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O DIREITO COMO MECANISMO DE DOMINAÇÃO

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O DIREITO COMO MECANISMO DE DOMINAÇÃO
GALVÃO, Sheila Cristina; LADEIRA, Tifane Gabriele Vieira.
VII Congresso de Pesquisa Jurídica do Centro de Estudos Superiores Aprendiz.
Tema: 30 anos da Constituição da República de 1988.
Eixo Temático: GT1-Desafios Constitucionais atuais, direitos fundamentais e novas tendências. 
RESUMO
Este relatório consiste em apresentar um tema vasto e debatido historicamente por pensadores do Direito, o poder de uma Ideologia implantada pelo dominante no Estado e as suas relações com o Direito. Aprendizado adquirido e discutido na disciplina Introdução ao Estudo do Direito, curso de Direito do CESA, no período letivo de 2018. Complementado pelo documentário “O Guia Pervertido da Ideologia”, em que o autor Slavoj Zizek revela que as pessoas estão acorrentadas e presas a ideologias predominantes. 
PALAVRAS-CHAVE: Ideologia. Direito. Estado. Dominação.
INTRODUÇÃO
A disciplina de Introdução ao Estudo do Direito é grade curricular na Instituição CESA nos dois primeiros períodos do curso de Direito. Ela auxiliará o aluno a pensar o Direito e compreender as demais e futuras disciplinas.
 Ideologia, em sentido simples e amplo, é o ideal ou o que deveria ser. Neste trabalho a área que será estudada é a Ideologia como um instrumento de dominação. Ela age por meio de convencimento e persuasão, distorcendo a realidade de acordo com o interesse do dominante, que amparado pelos aparelhos do Estado como o Governo, a Administração e os Tribunais, aliena a consciência do corpo social. Contudo, o Estado também pode reprimir utilizando da violência, por meio dos exércitos e polícias. 
 Relacionando as formas e mecanismos de propagação da ideologia no Direito, fica clara a grande ideologia: “Lute por justiça e igualdade”, o paradoxo se reflete na necessidade do homem por mais polícia e por tribunais com penas mais rigorosas.
Tercio Ferraz Júnior apresenta em seu livro Introdução ao Estudo do Direito, uma definição de como o direito é visto hoje:
O direito, assim, de um lado protege-nos do poder arbitrário, exercido à margem de toda regulamentação, salva- nos da maioria caótica e do tirano ditatorial, dá a todos oportunidades iguais e, ao mesmo tempo, ampara os desfavorecidos. Por outro lado, é também um instrumento manipulável que frustra as aspirações dos menos privilegiados e permite o uso de técnicas de controle e dominação que, por sua complexidade, é acessível apenas a uns poucos especialistas.
A verdadeira compreensão do Direito não começa pelo estudo das leis, mas pela análise do sujeito de direito. As grandes formulações do Direito que servem de arcabouço para os juristas precisam passar pelo filtro crítico que associa o direito a fenômenos de força e poder, fenômenos esses que mantém ou resseguram a hierarquia tradicional da sociedade. Essa realidade é convertida num paradoxo moral do bem contra o mal.
Não basta apenas entender como é estabelecido às vias ideológicas que a dominação pode perpetuar, o mais importante é saber sobre as relações de dominação e como são sustentadas. Formas simbólicas, palavras, gestos e relações.
Assim, a classe dominante é permeada pela idéia de interesse coletivo, fazendo uso de representantes políticos através do Estado, utilizando o Direito como regulador. 
O presente estudo busca retirar a moldura de ideologia das pessoas, porque para o dominador é importante que ninguém os perceba, ou poderá haver uma revolução e um pleito de troca de poder. Quem o possui não deseja perdê-lo, mas todos que o têm querem mantê-lo . Se retirada a moldura, através da qual somos induzidos a enxergar o mundo, nasce uma possibilidade de superação da ideologia como forma jurídica.
REFERENCIAL TEÓRICO
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho teórico mostra-se de grande importância, fomentando um ganho intelectual para todos os participantes, viabilizando a compreensão de como a classe dominante tende a reproduzir seus ideais para manter-se no poder. 
REFERÊNCIAS
FERRAZ JUNIOR, Tercio Sampaio. Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão e dominação. 6ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ZIZEK, Slavoj. O Guia Pervertido da Ideologia. Disponível em: 
<HTTPS://drive.google.com/open?id=1uWAP_RhlcDFCpooisx2BETA5wcqn3Fwh> Acesso em: 12 de outubro de 2018
ALTHUSSER, Louis. Aparelhos ideológicos do estado. 9 ed. Rio de Janeiro: Graal, 2003. 
Estudantes do 2º período de Direito, na Instituição CESA. Barbacena, Minas Gerais. Sheilagalvao@yahoo.com.br; Tifane_gvl@hotmail.com. 	Página 1

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