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Capítulo 8 – Estrutura dos maciços Rochosos 1.Introdução Esforços, rochas dúcteis e rúpteis 2.Deformações das rochas Elástica-linearmente proporcional ao esforço aplicado. A rocha consegue voltar a sua forma original Plástica-quando ultrapassa o limite de elasticidade a deformação se torna irreversível Ruptura- ocorre quando o esforço é maior que o limite de resistência 2.1Fatores Relacionados ao comportamento da rocha submetida a um carregamento Pressão hidro/litostática- pressão elevada pode tornar a rocha mais resistente ao faturamento; pressão litostática elevada faz com que as rochas se deformem de forma dúctil Temperatura- a rocha se deforma mais facilmente e torna-se mais rúptil ou friável 3.Domínios deformacionais em função da profundidade na crosta Domínio superficial- deformação essencialmente rúptil (quebras e descontinuidades) Domínio profundo- deformação dúctil (apenas deformação plástica, sem perda de continuidade). 4. Estruturas atectônicas – são feições que se desenvolvem geradas por esforços do interior da terra. Restringem-se a Pequenas áreas e são formadas pela ação da gravidade. Juntas de alívio - são descontinuidades geradas por desplacamento, que ocorrem principalmente em maciços resistentes; tendem a se horizontalizar em profundidade; A origem é explicada como resultado do alívio de carga, devido a remoção de rochas sobrejacentes. Exemplo: a barragem de Camará (que vazou). Junta-falhas - correlata às juntas de alívio, observada principalmente, em fundos de vales. Aparecem nas porções de basalto compacto. É um importante problema geotécnico 5.Estruturas Tectônicas 5.1 Movimentos Tectônicos Movimentos orogenéticos: são movimentos rápidos; exemplo: terremoto Movimentos epirogenéticos: são movimentos lentos; caracteriza-se por movimentos no sentido vertical de vastas áreas continentais; deformam; afetam extensas áreas Define-se orogênese para áreas instáveis e epirogenese para as áreas estáveis da crosta. 5.1.1 Tipos de estruturas tectônicas Estado plástico - representado por dobras zonas de cisalhamento foliações e lineações; Estado rígido – as estruturas são representadas, sobretudo por descontinuidades físicas como juntas e falhas. 5.1.1.1 Formando Dobras Linha de charneira - corresponde à linha que une os pontos da curvatura máxima Linha de inflexão - corresponde à linha que une os pontos da curvatura mínima Antiforme – abertura voltada para baixo Sinforme- abertura voltada cima Sinclinal- dobra que possui camadas mais jovens em seu interior Anticlinal - camadas mais antigas, estão no núcleo 5.1.1.2 Formando Falhas Descontinuidades: caracteriza qualquer descontinuidade: juntas, planos de xistosidade, zona de fraqueza e falhas; Juntas ou diaclases: termo para quando não há deslocamento na direção paralela ao plano de descontinuidade Tipos de falhas Rasas- afetam camadas superficiais da crosta Profundas- atravessam toda a litosfera, ex: falha de san Andreas Elementos de uma falha inclinada Capa- bloco acima do plano de falha Lapa- bloco situado abaixo do plano de falha Escarpa-parte exposta na topografia Traço-intersecção do plano de falha com a superfície topográfica Classificação geométrica das falhas Mergulho da superfície da falha: o Alto ângulo – maior que 45 o Baixo ângulo – Menor que 45 Forma da superfície de falha: o Planar- quando a variação da direção da superfície encontra-se no intervalo de aproximadamente 5o; o Curva- relacionadas a regimes distensivo; Movimento relativo o Normais- capa decresce em relação à lapa (em geral alto ângulo,margens do atlântico, bacias meso oceanicas) o Reverso (inversa)- bloco sobe em relação à lapa o Transcorrentes- associadas a limites de placas litosféricas(exemplo da cerca que se desloca) 6. Feições geológicas associadas aos dobramentos e importância na engenharia Cortes ou taludes O corte pode ser instável se for feito em uma rocha anticlinal, pois o sentido do mergulho coincide com o do corte. Enquanto o corte em uma rocha sinclinal tende a ficar estável; Túneis Uma das condições mais adversas para a locação de um túnel é o posicionamento no eixo de uma sinclinal, pois os esforços no teto são convergentes. O melhor posicionamento do túnel é sobre uma rocha anticlinal. Fundações Os dobramentos são importantes na captação de água subterrânea. Alternância de camadas de diferentes espessuras pode variar significativamente a profundidade do assentamento de uma fundação. 7. Feições geológicas associadas aos falhamentos e importância na engenharia 7.1 Feições geológicas Brecha- fragmento maior que areia fina Milonito – fragmentos menores que areia fina Espelho de Falha – quando a rocha se mostra suscetível ao polimento Omissão e repetição de camadas- Dique- pode ou não significar plano de falha 7.2 Feições do relevo Escarpa- parte da topografia que fica exposta (não é necessariamente uma falha, pois encostas formadas por arenito e basalto também tendem a formar escarpas) Vales orientados- Cristas orientadas- falhas preenchidas com minerais mais resistentes ao intemperismo do que a rocha falhada Deslocado- ilha das aranhas deslocadas em floripa 8 características das descontinuidades 8.1 Conceitos Básicos Descontinuidade geomecânica – para obras de engenharia as condições como feições tabulares e planares e de reduzida qualidade mecânica são desfavoráveis. Maciço Rochoso – é um meio heterogêneo, freqüentemente descontínuo. 8.2Parâmetro descritivos das descontinuidades 8.2.1 Orientação Espacial Direção- definida pelo ângulo que a intersecção do plano da descontinuidade, com a horizontal, faz com o norte. Mergulho – é o ângulo de inclinação em relação ao plano horizontal. A posição ocupada no espaço por uma estrutura geológica planar apresenta uma atitude que é definida pela sua direção e pelo ângulo de mergulho (define a posição de uma descontinuidade dada por direção e ângulo de mergulho). (na notação a primeira referencia é a direção e a segunda o mergulho, ex:N30E50SE) 8.2.1.1 Noções básicas de projeção estereográfica É a projeção da superfície de uma esfera sobre o seu plano equatorial ou seu pólo. Rede de wuff- aquela do desenho do exercício feito em sala Rede de Schmitt ou rede de igual área- rede estereográfica corrigida tem maior aplicação em geologia estrutural. 8.2.1.3 Diagrama de frequência Superpõe-se a transparência com a rede de KALSBEEK para a contagem de pólos. Conta-se o numero de pontos que caem em cada hexágono. Cada hexágono representa 1% da área total do diagrama. 8.2.2 Persistência – é um parâmetro ligado ao tamanho e à forma geométrica da estrutura, é profundamente afetado pela orientação da superfície rochosa. 8.2.3 Espaçamento - refere-se à quantidade de descontinuidades por unidade de medida(S=L*c0s(x)/Nc) 8.2.4 Irregularidade e rugosidade das superfícies – são irregularidades de dimensões centimétricas. A rugosidade é uma importante componente na resistência ao cisalhamento. 8.2.5 Resistência da parede da descontinuidade – outro componente importante da resistência ao cisalhamento. Essa propriedade pode ser determinada com o martelo de Schmidt, que estima quantitativamente a resistência. Existem tabelas para classificar o grau de intemperismo. 8.2.6. Abertura e preenchimento É importante para o estudo da percolação da água no interior dos maciços. Os preenchimentos podem alterar significativamente a resistência ao cisalhamento e a condutividade hidráulica. 8.3. Levantamento sistemático das descontinuidades Possui caráter quantitativo e trata os dados obtidos em campo de maneira estatística. Se aceita um número mínimo entre 100e 150 medidas. Após o tratamento estatístico, podem ser construídos histogramas de freqüência para cada uma das propriedades de interesse. Capítulo 9 – Classificações Geomecânicas Métodos de Projeto o Analíticos: baseiam-se em métodos numéricos o Observacionais: baseado em medidas instrumentais (NATM) o Métodos Empíricos: relacionados a experiências anteriores Objetivos das classificações geomecânicas: dividir um maciço em grupos de comportamento semelhante, fornecer dados para projetos de engenharia. Os dados obtidos com as classificações é um importante facilitador dos trabalhos de engenharia. Parâmetros empregados nas classificações geomecânicas: resistência da rocha, RQD (∑( )*100, quanto mais próxima de 100 melhor é a qualidade da rocha), rugosidade, continuidade, separação, preenchimento, nível da água e tensões de campo. o Obtém-se a rocha para a determinação do RQD através de sondagem rotativa. Extração de amostras de solo para análise: é feito com um barrilete de 1,5 a 5m. A coroa utilizada varia de acordo com a dureza da rocha. A série de diâmetros é padronizada de acordo com as letras (EW, AW, BW, NW, HW). Nas perfurações em rochas calcárias, eventualmente, ocorre avanço da sonda sem qualquer resistência e esse fato deve ser indicado para uma analise mais precisa da qualidade da rocha. Após a extração os testemunhos devem ser devidamente guardados. Medida do nível da água: analisa-se a quantidade de água, permeabilidade, aspectos geológicos. Esses dados podem fornecer informações sobre os condicionantes da percolação. Amostragem Integral: desenvolvida pelo LNEC permite obter as atitudes das estruturas geológicas. o Características das rochas: resistência da rocha intacta, espaçamento das descontinuidades, condições das descontinuidades e sua orientação, condições da presença de água. Principais Classificações geomecânicas: inicialmente foram concebidas para escavações subterrâneas. Não se deve esquecer a importância da consideração dos índices relativos a descontinuidades. Apesar da existência de inúmeras classificações, atualmente apenas as classificações de Bienawski(sistema RMR), a de Barton(Sistema Q). o Sistema RMR: (rock mass rating) utilizada seis parâmetros medidos no campo: resistência à compressão, RQD, espaçamento das descontinuidades, padrão das descontinuidades, orientação da água subterrânea, orientação relativa das descontinuidades/escavação. Objetivos: caracterizar os parâmetros condicionantes do comportamento dos maciços rochosos; compartimentar uma formação rochosa em classes de maciço com qualidades distintas; prover dados quantitativos para o projeto geomecânico, servir como referência a comunicação de dados na própria obra e entre obras distintas, RQD, Espaçamento médio dos sistemas de juntas, padrão das descontinuidades. o Os parâmetros do RQD e o espaçamento médio das juntas procuram refletir uma única condição referente à densidade volumétrica das descontinuidades, ou seja, o estado de compartimentação do maciço. É necessário considerar que o espaçamento expressa tão somente a condição média de compartimentação do maciço, isto é, a dimensão média dos blocos rochosos. A partir da atribuição de pesos em função dos níveis de variação dos parâmetros analisados procede-se à classificação nominal do maciço rochoso pelo somatório dos pontos obtidos, determinando-se assim o RMR. Com base nesse valor é possível inferir valores de referência para o tempo de auto sustentação do maciço, bem como características da seção e métodos de suporte recomendados. Guia para a utilização do sistema de classificação RMR: o Passos: dividir o túnel a ser escavado em regiões que apresente características geológicas similares que requerem de suporte específico, fazer um levantamento das feições geológicas de cada região delimitada, obter os valores dos seis parâmetros que somados fornecem o valor do RMR, Determinar (em função do RMR) e do comprimento do túnel selecionado o tempo de sustentação (aí então seleciona-se o suporte apropriado consultando-se tabelas). Sistema Q: a partir de mais de 200 casos históricos de obras de escavações subterrâneas foi proposto um novo sistema para quantificar o comportamento geomecânico de maciços rochosos (NGI- instituto geotécnico da Noruega). Os autores definiram um parâmetro adicional que relacionado com o valor de Q permite a classificação nominal do maciço. Além do estabelecimento de correlações com inúmeras outras grandezas intervenientes no problema de interação suporte/maciço. O resultado de D varia de 0,001 e 1,000(plotado em escala logarítmica) abrange rochas brandas até maciços sem descontinuidades As correlações demostrada para o sistema RMR podem ser extrapoladas para o sistema Q, através da seguinte relação . Apesar de muito útil essa correlação apresenta grande dispersão. Guia de utilização do sistema Q: o Passos: dividir o túnel a ser escavado em regiões geologicamente similares e que podem requerer um mesmo tipo de suporte, obter as descrições das feições geológicas e geotécnicas, determinar a classificação dos seis parâmetros e determinar o valor de Q, selecionar o valor de ESR e finalmente determinar o tipo de suporte utilizando o gráfico qxDe.(Ver cálculos de RMR e sitema Q). Estudo de caso: Barragem de Campos Novos o Os tratamentos foram efetuados concomitantemente ao avanço das escavações, as superfícies foram mapeadas de modo a adquirir os parâmetros necessários para a determinação do índice Q, em ambos os túneis adotou-se o valor 9 para a relação vão/ESR (ESR=1,6). Executou-se revestimento com concreto projetado em camada com 4cm de espessura e em alguns trechos com 5cm. Além disso, foram instalados tirantes em malha de até 2,2m. o A maior ocorrência foi da categoria 2 (tirantes em função da possibilidade de cunhas). O maciço rochoso estava praticamente seco, com RQD da ordem de 100%, juntas que apresentavam paredes sãs, rugosas com contato entre rochas. Nos trechos iniciais dos túneis os tratamentos foram estabelecidos de forma conservadora em relação aos sugeridos pelo índice Q sendo aplicado na abóbada 10cm de concreto projetado e tirantes dispostos em malha de 1,5m. Túneis- Capítulo 10 1. Etapas do empreendimento a. Estudos: são analisadas várias alternativas para o traçado i. Túneis Rodoviários: Corte Túnel Desvantagens Maiores desapropriações Manutenção contínua Interrupções do trânsito Traçado mais complicado Maiores danos ecológicos Contenção cara Investigações preliminares caras Problemas sísmicos Mao de obra especializada Custos operacionais Vantagens Mais barato em pequenas alturas (<40m) Fácil execução Poucas investigações Desapropriações menores Isento de manutenção Traçado menor Danos ecológicos mínimos b. Escolha do traçado: requer um conhecimento da geologia local. O estudo inicial é dividido em duas partes: estudo da FOTOGRAMETRIA da região, e o levantamento da superfície. Procede-se à etapa em campo para sondagens de solo (para definir a profundidade da rocha) e sondagens rotativas (para definir o tipo de rocha no traçado do túnel). O custo das investigações preliminares varia entre 2 a 5% do valor estimado do túnel. Nos projetos em que são feitos investigações preliminares, a diferença entre o custo orçado e o custo real da obra é mínima. c. Escolha da seção: São dimensionados conforme o gabarito rodoviário, e as seções não são padronizados no Brasil. (O emboque é mais fácil para seções que apresentam rochaaflorada ou com pouca cobertura de solo. Ao passo que grandes coberturas de solo ou elevadas inclinações dificultam a execução). 2. Métodos de construção a. Escavação a fogo: qualquer maciço rochoso pode ser escavado a fogo. Esse tipo de escavação além de ser mais versátil pode ser mais econômica. É feita abrindo furos na cabeceira, carregando-os com explosivos e detonando em uma ordem pré-determinada (previamente decidida pelo esquema de fogo). i. Métodos de avanço: variam conforme as dimensões das seções Tamanho da seção Método Pequena (2 a 15m) Avanço em plena seção, furos paralelos, pequenos carregadores e transporte do material escavado sobre trilhos. Média (15 a 100m) Avanço em plena seção com perfuração mecanizada e transporte do material escavado sob pneus. Grande (mais de 100) Escavação plena da abobada. A escavação restante pode ser feita em bancada GG (mais de 250) Podem ser atacados pelos seus extremos. Avanços por frente única aumentem em 15 a 30% os custos ii. Esquema de Fogo: é composto por três partes distintas 1. Pilão: é responsável pela primeira abertura no centro da cabeceira e no sentido do eixo do túnel. O objetivo é criar uma superfície livre contra a qual será efetuado o restante do desmonte. 2. Alargamento: devera providenciar a fragmentação satisfatória 3. Contorno: deve propiciar o melhor acabamento possível à superfície final da seção. iii. Equipamentos de furação: são utilizados equipamentos tipo jumbo com perfuratrizes. O diâmetro dos furos varia entre 45 e 64mm. iv. Disposição dos Materiais Escavados; as rochas, provenientes das escavações, que estão em boas condições é geralmente utilizada como agregado após britagem. b. Escavação mecanizada: competem econômica e tecnicamente com as escavações a fogo. Sua velocidade de avanço é superior à escavação a fogo tradicional e a eliminação do desconforto ambiental é uma vantagem importante. Maciços que tem rochas que não ultrapassam 30MPa podem ser escavados por escarificação mecânica. i. Escavações sob couraça: requer previa investigação dos parâmetros geológicos do local para evitar comprometer investimentos significativos. Dividem-se em dois tipos: 1. Face Aberta: mais simples e avançam com menor velocidade, porém são mais versáteis diante a mudança de material. 2. Face fechada: escavam automaticamente, são mais seguras em terrenos desmoronáveis e apresentam maior produtividade. c. Novo Método Austríaco (NATM): utilizado para escavar rochas brandas, favorece a deformação do maciço adjacente para redistribuir e reduzir as tensões induzidas. i. Medidas a serem tomadas: aplicar suporte flexível em torno do contorno escavado, dimensionar o revestimento final durante a obra (em função do comportamento mecânico da frente de escavação), controlar o desempenho do maciço. ii. Tem produtividade menor às escavações mecanizadas em maciços sob condições geotécnicas desfavoráveis. No metro de São Paulo foi atingida uma produção de 13m/dia em argila porosa (1989 a 1990). d. Escavações abaixo do Nível da água: utiliza-se o rebaixamento do nível da água a partir da superfície. 3. Condicionantes geológicos a. Litologia: granulometria, porosidade, plasticidade, ângulo de atrito, permeabilidade. Além do grau metamórfico, intemperismo... b. Intemperismo e solos em geral: rocha alterada pelo intemperismo tem baixa resistência às solicitações mecânicas c. Falhas e Fraturas: podem constituir surpresas indesejáveis se não previstas através de métodos geofísicos d. Estratificação, xistosidade e dobramentos: as dobras podem ter grande importância no direcionamento do campo de tensão, em geral orientado segundo a geometria da dobra e maiores tensões nos ápices. e. Água: pode ser drenada por túnel. Caso não seja possível, os túneis devem prover de sistema de captação e evacuação continua das infiltrações. 4. Aspectos Geotécnicos a. Tensões naturais e induzidas: i. Verticais: são estimadas em função da espessura em z. ii. Horizontais: são influenciadas por relevos enérgicos, tectonia residual, intemperização diferencial profunda e heterogeneidades litológicas e estruturais. Tendem a serem maiores que as tensões verticais. b. Recalques abatimentos e subsidências: resultam do adensamento de solos compressíveis causado pelo aumento das tensões efetivas, devido ao rebaixamento do nível da água. Deslocamentos superficiais podem refletir deformações não drenadas. 5. Tratamentos a. Ancoragens: introdução de uma barra de aço em um furo no maciço rochoso pode ser: (aumentar as tensões de confinamento da região melhorando a resistência) i. Ativa: Tirante. A barra é fixada no fim da perfuração com substâncias aderentes e então tracionada, produz um esforço compressivo no maciço. ii. Passiva: Chumbadores. A barra é introduzida na perfuração e injetada ao longo de sua extensão, ocorrendo o tracionamento do maciço. b. Concreto projetado: pode ser por via seca (água adicionada somente no bico) ou úmida. Fibras de aço e polipropileno são adicionadas ao concreto para aumentar sua resistência a esforços de tração. É largamente utilizado em túneis em solo pelo método NATM. É um sistema de suporte temporário. c. Combotas metálicas: são estruturas metálicas utilizadas como sistema de suporte, geralmente quando o tempo de sustentação do túnel é muito reduzido. (melhor tratamento para região de falha) d. Enfilagens: reforços colocados acima da abóboda de forma a possibilitar a escavação. i. Cravadas: introduz-se sem furos prévios. Em geral barras de aço de 3m utilizado em solos com resistência muito baixa. ii. Injetadas: introduzidas com furos prévios, as barras são injetadas e preenche-se o furo com calda de cimento. As barras de aço podem alcançar de 10 a 20m. 6. Revestimento Final: o revestimento final tem dupla finalidade: aumentar o fator de segurança e satisfazer valores estéticos. Pode se deixar o túnel em rocha aparente, revestir com concreto projetado, ou concreto estrutural (com o auxilio de formas) em todo o perímetro.
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