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1 Pedro H. P. R. | Turma 104 – UPE/FCM – 2018.2 | Resumos de neurologia ACIDENTES VASCULARES CEREBRAIS (AVCs) Introdução: É a causa de morte mais comum no Brasil DAC + AVC equivale a 30% de todas. Pode ser de dois tipos: Isquêmico (80%) Os principais fatores de risco são HAS e FA. Hemorrágico (20%) Os principais fatores de risco são HAS, traumas, drogas e malformações vasculares 8% é intracerebral, 10% é subaracnoide (7% é aneurisma sacular e 3% não são aneurismas) e 2% é subdural. Epidemiologia: O AVC é a doença neurológica mais comum abaixo dos 85 anos. Prevalência Mais de 60 milhões de casos. Incidência 16 milhões de novos casos por ano Países pobres abrigam 60% desse número. Mortalidade 6 milhões por anos Países pobres abrigam 87% desse número. Fatalidade 10-15% em 30 dias. Prognóstico Sexta causa de incapacidades permanentes. Anatomia vascular do encéfalo: A irrigação ocorre por dois sistemas Anterior (carotídeo) e Posterior (vertebrobasilar). Sistema anterior: Artéria carótida interna Origina artéria oftálmica (irriga a retina) e depois se divide: ACM É a principal artéria do cérebro e a mais acometida pelo AVC isquêmico. * Emite em seu segmento proximal Ramos lenticuloestriados (artérias perfurantes que irrigam o tálamo, gânglios da base e cápsula interna) São acometidos pelo AVC lacunar. * Bifurca-se em ramos superiores e inferiores. Ramos superior Irriga o córtex e a substância subcortical de quase todo lobo frontal (córtex motor piramidal, pré-motor, área do olhar conjugado, área de broca), todo lobo parietal e parte do lobo temporal (área de Wernicke) “Lateral do cérebro”. ACA Irriga a porção anterior, medial e orbitária do lobo frontal “Parte da região anterior do cérebro”. Sistema posterior: Artéria vertebral (originária da subclávia) Origina A. basilar Bifurca-se e origina a ACP. * ACP Irriga o mesencéfalo, o tálamo e os pedúnculos cerebelares superiores, além do lobo occipital. Diagnóstico no ambiente pré-hospitalar (leigo) S.A.M.U. Sorria. Abrace Levante os braços. Música Dificuldade de falar/cantar. Urgente Chame o 192. Diagnósticos diferenciais importantes Síncope, convulsões, encefalopatia, hematoma subdural. Definindo a gravidade do AVC: Escala de Coma de Glasgow GCS “Modificada”. Abertura ocular: Espontânea 4 pontos. Ao comando verbal 3 pontos. Ao estímulo doloroso 2 pontos. Nenhuma 1 ponto. Resposta verbal: Sons apropriados, sorriso social e segue com os olhos 5 pontos. Choro consolável 4 pontos. Choro inconsolável, irritado 3 pontos. Inquieto, agitado 2 pontos. Nenhuma 1 ponto. Resposta motora: Movimentos intencionais espontâneos 6 pontos. Retirada em flexão à dor localizada 5 pontos. 2 Pedro H. P. R. | Turma 104 – UPE/FCM – 2018.2 | Resumos de neurologia Retirada em flexão generalizada 4 pontos. Postura de flexão (decorticação) 3 pontos. Postura de extensão (descerebração) 2 pontos. Nenhuma 1 ponto. AVC ISQUÊMICO. Definição De acordo com o Slide de João Eudes. AVC isquêmico Episódio agudo de disfunção neurológica focal. Provável lesão isquêmica no SNC em território vascular bem definido Cérebro, retina e medula espinal. Pode gerar infarto cerebral Sintomas persistentes (maior que 24h) OU evidências objetivas (imagens ou neuropatologia). “Manifesta-se pela súbita instalação de um déficit neurológico focal persistente Consequentemente ocorre infarto no parênquima encefálico”. Existe a possibilidade de infartos cerebrais silenciosos. Correspondem a 80% dos AVCs 30% ocorrem por trombose (10% em grandes artérias e 20% em artérias lacunares) e 45% por tromboembolismo (20% é cardiogênico, 15% é arterial e 10% é em ramos aórticos). “Ocorre pela oclusão de uma artéria de médio ou pequeno calibre Geralmente por uma embolia (45%), mas também pode ocorrer por uma trombose”. Fisiopatologia dos AVCs isquêmicos: Existem dois tipos de ACV embólico: Cardioembólico A fonte emboligênica é o coração Geralmente ocorre pela FA, IAM de parede anterior e pelas cardiomiopatias dilatadas. Arterioembólico Típico de pacientes hipertensos Geralmente ocorre a partir de uma placa aterosclerótica instável na carótida comum ou na bifurcação carotídea ou na artéria vertebral. AVC criptogênico (30%) Possuem quadro clínico idêntico ao AVC isquêmico embólico (déficit focal de instalação súbita), mas apresenta um ECOTT sem cardiopatias emboligênicas e Doppler de artérias carótidas e vertebrais normais Não pode ser cardioembólico ou arterioembólico Sugere-se que sejam decorrentes de embolia paradoxal através do forame oval patente ou de placas ateromatosas da aorta descendente. O AVC trombótico mais comum é o AVC lacunar (20% dos isquêmicos). Definição Infarto de tamanho inferior a 2cm, causado pela oclusão de pequenas artérias perfurantes cerebrais (nutrem o tálamo, a cápsula interna e os gânglios da base) ou dos ramos arteriais que irrigam o tronco cerebral. Desenvolve-se uma lesão obstrutiva Lipo-hialinose Espessamento hialino da camada média. A ocorrência em artérias de médio calibre é rara O AVC pontinho extenso pela trombose da artéria basilar é o mais clássico. Nas primeiras 24h do AVC isquêmico, o PET consegue delinear as áreas que possuem lesão irreversível e as áreas recuperáveis (penumbra isquêmica) Apresenta baixo fluxo sanguíneo, mas compensa com o aumento da extração Seu tamanho é variável e se relaciona com a presença de circulação colateral. O fluxo colateral depende da PA Por isso, diminuir a PA muito rápido é perigoso. Após a ocorrência do infarto neuronal Edema citotóxico (aumento do volume dos neurônios) + Edema vasogênico (acúmulo de líquido intersticial) Pico entre 3-4 dias. Após 10 dias Resolução do edema + Zona de transição entre tecido normal e tecido infartado se torna nítida. Entre 10 dias e 3 semanas Ocorre fagocitose das áreas lesadas e necrose de liquefação Lesões amolecem e se tornam císticas e atrofiadas. Manifestação clínica Síndromes isquêmicas. Síndromes carótidas. Síndromes da ACM Geralmente AVC embólico ou lacunar. Oclusão na origem da ACM Afeta lobo frontal, parietal e a parte superior do lobo temporal. * Hemiparesia/hemiplegia contralateral à lesão Predomínio braquiofacial e disartria com desvio da língua para a hemiplegia, desvio do olhar conjugado contrário à hemiplegia nos 3 primeiros dias. pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce 3 Pedro H. P. R. | Turma 104 – UPE/FCM – 2018.2 | Resumos de neurologia * Se ocorrer no hemisfério dominante ou esquerdo Acrescenta-se afasia global (Broca + Wernicke) e síndrome de Gerstmann. * Se ocorrer no hemisfério não dominante Acrescenta-se anosognosia (não reconhece a hemiplegia à esquerda) e amusia (incapacidade de reconhecer músicas). * O infarto é extenso Desvio da linha média com aumento da PIC Rebaixamento da consciência e herniação cerebral. Oclusão dos ramos lenticuloestriados: * AVC lacunar Hemiparesia/hemiplegia contralateral Afeta cápsula interna. Oclusão do ramo superior Tipo mais comum de AVC isquêmico. * Afeta lobo frontal e a parte anterior do lobo parietal. * Ocorre Hemiparesia/hemiplegia contralateral desproporcionada com predomínio braquiofacial e disartria com desvio da língua para a hemiplegia, desvio do olhar conjugado contrário à hemiplegia nos 3 primeiros dias, hemi-hipo/anestesia contralateral. * Se ocorrer no hemisfério dominante ou esquerdo Afasia de Broca (motora).* A lesão nos ramos menores pode causar apenas afasia de Broca. Oclusão do ramo inferior Afeta lobo parietal e a parte superior do temporal. * Não causa hemiplegia ou hemianestesia. * Se ocorrer no hemisfério dominante Afasia de Wernicke (sensorial) e síndrome de Gerstamann (apraxia ideomotora, agrafia, alexia, acalculia, desorientação esquerda- direita, agnosia digital). * A lesão de ramos menores pode causar apenas afasia de Wernicke ou apenas síndrome de Gerstamann ou apenas amusia. Regras gerais de localização do AVC isquêmico: Sugere território carotídeo (ACM e ACA): Afasia e síndromes cerebrais clássicas (Gerstmann, amusia, agnosias, síndrome do lobo frontal). Sugere território vertebrobasilar (ACP e tronco): Hemianopsia, agnosia visual, síndrome de Balint (simultanagnosia, apraxia óptica e ataxia óptica), síndrome de Anton (cegueira cortical, mas sem reconhecimento desse estado). Diplopia AVC de tronco. Vertigem e nistagmo AVC pontinho ou cerebelar. Ataxia cerebelar AVC de cerebelo, mesencéfalo (núcleo rubro) ou tálamo. De acordo com o Slide de João Eudes: Classificação topográfica Arterial. Anterior Dificuldade de falar (disfasia) e perda da visão unilateral. Imprevisível Fraqueza unilateral, distúrbio sensorial unilateral, disartria e ataxia. Posterior Disfagia, diplopia, vertigem, perda visual bilateral, fraqueza bilateral, distúrbio sensorial bilateral, alteração sensorial e motora alternada. Classificação clínica Oxfordshire. Total Anterior Circulation Syndroms (TACS) 20% dos casos. Hemiplegia. Hemianopsia. Disfunção cortical superior Linguagem, gnosia ou praxia. Distúrbio sensorial Pode ou não ter. Partial Anterior Circulation Syndromes (PACS) 30% dos casos. Hemiparesia e/ou distúrbio sensorial. Disfunção cortical superior e/ou hemianopsia. Lacular Syndromes (LACS) 25% dos casos. Qualquer uma das seguintes síndromes, envolvendo 2 áreas entre a face, os braços e as pernas: Hemiparesia e/ou distúrbio sensorial. Hemiparesia atáxica. Sem distúrbios de campo visual ou linguagem ou visuoespacial. Sem acometimento de tronco cerebral. Posterior Circulation Syndrome (POCS) 25% dos casos. Disfunção de tronco cerebral ou hemianopsia ou cegueira cortical. Classificação por tamanho: Doença de grandes vasos: pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce 4 Pedro H. P. R. | Turma 104 – UPE/FCM – 2018.2 | Resumos de neurologia Clínica Síndromes tromboembólicas (TACS, PACS, POCS) e evidência de doença aterosclerótica sistêmica. Investigação: Imagem cerebral Lesões acima de 1,5cm. Imagem vascular Estenose acima de 50%. Imagem cardíaca Afasta potenciais fontes de embolia. Doença de pequenos vasos: Clínica Síndromes laculares (LACS) e evidência de doença aterosclerótica sistêmica. Investigação: Imagem cerebral Normal ou lesões abaixo de 1,5cm. Imagem vascular Afasta potencial doença de grandes vasos. Imagem cardíaca Afasta potenciais fontes de embolia. Cardioembolia: Clínica Síndromes embólicas TACS, PACS, POCS, LACS. Evidências de cardioembolia. Investigação: Imagem cerebral Lesões acima de 1,5cm. Imagem vascular Afasta potencial doença de grandes vasos. Imagem cardíaca Pelo menos uma fonte de embolia. Diagnóstico: Todo paciente com déficit neurológico focal de início súbito que dura mais que 15-20 minutos deve ser encarado como AVC (isquêmico ou hemorrágico). A TC de crânio COM contraste é sempre necessária para descartar AVC hemorrágico Aparece de imediato como uma área hiperdensa. TC de crânio nas primeiras 12-24h geralmente não mostra AVC isquêmico Infarto só tem expressão radiológica na TC após 24-72h Área hipodensa (cinza) acompanhada de edema. Após 10 dias Área infartada aparece mais hipodensa (preta) e com retração (sem edema e com atrofia), repuxando algum ventrículo (hidrocefalia localizada). A RM tem maior acurácia que a TC no AVC isquêmico Usa-se a sequência T2 ou o FLAIR (atenuação de líquido). É capaz de diagnosticar AVC de tronco, que é impossível de ser visto na TC. Exames complementares: Rotina: Imagem cerebral TC e RM. Rotina laboratorial básica. ECG. Investigação: Imagem cerebral RM. Imagem vascular Doppler X Angiotomografia/Angioressonância X Arteriografia. Imagem cardíaca Ecocardiograma transtorácico X Ecocardiograma transesofágico. Tratamento: Fase aguda Primeiros 3 dias Tempo em que a terapêutica pode impedir a transformação da penumbra isquêmica em infarto cerebral. Conduta inicial: Avaliação deve ser imediata para casos suspeitos. Os sinais vitais devem ser aferidos Pacientes torporosos ou comatosos com instabilidade respiratória devem ser entubados e colocados em ventilação mecânica É mais frequente em AVC hemorrágico, mas pode acontecer em AVC isquêmico extenso pelo edema e pelo aumento da PIC. * Em caso de hipotensão Tratar agressivamente com SF 0.9% Senão aumenta extensão do infarto cerebral. Realizar TC não contrastada deve ser realizada para afastar AVE hemorrágico Se normal em um caso suspeito, considera-se que é AVC isquêmico. Medidas de suporte: Manter cabeceira elevada. pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce 5 Pedro H. P. R. | Turma 104 – UPE/FCM – 2018.2 | Resumos de neurologia Iniciar dieta dentro de 48h Evitar desnutrição Senão atrapalha a recuperação neurológica. * Em caso de disfagia grave Dieta enteral. Hidratação entre 1.000-1.5000ml/dia de RL com KCL. * Evitar hiper-hidratação e soro glicosado Prevenção de hiponatremia e hiperglicemia. * Hipoglicemia deve ser prontamente corrigida Senão causa lesão. * Hiperglicemia deve ser tratada com insulina para manter entre 140-180mg/dl. Monitorar Natremia (diária), glicemia (capilar de 6/6h) e temperatura axilar (de 4/4h). Realizar exames inespecíficos ECG, hemograma completo, glicemia plasmática, eletrólitos, ureia, creatinina, coagulograma, gasometria arterial e marcadores de necrose miocárdica. NÃO abaixar a PA no primeiro dia Exceto se PA ≥ 220/120mmHg ou se houver emergência hipertensivas Dissecção de aorta, IAM, EAP, encefalopatia hipertensiva. * Motivo Penumbra isquêmica é nutrida por colaterais que dependem diretamente da pressão arterial para manter o fluxo PA reduzida rapidamente pode converter penumbra isquêmica em área isquêmica. * Se houver a PA ≥ 220/120mmHg Fazer anti-hipertensivo apenas para diminuir 15% do valor da PA em 24h e tirar o paciente da zona de risco imediato Droga de escolha é o nitroprussiato de sódio se PA diastólica for > 140mmHg e o labetalol no restante dos casos. * A recomendação da AHA/ACC para iniciar o AH é após 24h do início do AVC isquêmico para pacientes com HAS prévia e que estão estáveis Se houver estenose no sistema vascular intracraniano ou extracraniano deve ser feita uma redução lenta da pressão (7- 10 dias). * IMPORTANTE O trombolítico só pode ser prescrito para pacientes com PA ≤ 185/110mmHg Depois da administração, manter PA ≤ 180/105mmHg nas primeiras 24h. Controlar a febre e os eletrólitos Especialmente o sódio sérico (135-145mEq/L). * Se precisar corrigir o sódio Não variar mais do que 12mEq/L/dia para evitar mielinólise pontinha e edema cerebral. Medidas específicas: Antiagregante plaquetário: * Iniciar aspirina (325mg) nas primeiras 48 do início doAVC isquêmico. Heparina Dose profilática para prevenir TVP/TEP. * No caso de AVC cardioembólico ou relacionado às síndromes de hipercoagulabilidade Só pode ser iniciado após o 3º dia nos infartos cerebrais pequenos e após o 7º dia nos infartos maiores A TC deve ser usada para ajudar na decisão. Trombolítico Alteplase (rt-PA) reduz as sequelas do AVC, mas não a mortalidade, quando aplicado dentro das primeiras 3h do início dos sintomas. * É importante lembrar que não se deve aplicar heparina, AAS, puncionar artérias ou realizar procedimentos invasivos nas primeiras 24h após o início do alteplase. * Critérios de inclusão para uso: AVC isquêmico em qualquer território encefálico. Possibilidade de se iniciar a infusão do alteplase dentro de 4h30min do início dos sintomas Para isso, o horário do início dos sintomas deve ser precisamente estabelecido Caso os sintomas sejam observados ao acordar, considerar o último horário no qual o paciente foi observado normal. TC do crânio ou RM sem evidência de hemorragia. Idade > 18 anos. * Critérios de exclusão para uso: Risco de sangramento: o Uso de anticoagulante oral com TP com RNI > 1,7. Uso de heparina nas últimas 48h com TTPA elevado. o Coagulopatia com TP prolongado (RNI > 1,7), TTPA elevado ou plaquetas < 100.000/mm3. o História pregressa de hemorragia intracraniana ou malformação vascular cerebral. pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce 6 Pedro H. P. R. | Turma 104 – UPE/FCM – 2018.2 | Resumos de neurologia o PA sistólica ≥ 185mmHg ou PA diastólica ≥ 110mmHg em 3 ocasiões com 10 minutos de intervalo Refratária ao tratamento. o Hemorragia geniturinária ou no TGI nos últimos 21 dias ou história prévia de varizes esofagianas. o Punção arterial em local não compressível na última semana. o TC de crânio com hipodensidade precoce 1/3 do território da ACM. o Cirurgia de grande porte ou procedimento invasivo nos últimos 14 dias. o Punção lombar nos últimos 7 dias. Comorbidades: o AVC isquêmico ou TCE grave nos últimos 3 meses. Quadro mais “leve”: o Melhoria rápida e completa dos sinais e sintomas no período anterior ao início da trombólise. o Déficits neurológicos leves Sem repercussão funcional significativa. ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO. Definição É um déficit neurológico focal reversível, transitório, cuja definição formal prevê uma duração máxima de 24h. A maioria reverte nos primeiros 15-20 minutos. “Episódio transitório (menor que 24h) sem evidências de infarto no SNC”. Pode preceder AVC em 9-25% dos pacientes O risco de AVC nos próximos 5 anos é de cerca de 25%. Maiores riscos: Idade avançada, AIT “em crescendo”, estenose significativa da artéria carótida, cardiopata, FA de início recente, fonte cardioembólica definida, AIT hemisférico. Risco de desenvolver AVC varia de 1,5-5% De acordo com o Slide de João Eudes. Escore ABCD2 Identificação precoce de desenvolver AVC após AIT Variação de 0 (baixo risco) até 7 (alto risco) Mneumônico: “PITbul Foi Feio De novo”. * PA ≥ 140/90mmHg 1 ponto. * Idade ≥ 60 anos 1 ponto. * Tempo: Sintomas ≥ 60 minutos 2 pontos. Sintomas durando entre 10-59 minutos 1 ponto. * Fraqueza unilateral 2 pontos. * Fala alterada sem fraqueza 1 ponto. * Diabetes 1 ponto. Fisiopatologia: Geralmente é causado por pequenas embolias artério-arteriais a partir das artérias carótidas ou vertebrais. Quadro clínico: Manifestações semelhantes às do AVC, mas transitórias. Subtipo de AIT Amaurose fugaz Pequenos êmbolos se alojam na origem da artéria oftálmica transitoriamente. Classificação Diferença estabelecida melhor com RM com difusão. Sintomas Transitórios sem Infarto. Sintomas Transitórios com Infarto (TSI). Como diferenciar um AVC de um TSI? Tempo TSI persiste até, no máximo, 24h. Diagnóstico Clínico. Exames indicados USG com Doppler de A. carótidas e vertebrais, ECG e ECOTT. Tratamento: Prevenção do AVC isquêmico. Estratégias: AIT cardioembólico Cumarínicos (warfarin). AIT aterotrombótico AAS (100-300mg/dia). pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce pc Realce
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