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DETERMINAÇÃO DE FERRO POR TITULAÇÃO POTENCIOMÉTRICA DE OXI-REDUÇÃO Disciplina: Análise Instrumental Experimental Profª: Fernanda Veronesi Alunas: Gabriela de Souza e Priscila Ribeiro Março de 2017 I.Dados: Massa molar do Sal de Mohr: 392,14 g/mol Massa molar do Dicromato de Potássio: 294,185 g/mol Massa molar do Sulfato Ferroso: 151,91 g/mol Massa molar do Ferro: 55,85 g/mol Solução padrão de dicromato de potássio: 0,015 mol/L ; 4,4127 g/L Concentração de Sulfato Ferroso dada na embalagem do xarope: 25 mg/mL Massa de Ferro dada na embalagem do xarope Sulferbel: 5 mg Figura 2: Sistema de titulação potenciométrica de oxidação-redução Figura 1: Embalagem do Xarope Sulferbel II.Cálculos: Valor experimental da concentração de Ferro no sal de Mohr em presença de H2SO4 98%: V1 = 11,71 mL V2 =10,90 mL V3 = 11,26 mL Vmédio = 11,29 mL 1 x CFe x 10 mL(alíquota) = 6 x 0,015 x 11,29 CFe = 0,1016 mol/L Porcentagem teórica de Fe no sal de Mohr: 392,14 g/mol do sal ---------------- 100% 55,85 g/mol de Fe ------------------ X X = 14,24 % (m/m) Porcentagem experimental de Fe no sal de Mohr: nº moles de Fe2+ na alíquota = nalíquota = Valíquota x CFe nalíquota = 10,00 mL x 0,1016 M nalíquota = 1,016 mmols 10,00 mL --------- 1,016 x 10-3 mol 100,0 mL ------------ y Y = 1,016 x 10-2 mol de Fe na solução massa de Ferro no sal de Mohr = mFe = ntotal x PM Fe mFe = 1,016 x 10-2 mol x 55,85 g/mol mFe = 0,5674 g 3,9392 g (massa do Sal de Mohr) ------------- 0,5674 g (massa de ferro) 100 % ----------------------- X’ X’ = 14,40 % (m/m) Pureza do Sal de Mohr: Pureza = Pexperimental x 100 = X’ x 100 = 14,40 x 100 = 101,12% Pteórico X 14,24 Valor experimental da concentração de Fe no sal de Mohr na presença de H2SO4 95% e H3PO4 85%: V1 = 11,20 mL V2 =11,10 mL V3 = 11,20 mL Vmédio = 11,17 mL 1 x CFe x 10 mL(alíquota) = 6 X 0,015 x 11,17 CFe = 0,1005 mol/L Porcentagem experimental de Fe no Sal de Mohr: nº moles de Fe2+ na alíquota = nalíquota = Valíquota x CFe nalíquota = 10,00 mL x 0,1005 M nalíquota = 1,005 mmols 10,00 mL --------- 1,005 x 10-3 mol 100,0 mL ------------ y Y = 1,005 x 10-2 mol de Ferro na solução massa de Fe no sal de Mohr = mFe = ntotal x PM Fe mFe = 1,005 x 10-2 mol x 55,85 g/mol mFe = 0,5613 g 3,9392 g (massa do Sal de Mohr) ------------- 0,5613 g (massa de ferro) 100 % ----------------------- X’ X’ = 14,25 % (m/m) Pureza do Sal de Mohr: Pureza = Pexperimental x 100 = X’ x 100 = 14,25 x 100 = 100% Pteórico X 14,24 Cálculo da alíquota de xarope utilizada: Da reação: 6 Fe+2 + Cr2O7= + 14H+ → 6 Fe+3 + 2 Cr+3 + 7 H2O Tem-se uma estequiometria de 6 Cr2O7= para 1 Fe+2 Em 10 mL de solução de dicromato tem-se 0,9 mmols (6 x 0,015 x 10) Dos dados acima: 151,91 g de FeSO4 -------- 55,85 g de Fe+2 25 g de FeSO4 -------- x X = 9,1913 g de Fe+2 1 mol de Fe+2 --------- 55,85 g Y ---------------- 9,1913 g Y = 0,1650 mol 0,1650 mol de Fe+2 ------- 100 mL 0,9 x 10-3 mol de Fe+2----- z Z = 5,47 mL Valor experimental da concentração de Fe no xarope Sulferbel: V1 = 8,20 mL V2 = 8,10 mL V3 = 8,20 mL Vmédio = 8,17 mL 1 x CFe x 5 mL(alíquota) = 6 X 0,015 x 8,17 CFe = 0,1471 mol/L Valor experimental do teor de Fe no xarope em mg/mL (TFe): TFe = CFe x PM Fe TFe =0,1471 mol/L x 55,85 g/mol TFe = 8,21 g/L = 8,21 mg/mL Valor experimental do erro relativo do teor de Fe no xarope (Erel); Erel = Vexp - Vteo x 100 = 8,21 mg/mL (valor exp.) – 5 mg/mL (valor teórico) x 100 Vteo 5 mg/mL (valor teórico) Ep = 64,20% III.Resultados e Discussão: III.I Titulação Definitiva em presença de H2SO4 98% Os valores de potencial medidos para cada incremento de volume de titulante e o correspondente gráfico encontram-se a seguir. Volume (mL) Potencial (mV) 0 442 1 505 2 531 3 545 4 559 5 569 6 580 7 590 8 601 9 617 10 641 10,2 648 10,4 658 Volume (mL) Potencial (mV) 10,6 667 10,8 681 11 712 11,2 847 11,4 867 11,6 868 11,8 904 12 918 12,2 920 12,4 932 12,6 937 12,8 943 13 948 Tabela 1: Potenciais medidos para cada mL de titulante adicionado Gráfico 1: Curva E x Vtit da titulação de Fe(II) com K2Cr2O7. Para melhor determinação do ponto de equivalência, traçou-se o gráfico da primeira derivada e da segunda derivada da curva de titulação. O volume correspondente ao ponto de equivalência deve representar um ponto de máximo ou mínimo na primeira derivada e um ponto onde a curva corta o eixo x ( ou seja, ² E / V²= 0) na segunda derivada. Para a construção do gráfico da primeira derivada, usou-se cada par de volumes e potenciais consecutivos dentre os que constam na Tabela 1. Os volumes são a média do par considerado. Para a derivada segunda, esse processo foi aplicado aos dados da primeira derivada. Vm1(mL) E / V 0 0 0,5 63 1,5 26 2,5 14 3,5 14 4,5 10 5,5 11 6,5 10 7,5 11 8,5 16 9,5 24 10,1 35 10,3 50 Vm1(mL) E /V 10,5 45 10,7 70 10,9 155 11,1 675 11,3 100 11,5 5 11,7 180 11,9 70 12,1 10 12,3 60 12,5 25 12,7 30 12,9 25 Tabela 2: Dados da primeira derivada da curva de titulação. Gráfico 2: Primeira derivada da curva de titulação. Vm2(mL) ² E /V² 0 0 0,25 126 1 -37 2 -12 3 0 4 -4 5 1 6 -1 7 1 8 5 9 8 9,8 18 10,2 75 10,4 -25 10,6 125 10,8 425 11 2600 11,2 -2875 11,4 -475 11,6 875 11,8 -550 12 -300 12,2 250 12,4 -175 12,6 25 12,8 -25 Tabela 3: Dados da segunda derivada da curva de titulação. Gráfico 3: Segunda derivada da curva de titulação. A partir da análise das derivadas, pode-se estimar o ponto de equivalência em 11,2mL, com a média dos valores correspondentes ao volume no ponto estequiométrico obtido nas 2 curvas de titulação ,primeira e segunda derivada. Os potenciais medidos são relacionados ao potencial do eletrodo de referência Ag/AgCl (E0 = +0,197 V). Para essa técnica não são importantes os valores absolutos de potencial, mas sim a variação deles ao decorrer da titulação. III.II Titulação em presença de H2SO4 98% e H3PO4 85% Volume(mL) Potencial(mV) 0 397 1 412 2 421 3 432 4 440 5 447 6 456 7 465 8 477 9 491 10 514 10,2 518 10,4 524 10,6 537 10,8 548 11 569 Volume (mL) Potencial(mV) 11,2 639 11,4 763 11,6 818 11,8 852 12 875 12,2 890 12,4 905 12,6 915 12,8 924 13 931 14 942 15 950 16 952 17 959 18 962 Tabela 4: Potenciais medidos para cada mL de titulante adicionado Gráfico 4 : Curva E x Vtit da titulação de Fe(II) com K2Cr2O7 em presença de H2SO4 e H3PO4 Vm1(mL) E / V 0 0 0,5 15 1,5 9 2,5 11 3,5 8 4,5 7 5,5 9 6,5 9 7,5 12 8,5 14 9,5 23 10,1 20 10,3 30 10,5 65 10,7 55 Vm1(mL) E / V 10,9 105 11,1 350 11,3 620 11,5 275 11,7 170 11,9 115 12,1 75 12,3 75 12,5 50 12,7 45 12,9 35 13,5 11 14,5 8 15,5 2 16,5 7 17,5 3 Tabela 5: Dados da primeira derivada da curva de titulação de Fe(II) com K2Cr2O7 em presença de H2SO4 e H3PO4 Gráfico 5: Primeira derivada da curva de titulação em presença de H2SO4 e H3PO4 Vm2(mL) ² E/V² 0 0 0,25 30 1 -6 2 2 3 -3 4 -1 5 2 6 0 7 3 8 2 9 9 9,8 -5 10,2 50 10,4 175 10,6 -50 Vm2(mL) ² E/V² 10,8 250 11 1225 11,2 1350 11,4 -1725 11,6 -525 11,8 -275 12 -200 12,2 -3,3E-12 12,4 -125 12,6 -25 12,8 -50 13,2 -40 14 -3 15 -6 16 5 17 -4 Tabela 6: Dados da segunda derivada da curva de titulação de Fe(II) com K2Cr2O7 em presença de H2SO4 e H3PO4 Gráfico 6: Segunda Derivada da curva de titulação em presença de H2SO4 e H3PO4 III.III Determinação de Ferro na amostra de xarope de sulfato ferroso Volume (mL) Potencial (mV) 0 445 1 473 2 490 3 509 4 523 5 533 6 551 6,2 557 6,4 556 6,6 563 6,8 568 7 575 Volume (mL) Potencial (mV) 7,2 580 7,4 587 7,6 598 7,8 611 8 628 8,2 662 8,4 766 8,6 838 8,8 873 9 888 10 933 11 964 12 975 13 991 14 1000 Gráfico 7: Curva E x Vtit da titulação do xarope Sulferbel Vm1(mL) E / V 0 0 0,5 28 1,5 17 2,5 19 3,5 14 4,5 10 5,5 18 6,1 30 6,3 -5 6,5 35 6,7 25 6,9 35 7,1 25 Vm1(mL) E / V 7,3 35 7,5 55 7,7 65 7,9 85 8,1 170 8,3 520 8,5 360 8,7 175 8,9 75 9,5 45 10,5 31 11,5 11 12,5 16 13,5 9 Tabela 8: Dados da primeira derivada da curva de titulação. Gráfico 8: Titulação Definitiva do Xarope - Primeira Derivada Vm2(mL) ² E/V² 0 0 0,25 56 1 -11 2 2 3 -5 4 -4 5 8 5,8 20 6,2 -175 6,4 200 6,6 -50 6,8 50 7 -50 Vm2(mL) ² E/V² 7,2 50 7,4 100 7,6 50 7,8 100 8 425 8,2 1750 8,4 -800 8,6 -925 8,8 -500 9,2 -50 10 -14 11 -20 12 5 13 -7 Tabela 9: Dados da segunda derivada da curva de titulação. Gráfico 9: Titulação Definitiva do Xarope - Segunda Derivada IV.Conclusão: Durante a realização das titulações, o potenciômetro utilizado para realizar as medidas de potencial fornecia valores que oscilavam muito, ou seja, valores não muito precisos. As titulações realizadas para a padronização da solução de sal de Mohr, utilizando somente H2SO4 98% ou H2SO4 98% + H3PO4 85%, apresentaram os seguintes resultados: 0,1016M e 0,1005 M, respectivamente. Portanto, a diferença observada foi no algarismo de incerteza e no último algarismo significativo, considerando assim, os resultados praticamente iguais. O que houve de diferente entre essas titulações foi o potencial medido antes da adição de titulante, os quais foram 442 mV (H2SO4 98%) e 397 mV (H2SO4 98% + H3PO4 85%). Essa discrepância pode ser justificada pelo fato de que houve um aumento na concentração de íons H+, que irá favorecer a reação de oxidação do Fe(II), e consequentemente, da redução do Cr(IV) . Quanto à pureza do sal de Mohr utilizado nas experiências, obteve-se para as duas titulações 101,12% (H2SO4 98%) e 100,0% (H2SO4 98% + H3PO4 85%) de pureza. Como a solução de sal de Mohr foi preparada minutos antes dos experimentos, a pureza do sal foi preservada. Caso contrário, o grau de pureza seria menor, já que as impurezas seriam entendidas pela fácil tendência à oxidação de Fe(II) a Fe(III) quando essa espécie é exposta ao ar, ou contaminada com possíveis interferentes, etc. A respeito do xarope Sulferber, a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – RENAME – diz que a quantidade de Fe que deve estar presente no xarope de sulfato ferroso é de 5 mg/mL, porém, após a titulação do xarope e os respectivos cálculos, foi determinado que o xarope Sulferbel possui 8,21 mg de Fe/mL, não se encontrando nos padrões determinados pelo Ministério da Saúde. Cabe ressaltar que, em 1 mL de xarope, 25 mg de FeSO4 equivalem a 5 mg de Fe, se seguirmos a informação da própria embalagem do xarope .Acontece que considerando a estequiometria, 25 mg de FeSO4 equivalem a aproximadamente 9,2 mg de Fe. Diante disso, algumas revisões devem ser feitas quanto à composição do xarope. V. Referências Bibliográficas: Apostila de Análise Instrumental Experimental I-IQA 366 Ministério da Saúde, RENAME 2014 – Relação Nacional de Medicamentos Essenciais, 9ª edição, 2015. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/janeiro/13/Rename-2014.pdf, acesso em 23/03/2017, às 11h40min.
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