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Estado democratico de direito origens e conceito de direito administrativo

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UNIDADE I NOCOES PRELIMINARES
Com o advento da Constituição Federativa do Brasil de 1988, verifica-se uma nova etapa na evolução política do País, incorporando-se ao ordenamento jurídico pátrio as idéias e princípios universais do Estado Democrático de Direito. 
1 NOÇÃO DE ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
1.1 Estado Moderno e Democracia
De acordo com o autor Dalmo de Abreu Dallari (1998), a origem do Estado Moderno surge com o Absolutismo e a idéia de Estado Democrático aparece no século XVIII, através dos valores fundamentais da pessoa humana, a exigência de organização e funcionamento do Estado enquanto órgão protetivo daqueles valores. diretos de 1ª geracao direitos individuais; 2ª geracao direitos coletivos; 3ª geracao direitos difusos
A noção de governo do povo, derivada da etimologia do termo democracia. - a Revolução Inglesa, com influência de Locke e expressão mais significativa no Bill of Rights de 1689; a Revolução Americana com seus princípios expressos na Declaração de Independência das treze colônias americanas em 1776 e a Revolução Francesa, com influência de Rousseau, dando universalidade aos seus princípios, devidamente expressos na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789.
Com relação à Revolução Inglesa, a proteção dos direitos naturais - intenção de estabelecer limites ao poder absoluto do monarca e a influência do protestantismo. 
Quanto à Declaração da Independência, a garantia de supremacia da vontade do povo, a liberdade de associação e a possibilidade de manter um permanente controle sobre o governo. 
No tocante à Revolução Francesa, movimento consagrador das aspirações democráticas. sociedade política que tem por fim a preservação da liberdade do homem e a inexistência da imposição de limites que não seja decorrente de lei (expressão da vontade geral), bem como o direito dos cidadãos de concorrer, pessoalmente ou através de seus representantes, na formação da vontade geral. 
Segundo Dalmo Dalari: ‘’ A preocupação primordial foi sempre a participação do povo na organização do estado, na formação e na atuação do governo, por se considerar implícito que o povo, expressando livremente sua vontade soberana, saberá resguardar a liberdade e a igualdade’’ 
Idéia atual de Estado Democrático
Realizar os valores individuais leva o Estado Contemporâneo a uma crise quanto a sua organização e objetivos. ideal político de toda a Humanidade a aspiração a um Estado Democrático, resultando em regimes variados e contraditórios entre si. Cada um afirma ser mais adequado às exigências desse Estado. 
Há necessidade um pensamento voltado ao ideal de que a democracia precisa de valores e de uma organização adequada, atendendo-se aos pressupostos de eliminação da rigidez formal, da preservação da liberdade e da igualdade. Ainda, destaca que o Estado deve possuir: uma organização flexível, a permanente supremacia da vontade popular, a preservação da igualdade de possibilidades e liberdade. 
Apesar dos problemas enfrentados quanto à chamada crise de identidade do Estado, a idéia de um Estado Democrático de Direito apresenta possibilidades de concretização através de conteúdo próprio.
O princípio da legalidade, presente no rol dos princípios de Estado Democrático de Direito atua não só como um meio de ordenação racional, com regras, formas e procedimentos que excluem o arbítrio e a prepotência, mas como a busca efetiva de concretização da igualdade social.
O Estado deve sempre ter presente a idéia de que a democracia implica necessariamente a questão da solução do problema das condições materiais de existência.
O Estado Democrático deve aparecer com a noção de reduzir antíteses econômicas e sociais, isto se torna possível com a devida aplicação da Constituição Federal (colocada no ápice de uma pirâmide escalonada), que representa o interesse da maioria. 
O Estado adquire um caráter mais dinâmico e mais forte do que a sua concepçào formal, ou seja, as normas devem estar submetidas às variações sociopolíticas, analisando-as de acordo com os princípios democráticos de direito.
ORIGENS DO DIREITO ADMINISTRATIVO
Direito divide-se em dois ramos: PUBLICO E PRIVADO.
PUBLICO: objeto principal – regulação dos interesses estatais e sociais, so alcançando as condutas individuais de forma indireta RAMOS DO DIREITO – CONSTITUCIONAL; ADMINISTRATIVO; TRIBUTARIO PENAL; AMBIENTAL
CARACTERISTICA PRINCIPAL – EXISTENCIA DE UMA DESIGUALDADE JURIDICA ENTRE OS POLOS DESSAS RELACOES. POLO ESTADO – COLETIVIDADE – SUPREMACIA SOBRE OS INTERESSES PARTICULARES RESPEITADOS OS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS CONSTITUCIONAIS EX DESAPROPRIACAO PARA CONSTRUCAO DE ESTADA
NAS RELACOES DE DIREITO PUBLICO O ESTADO ENCONTRA-SE EM POSICAO DE DESIGUALDADE JURIDICA EM RELACAO AO PARTICULAR SUBORDINANDO OS INTERESSES DESTE A COLETIVIDADE.
PRIVADO: objeto principal regulacao dos interesses individuais – convívio harmônico individuo – individuo; individuo – Estado
os interesses tutelados são particulares, não há motivo para estabelecer a priori qualquer relacao de subordinacao entre as partes. mesmo quando o estado integra um dos polos de uma relacao regida pelo direito privado (ex usucapiao)
o estado não esta tutelando interesses coletivos nem atuando no uso de seu poder de imperio, e deve, por isso, colocar-se em pe de igualdade com o polo oposto da relacao juridica
 CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO: DI PIETRO: O RAMO DO DIREITO PUBLICO QUE TEM POR OBJETO OS ORGAOS, AGENTES E PESSOAS JURIDICAS ADMINISTRATIVAS, QUE INTEGRAM A ADMINISTRACAO PUBLICA, A ATIVIDADE JURIDICA não CONTENCIOSA QUE EXERCE E OS BENS DE QE SE UTILIZA PARA A CONSECUCAO DE SEUS FINS, DE NATUREZA POLITICA.
OBJETO
CONFERE UM AMBITO DE ATUACAO CADA VEZ MAIS AMPLO; O ATUAL DA REGE TODAS AS FUNCOES EXERCIDAS PELAS AUTORIDADES ADMINISTRATIVAS, QUALQUER SEJA A NATUREZA DELAS.
EMBORA A ATIVIDADE ADMINISTRATIVA SEJA FUNCAO TIPICA DO PODER EXEC. OS OUTROS PODERES (LEGIS. JUD.) TAMBEM PRATICAM ATOS QUE, PELA SUA NATUREZA são TIDOS COMO DA. EX. QUANDO JUD E EXEC ESTAO ATUANDO COMO ADMINISTRADORES DE SEUS SERVICOS: NOMEACAO, REMANEJAMENTO, LICITACAO.
CODIFICACAO E FONTES
DA não encontra-se codificado estabelecidas na CF e leis espassas 8666; 9784 – regime dos servidores pub civis da união; 
fontes principais – leis, jurisprudencia, doutrina e costumes.
lei – fonte primaria – cf, leis em sentido estrito lei complementar, ordinaria, delegada, atos normativos com forca de lei – mp e antigo dec lei.
doutrina e jurisprudencia – secundaria: jurisprudencia não vincula, as decisoes do stf são vinculantes (cf art 102 § 1º, 2º, ec 45/2004). sumula vinculante outorga forca obrigatoria cf art. 103-a introduzido pela ec 45/2004.
costumes - principio da legalidade adminsitrativa cf art. 37, aumentado a sua importancia.
sistemas administrativos: regime adotado pelo estado para controle dos atos adm.
ingles: e aquele em que todos os litigios – administrativos ou de interesses exclusivamente privados – podem ser resolvidos pelos orgaos do judiciario.
a adocao do sistema de jurisdicao única não implica a vedacao a existencia de solucao de litigio no ambito adm.
qualquer litigio, ainda que iniciado na esfera administrativa, pode, sem restricoes, ser levado, a apreciacao do judiciario.
frances: veda o conhecimento pelo poder judiciario de atos da administracao, fiando sujeitos a jurisdicao especial do contencioso administrativo, formada por tribunais de indole administrativa – dualidade de jurisdicao: administrativa e comum
sistema brasileiro: adotou o sistema ingles – o principio da inafastabilidade de jurisdicao ou da unicidade de jurisdicao encontra-se expresso como garantia individual, ostentando status de clausula petrea constitucional no inc. XXXV do art. 5º cf – ‘’ a lei não excluira da apreciacao do poder judiciario lesao ou ameaca de direito
ex: se autoridade da adm tributaria em fiscalizacao aplicamulta pode recorrer ao judiciario ou pode impugnar administrativamente perante o mesmo orgao que atuou – processo administrativo – onde a administracao ao seu termino, exercendo o controle da legalidade e da legitimidade do ato administrativo eimposicao da multa, decidira se houve irregularidade ou não. apos isto, mesmo sendo amntida a multa, pode ser discutida judicialmente.
administracao publica
nocoes de estado
O Estado e PESSOA JURIDICA TERRITORIAL SOBERANA, formada pelos elementos POVO TERRITORIO E GOVERNO SOBERANO, elementos indissociaveis e primordiais para formação do estado independente.
O ESTADO E ENTE PERSONALIZADO (PESSOA JUR, DIREITO PUBL. ART. 40 /41 CC.) APRESENTANDO-SE TANTO NAS RELACOES INTERNACIONAIS, NO CONVIVIO COM OUTROS ESTADOS SOBERANOS, COMO INTERNAMENTE, COMO SUJEITO CAPAZ DE ADQUIRIR DIREITOS E CONTRAIR OBRIGACOES NA ORDEM JURIDICA.
FORMAS DE ESTADO
A organização política do território surge a noção de Estado unitário e de Estado federado.
UNITARIO: Quando no território haja um so poder politico central; marcado pela centralização política – um so poder irradia competência de modo exclusivo por todo o território e sobre toda a população e controla todas as coletividades regionais e locais; EX: uruguai.
FEDERADO: Quando no mesmo território coexistam poderes políticos distintos, descentralização política. No Brasil, a forma federativa de estado cosntitui clausula pétrea insucetivel de abolição por meio de reforma constitucional art. 60 § 4º, I CF.
Não existe subordinação entre os entes federados coordenação e autonomia política financeira e administrativa.. ESTAO ADSTRITAS AS REGRAS E PRINCIPIOS INFORMADORES DO DA COMO UM TODO.
PODERES DO ESTADO
DIVISAO ESTRUTURAL INTERNA – clássica tripartição de Montesquieu CF art 2º e tamb’’em veda que haja a delieracao sobre EC tendente a abolir a separacao dos poderes art. 60 § 4º, III.
Poder Legislativo: função legislativo
Poder executivo: função administrativa
Poder Judiciário: função jurisdicional
Embora os poderes tenham suas funções precípuas (funções típicas) a própria CF autoriza que também desempenhem funções que normalmente pertenciam a poder diverso (função atípica). São as chamadas ressalvas ao principio da separação dos Poderes.
Assim o poder legislativo exerce função atípica quando o Senado processa e julga o Presidente ou os ministro do STF nos crimes de responsabilidade (função jurisdicional que materialmente deveria pertencer ao judiciário CF art. 52 I eII), bem assim quando cuida da organização de seus serviços e de seu pessoal (função administrativa que caberia ao executivo CF art. 51, IV e 52 XIII)
O judiciário também exerce funções atípicas – natureza normativa elaboração de regimento interno CF art. 96, I a, natureza administrativa organização de pessoal CF art. 96 I a, b, c.
O executivo funções atípicas legislativas, elaboração de normas gerais e abstratas, por meio de adoções de MP CF art. 62 e edição de Lei delegada CF art. 68
SISTEMA DE GOVERNO
A forma com que se da a relação entre poder legislativo e executivo no exercício das funções governamentais teremos dois sistemas ou regimes: PRESIDENCIALISTA e PARLAMENTARISTA.
PRESIDENCIALISMO.: PRINCIPIO DA DIVISAO DOS PDERES Presidente da republica e chefe do executivo acumulando a função de chefe de estado e governo, cumprindo mandado fixo, não dependendo da confiança do legislativo. O poder legislativo não esta sujeito a dissolução pelo executivo, uma vez que seus membros são eleitos para um período certo de tempo.
PARLAMENTARISMO: Predominantemente, uma colaboração entre os poderes executivo e legislativo. O executivo divide em Chefe de Estado – exercida pelo presidente da republica ou pelo monarca, Chefe de Governo, exercida pelo Primeiro Ministro ou pelo Conselho de Ministros. O Primeiro Ministro normalmente ‘’e indicado pelo Presidente da Replublica, mas a sua permanência no cargo depende da confiança do parlamento. Se o governo entender qu o parlamento perdeu a confiança do povo, poderá optar pela dissolução da câmara dos deputados, convocando novas eleições extraordinárias para a formação de outro parlamento que lhe de sustentação.
No Brasil optou-se pelo sistema presidencialista art. 61 e 84 CF.
FORMAS DE GOVERNO
Se a forma de governo for caracterizada pela eletividade e pela temporaridade dos mandatos do chefe do executivo teremos a republica; caso estejamos diante de um governo caracterizado por sua hereditariedade e vitalicidade, teremos MONARQUIA.
O BRASIL ADOTA A FORMA REPUBLICANA.
UNIDADE II – ADMINSTRACAO PUBLICA
SENTIDO AMPLO E ESTRITO 
Amplo os órgãos governamentais (governos) cabe traçar os planos e diretrizes de acao, quanto os órgãos administrativos, subordinados de execucao (administração publica em sentido estrito) aos quais incumbe executar os planos governamentais
Estrito : função política do governo função propriamente administrativa de execução de atividades administrativas
SENTIDO FORMAL SUBJETIVO OU ORGANICO.
Formal: e o conjunto de agentes, órgãos e pessoas jurídicas destinadas a execução das atividades administrativas. Nesse sentido, a Administração Publica corresponde a todo o aparelhamento de que dispõe o Estado para a conseccao das políticas traçadas pelo governo
ADMINISTRACAO PUBLICA EM SENTIDO MATERIAL, OBJETIVO OU FUNCIONAL
OBJETIVO – atividade administrativa propriamente dita, consistindo na própria atividade administrativa executada pelo Estado por meio de seus órgãos e entidades. Consiste na própria atividade que e exercida por aqueles órgãos e pessoas jurídicas encarregados de atender as necessidades coletivas. 
Abrange as seguintes atividades administrativas:
Fomento – atividade de incentivo a iniciativa privada de utilidade publica, consignação nos orçamentos públicos de auxílios financeiros ou subvenções sociais, os financiamentos em condições especiais, os incentivos fiscais, etc – MGI
Policia Administrativa: consubstanciada no poder de policia, de cujo exercício resultam restrições ou condicionamentos impostos ao exercício de direitos individuais em beneficio do interesse coletivo. Ex fiscalizacao sanitária, concessão de licença.
Serviço Publico: e toda a atividade que a administração publica executa, direita ou indiretamente, para satisfazer a necessidade publica, sob regime predominantemente publico. Ex serviço de transporte, telecomunicação, etc.
Intervenção Administrativa: regulamentação e fiscalização da atividade econômica de natureza privada, bem como a própria atuação direta do estado na atividade econômica – art. 173 CF – normalmente por meio de empresas publicas e sociedade de economia mista.
ORGANIZACAO E ADMINISTRACAO
ENTIDADE POLITICA E ENTIDADE ADMINISTRATIVA
Entidade Política são aquelas que recebem suas atribuições da própria CF, exercendo-as com plena autonomia. São pessoas jurídicas de direito publico interno, possuidoras de poderes políticos e administrativos. A competência para legislar caracteriza sua autonomia política. No Brasil, são consideradas entidades políticas a união, os estados, o DF e os municípios.
Entidade adminidtrativa: não são detentoras de poder político, mas somente de autonomia administrativa. Não legislam, mas apenas exercem sua competência conforme estabelecida na lei que as instituiu, ou autorizou sua instituição, e no seu regulamento. São entidades administrativas as autarquias, fundações publicas, empresas publicas e sociedade de economia mista – administração indireta.
NOCOES DE CENTRALIZACAO, DESCENTRALIZACAO E DESCONCENTRACAO.
O estado adota duas formas básicas de organização e atuação administrativas: centralização e descentralização.
Centralização: executa suas tarefas diretamente por meio de órgãos e agentes da administração direta – os serviços são prestados diretamente pelos órgãos do estado – pessoa política
Descentralização– ocorre quando o estado desempenha algumas de suas funções por meio de outras pessoas jurídicas – Ocorre de duas formas: outorga e delegação.
Outorga – e quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, por lei, determinado serviço publico – prazo indeterminado – entidade da administração indireta (autarquia, emp. Publica, sociedade e economia mista e fund. Publica) art 37 XIX CF redação dada pela EC 19/1998, somente as autarquias, hoje, são criadas diretamente por meio de lei especifica.
Delegação: e quando o estado transfere, por contrato ou ato unilateral, unicamente a execução do serviço. Prazo determinado. ex. contrato de concessão ou nos atos de permissão, em que o esatado transfere aos concessionários e aos permissionários apenas a execução temporária de determinado serviço. Transporte publico interestadual.
DESCONCENTRACAO: quando a entidade da administração, encarregada de executar um ou mais serviços, distribui competências, no âmbito de sua própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços. Pressupões obrigatoriamente, a existência de uma so pessoa jurídica – sempre se opera no âmbito interno de uma pessoa jurídica, constituindo uma simples distribuição interna de competências dessa pessoa. Ex União distribui as atribuições decorrentes de suas competências entre diversos órgãos de sua própria estrutura, como os Ministérios, ou quando uma autarquia – Universidade Publica – estabelece uma divisão interna de funções, criando, na sua própria estrutura, diversos departamentos (departamento de graduação, departamento de pos graduação, departamento d direito, etc).
Desconcentração, mera técnica administrativa de distribuição interna de funções. Classifica-se em razão da matéria (ministério da Saúde, da educação) grau ou hierarquia (ministérios secretarias superintendências, delegacias) territorial (superintendência da receita federal em MG).
CONCEITO DE ADMINSITRACAO DIRETA, INDIRETA E ENTIDADE PARA ESTATAIS
DIRETA: conjunto de órgãos que integram as pessoas políticas do Estado (união, estado , DF, município), aos quais foi atribuída a competência para o exercício, de forma centralizada, de atividades administrativas.
INDIRETA: conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas a administração direta, tem a competência para o exercicio, de forma descentralizada, de atividades administrativas. No Brasil Decreto-Lei nº 200 de 1967, estabelece a organização da Administração Pública Federal.
Entendo que esta organização, depois da CF, também e obrigatória para os estados, DF e Municípios. Colaboram com o Estado no desempenho de atividades de interesse publico, de natureza não lucrativa – as entidades paraestatais – serviços sociais autônomos SESI SENAI SENAC, as organizações sociais , as organizações da sociedade civil de interesse publico e as denominadas entidades de apoio.
A administração indireta é o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas á administração direta, tem a competência para o exercício, de forma descentralizada, de atividades administrativas. No Brasil Decreto-Lei nº  200 de 1967, estabelece a organização da Administração Pública Federal.
Entendo que esta organização, depois da CF, também é obrigatória para os Estados, DF e Municípios. Colaboram com o Estado no desempenho de atividades de interesse publico, de natureza não lucrativa – as entidades paraestatais – serviços sociais autônomos SESI SENAI SENAC, as organizações sociais , as organizações da sociedade civil de interesse publico e as denominadas entidades de apoio.
A expressão “entidades paraestatais” foi inicialmente difundida no Direito Administrativo brasileiro como gênero que compreenderia as pessoas jurídicas de direito privado, criadas por lei, para a realização de serviços de interesse coletivo, sob normas e controle do Estado. Esse conceito, desenvolvido pelo Professor Hely Lopes Meirelles, abrangia, basicamente, as pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Indireta (empresas públicas e sociedades de economia mista) e os chamados serviços sociais autônomos (SESC, SENAI, SESI etc.).
Entretanto, a inclusão das empresas públicas e das sociedades de economia mista entre as “entidades paraestatais” sempre foi criticada por autores importantes, uma vez que as empresas públicas e as sociedades de economia mista integram a Administração Indireta. Ora, “paraestatal” significa “ao lado do Estado”, “paralelo ao Estado”. Entidades paraestatais, etimologicamente, portanto, seriam aquelas pessoas jurídicas que atuam ao lado do Estado, sem com ele se confundirem. Ocorre que Administração Indireta é parte da Administração Pública.
Logo, coerente seria, ou usar a expressão “entidades paraestatais” para designar todas as pessoas jurídicas integrantes da Administração Indireta, considerando “estatal” unicamente os entes federados, ou empregar o termo “entidades paraestatais” somente para pessoas jurídicas não integrantes da Administração Pública, tomando a noção de “estatal” como referente à “Administração Pública”.
O que não soa consistente é escolher algumas das entidades integrantes da Administração Pública – aquelas que ostentem personalidade jurídica de direito privado – e classificá-las juntamente com outras pessoas jurídicas que não integram a Administração Pública (os serviços sociais autônomos), na mesma categoria.
Tecnicamente são entidades privadas, sem fins lucrativos, que realizam atividades de interesse coletivo. Por isso, recebem incentivos das entidades públicas. A denominação “Terceiro Setor” é utilizada para distinguir essas entidades do Poder Público (Primeiro Setor) e das empresas privadas (Segundo Setor). Chega a ser afirmada a existência de um “Quarto Setor”, formado por empresas estatais.
 
Há entendimento mais tradicional que considera “entidade paraestatal” como sinônimo de entidade da Administração Indireta. Nesse sentido, deve ser compreendido o Código Penal (art. 327, § 1°) quando equipara a funcionário público aquele que exerce “cargo, emprego ou função em entidade paraestatal”.
 
As entidades paraestatais, por serem regidas pelo Direito Privado, não têm os privilégios concedidos constitucional e legalmente às entidades de Direito Público.  
 
Existem várias espécies de entidades paraestatais, sendo as mais relevantes: os serviços sociais autônomos, asorganizações sociais, as organizações da sociedade civil de interesse público e as fundações de apoio.
 
Os serviços sociais autônomos (também denominados “pessoas de cooperação governamental”) são entidades privadas, criadas por lei, com a função de realizar assistência social (provendo educação, saúde, lazer, etc.) a determinado grupo social ou categoria profissional. Equiparam-se às autarquias apenas para os fins da ação popular (Lei 4.717/65, art. 20). São mantidos por contribuições sociais provenientes das empresas do ramo de sua atuação (referidas expressamente no art. 240 da Constituição Federal).
Nada impede que nas atividades desenvolvidas, nos serviços de capacitação sejam cobradas tarifas para a sua prestação, não sendo também vedado que essa cobrança gere renda.
Levando-se em consideração que o conceito de lucro subtende em arrecadação maior que as despesas, e que seria muito difícil de se ponderar o valor exato para que essas entidades fechassem o seu cash flow em 0 todo mês, a concentração da renda, na minha humilde opinião, pode sim ser considerada lucro.
 
De acordo com o Tribunal de Contas da União, “os serviços sociais autônomos (Sistema S), embora não se sujeitem à exigência constitucional de concurso público, devem adotar processo seletivo público para admissão de pessoal, não sendo admitido processo seletivo interno” (AC-2314-32/04-1 MB). Também não são obrigados a obedecer aos estritos termos da Lei 8.666/93, mas devem se ater a seus princípios para a realização de licitação. Por serem destinatários de recursos públicos, os serviços sociais são fiscalizados pelo Tribunalde Contas da União.
CRIACAO DE ENTIDADES DA ADMINSITRACAO INDIRETA
Art. 37, XIX e XX CF. o XIX foi significativamente alterado. Devemos destacar a confirmação da recepção do Dec. Lei 200/1967 no que respeita a enumeração das entidades integrantes da Administração Indireta. Essa estrutura, desde a edição da CF 1988 passa a ser obrigatória para TODAS as unidades da federação.
A criação se da de duas formas 1 – por lei especifica, diretamente, somente se aplica hoje a criação de autarquia O poder legislativo deve editar uma lei ordinária que especificamente de surgimento a autarquia. Somente podem ser extintas pela edição de igual instrumento normativo. EC 19/1998 passou a exigir autorização de lei especifica para criação das entidades da Administração indireta – empresas publicas, sociedade de economia mista e fundações publicas. Somente o registro do estatuto da entidade da criação da pessoa jurídica, e não a edição da lei autorizativa.
2 – mediante ato do Poder executivo, autorizado por lei especifica, a extinção pode ser feita pelo poder executivo, mas dependera também de lei autorizadora – principio da simetria jurídica. A lei especifica e de iniciativa do chefe do poder executivo. Art. 61, § 1º, II, e CF, devendo também ser seguido pelos estados municípios e DF – principio federativo ADIMC 1391-2/SP, rel. Min Celso de Melo 28.11.1997 ‘” a disciplina normativa pertinente ao progresso de criação, estruturação e definição das atribuições dos órgãos e entidades integrantes da administração publica estadual traduz matéria que se insere, por efeito de sua natureza mesma, na esfera de exclusiva iniciativa do chefe do poder executivo local, em face da clausula de reserva inscrita no art. 61 § 1º, II ‘’e’’ CF, que consagra principio fundamental inteiramente aplicável aos estados-membros em tema de processo legislativo. Precedentes do STF.
Caso a entidade da administração indireta esteja vinculada ao legislativo ou ao judiciário, a iniciativa da lei será do chefe do respectivo poder a que esteja vinculada a entidade.
Grande novidade da EC 19 situou as fundações publicas (art 37, XIX CF diz apenas fundação) no mesmo nível das empresas publicas e das sociedades de economia mista no tocante a sua criação. Também a exigência de Lei complementar para o estabelecimento das áreas em que poderão atuar as fundações publicas (ensino, pesquisa saúde assitencia social). Esta Lei ainda não foi editada.
O STF afastou a necessidade de autorização especifica do poder legislativo para a instituição de uma das subsidiarias da mesma entidade, considerando que a autorização legislativa para sua criação a que refere art. 37 pode ser dada por caráter genérico. Desta forma, somente autorização generia e suficiente, não exigindo para cada nova entidade a autorização legislativa especifica.
AUTARQUIA
CONCEITO entidade administrativa autônoma, criada por lei especifica, com personalidade jurídica de direito publico interno, patrimônio próprio e atribuições estatais especificam. Art. 5º, I, decolei 200/1967. Integra a administração indireta, e uma forma de descentralização da administração central. Gozam de imunidade tributaria recíproca, no que respeita aos imposto sobre patrimônio, a renda e os serviços vinculados a suas finalidade essenciais (art. 150 § 2º CF). Privilégios processuais conferidos a fazenda publica, também se aplicam a autarquia, prazo quádruplo para contestar e dobro para recorrer art. 188 CPC. Sujeitas ao controle de entidade estatal que pertencem (controle finalistico, nos termos da lei, no âmbito da chamada supervisão ministerial)
CRIACAO 
Lei especifica art. 37 IXI CF redação dada pela EC 19/1998. Iniciativa privativa do presidente da republica, em face do disposto no art. 61, § 1º, II, ‘’e’’ CF, pelo principio da simetria, cabe ao chefe do executivo estatal, municipal e distrital.
Extinção, lei especifica, iniciativa privativa do chefe do poder executivo. A ciracao ou extinção de autarquia ligada ao legislativo ou ao judiciário, e de competência e iniciativa do chefe do respectivo poder.
NATUREZA JURIDICA.
Possui persolnalidade jurídica e e titular de direitos e obrigações próprios, sujeitando-se ao regime jurídico de direito publico. Nasce com a vigência da lei, sem necessidade de registro.
Patrimonio
Transferência de bens moveis e imóveis da entidade criadora, os quais passam a pertencer a nova entidade. Os bens da autarquia são bens públicos e usufruem dos requisitos de impenhorabilidade e imprescritibilidade (não pode ser adquirido por terceiro por usucapião).
AUTO ADMINISTRACAO
Entidade mermente administrativa, não possui caráter político, não criam regra jurídica de auto organização, possuem apenas capacidade de auto administração, segundo as regras que a instituiu.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Dec. lei 200/67 conceituou autrquias – intenção do legislador: dar a execução dos serviços meramente administrativos ou de cunho social, excluindo aqueles de natureza econômica, industrial, que são próprios d entidade de direito privado (soc. Econ. Mista e emp. Public.) EX. BACEN, INSS INCRA, CVM IBAMA
OBS: os conselhos fiscalizadores de profissões regulamentadas são autarquias. OAB e exceção, configurando uma entidade impar, sui generis, serviço publico e independente ADI nº 3026, rel. Min Eros Grau, DJ 19.06.2006 ‘por não consubstaciar uma entidade da administração indireta, a OAB não esta sujeita a controle da administração, nem a qualquer das suas partes esta vinculada... não pode ser tida como congênere dos demais órgãos de fiscalização profissional... incabível concurso, contratados pela CLT’.
REGIME PESSOAL
Art. 39 CF regime jurídico único. Esta obrigatoriedade foi extinta pela EC 19/98. O legislador atualmente esta livre para estabelecer o regime de pessoal das autarquias, que poderá ser estatutário ou celetista. Independentemente do regime autarquias e subsidiarias são alcancadsas pela regra constitucional que exige concurso publico CF art. 37, II, bem assim pela vedação de acumulação de cargos, empregos e funções públicos art. 37, XVII
A lei 9962/2000 expressamente prevê a possibilidade de cointratacao de pessoal sob regime de emprego publico na administração federal direta, autárquica e fundacional, com relação de trabalho regida pela CLT. Os agentes públicos das autaqrquiasa federais atualmente, portanto, podem submeter-se ao regime estatutário previsto ma Lei 8112/1990, ou ao celetista previsto na lei 9962/2000. Todos os servidores atualmente regidos pela 8112/1990 continuam sendo servidores estatutários e não poderão ter sua relação jurídica estatutária transfiormada em celetista por leis posteriores.
CONTROLE JUDICIAL
Sujeitam-se ao controle do poder judiciário, tanto pelas vias comuns (ação de indenizacao0, quanto pelos especiais (ação popular, MS). O ato praticado por um agente de autarquia e considerado ato de autoridade, para fins de controle de legalidade via MS 9art. 5º, LXIX CF).
JUIZO COMPETENTE
Art. 109, I e VIII CF - regime estatutário JF; regime celetista JT art. 114 Cf.
ATOS E CONTRATOS
Atos administrativos – sua validade esta condicionada aos requisitos próprios da espécie – competência finalidade forma, motivo e objeto – e gozam dos mesmos atributos – imperatividade, auto executoriedade e presunção de legitimidade. Contratos celebrados pelas autarquias devem ser precedidos de licitação, nos termos do art. 37, XXI CF.
RESPONSABILIDADE CIVIL
Responderão pelos danos causados pelos agentes, cabendo direito de regresso. Art. 37, § 6º CF. Responsabilidade objetiva do estado e da autarquia
IMUNIDADE TRIBUTARIA
ART. 150§2º CF
PRIVILEGIOS PROCESSUAIS
CPC, art. 188; art.27; dispensa de exibição de mandato em juízo prazo em dobro para recorrer e em quádruplo para contestar
As autarquias também não estão sujeitas a concurso de credores ou a habilitação de credito em falência, recuperação judicial, concordata ou inventario, para cobrança de seus créditos,salvo para estabelecimento de preferência entre as três fazendas. Duplo grau de jurisdição obrigatório CPC 475, I e II, exceto quando condenação for valor certo não excedente a 60 salarios mínimos CPC 475§2º e 3º 
PRESCRICAO QUINQUENAL
ORCAMNETO Art 165, §5º CF
DIRIGENTES
Nomeados pelo presidente – competência privativa. Art. 84 XXV CF. nomeação art. 84 XIV CF exceção presidente BACEN art. 52, III d CF; dirigente agencia reguladora art. 52 III f CF, principio da simetria torna a mesma regra exigível para os outros entes poloiticos da federação.
A mesma aprovação pelo poder legislativo da exoneração de dirigente de autarquia efetuada pelo chefe do executivo não pode ser estabelecida, sendo considerada, pelo STF, ofensiva ao principio da separação dos poderes ADIM 1949 –RS
AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL.
Doutrina conceitua as autarquias de regime especial como aquelas que receberam da lei instituidora privilégios específicos, a fim de aumentar sua ecnomia comparativamente com as autarquias comuns. BACEN USP. As agencias reguladoras federais tem sido instituídas sob a forma de autarquia em regime especial, em razão da intenção do legislador de conferir-lhe maior autonomia perante o Poder Executivo, comparativamente as demais autarquias, sujeitas ao regime geral dec Lei 200/67.
FUNDACAO PUBLICA
Oriunda do Direito privado – atribuição de personalidade jurídica a um determinado patrimônio a um fim especifico.
No direito privado tem três características:
1 – figura do instituidor que faz doação patrimonial, ou seja, separa um determinado patrimônio para destina-lo a uma finalidade especifica.
2 – a finalidade social, pois a fundação esta sempre voltada a uma atividade de natureza coletiva, de prestação de serviço de interesse publico.
3 – a natureza não lucrativa, não podendo a fundação ter objetivo comercial, de intervenção da atividade econômica.
Fundação Bradesco, Fundação Ayrton Senna, Fundação Roberto Marinho.
PODER PUBLICO – personificado parte do patrimônio publico e destinado recursos orçamentários para a sua manutenção.
Fundações publicas são, portanto, entidades assemelhadas as fundações privadas, tanto no que se refere a sua finalidade social, quanto no objeto não lucrativo. Diferem quanto a figura do instituidor e ao patrimônio afetado.
Na lição da professora Maria Sylvia: ‘’ pode-se definir a fundação instituída pelo poder publico como o patrimônio, total ou parcialmente publico, dotado de personalidade jurídica, de direito publico ou privado, e destinado, por lei ao desempenho de atividades do estado na ordem social, com capacidade publica nos limites da lei’’.
São integrantes da administração publica indireta, voltadas para o desempenho de atividades de caráter social. Após a emenda 19/1998, as áreas de atuação das fundações a serem criadas devem enquadrar-se nas áreas que serão previstas em lei complementar. Ex FUNAI FUNDACAO NACIONAL DA SAUDE, CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTIFICO E TECNOLOGICO.
NATUREZA JURIDICA. 
Entidade da Administração Indireta: pessoa jurídica de direito publico ou privado?
Dec 200/67 não incluía as fundações em seu rol. Somente em 1987 por meio da Lei 7596/87 foram incluídas na adm indireta.
A CF de 1988 doutrina majoritária encampou a idéia de que o legislador constituinte havia passado a atribuir personalidade de direito publico a essas entidades.
EC 19 art. 37 CF passou a exigir apenas lei autorizativa para a criação de fundação publica, emparelhando-a nesse oarticualr com as emp. Publ. E soc. Econo. Mist que são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado. Posição mais adotada – existência de duas espécies distintas de fund. Publica na adm indi: fundação publica com personalidade jurídica de direito publico e com personalidade jurica de direito privado.
Após EC 19/98, coexiste fundações publicas com personalidade jurídica de direito publico, instituída diretamente por lei especifica, e fund. Public. Com personalidade jurídica de direito privado instituídas por ato próprio do executivo, autorizado por lei especifica. Enfim, ao ser intituida pelo poder publico pode ser-lhe atibuido regime jurídico publico ou privado. Em qualquer caso, exige lei complementar para o estabelecimento das áreas em que poderão atuar.
Para alguns autores as fundações publicas com personalidade jurídica de direito publico não passam de espécie do gênero autarquia entendimento de celso antonio bandeira de melo. Assim, não se sujeita ao art. 66 do CC. O STF E STJ também vem adotando este entendimento.
Com efeito, o art. 41 do CC dispõe sobre a materia. 
REGIME JURIDICO
Fundações publicas com personalidade de direito publico. Portanto as fundações publicas de direito publico não se distinguem quanto ao regime jurico, das autarquias: sujeitam-se, ambas, ao regime jurídico de direito publico, com toas as prerrogativas e restrições dele decorrentes. Fundações publicas com personalidde de direito privado, são entidades de caráter hibrido. Art 66 do CC. Aplica-se as fund. Publicas ou somente as fund. Privadas. 
ADIM 2794/DF o STF declarou incosntitucio o § 1º do art. 66 do CC.tanto assim que muitos MP tem literalmente uma curadoria das fundações(privadas). Isto não existe de maneira nenhuma, para as fund. Publicas. Estas não tem que pedir autorização previa do MP para a pratica de atos, como acontece com as privadas. O MP faz para as fundações publicas contole igual ao exercido sobre toda a adm. publica direita e indireta.
Assim, as fundações púbicas estaduais, municipais, federais e distritais estão sujeitas a atuação do MP correspondente. Esta atuação não e uma veladura, propiamente dita, mas sim um controle de legalidade, competência ordinária do MP abrangente de toda ad. Publica, sem nenhum a peculiaridade relativamente as fund. Publicas.
As fund. Privadas são veladas pelo MP, que atua como curador . 
Pensamos ser consensual a sujeição das fundações publicas federais com personalidade jurídica de direito publico ao foro da justiça federal, porquanto consideradas uma espécie de autarquia. Parece-nos que também as fundações publicas federais com personalidade jurica de direito privado tem foro na JF a vista de que se obtem da analise de nossa jurisprudência.
EMPRESAS PUBLICAS E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
CONCEITO
Empresas publicas são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da administração indireta instituídas pelo poder publico, mediante autorização de lei especifica, sob qualquer forma jurídica (LTDA, SA) e com capital exclusivamente publico para exploração de atividades de natureza econômica ou execução de srvico publico. Ex ECT CEF
Sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da administração indireta, instituídas pelo poder publico, mediante autorização legal, sob a forma de SA e com capital publico e privado, para exploração de atividades de natureza econômica ou execução de serviços públicos. Ex BB Petrobras
PERSONALIDADE JURIDICA : direito privado voltada para exploração de atividade econômica ou para prestação de serviços públicos.
CRIACAO: depende de lei especifica autorizativa: art 37 , IX CF. A lei especifica autoriza o poder executivo a, por ato próprio (decreto), proceder a instituicao da entidade. O poder executivo devera providenciar o registro dos estatutos da entidade, no registro competente, uma vez que e este registro que dara nascimento a pessoa jurídica, e não a edição da lei autorizativa.
Federal : iniciativa privativa do presidente da republica, art. 61 § 1º, II, “e” CF, a extinção e feita pelo poder executivo, mas dependera de lei autorizadora. Principio da simetria deve ser observado, assim como se vinculada a outros poderes, será de iniciativa do seu respectivo chefe.
A criação de subsidiarias, participação em empresas privadas depende de autorização legislativa, art. 37 XX CF. ADIN 1649-1.
OBJETO: permitir ao estado a exploração de atividade de carátereconômico. “verdadeiros instrumentos de atuação do Estado no papel de empresário”. O Estado só excepcionalmente esta autorizado a dedicar-se a exploracao direita de atividade econômica. Art. 173 CF. As empresas publicas e as socidades de economia mista sempre tem personalidade jurídica de direito privado. 
REGIME JURIDICO: entidades de natureza hibrida. Regime jurídico determinado essencialmente pela natureza de seu objeto, de suas atividades. Embora integrantes da administração púbica em sentido formal, mais se aproximam das pessoas jurídicas privadas. Somente se submetem à normas de direito publico naquilo em que a constituição expressamente determine. A EP e SEM prestadoras de serviços públicos estão sujeitas a diversas normas e princípios de direito publico, especialmente em razão do principio da continuidade dos serviços públicos. Terá ela regime jurídico distinto: A – aquelas que se dedicam à exploração de atividade econômica sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, art. 173 CF – B – aquelas que se dedicam a prestação de serviços públicos sujeitam-se ao regime administrativo próprio das entidades publicas art. 175 CF. A EC 19/98 quando explorarem atividade econômica ficarão sujeitas a regime jurídico especifico a ser estabelecido mediante lei (ordinaria), em “estatuto”, que devera dispor sobre: 
A - sua função social e formas de fiscalização pelo estado e pela sociedade
B - a sujeição pelo regime jurídico próprio das empresas privadas inclusive quanto aos direitos e obrigações civis comerciais trabalhista e tributário art. 173, § §1º e 2º , II e art. 170 § 4º CF.
C – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração publica.
D – a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários
E – os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.
As SEM e EP exploradoras de atividade econômica não estão sujeitas a responsabilidade civil objetiva. Art. 37 § 6º CF.
A doutrina defendia a possibilidade de ser decretada a falência das EP e SEM exploradora de atividade econômica pois sujeitas ao regime próprio das empresas privadas quanto aos direitos e obrigações.
Impossibilidade de falência da SEM e EP prestadora de serviço publico , em razão do principio da continuidade dos serviços públicos. 
A nova lei de falência Lei 11101 09.02.2005 em seu art. 2º , I sem fazer qualquer distinção, simplesmente afirma: ‘’ esta lei não se aplica a EP E SEM’’. Ao meu ver, enquanto não sobrevier eventual interpretação do STF restringindo a aplicação deste dispositivo, esta inteiramente superada a posição doutrinaria acima mencionada. Vale dizer , atualmente, EP e SEM qualquer que seja o seu objeto NÃO ESTAO SUJEITAS A FALENCIA.
O segundo ponto – embora sujeitas ao regime próprio das empresas privadas continuam obrigadas a licitação, observados os princípios da administração publica. 
A EC 19/98 trouxe a possibilidade de que o legislador estabeleça no referido estatuto, um regime especifico de licitações para estas empresas, mais flexível, simplificado, desburocratizado rápido, que lhes permitam competir no mercado. Não se trata de libera-las das regras de licitação, mas sim de dota-las de regime especial de licitação, mais simples, dinâmico e compatível com o desempenho de atividade econômica.
Continuam sujeitas ao regime de licitação previsto na lei 8666/93, ate que venha a ser estabelecido mediante lei o estatuto das empresas que exploram atividade econômica.
A EC 19 ao alterar art. 173 CF não fez qualquer menção as EP e SEM prestadoras de serviço publico pois nesta hipótese não há intervenção no domínio econômico, sem competição do o setor privado. Não se aplica o art. 173 § 1º CF, mas sim no art. 175 CF.
O entendimento do STF e de que a imunidade tributaria recíproca, de que trata o art. 150, VI ‘’a’’ e seu § 2º da CF, alcanca EP e SEM prestadoras de serviços públicos obrigatórios. Deve ser dada interpretação ao art. 173 § 2º CF de que embora não tenha feito qualificação expressa quanto a atividade, ele so se aplica as EP e SEM exploradoras de atividade econômica, SUMULA 333 STJ .
PESSOAL o regime de pessoal e o previsto na CLT não há estabilidade mesmo tendo ingressado mediante a realizacao de concurso publico. São equiparados a funcionários públicos para fins penais (art. 327 § 1º CP), bem assim considerados agentes publicos para os fins de incidência das diversas sansões cominadas para a pratica de atos de improbidade administrativas (lei 8429/92). EP SEM são alcançadas pela regra que exige concurso publico para contratação de empregados públicos (art. 37, II CF), bem assim pela vedação de acumulação de cargos, empregos e funções públicos (art. 37 XVII CF). A Cf determina também novo teto de remuneração (Cf art. 37 § 9º ).
DIRIGENTES estarão sujeitos ao mandado de segurança caso exercao funcoes delegadas do poder publico (art. 5º LXIX CF) a ação popular (art. 5º LXXIII CF), a ação de improbidade administrativa (Lei 8429/92 art. 1º e 2º ) e a ação penal por crimes praticados contra a administração publica (CP art. 327).
FORMA JURIDICA: a SEM devem ter a forma de SA, sendo regulada basicamente, pela lei das sociedades por ações (lei 6404/76). As EP podem revertir-se de qualquer das formas admitidas em direito (sociedade civil, sociedade comercial, LTDA , SA etc) 
CAPITAL: o capital da SEM e formado pela conjugação de recursos públicos e de recursos privados as ações representativas do capital, são divididas entre a entidade governamental e a iniciativa privada. A maioria das ações com direito a voto pertecem a união ou a entidade da administração indireta federal (dec. Lei 200/67 art. 5º, III ) O capital das EP e integralmente publico, isto e oriundo de pessoas integrantes da administração publica. Não há possibilidade de participação de recurso de particulares na formação do capital das EP. 
FORO PROCESSUAL: EP federal justiça federal art. 109, I CF – EP estadual e municipal justiça estadual. SEM federais justiça estadual SEM estaduais e municipais justiça estadual.

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