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Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Universidade Federal de Itajubá Instituto de Engenharia de Produção e Gestão Economia – 2º semestre 2018 Professor: Moisés Diniz Vassallo Tipos de Mercados Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo 6ª Aula 1. Concorrência Perfeita (Parte 1); 2. Monopólio (Parte 2); 3. Oligopólio (Parte 2); 4. Concorrência Monopolística (Parte 2). Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Introdução Nesta aula vamos ver alguns conceitos necessários para entender como a empresa alcança seus objetivos; Estes conceitos também nos ajudam a entender como se forma a oferta. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Tipos de Estrutura de Mercado Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo O significado da concorrência ❖Um mercado em concorrência perfeita (competitivo) tem as seguintes características: ❖ Existem muitos compradores e vendedores no mercado (atomização do mercado/mercado pulverizado). ❖ Os bem oferecido pelos vários vendedores é predominantemente o mesmo (homogêneo). ❖ Empresas podem entrar e sair do mercado livremente (livre mobilidade / livre entrada e livre saída) ❖ Existe perfeita informação entre os agentes econômicos (informação não tem custo) Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Como resultado dessas hipóteses, o mercado competitivo tem as seguintes características: ❖ As ações de qualquer vendedor no mercado têm um impacto negligenciável sobre o preço de mercado. ❖ Cada vendedor (e comprador) toma o preço do mercado como dado e ajusta seu comportamento ao de mercado. ❖ Agentes do mercado (compradores e vendedores) em mercados competitivos comportam-se como tomadores de preços. ❖ Logo, devem aceitar o preço determinado pelo mercado. O significado da concorrência Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo ❖Suponha que uma empresa queira vender acima do preço de mercado, achando que vai aumentar o seu lucro. O que ocorre? Não vende nada; os consumidores pulam imediatamente para outro ofertante, pois o produto é homogêneo e a informação é perfeita (não tem custo de procura). ❖Suponha o oposto, que o vendedor abaixa o preço para vender mais. Qual o resultado? Com informação circulando de forma livre seus competidores farão até o limite em que a produção não gere prejuízo. Sua estratégia não surte o efeito pretendido e todos passam a operar no limite, o qual chamaremos de equilíbrio de concorrência perfeita com lucro extraordinário zero. O significado da concorrência Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo O significado da concorrência: Lucro Normal ❖Um conceito fundamental para entendermos a inserção da empresa num mercado competitivo é o chamado “lucro normal”. ❖ Lucro normal é o retorno que um empresário pode esperar receber, em média, pelo risco de investir num empreendimento ou negócio. ❖Quanto o empresário espera receber pelo risco do empreendimento. ❖ O lucro normal do empresário faz parte do seu custo de produção, porque é o custo da alternativa que ele abdica para fazer a empresa funcionar. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo O significado da concorrência: Lucro Normal ❖O proprietário de uma empresa muitas vezes fornece sua capacidade empresarial – um fator de produção que organiza o negócio, toma decisões e assume todos os riscos da operação empresarial. ❖O retorno desta capacidade empresarial é o lucro, ou o retorno que ele espera receber, em média, pelo empreendimento que realizará e é chamado de lucro normal. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Contabilidade Econômica e Lucro Normal Item Quantia Receita Total $400.000 Custos Lã $80.000 Serviços Públicos $20.000 Salários Pagos $120.000 Pagamento do aluguel de equipamentos $5.000 Pagamento de juros bancários $5.000 Custos explícitos totais (1) $230.000 Salário do qual o proprietário abdica $40.000 Juros dos quais o proprietário abdica $20.000 Depreciação econômica $25.000 Lucro normal do proprietário (expectativa de ganho) $50.000 Custos implícitos totais (2) $135.000 Custo Total = (1) + (2) $365.000 Lucro Econômico (RT – CT) $35.000 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo A maximização do lucro de uma empresa competitiva O objetivo de uma empresa competitiva é maximizar o lucro. A empresa competitiva não pode escolher o preço que irá praticar então: Isto significa que a empresa buscará produzir a quantidade que maximiza a diferença entre a receita total e o custo total. Max LT escolhendo quantidade LT = f(Q) Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo O que significa maximizar o lucro para o planejador É um problema matemático com solução algébrica muito bem definida. ⚫ Encontra-se um ponto de ótimo utilizando recursos de cálculo básico. ⚫ Condição de primeira ordem para a determinação de um ponto de ótimo, seja ele um ponto de máximo ou mínimo: 1. Derivar a função lucro em relação a variável de escolha do empresário maximizador (preço ou quantidade); 2. O ponto no qual a derivada for igual a zero será um ponto de ótimo; 3. Se a segunda derivada neste ponto for negativa então estará num ponto de lucro máximo. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Função Lucro Representada geralmente pela letra grega 𝜋: 𝜋 = 𝑅𝑇 − 𝐶𝑇 𝜋 = 𝑃. 𝑄 − 𝑄. 𝐶𝑇𝑚𝑒 O empresário que maximiza o lucro pode resolver seu problema de maximização de lucro escolhendo 𝑃 ou 𝑄: Condições de primeira ordem: 𝜕𝜋 𝜕𝑃 = 0 ou 𝜕𝜋 𝜕𝑄 = 0 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo No caso da concorrência perfeita 𝜋= RT - CT 𝜋 = lucro total RT = receita total CT = custo total Preço é dado pelo mercado. Empresários são tomadores de preço. Portanto resta-lhe maximizar seu lucro escolhendo 𝑄 Δ𝑅𝑇 ΔQ = 𝑑𝑅𝑇 𝑑𝑄 = 𝑅𝑚𝑔 Δ𝐶𝑇 ΔQ = 𝑑𝐶𝑇 𝑑𝑄 = 𝐶𝑚𝑔 CPO: Δ𝜋 Δ𝑄 = Δ𝑅𝑇 Δ𝑄 − Δ𝐶𝑇 Δ𝑄 = 0 Δ𝜋 Δ𝑄 = 𝑅𝑚𝑔 − 𝐶𝑚𝑔 = 0 𝑅𝑚𝑔 = 𝐶𝑚𝑔 CSO: 𝜕2𝜋 𝜕𝑄2 < 0 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Entendendo a oferta da empresa competitiva ▪ Analisar o comportamento da firma competitiva significa estudar como se forma sua oferta de produto; ▪ A regra de comportamento da firma para construir a oferta é a maximização de lucro; ▪ Isto significa buscar o nível de produto que torna maior a diferença entre a Receita Total e o Custo Total; ▪ Este nível de produto pode ser chamado de ponto de ótimo ou de equilíbrio; ▪Os custos já foram vistos: 𝐶𝑇, 𝐶𝑇𝑚𝑒, 𝐶𝑉, 𝐶𝑉𝑚𝑒, 𝐶𝑚𝑔, etc. Agora veremos a definição e o comportamento das receitas da empresa competitiva; ▪ Vamos lembrar que a empresa em concorrência perfeita pode produzir e vender o quanto quiser que ela não afetará o preço do mercado. Se dobrar a produção o preço praticado por ela será o mesmo. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo A Receita Total para uma empresa é o preço de venda (determinado pelo mercado) multiplicado pela quantidade vendida. RT = P . Q A Receita Total é diretamente proporcional à quantidade vendida. Receita Total de uma empresa competitiva Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Receita Média de uma empresa competitiva A Receita média (Rme) é a receita que a empresa recebe pela venda de uma unidade padrão do bem. Em qualquer mercado (vale também para a concorrência) a receita média é igual ao preço do bem. Receita Total Receita Média= Quantidade (Preço Quantidade) = Quantidade =Preço Economia– 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Receita Marginal de uma empresa competitiva A Receita Marginal é o acréscimo na receita total obtido com a venda de uma unidade adicional do produto. 𝑅𝑚𝑔 = Δ𝑅𝑇 Δ𝑄 Para empresas competitivas, a receita marginal é igual ao preço do bem. 𝑅𝑚𝑔 = Δ𝑅𝑇 Δ𝑄 = 𝑃 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Receitas total, média e marginal de uma empresa competitiva Quantidade (Q) Preço (P) Receita Total (RT=PxQ) Receita Média (RM=RT/Q) Receita Marginal (RMg=DR/DQ) 1 $6.00 $6.00 $6.00 $6.00 2 $6.00 $12.00 $6.00 $6.00 3 $6.00 $18.00 $6.00 $6.00 4 $6.00 $24.00 $6.00 $6.00 5 $6.00 $30.00 $6.00 $6.00 6 $6.00 $36.00 $6.00 $6.00 7 $6.00 $42.00 $6.00 $6.00 8 $6.00 $48.00 $6.00 $6.00 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Maximização do Lucro: Um Exemplo Numérico Preço (P) Quantidade (Q) Receita Total (RT=PxQ) Custo Total (CT) Lucro (RT-CT) Receita Marginal (RMg=Dr/Dq ) Custo Marginal CMg=DCT/DQ 0 $0.00 $3.00 $6.00 1 $6.00 $5.00 $6.00 2 $12.00 $8.00 $6.00 3 $18.00 $12.00 $6.00 4 $24.00 $17.00 $6.00 5 $30.00 $23.00 $6.00 6 $36.00 $30.00 $6.00 7 $42.00 $38.00 $6.00 8 $48.00 $47.00 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Maximização do Lucro: Um Exemplo Numérico Preço (P) Quantidade (Q) Receita Total (RT=PxQ) Custo Total (CT) Lucro (RT-CT) Receita Marginal (RMg=Dr/Dq ) Custo Marginal CMg=DCT/DQ 0 $0.00 $3.00 -$3.00 $6.00 1 $6.00 $5.00 $1.00 $6.00 $2.00 $6.00 2 $12.00 $8.00 $4.00 $6.00 $3.00 $6.00 3 $18.00 $12.00 $6.00 $6.00 $4.00 $6.00 4 $24.00 $17.00 $7.00 $6.00 $5.00 $6.00 5 $30.00 $23.00 $7.00 $6.00 $6.00 $6.00 6 $36.00 $30.00 $6.00 $6.00 $7.00 $6.00 7 $42.00 $38.00 $4.00 $6.00 $8.00 $6.00 8 $48.00 $47.00 $1.00 $6.00 $9.00 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo P = RM =RMg Quantidade0 CTM CVM QMAX A firma maximiniza o lucro ao produzir a quantidade para a qual o custo marginal é igual à receita marginal. Q1 Q2 Custos e Receitas CMg CMg2 P=RMg1 CMg1 Maximização do Lucro de uma empresa competitiva... Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Maximização do lucro de uma empresa competitiva Quando RMg > CMg é possível aumentar o lucro se a empresa aumentar Q Quando RMg < CMg é possível aumentar o lucro se empresa diminuir Q Quando RMg = CMg o lucro é máximo. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo A curva de custo marginal e a decisão de oferta da empresa... Quantidade0 CMg CTM CVM Q1 P1 P2 Q2 Esta seção da curva de CMg da empresa é também a curva de oferta de longo prazo da empresa. Custos e Receitas Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo A curva de custo marginal e a decisão de oferta da empresa... Quantidade0 CMg CTM CVM Q1 P1 P2 Q2 Esta seção da curva de CMg da empresa é também a curva de oferta de curto prazo da empresa. Custos e Receitas Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Três possibilidades de lucro no curto prazo No curto prazo, a empresa pode ter lucro econômico zero (lucro normal), obter lucro econômico ou incorrer em perda econômica. ❖ Se o preço é igual ao custo total médio mínimo, a empresa obtém lucro econômico zero (a); ❖ Se o preço excede o custo total médio da produção maximizadora de lucro, a empresa obtém um lucro econômico igual à área do retângulo cinza (b); ❖ Se o preço é menor que o custo total médio mínimo, a empresa incorre em uma perda econômica igual à área do retângulo cinza (c). Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Três possibilidades de lucro no curto prazo (a) Lucro nulo ou normal Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo (b) Lucro econômico Três possibilidades de lucro no curto prazo Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo (c) Perda econômica Três possibilidades de lucro no curto prazo Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Curva de oferta de uma empresa Shutdown point Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo A decisão da empresa de suspender as atividades no curto prazo ❖A paralisação da produção é uma decisão de curto prazo em decorrência da qual a empresa deixa de produzir durante um período de tempo específico, devido às condições do mercado. ❖A saída definitiva é uma decisão de longo prazo e implica em deixar o mercado. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo A decisão da empresa de suspender suas atividades no curto prazo Quando a firma decide paralisar a produção, está ignorando seus custos fixos, que no curto prazo são irrecuperáveis. ❖ Custos irrecuperáveis são custos que já foram feitos e não podem ser mais recuperados. ❖ No curto prazo alguns fatores de produção são fixos. ❖ A empresa paralisa temporariamente a produção se a receita que pode obter com a produção é menor que o seu custo variável: Paralisação se RT < CV = Paralisação se RT/Q < CV/Q = Paralisação se P < CVM Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo O que ocorre quando o preço é maior que o 𝐶𝑉𝑚𝑒, mas menor que o 𝐶𝑇𝑀? Paralisa ou continua operando? ❖ Continua operando porque neste caso a 𝑅𝑇 estará cobrindo todo o 𝐶𝑉 e mais uma parte do 𝐶𝐹. ❖ Ou seja, a empresa estará recuperando parte dos custos fixos e pagando os custos variáveis. A decisão da empresa de suspender suas atividades no curto prazo Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Quantidade CTM CVM 0 Custos CMg Se P > CTM, continuar produzindo com lucro Curva de oferta da empresa no curto prazo. Se P > CVM continuar produzindo no curto prazo Se P<CVM paralisar O segmento da curva de custo marginal que situa-se acima do custo variável médio é a curva de oferta de curto prazo da empresa competitiva. A decisão da empresa de suspender suas atividades no curto prazo Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo A decisão da empresa de entrar ou sair da indústria no longo prazo ❖No longo prazo, a empresa sai se a receita que obteria com a produção é menor que seu custo total. Sai se RT < CT Sai se RT/Q < CT/Q Sai P < CTM ❖Uma empresa entrará na indústria se a operação for lucrativa. Entrar se 𝑅𝑇 ≥ 𝐶𝑇 Entrar se 𝑅𝑇/𝑄 ≥ 𝐶𝑇/𝑄 ou se 𝑃 ≥ 𝐶𝑇𝑀 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Longo prazo ❖Se empresas são rentáveis (lucros positivos), varias empresas vão querer entrar no longo prazo. ❖No final do processo de entrada e saída, as empresas que permanecem no mercado não terão lucro econômico. ❖𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 = 𝑝 – 𝐶𝑚𝑒 .𝑄 ❖Em concorrência perfeita teremos: 𝑃 = 𝐶𝑚𝑒 = 𝐶𝑚𝑔 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Exercícios Quais das seguintes expressões estão corretas para uma firma que opera em um mercado de competição perfeita? A. Receita Marginal = (Variação na Receita Total)/(Quantidade de produto) B. Custo Médio = Custo Variável Total / Q C. Lucro = (Quantidade de produto) x (Preço – Custo Médio Total) Resposta: C Quando uma firma competitiva triplica Q: a. O Lucro deve crescer b. A Receita Média triplica. c. A Receita Marginal triplica. d. A receita total triplica. Resposta: d Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Exercícios Livre entrada no mercado significa: a. Não há custo para entrar num mercado. b. Não há barreiras legais que previnem a empresade entrar na indústria. c. O custo marginal da empresa é zero. d. A Firma não tem custos fixos no curto prazo. Respostas: B Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Relembrando o Curto Prazo ❖Curto prazo: empresa tem a restrição de variar a produção com pelo menos um fator de produção fixo. ❖Em termos do mercado em concorrência perfeita significa dizer que o número de empresas é fixo. ❖A empresa maximiza o lucro: 𝑅𝑚𝑔 = 𝐶𝑚𝑔, o que em concorrência significa 𝑃 = 𝑅𝑚𝑔 = 𝐶𝑚𝑔. ❖Em curto prazo a firma pode ainda ter as seguintes situações quando ao lucro: lucro / prejuízo / paralisação. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo 9 10 25 CTMe Quantidade Preço, custos 20,33 15 30 CMg RMg Lucro Econômico Lucro Econômico ❖ Se o preço excede o custo total médio da firma maximizadora de lucro, a empresa obtém um lucro econômico igual à área do retângulo indicado na figura. As possibilidades de lucro no curto prazo: oferta Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Perda econômica As possibilidades de lucro no curto prazo: oferta 7 10 25 CTMe Quantidade Preço, custos 20,14 17 30 CMg RMg Perda Econômica Se o preço é menor que o custo total médio mínimo, a empresa incorre em uma perda econômica igual à área do retângulo indicado na figura Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo A empresa e o mercado competitivo em longo prazo ❖Empresa: pode fazer variar sua produção utilizando qualquer fator de produção. Não há insumo fixo de produção (logo não há custo fixo, só há custo variável médio). ❖Mercado: o número de firmas não é fixo, existe livre mobilidade, onde elas podem entrar e sair, pois não existem barreiras para isto. ❖A cada momento de análise estamos no curto prazo. Assim o que determinará a entrada e saída de empresas será a atratividade (lucro) ou uma situação de prejuízo pelas firmas no mercado. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo A curva de oferta no longo prazo da empresa competitiva Quantidade CMg= Oferta de longo prazo 𝐶𝑇𝑀 = 𝐶𝑉𝑀𝐿𝑃 0 Custos A empresa fecha se 𝑃 < (𝐶𝑉𝑀𝐿𝑃 = 𝐶𝑇𝑀) A empresa entra se P>CTM Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo A curva de oferta no longo prazo da empresa competitiva Quantidade CMg 𝑪𝑻𝑴 = 𝑪𝑽𝑴𝑳𝑷 𝑪𝑽𝑴𝑪𝑷 0 Custos Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo As curvas de oferta de curto prazo e longo prazo da firma ❖Curva de Oferta no Curto Prazo ➢ É a parte da curva de custo marginal situada acima da curva de custo variável médio de curto prazo. ❖Curva de Oferta no Longo Prazo ➢ É a parte da curva de custo marginal acima do ponto mínimo da curva de custo total médio ou curva de custo variável médio de longo prazo. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Lucro Q Quantidade0 Preço P = RM = RMg CTMCMg P CTM Quantidade que maximiza o lucro a. Uma empresa com lucros Lucro da empresa competitiva no longo prazo Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Prejuízo Quantidade0 Preço P = RM = RMg CTMCMg P Q Quantidade que minimiza o prejuízo b. Uma firma com prejuízos CTM Lucro da empresa competitiva no longo prazo Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo O curto prazo: oferta de mercado com um número fixo de empresas ❖Para qualquer preço dado, cada empresa oferta a quantidade com a qual seu custo marginal é igual ao preço. ❖A curva de oferta do mercado corresponde a soma horizontal das curvas de custo marginal das empresas individuais. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo (a) Oferta de uma empresa=Cmg (b) Oferta de mercado=Soma (Q empresas) Quantidade (empresa) 0 Preço CMg 1.00 $2.00 100 200 $2.00 Quantidade (mercado) Preço 0 Oferta 1.00 100.000 200.000 O curto prazo: oferta de mercado com um número fixo de empresas Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo O longo prazo: oferta de mercado com livre entrada e saída ❖As empresas entram e saem do mercado até que o lucro econômico seja levado a zero. ❖Novas empresas vão entrar e para que haja equilíbrio no mercado o preço do produto irá baixar até o limite de lucro econômico zero. ❖No longo prazo, o preço é igual ao custo total médio mínimo. ❖A curva de oferta do mercado no longo prazo a este preço é horizontal. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo O Longo Prazo: Oferta de Mercado com Entrada e Saída (a) Condição de lucro zero para a firma Quantidade (empresa) 0 Preço 𝑃 = 𝐶𝑇𝑀 mínimo (b) Oferta de Mercado Quantidade (mercado) Preço 0 Oferta CMg CTM Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo O longo prazo: oferta de mercado com entrada e saída ❖No final do processo de entrada e saída, as empresas que permanecem devem estar realizando lucro econômico zero. ❖O processo de “entrada e saída” apenas termina quando o preço e custo total médio são levados a igualdade. ❖O equilíbrio de longo prazo deve ter empresas operando na suas escalas eficientes. Ter lucro econômico zero não significa que o investidor não terá retorno sobre o capital investido. Lembre-se do conceito de lucro econômico que já considera os custos de oportunidade e uma remuneração pelo risco do investimento! Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Porque as empresas competitivas permanecem no mercado se seu lucro é zero? ❖Lucro = receita total menos o custo total. ❖Custo total: inclui todos os custos de oportunidade de uma empresa. ❖No equilíbrio de lucro zero, a receita da empresa remunera os proprietários pelo tempo e dinheiro que eles gastaram para manter os negócios em atividade. ❖Logo o lucro econômico é que é nulo, mas o lucro contábil será positivo. Lucros econômicos positivos serão também chamados de lucro extraordinário e só serão possíveis em mercados menos competitivos. Onde o investidor possui algum “poder de mercado”. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE/MJ) é uma autarquia que compõe, junto com a Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE/MF) e a Secretaria de Direito Econômico (SDE/MJ), o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC). Enquanto às secretarias cabe o papel de instruir os atos de concentração e de investigar possíveis ilícitos concorrenciais, ao CADE cabe o julgamento dos processos. Importante destacar que, nos atos de concentração envolvendo mercados regulados a instrução fica a cargo da Agência Reguladora (Anatel, Aneel, ANAC, ANTT, ANA, ANP...), que, assim como fariam as secretarias, envia um parecer ao CADE, para que o Conselho analise a operação. Estimula equilíbrios competitivos mesmo em mercados onde a concorrência não se formou naturalmente com o mercado. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Porque as empresas competitivas permanecem no mercado se seu lucro é zero? ❖Suponha que um engenheiro decida abrir um estabelecimento. ❖Conta com R$ 1 milhão que vai investir, que lhe dá uma renda anual R$ 120.000 no banco. ❖Como engenheiro teria uma renda anual de R$ 60.000. ❖A receita total que ele tiver com o empreendimento deve cobrir todos os custos, inclusive os $ 180.000 de que abriu mão para investir. Se o estabelecimento tiver um risco associado deverá ainda pagar um prêmio por este risco. ❖No equilíbrio de longo prazo o lucro econômico será nulo, mas não o lucrocontábil que será positivo. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Deslocamento na demanda no curto prazo ❖Um aumento na demanda eleva o preço e quantidade no curto prazo. ❖As empresas ganham lucros econômicos porque o preço passa a exceder o custo total médio. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo MercadoEmpresa Quantidade (empresa) 0 Preço CMg CTM P1 Quantidade (mercado) Preço 0 D1 P1 Q1 A S1 Oferta de Longo Prazo (a) Condição Inicial P Um aumento na demanda no curto prazo Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo D2 MercadoEmpresa Quantidade (empresa) 0 Preço CMg CTM P1 Quantidade (mercado) Preço 0 D1 P1 Q1 A S1 Oferta no longo prazo (b) Reação no curto prazo Q2 B P2 P2 Lucro Um aumento na demanda no curto prazo Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo MercadoEmpresa Quantidade (empresa) 0 Preço CMg CTM P1 Quantidade (mercado) Preço 0 D1 P1 Q1 A S1 Oferta no Longo prazo D2 B Q2 P2 S2 C Q3 Resposta da Oferta de Longo Prazo para um aumento na demanda Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo 1. Aumento do número de empresas 2. Aumento da quantidade de equilibrio 3. Estabilidade dos preços Um aumento na demanda no curto prazo Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Curva de Oferta de Longo Prazo Por que a Curva de Oferta de Longo Prazo pode ter inclinação positiva?? ❖Alguns recursos usados na produção podem estar disponíveis apenas em quantidades limitadas (recursos naturais exauríveis). ❖As empresas podem ter diferentes custos de produção (novos entrantes têm maiores custos). Neste caso, o preço reflete o custo médio total da empresa marginal* * A empresa marginal é identificada como a primeira a sair do mercado se o preço sofrer uma redução. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Curva de Oferta de Longo Prazo De qualquer forma, Como as empresas podem entrar e sair livremente do mercado no longo prazo, a curva de oferta de longo prazo é tipicamente mais elástica do que a curva de oferta de curto prazo. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Exercícios 1. Sobre o quadro acima, pergunta-se: a) Qual é a quantidade que maximiza lucros? b) Qual é o lucro no ponto de máximo? c) Se o custo marginal no ponto de máximo cair para $5, o que a empresa deve fazer? Quantidade Receita Total Custo Total 0 $0 $10 1 9 14 2 18 19 3 27 25 4 36 32 5 45 40 6 54 49 7 63 59 8 72 70 9 81 82 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Exercícios 2. Sobre o gráfico, o que acontece quando o preço aumenta de P2 para P3? a. Custo marginal excede receita marginal na produção Q2. b. Se a empresa produz Q3, ela ganhará lucro positivo. c. Expandindo a produção para Q4 levaria a empresa a prejuízos. d. A empresa poderia aumentar lucros reduzindo a quantidade de Q3 para Q2. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Exercícios 3. Uma firma que maximiza lucros em um mercado competitivo consegue vender seus produtos por $7. No seu nível de produção, o custo total médio é de $10. A curva de custo marginal intercepta a curva de receita marginal no nível de produção de 9 unidades. Neste caso, assinale a afirmação correta sobre a firma: a. Possui lucro de mais de $27. b. Possui lucro de exatamente $27 c. Possui prejuízo de mais de $27. d. Possui prejuízo de exatamente $27. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Exercícios 4. Susana pediu demissão como professora, recebia $36.000 por ano, para começar um empreendimento novo. Ela investiu $12.000 de sua poupança (que pagava 10% de juros no ano) e pegou um crédito no banco de $12,000 com juros de 10% a.a.. Todo o investimento foi feito em equipamentos. Ela gasta $1.000 por mês em matéria-prima e outros custos variáveis. A sua receita mensal é de $3.500. Responda: a. No curto prazo, Susana deve paralisar as atividades e no longo-prazo sair da indústria. b. No curto prazo, Susana deve continuar operando, mas no longo-prazo ela vai enfrentar concorrência de novos entrantes. c. No curto prazo, Susana deve continuar operando. No longo-prazo, este mercado está em equilíbrio. d. No curto prazo, Susana deve continuar operando, mas no longo-prazo deve sair da indústria. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Exercícios ❖Respostas: ❖1. 5 ou 6; 5; Aumentar a produção ❖2. C ❖3. D ❖4. D Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Leituras da Aula Mankiw. Introdução à Economia. 6ª ed. Capítulo 14. Krugman e Wells. Introdução à Economia. 3ª ed. Capítulos 13;
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