Buscar

Resumo de AVC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

1 Pedro H. P. R. | Turma 104 – UPE/FCM – 2018.2 | Resumos de neurologia 
ACIDENTES VASCULARES CEREBRAIS (AVCs) 
 Introdução: 
 É a causa de morte mais comum no Brasil  DAC + AVC equivale a 30% de todas. 
 Pode ser de dois tipos: 
 Isquêmico (80%)  Os principais fatores de risco são HAS e FA. 
 Hemorrágico (20%)  Os principais fatores de risco são HAS, traumas, drogas e malformações 
vasculares  8% é intracerebral, 10% é subaracnoide (7% é aneurisma sacular e 3% não são 
aneurismas) e 2% é subdural. 
 Epidemiologia: 
 O AVC é a doença neurológica mais comum abaixo dos 85 anos. 
 Prevalência  Mais de 60 milhões de casos. 
 Incidência  16 milhões de novos casos por ano  Países pobres abrigam 60% desse número. 
 Mortalidade  6 milhões por anos  Países pobres abrigam 87% desse número. 
 Fatalidade  10-15% em 30 dias. 
 Prognóstico  Sexta causa de incapacidades permanentes. 
 Anatomia vascular do encéfalo: 
 A irrigação ocorre por dois sistemas  Anterior (carotídeo) e Posterior (vertebrobasilar). 
 Sistema anterior: 
 Artéria carótida interna  Origina artéria oftálmica (irriga a retina) e depois se divide: 
 ACM  É a principal artéria do cérebro e a mais acometida pelo AVC isquêmico. 
* Emite em seu segmento proximal  Ramos lenticuloestriados (artérias perfurantes que 
irrigam o tálamo, gânglios da base e cápsula interna)  São acometidos pelo AVC lacunar. 
* Bifurca-se em ramos superiores e inferiores. 
 Ramos superior  Irriga o córtex e a substância subcortical de quase todo lobo 
frontal (córtex motor piramidal, pré-motor, área do olhar conjugado, área de broca), 
todo lobo parietal e parte do lobo temporal (área de Wernicke)  “Lateral do 
cérebro”. 
 ACA  Irriga a porção anterior, medial e orbitária do lobo frontal  “Parte da região anterior 
do cérebro”. 
 Sistema posterior: 
 Artéria vertebral (originária da subclávia)  Origina A. basilar  Bifurca-se e origina a ACP. 
* ACP  Irriga o mesencéfalo, o tálamo e os pedúnculos cerebelares superiores, além do 
lobo occipital. 
 Diagnóstico no ambiente pré-hospitalar (leigo)  S.A.M.U. 
 Sorria. 
 Abrace  Levante os braços. 
 Música  Dificuldade de falar/cantar. 
 Urgente  Chame o 192. 
 Diagnósticos diferenciais importantes  Síncope, convulsões, encefalopatia, hematoma subdural. 
 Definindo a gravidade do AVC: 
 Escala de Coma de Glasgow  GCS “Modificada”. 
 Abertura ocular: 
 Espontânea  4 pontos. 
 Ao comando verbal  3 pontos. 
 Ao estímulo doloroso  2 pontos. 
 Nenhuma  1 ponto. 
 Resposta verbal: 
 Sons apropriados, sorriso social e segue com os olhos  5 pontos. 
 Choro consolável  4 pontos. 
 Choro inconsolável, irritado  3 pontos. 
 Inquieto, agitado  2 pontos. 
 Nenhuma  1 ponto. 
 Resposta motora: 
 Movimentos intencionais espontâneos  6 pontos. 
 Retirada em flexão à dor localizada  5 pontos. 
 
2 Pedro H. P. R. | Turma 104 – UPE/FCM – 2018.2 | Resumos de neurologia 
 Retirada em flexão generalizada  4 pontos. 
 Postura de flexão (decorticação)  3 pontos. 
 Postura de extensão (descerebração)  2 pontos. 
 Nenhuma  1 ponto. 
AVC ISQUÊMICO. 
 Definição  De acordo com o Slide de João Eudes. 
 AVC isquêmico  Episódio agudo de disfunção neurológica focal. 
 Provável lesão isquêmica no SNC em território vascular bem definido  Cérebro, retina e medula 
espinal. 
 Pode gerar infarto cerebral  Sintomas persistentes (maior que 24h) OU evidências objetivas 
(imagens ou neuropatologia). 
 “Manifesta-se pela súbita instalação de um déficit neurológico focal persistente  
Consequentemente ocorre infarto no parênquima encefálico”. 
 Existe a possibilidade de infartos cerebrais silenciosos. 
 Correspondem a 80% dos AVCs  30% ocorrem por trombose (10% em grandes artérias e 20% em 
artérias lacunares) e 45% por tromboembolismo (20% é cardiogênico, 15% é arterial e 10% é em 
ramos aórticos). 
 “Ocorre pela oclusão de uma artéria de médio ou pequeno calibre  Geralmente por uma 
embolia (45%), mas também pode ocorrer por uma trombose”. 
 Fisiopatologia dos AVCs isquêmicos: 
 Existem dois tipos de ACV embólico: 
 Cardioembólico  A fonte emboligênica é o coração  Geralmente ocorre pela FA, IAM de parede 
anterior e pelas cardiomiopatias dilatadas. 
 Arterioembólico  Típico de pacientes hipertensos  Geralmente ocorre a partir de uma placa 
aterosclerótica instável na carótida comum ou na bifurcação carotídea ou na artéria vertebral. 
 AVC criptogênico (30%)  Possuem quadro clínico idêntico ao AVC isquêmico embólico (déficit focal de 
instalação súbita), mas apresenta um ECOTT sem cardiopatias emboligênicas e Doppler de artérias 
carótidas e vertebrais normais  Não pode ser cardioembólico ou arterioembólico  Sugere-se que 
sejam decorrentes de embolia paradoxal através do forame oval patente ou de placas ateromatosas da 
aorta descendente. 
 O AVC trombótico mais comum é o AVC lacunar (20% dos isquêmicos). 
 Definição  Infarto de tamanho inferior a 2cm, causado pela oclusão de pequenas artérias 
perfurantes cerebrais (nutrem o tálamo, a cápsula interna e os gânglios da base) ou dos ramos 
arteriais que irrigam o tronco cerebral. 
 Desenvolve-se uma lesão obstrutiva  Lipo-hialinose  Espessamento hialino da camada média. 
 A ocorrência em artérias de médio calibre é rara  O AVC pontinho extenso pela trombose da 
artéria basilar é o mais clássico. 
 Nas primeiras 24h do AVC isquêmico, o PET consegue delinear as áreas que possuem lesão irreversível e 
as áreas recuperáveis (penumbra isquêmica)  Apresenta baixo fluxo sanguíneo, mas compensa com o 
aumento da extração  Seu tamanho é variável e se relaciona com a presença de circulação colateral. 
 O fluxo colateral depende da PA  Por isso, diminuir a PA muito rápido é perigoso. 
 Após a ocorrência do infarto neuronal  Edema citotóxico (aumento do volume dos neurônios) + 
Edema vasogênico (acúmulo de líquido intersticial)  Pico entre 3-4 dias. 
 Após 10 dias  Resolução do edema + Zona de transição entre tecido normal e tecido infartado se 
torna nítida. 
 Entre 10 dias e 3 semanas  Ocorre fagocitose das áreas lesadas e necrose de liquefação  Lesões 
amolecem e se tornam císticas e atrofiadas. 
 Manifestação clínica  Síndromes isquêmicas. 
 Síndromes carótidas. 
 Síndromes da ACM  Geralmente AVC embólico ou lacunar. 
 Oclusão na origem da ACM  Afeta lobo frontal, parietal e a parte superior do lobo temporal. 
* Hemiparesia/hemiplegia contralateral à lesão  Predomínio braquiofacial e disartria com 
desvio da língua para a hemiplegia, desvio do olhar conjugado contrário à hemiplegia nos 
3 primeiros dias. 
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
 
3 Pedro H. P. R. | Turma 104 – UPE/FCM – 2018.2 | Resumos de neurologia 
* Se ocorrer no hemisfério dominante ou esquerdo  Acrescenta-se afasia global (Broca + 
Wernicke) e síndrome de Gerstmann. 
* Se ocorrer no hemisfério não dominante  Acrescenta-se anosognosia (não reconhece a 
hemiplegia à esquerda) e amusia (incapacidade de reconhecer músicas). 
* O infarto é extenso  Desvio da linha média com aumento da PIC  Rebaixamento da 
consciência e herniação cerebral. 
 Oclusão dos ramos lenticuloestriados: 
* AVC lacunar  Hemiparesia/hemiplegia contralateral  Afeta cápsula interna. 
 Oclusão do ramo superior  Tipo mais comum de AVC isquêmico. 
* Afeta lobo frontal e a parte anterior do lobo parietal. 
* Ocorre  Hemiparesia/hemiplegia contralateral desproporcionada com predomínio 
braquiofacial e disartria com desvio da língua para a hemiplegia, desvio do olhar 
conjugado contrário à hemiplegia nos 3 primeiros dias, hemi-hipo/anestesia contralateral. 
* Se ocorrer no hemisfério dominante ou esquerdo  Afasia de Broca (motora).* A lesão nos ramos menores pode causar apenas afasia de Broca. 
 Oclusão do ramo inferior  Afeta lobo parietal e a parte superior do temporal. 
* Não causa hemiplegia ou hemianestesia. 
* Se ocorrer no hemisfério dominante  Afasia de Wernicke (sensorial) e síndrome de 
Gerstamann (apraxia ideomotora, agrafia, alexia, acalculia, desorientação esquerda-
direita, agnosia digital). 
* A lesão de ramos menores pode causar apenas afasia de Wernicke ou apenas síndrome 
de Gerstamann ou apenas amusia. 
 Regras gerais de localização do AVC isquêmico: 
 Sugere território carotídeo (ACM e ACA): 
 Afasia e síndromes cerebrais clássicas (Gerstmann, amusia, agnosias, síndrome do lobo frontal). 
 Sugere território vertebrobasilar (ACP e tronco): 
 Hemianopsia, agnosia visual, síndrome de Balint (simultanagnosia, apraxia óptica e ataxia óptica), 
síndrome de Anton (cegueira cortical, mas sem reconhecimento desse estado). 
 Diplopia  AVC de tronco. 
 Vertigem e nistagmo  AVC pontinho ou cerebelar. 
 Ataxia cerebelar  AVC de cerebelo, mesencéfalo (núcleo rubro) ou tálamo. 
 De acordo com o Slide de João Eudes: 
 Classificação topográfica  Arterial. 
 Anterior  Dificuldade de falar (disfasia) e perda da visão unilateral. 
 Imprevisível  Fraqueza unilateral, distúrbio sensorial unilateral, disartria e ataxia. 
 Posterior  Disfagia, diplopia, vertigem, perda visual bilateral, fraqueza bilateral, distúrbio 
sensorial bilateral, alteração sensorial e motora alternada. 
 Classificação clínica  Oxfordshire. 
 Total Anterior Circulation Syndroms (TACS)  20% dos casos. 
 Hemiplegia. 
 Hemianopsia. 
 Disfunção cortical superior  Linguagem, gnosia ou praxia. 
 Distúrbio sensorial  Pode ou não ter. 
 Partial Anterior Circulation Syndromes (PACS)  30% dos casos. 
 Hemiparesia e/ou distúrbio sensorial. 
 Disfunção cortical superior e/ou hemianopsia. 
 Lacular Syndromes (LACS)  25% dos casos. 
 Qualquer uma das seguintes síndromes, envolvendo 2 áreas entre a face, os braços e as pernas: 
 Hemiparesia e/ou distúrbio sensorial. 
 Hemiparesia atáxica. 
 Sem distúrbios de campo visual ou linguagem ou visuoespacial. 
 Sem acometimento de tronco cerebral. 
 Posterior Circulation Syndrome (POCS)  25% dos casos. 
 Disfunção de tronco cerebral ou hemianopsia ou cegueira cortical. 
 Classificação por tamanho: 
 Doença de grandes vasos: 
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
 
4 Pedro H. P. R. | Turma 104 – UPE/FCM – 2018.2 | Resumos de neurologia 
 Clínica  Síndromes tromboembólicas (TACS, PACS, POCS) e evidência de doença aterosclerótica 
sistêmica. 
 Investigação: 
 Imagem cerebral  Lesões acima de 1,5cm. 
 Imagem vascular  Estenose acima de 50%. 
 Imagem cardíaca  Afasta potenciais fontes de embolia. 
 Doença de pequenos vasos: 
 Clínica  Síndromes laculares (LACS) e evidência de doença aterosclerótica sistêmica. 
 Investigação: 
 Imagem cerebral  Normal ou lesões abaixo de 1,5cm. 
 Imagem vascular  Afasta potencial doença de grandes vasos. 
 Imagem cardíaca  Afasta potenciais fontes de embolia. 
 Cardioembolia: 
 Clínica  Síndromes embólicas  TACS, PACS, POCS, LACS. 
 Evidências de cardioembolia. 
 Investigação: 
 Imagem cerebral  Lesões acima de 1,5cm. 
 Imagem vascular  Afasta potencial doença de grandes vasos. 
 Imagem cardíaca  Pelo menos uma fonte de embolia. 
 Diagnóstico: 
 Todo paciente com déficit neurológico focal de início súbito que dura mais que 15-20 minutos deve ser 
encarado como AVC (isquêmico ou hemorrágico). 
 A TC de crânio COM contraste é sempre necessária para descartar AVC hemorrágico  Aparece de 
imediato como uma área hiperdensa. 
 TC de crânio nas primeiras 12-24h geralmente não mostra AVC isquêmico  Infarto só tem 
expressão radiológica na TC após 24-72h  Área hipodensa (cinza) acompanhada de edema. 
 Após 10 dias  Área infartada aparece mais hipodensa (preta) e com retração (sem edema e com 
atrofia), repuxando algum ventrículo (hidrocefalia localizada). 
 A RM tem maior acurácia que a TC no AVC isquêmico  Usa-se a sequência T2 ou o FLAIR (atenuação 
de líquido). 
 É capaz de diagnosticar AVC de tronco, que é impossível de ser visto na TC. 
 Exames complementares: 
 Rotina: 
 Imagem cerebral  TC e RM. 
 Rotina laboratorial básica. 
 ECG. 
 Investigação: 
 Imagem cerebral  RM. 
 Imagem vascular  Doppler X Angiotomografia/Angioressonância X Arteriografia. 
 Imagem cardíaca  Ecocardiograma transtorácico X Ecocardiograma transesofágico. 
 Tratamento: 
 Fase aguda  Primeiros 3 dias  Tempo em que a terapêutica pode impedir a transformação da 
penumbra isquêmica em infarto cerebral. 
 Conduta inicial: 
 Avaliação deve ser imediata para casos suspeitos. 
 Os sinais vitais devem ser aferidos  Pacientes torporosos ou comatosos com instabilidade 
respiratória devem ser entubados e colocados em ventilação mecânica  É mais frequente 
em AVC hemorrágico, mas pode acontecer em AVC isquêmico extenso pelo edema e pelo 
aumento da PIC. 
* Em caso de hipotensão  Tratar agressivamente com SF 0.9%  Senão aumenta 
extensão do infarto cerebral. 
 Realizar TC não contrastada deve ser realizada para afastar AVE hemorrágico  Se normal em 
um caso suspeito, considera-se que é AVC isquêmico. 
 Medidas de suporte: 
 Manter cabeceira elevada. 
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
 
5 Pedro H. P. R. | Turma 104 – UPE/FCM – 2018.2 | Resumos de neurologia 
 Iniciar dieta dentro de 48h  Evitar desnutrição  Senão atrapalha a recuperação 
neurológica. 
* Em caso de disfagia grave  Dieta enteral. 
 Hidratação entre 1.000-1.5000ml/dia de RL com KCL. 
* Evitar hiper-hidratação e soro glicosado  Prevenção de hiponatremia e hiperglicemia. 
* Hipoglicemia deve ser prontamente corrigida  Senão causa lesão. 
* Hiperglicemia deve ser tratada com insulina para manter entre 140-180mg/dl. 
 Monitorar  Natremia (diária), glicemia (capilar de 6/6h) e temperatura axilar (de 4/4h). 
 Realizar exames inespecíficos  ECG, hemograma completo, glicemia plasmática, eletrólitos, 
ureia, creatinina, coagulograma, gasometria arterial e marcadores de necrose miocárdica. 
 NÃO abaixar a PA no primeiro dia  Exceto se PA ≥ 220/120mmHg ou se houver emergência 
hipertensivas  Dissecção de aorta, IAM, EAP, encefalopatia hipertensiva. 
* Motivo  Penumbra isquêmica é nutrida por colaterais que dependem diretamente da 
pressão arterial para manter o fluxo  PA reduzida rapidamente pode converter 
penumbra isquêmica em área isquêmica. 
* Se houver a PA ≥ 220/120mmHg  Fazer anti-hipertensivo apenas para diminuir 15% do 
valor da PA em 24h e tirar o paciente da zona de risco imediato  Droga de escolha é o 
nitroprussiato de sódio se PA diastólica for > 140mmHg e o labetalol no restante dos 
casos. 
* A recomendação da AHA/ACC para iniciar o AH é após 24h do início do AVC isquêmico 
para pacientes com HAS prévia e que estão estáveis  Se houver estenose no sistema 
vascular intracraniano ou extracraniano deve ser feita uma redução lenta da pressão (7-
10 dias). 
* IMPORTANTE  O trombolítico só pode ser prescrito para pacientes com PA ≤ 
185/110mmHg  Depois da administração, manter PA ≤ 180/105mmHg nas primeiras 
24h. 
 Controlar a febre e os eletrólitos  Especialmente o sódio sérico (135-145mEq/L). 
* Se precisar corrigir o sódio  Não variar mais do que 12mEq/L/dia para evitar mielinólise 
pontinha e edema cerebral. 
 Medidas específicas: 
 Antiagregante plaquetário: 
* Iniciar aspirina (325mg) nas primeiras 48 do início doAVC isquêmico. 
 Heparina  Dose profilática para prevenir TVP/TEP. 
* No caso de AVC cardioembólico ou relacionado às síndromes de hipercoagulabilidade  
Só pode ser iniciado após o 3º dia nos infartos cerebrais pequenos e após o 7º dia nos 
infartos maiores  A TC deve ser usada para ajudar na decisão. 
 Trombolítico  Alteplase (rt-PA) reduz as sequelas do AVC, mas não a mortalidade, quando 
aplicado dentro das primeiras 3h do início dos sintomas. 
* É importante lembrar que não se deve aplicar heparina, AAS, puncionar artérias ou 
realizar procedimentos invasivos nas primeiras 24h após o início do alteplase. 
* Critérios de inclusão para uso: 
 AVC isquêmico em qualquer território encefálico. 
 Possibilidade de se iniciar a infusão do alteplase dentro de 4h30min do início dos 
sintomas  Para isso, o horário do início dos sintomas deve ser precisamente 
estabelecido  Caso os sintomas sejam observados ao acordar, considerar o último 
horário no qual o paciente foi observado normal. 
 TC do crânio ou RM sem evidência de hemorragia. 
 Idade > 18 anos. 
* Critérios de exclusão para uso: 
 Risco de sangramento: 
o Uso de anticoagulante oral com TP com RNI > 1,7. Uso de heparina nas últimas 
48h com TTPA elevado. 
o Coagulopatia com TP prolongado (RNI > 1,7), TTPA elevado ou plaquetas < 
100.000/mm3. 
o História pregressa de hemorragia intracraniana ou malformação vascular 
cerebral. 
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
 
6 Pedro H. P. R. | Turma 104 – UPE/FCM – 2018.2 | Resumos de neurologia 
o PA sistólica ≥ 185mmHg ou PA diastólica ≥ 110mmHg em 3 ocasiões com 10 
minutos de intervalo  Refratária ao tratamento. 
o Hemorragia geniturinária ou no TGI nos últimos 21 dias ou história prévia de 
varizes esofagianas. 
o Punção arterial em local não compressível na última semana. 
o TC de crânio com hipodensidade precoce  1/3 do território da ACM. 
o Cirurgia de grande porte ou procedimento invasivo nos últimos 14 dias. 
o Punção lombar nos últimos 7 dias. 
 Comorbidades: 
o AVC isquêmico ou TCE grave nos últimos 3 meses. 
 Quadro mais “leve”: 
o Melhoria rápida e completa dos sinais e sintomas no período anterior ao início 
da trombólise. 
o Déficits neurológicos leves  Sem repercussão funcional significativa. 
ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO. 
 Definição  É um déficit neurológico focal reversível, transitório, cuja definição formal prevê uma duração 
máxima de 24h. 
 A maioria reverte nos primeiros 15-20 minutos. 
 “Episódio transitório (menor que 24h) sem evidências de infarto no SNC”. 
 Pode preceder AVC em 9-25% dos pacientes  O risco de AVC nos próximos 5 anos é de cerca de 25%. 
 Maiores riscos: 
 Idade avançada, AIT “em crescendo”, estenose significativa da artéria carótida, cardiopata, FA 
de início recente, fonte cardioembólica definida, AIT hemisférico. 
 Risco de desenvolver AVC varia de 1,5-5%  De acordo com o Slide de João Eudes. 
 Escore ABCD2  Identificação precoce de desenvolver AVC após AIT  Variação de 0 (baixo 
risco) até 7 (alto risco)  Mneumônico: “PITbul Foi Feio De novo”. 
* PA ≥ 140/90mmHg  1 ponto. 
* Idade ≥ 60 anos  1 ponto. 
* Tempo: 
 Sintomas ≥ 60 minutos  2 pontos. 
 Sintomas durando entre 10-59 minutos  1 ponto. 
* Fraqueza unilateral  2 pontos. 
* Fala alterada sem fraqueza  1 ponto. 
* Diabetes  1 ponto. 
 Fisiopatologia: 
 Geralmente é causado por pequenas embolias artério-arteriais a partir das artérias carótidas ou 
vertebrais. 
 Quadro clínico: 
 Manifestações semelhantes às do AVC, mas transitórias. 
 Subtipo de AIT  Amaurose fugaz  Pequenos êmbolos se alojam na origem da artéria oftálmica 
transitoriamente. 
 Classificação  Diferença estabelecida melhor com RM com difusão. 
 Sintomas Transitórios sem Infarto. 
 Sintomas Transitórios com Infarto (TSI). 
 Como diferenciar um AVC de um TSI? 
 Tempo  TSI persiste até, no máximo, 24h. 
 Diagnóstico  Clínico. 
 Exames indicados  USG com Doppler de A. carótidas e vertebrais, ECG e ECOTT. 
 Tratamento: 
 Prevenção do AVC isquêmico. 
 Estratégias: 
 AIT cardioembólico  Cumarínicos (warfarin). 
 AIT aterotrombótico  AAS (100-300mg/dia). 
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce
pc
Realce

Outros materiais