Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Universidade Federal de Itajubá Instituto de Engenharia de Produção e Gestão Economia – 2º semestre 2018 Professor: Moisés Diniz Vassallo Macroeconomia – Renda Nacional Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo 10ª Aula 1. Teoria Macroeconômica; 2. Fluxo circular da renda e identidades; 3. Cálculo do PIB; 4. Os componentes do PIB; 5. Deflator do PIB (nominal vs real); 6. PIB e Bem-Estar Econômico; 7. Crescimento econômico. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo 1. Teoria Macroeconômica Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Economia: Uma ciência social aplicada ✓Faz uso de aparato matemático e estatístico, mas não possui a exatidão de relações determinísticas como na matemática e na física. ✓Interage com outras ciências: matemática, estatística, física, direito, sociologia, geografia, ciência política, entre outras; ✓Objetivo central: Entender as relações dos agentes econômicos e suas repercussões; ✓Abordagens: equilíbrio parcial e equilíbrio geral. ✓Teoria Microeconômica sustenta a teoria Macroeconômica moderna. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo A Macroeconomia Análise dos agregados econômicos: 1. Nível geral de preços / Nível de produto; 2. Taxa de salários / Nível de emprego; 3. Taxa de Juros / Quantidade de moeda; 4. Preço de títulos / Quantidade de títulos; 5. Taxa de câmbio / Balança comercial. ⚫ Abordagem de equilíbrio geral na economia; ⚫ Termômetro da economia como um todo; ⚫ Políticas que afetam todos os setores; ⚫ País vs Resto do Mundo. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Agentes econômicos Dentro do país os principais agentes são: ➢Indivíduos (famílias) - Trabalham, recebem salários e rendimentos e consomem produtos finais ou poupam. Maximizam a utilidade; ➢Investidores - Investem e recebem renda do investimento. Maximizam o retorno alocando entre diversos tipos de investimento (formação de capital); ➢Produtores - Produzem, consomem fatores primários (trabalho, terra e capital) e insumos. Maximizam lucro = Minimizam custos; ➢Governo - Tributam e taxam. Retornam políticas de transferência e subsídios ou serviços públicos. Além disto é responsável pela regulação e manutenção das instituições. “Representam a sociedade e buscam maximizar o seu bem-estar”; Resto do mundo: ➢Setor externo - Consomem produtos nacionais e exportam para o país em questão (comércio internacional). Preferências de cada país. Turismo internacional. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Os agentes econômicos Agentes representativos; Agente médio (Micro) ou maioria dos agentes (Macro); Comportamentos que divergem massivamente implica na necessidade de busca por novas teorias. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Curso de Macroeconomia Contextualização: Mostrar aos alunos as relações entre oscilações macroeconômicas e agregados macroeconômicos usando teorias macroeconômicas Uso: Discutir as formas de se preparar para enfrentar diversos contextos econômicos Limitações: Discutir as incertezas que existem nas previsões macroeconômicas Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Algumas Escolas de Pensamento ⚫ Antes de 1930, predominava na economia o liberalismo (mão invisível), mercados se ajustam e geram equilíbrios de pleno emprego, Adam Smith (1795 – A Riqueza das Nações). Keynes (1936 - A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda): Não é natural o equilíbrio de pleno emprego. É necessária a intervenção do governo com políticas de monetárias e fiscais para ajustes na renda e no nível de emprego; Phillips (1958): Inflação proporcional ao nível de emprego. Era uma variável nominal afetando uma variável real, o nível de emprego; Novos Clássicos (1960, 70 e 80): Assumem que os agentes possuem expectativas racionais e não deixam que variáveis nominais afetem as variáveis reais. Novos Keynesianos: Base micro para explicar falhas de mercado. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Evolução Histórica da Macroeconomia ✓Década de 1930: Escola Keynesiana (surgimento da macroeconomia) ✓ Antes de 1930, predominava na economia o liberalismo (mão invisível), mercados se ajustam e geram equilíbrios de pleno emprego ✓ Depois de 1930 (crise de 29), evidência empírica contrária. John Maynard Keynes publica Teoria Geral do Emprego, do juro e da moeda (1936). Economias não convergiam para o pleno emprego, havendo oportunidade para ações governamentais (políticas econômicas) ✓ Décadas de 70 e 80: Expectativas Racionais (novos clássicos) ✓ Papel das expectativas no comportamento de agentes econômicos, racionalidade dos agentes; ✓Teoria neoclássica: Racionalidade do indivíduo da microeconomia que maximiza utilidade e lucro – agregação dos equilíbrios eficientes de cada mercado. ✓ Fim do século passado: pos-keynesianos, neo-ricardianos, institucionalistas. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Pauta Recente da Pesquisa em Macroeconomia Encontrar aplicações e soluções empiricamente associadas aos fundamentos que garantem a estabilidade e o raciocínio da teoria com base em fundamentos da microeconomia; Organizar o raciocínio da macroeconomia e sistematizá-lo aplicando-o empiricamente com análises macroeconométricas que muitas vezes são condicionada às diferentes expectativas acerca do comportamento futuro, por parte dos diversos agentes; Dificuldade de agregar os agentes de forma a produzirem resultados sistemáticos. Cada agregação pode ser válida em apenas uma situação; Dificuldade para produzir conhecimentos operacionalizáveis para a utilização na política econômica; Políticos muitas vezes não seguem a teoria correta ao definir a trajetória econômica de um país. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Fundamentos da Teoria e Política Macroeconômica •Estudo do comportamento agregado de consumidores e empresas •A hipótese básica é que os agentes econômicos se comportam de tal forma que existe uma relação estável entre as variáveis macroeconômicas •Se esta hipótese for verdadeira, segue-se que a política construída com base na teoria macroeconômica será eficaz Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Macroeconomia Para a definição de política macroeconômica divide-se a economia em cinco mercados: Mercado de bens e serviços: Define Produto Agregado e Preços Mercado de trabalho: Define salários e desemprego Mercado monetário: Define taxa de juros e quantidade de moeda Mercado de títulos (empréstimos): Define P e Q de títulos Mercado cambial: Define taxa de câmbio e volume de divisas Mercados Financeiros (monetário + títulos) Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Algumas Metas de Política Macroeconômica ✓Estabilidade de Preços: combate a inflação evitando os custos associados à inflação alta; ✓Crescimento e Desenvolvimento (indicadores sociais e econômicos); ✓Distribuição de Renda; ✓Alto Nível de Emprego; Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Meta de Política Macroeconômica 1. Estabilidade de Preços Inflação: • Aumento contínuo no nível geral de preços • Causa distorções (renda/expectativas) • Penaliza os mais pobres Tensões inflacionárias => tensões de custo Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Meta de Política Macroeconômica 2. Crescimento e Desenvolvimento Econômico Crescimento econômico é medido pelo crescimento da renda per capita, mas não significa que está melhorando o padrão de vida/bem- estar. Melhora padrão de vida / Desenvolvimento econ.social = aumento da renda per capita + Melhora de indicadores sociais Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Meta de Política Macroeconômica 3. Aumento e Distribuição de Renda Desenvolvimento gera demanda por mão-de-obra qualificada ou não que se torna escassa e passa a obter maiores ganhos; Diferenciação do Produto / Poder de Mercado / Monopólio estão associados a maior geração de riqueza; Avanço nos indicadores sociais como expectativa de vida, mortalidade, homicídios, escolaridade e outros; Os problemas de concentração de renda são minimizados se são dadas boas chances a todos e se verifica mobilidade dos indivíduos entre as classes sociais. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Meta de Política Macroeconômica 4. Alto Nível de Emprego Desemprego começou a gerar preocupações pós-1930; Gerou aprofundamento da análise de política econômica. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Instrumentos da Política Macroeconômica 1. Política Fiscal: Tributação e Gastos do Governo 2. Política Monetária: Fixação da taxa de juros, operações de open- market*, compulsório** e redesconto*** 3. Política Cambial e Comercial: Câmbio fixo ou flutuante, tarifas e restrições não tarifárias * Compra e venda de títulos públicos ** % sobre a retenção de bancos comerciais *** empréstimos do Bacen aos bancos comerciais Políticas para alcançar uma meta pode implicar em alterações de outra meta, por exemplo: Redução de desemprego pode aumentar inflação ➢ Envolve escolhas políticas ➢ Não há um único caminho Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo 2. Fluxo circular da renda e identidades Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Renda e Despesa da Economia Como medir desempenho econômico de um país ou região? O que um melhor desempenho econômico gera para um país? Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Renda e Despesa da Economia ➢Desempenho de uma economia / atividade produtiva normalmente medido por produção ou renda. ➢Países com rendas elevadas desfrutam de padrão de vida mais alto. ➢Contabilidade Nacional, renda = despesa: - Cada transação tem um comprador e um vendedor. - Cada real de despesa de um comprador é um real de renda para algum vendedor. Fluxo Circular da Renda Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo ➢Modelo visual da economia que mostra como o dinheiro circula, através dos mercados, entre famílias e empresas – modelo que explica, em termos gerais, como a economia se organiza – descreve todas as transações entre famílias e empresas em uma economia simples Fluxo Circular da Renda Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Agentes Econômicos responsáveis pela atividade econômica – Famílias – Empresas – Setor Público (Governo) – Setor Externo Fluxo Circular da Renda Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Famílias e empresas interagem em dois mercados – Mercado de bens e serviços • as famílias são compradoras e as empresas são vendedoras – Mercado de fatores de produção • as famílias são vendedoras e as empresas são compradoras Fluxo Circular da Renda Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Fatores de produção primários: Terra Trabalho Capital Remuneração: Aluguel Salário Retorno (lucro ou juros) Fluxo Circular da Renda Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Fluxo Circular da Renda (FCR) Renda vs Produto Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Processo de Produção Fatores de Produção Primários + insumos Produtos bens e serviços 1) Trabalho 2) Terra 3) Capital Terra, recursos minerais e naturais... Famílias Empresas Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Famílias Empresas Fatores de Produção Bens e Serviços Remuneração dos Fatores de Produção ($) Pagamento dos Bens e Serviços ($) Mercado de Bens e Serviços Mercado de Fatores de Produção Fluxo Circular da Renda Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Famílias Empresas Fatores de Produção $ Bens e Serviços (= PIB) Mercado de Bens e Serviços Mercado de Fatores de Produção Fluxo Circular da Renda Despesa (= PIB) Receita (= PIB) Renda (= PIB) Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Fluxo Circular da Renda uma Visão Mais Completa Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Geração de Identidades Econômicas Identidades: Igualdades, contas que se fecham: 1. Renda e Produto (Valor Adicionado); 2. Poupança Agregada / Investimento Agregado; 3. Balanço de pagamentos – Conta corrente com o resto do mundo; Y=C+I+G+(X-M) I=S+(T-G) Y=C+S+T+(X-M) Y= Renda; C=Consumo privado; I=Investimento; G=Consumo do governo; X=Exportações; M = Importações; S=Poupança; T=Impostos. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo 3. Cálculo do PIB Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Produto Interno Bruto O FCR propicia ótica para medir a atividade econômica: PIB Produto Interno Bruto (PIB) é uma medida da renda e despesa global de uma economia. É o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em um país em um dado período de tempo. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo O Cálculo do PIB O produto é medido a preços de mercado. Ele inclui bens tangíveis (alimentos, vestuários, automóveis,...) e serviços intangíveis (serviços domésticos, consultas médicas, etc.). Mede somente o valor dos 𝑛 bens finais, excluindo os bens intermediário (insumos). 𝑌 = 𝑃𝐼𝐵 = 𝑖=1 𝑛 𝑝𝑖𝑄𝑖 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo O Cálculo do PIB O PIB inclui bens e serviços produzidos no presente, excluindo as transações envolvendo bens produzidos no passado. O PIB mede o valor da produção dentro dos limites de um país. O PIB mede o valor de produção que ocorre em um determinado intervalo de tempo, normalmente um ano ou um trimestre. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Produto Interno Bruto O que é incluído no PIB? ✓O PIB incluí todos os itens produzidos em uma economia e vendidos legalmente no mercado final. O que não é incluído no PIB? O PIB exclui a maioria dos itens que são produzidos e consumidos domesticamente (autoconsumo) e nunca passam pelo mercado. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo TRIGO FARINHA PÃO Salários 15 20 15 Juros 2 5 5 Aluguel 5 5 10 Lucros 13 15 10 Valor adicionado 35 45 40 Insumo 0 35 80 PREÇO 35 80 120 Trigo + Farinha + Pão= 35 + 80 + 120 = 235 Qual o tamanho do PIB? Você realmente entendeu? Suponha que no seu país se verifique a produção de 1 de trigo que é utilizado para fazer 1 de Farinha e posteriormente 1 de pão: Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Como medir o desempenho econômico de uma economia? – observar a renda total gerada na economia • Produto Interno Bruto (PIB) Desempenho Econômico Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo 1. O que contribui mais para o PIB: a produção de um quilo de pão ou a produção de um quilo de caviar? Por quê? 2. Dez anos atrás, Paula gastou R$ 500 para formar sua coleção de discos. Hoje ela vendeu os discos em um bazar por R$ 100. Como é que esta venda afeta o PIB? Questões para Revisão Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Produto Interno Bruto (PIB) PIB é o valor de mercado de todos osbens e serviços finais produzidos em um país em dado período de tempo Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Suponha uma economia (hipotética): – sem governo – não realiza transações com o exterior – 4 setores, cada um deles com uma empresa • produção de sementes (setor 1) • produção de trigo (setor 2) • produção de farinha de trigo (setor 3) • produção de pão (setor 4) O problema da dupla contagem Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Setor Produto Valor Setor 1 Sementes R$ 500 Setor 2 Trigo R$ 1.500 Setor 3 Farinha R$ 2.100 Setor 4 Pães R$ 2.520 Valor Bruto da Produção R$ 6.620 valor de tudo que foi produzido, inclusive daquilo que foi utilizado como insumo na produção de outros bens (bens intermediários). Não é o valor do PIB! Exemplo 1 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Setor Produto Valor Valor Bruto da Produção R$ 6.620 Setor 1 Sementes (R$ 500) Setor 2 Trigo (R$ 1.500) Setor 3 Farinha (R$ 2.100) PIB R$ 2.520 (=) valor dos pães (bem final) Exemplo 1 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Setor (Preço – Custo Insumo) Valor Adicionado Setor 1 R$ 500 Setor 2 R$ 1.500 – R$ 500 R$ 1.000 Setor 3 R$ 2.100 – R$ 1.500 R$ 600 Setor 4 R$ 2.520 – R$ 2.100 R$ 420 PIB R$ 2.520 Exemplo 1 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo 1. A empresa do setor 1 produziu sementes no valor de R$ 500 e vendeu-as à empresa do setor 2 2. A empresa do setor 2 produziu trigo no valor de R$ 1.500 e vendeu à empresa do setor 3 uma parcela equivalente a R$ 1.000, ficando com uma quantidade de trigo no valor de R$ 500. 3. A empresa do setor 3 produziu farinha de trigo no valor de R$ 1.400 e vendeu-a à empresa do setor 4 4. A empresa do setor 4 produziu pães no valor de R$ 1.680 e vendeu-os aos consumidores finais Exemplo 2 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Setor Produto Valor Setor 1 Sementes R$ 500 Setor 2 Trigo R$ 1.500 Setor 3 Farinha R$ 1.400 Setor 4 Pães R$ 1.680 Valor Bruto da Produção R$ 5.080 valor de tudo que foi produzido, inclusive daquilo que foi utilizado como insumo na produção de outros bens (bens intermediários). Não é o valor do PIB! Exemplo 2 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo – as sementes foram consumidas na produção do trigo – parte do trigo foi consumido na produção da farinha – a farinha foi consumida na produção dos pães – restam os pães e parcela do trigo Exemplo 2 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo O trigo não é um bem final no nosso exemplo, mas sim, um bem intermediário – não é vendido in natura diretamente para os consumidores finais no nosso exemplo – apesar disso, a parte ainda não consumida deve ser contabilizada no valor do PIB • VARIAÇÃO DE ESTOQUES Exemplo: situação 2 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Setor Produto Valor Valor Bruto da Produção R$ 5.080 Setor 1 Sementes (R$ 500) Setor 2 Trigo (R$ 1.000) Setor 3 Farinha (R$ 1.400) PIB R$ 2.180 (=) valor dos pães (bem final) (+) valor de parcela do trigo (bem intermediário não consumido) Exemplo: situação 2 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Valor Adicionado: ➢ O valor do bem produzido menos o valor dos insumos utilizados na produção. Ou ➢ Valor efetivamente adicionado pelo processo de produção em cada unidade produtiva. Cálculo do PIB pelo Valor Adicionado Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Outras Medidas de Produto / Renda Produto Nacional Bruto (PNB) Produto Nacional Líquido (PNL) Renda Nacional (RN) Renda Pessoal (RP) Renda Pessoal Disponível (RPD) Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Produto Nacional Bruto Produto Nacional Bruto (PNB) é o valor de produção dos residentes permanentes de um país (chamados nacionais). Inclui a renda dos cidadãos que são obtidas fora do país e exclui a renda dos estrangeiros obtida dentro do país (RLEEx = renda liquida enviada ao exterior). PIB + RLEEx = PNB = RNB Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Produto Nacional Líquido (PNL) Produto Nacional Líquido (PNL) é a renda total dos residentes de uma nação (PNB) depois de descontadas as perdas com a depreciação. Depreciação é o desgaste pelo uso do estoque de equipamentos e estruturas da economia. Depreciação é chamada de consumo de capital fixo. PNB – deprec = PNL Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Renda Nacional Renda Nacional (RN) é a renda total dos residentes de um país obtida como remuneração na produção de bens e serviços. A RN difere do PNL, pois exclui impostos indiretos (como o ICMS) e inclui subsídios. PNL – II = RNL Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Renda Pessoal Renda Pessoal (RP) é a renda que as famílias e empresas, que não são sociedades anônimas, auferem. Difere da renda nacional, por excluir os lucros retidos, que são rendas que as S/As não distribuiram aos seus proprietários na forma de dividendos. A RP difere do PIB por incluir a renda de juros da dívida pública auferida pelas famílias e transferências governamentais. RNL – LR + TRANF + SUBS = RP Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Renda Pessoal Disponível Renda Pessoal Disponível é a renda pessoal menos os pagamentos devidos ao governo. É igual à renda pessoal menos impostos diretos e outros pagamentos como multas. RP - Impostos = RPD Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo PIB + RLEEx = PNB PNB – deprec = PNL PNL – II = RNL RNL – LR + TRANF + SUBS = RP RP - Impostos = RPD ======================= NA TEORIA: C = f(RPD) Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo 4. Os Componentes de PIB Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Os Componentes do PIB Sob a ótica das despesas: Divide-se o PIB (Y ) nos seguintes componentes: Consumo (C) Investimento (I) Compras do Governo (G) Exportações Líquidas (EL ou XL) = (X – M) Y = C + I + G + EL = C + I + G + (X – M) Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Os Componentes do PIB Consumo(C): Despesas das famílias com bens de consumo. Não considera investimentos como a construção de nova moradia. Exemplos de estimulo ao consumo para aumento da Renda (PIB): Política Monetária: •Taxa básica de juros se reduzida estimula o consumo; •Compulsório bancário se reduzido estimula o crédito e por sua vez o consumo; •Redução da taxa de redesconto bancário pode reduzir juros e/ou aumentar crédito e por sua vez o consumo. Política Fiscal: Redução de impostos libera renda para o consumo das famílias, mas pode reduzir os gastos do governo; Por outro lado a contenção do consumo pode ser desejada para conter inflação. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Os Componentes do PIB Investimento (I): Despesas com bens de produção ou bens de capital (equipamentos, estoques e construções, incluindo as aquisições de novas moradias pelas famílias). Exemplos de políticas de estímulo ao investimento: Política Monetária: Bancos com programas de estimulo ao investimento. Quando as regras de estimulo são muito arbitrárias pode gerar desequilíbrios de mercado, sendo financiadas empresas ineficientes que não sobreviveriam sem o subsídio (BNDES) ou simplesmente financiar lucros extraordinários sem necessidade. •Política Fiscal: Redução de imposto de importação, de produção e comercialização de máquinas,equipamentos e materiais para construção civil. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Os Componentes do PIB Gastos do Governo (G): Despesas com bens e serviços pelos governos federal, estadual e municipal. Não inclui transferências (aposentadorias, bolsas de estudo, bolsa família, etc), porque não são feitos em troca de um bem ou serviço. Gastos do governo: Podem ser maiores ou menores conforme orientações de políticas fiscais. Gastos maiores exigem arrecadações maiores ou aumento da dívida. Para uma política fiscal contracionista espera-se além da redução de impostos que os gastos do governo se reduzam para que a dívida não aumente. Uma dívida grande pode ser insustentável com uma baixa arrecadação pois terá um serviço muito caro. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Os Componentes do PIB Exportações Líquidas (EL=X-M): Exportações menos importações de Bens e Serviços Exemplos de política externa: • Política cambial: Desvalorização da moeda nacional implica em aumento das exportações (geralmente os produtores baixam seus preços em dólares). Caso não reduzam seus preços haverá mais lucro em moeda local para os produtores. Além disto haverá redução das importações; • Política fiscal: Redução dos impostos de importação e exportação podem estimular o comercio internacional; • Políticas de acordos bilaterais: Derrubar barreiras para estimular o comércio internacional. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo PIB em milhões de R$ (2009-2010) Componentes do PIB Jan-Mar 2009 Abr-Jun 2009 Jul-Set 2009 Out-Dez 2009 Jan-Mar 2010 Abr-Jun 2010 Jul-Set 2010 Out-Dez 2010 PIB a preços de mercado 721.459 777.175 810.373 876.119 835.237 908.194 937.216 994.317 Consumo das famílias 458.628 483.149 507.756 516.96 527.629 544.12 566.121 588.186 Consumo do governo 153.815 157.866 163.109 219.808 166.656 182.557 184.6 244.2 Formação bruta de capital fixo 117.619 125.809 144.891 151.438 151.935 165.289 182.124 178.515 Variação de estoque -5.217 2.694 -5.415 -6.003 2.507 21.349 16.027 -10.332 Exportação de bens e serviços 85.967 92.127 90.885 85.257 84.459 102.185 110.749 112.475 Importação de bens e serviços (-) 89.352 84.471 90.852 91.34 97.949 107.306 122.405 118.727 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisa, Coordenação de Contas Nacionais. Resultados calculados a partir das Contas Nacionais Trimestrais. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo PIB e seus Componentes - Brasil - 2010 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo 5. Deflator do PIB Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo PIB Real e Nominal Se PIB aumenta de um ano para outro: I) Economia está gerando mais produção de bens e serviços; e/ou II) Bens estão sendo vendidos a maiores preços PIB Real vs. PIB Nominal Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo PIB Real e Nominal PIB Nominal é o valor da produção de bens e serviços avaliada a preços correntes. PIB Real é o valor da produção de bens e serviços avaliada a preços constantes (não é afetado por variações nos preços). É um indicador da evolução da produção. Para se obter uma medida precisa da produção de um país é necessário deflacionar o PIB nominal (por um deflator do PIB). Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Deflator do PIB O deflator do PIB mede o nível atual de preços relativos ao nível de preços do ano base. O deflator mostra a parte do aumento do PIB nominal atribuída a um aumento de preços e não por um aumento nas quantidades produzidas. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Deflator do PIB O que significa o deflator do PIB: 100 Real PIB Nominal PIB = PIB doDeflator Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Como obter o PIB Real A transformação do PIB Nominal em PIB real é feita da seguinte forma: 100 X )PIB (Deflator ) Nominal (PIB = Real PIB 2000 2000 2000 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo PIB Real vs Nominal Preço do Quantidade Preço do Quantidade Ano Hot dog de Hot dogs Hamburger de Hamburgers 2001 $1 100 $2 50 2002 $2 150 $3 100 2003 $3 200 $4 150 𝑃𝐼𝐵𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑖=1 𝑛 𝑝𝑖𝑄𝑖 Suponha uma economia onde produzem apenas hot dog e hamburger: Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo PIB Real vs NominalCálculo do PIB Nominal: 2001 ($1 por hot dog X 100 hot dogs) + ($2 por hamburger X 50 hamburgers) = $200 2002 ($2 por hot dog X 150 hot dogs) + ($3 por hamburger X 100 hamburgers) = $600 2003 ($3 por hot dog X 200 hot dogs) + ($4 por hamburger X 150 hamburgers) = $1.200 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo PIB Real vs NominalCálculo do PIB Real (ano base 2001): 2001 ($1 por hot dog X 100 hot dogs) + ($2 por hamburger X 50 hamburgers) = $200 2002 ($1 por hot dog X 150 hot dogs) + ($2 por hamburger X 100 hamburgers) = $350 2003 ($1 por hot dog X 200 hot dogs) + ($2 por hamburger X 150 hamburgers) = $500 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo PIB Real vs Nominal Cálculo do Deflator do PIB: 2001 ($200/$200) x 100 = 100 2002 ($600/$350) x100 = 171 2003 ($1200/$500) x 100 = 240 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Inflação e o Uso do Deflator Correto Composição do índice deflator é definida em pesquisas de orçamentos, no caso de índices de preços dos consumidores são as POFs. A pesquisa de orçamentos familiares vai definir a ponderação de cada item no índice de preços; Existem muitos índices e cada um tem o seu devido uso. Saber da existência destes é muito importante; Índices para o consumidor, atacado, insumos, setores (construção civil, comunicação, bebidas, ...), cidades, Brasil etc. No caso do PIB o índice é chamado de “Deflator do PIB”. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo 6. PIB e Bem-Estar Econômico Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo PIB e Bem-Estar Econômico O PIB é um bom indicador do bem-estar econômico de uma sociedade; Crescimento de um país é considerado como a evolução do PIB real; O PIB per capita mede a renda e a despesa do indivíduo médio em uma Economia; Um PIB per capita maior pode permitir um padrão de vida mais elevado; O PIB não é uma medida perfeita da qualidade de vida. Concentração de renda e outros indicadores pode implicar em países com alto PIB ou PIB per capita, mas com muita pobreza e baixa qualidade de vida. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo PIB Entender a diferença: Riqueza vs Renda Países vs Pessoas PIB vs PIB per Capita https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_PIB_nominal https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_PIB_(Paridade_do_Poder_de_Compra) https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_PIB_nominal_per_capita https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_PIB_(Paridade_do_Poder_de_Compra) _per_capita Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Outros Indicadores Gini (Concentração da renda) https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_igualdade_de_riqueza IDH (Renda, Escolaridade e Expectativa de Vida) https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_%C3%8Dndice_de_Desenvolvimento_H umano Felicidade https://en.wikipedia.org/wiki/World_Happiness_Report Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo IDH-M Brasil Fonte: PNUD (2013) Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo PIB e Bem-Estar Econômico Vários elementosque contribuem para o bem estar não estão incluídos no PIB: O valor do lazer. O valor de um meio ambiente adequado. O valor da segurança e da saúde. O valor de todas atividades que são desenvolvidas fora dos mercados, tais como: trabalho voluntário, tempo gasto com os filhos, etc. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Gross National Happiness Desenvolvido na década de 70 no Butão. Serviu para orientar a política do governo do país, ao invés de usar o PIB (GDP): “Gross National Happiness (GNH) measures the quality of a country in more holistic way [than GNP] and believes that the beneficial development of human society takes place when material and spiritual development occurs side by side to complement and reinforce each other” Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Gross National Happiness Cada variável é medida em termos de intensidade: – Fortemente satisfeito/feliz – Satisfeito/feliz – Pouco satisfeito/feliz – Insatisfeito/Infeliz Mede desempenho do país em 9 aspectos: Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Gross National Happiness http://www.grossnationalhappiness.com/wp-content/uploads/2012/04/Short-GNH-Index-edited.pdf Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo 7. Crescimento Econômico Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Cálculo da Renda Nacional: Revisão ❖ O desempenho da economia é medido pelo PIB; PIB = C + I + G + ( X – M ) PIB: É o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em um país em um dado período de tempo; ❖ PIB real vs. PIB nominal; ❖ PIB é um bom indicador (imperfeito) de bem-estar. Há outros indicadores de desenvolvimento; ❖Grande parte da macroeconomia tratará de entender os determinantes de longo prazo e curto prazo do PIB. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Produção e Crescimento: Objetivos Responder as seguintes perguntas: • O que explica diferenças de crescimento entre os países? • Como países mais ricos podem manter crescentes melhorias no padrão de vida? • Como países pobres podem promover maior crescimento? Que políticas públicas devem ser incentivadas? Respostas a essas perguntas: importantes para o bem-estar humano. Vamos analisar o que influencia essas variáveis. Questões de longo prazo Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Produção e Crescimento O padrão de vida de um país depende da sua capacidade de produzir bens e serviços; Dentro de um país existem grandes mudanças no padrão de vida ao longo do tempo; O padrão de vida, medido pelo PIB per capita, varia significantemente entre as nações; Os países mais desenvolvidos possuem um PIB per capita que é em geral 10 a 20 vezes maior do que o dos países mais pobres, em casos extremos pode chegar a ser mais de 100 vezes maior. https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_PIB_nominal_per_capita Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Variedade de Experiências de Crescimento País Período PIB per capita no início do período Taxa média de Crescimento real anual Japão 1890-1997 $1,196 $23,400 2.82% Brasil 1900-1990 619 6,240 2.41 México 1900-1997 922 8,120 2.27 Alemanha 1870-1997 1,738 21,300 1.99 Canadá 1870-1997 1,890 21,860 1,95 China 1900-1997 570 3,570 1.91 Argentina 1900-1997 1,824 9,950 1.76 Estados Unidos 1870-1997 3,188 28,740 1.75 Indonésia 1900-1997 708 3,450 1.65 Grã Bretanha 1870-1997 3,826 20,520 1.33 Índia 1900-1997 537 1,950 1.34 Paquistão 1900-1997 587 1,590 1.03 Bangladesh 1900-1997 495 1,050 0.78 PIB per capita no fim do período Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Produção e Crescimento •Ao longo do tempo, ocorrem importantes alterações do padrão de vida (depende, também, de sua capacidade de produção de bens e serviços). •No século passado (XX) o crescimento médio da renda per capita brasileira foi de 2,3% a.a. Crescimento (em %) = ( PIBt / PIBt-1 – 1 ) 100 Crescimento: velocidade em que o PIB real per capita cresce, em média (taxas compostas). Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Crescimento real do PIB p.c. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Crescimento real do PIB: Estados brasileiros Estado Média 2003-2009 Rondônia 4.67% Piauí 5.44% Roraima 4.66% Sergipe 4.24% Distrito Federal 4.17% Amapá 4.61% Tocantins 5.01% Pernambuco 3.99% Mato Grosso 5.31% Alagoas 3.76% Rio de Janeiro 2.61% Paraíba 3.57% Rio Grande do Norte 3.24% Acre 5.54% Goiás 4.37% Mato Grosso do Sul 4.20% Ceará 4.01% Santa Catarina 3.10% Rio Grande do Sul 2.70% Bahia 4.17% São Paulo 3.79% Paraná 2.86% Maranhão 4.94% Amazonas 5.39% Pará 3.87% Minas Gerais 2.81% Espírito Santo 3.69% Brasil 3.57% Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Produção e Crescimento * Vimos que o PIB é um bom indicador de prosperidade econômica (e de padrão de vida). • Analisamos os dados de PIB real per capita para alguns países: Países ricos e pobres podem mudar sua posição com o tempo. Mas quais são os determinantes de crescimento de longo prazo do PIB real? Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Produção e Crescimento O padrão de vida de um país é determinado pela capacidade da sua população em produzir bens e serviços. Exemplo: Robinson Crusoé: Consome o que produz! Padrão de Vida = Capacidade produtiva Produtividade do Trabalho é a quantidade de bens e serviços que um trabalhador pode produzir a cada hora de trabalho. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Determinantes da Produtividade Produtividade depende dos insumos. Os insumos utilizados na produção de bens e serviços são chamados fatores de produção. Os fatores de produção que determinam a produção são: – Trabalho – Capital físico – Capital humano – Recursos naturais – Conhecimento tecnológico Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Capital Físico Capital é um fator de produção produzido e acumulado anteriormente. É um fator no processo de produção que no passado foi um produto do processo de produção. Capital físico é o estoque de equipamentos e estruturas que são utilizados para produzir bens e serviços, descontada a depreciação. Máquinas e equipamentos para produzir bens de consumo ou de capital: ✓Ferramentas utilizadas para fabricar ou consertar automóveis. ✓Ferramentas utilizadas para construir casas e prédios. ✓Prédios de escritório, estradas, portos, escolas, etc. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Capital Humano Capital humano é o termo econômico para o conhecimento e habilidades adquiridas pelos trabalhadores através da educação, treinamento e experiência. Da mesma forma que o capital físico, o capital humano aumenta a capacidade da nação de produzir bens e serviços. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Conhecimento Tecnológico Conhecimento Tecnológico é o conhecimento, por parte da sociedade, das melhores técnicas de produção de bens e serviços. - Mudança de tecnologia agrícola e de transportes na história; - Henry Ford: linha de montagem; - Patentes. Nota: Capital Humano – resultante dos recursos despendidos para transmitir este conhecimento (tecnológico) à força de trabalho. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Recursos Naturais Recursos Naturais são insumos que fazem parte da dotação natural de recursos de um país: terra, rios, pluviosidade e recursos minerais. – Existem recursos que são renováveis, como uma floresta. – Recursos não renováveis incluem recursos minerais(ouro e petróleo). Podem ser determinantes (Países Árabes) ou não (Suíça) Vantagens na disponibilidade de recursos naturais podem contribuir muito, mas não são necessárias para que uma economia seja altamente produtiva ou rica. Discussão: * Tecnologia muda o uso de recursos naturais * Olhar preço de recursos naturais no tempo * PIB menos pesado (eficiência energética, materiais, fibra óptica) Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo A Função de Produção A função de produção descreve a relação entre a quantidade de insumos utilizados na produção e a quantidade produzida. Y = T F(L, K, H, N) Y = quantidade produzida T = tecnologia de produção L = quantidade de trabalho K = quantidade de capital físico H = quantidade de capital humano N = quantidade de recursos naturais F é uma função que mostra como os fatores são combinados para se atingir o produto Y. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo A Função de Produção Uma função de produção possui retornos constantes de escala se para qualquer número positivo x, xY = A F(xL, xK, xH, xN) Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo A Função de Produção Fazendo x = 1/L, Y/ L = A F(1, K/ L, H/ L, N/ L) Onde: Y/L = produção por trabalhador K/L = capital físico por trabalhador H/L = capital humano por trabalhador N/L = recursos naturais por trabalhador Esta equação mostra que a produtividade do trabalhador (Y/L) depende do capital físico por trabalhador (K/L), capital humano por trabalhador (H/L) e recursos naturais por trabalhador (N/L), assim como o estado da tecnologia (A). Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Y/ L K/ L Y / L = T . F( K / L) (K0/L0) (K1/ L0) (Y0/ L0) (Y1/ L0) Δ Y Δ K GANHO DE PRODUTIVIDADE COM ACUMULAÇÃO DE FATORES (K) Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Y/ L K/ L Y / L = T . F ( K / L) (K0/L0) (K1/L0) (Y0/ L0) (Y1/L0) Y / L = T’ . F ( K / L) Δ T GANHO DE PRODUTIVIDADE COM INOVAÇÃO TECNOLOGÓGICA (Y1/ L0) (Y2/L0) Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Função de Produção: Y = T . F(K , L, H, N) Para T=tecnologia; K=capital; L=trabalho; H=capital humano N= recurso natural Expansão da Produção Y (PIB real): ΔY = ΔT.F(K, L, H, N)+T.{F(ΔK+K; ΔL+L; ΔH+H;ΔN+N) - F(K;L;H;N)} ACUMULAÇÃO DE FATORES INOVAÇÃO TECNOLÓGICA Processo de Crescimento Econômico Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Teste Rápido! Liste e descreva os quatro determinantes da produtividade de um país. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Crescimento Econômico e Políticas Públicas Os governos podem fazer muitas coisas para aumentar a produtividade e os padrões de vida. Exemplos de Políticas Governamentais que aumentam a produtividade e os padrões de vida: ➢Incentivo à poupança e ao investimento (K); ➢Incentivo à educação e ao treinamento. Promover pesquisa e desenvolvimento (T e H); ➢Estabelecer direitos de propriedade seguros e manter a estabilidade política, econômica e social. Garantia Institucionais (T e F); ➢Promover o livre comércio (T e F). Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Incentivo à Poupança e ao Investimento Uma forma de aumentar a produtividade no futuro é investir mais recursos no presente na produção de capital; Os governos podem incentivar a acumulação do capital: ➢ a partir de fontes domésticas, aumentando a poupança e o investimento. ➢ de fontes externas, oferecendo segurança e boas vindas a este capital. Dependendo do estágio de desenvolvimento, na medida em que o estoque de capital aumenta a produção obtida por uma unidade adicional de capital cai. Esta propriedade é chamada de retornos decrescentes. Como o aumento da taxa de poupança permite que mais capital seja acumulado, os benefícios de um aumento adicional caem ao longo do tempo, e a taxa de crescimento diminui. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo A Importância da Poupança e do Investimento •Uma maneira de aumentar a produtividade no futuro é investindo os recursos atuais na produção de bens de capital (K); •O aumento no estoque de Capital aumenta a produtividade futura; •Quando o estoque de capital aumenta, a produção proporcionada por uma unidade extra de capital cai, esta propriedade é denominada retornos decrescentes; •Devido à propriedade dos retornos decrescentes, um aumento na taxa de poupança leva a um maior crescimento apenas num dado momento inicial; •No longo prazo, uma maior taxa de poupança leva a um maior nível de produtividade e renda, mas não a uma maior taxa de crescimento destas variáveis. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo A Importância da Poupança e do Investimento Tradeoff - Se governo incentiva poupança: Tem menos recursos para bens de consumo (sacrifício de consumo) Sobram mais recursos para investir em bens de K Aumenta o estoque de K => Aumenta produtividade, maior crescimento do PIB. Havendo rendimentos decrescentes para K, um aumento da taxa de poupança trará um aumento transitório na taxa de crescimento do produto. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Taxa de Crescimento 1960-1991Investimento 1960-1991 Coreia do Sul Cingapura Japão Israel Canada Brasil Alemanha Ocid Mexico Reino Unido Nigeria USA India Bangladesh Chile Ruanda (%) 0 1 2 3 4 5 6 7 Coreia do Sul Cingapura Japão Israel Canada Brasil Alemanha Ocid Mexico Reino Unido Nigeria USA India Bangladesh Chile Ruanda (% do PIB) 0 10 20 30 40 Investimento e Crescimento Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo A Importância da Poupança e do Investimento No longo prazo, uma taxa maior de poupança levará a um nível de renda e de produtividade maior, mas pode ter efeitos reduzidos no crescimento do PIB a partir de um certo ponto. Efeito catch-up (alcance): Países que partem de um patamar baixo de renda, ceteris paribus, crescem mais rapidamente que países que partem de patamares elevados (devido aos rendimentos decrescentes do capital). catch-up: Confirmado em estudos sobre o tema (exemplo: Coréia do Sul e EUA). Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo A Desaceleração da Produtividade nos EUA De 1959 a 1973 a produtividade cresceu à taxa de 3,2% ao ano nos EUA. De 1973 a 1998 a produtividade cresceu à taxa de apenas 1,3% ao ano. A desaceleração do crescimento econômico tem sido um dos problemas mais importantes que os formuladores de políticas públicas enfrentam. A desaceleração do crescimento da produtividade é um fenômeno mundial. A desaceleração não pode ser determinada por fatores de produção que possam ser mensurados - a tecnologia deve ser a chave. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo (a) Taxa de Crescimento 1960-1991 (b) Investmento 1960-1991 Coreia do Sul Cingapura Japão Israel Canada Brasil Alemanha Ocid Mexico Reino Unido Nigeria USA India Bangladesh Chile Ruanda (%) 0 1 2 3 4 5 6 7 Coreia do Sul Cingapura Japão Israel Canada Brasil Alemanha Ocid Mexico Reino Unido Nigeria USA India Bangladesh Chile Ruanda (% do PIB) 0 10 20 30 40 Crescimento e Investimento Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Investimento Externo A poupança não é o único mecanismo de poupar recursos para investimentos. O governo pode incentivar o investimento externo. O investimento externo assume várias formas: Investimento Externo DiretoUm investimento de propriedade e operado por uma empresa estrangeira (instalação de multinacional). Investimento Externo de Portfólio Investimento financiado com moeda estrangeira mas operada por residentes no país (compra de ações). Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Investimento Externo Investimentos externos: Aumentam o estoque de K local e produtividade Aumenta conhecimento tecnológico de países mais pobres Geram recursos para estrangeiros (lucros da multinacional / participação de lucros de acionistas) Banco Mundial / FMI: Atua como angariador de recursos de países mais desenvolvidos para investir em projetos de infraestrutura em países mais pobres. Ainda assim as taxas de retorno são vantajosas para os investidores. Os bancos internacionais de fomento impõem regras para diminuir os riscos do investimento, mas podem também favorecer parceiros estrangeiros. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Noticia: Investimento Externo Como apontaram as duas instituições durante sua reunião anual, em Washington, o mesmo capital que injeta recursos nas economias dos países emergentes cria pressões inflacionárias, distorce a taxa de câmbio e causa danos ao bater em retirada às pressas (fundos de investimentos). O relatório anual de Estabilidade Financeira do FMI (Global Financial Stability Report) sustenta que a saída abrupta de capitais teria um impacto "considerável" no crédito e no Produto Interno Bruto (PIB) dos mercados emergentes. "Se os fluxos líquidos de capital recebidos pelos mercados emergentes entre 2009 e 2011 fossem revertidos ao longo de um trimestre, o crédito cairia entre 2% e 4% e o crescimento do PIB desaceleraria entre 1,5 e 2 pontos percentuais em média", avalia o relatório. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Incentivo à Educação e ao Treinamento A Educação é tão importante quanto o investimento em capital físico para o crescimento do país no longo prazo. ➢ É necessário que o governo promova a educação de modo que a força de trabalho adquira a especialização necessária para conseguir alta produtividade. ➢ A vantagem do conhecimento tecnológico tem levado a padrões de vida mais elevados devido ao ganho de produtividade e competitividade. ➢ Avanços tecnológicos advêm da academia, de firmas privadas e de agências publicas. ➢ O governo pode incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias através de bolsas de pesquisa e de um sistema de patentes. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Educação Para o crescimento de um país no longo prazo, a educação não é menos importante do que o investimento em capital físico. ➢ Nos EUA, cada ano adicional de escolaridade aumenta o salário do trabalhador em aproximadamente 10%. ➢ Portanto, uma forma do governo estimular a melhoria do nível de vida é prover escolas e encorajar a população a utilizar os recursos e obter vantagem destes. ➢ Um cidadão educado deve gerar novas ideias sobre como melhorar a produção de bens e serviços, que por sua vez devem melhorar o conhecimento da sociedade e prover benefícios externos para outras pessoas. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Educação ➢ No Brasil, cada ano de escolaridade aumenta de 10 a 14% a renda pessoal anual até o nível superior; ➢ Hiato entre salário de trab. escolarizados e não escolarizados; ➢ Governo pode contribuir p/ melhoria do padrão de vida proporcionando um bom ensino a toda a população; ➢ Alunos enfrentam tradeoff: estudar X trabalhar; ➢ Países mais pobres: brain drain (fuga de cérebros), emigração das pessoas mais qualificada para os países ricos, reduzindo ainda mais o estoque de K humano. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Pessoa educada pode contribuir com ideias sobre a melhor maneira de produzir bens e serviços => aumenta o estoque de conhecimentos da sociedade e propicia um benefício externo para todos (externalidade positiva): ➢ Retorno da educação para a sociedade > Retorno da educação para o indivíduo. Principalmente nos níveis primários da educação. Por exemplo: Pessoas com boa educação possuem saúde melhor, higiene melhor e votam melhor. ➢ Retorno da educação para a sociedade < Retorno da educação para o indivíduo. Por exemplo: Pessoa com nível superior em escola de ponta tem salário muito mais alto (benefício privado). Educação Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Nota sobre Externalidades ❖ Quando o resultado do mercado afeta outras partes além dos compradores e vendedores, há efeitos colaterais que são denominados externalidades. ❖ Tomadores de decisão não levam em conta os efeitos externos dos seus comportamentos. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo http://hdr.undp.org/en/content/expenditure-education-public-gdp. Total public expenditure (current and capital) on education expressed as a percentage of GDP.United Nations Development Programme. World Bank. October 2013. Retrieved 4 March 2016 Gastos com Educação: 2012 Country Total public expenditure (current and capital) on education expressed as a percentage of GDP. Country Total public expenditure (current and capital) on education expressed as a percentage of GDP. Country Total public expenditure (current and capital) on education expressed as a percentage of GDP. Lesotho 13 Saudi Arabia 5,6 Romania 4,2 Cuba 12 Cape Verde 5,6 Saint Kitts and Nevis 4,2 Timor-Leste 10 Senegal 5,6 Greece 4,1 Denmark 8,7 Canada 5,5 Chile 4,1 Moldova 8,6 Mongolia 5,5 Russian Federation 4,1 Namibia 8,4 Switzerland 5,4 Bulgaria 4,1 Djibouti 8,4 Lithuania 5,4 Panama 4,1 Ghana 8,2 Malta 5,4 Fiji 4,1 Iceland 7,8 Morocco 5,4 Paraguay 4,1 Botswana 7,8 Malawi 5,4 Tajikistan 3,9 Swaziland 7,8 Mexico 5,3 Gambia 3,9 Bolivia 7,6 Ukraine 5,3 Japan 3,8 Comoros 7,6 Benin 5,3 Kuwait 3,8 Barbados 7,5 Poland 5,2 Egypt 3,8 Cyprus 7,3 Belarus 5,2 Mauritius 3,7 Solomon Islands 7,3 Ecuador 5,2 Mauritania 3,7 New Zealand 7,2 Vanuatu 5,2 Venezuela (Bolivarian Republic of) 3,6 Maldives 7,2 Yemen 5,2 Guyana 3,6 Sweden 7 Australia 5,1 Dominica 3,5 Norway 6,9 Germany 5,1 Angola 3,5 Finland 6,8 Malaysia 5,1 Hong Kong, China (SAR) 3,4 Kenya 6,7 Syrian Arab Republic 5,1 El Salvador 3,4 Belgium 6,6 Korea (Republic of) 5 Burkina Faso 3,4 Belize 6,6 Spain 5 Singapore 3,3 Viet Nam 6,6 Latvia 5 Brunei Darussalam 3,3 Ireland 6,5 Mozambique 5 Albania 3,3 Jamaica 6,4 Hungary 4,9 India 3,3 Costa Rica 6,3 Seychelles 4,8 Lao People's Democratic Republic 3,3 Tunisia 6,2 Rwanda 4,8 Uganda 3,3 Congo 6,2 Iran (Islamic Republic of) 4,7 Cameroon 3,2 Tanzania 6,2 Serbia 4,7 Kazakhstan 3,1 Burundi 6,1 Nicaragua 4,7 Armenia 3,1 Netherlands 6 Bhutan 4,7 Guinea 3,1 Israel 6 Nepal 4,7 Andorra 3 Austria 6 Ethiopia 4,7 Bahrain 2,9 South Africa 6 Mali 4,7 Uruguay 2,9 France 5,9 Togo 4,6 Turkey 2,9 Portugal 5,8 Côte d'Ivoire 4,6 Azerbaijan 2,8 Argentina 5,8 Italy 4,5 Indonesia 2,8 Brazil 5,8 Colombia 4,5 Guatemala 2,8 Thailand 5,8 Niger 4,5 Madagascar 2,8 Samoa 5,8 Saint Lucia 4,4 Georgia 2,7 Kyrgyzstan 5,8 Croatia 4,3 Philippines 2,7 Slovenia 5,7 Oman 4,3 Sierra Leone 2,7 Estonia 5,7 Algeria 4,3 Peru 2,6 United States 5,6 Czech Republic 4,2 Cambodia 2,6 United Kingdom 5,6 Slovakia 4,2 Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Educação: PISA 2012 Results: 1 China Shanghai, China 613 1 China Shanghai, China 580 1 China Shanghai, China 570 2 Singapore 573 2 Hong Kong, China 555 2 Hong Kong, China 545 3 Hong Kong, China 561 3 Singapore 551 3 Singapore 542 4 Taiwan 560 4 Japan 547 4 Japan 538 5 South Korea 554 5 Finland 545 5 South Korea 536 6 Macau,China 538 6 Estonia 541 6 Finland 524 7 Japan 536 7 South Korea 538 7= Taiwan 523 8 Liechtenstein 535 8 Vietnam 528 7= Canada 523 9 Switzerland 531 9 Poland 526 7= Ireland 523 10 Netherlands 523 10= Liechtenstein 525 10 Poland 518 11 Estonia 521 10= Canada 525 11= Liechtenstein 516 12 Finland 519 12 Germany 524 11= Estonia 516 13= Canada 518 13 Taiwan 523 13= Australia 512 13= Poland 518 14= Netherlands 522 13= New Zealand 512 15 Belgium 515 14= Ireland 522 15 Netherlands 511 16 Germany 514 16= Macau, China 521 16= Macau, China 509 17 Vietnam 511 16= Australia 521 16= Switzerland 509 18 Austria 506 18 New Zealand 516 16= Belgium 509 19 Australia 504 19 Switzerland 515 19= Germany 508 20= Ireland 501 20= Slovenia 514 19= Vietnam 508 20= Slovenia 501 20= United Kingdom 514 21 France 505 22= Denmark 500 22 Czech Republic 508 22 Norway 504 22= New Zealand 500 23 Austria 506 23 United Kingdom 499 24 Czech Republic 499 24 Belgium 505 24 United States 498 25 France 495 25 Latvia 502 25 Denmark 496 26 United Kingdom 494 26 France 499 26 Czech Republic 493 27 Iceland 493 27 Denmark 498 27= Austria 490 28 Latvia 491 28 United States 497 27= Italy 490 29 Luxembourg 490 29= Spain 496 29 Latvia 489 30 Norway 489 29= Lithuania 496 30= Luxembourg 488 31 Portugal 487 31 Norway 495 30= Portugal 488 32 Italy 485 32= Italy 494 30= Spain 488 33 Spain 484 32= Hungary 494 30= Hungary 488 34= Russia 482 34= Luxembourg 491 34 Israel 486 34= Slovakia 482 34= Croatia 491 35 Croatia 485 36 United States 481 36 Portugal 489 36= Iceland 483 37 Lithuania 479 37 Russia 486 36= Sweden 483 38 Sweden 478 38 Sweden 485 38 Slovenia 481 39 Hungary 477 39 Iceland 478 39= Lithuania 477 40 Croatia 471 40 Slovakia 471 39= Greece 477 41 Israel 466 41 Israel 470 41= Russia 475 42 Greece 453 42 Greece 467 41= Turkey 475 43 Serbia 449 43 Turkey 463 43 Slovakia 463 44 Turkey 448 44 United Arab Emirates 448 44 Cyprus 449 45 Romania 445 45 Bulgaria 446 45 Serbia 446 46 Cyprus 440 46= Serbia 445 46 United Arab Emirates 442 47 Bulgaria 439 46= Chile 445 47= Thailand 441 48 United Arab Emirates 434 48 Thailand 444 47= Chile 441 49 Kazakhstan 432 49 Romania 439 47= Costa Rica 441 50 Thailand 427 50 Cyprus 438 50 Romania 438 51 Chile 423 51 Costa Rica 429 51 Bulgaria 436 52 Malaysia 421 52 Kazakhstan 425 52 Mexico 424 53 Mexico 413 53 Malaysia 420 53 Montenegro 422 54 Montenegro 410 54 Uruguay 416 54 Uruguay 411 55 Uruguay 409 55 Mexico 415 55 Brazil 410 56 Costa Rica 407 56 Montenegro 410 56 Tunisia 404 57 Albania 394 57 Jordan 409 57 Colombia 403 58 Brazil 391 58 Argentina 406 58 Jordan 399 59= Argentina 388 59 Brazil 405 59 Malaysia 398 59= Tunisia 388 60 Colombia 399 60= Argentina 396 61 Jordan 386 61 Tunisia 398 60= Indonesia 396 62= Colombia 376 62 Albania 397 62 Albania 394 62= Qatar 376 63 Qatar 384 63 Kazakhstan 393 64 Indonesia 375 64 Indonesia 382 64 Qatar 388 65 Peru 368 65 Peru 373 65 Peru 384 Mathematics Science Reading Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Direitos de Propriedade e Estabilidade Política “Tecnologia Social” Direitos de propriedade se referem à capacidade das pessoas exercerem autoridade sobre os seus próprios recursos. ➢ O respeito pelo direito de propriedade na economia como um todo é um pré-requisito importante para que o sistema de preços funcione. ➢ É necessário que os investidores sintam que os seus investimentos estão seguros. ➢ É necessário que contratos sejam válidos e cumpridos (estabilidade política, jurídica, inexistência de corrupção). Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Livre Comércio Os países devem comercializar entre si de modo a explorar as vantagens comparativas e a alocação eficiente dos recursos escassos. O comércio é de um determinado ponto de vista um tipo de tecnologia. Um país que elimina as restrições ao comércio pode experimentar o mesmo crescimento econômico obtido com um grande avanço tecnológico ao acessar as melhores tecnologias dos outros países. Alguns países adotam políticas . . . . . . voltadas para dentro evitando interações com outros países. . . . voltadas para fora, incentivando interações com outros países. Estes costumam ser os mais produtivos. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Resumo de Livre Comércio ▪Quando um país passa a ser importador de um bem sem tributação, o preço deste baixará para se igualar ao preço mundial, o que deixará os consumidores em melhor condição com o aumento do seu excedente, e os produtores terão o seu excedente reduzido ▪Quando o mesmo país passa a ser exportador do bem aumenta-se o excedente do produtor com o aumento do preço para se igualar ao preço mundial e diminui o do consumidor ▪ Já o excedente total aumentará com os ganhos do comércio. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Resumo de Livre Comércio Os argumentos contra o comércio internacional são: 1) Os trabalhadores locais perderão o emprego (porém esses deverão se deslocar para os setores onde o país tem maiores vantagens comparativas); 2) Segurança nacional (ocorrem exageros na importância do setor para a segurança nacional de modo a obter proteção); 3) Proteção da indústria nascente (deve-se analisar se os benefícios ultrapassam os custos de proteção); 4) Competição desleal (os compradores ainda estão ganhando com produtos melhores e mais baratos); 5) A proteção é um instrumento de barganha para que o outro país baixe suas tarifas também (a ameaça pode não funcionar). Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Teste Rápido! Descreva três maneiras pelas quais um formulador de políticas governamentais possa melhorar o padrão de vida de uma sociedade. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Teste Rápido! Há obstáculos para a implementação dessas políticas? Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Resumo PIB per capita varia no mundo: países mais ricos tem PIB pc 100 X maior que países pobres; Taxas de crescimento também variam substancialmente ao longo do tempo; Padrão de vida: depende da capacidade em produzir bens e serviços Produtividade depende da qtde de K físico, K humano, Rec. naturais, tecnologia; Políticas do governo podem influenciar a taxa de crescimento: poupança e investimento, educação, direitos de propriedade, estabilidade política, P&D, comércio, etc Acúmulo de K: sujeito a LRD (explica crescimentos superiores em países mais pobres) Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Resumo A produtividade depende das quantidades de capital físico, capital humano, recursos naturais e conhecimento tecnológico disponíveis para os trabalhadores. As políticas do governo podem influenciar a taxa de crescimento da economia de diferentes formas. A acumulação de capital está sujeita a retornos decrescentes. Devido aos retornos decrescentes, maior poupança leva à um maior crescimento por um período de tempo, mas o crescimento irá eventualmente desacelerar. Também devido aos retornos decrescentes, o retorno do capital é especialmente alto em países pobres. Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Seminários Tema: ➢ Relacionado com qualquer tópico da matéria vista durante o curso; ➢ Pode ser micro ou macroeconomia. ➢ Relacionado com noticias ou casos atuais ou do passado. Aplicação direta em casos de empresas, indivíduos ou governo. Não é necessário que seja um caso real, mas uma aplicação factível da teoria. Seminários: Apresentaçãocom cerca de 20 minutos por grupo. No dia do seminário entregar um texto de até 4 paginas tratando do caso apresentado (conta para a nota). Enviar o grupo e tema por e-mail (SIGAA) até 30/10/2018. Data da apresentação: 29/11/2018. Grupos com 5 alunos. 45% do valor da nota da segunda avaliação Economia – 2º semestre 2018 Prof. Moisés Diniz Vassallo Leituras da Aula Krugman e Wells. Introdução à Economia. 3ª ed. Capítulo 32; Mankiw. Introdução à Economia. 6ª ed. Capítulo 35.
Compartilhar