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PATOLOGIA GERAL – P2 INFLAMAÇÃO – DEFINIÇÃO: é uma reação biológica comum de um organismo contra um processo de lesão (resposta protetora), e uma reação complexa em tecidos vascularizados. É uma reação local de defesa (tecidual), contra um agente agressor (chamado agente inflamatório). Que envolve componentes: dos tecidos dos vasos (parede vascular) e do sangue (proteínas, leucócitos). Introdução: Estimulo exógeno (químico, físico, biológico) → Agressão celular (o organismo responde tentando se defender) →INFLAMAÇÃO. *Qual tecido permite que a reação inflamatória ocorra? É uma reação tecidual – em tecidos que sejam vascularizados. *Porque tem que ser um tecido vascularizado? Porque a defesa do organismo envolve: proteínas de defesa, anticorpos (células de defesa de origem da medula óssea, depois passam para o vaso sanguíneo). *Então não tem como ter uma reação inflamatória se o tecido não for vascularizado. Então a REAÇÃO INFLAMATORIA envolve: ✓ Proteínas de defesa (anticorpos – imunoglobulinas). ✓ E as células de defesa que são os leucócitos e seus derivados. *A inflamação ocorre no tecido, então em alguns momentos pode ter fibroblastos participando da inflamação. Não tem como uma célula de defesa, mas como uma célula de reconstrução. APÓS UMA AGRESSÃO TECIDUAL: → O organismo tem que reconhecer o agente agressor. → Recrutar as células de defesa (leucócitos). → Fazer a remoção do agente. → E isto tudo tem que ter uma regulação da resposta tecidual. *Por isto no organismo tem elementos pro inflamatórios e antiinflamatórios (naturais). Para a inflamação acontecer os elementos pro inflamatórios ficam em maior quantidade, e no momento que tem a remoção do agente agressor, os elementos antiinflamatórios precisa suplantar / ficar em maior quantidade do que os pro inflamatórios. Então se tem ao mesmo tempo as duas substancias circulando, só que quando é necessário inflamar é liberada uma quantidade maior de pró inflamatórios. E quando a inflamação tem que acabar, isto é possível devido aos eventos antiinflamatórios. → Resolução (mecanismos de reparo). *A seqüência é: teve uma lesão → tem uma inflamação (pode ser aguda ou crônica) → e se a inflamação tiver sucesso tem a fase de resolução (que pode ser por regeneração ou cicatrização). OBJETIVOS DA INFLAMAÇÃO: exterminar a causa inicial da agressão e as conseqüências da agressão. *COMO OCORRE? O leucócito que estava na corrente sanguínea vai para a margem do endotélio vascular, ele se adere e andar em direção ao foco inflamatório. Ele se movimenta apoiando nos elementos do MEC que são as fibras. E assim ele vai se ligando em fibras (colágenas principalmente) para ele conseguir se movimentar. Portanto, o MEC é importante para esta migração porque o leucócito vai se aderindo a estas fibras do MEC e vai sendo guiado por substancias químicas até chegar à área inflamada e exercer sua função. Outro ponto importante para ter a recuperação/ resolução do tecido, é necessário ter as células do tecido conjuntivo atuando. É necessário ter fibroblastos (atuam na fase de resolução tecidual). CAUSAS DA INFLAMAÇÃO: físicas, químicas, vírus, bactérias, protozoários, parasitos, fungos, corpos estranhos, reações auto imunes – doenças autoimunes. PADRÕES NO PROCESSO INFLAMATÓRIO: agudo ou crônico. INFLAMAÇÃO AGUDA: ✓ Curta duração e de inicio rápido. ✓ Exsudação de líquidos, proteínas e células. ✓ Predomínio de PMN (polimorfonucleares). CÉLULAS ENVOLVIDAS NA INFLAMAÇÃO AGUDA: neutrófilo, basófilo, eosinofilo e mastocito. INFLAMAÇÃO CRÔNICA: Geralmente é proveniente de uma aguda sem sucesso. ✓ Longa duração. ✓ Proliferação de fibroblastos e neovasos. ✓ Predomínio de MN (mononucleares). CÉLULAS ENVOLVIDAS NA INFLAMAÇÃO CRONICA: plasmocito, linfócito, monócito e macrofago. *Macrófago é a célula que mais tem capacidade de fazer fagocitose. MEDIADORES QUIMICOS: ✓ Eles iniciam e ampliam a reação inflamatória. ✓ Determinam seu padrão, severidade, manifestações clinicas (se vai ser aguda ou crônica, severa, grave ou não. E eles que determinam dor, calor, rubor, tumor e perda da função). ✓ Se difundem do sitio inflamatório até os vasos sanguíneos. ✓ Substancias VASOATIVAS e QUIMIOTATICAS. → Sempre o inicio da inflamação o tecido é agredido liberando substancias químicas em direção aos vasos sanguíneos para chamar o movimento unidirecional das células de defesa para o local. Portanto, as substancias são difundidas do sitio inflamatório em direção aos vasos sanguíneos. Chegando ao vaso sanguíneo, ela tem ação vasoativa (atua na parede vascular) de diferentes maneiras. Ocorre vasoconstrição para depois ter vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular. A vasoconstrição ocorre para ajudar o leucócito a sair, logo depois há vasodilatação chegando mais sangue e aumenta o calibre dos capilares. O capilar é feito de célula endotelial e membrana basal. Se aumentar o fluxo de sangue, vai aumentar o espaço entre as células, havendo primeiramente uma passagem de plasma (transudação= liquido não inflamatório, por causa do aumento da pressão na parede do vaso – pressão hidrostática). E quando tem extravazamento de liquido, o sangue se torna mais viscoso. Desta forma o leucócito vai conseguir atravessar a parede do vaso. *Transudação: aumenta a viscosidade do sangue, diminui a velocidade do fluxo sanguíneo e permite que o leucócito saia do vaso. *Exsudato: é um liquido extravascular inflamatório, ele tem na sua constituição muitas proteínas plasmáticas e células inflamatórias – origem do vaso sanguineo. QUIMIOTAXIA: atração celular através do gradiente da concentração do agente no foco inflamatório (quando algo químico atrai e guia os elementos para onde ela esta). SUBSTANCIAS VASOATIVAS: ✓ Vasodilatação local. ✓ Aumento da permeabilidade vascular e exsudação. SUBSTANCIAS QUIMIOTATICAS: ✓ Aderência de leucócitos circulantes na parede do vaso. ✓ Migração para o sitio da inflamação. SINAIS CARDINAIS DA INFLAMAÇÃO: DOR: mediadores dos receptores da dor e edema – compressão e lesão de fibras nervosas. CALOR: vasodilatação, aumento do fluxo sanguíneo e aumento da temperatura. RUBOR: vasodilatação. TUMOR: edema inflamatório (exsudação), aumento da permeabilidade vascular. PERDA DA FUNÇÃO: edema, dor. INFLAMAÇÃO AGUDA: Compreende 3 componentes: Eventos vasculares: alterações no fluxo e no calibre vascular. Eventos sobre a permeabilidade vascular: alterações na permeabilidade vascular. Eventos celulares: emigração de leucócitos da microcirculação e acumulo no sitio da agressão. → O que acontece? O tecido é agredido por ex bactérias que entram no tecido, as células que estão ali dentro do tecido (que estão sendo atacadas) liberam substancias químicas que vão chegar aos vasos sanguíneos, se difundir e avisar os leucócitos, fazer o que é chamado de ativação das células, avisando que há um problema no local. Então quando estas substancias químicas chegam no vaso sanguíneo, é que na célula endotelial vai ter a exposição das glicoproteinas de superfície de adesão. E o leucócito que tava no meio do vaso vai sentir atração para ir para a parede do vaso e se aderir as células endoteliais. Então o leucócito ativado que vai expor estas proteínas de superfície (com o leucócito normal estas proteínas estão dentro da membrana, e só quando o leucócito é ativado que ele expõe estasglicoproteinas de adesão. Só quando a célula endotelial é ativada que ela expõe, senão iria ter inflamação o tempo todo). Então, os mediadores químicos alem de ativar estas células, eles também vão atuar na parede vascular. Primeiro é feito a vasoconstrição venular – para que os leucócitos que já estão naquele local, começarem conseguir sair do vaso, logo em seguida há uma vasodilatação (principalmente arteriolar) para chegar mais sangue com mais células inflamatórias. Então aumenta a velocidade e o fluxo sanguíneo na área. Portanto, os capilares vão ficar cheios de sangue, vão aumentar. Este volume de sangue nos capilares aumenta a pressão hidrostática intravascular. Desta forma o liquido vai saindo passivamente, portanto, há uma transudação (saída de plasma). E como saiu o plasma, o sangue dentro do vaso fica mais viscoso, e esta viscosidade diminui a velocidade do sangue. Esta lentidão do fluxo sanguíneo favorece a movimentação dos leucócitos intravascular (vão para a margem e se aderem), a lentidão do fluxo também favorece o aumento da permeabilidade vascular. Com o aumento da permeabilidade vascular sai o exsudato (plasma, proteínas plasmáticas e leucócitos). EVENTOS VASCULARES DA INFLAMAÇÃO Vasoconstrição transitória das vênulas: estimulo direto do agente agressor. Vasodilatação: arteríolas e leitos capilares. Conseqüências: ✓ Aumento de fluxo sanguíneo para o local. ✓ Aumento da pressão intravascular. ✓ Transudação (liquido pobre em proteínas). ✓ Diminuição da velocidade do fluxo. ✓ Aumento da permeabilidade vascular – exsudação. ✓ Aumento da viscosidade sanguínea – estase sangue. ✓ Marginação leucocitária – favorecida pela estase. EVENTOS SOBRE A PERMEABILIDADE VASCULAR: 1. Aumento da permeabilidade vascular. 2. Exsudação. 3. Edema (tumor). RESUMÃO DA MÁRCIA: ✓ Vasoconstrição transitória. ✓ Vasodilatação arteriolar (aumento do fluxo sanguíneo para a região e isto aumenta o volume sanguíneo nos capilares – aumenta a pressão hidrostática intravascular). ✓ Transudação – saída de plasma. ✓ Aumenta a viscosidade do sangue. ✓ Diminui a velocidade do fluxo sanguíneo – favorecendo a estase. ✓ Movimentação intravascular de leucócitos. ✓ Aumento da permeabilidade vascular. ✓ Exsudação – forma o edema (tumor). TRANSUDATO X EXSUDATO: Transudato: aumenta a pressão interna do vaso – força a saída de água (proteínas não saem, liquido não inflamatório). Exsudato: aumenta a permeabilidade vascular, com isso aumenta o espaço entre as células endoteliais = extravasamento de água e proteínas plasmáticas (inflamatório). EDEMA (TUMOR): O edema pode ser causado por três tipos de respostas: Transitória imediata: quando tira o agente agressor volta ao normal, rápida para acontecer, mas acaba rápido também. Mediador: serotonina e bradicininas. Ex: alergias. Imediata mantida: acontece logo que o agente agressor entrou em contato, mas se mantém, pois teve agressão/ lesão celular. Lesões mais graves como queimaduras. Retardada e prolongada: demora mais para se manifestar e demora para voltar ao normal. Como por exemplo, queimadura de sol, radiações. EVENTOS CELULARES – são cinco – acumulo de células (leucócitos) no sitio inflamatório. Marginação: vai para a margem – orientação periférica dos leucócitos dentro do vaso. Aderência: se adere a célula endotelial – após a marginação os leucócitos se aderem à superfície endotelial. Migração: rolação – leucócitos deixam o vaso e vão para o tecido. Fagocitose: no sitio de agressão – principal função dos leucócitos para destruir o agente agressor. Liberação extracelular do produto degradado: quando ele faz a exocitose ele libera junto com o produto degradado enzimas que irão destruir células no local (heterolise). *CARACTERISTICAS/ ETAPAS DA INFLAMAÇÃO AGUDA: Quando tem um agente agressor no tecido, ele próprio libera substancias químicas, e quando ele esta agredindo as células do tecido. Estas células liberam substancias químicas que vão atrair as células de defesa para fazer a destruição do agente agressor e a limpeza do tecido. Então a célula agredida libera mediadores químicos que vão agir na parede dos vasos sanguíneos e dentro dos vasos sanguíneos nas células de defesa. Então eles vão avisar as células epiteliais/ endoteliais que elas terão que se reorganizar para haver passagem entre elas (a célula endotelial tem que ajudar o leucócito a sair do vaso. Ela precisa expor os receptores para ter a ligação e a célula conseguir segurar, para ela conseguir se movimentar, fazer o que é chamado de rolamento e achar o espaço entre uma célula e outra e sair). Portanto, os agentes vasoativos atuam na parede vascular. PASSOS: quando o mediador químico foi liberado, a primeira coisa que acontece é vasoconstrição (diminui o fluxo da área), seguida de vasodilatação (aumenta o fluxo de sangue). Com a vasodilatação chega mais sangue, e com isso aumenta a pressão hidrostática intravascular com isso sai um liquido pobre em proteínas do vaso chamado transudato. Este liquido quando sai deixa o sangue mais viscoso, desta forma o leucócito que esta no centro do vaso consegue migrar para a periferia. Então esta migração, principalmente do neutrófilo para a periferia recebe o nome de marginação (ele vai para a margem do vaso). Quando ele chega na margem do vaso ele vai ter que se ligar a célula endotelial, nas glicoproteinas (aderência) e vai sofrer migração por quimiotaxia. Esta migração é guiada pelos mediadores químicos ate o sitio de lesão. Quando o neutrófilo chega no local, ele começa fazer fagocitose , destruindo o agente agressor. Depois de destruir o agente agressor, joga para fora o “lixo” e quando ele faz exocitose, ele libera os restos do agente agressor e enzimas digestivas. E estas enzimas começam a digerir células normais do tecido no qual se da o nome de heterolise. *E quando o neutrófilo não consegue destruir o agente agressor? Ele mesmo libera mediadores químicos para atrair macrófagos. Ele faz isto em duas situações: ✓ Quando o neutrófilo destruiu tudo e chama o macrófago para fazer a limpeza tecidual (inflamação aguda bem sucedida) e o tecido se reorganizar. ✓ Ou quando o neutrófilo não deu conta de destruir o agente agressor, pois o macrófago é mais potente que o neutrófilo para fazer fagocitose. Desta forma o macrófago chega para tentar destruir o agente agressor que o neutrófilo não conseguiu destruir. Porem, o macrófago também tem função de atrair neovasos (vasos sanguíneos recém formados) e fibroblastos. Então o próprio macrófago começa estimular a produção de tecido conjuntivo para fazer o reparo/ cicatrização. Por isto a inflamação crônica forma tecido de granulação, e o tecido conjuntivo começa atrapalhar o macrófago a exercer sua função. RESULTADOS DA INFLAMAÇÃO AGUDA: o que pode acontecer após uma inflamação aguda. ✓ Resolução completa – regeneração: tecido volta ao que era antes ou cura. ✓ Reparo por fibrose e cicatrização: perde a função. ✓ Evolução para inflamação crônica. INFLAMAÇÃO CRÔNICA: Conceito: processo inflamatório de longa evolução/ duração. Onde se reconhece no tecido 3 coisas: ✓ Inflamação ativa. ✓ Destruição tecidual. ✓ Tentativas de cura (esta relacionado com neovascularização, proliferação de fibroblastos – síntese de fibras colágenas). *Caracterize os processos de uma inflamação crônica: Atração de macrófagos para o local,atraídos pelo neutrófilo. O macrófago causa proliferação de fibroblastos e produção de fibras colágenas e neovascularização. PROCESSO CRÔNICO: ✓ Atração de macrófagos para o local (transformação em células epitelioides e gigantocitos). ✓ Proliferação de fibroblastos e produção de fibras colágenas. ✓ Neovascularização. CARACTERISTICAS: Infiltração de células mononucleares: macrófagos (células epitelioides e gigantocitos), linfócitos e plasmocitos. RESUMÃO DA MARCIA: Tudo começa com o macrófago sendo atraído para o local, o macrófago vai liberar fator químico que vai estimular a proliferação dos fibroblastos. Estes macrófagos alem de atrair fibroblastos, ainda estimula o fibroblasto produzir colágeno e jogar para o meio extracelular. Ao mesmo tempo, os macrófagos liberam fatores de crescimento que vão estimular a formação de novos vasos (neovascularização) por brotamento dos capilares. No fim do processo há trombose/necrose dos vasos neoformados, e volta a ser o que era antes. CARACTERISTICAS DA INFLAMAÇÃO CRONICA: ✓ Destruição tecidual. ✓ Tentativas de reparação (angiogenese ou neovascularização, e fibrose – proliferação de tecido conjuntivo). CAUSAS: o que leva a uma inflamação crônica. *PROVA: explique as formas de agressão crônica. 1. AGENTE AGRESSOR: CORPO ESTRANHO (CE) INSOLUVEL: ® Ex: metal, vidro, substancia química. ® Resposta inflamatória aguda insuficiente (RIA). - O vidro, por exemplo, é um corpo estranho insolúvel porque o organismo não tem enzimas que digerem o material. Quando ele entra no corpo ocorre uma reação inflamatória aguda, mas o neutrófilo não vai conseguir digerir o vidro. Então o neutrófilo vai circundar o vidro e percebendo o insucesso chama o macrófago, que se transforma em gigantocito para ver se tem uma eficiência maior, porém, sem sucesso. Com isso, ele vai estimular o isolamento deste corpo estranho, vai estimular os neovasos e os fibroblastos formarem uma cápsula para isolar o agente agressor do resto do organismo (o agente agressor também fica protegido dentro desta cápsula). Ele pode migrar (a reação inflamatória pode movimentar ele). PATOGENESE: ✓ Resposta inflamação inicial com insucesso. ✓ Atração de macrófagos para o local. ✓ Circunscrição do corpo estranho. ✓ Transformação em células epitelioides e gigantocitos. ✓ Proliferação de fibroblastos e produção de fibras colágenas. ✓ Neovascularização. ✓ Encapsulamento do corpo estranho = formação de nódulo. 2. AGENTE AGRESSOR COM PROPRIEDADES ANTIGENICAS: ® Ex: vírus. ® É tão pequeno que o neutrófilo passa ao lado e não percebe. ® Não há resposta aguda insuficiente – estimulo direto do sistema imune. ® Participação intensa de plasmocitos e linfócitos. ® Macrofagos podem aparecer= sistema de cooperação macrófago – linfócito. - Não existe liberação de ativador químico, vai ter um estimulo direto do sistema imune, vai ser direto uma inflamação crônica (especial). 3. AGENTE AGRESSOR INVADE AS CELULAS DO HOSPEDEIRO: parasita intracelular que não seja vírus. ® Ex: Tuberculose (Mycobacterium tuberculosis), hanseníase. ® Células do hospedeiro são invadidas. ® Camuflagem do agente agressor. ® Pode ser difuso ou nodular. - Quando, por exemplo, o Mycobacterium é inalado, ele é reconhecido pelos macrófagos presentes nos alvéolos, e é fagocitado. Porém ele impede a formação do fagolisossomo, ele se camufla dentro da célula – libera substancias químicas que não deixa o núcleo ativar o lisossomo e não tem a formação do fagolisossomo. Ele vai ficar dentro do fagossomo e não vai ser digerido. Ou seja, o Mycobacterium vai se camuflar dentro do macrófago. Quando o Mycobacterium percebe uma queda da imunidade, ele ira perceber um meio propicio para ele e ele começa a proliferar e vai invadir outras células. Hanseníase: difusa – não tem limites por cápsula. Tuberculose: processo limitado por cápsula (vários nódulos). 4. DIFICULDADES ANATOMICAS QUE IMPEDEM A ELIMINAÇÃO DO AGENTE AGRESSOR: ® Ex: Salmonelose em bezerros. ® Onfaloflebite- inflamação dos vasos umbilicais. ® Agente agressor atinge corrente sanguínea. ® Atinge o fígado (proximidade). ® Abcessos hepáticos. ® Cronificação: macrófagos e proliferação de tecido. - Por exemplo, a mãe tem salmonelose (bactéria salmonela no intestino) e tem diarréia, o filhote com o umbigo não cicatrizado deita em cima desta diarréia, e todo momento que ele deitar vai haver uma reinfecção. Então, por melhor que seja sua reação inflamatória aguda, ela não vai dar conta, pois sempre esta chegando novos agentes agressores. Isto acontece por dificuldades anatômicas, porque não consegue eliminar o agente agressor. E qual o problema da onfaloflebite? O problema é que os vasos do umbigo estão perto do fígado anatomicamente, então as bactérias que entrarem a partir desses vasos expostos vão atingir o fígado e vão povoa-lo formando abcessos – encapsulado- e o agente agressor fica protegido da defesa do organismo. TIPOS DE INFLAMAÇÕES CRONICAS: INFLAMAÇÃO CRONICA INESPECIFICA: Definição: inflamação crônica difusa (sem limites precisos), comum a vários tipos de agentes, com resposta celular semelhante. Componentes principais: ✓ Fibrose acentuada por causa da multiplicação de fibroblastos – substituição do tecido normal. ✓ Acumulo de MN perivascular (linfócitos, plasmocitos, macrófagos). ✓ Neovascularização – multiplicação de angioblastos. Ex: habronemose cutânea. INFLAMAÇÃO CRONICA GRANULOMATOSA: Definição: processo inflamatório crônico caracterizado pela presença do granuloma ou reação granulomatosa (nodular). Componentes principais: ✓ Macrófagos, gigantocitos e células epitelioides, grande numero de linfócitos, plasmocitos e raros eosinofilos e neutrófilos. GRANULOMA X ABCESSO: Abcesso tem dentro dele necrose liquefativa e o granuloma tem dentro dele necrose caseosa. GRANULOMA – PATOGENESE: o que vai formar um granuloma? ✓ Macrófago libera fator estimulador da multiplicação de fibroblastos. ✓ Produção de colágeno (cápsula). ✓ Macrófagos se transformam em células epitelioides e gigantocitos (característico da inflamação crônica granulomatosa). ✓ Necrose caseosa central ou não. ✓ Colar de linfócitos e plasmocitos. ✓ Tipos: alta renovação e baixa renovação. PADRÕES MORFOLOGICOS DE INFLAMAÇÕES AGUDA E CRONICA: SEROSAS: predomínio de exsudato aquoso. Características: exsudato rico em liquido com células inflamatórias. Exemplos: herpes, bolhas de queimadura, laringite edematosas. FIBRINOSAS: predomínio de exsudato de fibrina. Características: ricas em exsudato fibrinoso na forma de placas branco acizentadas ou filamentosas. Exemplos: peritonites fibrinosas, pericardite em pão e manteiga (uremia). PURULENTAS- SUPURATIVAS: exsudato de pus. Empiema: coleção de pus em cavidade natural (pleural, pericárdica, articular, abdominal). Abcesso: coleção de pus em cavidade neoformada (pode ser aguda ou crônica). Flegmão: coleção de pus entre os tecidos, não encapsulada e sem limites precisos. ULCERA: erosão de um tecido epitelial/mucosa. Conceito: escavação profunda em superfície epitelial (pele, mucosa digestiva, brônquica, oral). Exemplos: ulcera gástrica, duodenal, oral, laringica, brônquica, esofágica, intestinal. CURA E REPARO O tecido tem dois tipos de resolução: Cura = REGENERAÇÃO (final da inflamação), onde o tecido recupera as característicasiniciais (morfofuncionais). Reparo = CICATRIZAÇÃO (por tecido conjuntivo – há perda da arquitetura e das funções iniciais). INTRODUÇÃO: Lesão tecidual → Inflamação → Cura ou reparo. - Quando houver lesão tecidual este tecido vai sofrer uma inflamação aguda ou crônica e depois o tecido irá se reorganizar. Dependendo do que aconteceu no tecido inflamado (na extensão da lesão, na duração da inflamação, no grau de destruição tecidual, no tipo de célula envolvida) o tecido pode ter dois tipos de resolução: ou ele vai voltar ao que era antes, ou irá depositar grande quantidade de proteína colágeno no local. *Quais as características do processo de regeneração: O tecido recupera suas características iniciais, de forma morfofuncional. *E na cicatrização? Há a perda da arquitetura normal, e das funções iniciais. MECANISMOS DE RESTITUIÇÃO DA INJÚRIA TECIDUAL (2 processos): REGENERAÇÃO: ✓ Células do mesmo tipo. ✓ Retoma suas características (funções iniciais). CICATRIZAÇÃO: ✓ Substituição por tecido conjuntivo. ✓ Maturação em tecido cicatricial. ✓ Perda da capacidade funcional. - Quando se fala em cicatrização, no inicio do processo é tecido conjuntivo, e no fim do processo (após morte) sobra fibras colágenas. Desta forma, se o tecido normal vai ser substituído só por tecido conjuntivo ou por tecido cicatricial maduro, ele vai ter perda da capacidade funcional. Se isto for em uma quantidade exacerbada = fibrose. DO QUE SÃO DEPENDENTES ESTES 2 PROCESSOS: Depende da duração da inflamação, extensão da agressão e o tipo celular = classificação conforme a capacidade proliferativa. ELEMENTOS ENVOLVIDOS: ✓ Células ✓ Matriz extracelular ✓ Tecido conjuntivo ✓ Angiogenese ✓ Fibroplasia CRESCIMENTO CELULAR NORMAL: Proliferação celular: fases do crescimento celular. FASE G1: pré síntese. FASE S: síntese de DNA. FASE G2: pré mitótica. FASE M: mitótica. CARACTERISTICAS DOS TIPOS CELULARES: CÉLULAS LÁBEIS: se proliferam continuamente. Nunca saem do ciclo celular (ou elas estão se preparando, ou sofrendo mitose). Então são aqueles tecidos de renovação rápida. São elas: epitélio de revestimento, epitélio dos túbulos seminíferos no macho, epitélio da pele, mucosa oral, mucosa da vesicula urinaria, mucosa gastrointestinal, hematopoiéticas. CÉLULAS ESTÁVEIS (QUIESCENTES): comumente em G0, baixo nível de divisão, porém pode passar por uma rápida duplicação, perante a estímulos (quando estimuladas entram na proliferação celular). Exemplos: músculo liso, hepatócitos, células do rim, pâncreas, fibroblastos, osteoblastos. CÉLULAS PERMANENTES (NÃO SE DIVIDEM): Constantemente em G0, não possuem capacidade proliferativa, nunca sofrem mitose. São elas neurônios, músculo estriado cardiado e músculo estriado esquelético. - Mesmo o tecido tendo células capazes de se proliferar, se a lesão/ área agredida for muito grande, ele não vai conseguir regenerar e vai fibrosar/ vai sofrer cicatrização. Para esses processos acontecerem, tanto regeneração como cicatrização depende das células do tecido, da matriz que fica em volta das células. Porque se for ter regeneração ou fibrose, vai ter que haver uma matriz rica em nutrientes, porque é um período de síntese, porque quando a célula prolifera ela aumenta de tamanho, aumenta o citoplasma e para ela fazer isto ela necessita de nutrientes para construir organelas, para o núcleo se ativar. Portanto, para isso acontecer precisa dos elementos do meio extracelular trazendo nutrientes para as células. Já o tecido conjuntivo esta envolvendo mais o processo de fibrose/ cicatrização. A angiogenese é a neovascularização, formação de novos vasos sanguineos, e isto esta relacionado principalmente a fibrose/ cicatrização. E a fibroplasia é a proliferação de fibroblastos que vão produzir colágeno. Ele vai fazer o suporte/ estroma, tanto do processo de cicatrização, tanto do processo de regeneração. ESTROMA – TECIDO CONJUNTIVO São importantes para produzir sustentação/ suporte para as células. MEC: ▪ Proteinas estruturais fibrosas: colágeno e elastina. ▪ Glicoproteinas adesivas: fibronectina e laminina. ▪ Proteoglicans: glicosaminoglicanas (estrutura e permeabilidade dos tecidos conjuntivos). COLÁGENO: proteína mais comum no mundo animal e forma o arcabouço extracelular – proteína colágeno vai formar a cicatriz. ELASTINA: sustentação e elasticidade, capacidade elástica (colágeno), capacidade de retração (elastina). GLICOPROTEINAS ADESIVAS: capacidade de ligação a outros componentes da MEC. PROTEOGLICANAS: moduladores do crescimento e divisão celular, regulação da estrutura e permeabilidade dos tecidos conjuntivos, ligação celular – é ela que confere estado de gel do MEC. REGENERAÇÃO TECIDUAL: controlada por fatores bioquímicos. Efeitos: ✓ Induz células em repouso a entrar no ciclo celular. ✓ Equilibrio entre fatores inibidores e estimulantes. ✓ Encurta o ciclo celular. - Quando tem uma lesão numa célula morrem, as células adjacentes são estimuladas/ se estiverem fora do ciclo celular a se proliferarem, e esta proliferação nestas células é que vai repovoar este tecido. Então é necessário ter células proliferativas do lado da área da lesão para esta regeneração acontecer. Ou seja, são as células do próprio tecido que vão sofrer mitose e repovoar a área lesionada. E para isso acontecer é preciso ter um suporte/ sustentação. Antes de ter elementos do MEC é necessário ter fibroblastos. E o fibroblasto migra e começa fazer síntese de MEC. Então se tem fibroblasto indo para a área de lesão, e as células do tecido lesionado/adjacentes a ele proliferando, entram no ciclo celular e fazendo este repovoamento. *Quem faz a célula proliferar? Existem fatores químicos que vão estimular as células adjacentes a sofrerem mitose/ entrarem no ciclo celular. Existem substancias químicas que vão atrair fibroblastos para aquela área para ele alem de migrar, começar fazer síntese de matriz/ fazer o arcabouço de sustentação. *O que faz parar de proliferar? O tecido epitelial por exemplo para por contato. Mas se não for um tecido epitelial existem fatores que vão inibir isto. *As células se comunicam através de mediadores químicos, e esta comunicação pode ser positiva ou pode ser negativa. CICATRIZAÇÃO: cicatriz madura é acelular e avascular, só possui fibra colágena. ✓ Reparo por tecido conjuntivo. ✓ Caracteristica de inflamação crônica (predomínio dos processos proliferativos: fibroblastos e neovasos). ✓ Substituição de células não-regeneradas por tecido conjuntivo. ✓ Formação de cicatriz/fibrose. COMPONENTES: ✓ Angiogenese (neovascularização). ✓ Migração e proliferação de fibroblastos (produção de fibras colágenas e elasticas). ✓ Deposição de MEC. ✓ Maturação e organização de tecido fibroso – remodelamento. ANGIOGENESE: CÉLULAS PRECURSORAS: endotélio, músculo liso e pericitos. ✓ Degradação da membrana basal e formação de “broto” vascular. ✓ Migração das células endoteliais. ✓ Proliferação das células endoteliais. ✓ Maturação e organização dos tubos vasculares. PROCESSOS DE CICATRIZAÇÃO: o que acontece em uma cicatrização? ✓ Indução de uma inflamação aguda. ✓ Regeneração de ESTROMA. ✓ Migração e proliferação de células. ✓ Sintese de proteínas. ✓ Remodelagem. ✓ Colagenização e aquisição de resistência da ferida. - Há uma agressão, uma inflamação aguda na maioria das vezes e delapode ter uma crônica. Mas se aguda ter sucesso há a proliferação de tecido conjuntivo pelos fibroblastos, regenerando o estroma de sustentação, assim haverá migração e proliferação de fibroblastos e neovasos, começa a síntese de colágeno e outras proteínas e uma remodelação do tecido. Com o tempo todas as células que proliferaram e migrarão para a região vão desaparecer e vai sobrar só colágeno (colagenização) e aquisição de resistência da ferida. *Como ocorre o processo de cicatrização? Proliferação de fibroblastos e neovasos. Os fibroblastos vão começar a sintetizar colágeno. TIPOS DE CICATRIZAÇÃO – na patologia tem dois tipos de cicatrização. PRIMEIRA INTENÇÃO: não tem perda de tecido. ✓ Ou união primaria. ✓ Ferida com aposição dos bordos. ✓ Incisão cirúrgica por faca (não contaminada). ✓ Quando ocorre fechamento da ferida através de suturas. ✓ A cicatrização ocorre de fora para dentro. ✓ A cicatrização é muito rápida. - Quando se faz um corte com uma faca vai afastar o tecido, mas não será retirado tecido. Não tem contaminação e há fechamento por sutura (coaptar as bordas). Esta cicatrização vai ocorrer de fora para dentro. FASES: ✓ Hemorragia com formação de coagulo. ✓ Primeiras 24 horas – RIA (neutrófilos). ✓ 1-2 dias: células epiteliais basais proliferam. ✓ 3 dias: macrófagos (fagocitose e liberação de fatores de crescimento de fibroblastos e neovasos). ✓ 5 dias: tecido de granulação mais espessamento da epiderme. ✓ Segunda semana: aumento do colágeno e fibroblastos. ✓ Fim do primeiro mês: tecido conjuntivo sem inflamação – epiderme intacta. ✓ Trombose de neovasos, diminuição e macrófagos = cicatriz madura (só colágeno). SEGUNDA INTENÇÃO ✓ Ou união secundaria. ✓ Feridas com bordas separadas, sem coaptação. ✓ Perda mais extensa de tecidos. ✓ A cicatrização ocorre de dentro para fora. ✓ Atividade inflamatória maior (cicatrização demora). ✓ Final: miofibroblastos – contração da ferida. ( na crônica os fibroblastos vão se transformar em miofibroblastos – é um fibroblasto com capacidade de contração. Portanto, no final do processo os fibroblastos se transformam em miofibroblastos e fazem a contração da ferida/ redução do tamanho da area). - Há perda de tecido, geralmente contaminado e não pode fechar e a cicatrização ocorre de dentro para fora. FATORES QUE INTERFEREM NO REPARO ✓ Quimioterapicos ✓ Desnutrição (proteínas, vitamina C, glicose). ✓ Antiinflamatorios (glicocorticóides). ✓ Infecções. ✓ Fatores mecânicos (tração, movimentação, corpo estranho). ✓ Suprimento sanguineo. ✓ Doenças concomitantes. ✓ Disturbio de oxigenação. DISTURBIOS DE CICATRIZAÇÃO ≥ Tecido de granulação exuberante (cicatriz hipertrófica) – tem muita cicatrização, mas é um tecido conjuntivo ativo. ≥ Queloide – é quando tem um distúrbio de cicatrização onde se produz muito colágeno ( a cicatriz sai das bordas da ferida). DISTURBIOS HEMODINAMICOS E DOS LIQUIDOS INTRODUÇÃO: o Edema o Hemorragia o Hiperemia e congestão o Hemostasia e trombose o Embolia o Infarto o Choque EDEMA: acumulo de liquido no espaço intersticial. - É qualquer acumulo de liquido no espaço extravascular/ intersticial. Todo edema é originado a partir dos elementos do sangue ou tem que ser muito parecido com o que esta no sangue. ACUMULO EM CAVIDADES: denominação correspondente a cavidade envolvida. Como hidrotorax, hidropericardio, hidroperitoneo. Generalizado: ANARSACA – edema no corpo inteiro. Peritoneal/ abdominal = ascite/ hidroperitoneo. Uroperitoneo= urina Hemoperitoneo= com sangue Torácica/ Pleural = hidrotorax/ hidropleura Pericardica = hidropericardio Articulares = hidrartrose. Efusão: liquido anormal acumulado em cavidade corporal. Fisiologia: existe pequena quantidade de liquido nas cavidades corporais. Liquido = dialisado do plasma. ✓ Com baixa concentração de proteínas, células (hemácias, leucócitos) e volume. ✓ Tipos celulares: células mesoteliais, poucos macrófagos. A QUANTIDADE E A COMPOSIÇÃO DO LIQUIDO DEPENDEM DE: do que depende esta constituição? o Equilibrio entre as pressões coloidosmotica (PC) intravascular e tecidual. o Equilibrio entre as pressões hidrostática (PH) intravascular e tecidual. PRESSÃO HIDROSTATICA: *Como esse liquido se forma? Primeiro será comentado o normal/ depois o anormal. A arteríola se ramifica em vários capilares que vão levar os nutrientes para o tecido. E estes “vasinhos” se fundem para formar o ramo eferente que na maioria das vezes é uma vênula. Normalmente o que acontece? O sangue chega e nos capilares o liquido sai e faz a troca, volta para o capilar e segue seu trajeto. Porque o liquido sai e volta? Porque (na chegada) a PH intravascular é alta (só saem coisas que estão diluídas e são pequenas como glicose, aminoácido, oxigênio (gases), e as coisas grandes como proteínas (mais importante a albumina) fica no sangue. O que acontece? O liquido saiu, o vaso ira ficar com menos sangue/ menos fluido, o sangue fica mais viscoso, desta forma diminui a PHidrostatica dentro do vaso (PH dentro do vaso é menor que PH tecidual fora do vaso. Então a pressão hidrostática é aquela força que o liquido tem para sair do local onde ele esta. Portanto, quando a PH do lado de dentro for maior que a do lado de fora o liquido sai. E quando o liquido esta do lado de fora as pressões se invertem. Estas idas e voltas são importantes para que? Porque ele volta levando os produtos finais do metabolismo, as substancias secretadas, para ir embora através dos órgãos excretores. *Primeiro mecanismo que faz com que o liquido tenha a troca e mantenha a quantidade de liquido dentro do vaso muito maior do que fora – é o mecanismo da pressão hidrostática. *Normalmente, no ramo aferente a PHi é maior que a PHt – isto faz com que o liquido saia do vaso para o tecido. Depois que o liquido sai invertem as pressões: então no ramo eferente do capilar a PHintravascular fica menor que a PHtecidual e o liquido volta. Se houver problema neste mecanismo, já vai haver acumulo de liquido. *Qual alteração deste mecanismo que levaria a formação de edema? PHi ser maior que a PHt. RESUMINDO: a PH empurra o liquido da onde ela é maior, é uma força que a água faz para sair, então ela faz força sobre as paredes do lugar que ela esta. *O que faz a PH ser alta ou baixa? O volume/a quantidade. O volume é um dos fatores responsáveis pela pressão hidrostática. Então normalmente tem mais liquidos dentro do vaso do que fora. A pressão força a saída do liquido. Portanto, quando aumenta o volume de liquido também aumenta a PH. E o excesso de liquido intersticial vai ser drenado pelos vasos linfáticos. *O que mantem a pressão hidrostática? O volume sanguineo e o tônus muscular. *Quando o liquido não vai voltar? Quando a PHi no ramo aferente do capilar for maior que a PHt = EDEMA. PRESSÃO ONCÓTICA OU COLOIDOSMOTICA: *O que esta pressão diz? Tem haver com puxar a água ( hidrostática tem haver com empurrar a água). A pressão coloidosmotica intravascular (PCi) é sempre maior que a extravascular/ tecidual, porque a proteína não sai, ela sempre fica no vaso. O liquido vem-sai-espalha- volta e vai embora, uma das coisas que ajuda ele a voltar é a pressão coloidosmotica. *O que faz o liquido voltar no ramo eferente? A PCt ser maior que a PCi. E a proteína esta dentro do vaso puxando a água de volta. * A PC intravascularem qualquer lugar em um animal normal é sempre maior que a PC tecidual (em qualquer parte da microcirculação) – então a PC esta sempre puxando a água para dentro. *O que mantém a PC alta é principalmente a albumina , mas existem outros fatores. - PH= empurra da onde ela é maior. - PC= puxa para onde ela é maior. *Então normalmente o que vai acontecer? O liquido vem (pressão é alta) sai, tem as trocas, volta (esta volta depende da pressão hidrostática tecidual ser maior que a intravascular e da PC que ajuda na volta), e o excesso de liquido será drenado pelos vasos linfáticos → ele nasce no tecido e vai em direção ao coração, então para se ter fluxo linfático precisa de contração da musculatura estriada esquelética. A PC é mantida pela quantidade de proteínas no sangue, principalmente pela concentração de albumina (mas também tem globulinas no sangue) – é a mais importante na manutenção da pressão coloidal. *Quando vai haver falha deste mecanismo para dar edema? Quando a PC intravascular for menor que a PC tecidual ou quando houver diminuição da PCi. PATOLOGIA= PCi menor que PCt ou diminuição da PCi. *Quando ela vai diminuir? Quando diminuir a albumina (principalmente) e tiver diminuição de globulinas. > Vai haver falha no processo de PC – quando o animal tiver HIPOALBUMINEMIA. MECANISMOS DE FORMAÇÃO – PATOGENESE: Quando que vai ter edema? Diminuição da pressão coloidosmotica intravascular= causada por hipoproteinemia (hipoalbuminemia) – diminuição da síntese ou aumento da perda. CAUSAS DE HIPOALBUMINEMIA (6): 1. Insuficiencia hepática = diminuição da síntese de albumina. 2. Insuficiencia renal glomerular = diminuição da retenção de albumina (proteinuria). 3. Desnutrição. 4. Parasitoses intestinais = expoliam proteínas. 5. Insuficiencia pancreática exócrina = diminuição das enzimas digestivas → diminuição da digestão protéica → diminuição da absorção → diminuição da oferta de aminoácidos → diminuição da síntese de albumina/ proteínas. 6. Diminuição da absorção intestinal = diminuição da absorção → diminuição da oferta de aminoácidos → diminuição da síntese. ≥ A proteína proveniente da dieta, vai ser metabolizada/digerida, vão se tornar pequenos grupos de proteína e elas vão ser absorvidas pelo intestino e estes grupos de aminoácidos serão levados para o fígado que fará a síntese de albumina e das outras proteínas. Desta forma ele joga a albumina no sangue e o papel dos rins é segurar esta albumina no sangue e não deixar ela sair pela urina. Então para o fígado produzir proteína ele precisa receber aminoácidos na dieta. CAUSAS DE AUMENTO DA PRESSÃO HIDROSTATICA INTRAVASCULAR: *Se o coração não esta bombeando sangue para a frente, o que ocorre? - Se ventrículo esquerdo esta doente e não esta mandando sangue para frente, ele esta insuficiente, assim, começa acumular sangue no pulmão, se o VD não esta mandando sangue para frente, começa acumular sangue no corpo. E o sangue parado, acumulado vai aumentar o volume, levando a um processo de congestão, desta forma vai aumentar a pressão hidrostática neste ponto. - Então um animal que tem uma insuficiência cardíaca congestiva (ICC) não bombeia o sangue para a frente e o sangue começa se acumular nos órgãos e tecidos que mandaram sangue para ele. ≥ Deve se lembrar que a ICC é direita – o problema será no corpo (congestão, edema, ascite). ≥ Se a ICC é esquerda – há congestão/ edema pulmonar. - A segunda causa mais comum é a obstrução do ramo aferente, geralmente por trombo. Se obstruir a passagem de sangue, ele ira se acumular e vai aumentar a pressão hidrostática e causar edema. - A diminuição da drenagem venosa pode ser por ICC, por trombose venosa, hipertensão arterial (mais comum em humanos). PATOGENESE DO EDEMA*** 1. AUMENTO DA PH INTRAVASCULAR: diminuição da drenagem venosa – o que pode levar a diminuição da drenagem venosa? (ICC, Trombose venosa, obstruções venosas). E hipervolemia iatrogênica – fluidoterapia incorreta. Acumula transudato modificado. 2. DIMINUIÇÃO DO PC INTRAVASCULAR: hipoalbuminemia – causada por disfunção renal glomerular, insuficiência hepática, insuficiência pancreática exócrina, desnutrição, verminoses, diminuição da absorção intestinal. Acumula transudato puro. 3. DIMINUIÇÃO DA DRENAGEM LINFÁTICA: obstrução dos vasos linfáticos (parasitas) e exerese de vaso (remoção de vasos). Acumula transudato modificado. 4. AUMENTO DO PC TECIDUAL: geralmente causada por retenção de sódio (causa mais comum). Acumula transudato modificado. 5. AUMENTO DA PERMEABILIDADE VASCULAR: ocorre na inflamação. Acumula exsudato. EXISTEM DOIS TIPOS DE LIQUIDOS QUE PODEM SE ACUMULAR NOS TECIDOS: Exsudato: liquido de origem inflamatória, causado por aumento da permeabilidade vascular (por processos inflamatórios, infecções, lesão endotelial, neoplasias),formado de maneira ativa e rico em proteínas, células e células inflamatórias (PMN e MN). Tipos de exsudato: ambos inflamatórios. Septico: tem microrganismo – processo infeccioso – associado a infecções. Asseptico: não tem microrganismo – não infeccioso – associado a inflamações (químicas, alérgicas, neoplasias). Transudato: liquido de origem não inflamatória, formado de maneira passiva, pobre em proteínas e células, causado por aumento da PHi e diminuição da PCi, diminuição da drenagem linfática e aumento da PCt. Tipos de transudato: Puro: diminuição de PCi – causa: hipoalbuminemia (muita água). Modificado: aumento de PHi (causada por diminuição da drenagem venosa (congestão), ICC direita ou esquerda, neoplasias) e PCt (causada por retenção de sódio), e da diminuição da drenagem linfática (por obstrução ou exerese de vaso linfático). *O que precisa saber? O que é edema- definição, mecanismos de formação do edema. - Porque uma diminuição de PC dentro do vaso faz o liquido sair? Porque a PC é aquela que atrai o liquido, então se ela for baixa ela não vai segurar o liquido, e ele vai sair do vaso. - Porque uma diminuição da drenagem linfática leva a um transudato? Porque o vaso linfático tem que drenar o excesso de liquido que ficou no tecido, se ele não drena vai haver acumulo. - Porque o aumento da permeabilidade vascular leva a um extravazamento de substancias/liquidos? Porque é a parede dos vasos que seguram os liquidos, as células, as proteínas dentro do vaso. Com aumento da permeabilidade, há um espaço entre as células que permite que as substancias que estão dentro saiam do vaso. HIPERMIA E CONGESTÃO Definição: acumulo de sangue no interior do sistema cardiovascular em determinado tecido ou órgão – aumento local do volume sanguineo. CAUSADO POR: o Aumento do influxo – processo ativo, esta chegando mais sangue (inflamação). o Diminuição do efluxo – processo passivo, esta saindo menos sangue(diminuição da drenagem venosa – ICC, trombose). *Quando que acumula sangue dentro dos vasos? Quando tem obstrução ou quando tem diminuição da drenagem venosa. É um processo passivo – geralmente na congestão passiva o sangue tem uma coloração vermelho escuro (arroxeado/cianótico) porque vai ter baixa quantidade de oxigênio. Mas também pode ter uma hiperemia/congestão porque esta chegando mais sangue (aumento do aporte sanguineo). Este é um processo ativo, e para isto acontecer tem que ter alguem chamando que são os mediadores químicos da inflamação (para isto acontecer tem que ter uma reaçãoinflamatória). E a cor do sangue será vermelho vivo por ser rico em oxigenio. - Para ser chamado de processo: Ativo: tem que ter sangue acumulado em leito arteriolar. Passivo: em leito venoso. HEMORRAGIA Definição: extravazamento de sangue para fora do sistema cardiovascular, ou seja, presença de hemácias fora do vaso sanguineo. CAUSAS: o Lesão vascular. o Disturbios plaquetarios. o Disturbios de fatores de coagulação. Definição de hemostasia : são os eventos fisiológicos visando manter a fluidez do sangue (evitando trombose), fazendo com que ele se mantenha no interior do sistema cardiovascular (evitar hemorragia). NO CORPO TEM 3 ELEMENTOS ENVOLVIDOS NA HEMOSTASIA: para isso acontecer é preciso que 3 coisas dentro do corpo estejam funcionando. o Integridade da parede vascular. o Plaquetas. o Fatores de coagulação. Se pegar a parede do vaso sanguineo, veremos o endotélio vascular de ep. Pavimentoso simples e abaixo dele o subendotelio que é o tecido conjuntivo frouxo. Quando o sangue esta passando dentro do vaso, o sangue não coagula, ele é fluido. Mas quando o vaso é lesionado ele coagula. O que mudou para haver coagulação? Mudou a superfície de contato. Pois as células do vaso não ativam coagulação, em outras palavras, em um vaso sanguineo o endotélio não ativa a coagulação – ele não é trombogênico – ele evita a coagulação, por outro lado o tecido conjuntivo subendotelial é altamente trombogênico. Qual parte do subendotelio que ativa a hemostasia? Colageno subendotelial (superfície com carga elétrica positiva). Quando falamos em não trombogênico quer dizer que ele não cumpriu seu papel na hemostasia. Se o vaso estiver sem lesões não vai haver coagulação, ele vai fazer com que os outros elementos não sejam ativados. Por outro lado, qualquer lesão endotelial com exposição, vai ativar elementos da hemostasia. Então normalmente as plaquetas ficam circulando na forma inativa. Isto faz com que as proteínas da coagulação também fiquem inativos. Portanto, o sangue não coagula porque as plaquetas e os fatores de coagulação estão na forma inativa dentro do sangue normal e isto acontece porque o endotélio impede esta ativação, fazendo com que eles não sejam estimulados. Por outro lado, por uma questão de defesa qualquer lesão na parede endotelial vai ter ativação do fenômeno da coagulação e das plaquetas. *Só do sangue passar no vaso sanguineo ele faz isto, então normalmente na vida, a cada instante o corpo esta fazendo hemostasia. Só do fluxo sanguineo na parede vascular, já se é retirado umas células, e já há ativação da coagulação, mas de uma forma normal. HEMOSTASIA NORMAL: LESÃO DO ENDOTÉLIO Logo que se tem uma lesão vascular, se a lesão for grande a primeira coisa que acontece quando tem lesão vascular um pouco atrás da lesão é uma vasoconstrição = para diminuir a perda de sangue (só que é uma vasoconstrição transitória e rápida). Com esta vasoconstrição vai diminuir a velocidade do fluxo, e permite que as plaquetas se vão ser ativadas, grudem na lesão para fazer o tampão plaquetario. *Então tem lesão do subendotelio – lesão: Primeiramente acontece uma vasoconstrição transitória – rápida – que ajuda no fenômeno inicial. E quando se expõe colágeno as plaquetas vão sofrer ativação e vão se aderir a parede lesionada. Porém, esta camada de plaquetas que se adere é frágil. Assim, as próprias plaquetas aderidas liberam mediadores químicos que vão ativar novas plaquetas para formar um tampão um pouco mais robusto de plaquetas. A primeira onda se chama adesão plaquetaria onde há liberação de mediadores químicos que vão ativar as plaquetas circulantes a se unirem a elas , que seria uma segunda onda de adesão. o Adesão da plaqueta na parede do vaso. o Adesão da plaqueta na plaqueta. Desta forma, há um tampão plaquetario, porem, ele é frágil, e precisa para ter estabilidade a fibrina. A fibrina é o fibrinogênio ativado. Em um sangue normal tem se fibrinogênio, somente vai ter fibrina se tiver ativação da coagulação. *Como a plaqueta vai grudar na parede vascular? Ela precisa ter um ligante, um receptor, para ela grudar e permanecer fixada, e este ligante se chama Fator de Von Willebrand. Então para a plaqueta grudar o fator de Von Willebrand liga ela ao colágeno endotelial. *E quem faz a plaqueta grudar nela mesma? O fibrinogênio é que vai fazer a plaqueta grudar na plaqueta. - Isto significa que quando a ativação do fibrinogênio acontecer, ele vai estar no meio das plaquetas, por isto ele vai conseguir fazer a união entre elas. Desta forma, conclui se que a plaqueta não funciona sem o fator de coagulação. CAUSAS DA HEMORRAGIA: Lesão vascular : vasculites, traumas. Disturbios plaquetarios: diminuição numérica = trombocitopenias (diminuição produção, aumento perda ou consumo) ou diminuição funcional. Disturbios de fatores de coagulação: hereditários (hemofilia), adquiridos (dist vit K, insuficiência hepática, intoxicações). ELA PODE SER: Externa: epitaxis, melena, hematemese, hemoptise. Interna: petequias, púrpuras, equimoses. ENTÃO SE DIVIDE A HEMOSTASIA EM 3 FASES: Hemostasia primária: primeira fase, depende da parede vascular e das plaquetas. Com a lesão a plaqueta se adere a parede do vaso usando o fator de Von Willebrand. Após, as plaquetas se aderem a elas mesmas usando o fibrinogênio. Se o fibrinogênio não ativar, este tampão não consegue segurar a hemorragia. Depois que a plaqueta se adere uma a outra , elas se unem, formando uma massa sem limites que seria a aglutinação/metamorfose plaquetária. Mas se este tampão precisa da ativação dos fatores de coagulação. São 13 fatores que circulam de forma inativa, e a ativação desses fatores ocorre em cascata. *Qual a finalidade da ativação da cascata da coagulação? Ativar o fibrinogênio. Todos os fatores de coagulação tem objetivo de chegar no fibrinogênio – mas somente um consegue que é a trombina. Quem faz o fibrinogênio virar fibrina é uma proteína chamada trombina. Hemostasia secundária: fatores de coagulação. Hemostasia terciária: digestão do tampão, a fibrinolise – digestão da fibrina e das plaquetas. ELEMENTOS QUE ATUAM NA: Hemostasia primaria: parede vascular e plaquetas. Hemostasia secundária: fatores de coagulação. Hemostasia terciária: a plasmina que é uma enzima que vai digerir a fibrina – fibrinolise é a terceira etapa da hemostasia. HEMOSTASIA E TROMBOSE Hemostasia: manutenção de um sangue fluido e livre de coágulos e indução de tampão hemostático para evitar sangramento. Trombo: massa intravascular aderida a parede do vaso (formada por veia, plaquetas, fibrina e elementos do sangue). *Quando o trombo é formado? Para ter a hemostasia que leva a formação de um trombo tem que ter a exacerbação de algo como: aumento do numero de plaquetas, aumento da ativação excessiva de fatores de coagulação, diminuição ou deficiência de fibrinolise. CAUSAS: o Lesão endotelial constante. o Estase sanguinea (diminuição da velocidade do fluxo). o Tudo que leve a hipercoagulabilidade (reações inflamatórias, aumento da viscosidade do sangue). o Falta de fibrinolise. o Falta de substancias anticoagulantes (proteínas C e S, antitrombina III). o Disturbios valvares. FORMAÇÃO DE TROMBOS Consequencias: *PROVA: explique as conseqüências da trombose venosa. Trombose arterial: o Diminui o aporte sanguineo (passagem de sangue), diminui o O2 (isquemia), causandohipoxia, degeneração hidrópica, necrose coagulativa (ou liquefativa) e infarto. Trombose venosa: o Vai diminuir a drenagem venosa, havendo aumento do volume de sangue, aumenta a pressão hidrostática intravascular e com isso há congestão e edema na área que antecedeu o trombo, com isso há hipoxia, degeneneração hidrópica, necrose coagulativa ou liquefativa e infarto. DESTINO DOS TROMBOS o Propagação – aumento. o Embolização – desprendimento para outros locais. o Dissolução – dissolver por fibrinolise. o Organização ou recanalização – indução de inflamação e fibrose. EMBOLIA Definição: massa intravascular não aderida a parede vascular. Podendo ser liquida, solida ou gasosa. Grande parte dos êmbolos são formados a partir da fragmentação de trombos. CONSEQUENCIAS DE UM EMBOLO: ele vai circular e parar em um lugar menor que ele. INFARTO Definição: área de morte tecidual decorrente de morte por hipoxia, por lesão isquêmica. O infarto pode acontecer em qualquer tecido, na maioria dos tecidos observa-se necrose coagulativa, com exceção do tecido nervoso que é liquefativa. CAUSAS: o Oclusão do suprimento arterial (eventos tromboembólicos). o Anemia. o Diminuição da drenagem venosa. TIPOS DE INFARTO CLASSIFICADO PELA COR: Vermelhos: hemorrágicos ou congestos. Brancos: anêmicos, isquêmicos. CLASSIFICADO PELA PRESENÇA OU AUSENCIA DE INFECÇÃO BACTERIANA: Sépticos: presença de microrganismos. Assepticos: sem microrganismos. CHOQUE É um colapso circulatório que resulta em diminuição da perfusão tecidual , onde os tecidos vão receber menos oxigenação e nutrientes do que necessitam. *Quais as conseqüências de um colapso circulatório? A função da circulação é perfundir os tecidos, e quando pensamos em colapso circulatório se pensa em má perfusão tecidual. OS DANOS TECIDUAIS DERIVAM: o Hipoxia e baixa oferta de nutrientes. o Reduzida depuração de substancias tóxicas. o Maior afluxo de substancias lesivas aos tecidos. o Ação direta de toxinas. o Ativação de mcanismos agressores intracelulares (autólise, enzimas, heterolise). o Redução dos mecanismos de defesa. o Interdependencia entre órgãos (órgãos mais acometidos: fígado, rins). o Efeitos danosos da terapêutica. → Choque é um colapso circulatório que leva a diminuição da oxigenação. Ele é uma via comum a vários eventos clínicos potencialmente letais: hemorragias, traumatismos e queimaduras extensas, embolia pulmonar maciça (varios êmbolos) ou sepse microbiana. SÃO 4 TIPOS DE CHOQUE: 1. HIPOVOLÊMICO: diminuição do volume de sangue circulante. Se tiver pouco sangue consequentemente vai chegar pouco oxigênio e a pressão arterial vai diminuir. Causas: animal desidratado, perda de sangue aguda (gastrointestinais, cirurgias), perda de plasma (vomitos, queimaduras, diarreias, dermatite exsudativa, pancreatite, peritonite), seqüestro de fluidos (ascite), diurese aumentada. Patogenese: Vai chegar pouco sangue no coração (diminuição do retorno venoso), dessa forma vai haver uma queda da pressao arterial e diminuição do debito cardíaco. 2. CARDIOGENICO: falha primaria da função cardíaca. Causas: anormalidades sistólicas (cardiomiopatia dilatada), anormalidades diastólicas, doenças valvares, distúrbios do ritmo cardíaco, intoxicações medicamentosas. Patogenese: falha na mecânica da bomba cardíaca. Havendo diminuição significativa da oferta de oxigênio, diminuição do debito cardíaco e diminuição da pressão arterial. 3. OBSTRUTIVO: obstrução mecânica do enchimento do coração. Causas: tamponamento cardíaco (liquido dentro do saco pericárdico), embolia pulmonar, pneumotórax hipertensivo, coarctação da aorta (aorta tem um segmento mais fino). 4. DISTRIBUTIVO: alteração no tônus (força vascular) e permeabilidade vascular. Causas: séptico, neurogênico, anafilático, insuficiência de adrenal. DISTURBIOS DO CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E DIFERENCIAÇÃO CELULARES. INTRODUÇÃO Crescimento celular = multiplicação celular = mitose. Diferenciação celular = amadurecimento= especialização morfológica e funcional – vai mudar sua forma e função – adquire forma e função de tecidos maduros. *Existe basicamente dois tipos celulares conforme a capacidade de proliferar: o Mesenquimais- tecido conjuntivo embrionário – tec conj ósseo, cartilaginoso, muscular. o Epiteliais- adiposo, sanguineo (mieloide, linfóide). - Então durante o desenvolvimento do embrião a celula sofre multiplicação, crescimento,a amadurecimento (diferenciação). Portanto, a formação/ desenvolvimento do zigoto ate se tornar o individuo completo envolve: proliferação celular, ou seja, multiplicação, crescimento celular e diferenciação celular. *Um único tipo celular dependendo do estimulo que recebe pode se tornar diversos outros tipos celulares. CICLO CELULAR: fases G1, S , G2 e divisão. REPLICAÇÃO CELULAR: LÁBEIS: continuamente – sempre dentro do ciclo celular. ESTÁVEIS: estimulo – entram no ciclo e são capazes de se proliferar. PERMANENTES/PERENES: sem capacidade de se proliferar. REGULAÇÃO DO CRESCIMENTO o Equilibrio entre proliferação e diferenciação celular. o Comunicação intercelular. Expressão equilibrada de: Proto-oncogenes: genes da proliferação celular. Genes supressores de tumores. Genes de reparo ao DNA. *Como se regula o crescimento das células dentro do corpo? Deve se entender que todas as informações então contidas no DNA, dentro do DNA existem genes que estimulam a proliferação, genes que suprimem esta proliferação e genes que estimulam a morte celular. Então normalmente existe um equilíbrio entre a proliferação e a diferenciação celular. Existe uma comunicação entre as células para a proliferação acontecer de forma adequada. Dentro do DNA existem os proto-oncogenes que são genes de proliferação celular normal, para uma célula proliferar ela tem que se expressar. Dentro do DNA também tem os genes que suprimem a proliferação celular, ou seja, genes que impedem que os proto-oncogenes se expressem de forma exacerbada. E tem alguns genes que fazem o reparo ao DNA. DISTURBIOS ADAPTATIVOS: Hipertrofia: quando uma célula sofre estimulo excessivo, aumento a síntese de seus constituintes básicos e seu volume. Hiperplasia: aumento da taxa de divisão celular acompanhado de diferenciação normal. Metaplasia: quando as células de um tecido modificam seu estado de diferenciação normal. TIPOS DE DISTURBIOS Agenesia: não formação de um órgão ou parte de um órgão (ou tecido), pela ausência do esboço embrionário (células embrionárias) que iria levar a esta informação. É um processo compatível ou incompatível com a vida (dependendo do órgão envolvido). Ex: agenesia renal unilateral. Atresia: é a não perfuração de um órgão oco ou cavitario ou de um orifício. Ex: atresia anal (ausência do orifício anal). Aplasia: o esboço embrionário esta presente, porem o tecido ou órgão não se desenvolve. Ex: anemia aplastica (não produz hemácias). Hipoplasia: quando se tem o orgao, porem ele se desenvolve menos do que deveria. Isto esta associado a diminuição da taxa de proliferação. Displasia: dessaranjo na organização de um tecido. Condição adquirida caracterizada por alterações no crescimento e diferenciação celular. o Com isso ocorre uma desorganização no desenvolvimento com organização anormal ou diferenciação desordenada de células de um tecido. o Proliferação celular excessiva, acompanhadade ausência ou escassez de diferenciação. o Precedida por uma irritação ou inflamação crônica. o Processo displasico pode refredir se retirada a causa inicial. Ex: displasia coxofemoral em cães de grande porte. Anaplasia: ocorre quando uma célula madura mediante a um determinado estimulo, volta a um estado embrionário (ela sofre indiferenciação). o Há processos de multiplicação – aumento de mitoses. o E a indiferenciação de uma célula ou conjunto de células que já esta diferenciada. NEOPLASIA – crescimento de um tecido novo. Definição: um tumor é uma massa anormal de tecido, cujo crescimento é excessivo e incoordenado em relação aos tecidos normais, e persiste na mesma maneira excessiva após a cessação dos estímulos que desencadearam a alteração. RESUMO DA MARCIA: neoplasia é a proliferação de um tecido novo alterado e que não segue mais um controle orgânico, ou seja, que usa o organismo como hospedeiro, usa as reservas energéticas do organismo, mas se proliferam de forma egoísta sem responder a nenhum estimulo. TUMOR X CANCER Tumor: qualquer aumento de volume, não esta necessariamente relacionado a uma proliferação descontrolada de células. Cancer: é a neoplasia maligna, capaz de sofrer metástase (quando nasce um foco secundário sem comunicação com o primário). CARACTERISTICAS: o Progressividade – nunca para de crescer. o Proliferação descontroladda, excessiva, não coordenada. o Perda de diferenciação celular – célula sofre anaplasia. o Autonomia de crescimento – não obedece estímulos. o Irreversibilidade. ETIOLOGIA: o que pode alterar o DNA da célula. Fisicas: radiações. Quimicas: varias etapas (iniciação, promoção, progressão). Biologicas: carcinogenese viral. ALTERAÇÃO DO GENOMA CELULAR: Maioria desconhecida. Fatores: Carcinogenicos – quando determinam. Co- carcinogênicos – quando predispõem. Regulação do ciclo celular: resultam em proliferação desequilibrada. ONCOGENES (DOMINANTES E RECESSIVOS): Então existem os oncogenes que são dominantes e os recessivos, dentre esses aqueles que são: Proto-oncogenes: são genes que codificam proteinas que vão promover o crescimento celular, ou seja, a divisão celular. Anti oncogenes ou genes supressores de tumor: que são os genes supressores da prliferação, eles fream a proliferação, assim eles regulam o crescimento celular. *IMPORTANTE: quando estes genes são perdidos, esta falta de supressão faz com que os tumores se desenvolvam. Genes de reparo ao DNA. MUTAÇÕES: quando as mutações acontecem o que pode acontecer? o Hiperatividade dos proto oncogenes. o Perda de anti oncogenes ou genes supressores de tumor. o Mutações nos genes de reparo ao DNA. CLASSIFICAÇÃO: Quando se classifica um tecido verifica se as características histológicas deste tecido, então ira se fazer uma classificação HISTOGENÉTICA: Qualquer órgão do corpo tem tecido conjuntivo de sustentação chamado de ESTROMA e PARENQUIMA que são as células funcionais, que caracterizam aquele órgão. - Se tiver uma cápsula circunscrevendo é benigno, porque o maligno não tem cápsula, e esta cápsula de tecido conjuntivo faz parte do estroma. BENIGNO X MALIGNO Benigno: eles não disseminam, não invadem o tecido adjacente, ele cresce se expandindo – empurrando o tecido adjacente, ele não se infiltra no tecido adjacente. Maligno: tem capacidade de disseminar, de produzir metástase. CLASSIFICAÇÃO A PARTIR DA ORIGEM: PARENQUIMA se olha duas coisas, se as células que ele é feito é de : Origem epitelial: deve se pensar em tipos de epitélio de revestimento ou glandular (redondo). Origem mesenquimal: todos tecidos conjuntivos e seus derivados – tec conj ósseo, cartilagionoso, adiposo, muscular, sanguineo (fusiforme). Tumor de células redondas incluem: linfomas, mastocitomas, malanoma, tumor venéreo transmissível canino, histocitoma, plasmocitoma. CARACTERISTICAS DAS CELULAS TUMORAIS: ≥ São maiores que as células normais do tecido – porque existe uma alteração na relação núcleo e citoplasma que normalmente é 1:4, ou seja, o núcleo é pequeno e citoplasma é grande, e na célula neoplásica isso diminui, ou seja, os núcleos são grandes – célula maior mas tem núcleo maior. ≥ Há presença de nucléolos evidentes (eles não são vistos em células normais), mais de um e de diferentes tamanhos (sinal de malignidade). ≥ O tecido vai apresentar aumento do numero de mitoses (mitoses aberrantes). ≥ Hipercoradas e mais evidentes. ≥ Perda da arquitetura normal do tecido. ≥ Polimorfismo celular – células com varias formas. METODOS DIAGNOSTICOS: Exame citológico: estuda as alterações morfológicas em células obtidas por raspado, descamação natural ou aspiração. O diagnostico é baseado nas alterações celulares individuais sem evidenciar as alterações da arquitetura tecidual. Exame histopatológico (biopsia): exame anatomopatológico realizado em fragmentos de tecido ou mesmo em peças cirúrgicas retiradas do animal vivo. Baseia se no exame microscópico desse material. TIPOS DE BIOPSIA: Excisional: remoção total da lesão – métodos cirúrgicos. Incisional: remoção parcial da lesão – métodos cirúrgicos , punch. NOMENCLATURA: Benigno = sufixo OMA. Maligno = depende da origem – epitelial = CARCINOMA e mesenquimal = SARCOMA. PREFIXO RELACIONADO AO TECIDO DE ORIGEM: EXEMPLO: ADENO = origem epitelial glandular. FIBRO= Origem tecido conjuntivo. OSTEO= origem tecido ósseo. MIO - LEIOMIO = músculo liso e RABDOMIO= músculo estriado esquelético. CONDRO= cartilagem EXCEÇÕES: os tumores de célula redonda não se usa SARCOMA. CARACTERISTICAS DAS NEOPLASIAS TUMORES MALIGNOS X BENIGNOS - QUANTO AO GRAU DE DIFERENCIAÇÃO E ANAPLASIA: DIFERENCIAÇÃO: grau de desenvolvimento do tecido/órgão/tumor. Maligno tem baixo grau de diferenciação e benigno maior grau de diferenciação. ANAPLASIA: grau de indiferenciação do tumor. O maligno tem alto grau de anaplasia e o benigno baixo grau de anaplasia. - QUANTO A TAXA DE CRESCIMENTO: FATORES QUE AFETAM SEU CRESCIMENTO: dependência hormonal e suprimento sanguineo. Quanto mais diferenciado menor a taxa de crescimento – benigno crescimento lento, maligno crescimento rápido. EM GERAL: ritmo de crescimento tumoral relaciona se com nível de diferenciação. - QUANTO A INVASIVIDADE: o crescimento pode ser.. Expansivo: aparecimento de cápsula de tecido conjuntivo – benigno. Infiltrativo: não há limitações por cápsula de tecido conjuntivo – maligno. CARCINOMA IN SITU: quando se tem um carcinoma (tumor maligno de origem epitelial) que ainda não invadiu tecidos adjacentes, da se o nome de carcinoma in situ (no local). Só se consegue fazer esta avaliação pelo histopatológico se tiver margem de tecido em volta. - QUANTO A METASTASE: Metastase: implantes tumorais sem continuidade com o tumor primário. Caracteristica de tumor maligno. VIAS DE DISSEMINAÇÃO/FORMAÇÃO DE METASTASES: Hematogena – principalmente sarcomas – metástases em fígado e pulmões. Linfática – principalmente carcinomas. Semeadura em cavidades e superfícies corporais. Iatrogenica – causada pelo profissional. *Para ter disseminação do tumor ele tem que cair na circulação. ≥ Existem células tumorais entre as células normais, as células tumorais tem capacidade de se soltarem, se desprenderem e se ligando as glicosaminoglicanas e glicoproteinas, a célula vai migrando e digerindo o MEC e vai indoem direção ao vaso sanguineo. Chegando ao vaso sanguineo ela vai digerir a lamina basal e vai cair na circulação. Quando ela cai na circulação, ela vai circular e embolizar, geralmente na circulação ela se adere a plaquetas (se camuflando) para se esconder das células de defesa. No momento que ela chega em um lugar favorável, que tenha substancias químicas que ela reconhece, ela solta as plaquetas e faz o caminho inverso – chega no tecido e começa a se proliferar e formar um foco secundário. *Então a via hematogena e a via linfática é a mesma coisa – uma cai no vaso sanguineo e a outra no vaso linfático. MECANISMOS DE FORMAÇÃO DE METASTASES: o Deslocamento – solta a célula. o Entrada em vasos. o Embolização. o Saida do vaso e invasão tecidual. o Proliferação – lugar com afinidade química. NEOPLASIAS EPITELIAIS – exemplos o Papiloma. o Carcinoma de células espinhosas – espinocelular. o Carcinoma de células basais – basocelular. o Tumores de glândulas sebáceas. o Tumores de glândulas sudoríparas. o Tumores de glândulas perianais. NEOPLASIAS MESENQUIMAIS o Hemangioma/hemangiossarcoma. o Fibroma/fibrossarcoma. o Lipoma/lipossarcoma. NEOPLASIAS DE CELULAS REDONDAS o Mastocitoma o Melanoma o Linfoma o Histiocitoma o Plasmocitoma o TVT
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