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Ensaio Academico dezembro

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UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARÍ
CURSO DE GESTÃO FINANCEIRA
 ENSAIO ACADÊMICO GESTÃO E O FLUXO DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES 
 
Lisane Wathier Zimmer
		Lajeado, novembro de 2018
Lisane Wathier Zimmer
ENSAIO ACADÊMICO SOBRE GESTÃO E O FLUXO DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
Trabalho apresentado na disciplina de Sistemas das Informações Contábeis, da Universidade do Vale do Taquari – UNIVATES.
Professora: Profa. Me. Adriana Wachholz.
Lajeado, novembro de 2018
�
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO..........................................................................................................5
 2.GESTÃO E O FLUXO DE INFORMAÇÕES NAS ORGANIZAÇÕES.....................6
3.A DIFERENÇA ENTRE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO...................................8 
4.A TEORIA DA COMUNICAÇÃO APLICADA NO PROCESSO CONTÁBIL...........9
 
5.COMPONENTES DO PROCESSO CONTÁBIL-COMUNICATIVO........................10
6.O CANAL DE COMUNICAÇÃO.............................................................................13
7.CONCLUSÃO.........................................................................................................18
REFERENCIAS 
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GESTÃO E O FLUXO DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES 
Resumo: Este ensaio apontará o conceito e a forma como a gestão da informação (GI) é abordada na literatura e como acontece o fluxo da informação mediante autores da área de Administração e Ciência da Informação. Dentre os maiores problemas enfrentados pelas organizações está a tarefa de saber lidar com a informação, tendo em vista os diversos problemas de como a informação se perde no caminho farei um estudo sobre como proceder da melhor forma para evitar este fato. O fluxo de informação interna e externa que precisa ser tratada, organizada, distribuída e compartilhada, requer competência dos gestores de cada área.
A informação bem gerida se transforma em um ponto forte caracterizado como vantagem estratégica e competitiva. Na era da informação, qualquer que seja o produto ou serviço ofertado pelas organizações, a informação está presente no processo de desenvolvimento, buscando a informação adequada e relevante a ser aplicada no momento oportuno.
 
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1.INTRODUÇÃO
Nos últimos anos temos acompanhado um enorme crescimento da utilização de ferramentas de Tecnologia da Informação (TI) nas Organizações. O uso cada vez mais intenso das telecomunicações de ferramentas computacionais (tanto através dos computadores pessoais, quanto através dos computadores centrais das empresas) tem certamente modificado a estrutura de comunicação dentro das Organizações. Correios Eletrônicos (e-mails), videoconferência, ferramentas de trabalho colaborativo, as Intranets e Extranets e tantos outros usos da Tecnologia da Informação alteraram a dinâmica interna das Organizações bem como o relacionamento com fornecedores, parceiros e clientes. A Tecnologia da Informação (TI) pode ser definida como o conjunto de tecnologias baseadas em computação que possibilitam a comunicação, processamento, distribuição de informações em Sistemas de Informação. A TI envolve, portanto, os sistemas de transmissão e distribuição de informações (as redes de telecomunicações e redes computacionais tais como a Internet e as Intranets) e os sistemas de armazenamento, processamento, transformação, coleta, recuperação, acesso e apresentação de informações sejam estes implementados em software ou hardware. À medida que as Organizações desenvolveram habilidades em implementar sistemas de Tecnologia da Informação o foco da análise de sua implementação mudou da TI voltada para otimização da produção para a compreensão dos efeitos desta nos indivíduos, Organizações e sistemas econômicos (BakoseKemerer,1991).
É de consenso geral entre os estudiosos da Ciência Contábil que a função básica da contabilidade é identificar, registrar, mensurar, informar e (comunicar) os eventos que afetam as empresas.
Alguns cuidados devem ser observados na utilização da comunicação, em qualquer processo, tais como a sobrecarga de informação, conforme nos é alertado pelos pesquisadores de comunicação que descobriram que as pessoas lidam com excesso de dados, ignorando parte das informações disponíveis
2.Gestão e fluxo da informação nas organizações
Uma empresa é como um barco, em que os colaboradores são os remadores. E para garantir que todos remem com sincronia na mesma direção, é essencial realizar uma boa gestão e fluxo da informação nas organizações. Para isso, o setor de comunicação usa técnicas e tecnologias para garantir que a troca de informações aconteça corretamente entre as diferentes áreas e níveis hierárquicos da companhia.
Um dos papéis importantes do setor de comunicação em empresas é utilizar boas práticas para regularizar a troca de informações dentro dela. Na realidade, mesmo sem a ação afirmativa dos especialistas na área, o fluxo das informações continua existindo, de uma forma que pode ser prejudicial à produtividade e ao ambiente corporativo. Sem ter os processos de comunicação internos formalizados, cria-se um campo fértil para o surgimento de inconsistências, boatos e informações falsas. Além disso, é preciso que haja uma condução correta dos fluxos de informação, para assegurar que todos tenham acesso aos conhecimentos e dados necessários à execução de seu trabalho.
Para entender como funcionam os fluxos de informação em uma empresa é preciso conhecer os conceitos básicos da comunicação, entendendo o que são: emissor, receptor e mensagem. De forma simplificada, podemos dizer que, dentro do processo de comunicação, o emissor é aquele que gera a mensagem para enviar ao receptor, que absorverá essa informação.
É neste contexto que citarei algumas definições de comunicação, na visão de vários estudiosos do tema.
Para Colin Cherry apud Jean Cloutier (1975), a comunicação tem o seguinte significado: “compartilhar elementos de comportamento ou modos de vida, pela existência de um conjunto de regras”.
Berlo apud Jean Cloutier (1975) entende a comunicação como um “processo através do qual um indivíduo suscita uma resposta num outro indivíduo, ou seja, dirige um estímulo que visa favorecer uma alteração no receptor por forma a suscitar uma resposta”.
Abraham Moles apud Jean Cloutier (1975) define comunicação como um “processo de fazer participar um indivíduo, um grupo de indivíduos ou um organismo, situados numa dada época e lugar, nas experiências de outros, utilizando elementos comuns”.
Niblett apud João Conde Veiga (1992:46) define a comunicação, num sentido mais amplo, quando comparara-a com transporte. Diz: “O efeito se tornará maior se, em vez do transporte físico – este gênero, a comunicação, se torna veículo de transporte de mensagens e ideias”.
Analisando as várias definições, verificamos uma ideia comum entre os autores, a de produzir uma resposta no indivíduo e outro importante, destacada por Niblett apud João Conde Veiga (1992:42) que define o fenômeno da comunicação como um veículo de transporte de ideias. Como resultado destas observações, conseguimos chegar a um conceito geral de comunicação que diz assim: “Comunicação é fenômeno utilizado para transportar ideias e informações, objetivando uma resposta ou estímulo no indivíduo, seja ocasional ou proposital”.
Com base neste conceito, que considera a comunicação como meio de transporte de ideias e informação na espera de feedback, tanto pode ser interpessoal (pela voz, através de onda sonora, transportada pelo ar) ou de sinais sonoros convencionados para chegar mais longe (através de tambores do Olodum). É importante ressaltar também que depois dos grandes desenvolvimentos tecnológicos, o transporte de informações evoluiu muito. Um exemplo é a internet, que vem funcionando como um dos meios mais eficazes de transmissão de informações (comunicação) e de democratização do conhecimento, porque comunicar é democratizar e socializar.
MasLaudie apud Jose Maria Dia Filho e Masayuki (www.eac.fea.usp.br/cadernos) nos alerta nesta reflexão, quando se refere à contabilidade como “..um processo de comunicação bidirecional e interpessoal e destaca que é importante questionar o significado do que está sendo comunicado aos usuários das informações contábeis, uma vez que a linguagem se caracteriza como um instrumento de comunicação que requer ajustes continuados em função dos agentes que participam do processo”.
E através do pronunciamento da AAA (American Accounting Association) apud XV Congresso Brasileiro de Contabilidade (1996:233) reafirmamos que a “Contabilidade é um processo de identificação, mensuração e comunicação de informações econômicas, a fim de permitir julgamentos e tomada de decisão pelos usuários dessa informação”.
3.A DIFERENÇA ENTRE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
E assim, temos que ter conosco uma distinção muito clara entre informação e comunicação, onde João Conde Veiga (1999:57) nos ajuda quando define de forma simples, assim: - Informação – “é notícia de qualquer acontecimento, ou fato, que tenha interesse em ser conhecido, e que possa ter atualidade”.
Comunicação – “é a veiculação dessa mesma informação, pondo à disposição de outrem, e tendendo, no seu efeito difusor, a formar um público vasto”. Desta forma, caracterizamos um conceito de informação segundo João Conde Veiga (1999:52) “..a informação nasceu da necessidade de comunicar um acontecimento...”, e, portanto, ao contrário do que se poderia supor quando acostumados a utilizar a comunicação como sinônimo de informação, reafirmamos que a comunicação trata apenas de um meio de transporte da informação.
E para melhor esclarecer a definição de informação, João Conde Veiga (1999: 54) nos diz ainda que “..informar é, mais restritamente, escolher sobre este amontoado imenso de notícias e dele tirar aquilo que se considera digno de ser contado...”.
E assim, temos que ter conosco uma distinção muito clara entre informação e comunicação, onde João Conde Veiga (1999:57) nos ajuda quando define de forma simples, assim: - Informação – “é notícia de qualquer acontecimento, ou fato, que tenha interesse em ser conhecido, e que possa ter atualidade”.
Comunicação – “é a veiculação dessa mesma informação, pondo à disposição de outrem, e tendendo, no seu efeito difusor, a formar um público vasto”.
4.A TEORIA DA COMUNICAÇÃO APLICADA NO PROCESSO CONTÁBIL
Aqui destaco a seguinte observação, no que considera a comunicação como item do processo contábil, que é impossível uma visão isolada do fato, já que qualquer alteração/inclusão de um item de um processo pode ocasionar uma reflexão em todos os outros itens.
 Agora, justificamos a necessidade de uma abordagem da Ciência Contábil através da Teoria da Comunicação, pela mesma necessidade que a Psicologia, Antropologia, Sociologia e Biologia a vem utilizando há muito tempo, que é a preocupação de permitir uma comunicação mais eficaz entre o comunicador e o receptor.
E, na tentativa de exprimir a necessidade da Teoria da Comunicação no Processo Contábil, utilizamos algumas palavras de Iudicibus, quando nos diz que “... processo de comunicação implica o reconhecimento dos tipos de informação necessária para cada principal usuário da informação contábil e a avaliação das habilidades dos usuários em interpretar informação adequadamente”. (IUDICIBUS, Sérgio de Teoria da Contabilidade, 1993:24)
Com base nas palavras de Iudicibus é que utilizarei as ferramentas da Teoria da Comunicação, num processo de readaptação da realidade da contabilidade, na qual procuraremos meios de solucionar algumas falhas do sistema contábil.
É nesta readaptação do processo contábil ao processo de comunicação que verificamos a necessidade de identificar todos os componentes do processo contábil, em relação ao sistema de comunicação, criando um paralelo que explique as funções do processo contábil-comunicativo.
5.COMPONENTES DO PROCESSO CONTÁBIL-COMUNICATIVO
Para fazer um paralelo entre processo contábil e o processo de comunicação, temos de conhecer quais são os componentes básicos da comunicação, que são apresentados e assim, temos que ter conosco uma distinção muito clara entre informação e comunicação, onde João Conde Veiga (1999:57) nos ajuda quando define de forma simples, assim: - Informação – “é notícia de qualquer acontecimento, ou fato, que tenha interesse em ser conhecido, e que possa ter atualidade”.
Comunicação – “é a veiculação dessa mesma informação, pondo à disposição de outrem, e tendendo, no seu efeito difusor, a formar um público vasto”.
Nas palavras de James J. Thompson (1973:13) que diz “... todos os componentes – fonte, receptor, veículo e mensagem – influenciam de certo modo, uns com outros...”, entendemos que se trata de um sistema cíclico e de interação.
E para um melhor entendimento, passaremos a partir deste momento a tratar de modo separado todos os componentes da comunicação.
Thompson (1973:14-25) nos define cada componente da seguinte forma:
Fonte: “A fonte é a nascente de mensagens e iniciadora do ciclo de comunicação”;
 Receptor: “O receptor é o intérprete da mensagem”;
Mensagem: “A mensagem, consequentemente, pode ser definida como um conjunto ordenado de símbolos cujo significado fica claro apenas através do comportamento de cada receptor”;
Veículo: “O veículo é o canal ou cadeia de canais que liga fonte e receptor”. Dentro desta definição destaca o conceito de Ruídos como sendo “Fatores dentro de um canal que interferem na mensagem”.
Graficamente, o processo de comunicação poder ser representado da seguinte forma:
FEEDBACK
Depois de apresentados os componentes do processo comunicação, vamos elaborar um paralelo destes conceitos com a realidade da Ciência Contábil.
Para começarmos as adequações, faz-se necessária a apresentação gráfica, nos moldes demonstrados acima, num contexto da contabilidade, para assim, definirmos componente a componente do processo contábil ao processo de comunicação.
 
Utilizando os conceitos de comunicação de Thompson (1973) para adequar cada um dos componentes ao processo contábil, temos primeiro de fazer uma consideração, na qual possa enxergar esses processos na sua forma macro, para assim poder traçar um paralelo que satisfaça as necessidades de promover uma comunicação eficaz entre os usuários e a contabilidade.
 Desta forma, podemos transcrever os componentes do processo da comunicação para o processo contábil, da seguinte maneira: a Fonte (Emissor) - Contabilidade, o Canal de Comunicação – Relatórios Contábeis, a Mensagem – Informação Contábil, o Receptor – Usuário da Informação Contábil
A Fonte (Emissor)
A Contabilidade como Fonte (Emissor) é representada através de um Sistema de Informação, que segundo Bio (1987) apud XV Congresso de Contabilidade (1996:235), compõe-se de três etapas:
Coleta de dados da entrada;
Processamento dos dados;
Produção e distribuição de informação.
Pode ser representado graficamente, segundo este autor, da seguinte maneira:
AICPA (1972) apud Iudicibus (1993:17), afirma que “... a função fundamental da contabilidade (...) tem permanecido inalterada desde seus primórdios. Sua finalidade é prover os usuários das Demonstrações Financeiras com informação que os ajudarão a tomar decisões. Sem dúvida, tem havido mudanças substanciais nos tipos de usuários e nas formas de informação que têm procurado...”
Sobre esta questão do sistema de informação, observamos a diferença entre dado e informação e ainda a identificação e mensuração desses dados na hora de gerar as informações. 
A contabilidade de dados se resume, segundo Padovese (1997:47), em “...quantidade vendida, quantidade produzida, números de empregados, número de horas trabalhadas, carteiras de pedidos, etc...” e outros que se possa identificar na entidade que se está contabilizando. 
Já a informação é o resultado de todo trabalho do sistema de informação contábil.
Sobre a preocupação da identificação e mensuraçãodos dados, digamos logo que existem áreas especializadas nesta questão, na contabilidade, que tentam chegar ao melhor resultado que satisfaça a todos. E sabemos que qualquer falha que ocorra pode ocasionar uma outra falha em cadeia, e assim desmantelar todo o sistema, principalmente na questão da confiabilidade do receptor (usuário).
 
6.O Canal de Comunicação
Os Relatórios Contábeis sendo considerados o Canal de Comunicação, dentro da visão do Processo Contábil-Comunicativo, é representado claramente quando Iudicibus (1993:17) em seu Livro Teoria da Contabilidade transcreve o relatório da AICPA (American Institue of Certified Public Accountants – publicado em 1972), onde consta que a “... função das Demonstrações Financeiras é fundamental e profunda. O objetivo básico dos Demonstrativos Financeiros é prover informação útil para as tomadas de decisões”. Devemos fazer uma reflexão, na qual se deve observar as Demonstrações Financeiras como um Canal de Comunicação. Nesta questão, devemos ainda avaliar se as demonstrações estão desempenhando realmente seu papel original e se os meios para executar esta função estão maximizados, para tornar assim o Canal de Comunicação (Relatórios) mais eficiente no Processo Contábil-Comunicativo existente entre o Receptor (Usuário) e a Fonte (Contabilidade).
A Mensagem 
Sobre a Informação Contábil transcrita na forma de Mensagem, uma ressalva importante deve ser feita: para uma mensagem atingir seu objetivo, deve-se levar em consideração a questão da forma em que está codificada e da facilidade ou dificuldade por parte do Receptor (Usuário) de decodificá-la. 
Tomando por modelo a Teoria da Comunicação, observamos a dificuldade por parte dos Usuários que utilizam os Relatórios Contábeis de decodificar as informações dificuldade por parte do Receptor (Usuário) de decodificá-la 
Para ratificar o que foi dito, utilizamos as palavras de José Maria Dias Filho e Masayuki Nakagawa (www.eac.fea.usp.br/cadernos) quando nos dizem que o “... desempenho na decodificação da mensagem pode ser afetado por vários fatores, mas nenhum deles é tão importante quanto o grau de conhecimento que se tenha sobre o código utilizado pela fonte...” e informamos ainda que “...se o receptor (Usuário) não conhecer o código empregado na composição da mensagem, não poderá interpretá-la, independente dos cuidados que a fonte possa ter adotado para estruturá-la...”
Nesta questão da codificação e decodificação de mensagens e de formas melhores na apresentação desses códigos, informamos que existem vários estudos que podem auxiliar nas dúvidas, entre outros, o estudo que trata da “semântica da linguagem contábil”.
Considerando o Usuário da Informação Contábil como Receptor, devemos destacar a observação feita por Belo (1999) apud José Maria Dias Filho e Masayuki Nakagawa (www.eac.fea.usp.br/cadernos), que nos afirma: “... o receptor é o elo mais importante em qualquer processo de comunicação, salientando que se a mensagem não atingi-lo de maneira compreensível, inútil terá sido o esforço de enviá-la”.
O Receptor
Em relação a este componente (Usuário), que motiva a existência de todo o processo contábil-comunicativo, importa caracterizá-lo bem, na tentativa demonstrar a sua importância.
O receptor (Usuário) pode ser identificado em dois grandes grupos:
Pela Localização: 
a) Internos;
b) Externos.
Pelo Nível de Conhecimento:
a) Especialistas;
b) Leigos;
 O primeiro grupo, o dos usuários externos, é composto pelos que não têm acesso direto às informações contábeis, como acionistas, governo, fornecedores, etc. Já os usuários internos são os proprietários das entidades. 
O segundo grupo se destaca pela capacidade de interpretação da informação contábil (decodificação). Nele há os Especialistas, que são os que têm 
conhecimento de contabilidade; logo, a facilidade de decodificar as informações; e tem também os Leigos, que não têm nenhum conhecimento de contabilidade; logo, nenhuma ferramenta que os auxiliem na interpretação (decodificação) das informações.
Sobre a caracterização do Receptor (Usuário) José Maria Dias Filho e Masayuki Nakagawa (www.eac.fea.usp.br/cadernos) nos é de grande valia, quando nos diz: “A preocupação com o receptor é um princípio orientador para qualquer fonte de comunicação. Ele tem sempre de ser lembrado, quando se decide sobre um dos fatores ligados à comunicação. Quando a fonte escolhe um código para a mensagem, deve escolher um que seja conhecido do receptor. Quando a fonte seleciona o conteúdo, a fim de refletir seu objetivo, seleciona um conteúdo que tenha significação para o receptor. A única justificativa para a existência da fonte e para a ocorrência da comunicação é o receptor, o alvo ao qual tudo é destino.”
Uma outra observação que devemos salientar é que existe uma grande diferença entre como devemos evidenciar e como devemos comunicar as informações contábeis.
A evidenciação, dentro do contexto da contabilidade, pode ser definida como um “plus” ou até um complemento das Demonstrações Financeiras, principalmente quando utilizamos palavras. Iudicibus discorre sobre as formas e métodos de evidenciação, em relação aos demonstrativos contábeis, da seguinte maneira: “... Embora a evidenciação se refira a todo o quadro das demonstrações contábeis, vários métodos de realizar a evidenciação estão disponíveis...”, sendo eles:
“forma e disposição das demonstrações contábeis formais”
“informação entre parênteses”
“notas de rodapé (explicativa)”
“quadros e demonstrativos suplementares”
“comentários do auditor”
“relatório da diretoria”Surge então a preocupação de como estamos comunicando e se devemos aprender com os comunicadores os meios que facilitem uma melhor interpretação e entendimento das informações contábeis, pois, o objetivo da Ciência Contábil não é prover os usuários de informações úteis para tomadas de decisões? E se essas informações não estiverem atingindo o fim desejado? E ainda outra pergunta: como saberemos se conseguimos atingir este objetivo? Quanto a isso, o processo comunicativo pode nos dar algumas respostas, quando recorremos ao Feedback. Todavia, para responder plenamente todas as questões levantadas seria necessário aprofundar os estudos.
O Feedback
O Feedback pode ser apresentado como uma resposta que retorna, ou um reflexo na Fonte (Emissor)da mensagem. Para melhor visualização do conceito de Feedback no Processo Contábil-Comunicativo, citaremos Gagliardi apud XV Congresso Brasileiro de Contabilidade (1996:234) que diz: “A empresa processa e emite informações aos usuários, os quais recebem e criam conceitos sobre ela, direcionando suas decisões e criando um reflexo, positivo ou negativo, sobre a sua imagem, formando um ciclo contínuo de ação e reação”.
Quando uma mensagem emitida pela Fonte pode ocasionar uma resposta no Receptor e consequentemente uma reação de forma positiva ou não, serve assim como um termômetro da satisfação da mensagem enviada e a eficiência do seu envio
O Ruído
O Ruído existe em todos os veículos de comunicação, seja pequeno ou em limites intoleráveis, impedindo até o fluxo de informações James J. Thompson (1973:24) nos auxilia ao definir os ruídos como “Fatores dentro de um canal que interferem na mensagem” e nos esclarece esta definição utilizando o seguinte exemplo: “... quando você permanece muito tempo sentado numa posição desconfortável, seu pé poderá ficar dormente. Fica insensível à pressão do chão. Esta condição, que interfere nas informações do seu sistema tátil, é ruída”.
Na tentativa de evitar o ruído, a Teoria da Comunicação apresenta uma opção que é chamada negentropia, o que Thompson (1973:25) explica de forma resumida: “A mensagem perfeita não lhe deveria permitir escolha alguma, a não ser a da mensagem com o significado da fonte” e reafirma esta definição assim: “...quanto menos chances de escolha, maior a estabilidade no sistema de comunicação...”.Mas dentro do Processo Contábil-Comunicativo, o Ruído consiste na sobrecarga do canalde informações (excesso de informações), como já destacamos na introdução deste trabalho, e também na terminologia contábil, que pode ser definida como os termos técnicos usados no processo contábil.
Na discussão da terminologia contábil, destacamos como meio de amenizar ruídos no processo contábil, a utilização de poucos termos técnicos, facilitando a compreensão do usuário. É o que estabelece a negentropia, pois, sabemos que na equivalência de palavras existem perdas. É recomendável a restrição da mensagem na transcrição de termos técnicos para populares. Existe estudo que aborda especificamente a questão da terminologia contábil, no campo da semântica da linguagem contábil, que fala justamente do problema da transcrição dos termos técnicos.
7.CONCLUSÃO
A contabilidade pode ser estudada através de diversas abordagens, conforme diz a literatura contábil, dentre elas, destacamos a Teoria da Comunicação, por considerar a mais adequada. Nisto, Iudicibus (1993) me ajudou muito, ao destacar a importância da Teoria da Comunicação, dentro da visão da Ciência Contábil.
Não significa que outras abordagens não estejam certas, mas que o estudo de cada uma delas se faz necessário, para o crescimento da contabilidade como ciência, diante da sua importância na sociedade. Mas a Teoria da Comunicação, numa abordagem da Ciência Contábil, pode descrever problemas e promover soluções. Neste estudo, identificamos os componentes da contabilidade no contexto do processo contábil-comunicativo, esperando ter levantado questões críticas e apontado soluções para questões que nos são cobradas no dia-a-dia, pela sociedade, pelos usuários e por nossa própria consciência, dada a pertinência da colocação se a contabilidade deve apenas informar como é do entendimento de alguns contadores.
BIBLIOGRAFIA
PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial – Um Enfoque em Sistema de Informação Contábil. 2º Edição. São Paulo: Atlas,1997.
VEIGA, João Conde. Introdução ao Estudo da Comunicação Social. 1º Edição. Porto: Fundação de Ensino e Cultura de Fernando Pessoa,1992.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 3º Edição. São Paulo: Atlas,1993.
THOMPSON, James J. Tradução de SALAZAR, José Monteiro. Anatomia da Comunicação. Rio de Janeiro: Bloch,1973.
FILHO, José Maria Dias e NAKAGAWA, Masayuki. Análise do Processo da Comunicação para a Solução de Problemas Semânticos, Utilizando Conceitos da Teoria da Comunicação.2000. Disponível em: www.eac.fea.usp.br/cadernos.
DRUCKER, P. Ferdinand, O melhor de Peter Drucker: a administração São Paulo: Nobel, 2002.
REIS, Carlos. Planejamento estratégico de sistemas de informação. Lisboa: Presença, 1993.
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