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A Evolução do Direito na Era Digital

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O CASO
Diante da análise do quadro sobre o caso Cambridge Analytica, é notável a forma como se burlou o termo de privacidade do Facebook - que pecou em não manter nenhuma fiscalização sobre a coleta e disseminação de dados por meio de sua própria plataforma, havendo um certo descaso para com os dados de seus usuários - e a forma como a Cambridge Analytica, por meio de um aplicativo de fachada, com a desculpa da coleta de dados por meio de pequenas informações e testes mediante quantias ínfimas, sob o pretexto de um estudo acadêmico e, então, vendê-las – sem a autorização de seus usuários – para outra impressa, que acaba por fazer uso de tais informações para manipulação política, duas coisas podem ser notadas claramente: a necessidade da proteção de dados e, claro, o valor real dessas informações. Em contrapartida, esse vazamento gerou um grande abalo na reputação tanto do Facebook quanto da Cambridge Analytica.
As informações e dados de usuários tem, de fato, um notável valor. observa-se como dispor de tais informações pode, por exemplo, influenciar uma campanha presidencial e seu resultado, fazendo uso destas para bombardear os usuários (que tiveram seus dados coletados) de propagandas e fake news para que eles pendessem para votar em um candidato específico.
QUESTÃO
O estado de constante busca pela evolução e desenvolvimento por parte da humanidade é imprescindível, haja vista que se mantém num eterno ciclo de aprendizado, onde procuram as melhores formas de suprirem suas demandas. E fora esse constante estado de transformação que culminou no estado atual em que a sociedade se encontra - cada vez mais conectada, interativa e com um meio de comunicação constante e de velocidade absurda – onde Oos indivíduos são bombardeados por informações em um espaço de tempo ínfimo, sendo mais acessíveis e interativos: os sistemas de comunicação virtuais.
Tal meio tornou-se tão primordial e fundamental em nosso cotidiano que diariamente surgem novas formas de meio de uso onde fazemos ainda mais uso dele, mesmo que nos feitos mais simples.
De acordo com Pierre Lévy (1996, p.15)
O virtual permite a existência legítima do estar não-presente. Do manisfestar-se por intermédio de sistemas de comunicação telemática através de encontros móveis e transitórios de mensagens, com a desconexão em relação a um meio particular, com diversos meios de registro e transmissão oral, escrita e audiovisual em redes digitais.
Diante disso, em consonância com a eterna mutação da sociedade, o Direito – que também jamais fora uma ciência estática – busca a evolução e desenvolvimento para acompanhar o passo da própria sociedade, buscando se adaptar continuamente para encaixar-se de acordo com o seu ambiente social e momento de aplicação. 
Dentre essas singulares mudanças, a existência desse novo meio – agora, primordial em nosso cotidiano em que há uma comunicação em tempo real e uma interatividade em nível mundial, sustentando uma sociedade mundial, gera-se a necessidade de adequação da legislação para acompanhar esse avanço afim de não permitir que esse ponto da comunicação seja tragado para uma lacuna jurídica e se torne "uma terra sem leis".
Com o advindo dessa mudança tecnológica, houve um grande reflexo na sociedade como um todo, sendo ela social, comportamental e, consequentemente, jurídica. 
Esse novo meio de comunicação, torna-se, também, algo de grande valor no mercado, acarretando no chamado 'disrupção digital', influenciando companhias e indústrias a absorverem o novo modelo de negócio (que tem base na nova tecnologia) para acompanharem o ritmo e demanda mercadológica.
Com esse surgimento, veio a ele atrelado diversos questionamentos que não seriam respondidos se não fosse pelo direito digital: a questão de territorialidade no ambiente virtual, a fiscalização e legislação para negócios e relações nesse novo ambiente, manifestações de vontade e opinião nos meios eletrônicos e etc.
Sobre isso, versa Patrícia Peck (2009) que
O virtual permite a existência legítima do estar “não-presente”. Do manifestar-se por intermédio de sistemas de comunicação telemática através de encontros móveis e transitórios de mensagens, com a desconexão em relação a um meio particular, com diversos meios de registro e transmissão oral, escrita e audiovisual em redes digitais.
E acrescenta:
Se a Internet é um meio, como é o rádio, a televisão, o fax, o telefone, então não há que se falar em Direito de Internet, mas sim em um único Direito Digital cujo grande desafio é estar preparado para o desconhecido, seja aplicando velhas normas ou novas normas, mas com a capacidade de interpretar a realidade social e adequar a solução ao caso concreto na mesma velocidade das mudanças da sociedade.
Dentre seus infindos mecanismos de rede, há a "lógica de rede", onde há essa transição de informações e dados, conforme reconhece a Diretiva 2002/58 da Comunidade Europeia:
O desenvolvimento da sociedade da informação caracteriza-se pela introdução de novos serviços de comunicações electrónicas. O acesso a redes móveis digitais está disponível a custos razoáveis para um vasto público. Essas redes digitais têm grandes capacidades e possibilidades de tratamento de dados pessoais.
O mundo digital acaba por deixar as empresas - assim como pessoas - cada vez mais expostas à possibilidade serem atacadas virtualmente, o que chamamos de: cibercrime. A segurança da informação torna-se, então, uma chave fundamental para dirimir os riscos, principalmente os de vazamento de dados.
Entende-se como informação ou dado àquele que tenha valor para alguma organização ou pessoa - segurança de informação se mantém sob alguns principais pilares: confidencialidade, integralidade, disponibilidade, autenticidade e não repúdio.
A Segurança da Informação torna-se, então, um instrumento imprescindível para que haja a proteção de seus dados e informações, haja vista que, com esse novo meio de comunicação e uso, ampliou o leque de dados e informações sobre cada cidadão e empresa, em um meio que está sujeito à ataques externos e internos. Diante desse constante fluxo de informação de seus usuários, exige-se uma maior proteção aos seus dados, evitando a potencialização de riscos online, afinal, o desenvolvimento tecnológico não pode colocar em risco ou promover a violação do direito à privacidade.
REFERÊNCIAS
GHISI, Silvano; PEZZELLA, Maria Cristina C. Privacidade na Sociedade da Informação e o Direito à “Invisibilidade” nos Espaços Públicos. Disponível em:<https://editora.unoesc.edu.br/index.php/uils/article/viewFile/4042/2173>. Acesso em: 17/11/2018.
LÉVY, Pierre. O que é o virtual? São Paulo.1996.
PECK, Patrícia Pinheiro. Direito Digital: em defesa do mundo virtual. Fevereiro, 2009. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2901> . Acesso em 15/11/2018.

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