP 
127/2000 e a Circular SUSEP 405/2010.
 OBJETIVO DO SEGURO
Alguns textos nos servem para definir o objetivo do seguro de automóveis no 
Brasil. Algumas seguradoras escrevem e firmam em suas condições gerais que 
o contrato de seguro de automóvel tem por objetivo garantir ao segurado ou 
aos seus beneficiários, até o Limite Máximo de Indenização (LMI) contratado 
para cada cobertura, o pagamento de indenização que decorra da ocorrência 
de um sinistro coberto e expressamente convencionado nas coberturas e 
cláusulas contratadas na apólice de seguros.
O artigo 12 da Circular SUSEP 256/04 diz que o objetivo do seguro é o de 
estabelecer o compromisso assumido pela sociedade seguradora perante o 
segurado, quanto às coberturas oferecidas, especificando, com clareza, quais 
são os prejuízos indenizáveis.
Podemos dizer, em outras palavras, que o seguro de automóveis tem como 
objetivo garantir ao segurado a indenização ou reembolso dos prejuízos 
sofridos e despesas incorridas, devidamente comprovados, decorrentes 
dos riscos cobertos e relativos aos veículos segurados, conforme o disposto 
nas condições gerais de cada apólice contratada e considerando os Limites 
Máximos de Indenização (LMI) indicados na proposta de seguros.
O seguro de automóvel oferece coberturas e garantias exclusivamente para 
os veículos automotores de vias terrestres.
O seguro popularmente chamado de Automóvel abrange o conjunto das 
seguintes coberturas:
Casco Garante danos ou prejuízos relativos ao veículo segurado propriamente dito.
Responsabilidade Civil 
Facultativo de Veículos – RCF
Garante a indenização dos danos materiais e/ou 
corporais causados a terceiros pelo veículo segurado.
Acidentes Pessoais de 
Passageiro – APP
Garante cobertura para as pessoas transportadas no 
veículo segurado, inclusive seu condutor, no momento 
de um acidente.
Assistência e outras 
coberturas – Auto
Ramo novo (anteriormente informado no Ramo Riscos 
Diversos). Engloba as operações de Seguro de Garantia 
Estendida/Contemplação de Garantia e os seguros 
similares aos serviços de assistência e outras coberturas 
diretamente relacionadas ao veículo segurado.
DPVAT
É o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados 
por veículos automotores de via terrestre, ou por sua 
carga, a pessoas transportadas ou não (Seguro DPVAT), 
criado pela Lei 6.194/74, alterada pelas Leis 8.441/92, 
11.482/07 e 11.945/09, com a finalidade de amparar 
as vítimas de acidentes de trânsito em todo o território 
nacional, não importando de quem seja a culpa dos 
acidentes.
Carta Verde
Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil para 
veículos emplacados no território nacional, quando em 
viagem aos países do Mercosul.
Veículo de passeio
Veículo automotor cuja 
finalidade principal é 
o transporte de seu 
proprietário, condutor, 
familiares e/ou amigos.
Veículo de carga
Veículo automotor cuja 
fi nalidade principal é o 
transporte de mercadorias 
ou tudo aquilo que pode ser 
transportado ou suportado 
pelo veículo.
Vale a pena ler 
na íntegra
Circulares SUSEP 127/2000 
e 405/2010.
UNIDADE 1 13
A Circular SUSEP 395, de 3 de dezembro de 2009, estabelece a codificação 
dos ramos de seguros e dispõe sobre a classificação de cada cobertura contida 
nos planos de seguros. Dessa forma, temos as seguintes definições:
• grupo – conjunto de ramos que possui alguma característica comum; e
• ramo – conjunto de coberturas diretamente relacionadas ao objeto ou 
objetivo do plano de seguro.
• ramo principal – é o ramo do plano de seguro que melhor o caracteriza, 
sendo definido a partir das coberturas que o compõem.
De acordo com o anexo l da referida circular, temos a seguinte codificação 
para os grupos e ramos (coberturas) do seguro de automóvel:
• Seguro de Automóveis – Grupo 05;
• Casco – Grupo 05 e Ramo 31: codificação 0531;
• Responsabilidade Civil Facultativo de Veículos (RCF) – Grupo 05 e 
Ramo 53: Codificação 0553;
• Acidentes Pessoais de Passageiros (APP) – Grupo 05 e Ramo 20: codificação 
0520;
• Assistência e outras coberturas – Auto – Grupo 05 e Ramo 42 – codificação 
0542;
• Garantia estendida e extensão de garantia – Grupo 05 e Ramo 24: 
codificação 0524;
• DPVAT – Grupo 05 e Ramo 88: codificação 0588; e
• Carta Verde – Grupo 05 e Ramo 25: codificação 0525.
Vale a pena ler 
na íntegra 
Circular SUSEP 395/2009
www.susep.gov.br
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP14
UNIDADE 2 15
SEGUROS DE 
AUTOMÓVEIS – CASCO22
Após ler esta unidade, você deve ser capaz de:
• Identificar as formas de contratação dos Seguros de Automóveis.
• Conhecer os tipos de coberturas dos Seguros de Automóveis.
• Identificar os princípios fundamentais, a abrangência e os objetivos que envolvem cada cobertura.
• Conhecer os critérios adotados pelas seguradoras para contratação dos Seguros de Automóveis.
• Entender sobre os riscos cobertos e os riscos excluídos dos Seguros de Automóveis.
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP16
UNIDADE 2 17
 CONTRATO DO SEGURO 
DE AUTOMÓVEL
As regras que dispõem sobre a estrutura mínima das condições contratuais e 
das notas técnicas atuariais dos contratos de seguros de danos e os critérios 
para operação do seguro de automóvel no Brasil são regulados pela Circular 
SUSEP 269, de 30 de setembro de 2004. Nesta Circular, estão definidas as 
formas de contratação do seguro de automóvel da seguinte maneira:
 Formas de Contratação
 Valor de Mercado Referenciado
Nesta modalidade de contratação, fica garantido ao segurado, no caso 
de indenização integral, o pagamento de quantia variável, em moeda corrente 
nacional, determinada de acordo com a tabela de referência, expressamente 
indicada na proposta do seguro. Notamos que, nesta modalidade de 
contratação, o valor da indenização é variável e depende da cotação do veículo 
na época da indenização.
O artigo 5o da Circular SUSEP 269/04 diz que a tabela de referência de que 
trata o parágrafo acima deverá ser estabelecida entre aquelas divulgadas em 
revistas especializadas ou jornais de grande circulação. Já o artigo 1o da Circular 
SUSEP 389/09 completa esta definição, dizendo que a tabela de referência 
pode ser divulgada também por meio eletrônico, desde que elaborada por 
instituição de notória competência.
A tabela de referência para cotação de veículos mais utilizada pelo mercado 
segurador é a tabela elaborada pela Fundação Instituto de Pesquisas 
Econômicas – FIPE – e que pode ser acessada e consultada através do endereço 
eletrônico www.fipe.org.br.
 Valor DeterminadoNesta modalidade, fica garantido ao segurado, no caso de indenização integral, 
o pagamento de quantia fixa, em moeda corrente nacional, estipulada pelas 
partes no ato da contratação do seguro.
Neste caso, o valor limite de indenização é proposto pelo segurado e aceito 
pela seguradora, desde que este valor não seja superior ao real valor do bem 
na data da contratação do seguro. 
Observação
Independentemente da fo rma de 
contratação (Valor Determinado ou 
Valor de Mercado Referenciado), os itens 
opcionais deverão ter sua existência 
comprovada por vistoria ou pela nota 
fiscal de compra do veículo (veículos 
zero km).
Vale a pena ler 
na íntegra 
Circular SUSEP 269/2004
www.susep.gov.br
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP18
O valor definido pelo segurado poderá contemplar os opcionais existentes no 
veículo. Além disso, podem ser levados em conta o ano de fabricação, tipo, 
modelo e o estado de conservação deste veículo. Nos casos de veículos novos 
ou zero km, deverá ser considerado, como limite máximo de indenização para 
efeito de contratação, o valor constante da nota fiscal de compra do veículo.
É importante frisar que a forma de contratação não poderá ser alterada após a 
celebração do contrato de seguro. Por esta razão, a avaliação das necessidades 
do segurado (proponente) deve ser feita com bastante critério e competência, 
e sempre através do auxílio e assessoria de um corretor de seguro.
 TIPOS DE COBERTURA
Nos Seguros de Automóveis, RCF e APP, as seguradoras oferecem ao 
proponente um cardápio de coberturas ou garantias que sejam compatíveis 
com os riscos a que o veículo, objeto do seguro, esteja exposto. 
Apresentamos, nesta unidade, as coberturas do Seguro de Automóvel, também 
chamado de Seguro de Casco, válidas para sinistros ocorridos no âmbito do 
território nacional e nos países integrantes do MERCOSUL. Consideraremos, 
para fins de estudo, as coberturas mais usuais:
• coberturas básicas; e
• coberturas adicionais.
 Coberturas Básicas
São aquelas coberturas relacionadas diretamente ao veículo segurado (casco) 
e que se destinam ao reembolso dos danos impostos ao próprio veículo 
segurado. Estas coberturas apresentam-se nos seguintes tipos: 
• cobertura básica no 1 (também chamada de Compreensiva); e
• cobertura básica no 2 (também chamada de cobertura de Incêndio e 
Roubo).
 Cobertura Básica No 1
 
A cobertura básica no 1 – Compreensiva – tem por objetivo indenizar o 
segurado pelos prejuízos sofridos em consequência de danos materiais causados 
ao veículo segurado ou da perda do veículo segurado, provenientes de:
• acidentes de trânsito, colisão, abalroamento, capotagem, tombamento, 
derrapagem ou queda acidental em precipícios, pontes ou viadutos;
• queda acidental de qualquer objeto externo sobre o veículo, que não faça 
parte integrante deste ou não esteja nele fixado;
• queda, deslizamento ou vazamento de carga transportada, desde que 
decorrentes de riscos cobertos;
• acidente com o veículo durante transporte por qualquer meio comum e 
apropriado;
• atos danosos praticados por terceiros, exceto os danos causados 
exclusivamente à pintura, assim entendidos como ato isolado e esporádico;
Importante
Cada veículo somente poderá ser segurado 
por uma cobertura básica.
UNIDADE 2 19
• submersão parcial ou total do veículo em água proveniente de alagamento, 
enchentes ou inundações, inclusive nos casos de veículos guardados em 
subsolo;
• ressaca, vendaval, granizo, furacão, terremoto;
• raios;
• incêndio ou explosão; e
• roubo ou furto parcial ou total do veículo.
A lista de eventos danosos e aleatórios exposta acima é denominada “Riscos 
Cobertos” e deve estar expressamente determinada na apólice de seguro 
contratada.
Outras garantias e coberturas poderão ser oferecidas pelas sociedades 
seguradoras nos produtos por elas comercializados, desde que este novo 
produto seja submetido previamente à aprovação da SUSEP.
 Cobertura Básica No 2
A cobertura básica no 2 – Incêndio e Roubo – tem por objetivo indenizar o 
segurado pelos prejuízos sofridos, em consequência de danos materiais causados 
ao veículo segurado, ou da perda do veículo segurado provenientes de:
• incêndio ou explosão;
• raios;
• roubo ou furto total do veículo; e
• colisão, abalroamento, capotagem e derrapagem, quando decorrentes de 
roubo ou furto total do veículo.
A cobertura básica no 2 não cobre roubo parcial ou furto parcial do veículo 
segurado. Considera-se roubo parcial ou furto parcial de um veículo o 
desaparecimento isolado de partes ou de peças, inclusive acessórios, do 
veículo segurado.
As despesas necessárias ao socorro e salvamento do veículo, 
em consequência de um dos riscos cobertos, serão reembolsáveis em 
qualquer uma das coberturas básicas.
 Coberturas Adicionais
A contratação de coberturas (ou garantias) adicionais visa ampliar qualquer 
uma das coberturas básicas.
 
Tais coberturas deverão constar, de forma expressa, na proposta e na apólice de 
seguro, com os respectivos limites máximos de indenização, e serão concedidas 
mediante cobrança de prêmio adicional.
Importante
Os danos provenientes de ressaca 
constituem riscos excluídos em algumas 
seguradoras. 
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP20
As coberturas adicionais podem ser divididas em quatro grupos:
1o Grupo 2o Grupo 3o Grupo 4o Grupo
Coberturas 
relativas ao veículo 
segurado
Coberturas 
correspondentes 
a serviços
Coberturas 
adicionais 
(indenização em 
moeda corrente 
nacional)
Ampliação 
de limites de 
cobertura
Acessórios
Danos aos vidros, 
lanternas, faróis 
e lentes de 
retrovisores
Despesas 
extraordinárias
Extensão de 
perímetro
Carrocerias
Assistência ao 
veículo 
e aos passageiros 
(Assistência 24h)
Diárias por 
indisponibilidade de 
veículo ou perda de 
faturamento
Valor de Novo
Equipamentos
Carro reservaBlindagem
Kit gás
 1o Grupo – Coberturas Relativas ao Veículo Segurado
• acessórios – esta cobertura garante a indenização para os danos causados 
aos acessórios relacionados na apólice de seguro contratada.
 Para efeito dessa cobertura, são considerados acessórios todos os aparelhos 
de som, de vídeo e de comunicação (rádios, toca-cds, dvds, central 
multimídia) instalados em caráter permanente no veículo.
 Os acessórios estarão cobertos contra os riscos de roubo ou furto parcial, 
sem que tenha ocorrido roubo ou furto do veículo.
 Essa cobertura, para algumas seguradoras, garante os riscos previstos na 
cobertura contratada para o veículo, sendo concedida conforme critérios 
abaixo:
– Originais de Fábrica (de Série)
 Não há necessidade de discriminar esses itens na proposta, nem 
destacar valor segurado para eles, uma vez que, sendo originais de 
fábrica, seus valores já estão contemplados no modelo do veículo.
 
 No caso de sinistro com dano parcial ou roubo, ou furto exclusivo 
desses acessórios, será deduzida a franquia estipulada na apólice para 
o veículo.
– Não Originais de Fábrica
 Os acessórios deverão ser discriminados na proposta de seguro, com 
valor segurado e franquia própria, desde que identificados na vistoria 
prévia ou na apólice anterior. Nesse caso, a cobertura somente será 
concedida com cobrança de prêmio adicional.
Importante
Algumas seguradoras ainda consideram, 
para efeito dessa cober tura, que os 
acessórios, originais de fábrica ou não, 
deverão ser relacionados na proposta 
e na apólice com importância segurada 
própria e franquia distinta, desde que 
constem da nota fi scal (se veículo zero) 
ou estejam devidamente identifi cados na 
vistoria prévia (se veículo usado).
UNIDADE 2 21
 Não são considerados acessórios os itens listados a seguir:
– alto-falantes, antena elétrica, ar-condicionado, air bag, bancos 
especiais, câmbio automático, direção hidráulicaou elétrica, freios 
ABS, faróis de neblina, teto solar, vidros coloridos, volante esportivo. 
Para que estes itens tenham a mesma cobertura oferecida por 
qualquer uma das coberturas básicas contratada, basta que eles 
estejam detalhados no corpo da Nota Fiscal de compra do veículo 
(no caso dos veículos novos ou zero quilômetro) ou tenham a sua 
existência constatada através da vistoria prévia, por ocasião da análise 
do risco e contratação do seguro.
 Chave de roda, triângulo de segurança, macaco, estepe, cintos de 
segurança não são considerados acessórios para efeito das garantias 
do seguro.
• carrocerias – esta cobertura adicional pode ser contratada junto com qualquer 
uma das coberturas básicas contratadas para o veículo mediante o pagamento 
de prêmio específico para tal cobertura. O Limite Máximo de Indenização 
(LMI) e a franquia relativos a esta cobertura devem estar detalhados no corpo 
da apólice. A garantia de cobertura será para os mesmos riscos previstos na 
cobertura básica contratada para o veículo (casco).
 Carrocerias são receptáculos de carga que não integram o modelo 
básico do veículo, mas que nele estejam fixadas em caráter permanente. 
As carrocerias podem ser: baú, tanque, basculantes, furgão, frigoríficas, 
isotérmicas.
 Não são consideradas carrocerias as que integram o modelo básico de 
veículos tipo pick ups, como: Blazer S-10, Ford Ranger, VW Amarok, 
Mitsubishi L-200.
• equipamentos – a garantia desta cobertura será para os mesmos riscos 
previstos na cobertura básica contratada para o veículo, mediante o 
pagamento de prêmio adicional para os equipamentos instalados no 
veículo segurado em caráter permanente. Esta cobertura também terá 
Limite Máximo de Indenização (LMI) e franquia específicos e detalhados 
no corpo da apólice.
 Algumas seguradoras consideram que, na ocorrência de sinistro coberto 
com indenização integral para o veículo segurado, não haverá indenização 
dos equipamentos que não sofrerem danos ou avarias que comprometam 
seu funcionamento. Neste caso, os equipamentos deverão ser devolvidos 
ao segurado.
 São considerados equipamentos aqueles instalados em caráter permanente 
no veículo, com o objetivo de prestar determinados serviços, como: 
adaptações de veículos para deficientes físicos, guindastes, plataformas 
elevatórias, escavadeiras, compactadores de lixo, kit gás natural.
Importante
Os danos causados exclusivamente 
pela carroceria do veículo segurado a 
outros veículos, bens ou pessoas que 
não façam parte do contrato de seguro 
(danos a terceiros) serão indenizados com 
base na cobertura de Responsabilidade 
Civil Facultativa (RCF) contratada nas 
coberturas básicas, mesmo se o segurado 
não tiver contratado a cobertura adicional 
para a carroceria.
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP22
• blindagem – estarão cobertos pela cobertura adicional de blindagem, até 
o valor do limite máximo de indenização contratado para esta cobertura, 
os danos causados à blindagem do veículo que tenham sido decorrentes 
de eventos cobertos pela garantia básica contratada para o veículo. 
Esta garantia também terá prêmio e franquia específicos.
 O limite máximo de indenização é, geralmente, estabelecido a partir 
do custo da blindagem, que varia em função do tipo do veículo e do nível de 
blindagem. É necessário apresentar nota fiscal e certificado de qualidade.
 A contratação dessa cobertura poderá ser feita em conjunto com qualquer 
uma das coberturas básicas contratadas para os veículos de passeio nacional 
ou importado, pick ups leves ou pesadas, nacionais ou importadas.
• kit gás – é considerado como equipamento por algumas seguradoras e 
com item específico em outras, e a contratação de cobertura somente 
é feita mediante a apresentação do Certificado de Segurança Veicular, 
expedido por Instituição Técnica Licenciada (ITL). 
 As modificações efetuadas no veículo segurado devem estar em 
conformidade com o que determina a Resolução 25, de 21 de maio de 
1998, do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN).
– Não Originais de Fábrica
 Essa cobertura abrange o kit gás veicular, fixado no veículo segurado 
em caráter permanente, relacionado na apólice com Limite Máximo 
de Indenização próprio e franquia distinta, o qual estará garantido 
contra os riscos estipulados na Cobertura Básica contratada. 
Somente haverá cobertura para o kit gás se este estiver rigorosamente 
dentro das normas do INMETRO.
 A franquia prevista na apólice para o kit gás será deduzida dos 
prejuízos parciais, independentemente da franquia relativa ao casco. 
No entanto, não será deduzida qualquer franquia nos sinistros 
oriundos de indenização integral, nem nos casos de indenizações 
relativas a prejuízos provenientes de incêndio ou explosão, raios e suas 
consequências.
– Originais de Fábrica (de Série)
 Sendo o kit gás original de fábrica, não haverá necessidade de 
discriminar na proposta e destacar verba própria, uma vez que já está 
incorporado ao modelo do veículo. No caso de roubo ou furto exclusivo 
desse item, haverá cobertura securitária e será deduzida a franquia 
estipulada na apólice.
UNIDADE 2 23
 2o Grupo – Coberturas Correspondentes a Serviços
• Danos aos Vidros – a cobertura adicional para Vidros garante o reparo ou 
a troca de vidros do veículo segurado (para-brisa, vidros laterais e traseiros), 
incluindo a reposição das películas protetoras por algumas seguradoras 
(exceto a do para-brisa, de acordo com as regras do CONTRAN), em 
consequência de danos ocorridos exclusivamente aos vidros. 
 O objetivo da cobertura adicional de Vidros é a prestação de serviço de 
troca ou reparo referente aos danos causados aos vidros laterais, traseiro 
e para-brisa de veículos segurados.
 Nessa cobertura, a assistência ao sinistro é prestada, em geral, por 
empresas conveniadas com a seguradora, exclusivamente para veículos 
de passeio, pick ups leves e pesadas, nacionais ou importadas. Em geral, 
essa cobertura tem caráter indenitário.
 Os riscos excluídos dessa cobertura são:
– danos típicos de manutenção ou desgaste pelo uso e danos à lataria 
do veículo decorrentes de quebra do retrovisor;
– tetos solares;
– vidros blindados; e
– danos causados por eventos cobertos na cobertura básica.
 Qualquer outra exclusão de riscos para esta cobertura deverá ser 
expressamente detalhada na apólice de seguro contratada. 
 Algumas seguradoras comercializam a cobertura adicional para faróis, 
lanternas e retrovisores. Esta cobertura tem como objetivo a prestação de 
serviço de troca e reparo referente aos danos causados aos retrovisores 
externos, faróis e lanternas de veículos segurados.
 Nesta cobertura, em geral, o segurado participará com o pagamento de 
franquia obrigatória por item substituído.
 Normalmente, o limite máximo de substituição para cada veículo segurado 
é de uma peça de cada item segurado durante o período de vigência 
da apólice.
 Algumas das exclusões desta cobertura são:
– lanternas laterais;
– lanternas situadas nos retrovisores externos;
– lanternas embutidas em para-choques;
– faróis auxiliares (milha) ou de neblina (dianteiro ou traseiro);
– brake-lights (luzes de freio);
– faróis de xenônio/LED ou similares quando não originais de fábrica;
– faróis e lanternas não originais;
– roubo/furto do veículo ou exclusivamente das peças com cobertura;
– queima exclusiva da lâmpada da lanterna ou do farol;
– danos decorrentes de perdas parciais ou integrais que estejam 
cobertos por alguma das coberturas básicas contratada para o veículo 
segurado; 
– veículos em processo de atendimento de sinistro.
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP24
• Assistência 24 Horas – A Circular SUSEP 310, de 19 de dezembro de 
2005, regulamenta a oferta, pelas sociedades seguradoras, de serviços 
de assistência, caracterizados como atividades complementares aos 
contratos de seguros,e estabelece a diferenciação entre esses serviços e 
as garantias similares oferecidas em contratos de seguros.
 As coberturas devem ter caráter prioritariamente indenitário, baseadas no 
pagamento de indenização ou no reembolso ao segurado ou beneficiário 
de despesas incorridas, conforme os valores e limites máximos de 
indenização discriminados por cobertura e fixados na apólice ou certificado 
individual.
 A circular faculta às seguradoras operarem os serviços de assistência de 
duas formas:
1. Serviços de assistência, caracterizados como atividades 
complementares aos contratos de seguros – Nesse caso, as 
seguradoras devem assumir responsabilidade subsidiária perante o 
segurado pela prestação dos serviços de assistência na hipótese de 
esses serviços não serem oferecidos como garantias de contratos 
de seguro.
 Os serviços de assistência não poderão ser prestados diretamente pelas 
sociedades seguradoras, devendo ser terceirizados junto a empresas 
especializadas. 
 Quando cobrado do segurado, o pagamento dos serviços poderá ser 
realizado no mesmo documento de cobrança do prêmio comercial, 
desde que esteja devidamente discriminado.
2. Serviços de assistência assim entendidos como garantias similares 
oferecidas em contratos de seguro – As sociedades seguradoras que 
comercializarem garantias similares em contratos de seguros devem 
atender, obrigatoriamente, às seguintes disposições:
 I – as coberturas devem ter caráter prioritariamente indenitário, 
baseadas no pagamento de indenização ou no reembolso ao segurado 
ou beneficiário de despesas incorridas, conforme os valores e limites 
máximos de indenização discriminados por cobertura e fixados na 
apólice ou certificado individual;
 II – poderá ser prevista a possibilidade de substituição da indenização ou 
reembolso pela prestação de serviços mediante acordo entre as partes;
 III – o valor do reembolso ou da indenização deverá ser compatível 
com aqueles praticados pelo mercado de prestação de serviços;
 IV – deverá ser prevista a livre escolha do prestador de serviço na 
hipótese de o segurado ou beneficiário optar pelo reembolso; e
 V – as coberturas devem estar diretamente relacionadas ao objeto 
segurado.
 A cobertura adicional Assistência 24 horas garante ao veículo segurado e 
a seus ocupantes assistência na ocorrência de eventos previstos na apólice 
de seguro. Também tem como objetivo prestar assistência ao segurado 
em caso de pane, colisão, incêndio ou roubo do veículo segurado.
UNIDADE 2 25
 A seguir, listamos alguns exemplos de serviços de assistência:
– troca de pneus; 
– mecânico emergencial ou reboque do veículo até a oficina;
– chaveiro; 
– táxi emergencial em caso de acidente, pane, roubo ou furto do 
veículo;
– remoção de veículos;
– reparo no local;
– auxílio em caso de falta de combustível (pane seca);
– troca de pneus;
– chaveiro;
– hospedagem;
– fornecimento de passagens aéreas ou terrestres para retorno do 
segurado e seus acompanhantes ao local de origem ou continuidade 
da viagem até o local de destino; 
– remoção de passageiros acidentados;
– locomoção de pessoa da família em caso de internação;
– motorista substituto em caso de incapacitação do condutor do veículo 
segurado após acidente; e
– traslado de corpo em caso de falecimento. 
 Algumas seguradoras oferecem serviço de assistência residencial em alguns 
dos pacotes opcionais:
– reparos em aparelhos eletrodomésticos, instalações elétricas e hidráulicas 
na residência do segurado.
 Vale dizer que alguns desses serviços estão sujeitos a franquias específicas 
e/ou limites de utilização, com possibilidade ou não de reintegração após 
a utilização.
A seguradora estará desobrigada da prestação de serviços de Assistência 
24 horas nos casos que impeçam a sua execução, como: enchentes, 
interdições de rodovias e/ou outras vias de acesso, greves, convulsões 
sociais, atos de vandalismo, efeitos nucleares ou radioativos, casos 
fortuitos e de força maior.
Os custos dos serviços providenciados pelo próprio segurado somente 
são reembolsados em situações excepcionais, mediante prévia 
autorização.
 A seguir, algumas exclusões previstas nos serviços de Assistência 24 horas:
– atos intencionais ou dolosos praticados pelo segurado;
– uso abusivo de álcool (embriaguez), entorpecentes;
– participação em apostas, crimes, disputas;
– acidentes resultantes de participação em qualquer competição, oficial 
ou não;
– greves, convulsões sociais, atos de vandalismo, interdições de rodovias 
e/ou de outras vias de acesso, efeitos nucleares ou radioativos, casos 
de força maior.
Vale a pena ler 
na íntegra 
Circular SUSEP 310/2005
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP26
• Carro Reserva – a cobertura adicional de carro reserva poderá ser 
contratada para veículos de passeio, esportivos, pick ups leves e pesadas, 
nacionais e importados, com a contratação da cobertura básica de casco. 
Esta cobertura pode ter periodicidade definida de acordo com cada 
contrato firmado entre o segurado e seguradora.
 A seguradora disponibilizará ao segurado o serviço de carro reserva durante 
o período contratado em caso de indenização integral (colisão, incêndio, 
roubo e furto) e nos casos de perda parcial. Nos casos de perda parcial, 
para ter acesso a este benefício, é necessário que o valor do reparo seja 
superior ao valor da franquia estipulada na apólice (sinistro indenizável). 
 Os períodos usualmente praticados pelas seguradoras são: 7 (sete); 
15 (quinze); e 30 (trinta) dias. 
 Algumas seguradoras disponibilizam ainda a opção de contratação do 
carro reserva por tempo indeterminado, ou seja, todo o tempo em que o 
veículo segurado estiver indisponível, considerando:
– em caso de perda parcial, do momento do recolhimento do veículo 
até a data da sua entrega reparado pela oficina;
– em caso de indenização integral, o prazo para liberação é contado a 
partir da formalização do aviso de sinistro até o efetivo pagamento 
da indenização.
 Há também a opção de algumas seguradoras oferecerem o serviço de 
carro reserva nos casos em que o segurado seja o terceiro no acidente e 
o sinistro esteja sendo tratado em outra seguradora. Neste caso, o carro 
reserva será liberado, desde que o valor do sinistro na congênere atinja o 
valor da franquia estipulada na apólice contratada (sinistro indenizável) 
e forem comprovadas a abertura do processo de sinistro na congênere e 
a entrada do veículo em oficina para reparos.
 
 O segurado, além de responder por todas as despesas decorrentes da 
utilização do carro reserva, deverá atender às seguintes exigências:
• idade mínima de 21 anos;
• experiência mínima de habilitação de dois anos; e
• ser possuidor de cartão de crédito com limite disponível para a caução 
exigida pela locadora no momento da retirada do veículo.
UNIDADE 2 27
 3o Grupo – Coberturas Adicionais Correspondentes 
a Indenização em Moeda Corrente Nacional 
• despesas extraordinárias – na ocorrência de um sinistro caracterizado 
como indenização integral, a seguradora garantirá ao segurado uma 
indenização adicional com valores fixados na apólice e que correspondam 
a um percentual do valor indenizado. Esta indenização poderá ser utilizada 
para pagamento de despesas extraordinárias decorrentes do sinistro sem 
que haja necessidade de comprovação das despesas.
 O pagamento da indenização dessa cobertura adicional será efetuado 
juntamente com a indenização relativa à cobertura básica do veículo 
segurado.
Algumas seguradoras estabelecem, nos seus produtos, que a cobertura 
de reembolso das despesas extraordinárias perde o efeito, nos casos 
de indenização integral por colisão, quando houver acordo para que 
o salvado fique em poder do segurado.
• Diária por Perda de Faturamento – a cobertura adicional para Perda de 
Faturamento, também denominada Diáriaspor Indisponibilidade do Veículo 
ou ainda Lucros Cessantes, garante ao segurado o pagamento de indenização, 
em moeda corrente nacional, conforme as opções contratadas na apólice, 
como compensação pela perda de receita exclusivamente em consequência 
da paralisação do veículo segurado de utilização profissional, devidamente 
comprovada, ocasionada por sinistro coberto e indenizado pela seguradora.
 O reembolso terá como base o valor e o número de diárias fixados no 
contrato de seguro e obedecerá aos seguintes critérios:
– em caso de indenização integral, as diárias serão contadas a partir 
da data de entrada do aviso de sinistro na seguradora, até a data do 
pagamento da indenização, ou quando atingir o número de diárias 
contratadas, prevalecendo o que ocorrer primeiro; e
– em caso de indenização parcial, as diárias serão contadas a partir da 
data da entrada do aviso de sinistro na seguradora (ou do recolhimento 
do veículo à oficina, caso este seja posterior), até a data da entrega do 
veículo pela oficina, ou quando atingir o número de diárias contratadas, 
o que ocorrer primeiro.
 Os valores das diárias oferecidas pelos produtos das seguradoras geralmente 
são de R$ 100,00, R$ 150,00 ou R$ 200,00, e as quantidades de diárias, 
entre cinco e 15 dias.
Vale ressaltar que, nessa cobertura, deve constar, expressamente na 
apólice, o valor de cada diária e o número de diárias contratadas. 
Assim, a indenização será o produto do valor da diária pela quantidade 
de dias de paralização do veículo, observado o limite das diárias 
contratadas. 
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP28
 4o Grupo – Ampliação de Limites de Cobertura
• Extensão de Perímetro – Esta cobertura adicional garante ao segurado 
a ampliação da área de abrangência geográfica de cobertura do seguro 
para países da América do Sul.
 A cobertura concedida ao segurado no Brasil prevalece nos países 
da América do Sul (incluindo os países integrantes do Mercosul). 
A indenização é feita sob forma de reembolso, mediante comprovação 
das despesas relativas ao sinistro ocorrido.
 A seguradora adotará, para efeito de conversão, a taxa de câmbio vigente 
na data de pagamento do sinistro, respeitando os limites máximos de 
indenização estipulados na apólice. No caso de haver um representante 
da seguradora no país onde ocorreu o sinistro, deve-se proceder 
exatamente como se o sinistro fosse regulado no Brasil.
• Valor de Novo – a cobertura adicional de Valor de Novo (também chamada 
de cobertura adicional para Veículo Zero km) tem por objetivo garantir ao 
segurado a indenização em valor equivalente ao veículo zero km, apurado 
na Tabela FIPE, por período superior a 90 dias. O período de contratação 
na maioria das seguradoras é de até seis meses. Outras, no entanto, podem 
ampliar esse prazo por até 12 meses.
Vale lembrar que esta cobertura adicional somente se aplica a apólices 
contratadas na modalidade “Valor de Mercado Referenciado”.
 O seguro deverá ser contratado mediante a apresentação da nota fiscal de 
compra do veículo, emitida por concessionária ou distribuidor autorizado. 
O início de vigência do seguro deve ser, no máximo, 72 horas após a data 
de saída do veículo da concessionária.
 SEGURO AUTO POPULAR 
A Resolução CNSP 336, de 31 de março de 2016, instituiu as regras e critérios 
para operação do seguro popular de automóvel com permissão para utilização 
de peças usadas oriundas de empresas de desmontagem, conforme a 
Lei 12.977, de 20 de maio de 2014, que regulamenta a atividade de 
desmontagem de veículos automotores de via terrestre.
A permissão do uso de peças oriundas de desmontagem não afasta a 
possibilidade de utilização de peças de reposição novas e que apresentem as 
mesmas especificações técnicas do fabricante, asseguradas ao destinatário 
informações claras, suficientes e destacadas acerca da procedência e da 
adequação do produto.
Vale a pena ler 
na íntegra 
Resolução CNSP 336/2016
www.susep.gov.br
UNIDADE 2 29
 Cobertura Principal
A cobertura principal deverá contemplar a garantia de danos causados por 
colisão, sendo vedada a cobertura exclusiva para indenização integral 
por colisão.
Poderão ainda ser oferecidas como coberturas agregadas, exclusivamente: 
• Assistência e Outras Coberturas;
• Auto
• Acidentes Pessoais de Passageiros – APP; e
• Responsabilidade Civil Facultativa de Veículos – RCFV.
 Regras para Contratação
Poderá ser comercializado nas modalidades Valor de Mercado Referenciado 
e Valor Determinado.
A oferta, apresentação e utilização de peças oriundas de desmontagem, 
ou de peças de reposição novas e que apresentem as mesmas especificações do 
fabricante, devem assegurar ao proponente informações claras e destacadas 
da procedência e das condições do produto.
A permissão do uso de peças oriundas de desmontagem não afasta a 
possibilidade de utilização de peças de reposição novas e que apresentem as 
mesmas especificações técnicas do fabricante, asseguradas ao destinatário 
informações claras, suficientes e destacadas acerca da procedência e da 
adequação do produto. 
A seguradora somente poderá utilizar peças de reposição não originais após 
autorização específica do segurado no momento da contratação.
A proposta de seguro deverá conter opção entre a utilização de oficina 
livre escolha ou de oficina pertencente à rede referenciada da seguradora e 
específica do produto. 
Na hipótese de rede referenciada, a seguradora deverá discriminar as vantagens 
auferidas pelo segurado. 
É imprescindível a assinatura prévia da proposta pelo segurado, por seu 
representante legal ou corretor de seguros, com declaração de que o 
proponente tomou ciência das referidas condições.
A utilização dessas peças, na recuperação de veículos sinistrados, somente 
será permitida quando atenderem aos requisitos de origem, para reutilização, 
nos termos das normas do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN – e 
demais condições impostas pela Lei 12.977/2014. 
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP30
 SEGUROS DE FROTAS
É o seguro de um conjunto de veículos contratado na mesma seguradora, por 
apólice emitida em nome de uma única pessoa física ou jurídica.
Todos os dispositivos que regem o seguro de automóvel individual valem 
para regular os seguros de automóveis para frotas de veículos. Em função 
das características de um determinado grupo segurável, podem ser oferecidas 
condições especiais para contratação deste seguro.
Os tipos mais conhecidos de Seguro de Frota são:
• grupos de afinidade; e
• apólices coletivas.
 Grupos de Afinidade
Este seguro pode ser contratado (ou estipulado) pelo próprio empregador ou 
por associações constituídas que congreguem, exclusivamente, empregados 
de um mesmo empregador, o qual também poderá incluir seus veículos.
Em alguns grupos de afinidade (GAFIN), poderão ser admitidos no seguro, a 
critério da seguradora, além dos associados, seus dependentes.
Caberá obrigatoriamente à seguradora emitir certificados individuais de 
seguro para todos os componentes do grupo.
O prêmio poderá ser pago:
• integralmente pelo empregador;
• pelo empregador e pelo empregado, em proporções combinadas entre 
ambos; ou
• somente pelo empregado.
 
De modo geral, o prêmio é pago somente pelo empregado.
Por conta das características descritas anteriormente, não serão admitidos 
grupos de afinidade reunindo veículos de sócios de clubes, membros de 
sindicatos e cooperativas ou quaisquer outras agremiações.
UNIDADE 2 31
 Apólices Coletivas
As apólices coletivas são constituídas por veículos de um mesmo proprietário, 
isto é, sob um mesmo CPF ou CNPJ (pessoa física ou jurídica).
No Seguro de Frota, é permitida a inclusão de veículos adquiridos, alugados e/ou 
arrendados pelo segurado durante a vigência do seguro, sendo normalmente 
alocados em categoria tarifária específica paratal fim.
Quando se tratar de pessoa jurídica, poderão ser considerados, além dos 
veículos da própria empresa segurada, os veículos de seus diretores e de firmas 
comprovadamente subsidiárias.
 RISCOS EXCLUÍDOS
Constituem riscos excluídos – ou prejuízos não indenizáveis – nas coberturas 
de Casco (Automóveis) aqueles riscos cujos sinistros importem em perdas 
não previstas ou impossíveis de dimensionar no ato da fixação do prêmio, 
ou, ainda, aqueles que possam constituir objeto de seguro específico.
São considerados riscos excluídos do Seguro de Casco (Automóveis) os riscos 
ou prejuízos provenientes de:
• danos causados ao veículo segurado, quando conduzido por pessoa em 
estado de embriaguez ou sob a influência de qualquer droga que produza 
efeitos desinibitórios, alucinógenos ou soníferos;
• perdas ou danos ocorridos quando o veículo segurado for conduzido 
ou posto em movimento por pessoa sem carteira de habilitação válida e 
compatível com a respectiva categoria do veículo;
• roubo ou furto de veículo que possua equipamentos de segurança e o 
segurado não os tenha acionado ou à central de monitoramento, quando 
for o caso;
• lucros cessantes;
• fenômenos da natureza, salvo os expressamente previstos nas cláusulas 
de coberturas;
• perdas ou danos ocorridos quando em trânsito por estradas não abertas 
ao tráfego;
• desgaste, depreciação pelo uso, falhas do material, defeitos mecânicos 
ou de instalação elétrica no veículo segurado;
• tumultos, motins, greves, lockout e quaisquer outras perturbações da 
ordem pública; 
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP32
• atos de hostilidade ou guerras, rebeliões, insurreições, revoluções, confiscos, 
nacionalizações, destruição ou requisição decorrentes de qualquer ato de 
autoridade de fato ou de direito, civil ou militar;
• danos decorrentes de apropriação indébita do veículo segurado;
• perdas ou danos ocorridos durante a participação do veículo segurado 
em competições, apostas e provas de velocidade;
• perdas ou danos sofridos pelo veículo segurado se este estiver sendo 
rebocado por veículo não apropriado para esse fim;
• desvalorização do valor do veículo, em virtude da remarcação do chassi, 
bem como qualquer outra forma de depreciação que esse veículo venha 
a sofrer, inclusive aquela decorrente de sinistro ou pelo uso do bem;
• despesas de qualquer espécie que não correspondam ao necessário para 
o reparo do veículo e seu retorno às condições de uso imediatamente 
anteriores ao sinistro;
• perdas ou danos sofridos pelo veículo segurado por queda, deslizamento 
ou vazamento de carga transportada, salvo quando em consequência de 
um dos riscos cobertos pela apólice;
• danos causados aos bens de propriedade do segurado ou a ele entregues 
em custódia para transporte, uso, manipulação ou execução de qualquer 
trabalho;
• acidentes diretamente ocasionados pela inobservância de disposições 
legais;
• acidentes que decorram de excesso de lotação do veículo ou excesso de 
peso, dimensão ou acondicionamento de carga transportada;
• multas e fianças impostas ao segurado, bem como despesas de qualquer 
natureza, incorridas em ações ou processos criminais;
• danos resultantes de radiações ionizantes ou contaminação pela 
radioatividade e de qualquer resíduo de combustão de material nuclear; e
• danos causados por animais de propriedade do segurado, do principal 
condutor ou de seus ascendentes, descendentes ou cônjuge.
FIXANDO CONCEITOS 2 33
Fixando Conceitos 2
Anotações:
MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA
[1] No Seguro de Automóveis, o Valor Determinado: 
(a) É estabelecido para a apuração do prêmio de referência.
(b) É determinado exclusivamente para o cálculo da franquia.
(c) Representa o valor indenizável nos sinistros com indenização integral, 
caso o seguro tenha sido contratado nesta modalidade.
(d) É indicado pelo segurado e reconhecido pela seguradora como o valor 
a ser pago, em caso de indenização integral, apenas na cobertura de 
Incêndio e Roubo.
(e) É usualmente determinado para o cálculo do prêmio, pois, em caso 
de indenização integral, prevalecerá sempre o valor comercial do 
veículo.
[2] O Seguro de Automóveis apresenta os seguintes tipos de coberturas:
(a) Básicas e adicionais.
(b) Básicas e especiais. 
(c) Básicas, adicionais e especiais. 
(d) Básicas, adicionais e acessórias.
(e) Básicas, adicionais, especiais e acessórias.
[3] O risco de incêndio do veículo (casco) é garantido:
(a) Por cobertura adicional.
(b) Por cobertura acessória. 
(c) Somente por cobertura especial.
(d) Por qualquer das coberturas básicas.
(e) Somente pela cobertura básica de Incêndio. 
[4] As coberturas de Colisão, Abalroamento e Derrapagem Acidental 
encontram-se amparadas:
(a) Em qualquer cobertura adicional.
(b) Apenas nas coberturas especiais.
(c) Nas coberturas básicas no 1 e no 2. 
(d) Exclusivamente na cobertura básica no 2.
(e) Exclusivamente na cobertura básica no 1. 
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP34
Anotações:
Fixando Conceitos 2
[5] No Seguro de Automóveis, a cobertura básica no 2 garante a indenização 
dos prejuízos decorrentes de:
(a) Granizo, alagamento e ressaca.
(b) Roubo ou furto total do veículo segurado.
(c) Roubo ou furto parcial do veículo segurado.
(d) Colisão. 
(e) Acidentes causados ao veículo durante o transporte por qualquer meio 
comum e apropriado. 
[6] A cobertura adicional de Acessórios: 
(a) Não onera o custo do seguro.
(b) É parte integrante de qualquer cobertura básica.
(c) Não considera acessórios os objetos fornecidos obrigatoriamente pelo 
fabricante do veículo.
(d) Permite a contratação para aparelhos de comunicação removíveis do 
veículo segurado.
(e) Considera vidros coloridos e bancos especiais como uma cobertura 
especial, sendo necessário contratá-la isoladamente.
[7] O perímetro de cobertura do Seguro de Automóvel pode ser estendido:
(a) A qualquer país.
(b) Apenas aos países da América do Sul.
(c) Apenas aos países integrantes do Mercosul.
(d) Apenas aos países da América do Sul e América Central. 
(e) Aos países da América do Sul, América Central e América do Norte. 
[8] A cobertura adicional – Carroceria:
(a) Não necessita do pagamento de prêmio adicional.
(b) Considera carroceria guindastes e plataformas elevatórias.
(c) É considerada cobertura extraordinária, sendo, portanto, perfeitamente 
dispensável.
(d) Considera que os veículos Ford Ranger, GM S-10 e VW Amarok 
enquadram-se na categoria de veículos com carroceria.
(e) Considera carroceria os receptáculos de carga que não integram o 
modelo básico do veículo e que sejam fixados em caráter permanente 
nesse veículo.
FIXANDO CONCEITOS 2 35
Fixando Conceitos 2
Anotações:
[9] Quanto à cobertura adicional de Blindagem, é correto afirmar que:
(a) É válida, também, para caminhões. 
(b) Pode ser contratada de forma isolada.
(c) Não é comum no mercado segurador nacional.
(d) Pode ser contratada junto com qualquer das coberturas básicas.
(e) Somente poderá ser contratada com a Cobertura Compreensiva.
[10] Uma empresa consulta seu corretor quando deseja contratar uma apólice 
de frota de Automóveis, do tipo grupo de afinidade, para seus funcionários. 
Neste caso, o corretor dessa empresa deverá informá-la de que: 
(a) O seguro somente poderá ser contratado pelo próprio empregador.
(b) O seguro deverá ser pago, única e exclusivamente, pela empresa.
(c) Se o seguro for pago pelo empregador, poderá ser deduzido 
integralmente do imposto de renda da empresa.
(d) O seguro poderá admitir a emissão de apólice por sócios de 
clubes, membros de sindicatos e cooperativas ou quaisquer outras 
agremiações.
(e) O seguro poderá ser pago integralmente pelo empregador ou pelo 
empregador e pelo empregado, em proporções livremente combinadas 
entre ambos ou somente pelo empregado. 
[11] No Segurode Automóveis, os danos causados por queda acidental de 
objetos sobre o veículo:
(a) Estão cobertos por qualquer cobertura básica.
(b) Estão cobertos pelas coberturas básicas no 1 e no 2. 
(c) Estão cobertos exclusivamente pela cobertura básica no 1. 
(d) Somente estarão cobertos se contratada cobertura adicional. 
(e) Estão cobertos pela cobertura básica no 1, desde que resultem, 
exclusivamente, na indenização integral do veículo. 
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP36
Anotações:
Fixando Conceitos 2
[12] São excluídos da cobertura do Seguro de Automóveis os riscos ou prejuízos 
provenientes de:
(a) Colisão, na cobertura básica no 1.
(b) Incêndio, em qualquer das coberturas básicas. 
(c) Roubo total ou furto total do veículo, na cobertura básica no 2.
(d) Roubo parcial ou furto parcial do veículo, na cobertura básica no 1.
(e) Desgaste, depreciação pelo uso, falhas do material, defeitos mecânicos 
ou de instalação elétrica no veículo segurado. 
UNIDADE 3 37
SEGURO DE 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
FACULTATIVO DE
VEÍCULOS – RCF33
Após ler esta unidade, você deve ser capaz de:
• Conhecer algumas noções básicas de Responsabilidade Civil.
• Entender os objetivos do Seguro de RCF.
• Conhecer os tipos de coberturas oferecidas pelas seguradoras para o Seguro de RCF.
• Entender sobre os riscos cobertos e os riscos excluídos do Seguro de RCF.
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP38
UNIDADE 3 39
 NOÇÕES BÁSICAS DE 
RESPONSABILIDADE CIVIL
A ntes de iniciarmos o estudo do Seguro de Responsabilidade Civil Facultativo 
de Veículos Automotores de vias terrestres, é importante saber o que é 
responsabilidade civil.
O Código Civil Brasileiro, em seu art. 186, determina que:
“Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
No art. 927 – Da Obrigação de Indenizar:
“Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica 
obrigado a repará-lo.”
Parágrafo único. “Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente 
de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente 
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os 
direitos de outrem.”
 
Exemplo: alguém que, ao conduzir seu veículo, provoque, por imprudência, 
uma colisão fica obrigado a indenizar o proprietário do outro veículo.
No exemplo acima, ficam caracterizados a existência de ação culposa, o dano 
material e a relação de causa e efeito (nexo causal) entre o dano e a ação do 
agente causador. Vejamos: 
• ocorreu a colisão – fato lesivo;
• houve culpa do agente;
• foram produzidos danos materiais – perdas ou avarias a bens de terceiros; e
• estabeleceu-se a relação de causa e efeito entre o fato lesivo e o dano 
produzido – nexo causal.
O direito ao ressarcimento surge quando, da atuação voluntária ou não 
do agente causador, resultar algum prejuízo a alguém.
Segundo Arnaldo Marmitt (1986), no acidente automobilístico, há uma ação 
voluntária do motorista, ainda que sem consciência da transgressão, um 
prejuízo a outrem e uma obrigação de reparar esse prejuízo culposamente 
ocasionado. A culpa manifesta-se, geralmente, através de ação ou omissão sob 
as modalidades de imprudência, negligência ou imperícia, que, na prática, 
aproximam-se, entrelaçam-se e se confundem.
Imprudência
Pode ser defi nida como a falta 
de diligência, de cuidado, 
de atenção. É sinônimo de 
inadvertência, de descuido. 
Age com imprudência quem, 
por exemplo, ingressa em 
preferencial sem que esta 
esteja completamente 
desimpedida ou quem inicia 
cruzamento longo diante 
de sinal de advertência (luz 
amarela) no semáforo.
Negligência
Condiz com desleixo, falta de 
zelo. É negligente o motorista 
que, por exemplo, trafega com 
para-brisa quebrado, com freio 
defeituoso ou com qualquer 
outra defi ciência que reduza a 
segurança do veículo.
Imperícia
Do condutor reside na sua 
inaptidão ou incompetência 
ao volante, na sua falta 
de habilidade técnica na 
direção do veículo. É imperito 
quem não consegue vencer 
obstáculos corriqueiros, como 
ofuscamentos, derrapagens e 
outros.
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP40
 OBJETIVO DO SEGURO DE RCF
O Seguro de Responsabilidade Civil Facultativo – RCF – garante, dentro do Limite 
Máximo de Responsabilidade (LMR) contratado, o reembolso ao segurado de:
• indenizações que esteja obrigado a pagar em virtude de sentença judicial 
transitada em julgado ou extrajudicialmente mediante acordo expresso 
e prévia anuência da seguradora, consequentes a danos involuntários 
materiais, corporais e/ou morais e estéticos, causados a terceiros, desde que 
sejam decorrentes dos riscos cobertos durante a vigência do seguro; e
• custas judiciais e dos honorários de advogados (desde que autorizados pela 
seguradora) nos processos cíveis em que o segurado seja arrolado por um 
acidente com terceiros (DM/DC). A escolha do advogado é exclusivamente 
do segurado.
É bom registrar que o seguro pode ser facultativo, porém não a 
responsabilidade ocasionada pelo evento que causou um dano a alguém.
O segurado deverá requerer a denunciação à lide da seguradora nos casos 
em que for acionado judicialmente por um terceiro, para pagar prejuízos 
decorrentes de sinistro coberto pela apólice contratada.
Caso o processo movido pelo terceiro tenha sido instaurado perante um 
Juizado Especial Cível, por força do art. 10 da Lei 9.099, será vedada a 
participação da seguradora. Nesta hipótese, deverá o segurado comunicar 
à seguradora a existência da ação e defender-se, regularmente, até a 
última instância para, ao final, caso seja condenado, pleitear o reembolso 
administrativo junto à seguradora.
Para efeito de seguro, entende-se por:
• dano corporal (DC) – qualquer dano físico a pessoas (lesão, incapacidade 
ou morte); e
• dano material (DM) – qualquer dano físico a propriedade tangível, 
causador de diminuição patrimonial, inclusive todas as perdas materiais 
relacionadas ao uso dessa propriedade.
 TIPOS DE COBERTURAS
O Seguro de RCF pode ser contratado com as seguintes coberturas:
• básicas – compreendendo as garantias de Danos Materiais (DM) e/ou 
Danos Corporais (DC); e
• adicionais – compreendendo Dano Moral, Dano Estético e Extensão do 
Perímetro do Seguro a Países da América do Sul.
UNIDADE 3 41
 Coberturas Básicas 
 Danos Materiais (DM) 
Entende-se por cobertura de Danos Materiais a garantia de reembolso ao 
segurado por danos materiais causados a terceiros (danos à sua propriedade), 
desde que a responsabilidade pelo evento seja do segurado ou sua culpa 
seja civilmente comprovada e encontre amparo securitário nas condições 
do seguro contratado.
 Danos Corporais (DC) 
A cobertura de Danos Corporais tem por finalidade garantir o reembolso 
ao segurado das despesas relativas aos danos causados à integridade física 
de terceiros, observando-se o limite máximo de indenização relativo a essa 
cobertura e indicado na apólice contratada.
Os Danos Corporais são classificados em:
• Invalidez Permanente (IP);
• Morte (M); e
• Despesas Médico-Hospitalares (DMH).
A cobertura de danos corporais concedida pelo seguro de RCF somente 
responderá, em cada reclamação, pela parcela de indenização que 
exceder os limites vigentes na data do sinistro para as coberturas 
do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos 
Automotores de Via Terrestre (DPVAT), previstas no art. 2o da Lei 6.194, 
de 19 de dezembro de 1974.
 Coberturas Adicionais 
As principais coberturas adicionais disponíveis no mercado são: Danos Morais, 
Danos Estéticos e Extensão de Perímetro a Países da América do Sul.
 Cobertura Adicional de Dano Moral 
Entende-se por dano moral aquele que, embora não ocasione perda econômica, 
cause ofensaà personalidade, desencadeando trauma psíquico, trazendo como 
consequência ofensa à honra, ao afeto, à liberdade, à profissão, ao respeito aos 
mortos, à psique, à saúde, ao nome, ao crédito, ao bem-estar e à vida.
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP42
 Cobertura Adicional de Danos Estéticos
Entende-se por danos estéticos os danos causados a pessoas, que impliquem 
a redução ou a perda de padrão de beleza ou estética.
 Cobertura Adicional de Extensão de Perímetro 
do Seguro a Países da América do Sul 
Com essa cobertura adicional, as coberturas do Seguro de RCF ficam 
estendidas aos países da América do Sul (incluindo os países do Mercosul) 
pelo período máximo de 1 ano, com manutenção do limite máximo de 
responsabilidade vigente no momento da contratação da apólice e com 
cobrança de prêmio adicional.
No caso de acidentes ocorridos em países do Mercosul, as coberturas do 
Seguro de RCF serão acionadas como um seguro a 2o Risco, uma vez que o 
seguro de Responsabilidade Civil Carta Verde tem contratação compulsória 
para acesso de veículos a países pertencentes a este bloco.
 RISCOS COBERTOS 
Considera-se risco coberto a responsabilidade civil do segurado referente a danos 
materiais e/ou danos corporais involuntários, causados a terceiros, que decorram 
de acidentes provocados pelo veículo segurado ou pela carga transportada.
A contratação deste seguro prevê o pagamento de prêmio e o estabelecimento 
dos limites máximos de responsabilidade para cada cobertura contratada 
(cobertura básica e coberturas adicionais).
A cobertura do Seguro de RCF não se estende automaticamente aos países 
do MERCOSUL.
É preciso, contudo, que o segurado seja responsabilizado civilmente em 
sentença judicial transitada em julgado ou em acordo judicial ou extrajudicial, 
autorizado de modo expresso pela seguradora. As despesas com custas 
judiciais e honorários de advogados também estão cobertas.
Os ascendentes, descendentes, cônjuge e irmãos, bem como qualquer 
parente ou pessoa que resida com o segurado ou dele dependa 
economicamente, não são considerados terceiros pelo presente seguro.
Na maioria dos casos de danos materiais, a seguradora indeniza diretamente 
o terceiro ou o prestador de serviço responsável pelo bem do terceiro.
A cobertura de RCF pode ser contratada de forma isolada ou em conjunto 
com as coberturas básicas e adicionais do seguro de automóvel (Casco) e com 
a cobertura de APP. 
UNIDADE 3 43
Caso a cobertura de RCF seja contratada isoladamente, estará sujeita às regras 
de aceitação e subscrição utilizadas pela seguradora.
Os limites máximos de responsabilidade para as coberturas de Danos Materiais 
(DM), Danos Corporais (DC) e Danos Morais (DMo) podem ser diferentes.
Os limites máximos de responsabilidade para as garantias de Danos Materiais, 
Danos Corporais e Danos Morais, discriminados na apólice, representam os 
valores máximos indenizáveis por sinistro ou série de sinistros resultantes 
de um mesmo evento. Uma vez atingido o limite máximo de responsabilidade 
para uma cobertura, esta será automaticamente cancelada e poderá ser 
reintegrada mediante pagamento de prêmio adicional.
Exemplo
Tomemos como exemplo um contrato de seguro de RFC com uma 
cobertura de Danos Materiais (DM) no valor de R$ 100.000,00.
Ocorrendo uma série de sinistros resultantes de um mesmo evento com 
danos materiais causados a terceiros e cujo somatório dos prejuízos 
alcancem ou ultrapassem o Limite Máximo de Responsabilidade (LMR), 
tais prejuízos serão indenizados até o valor do LMR contratado, e 
a cobertura de Danos Materiais (DM) será cancelada, podendo ser 
reintegrada mediante pagamento de prêmio adicional.
Ocorrendo um único sinistro de RCF/DM resultante de um evento 
coberto pela apólice e cujos prejuízos indenizáveis ultrapassem o valor 
da cobertura contratada (R$ 100.000,00), a seguradora indenizará 
o valor do Limite Máximo de Responsabilidade (R$ 100.000,00) e 
cancelará a cobertura de Danos Materiais (DM). Neste caso, a cobertura 
também poderá ser reintegrada mediante o pagamento de prêmio 
adicional.
 RISCOS NÃO COBERTOS 
Constituem riscos não cobertos – prejuízos não indenizáveis –, na cobertura 
de Seguro de Responsabilidade Civil Facultativo, aqueles excluídos por lei, 
que importem perdas não previstas ou impossíveis de dimensionar no ato da 
fixação do prêmio ou, ainda, aqueles que possam constituir objeto de outro 
seguro específico.
Estão excluídos do Seguro de Responsabilidade Civil Facultativo os prejuízos 
provenientes de acidentes nas seguintes situações:
 1. quando o veículo segurado for conduzido por pessoa em estado de 
embriaguez ou sob influência de qualquer droga que produza efeitos 
desinibitórios, alucinógenos ou soníferos;
 2. quando o veículo segurado for conduzido, ou posto em movimento, por 
pessoa sem carteira de habilitação válida e compatível com a respectiva 
categoria do veículo;
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP44
 3. quando o veículo segurado estiver em poder de terceiros, especificamente 
no caso de roubo ou furto;
 4. lucros cessantes ou danos emergentes não resultantes, direta ou 
indiretamente, da responsabilidade por Danos Materiais e Corporais 
cobertos pela apólice;
 5. quando o veículo segurado estiver sob apropriação indébita;
 6. quando o veículo segurado estiver participando de competições, apostas 
e provas de velocidade;
 7. danos causados pelo segurado a seus ascendentes, descendentes, cônjuge 
e irmãos ou quaisquer outras pessoas que com ele residam ou que dele 
dependam economicamente;
 8. danos causados aos empregados ou prepostos do segurado, quando a 
seu serviço, e, ainda, danos causados a sócios – dirigentes da empresa do 
segurado;
 9. quando o acidente for diretamente ocasionado pela inobservância de 
disposições legais.
 Exemplo: veículo rebocado de forma ilegal;
10. danos sofridos por pessoas transportadas, ocupando, no veículo, lugares 
não especificadamente destinados e apropriados para tal fim;
11. danos por poluição ou contaminação do meio ambiente causadas pelo 
veículo segurado, exceto se contratado seguro próprio; e
12. quando o paciente estiver sendo transportado por ambulância.
FIXANDO CONCEITOS 3 45
Anotações:
Fixando Conceitos 3
MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA
[1] O Código Civil Brasileiro, no seu art. 927, determina que:
“Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, 
fica obrigado a repará-lo.”
O seguro que fornece cobertura ao que está previsto nesse artigo é o de:
(a) Acidentes Pessoais de Passageiros.
(b) Riscos Diversos.
(c) Lucros Cessantes.
(d) Responsabilidade Civil Facultativo de Veículos – RCF.
(e) Automóveis.
[2] Um dos elementos que configura a responsabilidade é a relação de 
causalidade entre o dano e o fato atribuído ao agente. Isto quer dizer que:
(a) O dano não precisa existir. 
(b) A culpa não precisa ser do segurado ou do condutor do veículo 
segurado.
(c) O dano causado pelo segurado (agente) terá que ser casual.
(d) O segurado pode assumir a responsabilidade por dano causado por 
outro agente, desde que a seguradora não tome conhecimento deste 
fato.
(e) Os danos causados a um terceiro terão que ser decorrentes da 
responsabilidade do segurado ou do condutor do veículo segurado.
[3] Um segurado que, por imprudência ao conduzir seu veículo, provoque 
uma colisão fica obrigado a indenizar o proprietário do outro veículo. 
Dos elementos citados abaixo, o que não configura a responsabilidade civil 
é o(a):
(a) Fato lesivo. 
(b) Dano produzido pelo veículo causador.
(c) Culpa do condutor do veículo causador.
(d) Estado de conservação do veículo causador do dano.
(e) Relação de causalidade entre o dano e o fato atribuído ao agente 
causador.
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP46
Anotações:
Fixando Conceitos 3
[4] Consideramos como riscoscobertos em RCF:
(a) Os danos causados aos passageiros do veículo segurado. 
(b) Os danos causados ao próprio veículo segurado.
(c) Os danos causados aos passageiros do veículo segurado, excluindo-se 
o motorista.
(d) Somente serão cobertos os riscos, em qualquer caso, se as coberturas 
de Danos Materiais e Danos Corporais possuírem o mesmo valor.
(e) A responsabilidade civil do segurado que decorra de acidentes causados 
pelo veículo discriminado na apólice ou pela carga transportada.
[5] O Seguro de RCF pode ser contratado com as seguintes coberturas:
(a) Básicas e adicionais.
(b) Básicas e acessórias.
(c) Adicionais e especiais. 
(d) Adicionais, básicas e especiais. 
(e) Básicas, adicionais e acessórias.
[6] São considerados riscos cobertos em RCF:
(a) Os danos causados a um muro, por colisão do veículo segurado.
(b) Danos causados a sócios dirigentes ou dirigentes da empresa do 
segurado.
(c) Acidentes causados por condutor não habilitado quando na condução 
do veículo segurado.
(d) Danos causados pelo segurado a seus ascendentes, descendentes, 
cônjuge e irmãos.
(e) Danos causados às coisas de propriedade do segurado, ou a ele 
entregues em custódia, para o transporte, uso ou manipulação.
FIXANDO CONCEITOS 3 47
Anotações:
Fixando Conceitos 3
[7] ANALISE AS PROPOSIÇÕES A SEGUIR E DEPOIS MARQUE A ALTERNATIVA 
CORRETA 
Com relação ao Seguro de RCF-V, podemos afirmar que: 
I) Os ascendentes, descendentes, cônjuge e irmãos são considerados 
terceiros.
II) A culpa, geralmente, manifesta-se por ação ou omissão, sob as 
modalidades de imprudência, negligência ou imperícia.
III) Os limites máximos de responsabilidade para as garantias de Danos 
Materiais (DM) e Danos Corporais (DC) são independentes.
IV) Danos Morais e Estéticos são coberturas adicionais.
V) Considera-se como risco coberto a responsabilidade civil do segurado 
referente a danos materiais, corporais e/ou morais e estéticos, 
causados a terceiros, que decorram de acidentes provocados pelo 
veículo discriminado na apólice, desde que as coberturas tenham sido 
devidamente contratadas.
Agora assinale a alternativa correta:
(a) Somente I é proposição verdadeira.
(b) Somente I e II são proposições verdadeiras.
(c) Somente II e III são proposições verdadeiras.
(d) Somente III e IV são proposições verdadeiras.
(e) Somente II, III, IV e V são proposições verdadeiras.
[8] Um segurado de RCF prontifica-se para transportar a televisão de um 
amigo que se encontrava na loja para conserto e, na volta, colide com outro 
carro, danificando a TV seriamente. Tendo o segurado reconhecido sua culpa, 
a televisão do amigo:
(a) Poderá ser indenizada pelas coberturas do Seguro de RCF.
(b) Poderá ser indenizada, desde que haja garantia suficiente para tal.
(c) Não poderá ser indenizada, pois constitui risco não coberto pelo 
seguro.
(d) Será indenizada apenas se o seguro for contratado com a cobertura 
Compreensiva e RCF.
(e) Poderá ser indenizada se ficar comprovado que seus danos foram 
provenientes do acidente.
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP48
Anotações:
Fixando Conceitos 3
[9] Ao realizar uma operação de descarga de um caminhão que transportava 
madeira, determinado funcionário fere uma das mãos. Os danos causados 
ao funcionário:
(a) Estão cobertos.
(b) Não encontram amparo na cobertura do Seguro de RCF.
(c) Estão amparados pelo Seguro de APP.
(d) Só estão cobertos se causados fora do horário de expediente.
(e) Só estão cobertos se o caminhão não estiver sendo dirigido por 
empregado da indústria.
[10] Um segurado, ao fazer o Seguro de Automóveis e RCF de seu carro, 
omite o fato de que o veículo é utilizado como táxi. Caso haja uma colisão, 
envolvendo seu carro e outros dois veículos de terceiros, este sinistro:
(a) Estará coberto só em RCF.
(b) Estará coberto só em Automóveis.
(c) Constitui risco não coberto pelo seguro, uma vez que o segurado não 
declarou a exata utilização do seu veículo, impedindo que a seguradora 
analisasse o risco de maneira adequada.
(d) Estará coberto na categoria de Automóveis em RCF. 
(e) Só estará coberto se o sinistro não tiver ocorrido durante a utilização 
do veículo como táxi.
UNIDADE 4 49
SEGUROS DE CONTRATAÇÃO 
OBRIGATÓRIA PARA VEÍCULOS44
Após ler esta unidade, você deve ser capaz de:
• Identificar o Seguro DPVAT e o Seguro Carta Verde, que são de contratação obrigatória 
para veículos, de acordo com a legislação vigente.
• Entender a legislação que disciplina a operação do Seguro DPVAT.
• Compreender a finalidade do Seguro DPVAT.
• Entender a contratação e o pagamento do prêmio do Seguro DPVAT.
• Conhecer as coberturas e os limites de responsabilidade do Seguro DPVAT.
• Compreender a finalidade do Seguro Carta Verde.
• Entender a legislação que disciplina a operação do Seguro Carta Verde.
• Entender a contratação e o pagamento do prêmio do Seguro Carta Verde. 
• Conhecer as coberturas e os limites de contratação do Seguro Carta Verde.
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP50
UNIDADE 4 51
 SEGURO DPVAT
O primeiro diploma legal que instituiu o seguro obrigatório em nosso país foi 
o Decreto-Lei 1.186/39. O artigo 36 deste decreto-lei dizia o seguinte:
Art. 36. A partir de 1o de Julho de 1940 ficam as sociedades comerciais 
obrigadas a segurar no Brasil, contra riscos de fogo e de transporte, 
os seus bens móveis e imóveis situados no país, desde que o valor 
total desses bens seja igual ou superior a quinhentos contos de réis.
Vimos que este decreto-lei não versava sobre a contratação de seguros contra 
riscos à pessoa.
Na década de 1960, o Decreto-Lei 73 de 21/11/1966, tornou clara a 
preocupação em proteger e amparar as vítimas de acidentes de trânsito, e o 
artigo 20 deste decreto-lei dizia:
Art. 20. Sem prejuízo do disposto em leis especiais, são obrigatórios 
os seguros de (...)
b) Responsabilidade civil dos proprietários de veículos automotores 
de vias terrestres, fluvial, lacustre e marítima, de aeronaves e dos 
transportadores em geral.
Entretanto, apesar de previsto pelo Decreto-Lei 73/66, o seguro obrigatório 
para proprietários de veículos passou a ser efetivamente aplicado com a 
regulamentação introduzida pelo Decreto 61.867, de 7 de novembro de 
1967. Entretanto este decreto dizia que o seguro obrigatório cobriria os 
danos causados pelos veículos ou por sua carga transportada a pessoas, 
transportadas ou não, e a bens não transportados.
Em 1969 foi editado o Decreto-Lei 814, de 4 de novembro de 1969, que 
alterou o instituto do seguro obrigatório e determinou que as garantias às 
coberturas se dessem apenas para os danos de natureza pessoal.
 
O seguro DPVAT, cuja sigla significa Danos Pessoais causados por Veículos 
Automotores de via Terrestre, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou 
não, foi criado pela Lei 6.194, de 19 de dezembro de 1974. O texto desta 
lei, que revogou expressamente o Decreto-Lei 814/69 e teve dispositivos 
alterados pelas Leis 8.441/92, 11.482/07 e 11.945/09, garantia e garante 
(esta lei permanece em vigor) a indenização por morte, invalidez permanente e 
despesas médicas e hospitalares (DAMS) a todos os envolvidos em um acidente 
de trânsito que tenha ocorrido em qualquer parte do Território Nacional, sejam 
pedestres, motoristas e passageiros. 
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS, RCF E APP52
Ressaltamos que o Seguro DPVAT passou a vigorar através da Lei 6.194/74, 
de 19/12/1974, quando foi acrescida ao artigo 20 do Decreto-lei 73/66, de 
21/11/1966, a alínea l.
Art. 2o. Fica acrescida ao artigo 20, do decreto-lei 73, de 21 de 
Novembro de 1966, a alínea l nestes termos:
l) danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre, 
ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não (grifo nosso). 
Desta forma o seguro obrigatório passa ser tratado como um seguro de 
danos pessoais

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